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Apocalipse 1

II. Mensagens às igrejas (1.9-3.22)


O propósito da carta e muitos dos principais temas a serem tratados no livro. A primeira
grande seção de Apocalipse está centrada nas igrejas às quais o livro se dirige. O trecho
inicial, 1.9-20, contém a primeira visão e mostra tanto a origem do livro (1.9,10a) quanto a
ordem para escrever

(1.106,11). Ele descreve as igrejas como "candelabros de ouro" entre os quais se


encontra Cristo, descrito como "alguém semelhante a um ser humano"

(1.12,13a). Remetendo a figuras de Javé no AT, a visão retrata Cristo como juiz e
vencedor de âmbito cósmico (1.13b-16) e, em seguida, como soberano sobre a história e
aquele que ressuscitou (1.17,18). Por fim, João recebe outra ordem para escrever (1.19) e
as igrejas são indicadas (1.20).

A primeira parte desse importante trecho apresenta João não somente como "escravo/
servo" de Deus (1.1), mas também como profeta e vidente.

A descrição da cena e a ordem divina para escrever lembram os chamados de Isaías 6,


Jeremias 1 e Ezequiel 1-3. A voz também diz a João que escreva o que ele "vê" (1.11) e
não só o que ouve, passando assim para a esfera das visões apocalípticas.

A visão de Cristo andando entre os candelabros de ouro (1.12-16) cumpre dois


propósitos: definir em termos escatológicos aquele que dá as ordens no livro e apresentar
os temas cristológicos que permearão as cartas propriamente ditas (2.1-3.22). Ela contém
conexões intertextuais importantes, vinculando Daniel 7 e 10 com a descrição de Cristo e
também acrescentando elementos da tradição sacerdotal de Êxodo (a túnica e o cinto), a
tradição profética de Ezequiel (os pés e a voz) e a tradição histórica de Juízes (o rosto).

Por fim, a visão de 1.12-16 é seguida de uma segunda ordem (cf. 1.11) em 1.17-20,
identificando o Filho de homem em termos que lembram 1.4-8, ordenando a João
novamente que escreva as visões (1.19) e concluindo com uma importante interpretação
das estrelas e dos candelabros (1.20).

No presente somos "reino e sacerdo-res" no meio dos "reinos" do mal enquanto


aguardamos surgimento do "Rei dos reis", que visitará com ira o "reino" da besta e
substituirá "o reino deste mundo" pelo eterno "reino do nosso Deus e da autoridade do seu
Cristo" (11.15; 12.10). Segundo Paulo em Atos 14.22,

"em meio a muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus"

A identidade e a união dos crentes é possível somente por causa de nossa identidade
corporativa "em Jesus".

O fato é que as aflições em nome de Cristo eram tidas como participação em sua vida e
glória (1Pe 1.11, em que "os sofrimentos que sobreviriam a Cristo e a glória que viria
depois" se tornam um modelo de perseverança cristã.

A visão de Cristo exaltado (1. 12-16)

A descrição apresenta Cristo como o “juiz e soberano do fim dos tempos”

E como juiz ele faz uma advertência às igrejas para que permaneçam fiéis ao chamado
recebido.

A combinação dessas características de jesus não retratam sua aparência, mas seu
poder e glória.

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