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Apóstolos
Pelas palavras e pelos exemplos dos primeiros cristãos aprendemos muito sobre como agradar
ao Senhor hoje em dia. Apesar de quase 2.000 anos de modificações e tradições desenvolvidas pelo
homem, podemos aprender sobre como sermos simplesmente cristãos!
O Livro de Atos
O livro de Atos registra alguns dos acontecimentos mais importantes que se desenrolaram no
início do cristianismo. Ele é, na verdade, o segundo tomo de um livro maior dividido em duas partes,
escrito por Lucas, companheiro ministerial de Paulo.
(Atos 1.1) - Escrevi o PRIMEIRO LIVRO, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou
a fazer e a ensinar...
Lucas já havia escrito o evangelho que leva seu nome (tido como o mais belo e completo de
todos os evangelhos) e agora estava continuando a obra com a descrição dos 30 primeiros anos do
cristianismo – que vai da Ascensão de Cristo (aprox. 33 d.C.) até o aprisionamento de Paulo em Roma
(aprox. 63 d.C.).
O significado do nome “Lucas” é o iluminador ou aquele traz luz. Seu nome só é mencionado
três vezes no Novo Testamento (Colossenses 4.14, 2 Timóteo 4.11, Filemon 1.24).
O apóstolo Paulo chamava-o de “médico amado”, e foi o único escritor da Bíblia que não era
judeu.
Lucas era um homem de cultura e erudição científica, versado nos clássicos hebraicos e grego,
tendo estudado medicina provavelmente na Universidade de Atenas. Era também um grande
conhecedor do Mar Mediterrâneo e toda região adjacente.
Destinatário: Teófilo, um nobre oficial aristocrata romano cujo nome é a junção de duas palavras
gregas: “Theos” que significa Deus e “Philos” que significa Amigo, significando “amigo de Deus”.
Data: Não temos a data nem o lugar preciso da composição deste livro. A base é
aproximadamente 63 e 70 d.C., pois não menciona o incêndio de Roma (64 d.C.), nem a destruição de
Jerusalém (70 d.C.).
O livro de atos está dividido de forma relativamente equilibrada entre os registros dos
acontecimentos na igreja de Jerusalém e ministério de Pedro e os acontecimentos da igreja em
Antioquia e ministério de Paulo. Veja o resumo:
1
Atos dos
Apóstolos
No capítulo 15, Lucas apresenta o grande embate onde são apresentadas as diferenças e
semelhanças entre as visões das “duas grandes igrejas” da época: o ministério da circuncisão e o
ministério da incircuncisão.
De forma geral, o livro de Atos contém excelentes registros doutrinários quando Lucas narra as
falas de alguns dos proeminentes pregadores e mestres da época: Estevão, Pedro, Paulo, Tiago e
outros. Fala também sobre os acontecimentos, experiências espirituais (ou não) e as descobertas dos
primeiros cristãos.
É possível separar os capítulos ou passagens mais relevantes do livros de Atos. Cada um deles
contendo uma verdade ou um ponto importante de ser salientado. Ao longo deste livro encontramos
questões sobre:
− Relacionamento ministerial
− Relacionamento entre lideranças
− Questões cotidianas no crescimento da igreja
− A obra de Deus por meio do seu Espírito
− Evangelismo
− Fundamento doutrinário
− E diversas outras questões importantes da formação cristã
Atos 1
(Atos 1.1-2) - Escrevi o primeiro livro [o evangelho de Lucas], ó Teófilo, relatando todas as coisas
que Jesus COMEÇOU a fazer e a ensinar até ao dia em que, depois de haver dado
mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às
alturas.
O primeiro livro de Lucas, o seu evangelho, contava aquilo que Jesus havia feito em seu
ministério enquanto estava na Terra. O livro de Atos seria a narrativa da continuidade da obra iniciada
por Jesus, que agora estava confiada aos discípulos.
2
Atos dos
Apóstolos
Jesus continuou na terra depois de sua ressurreição, durante 40 dias, dando provas da sua
ressurreição e abrindo o entendimento dos seus discípulos a respeito do verdadeiro significado das
Escrituras (Marcos 16.14, Lucas 24.36, João 20.19,26, Atos 1.3, 1 Coríntios 15.1-7)
(Atos 1.4.5) - ...determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a
promessa do Pai... vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Os discípulos deveriam esperar a promessa do batismo no Espírito Santo se cumprir, para que
estivessem habilitados a testemunhar de Cristo com poder:
(Atos 1.8) - mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
− V.9-11: Jesus subiu ao céu numa nuvem, e dois anjos afirmaram que ele voltaria do mesmo
modo como o viram subir (1.9-11)
− V.12: Obedecendo à ordem de Jesus (At 1.4), os apóstolos voltaram a Jerusalém
− V.13: Os nomes dos 11 apóstolos são: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu,
Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, Judas, filho de Tiago.
− V.14: Junto com eles ficaram também algumas mulheres, Maria, a mãe de Jesus, e os
irmãos dele. Maria nunca mais foi mencionada (nominalmente) nas Escrituras depois deste
versículo. Este versículo é a primeira passagem que fala dos irmãos de Jesus como
seguidores dele (Leia João 7.5)
Pedro contou a história de Judas, mostrando que ele tinha traído Jesus como as Escrituras já
previam (1.15-20). Ele tinha saído do meio dos apóstolos de Jesus (Marcos 3.13-19). Havia uma vaga,
portanto, deixada por Judas, e era necessário um substituto.
(Atos 1.21-22) - É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que
o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós
foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
Os critérios exigidos para ocupar o cargo de Apóstolo do Cordeiro estão expressos no texto: ter
estado presente “todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós”. Paulo, portanto, não poderia ter
sido este décimo segundo apóstolo, como muitos sugerem, pois não havia andado com Jesus.
Este é o período que as Escrituras consideram como o tempo em que Jesus fez e ensinou
coisas, isto é, o tempo do seu ministério terreno e, portanto, o período que importa para nós.
Matias foi, então, escolhido para tomar o lugar de Judas como o décimo segundo apóstolo.
(v.23-26)
3
Atos dos
Apóstolos
(Atos 1.16-25) - Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu
anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério. (Leia: Atos 1.15-25)
O fato de ter sido profetizado que Judas trairia Jesus não alterava o seu livre-arbítrio. Foi
profetizado porque Deus viu que aconteceria, e não porque ele determinou que acontecesse. A doutrina
bíblica da predestinação então ficou distorcida, e por isso, muitas pessoas acreditam que Judas foi
“predestinado por Deus” a trair Jesus. No entanto, isto é um erro grosseiro.
Atos 2
(Atos 2.1-4) - Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de
repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam
assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada
um deles.Todos ficaram CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO e passaram a falar em OUTRAS LÍNGUAS,
segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
Eles foram cheios de modo que falavam outras línguas e pareciam embriagados (v.13).
Pedro se levanta em defesa da verdade e prega aos que estavam assistindo ao acontecido. Os
judeus de muitas nações se reuniam em Jerusalém por ocasião do dia de Pentecostes. Deste modo, a
ministração de Pedro foi dada ao publico internacional.
A descida do Espírito Santo foi, na verdade, cumprimento da promessa anunciada pelo profeta
Joel (v.16, Joel 2.28-32), e pelo próprio Jesus (João 7.37-39, Atos 1.1-5)
Pedro então faz uma breve explanação sobre a morte de Jesus, abrangendo seu aspecto
espiritual e físico, dos quais destacamos alguns pontos:
4
Atos dos
Apóstolos
− V.33: Depois de exaltado à destra de Deus derramou “isto que vedes e ouvis” - o Batismo
no Espírito Santo, a “promessa do Pai”.
− V.36: O Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
− V.37-40: Pedro estava pregando para judeus. “Arrependei-vos... Pois para vós outros é a
promessa... isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.”
− V.41: quase três mil pessoas aceitaram a palavra de Pedro.
Baseando sua mensagem nas profecias do Antigo Testamento sobre o Cristo, Pedro pregou
sobre a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, mostrando que as palavras de Davi pertenciam, na
verdade, a Jesus, pois ele sim, não foi deixado no Hades, nem seu corpo experimentou decomposição.
A ressurreição cumpriu a profecia feita por Davi quase 1.000 anos antes (veja Salmo 16.8-11).
Esta profecia predisse que Jesus morreria com confiança de que o Pai o ressuscitaria. Pedro mostrou
que Davi não tinha profetizado sobre si mesmo, porque ele morreu e não ressuscitou.
A Bíblia enfatiza que eles perseveravam na visão, e especifica onde a igreja acertava, dando a
dica para que tenhamos o mesmo cuidado com:
(Atos 2.47) - Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
Atos 3
(Atos 3.1-8) - Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do
templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam
entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse:
Olha para nós... Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, anda!
Pedro e João estavam entrando no templo quando encontraram um homem coxo pedindo
esmolas. Pedro não tinha dinheiro naquele momento, mas curou o coxo em nome de Jesus. O homem
curado andou, saltou e louvou a Deus, assim chamando atenção de pessoas que o reconheceram
(3.8-10).
Atos 4
A pregação de Pedro sobre Jesus e a ressurreição, provocou a primeira perseguição por parte
dos líderes judaicos. Eles prenderam Pedro e João
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Atos dos
Apóstolos
(Atos 4.1-3) - Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do
templo e os saduceus, RESSENTIDOS POR ENSINAREM eles o povo E ANUNCIAREM, em Jesus, a
ressurreição dentre os mortos; e OS PRENDERAM, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois
já era tarde.
Os líderes no Sinédrio perguntaram aos apóstolos (Pedro e João) sobre a autoridade que eles
tinham para fazer o que faziam (v.5-7, veja também Marcos 11.27-33). Pedro respondeu que o coxo foi
curado em nome de Jesus (v.8-12). Os líderes não tinham como refutar as palavras dos apóstolos, nem
negar a veracidade da cura do coxo (v.13-14)
Os membros do Sinédrio discutiram entre si e decidiram ameaçar os apóstolos para que não
falassem mais em nome de Jesus (4.15-18)
Pedro e João se recusaram a obedecer este mandamento do Sinédrio. Por meio de toda esta
história que começa neste capítulo nós entendemos que existe uma desobediência bíblica.
É pensamento comum dos cristãos que, se obedecerem aos seus líderes, estarão sendo
submissos. Mas a submissão é uma atitude, é o respeito, a consideração. Obediência é comumente um
ato que se pratica. É possível ser submisso e não ser obediente, assim como é possível ser obediente e
não ser submisso. Sendo assim, submissão e obediência são conceitos que estão interligados, porém
não são sinônimos.
Na sequência do livro de Atos vemos que os discípulos oraram a Deus pedindo que lhes
concedesse “intrepidez” para desobedecerem às autoridades, e continuarem a pregar a Palavra
(4.23-30). Oração esta que foi respondida. Entenderemos mais um pouco sobre desobediência bíblica
no capítulo 5.
Pedro e João, depois de terem sido soltos, acharam os irmãos e contaram para eles o que tinha
acontecido e as ameaças que sofreram (4.23). A igreja ora unida, não para “guerrear contra os
demônios”, mas para pedir a Deus em favor dos crentes, citando a profecia do Salmo 2 e pedindo
intrepidez para continuar a anunciar a Palavra (4.24-30). Deus respondeu à oração:
(Atos 4.31) - Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
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Atos dos
Apóstolos
Atos 5
− V.1-6: Ananias mentiu ao Espírito Santo sobre o valor de uma propriedade que ele e sua
esposa tinham vendido, e morreu imediatamente. Satanás só conseguiu encher o coração
de Ananias pois ele mesmo assentou em coração os desígnios diabólicos.
− V.7-10: Safira entrou em acordo com o seu marido Ananias para participar da mesma
mentira, e também foi morta. Ela poderia não ter entrado em acordo com ele e ter sido
poupada.
− V.5.11: O resultado desta disciplina divina foi um grande temor entre todos que ouviram
sobre os acontecimentos. Da mesma forma, também nós devemos temer.
Logo em seguida ao episódio da cura do coxo na porta formosa, os apóstolos Pedro e João
continuaram pregando e foram presos. Tendo um anjo de Deus aberto o cárcere de madrugada
(v.17-21), eles mais uma vez saíram a pregar e ensinar, ao que foram chamados novamente às
autoridades, pois não estavam obedecendo às suas ordens, que contrariavam o comissionamento do
Senhor. Vejamos o que lhes disseram:
Após isso, os apóstolos foram açoitados e ameaçados pelas autoridades novamente, que lhes
ordenaram que não mais falassem em nome de Jesus, mas eles DESOBEDECERAM as ordens das
autoridades, e a Bíblia conta:
(Atos 5.41-42) - E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados
dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam
de ensinar e de pregar Jesus...
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Atos dos
Apóstolos
Isto nos mostra que, apesar de haver autoridades humanas sobre nós, a autoridade de Deus e
da sua Palavra é maior que qualquer uma delas, e devemos ser submissos primeiramente a Deus e sua
Palavra. É possível, portanto:
a. Ser submisso e obedecer: acontece quando estamos em sujeição verdadeira aos nossos
líderes e eles nos ordenam coisas que não ferem de nenhuma forma a Palavra de Deus.
Nestes casos, é obrigação do cristão obedecer à autoridade.
b. Ser submisso e não obedecer: acontece quando não atendemos a uma ordem que,
embora venha de um líder ao qual estamos sujeitos está em desacordo com a Palavra de
Deus. Em tais casos, é obrigação do crente desobedecer às autoridades, pois acima da
autoridade humana está a autoridade de Deus e da sua Palavra.
c. Não ser submisso e obedecer: acontece quando obedecemos não porque temos
consideração para com as autoridades, ou por respeito à posição que ocupam, mas por
medo das consequências que podemos sofrer se não o fizermos. Este já é o princípio da
rebelião, e deve ser corrigido. Devemos lembrar que a submissão é uma atitude do coração,
e que para Deus, está totalmente visível os desígnios do coração do homem.
d. Não ser submisso e não obedecer: é o caso de rebelião declarada. O crente jamais deve
ser insubmisso e desobediente, pois neste caso, estará tendo a mesma atitude de Satanás
e seus demônios, e terminará sendo dominado pela sua influência.
− V.33-39: Gamaliel aconselhou que se respeitasse o que Deus pode fazer através de outros
que não estão em nosso meio, e que talvez não compreendamos perfeitamente. Ele
influenciou para que os apóstolos fossem libertados, dizendo que as coisas do homem não
prevalecem, e que as coisas de Deus não podem ser destruídas.
Atos 6
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Atos dos
Apóstolos
Não sabemos se estes homens serviram como diáconos no sentido encontrado em outras
passagens que falam sobre o diaconato (Filipenses 1.1, 1 Timóteo 3.8-13). É possível que estes servos
em Jerusalém fossem escolhidos para servir temporariamente até resolver o problema das viúvas. Em 1
Timóteo 3.8-13, achamos as qualificações que devem ser aplicadas aos diáconos hoje em dia.
− V.8: Estevão mostrou o poder do Espírito Santo na sua pregação e através de milagres
− V.9-10: Algumas pessoas se opuseram ao seu ensinamento, mas não podiam resistir às ao
Espírito e a sabedoria pelos quais ele falava
− V.11-14: Eles fizeram acusações falsas contra Estevão e o levaram ao Sinédrio Estas
acusações são importantes para entendermos a defesa de Estevão no capítulo 7
(Atos 6.13-14) - Este homem não cessa de falar CONTRA O LUGAR SANTO e CONTRA A LEI;
porque o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e MUDARÁ OS
COSTUMES QUE MOISÉS NOS DEU.
Atos 7
Estevão mostrou seu respeito pelo Velho Testamento, baseando sua mensagem na mesma
esperança que os judeus compartilhavam. Este discurso é um maravilhoso resumo da história do Velho
Testamento.
Ele falou acerca dos locais onde os antepassados serviam a Deus, mostrando que a obediência
é mais importante do que "o lugar santo" (veja João 4.21-24)
Estevão enfatizou, também, a fé dos patriarcas, mesmo quando eles tinham que ir sozinhos com
Deus, sem apoio dos parentes.
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Atos dos
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A MORTE DE ESTEVÃO
Atos 8
(Atos 8.1) - E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra
a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e
Samaria.
− V.1-3: Saulo, que participou do apedrejamento de Estevão, continuou sua perseguição aos
cristãos.
Os discípulos foram dispersos, mas continuavam a pregação da palavra nas regiões de Judéia e
Samaria
FILIPE, O EVANGELISTA
Filipe era “diácono” na igreja em Jerusalém e cresceu no ministério que Deus o confiou, o ofício
de evangelista.
− V.5-8: Em atos 6, já se dizia sobre Filipe que ele era cheio do Espírito, de sabedoria e boa
reputação. Aqui em atos 8, ele aparece pregando a palavra, expulsando demônios e
curando os enfermos.
− V.9-13: Muitas pessoas creram e foram batizadas, incluindo Simão, que tinha enganado o
povo com suas mágicas
− V.14-17: Quando os apóstolos ouviram da conversão dos samaritanos, eles enviaram Pedro
e João para lá. Eles lhes impuseram as mãos e os samaritanos receberam o Espírito Santo.
Observe que Filipe não impôs as mãos sobre os novos crentes para que recebessem o Espírito
Santo, e sim Pedro e João que vieram de Jerusalém para poder fazer isso, pois eles possuíam da parte
de Deus esse dom.
Um anjo de Deus mandou que Filipe fosse ao deserto, e ele foi. Um etíope estava voltando de
Jerusalém para sua terra, lendo do livro de Isaías. (v.26-28).
(Atos 8.29) - Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.
O etíope reconheceu sua necessidade de ajuda no estudo da palavra. Filipe começou a anunciar
o Cristo de onde ele estava lendo (Isaías 53.7-8), ensinando-o a partir dali sobre Jesus.
Atos 9
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Atos dos
Apóstolos
Aqui neste capítulo está contido o primeiro dos três registros relacionados à conversão de Paulo.
São eles:
(Atos 9.15) - Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido
para levar o meu nome perante os GENTIOS e REIS, bem como perante os FILHOS DE ISRAEL;
É no capítulo 9 de Atos que é registrado, também pela primeira vez, a abrangência do ministério
de Paulo, que foi chamado para:
▪ Gentios (Não-judeus)
▪ Reis (Autoridades)
▪ Filhos de Israel (Judeus)
− V.31: A ameaça da perseguição por parte de Saulo acabou quando ele se converteu. A
perseguição por parte de Herodes ainda não tinha começado (Atos 12). O intervalo entre
estes dois períodos de perseguição deu tempo para a igreja crescer: Na edificação dos
cristãos, no crescimento relativo ao número de discípulos nas igrejas dos judeus, na
conversão dos primeiros gentios, abrindo assim a porta para um campo muito fértil (capítulo
10). A pessoa chave nesta parte da história é Pedro.
Atos 10
− V.1-6: Cornélio, um gentio piedoso e temente a Deus, teve uma visão na qual um anjo de
Deus lhe falou que: Suas orações e esmolas foram recebidas por Deus. Ele deveria enviar
mensageiros a Jope para chamar Pedro.
− V.7-8: Cornélio obedeceu imediatamente
− V.9-13: Pedro, em Jope, teve uma visão na qual Deus mandou que ele matasse e comesse
animais que eram considerados impuros pela Lei Mosaica.
− V.10-22: Pedro recusou comê-los. A voz do céu falou: "Ao que Deus purificou, não
consideres comum".
Vemos que Pedro recusou-se a comer os animais considerados impuros pela Lei, mesmo
sabendo que estava desobedecendo à visão. Vemos aí a resistência de Pedro a sair dos costumes da
Lei e, consequentemente, à aceitação dos gentios na igreja, que era o real significado da visão. Jesus já
havia ensinado a Pedro e os demais discípulos que o que contaminava o homem era aquilo que saía da
sua boca:
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Atos dos
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(Marcos 7.18-19) - Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora
entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para
lugar escuso? E, assim, CONSIDEROU ELE PUROS TODOS OS ALIMENTOS. - Leia Marcos 7.13-23
Mas embora Jesus tendo ensinado enquanto andava com ele, vemos Pedro ainda errando,
nesta ocasião em Atos 10, e em um episódio na carta aos gálatas, registrado por Paulo, no qual Pedro
foi à igreja de Antioquia e esquivou-se de comer com os gentios quando Tiago, um dos líderes da igreja
de Jerusalém (composta em sua maioria por judeus convertidos), chegou lá.
(Gálatas 2.11-12) - Quando, porém, Cefas [Pedro] veio a Antioquia, resisti -lhe face a face,
porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os
gentios; quando, porém, chegaram, AFASTOU-SE e, por fim, veio a APARTAR-SE, temendo os da
circuncisão. - Leia até v.16
Pedro estava, na verdade, com dificuldades de aceitar o fim de alguns costumes judaicos e,
também, os gentios como parte da igreja.
Enquanto Pedro ainda estava tentando entender a visão, os mensageiros de Cornélio chegaram,
e o Espírito Santo mandou que Pedro fosse com eles.
− V.23-24: Pedro foi com os mensageiros de Cornélio a Cesaréia, onde Cornélio estava
esperando com seus parentes e amigos.
− V.25-26: Quando Pedro chegou, Cornélio se prostrou e o adorou, mas Pedro não permitiu
que ele adorasse um homem.
− V.27-29: Pedro entrou na casa de Cornélio, e disse que Deus tinha mostrado para ele que
não deveria considerar nenhum homem comum ou imundo.
− V.30-32: Cornélio contou a história da visita de um anjo que mandou que ele enviasse
alguém a Jope para chamar Pedro.
− V.33: As pessoas em sua casa estavam todas prontas para ouvir a palavra do Senhor.
− V.34-35: Deus não faz acepção de pessoas, mas aceita qualquer pessoa que o obedece.
− V.36-43: Pedro relatou a história da vida de Cristo, falando da sua obra, morte e
ressurreição, e da missão dos apóstolos de divulgar o evangelho.
− V.44-46: O Espírito Santo caiu sobre os gentios que ouviam a palavra.
− V.46-48: Pedro entendeu este sinal de Deus como confirmação da aceitação dos gentios por
Deus, e mandou que eles fossem batizados.
(Atos 10.44-46) - Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os
que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque
também sobre os gentios foi derramado O DOM DO ESPÍRITO SANTO; POIS OS OUVIAM FALANDO
EM LÍNGUAS e engrandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro:
É importante destacar que este é o segundo registro do livro de Atos acerca de batismo no
Espírito Santo, e é um exemplo que se distingue do primeiro caso, registrado em Atos 2.
Nesta ocasião, os gentios estavam ouvindo a Palavra e creram de tal forma, que foram
instantaneamente batizados enquanto ouviam. Perceba que eles não tiveram que esperar – os únicos
cristãos que deveriam esperar pelo batismo (para receber o Espírito Santo) foram os primeiros, pois o
Espírito ainda não havia sido dado. Mas agora, o Espírito Santo já está disponível para todo crente,
basta crer, como aconteceu com os da casa de Cornélio.
Atos 11
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Atos dos
Apóstolos
− V.1-3: Quando Pedro voltou a Jerusalém, alguns discípulos judeus questionaram o porquê
dele ter entrado na casa de gentios e ter ficado com eles.
− V.4-17: Pedro contou a história dos acontecimentos dos dias anteriores.
− V.17: Pedro entendeu que Deus tinha dado aos gentios a mesma oportunidade de serem
salvos que os judeus receberam.
− V.18: Os judeus aceitaram a explicação de Pedro, e glorificaram a Deus por causa da
salvação dos gentios.
(Atos 11.15-16) - Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, como
também sobre nós, no princípio. Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na
verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.
Perceba que Pedro explica que o mesmo dom que foi derramado sobre eles no princípio – em
Pentecostes – foi dado aos gentios: o batismo no Espírito Santo, que teve a mesma evidência de
Pentecostes – as línguas.
− v.19-21: Alguns discípulos dispersos por causa da perseguição que sobreveio a Estevão
pregaram a palavra aos gentios em Antioquia e muitas pessoas foram convertidas ao
Senhor.
− v.22-24: A igreja em Jerusalém enviou Barnabé até Antioquia, pois ele era homem bom,
cheio de fé e do Espírito Santo.
− v.25-26: Barnabé foi para Tarso procurando Saulo, que ficou por um ano em Antioquia
ensinando a palavra juntamente com Barnabé.
− v.26: Os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez em Antioquia
Atos 12
(Atos 12.1-3) - Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os
maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isto agradável aos judeus,
prosseguiu, prendendo também a Pedro.
− v.1-2: De acordo com a história, o rei Herodes neste capítulo é Herodes Agripa I, que morreu
no ano 44 d.C.. Herodes deu a ordem para matar Tiago, irmão de João e um dos apóstolos.
− v.3-4: Ele prendeu Pedro e o deixou no cárcere com intenção de julgá-lo publicamente depois
da Festa da Páscoa.
Outro pregador importante para o corpo de cristo é assassinado: Tiago. Pedro, contudo, apesar
de ter sido preso, recebeu livramento de Deus.
Qual a diferença entre os dois casos: o de Tiago e o de Pedro? O segredo está no v.5:
(Atos 12.5) - Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por
parte da igreja a favor dele.
− V.6: Pedro ficou no cárcere, bem vigiado, até a noite antes da apresentação planejada por
Herodes.
13
Atos dos
Apóstolos
Este capítulo relata mais um período difícil na história da igreja primitiva, mas no fim, os
perseguidores são mortos e a palavra ainda está sendo divulgada
Atos 13
▪ Barnabé;
▪ Simeão, por sobrenome Níger;
▪ Lúcio de Cirene;
▪ Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca;
▪ Saulo.
Esse Manaém citado na igreja de Antioquia foi criado com Herodes Antipas (o tetrarca da
Galiléia e Peréia de 4 a.C. a 39 d.C.), o mesmo que matou João Batista e julgou Jesus.
Vemos que tanto Paulo quanto Barnabé estavam operando no ofício de profeta, ou de mestre, ou
ambos. No entanto, a ordem do Espírito Santo fez com que fosse iniciada uma nova fase no ministério
deles, o apostolado:
(1 Timóteo 2.7) - Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo a verdade, não minto),
mestre dos gentios na fé e na verdade.
14
Atos dos
Apóstolos
− V.4-5: Barnabé, Saulo e João Marcos foram de Antioquia a Selêucia e navegaram para a
ilha de Chipre, onde entraram na cidade de Salamina e começaram a pregar nas sinagogas
judaicas
− V.6: Eles atravessaram a ilha e chegaram à cidade de Pafos
− V.6-8: Em Pafos, o procônsul Sérgio Paulo se interessou pela palavra, mas o mágico
Barjesus impediu o trabalho de Barnabé e Saulo (Procônsul era o magistrado que
governava uma província)
− V.9-12: Saulo mostrou a superioridade do poder divino e fez com que Barjesus não
enxergasse por algum tempo. O resultado deste milagre foi que Sérgio Paulo creu na
doutrina de Cristo.
1. O escritor passou a usar o nome Paulo (que foi mencionado em 13.9) em vez de Saulo.
2. Daqui para frente, o nome de Paulo é geralmente colocado antes dos seus companheiros
− V.13: Eles saíram de Chipre e navegaram para Perge da Panfília. João Marcos voltou para
Jerusalém
O texto não revela o motivo pelo qual Marcos voltou, mas é claro, por causa da reação de
Paulo em Atos 15.36-38, que ele os abandonou por algum motivo que Paulo não aceitou.
− V.14-15: Paulo e Barnabé entraram numa sinagoga num sábado, e os chefes da sinagoga
lhes permitiram que falassem.
− V.16-41: Paulo pregou, começando com a história do povo judaico no Velho Testamento,
chegando ao assunto da salvação através de Cristo.
− V.30-31: Paulo declara que Deus ressuscitou Jesus dos mortos, e ele foi visto vivo por
muitas testemunhas.
− V.32-37: Paulo e Barnabé estavam pregando o evangelho da promessa, mostrando que
Deus tinha cumprido a promessa do Velho Testamento (13:32-37).
− V.33: Ele cumpriu a profecia do segundo Salmo quando ressuscitou Jesus e o colocou no
trono (veja Salmo 2.6-9).
− V.34: Ele cumpriu as promessas feitas a Davi e que foram mencionadas por Isaías num
contexto que enfatizou que a graça seria oferecida a todos, incluindo os gentios (veja Isaías
55.3 no seu contexto).
− V.35: Ele cumpriu a profecia de Salmo 16.10, e não deixou o Santo ser corrompido na morte.
− V.36-37: Paulo trouxe o mesmo ponto que Pedro tinha apontado em sua mensagem em
Atos 2.24-36, dizendo que Davi viu corrupção e sua profecia não pertencia a si próprio, mas
a Jesus (13.36-37)
− V.38-41: Deus ofereceu a salvação através de Jesus e por Jesus as pessoas são
justificadas de tudo que não puderam ser por meio da lei de Moisés
(Atos 13.46) - Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós
outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós
mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios.
− V.42-43: Muitos dos judeus quiseram ouvir mais, e alguns aceitaram o evangelho
− V.44: No sábado seguinte, uma grande multidão se reuniu para ouvir a palavra
− V.45: Os judeus, movidos por inveja, contradisseram a palavra de Paulo e Barnabé
15
Atos dos
Apóstolos
Atos 14
− V.1: Depois de serem expulsos de Antioquia, Paulo e Barnabé foram para Icônio, onde
entraram na sinagoga dos judeus. Muita gente aceitou a palavra
− V.2: Alguns judeus incrédulos agitaram o povo contra Paulo e Barnabé
− V.4-5: Os judeus se prepararam para apedrejar Paulo e Barnabé
− V.6-7: Paulo e Barnabé fugiram para Listra e Derbe e continuaram a pregar o evangelho
− Listra e Derbe foram cidades da Licaônia, que pertencia à região da Galácia (veja Gálatas
1.2)
− V.8-10: Em Listra, Paulo curou um homem que era coxo desde o seu nascimento.
− V.11-13: O povo tentou adorar a Paulo e a Barnabé como os deuses Mercúrio e Júpiter.
− V.14-18: Com dificuldade, Paulo e Barnabé impediram que adorassem a eles. Eles não
aceitaram esta adoração, antes falaram do Deus verdadeiro que merece honra.
Ao ser pressionado pela cura do paralítico Paulo diz que Deus dá testemunho sobre si
mesmo fazendo o bem, dando chuva e estações frutíferas (atos 14.17)
PAULO É APEDREJADO
− V.19: Paulo é apedrejado em Listra pelos judeus que vieram de outras partes da Galácia
(Antioquia e Icônio), e dado como morto.
(Gálatas 4.13-14) - E vós [gálatas] sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por
causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma
tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo
de Deus, como o próprio Cristo Jesus.
Paulo foi apedrejado e acabou ficando mais tempo na Galácia por causa das sequelas do
apedrejamento. Provavelmente tenha sido nesta ocasião que Paulo fora arrebatado até o
terceiro céu, o paraíso, e tenha ouvido palavras inefáveis, como cita em 2 Coríntios 12.1-6.
− V.20-21: Os irmãos rodeiam Paulo e ele “se levanta” (entende-se esta expressão como
ressurreição física de Paulo). No dia seguinte, foi com Barnabé para Derbe, onde eles
pregaram
− V.21-22: Paulo volta às cidades da Galácia onde já havia estado para dar testemunho e
encorajá-los a ficar firmes na fé mesmo que sofrendo muitas tribulações (Gálatas 4.13-14)
− V.23: Presbíteros foram escolhidos em cada igreja
Observe que os presbíteros foram escolhidos em cada igreja, mostrando que cada
congregação, no padrão do Novo Testamento, é independente das outras igrejas. Nunca
achamos exemplo no Novo Testamento de presbíteros numa congregação dirigindo o trabalho
de outra igreja (veja 1 Pedro 5.1-2). As passagens que falam dos presbíteros nas igrejas locais
mostram que cada igreja tinha mais de um (veja Atos 20.17-28 e Filipenses 1.1). No Novo
16
Atos dos
Apóstolos
− V.27: Eles falaram à igreja em Antioquia sobre o trabalho feito por Deus através deles
− V.28: Paulo e Barnabé ficaram algum tempo em Antioquia
Atos 15
− V.1: Alguns cristãos da Judéia (igreja de Jerusalém, liderada por Pedro, Tiago e João) foram
para Antioquia da Síria (igreja liderada por Paulo e Barnabé), ensinando que a circuncisão
era necessária para ser salvo.
− V.2: Paulo e Barnabé discutiram (a Bíblia diz que houve “contenda e não pequena
discussão”, ou seja, a briga foi feia!) com estes irmãos da Judéia, e decidiram ir para
Jerusalém para falar do problema com os apóstolos e presbíteros lá.
A controvérsia sobre a circuncisão foi um problema que continuou por algum tempo nas igrejas
do primeiro século. Devemos lembrar que esta disputa surgiu dentro das igrejas; não foi um conflito com
os judeus não convertidos.
Por que a preocupação com a lei da circuncisão? Deus tinha exigido a circuncisão desde
Abraão, e tinha feito uma ligação entre a circuncisão e a aliança com Abraão (Gênesis 17.9-11). Alguns
cristãos judeus pensaram que a circuncisão ainda era necessária para receber as bênçãos da aliança.
− V.3: Paulo, Barnabé e alguns outros discípulos foram para Jerusalém, contando aos irmãos
no caminho as boas notícias da salvação dos gentios.
− V.4: Quando chegaram em Jerusalém, relataram aos cristãos de lá o que Deus tinha feito na
sua viagem missionária.
− V.6: Os apóstolos e presbíteros se reuniram para examinar a questão da circuncisão
(evidentemente a igreja toda estava presente para ouvir o debate v.12,22).
Os apóstolos em Jerusalém até o momento ainda não tinham sequer parado para pensar a
respeito do assunto. Sabemos disso pelo fato dos apóstolos terem se reunido para examinar a questão,
pois era uma novidade para eles.
Assim como em Atos 6, encontramos aqui outro exemplo de humildade dos lideres espirituais da
igreja em Jerusalém: se reuniram para examinar a questão! Não foram intransigentes, nem arbitrários.
Reconheceram sua falta de domínio a respeito do assunto, e foram “examinar a questão”.
− V.7: Houve grande debate – não foi uma grande pregação, um grande ensinamento, uma
grande imposição, foi um grande DEBATE sobre o assunto.
− V.7-11: Pedro relembrou os irmãos do seu trabalho entre os gentios, enfatizando o fato de
que Deus tinha concedido o Espírito Santo a eles para confirmar que foram salvos.
A experiência espiritual (ou religiosa) que o judeu e o gentio devem ter com Deus é: “a
purificação dos CORAÇÕES pela fé” (v.9). Se Deus não faz distinção entre os judeus e os gentios e
purifica pela fé o coração de ambos, então, por sobre a cerviz dos discípulos de Cristo um jugo
insuportável é uma forma de tentar a Deus (v.10).
− V.12: Paulo e Barnabé contaram os milagres realizados por Deus entre os gentios,
mostrando que seu trabalho foi abençoado por ele.
17
Atos dos
Apóstolos
− V.13-18: Tiago citou as palavras de Amós 9.11-12, que tinham profetizado a salvação dos
gentios
− V.19-21: Tiago sugeriu que os gentios fossem obrigados a guardar somente os seguintes
mandamentos:
▪ Abster-se de idolatria
▪ Abster-se das relações sexuais ilícitas
▪ Não comer sangue (ou animais sufocados)
− V.22-29: A igreja resolveu enviar uma carta pelas mãos de Paulo, Barnabé, Silas e Judas
Barsabás para corrigir o falso ensinamento que começou com alguns irmãos de Jerusalém.
Observe que a igreja em Jerusalém não estava fazendo leis ou regras, mas procurou resolver
um problema que começou lá.
A RESPONSABILIDADE HUMANA
O texto de atos 15 relata um debate extenso, mas somente no final da história é que se diz que
“pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros com toda a igreja” (v.22) e que os envolvidos “chegaram
a pleno acordo” (v.25) e também que “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” (v.28). No final do debate!
E não antes de todas as partes envolvidas expressarem livremente seus pensamentos.
É interessante de se observar que a Bíblia somente diz que “pareceu bem ao Espírito Santo”
DEPOIS que diz que todos haviam chegado “a pleno acordo”. A própria expressão daquele que dá a
palavra final, Tiago, demonstra respeito pelas pessoas presentes e envolvidas no debate a respeito da
questão doutrinária:
(Atos 15. 19) - pelo que JULGO EU, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se
convertem a Deus.
Veja:
Todas as expressões citadas acima apontam para uma verdade inquestionável apresentada em
todo livro de Atos: a importância da decisão e da responsabilidade humana em todas as coisas da vida.
− V.30-35: Eles levaram a carta a Antioquia. Os cristãos de Antioquia se alegraram por causa
da carta. Depois de algum tempo, Judas voltou a Jerusalém. Silas, Paulo e Barnabé ficaram
em Antioquia.
18
Atos dos
Apóstolos
− V.36-39: Paulo e Barnabé não concordaram sobre João Marcos. Barnabé quis levar Marcos,
mas Paulo não confiou nele porque este os tinha abandonado na primeira viagem (veja Atos
13.13). Barnabé levou consigo a Marcos e navegou para Chipre.
− V.40-41: Paulo levou consigo a Silas e foi, por terra, para as regiões que eles tinham visitado
na primeira viagem.
Atos 16
− V.1-2: Paulo e Silas passaram por Derbe e Listra, onde encontraram um discípulo chamado
Timóteo, rapaz de boa reputação entre os cristãos da região, filho de uma judia cristã e de
pai grego (gentio).
− V.3: Quando Paulo decidiu levar consigo a Timóteo, ele foi circuncidado para não impedir o
trabalho entre os judeus que eram muito preconceituosos.
Paulo circuncida Timóteo como estratégia evangelística para com os judeus da região onde ele
morava, e não por questões relacionadas a salvação ou a fé (Veja: Gálatas 2.3-5, 1 Coríntios 9.18-23).
Vale ressaltar que para que eles tenham sido impedidos de pregar, é porque não estavam em
casa perguntando se deveriam ou não sair para ministrar a Palavra para alguém, e sim porque estavam
em plena atividade e precisaram ser parados por Deus para ouvirem a respeito de uma direção
especifica para aquela ocasião.
Se o cristão está seguindo em algum projeto em sua vida e Deus não lhe manda parar, não tem
porque andar inseguro a respeito do futuro. Se Deus me diz para fazer ou parar alguma coisa, eu
simplesmente obedeço, pois sei que ele se importa comigo e cuida de mim, e eu posso confiar nele.
Devemos ser guiados por Deus tanto por aquilo que ele diz, como por aquilo que ele não diz.
(Atos 16.25-26) - Por volta da meia-noite, Paulo e Silas ORAVAM E CANTAVAM louvores a
Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho
terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as
cadeias de todos.
19
Atos dos
Apóstolos
(Atos 16.30-31) - Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja
salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
− V.31-32: Paulo disse que ele precisava crer em Jesus, e então pregou a ele e a sua família
sobre Jesus (16:31-32).
− V.33-34: O carcereiro e sua família ouviram a pregação, creram e foram batizados na
mesma hora da noite e regozijaram-se em Cristo
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa” (Atos 16.31) é um texto até hoje mal
interpretado, onde algumas pessoas pensam que Paulo quis dizer que se um membro da família é
salvo, todos automaticamente serão, pois, como julgam, todos estarão “debaixo da promessa”. Contudo,
esta declaração de Paulo fora feita em uma situação específica, por uma razão específica, e não se
tratava de uma promessa, nem para o carcereiro, nem para os seus parentes, muito menos pra os
evangélicos de forma geral.
Os parentes do carcereiro estavam presentes com ele ouvindo Paulo e Silas falarem do
evangelho, por isso Paulo disse para o carcereiro e parentes: “crê no Senhor e serás salvo tu E tua
casa” e como diz o verso seguinte: “e lhe pregaram a palavra de Deus E a TODOS OS DE SUA CASA”
(v.31-32).
(Atos 16.34b) - COM TODOS OS SEUS manifestava grande alegria, por TEREM crido em Deus
Todos estavam presentes, todos ouviram, todos creram, todos foram batizados, todos estavam
alegres.
− V.35-39: No dia seguinte, Paulo insistiu que os próprios pretores os livrassem, assim
relembrando estes oficiais do governo quanto a seus direitos de acordo com a lei.
− V.40: Paulo e Silas foram para a casa de Lídia para confortar os irmãos antes de deixar
Filipos
Atos 17
− V.1: Paulo e seus companheiros passaram por Anfípolis e Apolônia antes de chegarem em
Tessalônica.
− V.1-3: Paulo começou a ensinar numa sinagoga sobre Jesus, sua morte e ressurreição.
− V.4: Alguns judeus, muitos gregos e muitas mulheres foram convencidos pela pregação de
Paulo.
− V.5: Um grupo de judeus agitou o povo e tentou prender Paulo e seus colegas.
− V.6-7: Quando não acharam estes homens, os judeus prenderam Jasom (Cristão que
abrigou Paulo e Silas em Tessalônica) e alguns outros irmãos, alegando desrespeito à
autoridade de César, por proclamarem Jesus Rei.
− V.8-9: Jasom e os outros foram soltos depois de pagar fiança, mas o povo ficou agitado por
causa das acusações feitas contra estes discípulos
20
Atos dos
Apóstolos
Esta reação do povo contra Paulo impediu a continuação de seu trabalho em Tessalônica, e ele
foi para outros lugares, deixando que os recém-convertidos continuassem o trabalho (veja 1
Tessalonicenses 1.5-8)
(Atos 17.11) - Ora, estes de Beréia eram MAIS NOBRES que os de Tessalônica; pois receberam
a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas
eram, de fato, assim.
A tão falada nobreza do crente que é discipulado na doutrina: receber a palavra “com avidez,
examinando as Escrituras para ver se as coisas eram, de fato, assim”.
O grandioso discurso de Paulo registrado neste capítulo aconteceu em Atenas, capital cultural do
mundo antigo, falando sobre a grandeza e bondade do Deus criador e sustentador de todas as coisas e
de toda vida humana. Ele fez uso de uma inscrição tirada de um templo pagão para servir de base
inicial para a sua abordagem: “o Deus desconhecido”. Talvez, inclusive, este mesmo Deus ainda seja
desconhecido por muitos assim chamados “evangélicos”, pois não seria difícil alguns cristãos
estranharem a abordagem de Paulo a respeito do caráter e da bondade de Deus neste texto. Paulo diz
que:
1. “Deus dá a TODOS (não aos cristãos, ou judeus) vida, respiração e tudo mais” (v.25);
2. “Deus fez TODA a raça humana a partir um único homem” (v.26);
3. “Deus fez a raça humana (toda) para buscar a Deus” (v.27);
4. “Deus não está longe de um só ser humano que seja, não importando se é judeu, gentio,
brasileiro ou israelita” (v.27);
5. “todos os homens vivem, se movem e existem em Deus” (v.28);
6. “alguns poetas dizem coisas bíblicas, como por exemplo: somos geração de Deus” (v.28);
É importante considerar que um lugar tão cheio de idolatria como Atenas, tão influenciado por
espíritos enganadores, não foi objeto de “guerra espiritual” da parte de Paulo e seus companheiros de
ministério, mas o que ele fez foi FALAR ainda mais a palavra de Deus (v.16-17), a ponto de ser
chamado de TAGARELA (v.18).
(1 Coríntios 1.21) - Aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da PREGAÇÃO
Você não vai encontrar em lugar algum no livro de Atos qualquer tipo de oração de “guerra
espiritual” por parte da igreja, mesmo em cidades onde havia a clara presença de demônios
influenciando o povo e a sociedade local.
21
Atos dos
Apóstolos
Atos 18
PAULO EM CORINTO
(Atos 18.3) - E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ALI TRABALHAVA,
pois a profissão deles era fazer tendas.
Algumas pessoas citam o verso 3 deste capítulo em uma suposta defesa a ideia de que o
ministro do evangelho deve trabalhar secularmente para se sustentar, no entanto, não percebem a
“curiosa” declaração que Lucas faz no verso 5, logo em seguida:
Embora não possamos fazer uma dissertação mais detalhada sobre o assunto nessa apostila, a
regra básica é a que foi deixada pelo Senhor quando disse que “aquele que prega o evangelho deve
viver do evangelho” (1 Coríntios 9.14) e toda e qualquer exceção é meramente circunstancial e todo
homem ou mulher de Deus deve agir com sabedoria em cada caso e se portar de acordo com o que
situação pedir.
− V.4: Paulo entrou todos os sábados na sinagoga e convenceu muitos judeus sobre a
verdade referente a Jesus.
− V.5: Quando Silas e Timóteo chegaram, Paulo se dedicou totalmente ao trabalho de pregar o
evangelho
− V.6: Quando os judeus rejeitaram sua mensagem sobre o Cristo, ele saiu da sinagoga e
disse que pregaria aos gentios.
− V.7-8: Ele entrou na casa de Tício Justo. Crispo, o principal da sinagoga, e sua família,
foram convertidos
− V.9-10: Numa visão, Deus falou com Paulo, dizendo que ele não deveria desistir do trabalho
em Corinto.
− V.11: Paulo ficou 18 meses em Corinto pregando a palavra.
PAULO E A LEI
(Atos 18.12-13) - Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus,
concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal, dizendo: Este persuade os homens a adorar a
Deus por modo contrário à lei.
Declaração interessante acerca daquilo que Paulo fazia com a sua pregação: “persuade os
homens a adorar a Deus por modo contrário à lei” (v.13).
Outros dois textos do livro de Atos de certa forma relacionados a este são:
(Atos 6.14) - o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os
costumes que Moisés nos deu.
E também:
22
Atos dos
Apóstolos
(Atos 21.20-21) - Bem vês, irmão [Paulo], quantas dezenas de milhares há entre os judeus que
creram, e todos são zelosos da lei; e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre
os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar
segundo os costumes da lei.
A verdade bíblica a respeito da mudança da Lei fora confirmada por Paulo de forma clara e
direta em sua carta aos Gálatas, e de lá destacamos o seguinte versículo:
(Gálatas 3.19) - [a Lei] foi adicionada [na história do povo de Deus] por causa das transgressões,
ATÉ que viesse o descendente a quem se fez a promessa.
Pois:
(Romanos 10.4) - ...o fim da Lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê
− V.14-16: Gálio recusou envolver-se no conflito dos judeus sobre suas leis, e os expulsou do
tribunal.
− V.18: Paulo ficou ainda muito tempo em Corinto, e depois começou a voltar para Antioquia
da Síria.
− V.18-21: Priscila e Áquila acompanharam Paulo até Éfeso, onde ele não permaneceu por
muito tempo.
No verso 18 é mencionado um voto feito por Paulo, mas sabemos muito pouco a respeito deste.
Os votos dos judeus eram voluntários. Paulo, evidentemente, não foi contra a participação dos
costumes judaicos pelos judeus (1 Coríntios 9.20), mas não permitiu que os gentios fossem obrigados a
guardar a lei de Moisés
− V.22: Os efésios pediram que Paulo permanecesse mais tempo com eles, mas ele não ficou.
Prometeu, voltar, se Deus quisesse. Ele passou por Cesaréia e Jerusalém antes de
completar a viagem onde a tinha iniciado, em Antioquia da Síria.
− V.23: Paulo saiu de Antioquia e visitou os discípulos nas regiões da Galácia e Frígia
− V.24-28: Apolo pregou sobre Jesus em Éfeso, e Priscila e Áquila corrigiram o ensino dele.
Na última parte deste capítulo Apolo é citado pela primeira vez no texto bíblico como um “homem
eloquente e poderoso nas Escrituras, instruído no caminho do Senhor, fervoroso de espírito, que falava
e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo APENAS o batismo de João” (v.24-25).
(Atos 18.26) - Ele [Paulo], pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém,
Priscila e Áquila [companheiros ministeriais de Paulo], tomaram-no consigo e, com MAIS EXATIDÃO,
lhe expuseram o caminho de Deus.
O texto de atos 18.24-28 nos mostra algo muito interessante: Apolo, pregador, mestre poderoso
nas Escrituras, não tinha EXATAMENTE (V.26) a mesma visão que os companheiros ministeriais de
Paulo, no entanto, eles souberam reconhecer nele o dom de Deus e considerá-lo importante para o
Corpo, animando-o a viajar e pregar em igrejas amigas e ainda escrevendo para os seus amigos para
que estes o recebessem (v.27), o que deixa implícito um tratamento digno e honroso.
Atos 19
− V.1: Apolo foi para Corinto, e Paulo, chegando a Éfeso, encontrou alguns discípulos.
23
Atos dos
Apóstolos
− V.2-3: Paulo descobriu que estes discípulos não tinham ouvido sobre a existência do Espírito
Santo, e que tinham sido batizados apenas no batismo de João.
− V.4-5: Ele explicou que Jesus tinha cumprido sua missão, e eles foram batizados em nome
de Jesus.
− V.6-7: Paulo impôs as mãos sobre eles e estes 12 homens receberam o Espírito Santo.
Outra passagem do livro de Atos que trata sobre o batismo no Espírito Santo está aqui em Atos
19.1-7. É possível receber o Espírito Santo logo quando se crê em Jesus, como também é possível não
se receber, tudo vai depender do que a pessoa ouve na pregação inicial que lhe é feita. As perguntas
“recebestes o Espírito Santo?” e “fostes batizados?” se referem à mesma coisa.
Em atos 18.18 diz que “muitos dos que creram vieram confessando publicamente as suas
próprias obras”, no entanto, eles não faziam isso para “se libertar” de alguma coisa relacionada ao
passado, nem para “quebrar” algum tipo de pacto, mas o faziam como testemunho pessoal,
incentivando a outros e engrandecendo o Senhor Jesus.
Um ponto interessante a se observar no problema que houve por causa da “Diana dos efésios”
(Atos 19.1, 18, 19, 23-40) é que Paulo e os ministros que o acompanhavam não se portaram
inapropriadamente, de forma agressiva contra a fé dos habitantes de Éfeso, nem mesmo contra a
própria Diana, tanto é que o escrivão da cidade saindo em defesa deles disse: “estes homens não são
sacrílegos, nem blasfemaram contra nossa deusa” (Atos 19.37).
Aqui também começa o registro de uma história muito interessante na vida de Paulo sobre
compromisso com o ministério e direção divina na vida.
Nos próximos capítulos algumas outras informações sobre o assunto serão acrescentadas e
trarão ainda mais luz a respeito da importância desta decisão espiritual que Paulo tomou neste
momento.
− V.21-22: Paulo enviou Timóteo e Erasto a Macedônia, e ele ficou mais tempo em Éfeso
− V.23-28: Demétrio, um dos homens que fez imagens de Diana, agitou a multidão, porque a
doutrina que Paulo ensinou era contra a idolatria.
− V.29: A multidão confusa prendeu Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo.
24
Atos dos
Apóstolos
− V.30-32: Os discípulos não permitiram que Paulo falasse, reconhecendo o perigo no meio da
confusão.
− V.33-34: Alexandre, um judeu, tentou falar à multidão, mas o povo não o deixou falar. A
multidão gritou durante duas horas: "Grande é a Diana dos efésios".
− V.35-40: O escrivão da cidade conseguiu acalmar a multidão.
Atos 20
1. V.18-21: Ele citou o exemplo de seu trabalho com os efésios, dizendo que não deixou
de falar as coisas proveitosas sobre Jesus.
2. V.22-25: Paulo disse que sabia que encontraria provações e cadeias em Jerusalém,
e que não veria mais os rostos dos efésios.
3. V.26-27: Ele declarou ser inocente do sangue dos efésios, porque não omitiu nada do
evangelho de Jesus na sua pregação.
4. V.28-31: Paulo disse que os presbíteros teriam que cuidar bem do rebanho. Ele
avisou que problemas e ensinamentos falsos viriam, mesmo entre os bispos
− V.36-38: Eles oraram juntos, e os bispos acompanharam Paulo até o navio, onde o
despediram com muita tristeza.
(Atos 20.22-23) - E, agora, CONSTRANGIDO EM MEU ESPÍRITO, vou para Jerusalém, não
sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que
me esperam cadeias e tribulações.
Em Atos 19.21 a Bíblia diz que “Paulo resolveu em seu espírito ir a Jerusalém”. Aqui, em Atos
20.22, vemos que ele disse que iria para Jerusalém porque estava “constrangido em seu espírito”. O
Espírito Santo lhe garante cadeias, tribulações, mas Paulo associa o cumprimento da vontade de Deus
para sua vida à obediência a esta “contrição” ou “resolução” em seu próprio interior.
Atos 21
25
Atos dos
Apóstolos
− V.1-6: Paulo e seus companheiros passaram por Cós, Rodes e Pátara e embarcaram em
outro navio que os levou até Tiro, onde ficaram sete dias com os irmãos.
− V.4: Em Tiro, os discípulos recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém, mas
passados alguns dias ele e seus companheiros prosseguiram viagem.
− V.7-14: Eles passaram um dia com os irmãos em Ptolemaida e ficaram algum tempo na
casa de Filipe em Cesaréia.
Este é o mesmo Filipe que serviu às viúvas em Jerusalém (Atos 6.5) e que pregou em Samaria
(Atos 8 – veja especialmente 8.40, onde ele chegou a Cesaréia). Parece que ele tinha ficado um bom
tempo – talvez 20 anos – no mesmo lugar.
− V.10-11: Ágabo, um profeta de Jerusalém (veja Atos 11.27-28), disse que Paulo seria preso
em Jerusalém.
(Atos 21.10-11) - Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo;
e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: ISTO
DIZ O ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão
nas mãos dos gentios.
O profeta declarou: “isto diz o Espírito Santo: os judeus prenderão a Paulo em Jerusalém”, no
entanto, Paulo já sabia destas coisas, pois como ele mesmo disse em atos 20.23 o “Espírito Santo lhe
assegurava que de cidade em cidade lhe esperavam cadeias e tribulações”. Observe que passar por
tribulações ou mesmo cadeias, não é uma prova evidente de que você esteja em pecado ou fora da
vontade de Deus.
− V.17-19: Os cristãos em Jerusalém aceitaram Paulo, e ele falou com Tiago e os presbíteros
sobre o trabalho entre os gentios.
− V.20-24: Os irmãos de Jerusalém falaram com Paulo a respeito de algumas pessoas que
tinham recebido informações de outras que ele estava tentando destruir os costumes da lei
de Moisés, e sugeriram que ele fosse purificado no templo com alguns outros homens, para
mostrar que ele não era oposto às práticas judaicas.
− V.26: Paulo aceitou o conselho, e entrou no templo com os outros homens para ser
purificado (veja 1 Coríntios 9.20)
− V.27-31: Os judeus da Ásia, pensando que Paulo tinha levado um gentio ao templo,
agitaram a multidão e tentaram matá-lo.
− V.31-36: O comandante que tinha a responsabilidade de manter a paz em Jerusalém, ficou
sabendo do tumulto e tirou Paulo do meio da multidão.
A partir de Atos 21.27-36 até muitos outros capítulos para frente Paulo passará por muitas
perseguições, cadeias e tribulações, como ele mesmo já fora informado pelo Espírito Santo
antecipadamente.
26
Atos dos
Apóstolos
▪ “o comandante ordenou que Paulo fosse acorrentado com duas cadeias” (v.33);
▪ “ao chegar às escadas, foi preciso que os soldados o carregassem, por causa da
violência da multidão” (v.35);
▪ “a massa de povo seguia Paulo gritando: mata-o!” (v.36).
Expressões como estas que se encontram nessa porção das Escrituras, são facilmente
encontradas quando o ministério de Paulo e o impacto que ele causava são mencionados.
Atos 22
− V.1-2: Quando Paulo começou a falar na língua hebraica, o povo prestou atenção à sua
defesa.
− V.3-5: Ele explicou sua própria história, falando da instrução que ele recebeu de Gamaliel, e
de como ele tinha perseguido os cristãos.
− V.6-16: Ele falou da visão que teve de Jesus no caminho para Damasco, dizendo que Jesus
o mandou a Damasco para saber o que deveria fazer.
(Atos 22.15) - Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para
conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás
de ser sua testemunha DIANTE DE TODOS OS HOMENS, das coisas que tens visto e ouvido.
Alguns escritores cristãos têm dito que alguns dos sofrimentos de Paulo eram provenientes de
sua obstinação em querer pregar para os judeus e que, por isso, ele sofria desnecessariamente por
estar fora da vontade de Deus em relação ao seu ministério que deveria ser supostamente voltado “para
os gentios”. Mas isto não é verdade, pois, como já foi dito, a abrangência do ministério de Paulo se
estendia a judeus e gentios, como de fato é mencionado aqui em atos 22.15: “serás testemunha diante
de TODOS os homens”, confirmado também pela outra passagem que fala sobre o chamado e
ministério de Paulo, Atos 9.15 e também Atos 26.16-22, quando Paulo narra as palavras de Jesus que
lhe disse:
(Atos 26.16-17) - ...por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha... livrando-te do
povo [judeus] e dos gentios, para os quais eu te envio.
Para que não haja dúvidas a respeito do que esta última passagem está realmente dizendo,
precisamos entender que quando Jesus disse “para os quais eu te envio”, ele não estava se referindo
somente aos gentios, como a construção da frase poderia fazer parecer, mas o que ele quer dizer é: “eu
te socorrerei e te livrarei das pessoas para as quais vou te enviar, tanto judeus (o povo), como gentios”.
Tanto é este o sentido que o próprio Paulo, na continuação do texto, confirma isso dizendo:
(ATOS 26.19-20) - PELO QUE, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas
ANUNCIEI primeiramente aos de Damasco e EM JERUSALÉM, POR TODA A REGIÃO DA JUDÉIA, E
27
Atos dos
Apóstolos
Paulo diz: “anunciei aos de Jerusalém E AOS GENTIOS” fazendo aí uma distinção entre dois
grupos de pessoas. Depois, ele menciona a proteção sobre a qual Jesus havia falado nos versículos 16
e 17:
(Atos 26.21-22) - Por causa disto, alguns JUDEUS me prenderam, estando eu no templo, e
TENTARAM MATAR-ME. Mas, ALCANÇANDO SOCORRO DE DEUS, PERMANEÇO até ao dia de
hoje, DANDO TESTEMUNHO, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os
profetas e Moisés disseram haver de acontecer,
Lembre-se do que Jesus havia falado: “te apareci [Paulo] para te constituir ministro e
testemunha, livrando-te do povo [judeus] e dos gentios, para os quais [judeus e gentios] eu te envio”.
O fato de Paulo “glorificar o seu ministério entre os gentios” (Romanos 11.13) não faz com que a
abrangência do ministério que Deus lhe conferiu se resuma única e exclusivamente aos gentios!
− V.22-23: Quando Paulo falou da pregação do evangelho aos gentios, a multidão começou a
gritar de novo para pedir a morte deste apóstolo.
− V.24: O comandante ordenou que Paulo fosse açoitado para saber o crime dele.
− V.25-29: Paulo se livrou de ser açoitado usando seus direitos de cidadão romano.
− V.30: O comandante em Jerusalém chamou o Sinédrio para fazer suas acusações contra
Paulo.
Atos 23
− V.1: Paulo começou a fazer sua defesa, dizendo que sempre tinha agido com boa
consciência diante de Deus.
− V.2: Ananias, o sumo sacerdote, mandou que as pessoas perto de Paulo batessem na boca
dele.
− V.3: Paulo o repreendeu, dizendo que Ananias seria ferido por Deus
− V.4-5: Quando Paulo foi acusado de falar mal do sumo sacerdote, ele disse que não sabia
que era o sumo sacerdote
− V.6-9: Paulo percebeu que o Sinédrio não ia deixá-lo fazer sua defesa, então ele incitou uma
controvérsia entre eles por sua afirmação que seu "crime" foi acreditar na ressurreição dos
mortos
− V.8: Os saduceus não acreditavam na ressurreição, nem em anjos ou espíritos
− V.9: Os fariseus, que acreditavam em todas estas doutrinas, não consideraram Paulo
culpado
− V.10: O comandante mandou que a guarda tirasse Paulo do meio do Sinédrio para
protegê-lo.
(Atos 23.11) - o Senhor, pondo-se ao lado [de Paulo], disse: coragem! Pois do modo por que
deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.
No verso 11 deste capítulo o texto bíblico confirma o que já deveríamos saber: Paulo não estava
fora da vontade Deus ao tentar ministrar aos judeus ou ao tentar ir para Jerusalém, como alguns tem
sugerido, ao contrário disso, ele estava fazendo exatamente aquilo que Jesus queria que ele fizesse.
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Atos dos
Apóstolos
O capítulo 23 registra mais sofrimentos, perseguições e tribulações pelas quais Paulo passou
por causa do seu ministério. (Leia vs.2, 10,12-15, 35)
Atos 24
− V.1: Ananias chegou com o orador Tértulo para fazer as acusações contra Paulo.
− V.2-9: Tértulo fez um discurso eloqüente, tentando ganhar o favor de Félix contra Paulo.
− V.2-3: Ele falou da administração excelente e benevolente de Félix (24:2-3).
De acordo com a História, Félix não era um bom governador, mas um homem cruel que
aproveitou sua posição para maltratar outras pessoas. O elogio insincero dado por Tértulo ilustra que os
judeus que acusaram Paulo não se preocupavam com a verdade.
− V.10: Paulo, por sua parte, comentou somente sobre o fato que Félix tinha julgado a nação
durante muitos anos, e não falou da qualidade da sua administração.
− V.4-6: Tértulo disse que Paulo promoveu conflito entre os judeus no mundo inteiro e que
tentou profanar o templo.
− V.7-8: Ele descreveu a intervenção de Cláudio Lísias como uma ação de violência para
impedir o processo justo da lei dos judeus
− V.9: Os judeus concordaram nas acusações feitas contra Paulo
− V.11-16: Paulo explicou que não tinha agitado ninguém durante os poucos dias que esteve
em Jerusalém. Ele negou as acusações de Tértulo, dizendo que a diferença entre ele e os
judeus não era sobre a lei, mas sobre a ressurreição dos mortos, que Paulo pregava e
alguns dos judeus negavam
− V.17-21: Ele explicou que sua visita a Jerusalém foi para levar esmolas às pessoas lá, e
fazer uma oferta no templo, mostrando a injustiça dos judeus
− V.19: As pessoas que agitaram o tumulto em Jerusalém não apareceram para fazer as
acusações.
− V.21: Ele admitiu somente uma ofensa: Pregar a doutrina da ressurreição.
− V.22: Félix não julgou o caso de Paulo, dizendo que deixaria até a chegada de Cláudio
Lísias.
− V.23: Paulo ficou preso, mas com bastante liberdade
− V.24-25: Félix e sua mulher, Drusila*, ouviram as palavras de Paulo sobre a fé em Jesus.
Félix ficou com medo quando Paulo falou do juízo vindouro. Drusila, a mulher de Félix, era
judia, filha de Herodes Agripa I (que morreu no capítulo 12) e irmã de Herodes Agripa II e
Berenice (v.23).
− V.26-27: Esperando que Paulo desse dinheiro para comprar sua liberdade, Félix o deixou
preso durante os últimos dois anos que serviu como governador.
− Mas sofrimentos pelos quais Paulo passou: versos 1, 22, 26, 27.
(Atos 24.24-25) - ...mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus.
Dissertando ele acerca da JUSTIÇA, do DOMÍNIO PRÓPRIO e do JUÍZO VINDOURO, ficou Félix
amedrontado
Uma exposição sucinta do que é a fé em Cristo segundo o evangelho que Paulo pregava:
“justiça, domínio próprio e juízo vindouro”.
29
Atos dos
Apóstolos
Atos 25
− V.1-3: Quando Festo assumiu o governo no lugar de Félix, ele visitou Jerusalém e os líderes
judaicos pediram que ele mandasse Paulo a Jerusalém.
− V.4-6: Festo disse que ele ouviria as acusações dos judeus contra Paulo em Cesaréia, e
eles desceram para Cesaréia depois de 8 ou 10 dias
− V.6-8: Festo chamou Paulo, e os judeus fizeram muitas acusações contra ele.
− V.9: Festo, querendo usar Paulo para ganhar o apoio dos judeus, sugeriu que ele fosse
julgado em Jerusalém.
− V.10-11: Paulo, já sabendo que os judeus iam matá-lo, apelou a César para não ser enviado
de volta a Jerusalém
− V.12: Festo, de acordo com a lei romana, cedeu ao apelo e disse que Paulo iria a César
− V.13: Herodes Agripa II e sua irmã, Berenice, visitaram Festo em Cesaréia
− V.14-21: Festo aproveitou a oportunidade e falou com Agripa sobre o caso de Paulo
− V.22: Agripa disse que gostaria de ouvir Paulo
− V.23-27: Festo apresentou Paulo e explicou seu caso, dizendo que não o tinha achado réu
de morte, e não sabia como explicar o caso a César.
Atos 26
O texto fala novamente sobre a conversão de Paulo como já fora feito no capítulo 9 e 22 e fala
também sobre o seu testemunho para o rei Agripa.
− V.1-3: Paulo saudou o rei Agripa, dizendo que ele tinha um bom conhecimento das leis dos
judeus. (A família dos Herodes, que eram edomitas, se converteu ao judaísmo durante os
anos entre o Velho e o Novo Testamento. Agripa I, o pai do rei que ouviu Paulo aqui, era
zeloso pela causa dos fariseus)
− V.4-7: Paulo explicou que ele ainda acreditava na mesma promessa e tinha a mesma
esperança que os outros judeus, especialmente os fariseus (26:4-7).
− V.8: Ele destacou a verdade fundamental do evangelho que ele pregava: a doutrina da
ressurreição (26:8).
− V.9-11: Paulo mostrou que ele entendia a posição dos judeus, porque ele mesmo tinha
perseguido os cristãos.
− V.12-18: Ele contou a história do seu encontro com Jesus no caminho para Damasco.
− V.19-21: Disse que obedeceu as instruções de Jesus e foi preso em Jerusalém por causa
desta pregação
− V.22-23: Disse que Deus o protegera, deixando-o pregar a várias pessoas para mostrar que
Jesus cumpriu as profecias do Velho Testamento.
Veja que Deus estava cumprindo o chamado de Paulo com respeito ao fato de ele ser escolhido
para pregar aos reis! (Atos 9.15)
A explicação dada por Paulo aqui, mostra que a vida, morte e ressurreição de Jesus eram
necessárias para cumprir o plano e as profecias do Velho Testamento (veja Lucas 24.25-27,44-48).
− V.24: Festo interrompeu a defesa de Paulo, dizendo que ele era louco por causa de muito
estudo.
− V.25-29: Paulo disse que ele falou a verdade sobre fatos conhecidos pelo rei e Agripa
reconheceu que Paulo iria convertê-lo a Cristo
30
Atos dos
Apóstolos
− V.30-32: Agripa, como Cláudio (Atos 23.29) e Festo (Atos 25.25), concluiu que Paulo não
tinha feito nada que merecesse a morte.
Atos 27
− V.1-2: Paulo foi entregue a Júlio, um centurião, e foi acompanhado por Aristarco de
Tessalônica e Lucas*
A última parte do livro de Atos em que Lucas está junto com Paulo (sabemos porque fala sempre
de "nós", assim incluindo o autor do livro na narrativa) é de Atos 27.1 a 28.15.
− V.9: A navegação se tornou difícil e perigosa, porque o inverno, com seus ventos fortes, já
estava chegando. O tempo do Dia do Jejum (Dia da Expiação) já tinha passado. Este dia
especial foi observado no mês de outubro.
− V.9-20: O centurião tinha que escolher entre o conselho de Paulo, um prisioneiro, e os
marinheiros. Ele rejeitou o aviso de Paulo e decidiu continuar a viagem um pouco mais. Eles
continuaram perto da costa de Creta, até que um vento forte levou o navio para o sul, na
direção da África. Depois de alguns dias sem ver o sol nem estrelas, eles ficaram
desesperados
− V.21-26: Paulo falou com as pessoas no navio, dizendo que um anjo tinha revelado para ele
que o navio seria destruído, mas que todas as pessoas sobreviveriam.
− V.27-44: Houve o naufrágio, mas todos chegaram vivos à terra, exatamente como Paulo
tinha previsto.
Destaque para outros sofrimentos de Paulo: Vs.1-2, 9-10, 14-20, 27-31, 39-44.
Mesmo em meio a sofrimentos, Paulo sempre esteve consciente da graça de Deus em seu favor
e pôde provar da assistência divina em todas as situações:
(Atos 27.10) - Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não
só da carga e do navio, mas também da nossa vida.
(Atos 27.21-25) - Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta,
para evitar este dano e perda, mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque esta mesma noite, um
anjo de Deus, de quem eu sou e a quem eu sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso
que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo.
Portanto, senhores, tende bom ânimo, pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi
dito.
Atos 28
Ao verem tantos sofrimentos pelos quais Paulo passou, alguns crentes poderiam pensar a
mesma coisa que os bárbaros disseram ao verem-no ser picado por uma serpente venenosa:
31
Atos dos
Apóstolos
(Atos 28.4) - CERTAMENTE, este homem é assassino, PORQUE, salvo do mar, a Justiça não o
deixa viver
É exatamente assim, como aqueles bárbaros, que muitos religiosos pensam: “alguém deve ser
culpado de alguma coisa se tantas coisas ruins lhe acontecem repetidamente” e depois mudam de
opinião, se porventura a situação muda:
(Atos 28.5-6) - porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum, mas eles
esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, VENDO
que nenhum mal lhe sucedia, MUDANDO DE PARECER, diziam ser ele um deus.
A forma otimista que o livro de Atos termina é bastante incentivadora, pois a despeito de todas
as dificuldades o registro final foi que:
(Atos 28.30-31) - Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde
recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem
impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.
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