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vivenciar na escola
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O Comitê Olímpico Internacional define valor como “o
que é considerado importante na vida, o que faz
com que ela valha a pena. O valor também ajuda as
pessoas a decidirem o que é moralmente certo ou
errado”. É com base nessa definição que trabalharemos
os valores paralímpicos ao longo desta aula.
E, de que forma os valores podem ser ensinados? A
Literatura nos prova que é possível ensinar valores
através da contação de histórias. Por isso, você vai
conhecer histórias inspiradoras de atletas paralímpicos.
Outra forma de trabalhar os valores é através da prática
esportiva. E aí entram os valores educacionais, que
auxiliam os professores a ampliar a aprendizagem dos
valores para além do esporte, com aplicação em todos os
campos da vida dos alunos.
Os valores do Movimento Paralímpico foram desenvolvidos ao longo de sua história. São eles:
Coragem é o sentimento que nos move a fazer o que
acreditamos que é o certo.
Além disso, a coragem é um valor que se traduz na
habilidade de enfrentar a dor, o sofrimento, o medo,
o perigo, a incerteza e a intimidação em busca de
atingir um objetivo. Seja ele conquistar uma medalha
ou enfrentar a rotina do dia a dia.
Pauê cresceu praticando esportes até que sofreu um
grave acidente, aos 18 anos de idade, que o fez
perder parte das pernas. Não foi fácil se readaptar a
essa nova realidade. Pauê precisou reaprender a
andar e a realizar tarefas do cotidiano, como sair nas
ruas com segurança.
Surfista desde criança, ele queria voltar a praticar o
esporte. Fez aulas de natação e de musculação,
colocou próteses e, com muita determinação e
persistência, voltou a andar, a surfar e tornou-se o
primeiro surfista bi-amputado do mundo!
Depois, o atleta decidiu experimentar o Triatlo.
Treinou muito, foi se adaptando às competições e
conseguiu conquistar uma série de títulos, sendo um
deles o de campeão mundial em 2002. A partir daí,
envolveu-se em diversos desafios, experimentou
vários esportes e tornou-se palestrante motivacional.
Clique aqui para conhecer a história do atleta.
A indiana Deepa Malik se tornou a primeira medalhista
paralímpica do país após competir nos jogos do Rio 2016.
A atleta, as seis anos de idade, descobriu um câncer na
coluna que acabou reaparecendo anos depois. Ela sofreu
três cirurgias na espinha dorsal, que resultaram em perda
do movimento das pernas. Aos 30 anos de idade começou a
praticar natação e, depois, descobriu o arremesso de peso.
Derrubando os estereótipos típicos de seu país, Malik já
conquistou 47 medalhas de ouro, cinco de prata e duas de
bronze em competições nacionais, além de 13 medalhas
internacionais. Ela tem planos de investir no esporte, com o
objetivo de libertar outras mulheres das amarras machistas
indianas, baseadas na dependência feminina.
Clique aqui para conhecer a história da atleta e seus
desafios dentro e fora do esporte.
Determinação é aquele sentimento que nos dá
confiança e faz com que acreditemos em nós
mesmos na busca de fazer sempre o melhor que
podemos, mesmo quando tudo está difícil.
A determinação também nos ajuda a tomar as
decisões que precisam ser tomadas, focando em
atingir os objetivos.
Daniel Dias é reconhecido como o maior nadador
paralímpico do mundo. Ele nasceu com uma má-formação
congênita nos membros superiores e na perna direita.
Mesmo assim, sempre foi apaixonado por esportes e
descobriu a natação aos 16 anos, quando viu Clodoaldo
Silva brilhar nos Jogos de Atenas 2004.
Na água, ele coleciona prêmios, medalhas e recordes. Já
levou para casa dois troféus Laureus, que é como um
“Oscar do Esporte”, como Melhor Atleta com Deficiência
em 2009 e em 2013.
Clique aqui para conhecer a trajetória de Daniel Dias e
aqui para assistir a um vídeo inspirador com o atleta. Este
vídeo traz uma entrevista bem legal com o Daniel.
Verônica Hipólito é velocista, medalhista de prata e
bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, campeã
mundial dos 200m rasos, vice-campeã mundial dos
100m rasos, dona de 3 ouros e 1 prata no
Parapanamericano de 2015 e por aí vai!
Apesar dos problemas de saúde que possui, de ter
sofrido um AVC e das muitas cirurgias que fez,
Verônica não se resume ao seu histórico hospitalar nem
gosta de ser lembrada por esses números. Ela prefere
falar das suas conquistas.
Em 2019, Verônica conquistou a prata nos 200m da
classe T37 no Parapan de Lima, mas comemorou como
se fosse ouro. É que ela estava sem andar, 20 quilos
acima do peso e se recuperando de mais uma cirurgia
quando, contrariando todas as expectativas, conseguiu
dar a volta por cima mais uma vez e voltar a correr.
Clique aqui e aqui para conhecer a história dessa
velocista, contada por ela mesma.
A inspiração tem a ver com a busca de fontes e de
referências que nos tragam ideias para completar
uma tarefa ou fazer algo de especial.
Os atletas paralímpicos nos inspiram a viver a vida de
forma mais leve, enfrentando os obstáculos que
aparecem e vibrando com as conquistas.
Natalia Partyka é uma mesatenista polonesa que
nasceu sem uma parte de seu braço direito. Ela
descobriu o tênis de mesa aos sete anos de idade
e aos 11 participou dos Jogos Paralímpicos de
Sydney, em 2000, se tornando a atleta mais nova
a disputar os Jogos. Aos 15 anos de idade
conquistou seu primeiro ouro e não parou mais.
A má formação não impede Natalia de jogar tênis
de mesa como qualquer outro atleta, tanto que
ela também disputou os Jogos Olímpicos em
2008, 2012 e 2016, conquistando sete medalhas
olímpicas.
Clique aqui para ver Natalia em ação e aqui para
conhecer um pouco da sua história.
Maurício Tchopi Dumbo teve sarampo, aos cinco anos de
idade. Como não recebeu o tratamento adequado, acabou
ficando cego em decorrência da doença. Seu país, a Angola,
passava por uma guerra civil que deixava a todos sem
perspectiva de vida.
Aos 11 anos, analfabeto, Maurício chegou ao Brasil por conta
de um convênio entre os dois países. Desde então, nunca
mais reencontrou seus pais.
No Brasil, Dumbo tornou-se advogado, conheceu o futebol de
5 e, depois de ser naturalizado brasileiro, disputou os Jogos
Paralímpicos Rio 2016.
Em solo brasileiro sua vida também não foi fácil. Enfrentou o
preconceito racial e teve que buscar recursos financeiros para
concluir os estudos, depois que a ajuda de custo do governo
angolano chegou ao fim. Apesar das dificuldades, Maurício
não desistiu.
Clique aqui e aqui para conhecer a história deste atleta.
A igualdade é um direito. Ela faz com que todos
tenham a possibilidade de ser iguais e de receber o
mesmo tratamento. É o valor e a qualidade de ser o
mesmo em quantidade ou medida, valor ou status,
assegurando imparcialidade.
A igualdade também assegura oportunidades de
tratamentos iguais para todos, sem discriminação ou
preconceito por conta de religião, etnia, sexo, raça,
idade ou qualquer outro fator.
Antônio Leme, Evelyn Vieira e Evani Soares,
conquistaram a primeira medalha de ouro por
equipes da classe BC3 do Brasil. A bocha é um
dos poucos esportes que permite times
formados por homens e mulheres.
Clique aqui para assistir uma entrevista com
Evelyn Vieira.
A melhor forma de falar sobre importância da coragem, da
Insira o texto aquicom crianças e
valores determinação, da inspiração e da
adolescentes é através de igualdade?
histórias, sejam elas reais ou
Ao estimular o debate, você
inventadas.
estará desenvolvendo em seus
Até aqui, você conheceu algumas alunos as seguintes
histórias que podem ser competências gerais, previstas
utilizadas como pontapé inicial na BNCC:
de debates sobre o que é
✓ Comunicação: na medida em
coragem, determinação,
que os alunos partilham
inspiração e igualdade.
conhecimento e expressam
Você pode utilizar algumas sua ideias;
provocações para manter o debate
✓ Argumentação: na defesa de
ativo: Estes valores são aplicáveis
seus pontos de vista, com
apenas aos esportes? Qual a
base em fatos e dados.
O Programa de Educação dos Jogos Rio
2016, em parceria com o Comitê Olímpico
Internacional, traduziu os valores
Olímpicos e Paralímpicos e fez uma
adaptação pedagógica.
O resultado desse trabalho são os cinco
valores educacionais. Veja, também,
como os valores educacionais conversam
com os valores paralímpicos.
A seguir, você vai conhecer melhor cada
valor educacional e como trabalhá-los na
escola.
Você pode trabalhar os valores olímpicos e paralímpicos de
forma integrada. Para isso, acesse também as outras aulas
sobre o Movimento Olímpico e sobre o Movimento Paralímpico.
Estes temas podem ser abordados de forma mais robusta,
como um projeto de longa duração e que engloba todas as
disciplinas da escola.
Desta forma, você e os demais professores estarão envolvidos
um trabalho interdisciplinar, que permite o desenvolvimento de
diversas competências gerais previstas na BNCC.
A seguir, conheça as propostas de atividades, com ênfase nos
Jogos Paralímpicos. Repare que algumas são bem parecidas
com as atividades propostas para os Jogos Olímpicos e outras
são mais específicas. Escolha a atividade que melhor se
encaixa com o perfil da sua turma.
A alegria do esforço não tem nada a ver com ser o melhor em algo. Pelo contrário, tem relação com
dedicação, persistência, esforço para superar as próprias limitações e reconhecer que o
seu empenho valeu a pena, porque o resultado de hoje foi melhor que o de ontem.
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É importante que, ao longo de estão sentindo, sobre como
todo o período de vivenciam os diferentes esportes
experimentação e depois da e, sobretudo, como vivenciam os
semana da gincana, todos os esportes que não estão
professores envolvidos fomentem acostumados a praticar.
rodas de conversa, debates e
Ajude-os a perceber que
reflexões sobre os valores
ninguém nasce com uma
olímpicos e paralímpicos.
habilidade inata para todo e
As histórias contadas ao longo qualquer esporte. Tanto o gosto
desta aula podem servir de pela prática esportiva quanto a
estímulo para os debates e de habilidade num determinado
incentivo para os alunos. esporte podem ser desenvolvidos
com a prática e com a
Ajude constantemente seus
persistência.
alunos a refletirem sobre o que
Em tempos de ensino remoto e de ensino híbrido, parte das atividades
da gincana esportiva pode ser realizada online. Veja algumas ideias:
• Durante o mês da experimentação, os alunos que estiverem
estudando remotamente podem escrever sobre regras, curiosidades,
fatos e eventos dos esportes que estão sendo experimentados;
• Convide os alunos a compartilhar vídeos e matérias sobre grandes
feitos dos esportes, acrescentando comentários sobre o que mais
chamou atenção, porque escolheram aquele conteúdo;
• Promova a publicação em redes sociais ou no grupo da turma de
fotos, ilustrações, infográficos, frases etc. sobre os Jogos Olímpicos
e Paralímpicos, a temática esportiva, os benefícios dos esportes na
saúde física e mental das pessoas, a relação entre prática esportiva
e longevidade, entre outros temas.
Você viu que utilizamos muitas histórias inspiradoras
para ajudar a entender e estimular o debate sobre os
valores paralímpicos. Associe estas histórias com as
atividades práticas para que o entendimento dos
alunos se dê de forma mais completa.
Os valores também representam uma importante
estratégia para trabalhar os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos em paralelo. Repare que os valores
olímpicos e paralímpicos se complementam. Além
disso, todos guardam relação com os valores
educacionais. Neste sentido, é muito rico imaginar um
trabalho integrado. Abrace este desafio e coloque seu
time em campo!
Título: Valores Paralímpicos: como ensinar e vivenciar na escola
Ficha catalográfica
Assunto: Como ensinar e vivenciar os valores paralímpicos na escola.
Palavras-chave: valores paralímpicos, valores educacionais, escola, histórias
de atletas, histórias inspiradoras
Imagens: FlatIcon / Pauê / Globo Esporte / Governo de SP / Rede do Esporte /
Olimpiada Todo dia / Paralympic
Versão: Abril/2021
Produção: Impulsiona / Instituto Península
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