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com
Journal of Strength and Conditioning Research, 2004, 18(2), 353–358 q
2004 Associação Nacional de Força e Condicionamento
MONITORAÇÃOEEXERCÍCIOEUNTENSIDADEDURING
RESISTÊNCIATCHOVENDOvocêCANTE OSESSÃO
RPE SCAL
MEGHANL.DAY, MICHAELR.MCGUIGAN,GLENNBARROZ,ECARLFOSTER
Departamento de Ciência do Exercício e do Esporte, Universidade de Wisconsin - La Crosse, La Crosse, Wisconsin.
ABSTRACT.Day, ML, MR McGuigan, G. Brice e C. Foster. Monitorando a
intensidade do exercício durante o treinamento de resistência usando a
escala de sessão RPE.J. Força Cond. Res. 18(2):353–358. 2004.—Este
estudo investigou a confiabilidade da escala de avaliação da sessão de
esforço percebido (RPE) para quantificar a intensidade do exercício
durante o treinamento de resistência de alta intensidade (H),
intensidade moderada (M) e baixa intensidade (L). Nove homens (24,76
3,8 anos) e 10 mulheres (22,162,6 anos) realizou cada intensidade duas
vezes. Cada protocolo consistia em 5 exercícios: agachamento, supino,
supino, rosca bíceps e flexão de tríceps. O H consistia em 1 série de 4-5
repetições a 90% da 1 repetição máxima (1RM) do sujeito. O M consistiu
em 1 série de 10 repetições a 70% 1RM, e o L consistiu em 1 série de 15
repetições a 50% 1RM. O RPE foi medido após a conclusão de cada série
e 30 minutos após o exercício (RPE da sessão). A RPE da sessão foi
maior para as sessões de exercício H do que M e L (p#0,05). Realizar
menos repetições em uma intensidade mais alta foi percebido como
mais difícil do que realizar mais repetições em uma intensidade mais
baixa. O coeficiente de correlação intraclasse para a PSE da sessão foi
de 0,88. A sessão RPE é um método confiável para quantificar várias
intensidades de treinamento de resistência.
kEYCORDS. treinamento de força, escala Borg CR-10, confiabilidade
T
NTRODUÇÃO
A escala de percepção subjetiva de esforço (RPE) de Borg
foi desenvolvida para permitir estimativas simples,
confiáveis e válidas da intensidade do exercício (4, 18).
EU Amplamente aceito como um método de quantificação
intensidades de exercícios aeróbicos, o esforço percebido tem
sido usado apenas com pouca frequência na prescrição de
exercícios de resistência (19). Borg baseou a escala RPE na ideia
de que uma medida de esforço percebido é o nível de tensão e/
ou peso experimentado durante o esforço físico, conforme
estimado por um método de avaliação específico (4). Desde o
lançamento da escala original há mais de 40 anos, a escala
CR-10 RPE tornou-se um método padrão para avaliar o esforço
percebido no teste de exercício, treinamento e reabilitação e foi
validado contra marcadores objetivos de intensidade do
exercício (17, 18) .
A escala RPE é usada na ciência do exercício principalmente para
monitorar a intensidade do exercício e é mais frequentemente usada
como um método para quantificar a intensidade do exercício durante o
treinamento aeróbico (11, 12, 20, 24). Comumente utilizado para
monitorar o esforço percebido durante etapas específicas dos
exercícios, Foster et al. (9–11) desenvolveram a ideia de usar uma escala
de RPE de sessão para quantificar toda uma sessão de exercício
aeróbico. Os achados de Foster et al. (9–11) indicaram que a escala de
sessão RPE é um método eficaz de quantificar o exercício por meio de
uma ampla variedade de tipos de exercícios. Gearhart et ai. (14)
forneceu evidências adicionais da eficácia de
a escala de Borg, que estendeu o uso da escala RPE para
exercícios resistidos.
Estudos demonstraram que a escala de Borg CR-RPE é
um método eficaz de medir o esforço percebido durante o
treinamento de resistência (7, 13, 16, 21, 23). Além disso, o
método de sessão RPE demonstrou ser um método eficaz
de quantificar sessões inteiras de exercícios aeróbicos (11).
No entanto, nenhuma pesquisa foi realizada quanto à
eficácia do método RPE de sessão no que se refere ao
esforço percebido durante todo um treino de resistência.
A importância de monitorar a carga e a intensidade do
treinamento físico durante o treinamento de resistência é parte
integrante de um plano de exercício periodizado bem-sucedido,
porque a manipulação cuidadosa da intensidade, volume e fases
de recuperação é vital para resultados ideais (2, 3, 8). Os efeitos do
treinamento estão relacionados ao tipo de exercício utilizado, sua
intensidade e seu volume (3). O exercício de alta intensidade, como
o treinamento de resistência, é particularmente difícil de
quantificar, pois esse tipo de exercício não pode ser avaliado
objetivamente usando medidas fisiológicas globais, como a
frequência cardíaca (11). Este problema suporta a necessidade de
um método válido e confiável de monitoramento da intensidade
global do treinamento, aplicável ao treinamento resistido. Este
método permitiria manipulações fáceis e confiáveis do programa
de treinamento de resistência necessárias para aumentos
contínuos de força (2, 3).
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do método RPE
de sessão como uma ferramenta para quantificar a intensidade
do exercício durante as sessões de treinamento de resistência.
Um objetivo secundário do estudo foi determinar a
confiabilidade do método de sessão RPE de quantificar o
treinamento de resistência. Além disso, este estudo também foi
desenhado para apoiar os achados de Gearhart et al. (14), em
que realizar menos repetições com pesos mais pesados foi
percebido como mais difícil do que levantar pesos mais leves
com mais repetições.
Foi hipotetizado que a intensidade do exercício durante
toda uma sessão de treinamento de resistência poderia ser
quantificada com sucesso por meio do uso da escala de RPE da
sessão. Além disso, esperava-se que realizar menos repetições
usando um peso mais pesado fosse percebido como mais difícil
do que levantar um peso comparativamente mais leve com
mais repetições.
MÉTODOS
Abordagem Experimental do Problema
Um design experimental randomizado, cruzado foi usado para este
estudo. Cada participante participou por um total de 7 dias, 6 dos
quais foram gastos completando um nível alto, moderado,
353
354DAY, MCGUIGAN, BARROZ E OUTROS.
Tabela 1.Ordem dos exercícios e repetições correspondentes para
intensidades alta, moderada e baixa.
H M
Exercício Conjuntos repetições repetições repetições
Agachamento nas costas 1 4–5 10
Supino 1 4–5 10
Pressao sobre a cabeça 1 4–5 10
rosca bíceps 1 4–5 10
Empurrão tríceps 1 4–5 10
e protocolo de levantamento de baixa intensidade (ou seja, H, M e
L, respectivamente). Cada protocolo foi realizado duas vezes para
estabelecer a confiabilidade das medidas de PSE. O dia 1 consistiu
em uma sessão de familiarização que incluiu procedimentos de
consentimento informado, instruções sobre como usar a escala
CR-10 RPE e suas âncoras perceptivas (alta e baixa), demonstração
de cada exercício, teste de 1 repetição máxima (1RM) de cada um
dos os 5 exercícios e análise da composição corporal. O 1RM de um
indivíduo foi definido como o peso mais pesado que poderia ser
usado para 1 repetição completa de um exercício (8, 10). Cada
sujeito executou várias séries de cada exercício em resistência
submáxima com aumentos graduais na resistência até que ele/ela
pudesse realizar o levantamento com a quantidade máxima de
resistência por 1 repetição. O 1RM para cada exercício foi usado
durante o teste para determinar o peso que cada participante
deveria levantar para cada exercício. Cada protocolo de
levantamento consistia nos 5 exercícios listados na Tabela 1. Uma
sessão foi concluída a cada dia com pelo menos 48 horas entre as
sessões. Os indivíduos foram aleatoriamente designados para a
ordem em que completaram cada uma das intensidades de
treinamento.
assuntos
Vinte indivíduos foram recrutados para este estudo. Dez
mulheres (22,162,6 anos) e 10 homens (24,763,8 anos) se
voluntariaram como participantes. Dezenove indivíduos
completaram com sucesso todo o protocolo experimental, com
1 indivíduo desistindo devido a uma lesão não relacionada ao
estudo. Os participantes deveriam ter experiência em
treinamento resistido por pelo menos 6 meses, estar
familiarizados com a técnica envolvida no agachamento
traseiro e no supino e não ter lesões preexistentes que
limitassem sua participação. Todos os indivíduos forneceram
consentimento informado por escrito e completaram um
questionário de histórico de saúde antes da participação no
estudo. Todos os procedimentos experimentais foram
aprovados pelo Conselho de Revisão Institucional para a
Proteção de Seres Humanos da Universidade de Wisconsin-La
Crosse antes do início dos testes.
Protocolo de exercícios
Antes de completar cada exercício do H, M e L, cada sujeito
realizou um aquecimento específico do exercício que consiste
em 8 repetições com 15% do 1RM predeterminado do indivíduo
(8). Após a série de aquecimento, os sujeitos realizaram o
exercício de acordo com a intensidade e o número de
repetições necessárias para a sessão. Este conjunto foi
chamado de conjunto de trabalho. A justificativa para usar
apenas 1 série de exercícios foi que ela seguiu as diretrizes do
American College of Sports Medicine (1) e também simplificou
as pistas perceptivas em comparação com a realização de
várias séries de diferentes exercícios. As intensidades de
treinamento e o número correspondente de repetições são
eu
15
15
15
15
15
FIGURA1. Modificação da classificação do índice de categoria de per-
escala de esforço recebido (RPE) para este estudo (9). As âncoras
verbais foram ligeiramente alteradas para refletir o inglês
americano (por exemplo, leve torna-se fácil; forte ou grave torna-se
difícil). Resumidamente, o sujeito vê a escala aproximadamente 30
minutos após a conclusão do treino e pergunta ''Como foi seu
treino?''
jogado na Tabela 1. A resistência para cada exercício foi ajustada
para os 2,5 kg mais próximos da porcentagem adequada de 1RM
de cada indivíduo. Durante o H, os sujeitos foram solicitados a
completar 5 repetições caso não tivessem atingido a exaustão ao
completar a quarta repetição. Cada intensidade foi composta por 1
série de aquecimento e 1 série de trabalho de cada exercício com
um período de descanso de 2 minutos entre os exercícios (14).
Os indivíduos foram solicitados a avaliar seu esforço
percebido após a conclusão de cada série de trabalho com
base na escala CR-10 RPE (5). Essa escala está representada na
Figura 1. Para avaliar a PSE durante as sessões de exercícios,
instruções padrão e procedimentos de ancoragem foram
explicados durante a sessão de familiarização (18). Os
indivíduos foram solicitados a usar qualquer número na escala
para avaliar seu esforço geral. Uma classificação de 0 deveria
ser associada a nenhum esforço (descanso) e uma classificação
de 10 era considerada esforço máximo e associada ao exercício
mais estressante já realizado.
Trinta minutos após cada sessão de exercício, os
sujeitos foram solicitados a classificar seu esforço percebido
para toda a sessão de treinamento de resistência com base
na mesma escala, respondendo à pergunta "Como foi seu
treino?" (9-11). Esse uso de RPE é diferente da abordagem
mais convencional que pede ao sujeito para classificar com
instruções verbais altamente padronizadas o quão difícil ele
percebeu que o exercício é em um determinado momento.
A classificação da RPE da sessão foi obtida 30 minutos após
o final da sessão, de modo que elementos particularmente
difíceis ou fáceis no final da sessão não distorcessem a
classificação do sujeito de toda a sessão de treinamento de
resistência (11). A sessão RPE representa uma única
classificação global da intensidade percebida para toda a
sessão de treinamento. Durante investigações anteriores,
Instrumentação
Todas as sessões de familiarização e teste foram concluídas no
Centro de Pesquisa Musculoesquelética da Universidade
 RESISTÊNCIATCHOVENDO EPRECEBIDOEXERÇÃO355

Mesa 2. Características descritivas dos sujeitos. Tabela 3.Exercício individual, sessão e valores médios de RPE
para intensidades alta, moderada e baixa.
Homens Mulheres
significar6SD significar6SD 50% 1RM* 70% 1RM 90% 1RM
(n59) (n510) RPE médio RPE médio RPE médio
Exercício 6SD 6SD 6SD
Anos de idade) 24,763.8 22.162.6
Altura (cm) 180,865,7* 168,765.9 Agachamento 3.561,5 4.961.4 6.661.9
Massa (kg) 94,2621.1* 60,764.9 Banco 3.261.2 5.561.2 7.761.8
Corpo gordo (%) 14.563,8* 20.862.5 Imprensa 3.961.3 6.261.6 7.261.3
Agachamento 1† RM 148.2629,8* 71,4618.3 Ondulação 3.761.6 5.861.7 5.861.7
(kg) Banco 1 RM (kg) 122,7618,3* 44.169.8 Empurre para baixo 2.861,0 4.761.1 6.861.4
Pressione 1 RM (kg) 72.2611,2* 31.865.5 Média 3.761.2 5.661.3 6.961.4
Rosca 1 RM (kg) 56.365,7* 28.664.2 Sessão 3.361.4 5.261,5 6.961.4
Empurrão 1 RM (kg) 100,866,2* 52.168.8
* 1RM5uma repetição no máximo.
* Denota diferença significativa entre os sexos (p,0,05). † 1RM51
repetição no máximo.

de Wisconsin-La Crosse. Os dados da composição corporal foram

obtidos por meio de antropometria (altura, peso; dobras cutâneas
tríceps, subescapular, bíceps, crista ilíaca, supraespinal, abdominal,
coxa anterior, panturrilha medial, tórax e axila média para
porcentagem de gordura corporal) (22). O teste de 1RM e a coleta
de dados foram concluídos usando os procedimentos descritos
anteriormente. Foi demonstrado que o RPE está relacionado à
porcentagem de 1RM levantada durante o exercício (23). Além
disso, a escala RPE demonstrou ser um instrumento válido para
avaliar o esforço percebido e, portanto, a regulação e quantificação
da intensidade do exercício em uma variedade de populações (4,
9-11, 13, 16, 23).

Análise estatística FIGURA2. Avaliação do esforço percebido (RPE) durante a resistência

exercício de tância a 50, 70 e 90% 1 repetição máxima.
Uma análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas de 2 vias
dentro dos sujeitos foi para testar as diferenças em RPE entre H, M
e L. Os 5 valores de RPE de cada sujeito foram calculados e
comparados com sua avaliação de RPE de sessão. Esses valores
foram testados quanto a diferenças significativas como parte da
ANOVA de medidas repetidas dentro dos sujeitos. Este teste foi
concluído para identificar se existem diferenças significativas entre
a classificação de RPE da sessão e as classificações de RPE
acumuladas obtidas durante cada sessão de treinamento de
resistência. Coeficientes de correlação interclasse (ICC) e
coeficiente de variação (CV) foram calculados para estabelecer a
confiabilidade do método RPE da sessão.

RESULTADOS
As características descritivas dos sujeitos são apresentadas na
Tabela 2.
Os valores médios de RPE da tentativa 2 para cada exercício e os
valores médios de RPE da tentativa 2 e da sessão média foram
calculados para as 3 intensidades de exercício. Esses valores são
encontrados na Tabela 3 e estão representados nas Figuras 2 e 3. Uma
ANOVA de medidas repetidas intra-sujeitos mostrou uma diferença
significativa entre os valores médios da PSE de cada intensidade (p#
0,05) para cada elevação. Os valores de RPE de intensidade de 70%
foram significativamente maiores do que os valores de RPE de
intensidade de 50%, e os valores de RPE de intensidade de 90% foram
significativamente maiores do que os valores de RPE de intensidade de
50% e 70%, conforme exibido nas Figuras 1 e 2.
A ANOVA de medidas repetidas dentro dos sujeitos não revelou
nenhuma diferença significativa entre o valor médio de RPE e o
valor de RPE da sessão durante cada intensidade. Além disso, não
foram encontradas diferenças significativas entre o valor médio de
RPE no supino reto e o valor de RPE da sessão e o valor médio de
RPE de agachamento nas costas e o valor de RPE da sessão para
cada intensidade. Existiam diferenças significativas
FIGURA3.Avaliação dos valores de esforço percebido (RPE) em 50,
70 e 90% 1 repetição máxima.
entre o valor médio de RPE de sobrecarga e o valor de RPE da
sessão, o valor médio de RPE de rosca bíceps e o valor de RPE
da sessão, e o valor médio de RPE de pushdown de tríceps e o
valor de RPE de sessão (p#0,05) para cada intensidade.
Um teste de confiabilidade da sessão RPE para prever o
mesmo valor em 2 tentativas diferentes da mesma intensidade
também foi realizado. O ICC foi de 0,88 com intervalo de
confiança de 95% de 0,70–0,96. O CV foi de 14,5%.
DISCUSSÃO
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do método RPE de
sessão como uma ferramenta para quantificar a intensidade do
exercício durante as sessões de treinamento de resistência. Este
estudo também foi realizado para validar ainda mais os resultados
356DAY, MCGUIGAN, BARROZ E OUTROS.
de Gearhart et ai. (14), em que realizar menos repetições de
uma resistência mais pesada foi percebido como mais difícil
do que realizar mais repetições de uma resistência
comparativamente mais leve. Os resultados do presente
estudo indicaram que realizar 15 repetições de uma
resistência mais leve foi percebido como menos difícil do
que realizar 10 e 5 repetições de intensidades mais
pesadas. Além disso, realizar o menor número de
repetições na maior intensidade absoluta foi percebido
como o mais difícil quando comparado com um número
moderado de repetições realizadas em intensidade
moderada e realizar altas repetições em baixa intensidade.
Não foram encontradas diferenças significativas ao
comparar o RPE da sessão com o RPE médio de cada
sujeito. Além disso,
Vários estudos demonstraram que a escala de Borg é um
método eficaz de quantificar o treinamento de resistência (7, 13,
16, 21, 23). Gearhart et ai. (14) examinaram o RPE no músculo ativo
(RPE-AM) durante um protocolo de levantamento de alta
intensidade (H) e baixa intensidade (L). Cada protocolo consistia na
realização de 1 série de cada um dos 7 exercícios. O H envolveu
levantamento de 90% 1RM por 5 repetições com valores de RPE-AM
obtidos após cada repetição. O protocolo L envolveu levantamento
de 30% de 1RM por 15 repetições com valores de RPE-AM obtidos
após cada terceira repetição. Este estudo descobriu que realizar
menos repetições usando um peso mais pesado foi percebido
como mais difícil do que realizar mais repetições com um peso
mais leve quando a capacidade anaeróbica externa total do
exercício foi mantida constante. Lagally et al. (16) examinaram o
RPE durante o treinamento de resistência em mulheres fazendo
com que os sujeitos realizassem 3 séries do exercício de rosca
bíceps. Cada sujeito foi aleatoriamente designado para a
intensidade que completaria primeiro, 30%, 60% ou 90% de 1RM,
realizando 12, 6 e 4 repetições, respectivamente. Essa combinação
de intensidade e repetições permitiu que a capacidade total do
exercício anaeróbico fosse mantida constante. Dados para o RPE-
AM e RPE geral (RPE-O) foram coletados no final de cada série. Este
estudo também encontrou aumentos correspondentes em RPE-AM
e RPE-O com aumentos na intensidade do treinamento de
exercício. Suminski et ai. (23) também examinaram a percepção de
esforço durante o exercício resistido. Este estudo envolveu 7
exercícios a 50% 1RM e 70% 1RM até a fadiga. O RPE-O foi obtido
imediatamente após cada série. Os pesquisadores descobriram
que o aumento na intensidade resultou em um aumento no RPE-O,
que apoiou o uso da escala de Borg para monitorar a intensidade
do exercício de resistência (23). Os resultados do presente estudo
apóiam ainda mais os achados desses estudos anteriores em que
realizar poucas repetições com um peso maior é percebido como
mais difícil do que levantar pesos mais leves para mais repetições.
O protocolo experimental deste estudo não manteve
constante o trabalho de exercício externo realizado. As
intensidades de treinamento e suas respectivas repetições
permitiram variar a quantidade de trabalho realizado entre as
intensidades. Realizar 15 repetições a 50% de 1RM é, na
verdade, mais trabalho total do que realizar 70% de 1RM para
10 repetições ou 90% de 1RM para 4 ou 5 repetições. O
protocolo de baixa intensidade produziu a menor PSE, apesar
de esta intensidade exigir a maior capacidade de exercício
anaeróbio total para ser realizada. Esse achado indica a
importância primordial da intensidade do treinamento na PSE.
Apesar da natureza complexa do exercício resistido, que inclui
envolve uma série de pistas fisiológicas, dependendo do tipo
de treinamento realizado, parece haver uma semelhança
fundamental com o uso do RPE com o monitoramento do
exercício aeróbico.
Como demonstrado anteriormente, os músculos forçados a
superar uma carga pesada requerem maior desenvolvimento
de tensão, o que requer um aumento no recrutamento de
unidades motoras e na frequência de disparo (13, 18). Para
maior recrutamento de unidades motoras, o córtex motor
pode enviar sinais mais fortes ao córtex sensorial; isso dá
origem a uma maior percepção de esforço (14). Foi teorizado
que esses sinais de corolário mais fortes podem ser a causa
primária das diferenças no RPE de intensidades variadas,
conforme mostrado em estudos anteriores e no presente
estudo (6, 14, 16, 18, 23). A diferença no RPE também foi
observada em intensidades crescentes de ciclismo aeróbico
(13), sugerindo que o aumento no RPE demonstrado por este e
vários estudos anteriores pertence não apenas ao sistema de
energia anaeróbica, mas também ao sistema de energia
aeróbica. Gearhart et ai. (14) propuseram que algo diferente do
sistema de energia utilizado durante o exercício influencia a
PSE de um indivíduo. Essa especulação leva a uma investigação
mais aprofundada do mecanismo subjacente que produz
valores crescentes de RPE para aumentos na intensidade do
exercício e sugere a eletromiografia para investigar a
intensidade na qual o sinal motor desencadeia uma contração
muscular ativa (14).
O RPE médio para cada tentativa (ou seja, RPE médio dos 5
levantamentos) foi comparado com o valor de RPE da sessão
correspondente. Uma análise estatística desses dados não
encontrou nenhuma diferença significativa entre os 2 valores de
RPE. Apesar do vasto uso da escala RPE durante vários modos de
exercício, o método RPE de sessão é um instrumento relativamente
novo, com muito poucos estudos examinando sua capacidade de
quantificar sessões inteiras de exercício. Este é o primeiro estudo
que confirma a capacidade do método RPE de sessão de
complementar com precisão um valor médio de RPE durante toda
uma sessão de treinamento de resistência. A precisão do valor do
RPE da sessão para corresponder ao RPE médio fornecido durante
a sessão de treinamento encontrada no presente estudo apóia o
método do RPE da sessão como um método válido de quantificar
sessões inteiras de intensidade de treinamento de resistência.
Foster e outros. (11) examinaram o método de sessão RPE
como uma ferramenta para quantificar intensidades de exercício
durante sessões inteiras de treinamento aeróbico. Seu estudo
comparou o método de sessão RPE com o método somado da zona
de frequência cardíaca para quantificar o exercício aeróbico. Os
indivíduos realizaram exercícios aeróbicos de estado estacionário e
intervalados em um cicloergômetro com frenagem elétrica ou
praticaram basquete. Para cada tipo de exercício, o método de
sessão RPE deu uma pontuação mais alta do que o método de zona
de frequência cardíaca somada. No entanto, usando análises de
regressão, os dois métodos foram altamente correlacionados e
sugeriram que qualquer método poderia ser usado para
quantificar intensidades de treinamento para vários modos de
exercício aeróbico. Os resultados do presente estudo suportam o
conceito proposto por Foster et al. (11) em que o valor de RPE da
sessão mostrou corresponder com precisão ao valor médio de RPE
obtido ao longo da sessão de treinamento resistido. Trabalhos
anteriores em nosso laboratório forneceram suporte para o uso
desse método como uma estimativa subjetiva da carga de
treinamento durante exercícios não estacionários, incluindo
treinamento intervalado de alta intensidade e prática e competição
de esportes coletivos (9-11). Usando este único

medida que pode ser usada em diferentes modos de treinamento,
forneceria ao técnico e ao atleta um método simples e confiável de
monitorar o treinamento. Essa medida poderia ser facilmente
registrada em um diário de treinamento e índices acessórios de
treinamento, como monotonia e tensão, poderiam ser calculados.
Um dos principais objetivos do presente estudo foi
estabelecer a confiabilidade do método de sessão RPE para
quantificar sessões inteiras de treinamento de resistência. Isso
foi obtido comparando o valor de RPE da tentativa 1 com o
valor de RPE da tentativa 2 para cada uma das 3 intensidades
de treinamento. O ICC de 0,882 indica a capacidade do método
RPE da sessão de reproduzir um valor quase idêntico entre as
tentativas com um grau relativamente alto de precisão. Como
afirmado anteriormente, poucas pesquisas foram concluídas
sobre o uso da escala RPE durante o treinamento de
resistência. O estabelecimento da confiabilidade da escala de
PSE da sessão corresponde aos achados de Gearhart et al. (14),
em que 5 sujeitos repetiram exercícios em cada um dos
protocolos de alta e baixa intensidade para avaliar a
confiabilidade teste-reteste da medida da PSE. Or-os valores
variaram de 0,73 a 1,00 para esses dados.
Com base nos dados, o método RPE de sessão parece ser
um método confiável de quantificar intensidades de
treinamento de resistência. Isso foi demonstrado pelo aumento
correspondente no valor de RPE da sessão com um aumento
na intensidade do treinamento. O valor de RPE da sessão
também correspondeu consistentemente ao RPE médio
durante a sessão de treinamento, demonstrando ainda mais a
utilidade desse método ao tentar quantificar as sessões de
treinamento de resistência. Deve-se notar que apenas 1 série
por exercício foi usada durante as sessões de exercícios. Mais
pesquisas precisam ser concluídas investigando a validade e
confiabilidade do método RPE de sessão durante exercícios de
séries múltiplas, que são recomendados para progressão
contínua em indivíduos intermediários a avançados (2).
PRÁTICOAAPLICAÇÕES
Os resultados deste estudo mostraram que o método RPE de
sessão é uma ferramenta confiável e útil para pesquisadores,
treinadores de força, atletas e levantadores recreativos para
avaliar a intensidade do exercício durante o treinamento de
resistência. Com base nos resultados deste estudo, o método
de sessão RPE pode ser considerado uma técnica confiável para
monitorar intensidades de treinamento e fornecer aumentos
progressivos na resistência. A existência de uma escala de RPE
de sessão seria de grande importância para todos os
envolvidos no treinamento resistido. Por meio do uso de uma
escala de RPE de sessão, pode-se escolher uma intensidade na
qual se exercitar (por exemplo, RPE 7) antes do início de um
treino e ter certeza de que a intensidade do exercício
permanecerá dentro da faixa muito difícil, sem a necessidade
de testes de RM a ser executado. Isso seria muito mais fácil do
que ter que usar várias medidas de RPE ao longo de um treino.
Uma escala de RPE de sessão seria um método fácil e eficaz
para prescrever intensidades de trabalho para sessões de
treinamento de resistência, bem como para fornecer aumentos
progressivos na intensidade necessários para aumentos
contínuos de força (2, 3).
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