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Entrevista 1 Mao 2010
Entrevista 1 Mao 2010
povoadas do concelho. Uma devoção com mais de 300 anos, que roda em torno de uma
capela construída no ido ano de 1633. Estão aí as festas em honra de Nossa Senhora da
Guadalupe, em Águas Santas, que estão a ser celebradas desde hoje e prolongam-se até
à próxima terça-feira.
A grande “bandeira” das festividades continua a ser a procissão. O ponto alto das
celebrações, que merece atenções especiais por parte da organização, que garante “fazer
tudo por tudo para que nada falhe”. Recorde-se que há muitas promessas feitas a Nossa
Senhora da Guadalupe. E apesar do elevado peso do andor (cerca de 250 quilos), há
uma lista de espera para o segurar, pelo menos até 2015. Números que mostram a
imponência e a grande devoção à santa por parte da população aquissantense. A lista de
espera não é só para segurar o andor, mas também para os “devotos e devotas” o
enfeitarem.
Por falar em enfeitar, a Feira de Artesanato continua a ser realizada, apesar das
dificuldades já referidas. Dela vão fazer parte 35 expositores. Manuel Melo promete
“uma feira diferente da dos anos anteriores, mas sempre dentro das nossas
possibilidades. Será uma feira de artesanato interessante”, confessa. A única limitação,
neste caso, é mesmo o espaço.
E se no ano passado as festividades tinham direito ao enfeite de várias artérias com um
tapete de flores, isso não vai acontecer este ano. “Este ano não vai haver tapete porque
pura e simplesmente as pessoas não estão disponíveis e temos de compreender isso”,
desabafa Manuel Melo, que promete também que o tapete vai regressar já para o ano.
Pelo menos é essa a vontade expressa pela comissão de festas aquissantense. O
problema, desta vez, foi mesmo a falta de disponibilidade. Porque Manuel Melo já se
mostrou disponível para contribuir financeiramente para o tapete do ano que aí vem.
Apesar de todas as dificuldades sentidas, tanto financeiras como humanas, Manuel Melo
mostra vontade de continuar à frente dos destinos da comissão de festas. É quase uma
certeza, não total, porque segurança a 100 por cento “só no fim das festividades”,
confessa. “A comissão de festas são oito pessoas e se não me quiserem à frente eu saio.
Aqui quem manda é o padre da freguesia, não sou eu”, remata.
Pedro Póvoas