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Entrevista 1 Mao 4-9-2009
Entrevista 1 Mao 4-9-2009
É uma das festas mais antigas do concelho da Maia. Uma devoção com mais
de 300 anos, à volta de uma capela construída no ano de 1633. Estamos a
falar das festas em honra de Nossa Senhora da Guadalupe, em Águas Santas,
que estão a ser celebradas desde ontem e estendem-se até à próxima
segunda-feira. As festividades são marcadas pela devoção, pelo festejo e pela
alegria, mas a origem das celebrações não é a mais feliz.
Reza a história que um popular de Águas Santas fugiu para Espanha, após ter
sido acusado de um crime que, alegadamente, não cometeu. Em terras de
‘nuestros hermanos’, o habitante de Águas Santas refugiou-se no Real
Mosteiro de Santa Maria de Guadalupe, em Cáceres. Ainda em terras
espanholas, prometeu à virgem erigir um santuário em Águas Santas, caso
fosse ilibado do crime de assassinato do qual era acusado. Assim começou a
história da devoção em torno de Nossa Senhora da Guadalupe. O popular,
depois de ilibado, começou a construir um "nicho" no Lugar do Paço, que
prevalece até aos dias de hoje.
Capela
Feira de Artesanato
Este ano há uma novidade, que surgiu para aproveitar o jardim que está nas
traseiras da capela. Era um espaço "morto" das festas, nas palavras do
presidente da comissão de festas, Manuel Melo. "Toda a gente lá passa mas
não existe nada naquele sítio", revela. E todo o cuidado é pouco nos
preparativos: "vamos iluminar aquilo muito bem iluminado". Manuel Melo
aproveita ainda para denunciar o estado de abandono e desleixo no tratamento
do jardim. "A Câmara da Maia entregou os jardins a uma empresa que quer
saber muito… mas é do dinheiro que recebem ao final do mês. O jardim é
tratado uma única vez e é na altura das festas porque nós pedimos, caso
contrário ninguém quer saber daquilo", revela Manuel Melo. Um espaço que,
na opinião do responsável pela comissão de festas, "podia ser melhorado, o
jardim tem muitas crianças que vão para lá brincar, muitos idosos que vão lá
jogar à sueca durante toda a tarde e aquilo podia estar muito mais limpo",
deseja Manuel Melo. Adianta ainda que "infelizmente são contratos e nada
podemos fazer".
Aposta na divulgação
Este ano, as festas contam com três blogues. Um dedicado às festas
propriamente ditas, outro que relata a história da capela de Nossa Senhora da
Guadalupe a ainda um terceiro, sobre a Primeira Feira de Artesanato, a
decorrer em simultâneo com as festividades. Para o futuro está planeada uma
ligação com a futura página da paróquia de Águas Santas. A divulgação vem
suprir uma necessidade urgente. Manuel Melo confessa que "é preciso que as
pessoas visitem a capela, é uma capela lindíssima que merece ser vista". O
responsável pela comissão de festas adianta ainda que "todas as visitas são
gratuitas, não vamos cobrar dinheiro a ninguém", para ver uma capela que "é
única no nosso país". A ajudar à divulgação da capela, está um Rancho
Folclórico local, "que leva mais longe o nome das festas e da capela". O
esforço e a devoção continuam a ser visíveis. Manuel Melo confessa que "no
fundo, tentamos fazer o melhor possível pela ‘nossa’ capela".
Tapete de flores
Procissão
Preparativos e orçamento