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A presente reflexão foi concebida no âmbito da unidade curricular Educação para o


Ambiente e Património, lecionada pelas docentes Ana Águas e Ana Moderno. Foi-nos
proposto realizar um relatório referente a uma das visitas de estudo efetuada ao longo
desta disciplina, tendo como objetivos desenvolver novas aprendizagens e competências.
No passado dia 10 de Janeiro, realizámos uma visita ao Museu de Leiria, com a docente Ana
Moderno.
Naquele edifício era alojado o antigo Convento de Santo Agostinho, com mais de 400 anos,
sendo desde 2015, o Museu de Leiria. O museu conta a história da cidade de Leiria. Este está
localizado junto ao Rio Lis, no centro da cidade, perto do Jardim de Santo Agostinho, destina-
se a todo o tipo de público, dos mais novos aos mais velhos, tais como: crianças, jovens,
educadores/professores, idosos e população em geral.

O Museu de Leiria está organizado cronologicamente. Ele organiza-se em dois espaços


expositivos. No primeiro apresenta-se uma exposição de longa duração que faz uma leitura
geral da história do território, propondo um caminho entre a rica e densa floresta de objetos,
acontecimentos e mitos, que definem uma identidade central do País. No segundo espaço, que
lhe é complementar, são apresentadas exposições temporárias que permitem aprofundar
temáticas e coleções específicas (neste caso, é a exposição da Plasticidade).

Os principais destaques do museu são: os fósseis de Guimarota (fósseis de mamíferos


primitivos com 150 milhões de anos), referências da paleontologia e o Menino do Lapedo
(fóssil de uma criança que remonta ao Paleolítico Superior Inicial, encontrado no Vale do
Lapedo, em 1998), um achado muito importante na evolução humana.

Quando chegámos o Senhor Mário Coelho, disse-nos que existia algumas acessibilidades no
chão. No que toca à acessibilidades também existe um elevador para pessoas que não se
possam deslocar pelas escadas.

De seguida levou-nos para uma sala com expositores de temas paleontológicos com réplicas
de fósseis originais. Esta remetia-nos para algumas florestas, animais, acontecimentos e mitos
da zona central do país, mais concretamente da região de Leiria. O guia explicou-nos que
existe um animal chamado henkelotherium guimarotae que provém do nome de uma
localidade próxima de Leiria chamada Guimarota. Nessa sala podemos observar um pouco da
geologia, falou nos do Rio Lis, das minas de carvão da Guimarota, que é uma zona de Leiria
bastante rica em jazidas de carvão. Ainda neste zona existe uma mina de carvão onde foram
encontrados fósseis. De seguida mostrou-nos o menino do Lapedo, este foi encontrado há 500
anos, (esta é a denominação dada ao fóssil de uma criança encontrada no abrigo do lagar

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velho do vale do lapedo, na cidade de Leiria), este é um acontecimento muito importante
sendo uma das melhores descobertas de Portugal. Através de um vídeo foi-nos mostrado
como seria a reconstituição do funeral, onde colocaram oferendas, o menino tinha um colar de
conchas e ao seu lado tinha carne, pois acreditavam na vida depois da morte.

Ainda nessa sala mostrou-nos alguns lastimos pintados como forma de imitar fósseis e o Vale
do Lapedo, este originou-se devido ao rio desgastar as rochas. Posteriormente, mostrou-nos a
reconstituição de um homem neandretal. Ainda nesta sala explicou-nos algumas peças
arqueológicas, sendo que para dar a explicação tinha auxilio de um expositor interativo,
tornando assim mais lúdico. O objeto que me chamou mais atenção foi um terço feito de ossos
com mais de 500 anos encontrado na cidade, e justificou nos porque é que agora os terços são
de plástico pois este torna-se mais barato, poderá adquirir cores e é moldável. Com isto, disse-
nos uma curiosidade, o muro do castelo de Leiria tem granito, ou seja, é bastante difícil de
trabalhar, tendo também calcário que já é um pouco mais fácil. Logo depois, visualizámos a
reconstituição da Vila Romana de Caranguejeira, onde observámos várias vilas, minérios e
termas, tendo esta áreas mais urbanas e áreas de banhos. Mais à frente examinamos algumas
moedas, onde estas diziam onde e quando foram feitas, como também os mosaicos da
Caranguejeira. Seguidamente, passamos por uma composição/cenografia alusiva ao Pinhal de
Leiria com pormenor alusivo a ilustres personalidades locais que simulam as folhagens do
Pinhal de Leiria, esta chamou-me bastante atenção devido ao seu aspeto estético. Numa sala
mais à frente mostrou-nos a arte e a cultura, no período medieval e moderno, mais
propriamente a arte religiosa. No centro desta sala são representados alguns exemplos de
conventos, as porcelanas, entre outros. O senhor também nos explicou que a tinta plástica é
efetuada em algumas pinturas, visto que tem rápida secagem, mostrando-nos uma pintura da
cidade de Leiria de 1929, ainda com a praça de touros que neste momento já não existe.

Em seguida apresentou-nos uma imagem que eu apreciei bastante que é a cidade de Leiria
contemporânea. Esta foto retrata o futuro de Leiria (por exemplo, substituindo a Rodoviária de
Leiria por um aeroporto), pois com a evolução que temos tido, também devido a estradas,
como por exemplo, a IC2 e autoestradas. O brasão era uma bomba de gasolina, visto que tem
sido um dos pontos mais falados ultimamente.

Posteriormente, mostrou-nos a exposição permanente sobre o tema da plasticidade. O senhor


Mário transmitiu-nos que Leiria é uma das cidades berço dos plásticos e que toda a gente tem
em casa, plásticos que vieram da cidade de Leiria, esta frase fez-me pensar um pouco de onde
vêm os “meus” plásticos. Nessa exposição apresentar-nos alguns tipos de matéria-primas e a

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máquina que a molda de forma líquida, consequentemente mostrou-nos um vídeo francês
com um poema, a explicar como se fabrica o plástico. Após, amostrou-nos um molde que faz
brinquedos. Ainda nessa sala, de forma escrita, estava lá representado as 50 maiores empresas
de plástico do distrito de Leiria e as 50 maiores empresas de plásticos de Portugal, ao pé existe
um computador interativo a dizer como é que funciona as várias fábricas da zona e o nome
destas. Logo de seguida existe a transformação do plástico velho que vai para o lixo em novos
objetos para reutilizar, mostrando-nos objetos a partir de 1930.

Continuámos a visita para a sala do capítulo, a sala principal do convento, nesta sala existe
letras que eram resto de materiais de uma fábrica que já não se encontra aberta.

O guia deu-nos a conhecer uma ideia que foi promovida pelo museu de Leiria. Nesta foram
selecionadas 14 imagens para colocar numa avenida em Leiria, de seguida fizeram 14 postais e
distribuíram por algumas lojas daquela avenida, assim as pessoas que frequentassem essas
lojas poderiam fazer a coleção. Como forma de terminar a nossa visita, fomos para a cafetaria
fazer uma atividade, neste caso foi uma coroa e um coelho em origami, para concluir explicou
nos um pouco da história dos origamis.

Esta visita trouxe-me bastantes aspetos importantes, tais como: a existência do animal de uma
localidade de Leiria que desconhecia, os terços de antigamente feitos de ossos, a
representação do Pinhal de Leiria, a cidade de Leiria no futuro e por fim as maiores empresas
de plástico do distrito de Leiria. Esses foram alguns aspetos importantes que me saltaram mais
atenção, uns porque desconhecia, outros através do seu aspeto estético, e as empresas
divulgadas, pois algumas são da minha zona, como também fiquei surpreendida da quantidade
de empresas de plásticos que existem no distrito de Leiria comparando a Portugal.

Não considerei nenhum aspetos pouco relevante ou desagradável ao longo da visita, mas
algumas sugestões de melhoria, nomeadamente: poderia ser de custo gratuito todos os dias,
para assim ainda abranger maior número de pessoas, como também o atendimento ao público
que não foi o mais adequado.

As aprendizagens sobre a Educação para o Ambiente e Património, efetuadas nesta visita,


foram respetivamente, a aprendizagem da geologia, como o Pinhal de Leiria, as jazidas de
carvão, animais e outros elementos que nos remetem para a natureza; a nível patrimonial
poderemos referir as várias exposições e pinturas, como também ser um edifício que possui
um elevado valor histórico, patrimonial e natural.

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Como futura profissional em intervenção em espaços educativos, sinto que devemos intervir e
incentivar as crianças para este tipo de utilidades de forma a crescerem na sustentabilidade e a
passar a “palavra” no futuro, estimulando a mudança de comportamentos e atitudes, como
também conseguir explicar a antiguidade através de formas lúdicas como o Museu de Leiria
nos proporciona.

Para concluir, sinto que esta visita foi bastante positiva, refletindo e aprendendo cada vez mais
para transmitir esses valores no meu futuro, visto que este tipo de visitas promove a
transformação e a construção da sociedade.

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