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CAMPINAS
2009
ii
Agradecimentos
Aos meus pais, Joana e Anatoli, que com todos seus esforços proporcionaram -me
alcançar mais um dos meus objetivos. Dedico carinhosamente este trabalho, como forma de
retribuir todo carinho, amor e dedicação em que em toda minha vida recebi e continuo
recebendo. Que Deus sempre os proteja.
No decorrer deste trabalho, várias pessoas me ajudaram muito, quer seja direta ou
indiretamente. Sendo assim, gostaria de dividir toda a minha alegria, satisfação e mérito
como todos os que de alguma forma foram importantíssimos na realização desta dissertação
agradecendo-os do fundo de meu coração da forma mais sincera possível.
Ao meu orientador, Prof. Dr. João Sinézio de Carvalho, pelas idé ias e motivação a
cada passo do trabalho.
Aos amigos Gislaine, Jener e Marcelo que colaboraram com a realização dos
experimentos e testes.
Albert Einstein
vii
Resumo
Neste trabalho estudou-se a melhor condição em massa dos materiais SIS e PPO.
De acordo com análises físico -químicas encontrou-se a composição de 50% de cada
material uma condição onde se te m um incremento na resistência térmica da borracha de
até 70° C, o que então era de -51º C.
Abstract
The rubber use SIS (block copolymer) in several such applications as shoes,
technical engines, stickers with low thermal resistance (up to 40º C). However, in this work
they come the results obtained with the incorporation of PPO (polioxide phenilene) on
rubber SIS, with results the increase of thermal resistance of the rubber, increase the
applications.
In this work it was studied the best condition in mass of material SIS and PPO. In
agreement with analyses it met the composition of 50% of each material a condition wh ere
an increment is had in the thermal resistance of the rubber of up to 70° C, what then was of
-50º C.
In the sense of presenting an application, it took place the adhesive laminated with
thermal resistance up to 70º C.
ix
Lista de figuras
FIGURA 1: DISPOSIÇÃO DE CADEIAS POLIMÉRICAS (KRATON POLYMERS, 1989). ( A) POLÍMERO LINEAR ; (B)
POLÍMERO COM LIGAÇÃO CRUZADA .......................................................................................................... 5
FIGURA 2: PRINCÍPIOS DE PRODUÇÃO DE BORRACHA (KRATON POLYMERS, 1989) ...................................... 9
FIGURA 3: T ENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE BORRACHAS SINTÉTICAS (KRATON POLYMERS, 1989) . 14
FIGURA 4: EXEMPLO DE DIAGRAMA DE CONTORNO .......................................................................................... 19
FIGURA 5: CONSUMO DE ADESIVOS POR REGIÕES (FURTADO, 2004) ................................................................ 22
FIGURA 6: CONSUMO DE ADESIVOS POR USO FINAL (FURTADO, 2004) ............................................................. 23
FIGURA 7: DIAGRAMA DE PERDA DE MASSA (3M DO BRASIL, 2006)................................................................. 25
FIGURA 8: REÔMETRO DE TORQUE (KRATON POLYMERS, 2006) ................................................................ 28
FIGURA 9: DEMONSTRATIVO DE CISALHAMENTO (3M,1996) ............................................................................ 29
FIGURA 10: EQUAÇÕES PARA AVALIAÇ ÃO DE DEFORMAÇÃO ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
FIGURA 11: GRÁFICO DO COMPORTAMENTO OBSERVADO PARA FLUÍD OS NEWTONIANOS (HOFMANN,1989) 30
FIGURA 12: GRÁFICO DO COMPORTAME NTO OBSERVADO PARA FLUÍDOS NÃO NEWTONIANOS
(HOFMANN,1989)................................................................................................................................. 30
FIGURA 13: LEI DAS POTÊNCIAS (HOFMANN,1989) ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
FIGURA 14: GRÁFICO DO COMPORTAME NTO SEGUINDO A LEI DAS POTÊNCIAS (HOFMANN,1989) ................. 31
FIGURA 15: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 36
FIGURA 16: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 36
FIGURA 17: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 37
FIGURA 18: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 37
FIGURA 19: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 38
FIGURA 20: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 39
FIGURA 21: ESPECTRO DE INFRAVERM ELHO ..................................................................................................... 39
FIGURA 22: TGA PARA AMOSTRAS PURAS DE PPO E KRATON . ........................................................................ 42
FIGURA 23: TGA PARA AMOSTRAS DE MIS TURAS ENTRE PPO E DE KRATON. .................................................. 42
FIGURA 24: GRÁFICO DE REOMETRIA DE TORQUE ............................................................................................. 45
FIGURA 25: GRÁFICO DE REOMETRIA DE TORQUE . ............................................................................................ 46
FIGURA 26: AMOSTRA 100 % PPO ................................................................................................................... 47
FIGURA 27: AMOSTRA 100 % K RATON SIS ...................................................................................................... 48
FIGURA 28: AMOSTRA 50 % PPO E 50 % K RATON SIS .................................................................................... 49
FIGURA 29: RESINA DE PPO REFORÇANDO PORÇÃO ESTIRÊNICA DO SIS .......................................................... 51
x
Lista de tabelas
TABELA 1: T ABELA COM OS TIPOS DE BORRACHAS SINTÉTIC AS (KRATON POLYMERS, 1989) .................... 10
TABELA 2: SOLVENTES UTILIZADOS PARA PROCESSO EM SOLUÇÃO COM RESPECTIVO PARÂMETRO DE
SOLUBILIDADE (KRATON POLYMERS, 2004) ..................................................................................... 16
TABELA 3: PROPRIEDADES FÍSICAS DO SIS ....................................................................................................... 23
TABELA 4: PROPRIEDADES FÍSICAS DO PPO.................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO .
TABELA 5: PROPRIEDADES FÍSICAS DO TOLUENO .............................................................................................. 25
TABELA 6: FORMULAÇÕES EXPERIMEN TAIS ...................................................................................................... 33
TABELA 7: FORMULAÇÕES EXPERIMEN TAIS ...................................................................................................... 34
TABELA 8: FORMULAÇÕES EXPERIMEN TAIS ...................................................................................................... 34
TABELA 9: CONDIÇÕES DE ANÁLISE .................................................................................................................. 43
TABELA 10: T ABELA SEM LEGENDA .................................................................................................................. 44
xi
Sumário
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... IV
RESUMO .......................................................................................................................................................VII
3.1 SIS......................................................................................................................................................... 23
3.2 PPO ...................................................................................................................................................... 24
xiii
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 52
1
Capítulo 1 - Introdução
Com esta modificação na borracha SIS, ampliam -se seu campo de utilização, até
mesmo em áreas onde a resistência térm ica de até 70º C, característica que somente
borracha tipo SIS não possui. Poderão ser atendidas as áreas de solados e até adesivos para
fitas com maior exigência de resistência térmica, onde atualmente são empregadas
borrachas polisoprenicas (NR – borracha natural), as quais estão associadas a um processo
denominado vulcanização (processo pelo qual ocorre a reticulação da borracha), que
confere a resistência térmica ao material. A substituição da borracha natural por uma
sintética modificada (termoplástica ), trará vantagens com relação à reciclagem devido à
facilidade de reprocessabilidade. Atualmente grandes empresas como a 3M, conhecida por
sua característica de constante geração de novos produtos, tem a grande preocupação de
estudar todo o ciclo de vida do novo produto, onde são escolhidos materiais que possuam
maior probabilidade de serem reaproveitados, desta forma minimizando os impactos ao
meio ambiente. Este programa é conhecido como LCM (life cicle management) e
certamente é uma tendência que deve s er incorporada em toda nova pesquisa, inclusive
acadêmica.
2.1 Plástico/Polímeros
Temos por definição como: Plástico adj. 1. Relativo a plástica. 2. Que tem a
propriedade de adquirir determinadas formas. 3. Diz -se de matéria sintética, dotada de
grande maleabilidade e facilmente transformável mediante emprego de calor e pressão
(AURÉLIO, Dicionário de Língua Portuguesa, p.394).
2.2 Borracha
Outros países que vêm se valendo, com sucesso, do potencial de mão -de-obra
barata e disponibilidade de terras para crescimento nesse setor são a Índia e a China. O
consumo de borracha natural representou, em 2005, cerca de 30% do total de borrachas
consumidas no mundo (International Rubber Study Group / Sinborsul, São Paulo - Brasil
2006).
Foi assim que surgiram as primeiras borrachas sintéticas, cujo os tipos eram
classificados de acordo com sua composição, SBR, um copolímero de estireno e butadieno.
Foi o marco inicial do grande desenvolvimento da indústria de borrachas sintéticas.
Não havia sido construídas instalações nem sequer para produzir a matéria -prima
necessária à produção de borracha. A indústria americana nunca havia sido convocada a
assumir tarefa como essa. Conseguir tanto em tão pouco tempo. Os engenheiros tinham
dois anos para alcançar a meta. Se o programa da borracha sintética não obtivesse êxito, a
capacidade dos americanos para prosseguir na guerra estaria ameaçada. O esforço
americano ajudaria a disseminar a borracha sintética nos mercados mundiais, inclusive no
Brasil, que após a guerra tratava de consolidar o seu parque industrial.
Tabela 1: Tabela com os tipos e uso de borrachas sintéticas (KRATON POLYMERS, 1989)
Modificações Peças
Nomenclatura Tipo de Borracha Calçados Adesivos
de Asfalto Técnicas
Estireno-Butadieno
eSBR - X X X
em emulsão
Estireno-Butadieno
sSBR X X X X
em Solução
BR Polibutadieno - X - X
NBR Nitrílica - X - X
EPDM Eteno-Propeno X - - X
IIR Butílica - - X X
CR Policloropropeno X X X X
TR Termoplásticas X X X -
Diversos tipos de
Látex X X - X
látex
resistência à hidrólise a tornam indicada para aplicações que exigem boas propriedades
mecânicas em ambientes de elevada umidade. O comportamento sob carga por longos
períodos de tempo é considerado ótimo (MORTON, 1995). Sendo um ma terial amorfo,
com baixa absorção de água e ótima resistência à fluência, o polióxido fenileno modificado
e, em especial, os tipos modificados com poliestireno exibem excelente estabilidade
dimensional sob baixa carga.
As propriedades térmicas do Polióxido de Fenileno modificado são realmente excelentes. A
variação das propriedades mecânicas da resina NORYL® em função da temperatura (70°
C) são relativamente baixas, o mesmo ocorrendo com o coeficiente de expansão térmica.
Além disso, apresenta baixa variaçã o da temperatura de deflexão ao calor sob diferentes
cargas (HDT). O HDT do NORYL® varia, basicamente, em função da concentração de
Polióxido de fenileno na blenda. Aumentando o seu teor, tem -se produto com maior HDT.
Assim, resinas NORYL® são obtidas come rcialmente com HDT da ordem de 90° C a 155°
C sob cargas de 1,82 N/mm 2.
Uma das propriedades que distinguem o PPO e suas blendas dos demais plásticos
de engenharia é o seu comportamento em ambientes de elevada umidade. As resinas
NORYL® apresentam excepcional estabilidade hidrolítica e a mais baixa absorção de água
(0,07% a 23° C/24hs/50% UR) entre os termoplásticos de engenharia. Assim, por exemplo,
o NORYL® pode ser utilizado diretamente em contato com a água quente sem prejuízo das
propriedades mecânicas. Por outro lado, a modificação do PPO com poliamidas (NORYL®
GTX) resulta em um material com maior absorção de umidade (0,45% à 23° C/24 hs/50%
UR). Além disso, enquanto o NORYL® sem carga atinge o equilíbrio à 23° C com 0,14%
UR, na resina NORYL® GTX o equilíbrio, nas mesmas condições, ocorre com a absorção
de 3,50% de água (segundo normas ASTM D570). Esta característica contribui para que a
resina NORYL® possua estabilidade dimensional superior a resina NORYL® GTX.
A resistência à oxidação destes materiais é excelente e o ozônio é completamente
13
o poliisopreno (8,1 mol.dm -3). Uma lista parcial dos solventes é dada na tabela 2 com seus
respectivos parâmetros de solubilidade.
Parâmetro de solubilidade a
Poder de solvência Solvente
23° C (mol.dm-3 )
n-pentano 7,0
n-hexano 7,3
Baixo di-isopropil-éter 7,3
n-heptano 7,4
n-octano 7,6
di-etil-éter 7,4
Ciclohexano 8,2
metil-isobutil-cetona 8,4
tetracloreto de carbono 8,6
m-ep-xilenos 8,8
Tolueno 8,9
o-xileno 9,0
Bom acetato de etila 9,1
Benzeno 9,2
metil-etil-cetona 9,3
Clorofórmio 9,3
1,1,2,2-tetracloroetano 9,7
dissulfeto de carbono 10,0
Bromobenzeno 10,0
Acetona 10,0
Acrilonitrila 10,5
Baixo
álcool isopropílico 11,5
Como pode-se notar, em linhas gerais os solventes mais adequados s e situam no intervalo
de 7,4 a 10,0.
Uma formulação final desenvolvida para uso específico irá conter alguma
combinação dos vários componentes já discutidos. Uma vez que as propriedades de
resistência térmica dependem não somente dos tipos de componentes, mas também de suas
concentrações e de sua interação mútua, encontrar a combinação própria para um novo
material em particular pode ser uma tarefa difícil. A concentração utilizada para
formulações é o phr (partes por cem partes de borracha), ou seja, todos os componentes da
mistura serão sempre em função de cem partes de borracha. O uso de diagramas de
contorno é sugerido como uma aproximação rápida e confiável para o desenvolvimento de
uma formulação.
Existem inúmeras aplicações de mercado para adesivos, mas devemos dividi -las
em dois grupos de adesivos: tato permanente e sensível à pressão.
Figura 5: Consumo anual de adesi vos por regiões em dólares (Revista Abiquim, 2008)
Estas famílias de adesivos são classific adas quimicamente, mas é por setor
industrial que pode-se entender melhor seu emprego (figura 6).
23
3.1 SIS
3.2 PPO
Viscosidade do
Pa.s 30 - 34 ASTM D3835
fundido a 260C
Tg (DSC) °C 158 - 162 ASTM D6370[8]
Decomposição - TGA °C 438 - 442 ASTM E 1641-94
Cor Visual âmbar ASTM D1544
3.3 Tolueno
3.4.1 Técnica
Tipicamente curvas TGA e sua derivada DTG são apresentadas como no diagrama
ilustrativo na figura 7.
3.5.1 Técnica
3.5.2 Utilização
segundo. Isso pode ser feito enquanto se fazem medidas simultâneas com outra s técnicas.
Isso faz com que as observações de reações químicas sejam processadas mais rapidamente,
de forma mais precisa e mais exata. Para avaliação das amostr as utilizamos a ponteira de
Si, uma varredura de 64 scans e uma resolução de 4cm -1.
3.6.1 Técnica
Tipos de deformação:
Para este tipo de material deveremos empregar a lei das potências, a qual consiste
na relação funcional entre tensão e a taxa de cisalhamento não linear expresso pela equação
abaixo.
Através destes cálculos e analises gráfica podemos definir o melhor ponto para
incorporação de matérias (figura 13).
3.6.2 Utilização
3.7.1 Técnica
A análise térmica consiste num grupo de técnicas nas quais as propriedades físicas
de uma substância e/ou de seus produtos de reação são medidas em função da temperatura
(e/ou tempo), enquanto a substância é submetida a um programa de temperatura controlada
sob uma atmosfera gasosa definida.
3.8 Metodologia
PPO SIS
Testes
(% / massa) (% / massa)
Formulação 1 100 0
Formulação 2 10 90
Formulação 3 20 80
Formulação 4 50 50
Formulação 5 80 20
Formulação 6 90 10
Formulação 7 0 100
Formulação 1 100 0
Formulação 2 50 50
Formulação 3 0 100
Varredura: 64 scans
Resolução: 4 cm -1
4.1.1 Resultados
Pelo que pode ser observado, não ocorreu uma reação entre os SIS (Kraton) e o
PPO e sim uma mistura entre eles.
36
0.14
Absorbance
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
3500 3000 2500 2000 1500 1000
Wavenumbers (cm-1)
Este primeiro espectro mostra as amostras puras (figura 15). Observe que cada um
apresenta um tipo de estrutura e poucas bandas são coincidentes.
0.16
0.14
Absorbance
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
3500 3000 2500 2000 1500 1000
Wavenumbers (cm-1)
Na figura 16, tem-se além dos espectros dos materiais puros a mistura com 10% de
Kraton e 90% de PPO. Observe que o perfil do espectro se assemelha muito mais ao PPO
puro do que o Kraton, mas mesmo assim, verifica -se um início de aparecimento de bandas
relacionadas ao Kraton.
37
0.45
0.40
Absorbance
0.35
0.30
1604.80
1647.63
1665.47
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.45
0.40
0.35
Absorbance
0.30
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.30
0.25
Absorbance
0.20
0.15
0.10
0.05
Figura 18: Análise de infravermelho materiais puros x mistura PPO/SIS materiais puros x
mistura PPO/SIS
0.16
0.14
Absorbance
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
3500 3000 2500 2000 1500 1000
Wavenumbers (cm-1)
0.14
0.12
Absorbance
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
Por este motivo que não foi verificado nenhuma v ariação nas bandas relacionadas
à parte estirênica (1600 cm -1).
40
4.2 TGA
Método:
o o
Rampa: 20 C/min até 900 C
Cadinho: platina
4.2.1 Resultados
Na figura 21, onde estão representadas as curvas de TGA para as amostras puras
de PPO e Kraton (SIS), pode se observar apenas uma queda brusca de massa para cada uma
das resinas. Esta é a temperatura onde se inicia a degradação da molécula polimérica. A
degradação para o Kraton (SIS) se dá a 340° C, e para o PPO a 445° C.
De acordo com a literatura a primeira queda nas curvasde TGA é referente à saída
de solventes (tolueno), plastificantes, água estrutural da amostra.
1 2 0
1 0 0 – – – – – – – F o r m u la c a o 1 - P P O 1 0 0 %
– – – – – – – F o r m u la c a o 7 - K r a to n 1 0 0 %
8 0
W e ig h t ( % )
6 0
4 0
2 0
-2 0
0 2 0 0 4 0 0 6 0 0 8 0 0 1 0 0 0
T e m p e ra tu re (° C ) U n iv e r s a l V 3 .9 A T A In s tr u m e n ts
Utilizou-se Kraton (SIS) e PPO puros que es tavam na forma sólida, e a geração da
amostra se deu pela adição destes materiais a um sistema de mistura de sólidos durante 30
minutos. As amostras foram preparadas segundo concentrações citadas na tabela 9. Estas
amostras foram submetidas às condições in dicadas na tabela 10.
43
O Haake foi calibrado com uma amostra de borracha Kraton (SIS) nas
temperaturas de 140, 180 e 190° C.
4.3.1 Resultados
Notamos neste estudo que em uma temperatura de 140° C o PPO praticamente não
foi incorporado ao Kraton (SIS), conforme podemos observar nas curvas visco elásticas
apresentadas na figura 23 (gráficos 1 e 2), onde ambas apresentaram perfil semelhante.
Além disso, notamos que a amostra removida do Haake após análise apresentava peletes de
PPO.
Para temperatura de 180° C, nota -se que a mistura após os testes apresentou -se
homogênea, não sendo mais visível a presença de peletes de PPO. Na análise da figura 24
(gráficos 3 e 4), também notamos esta incorporação, pois se observou a elevação da curva
viscoelástica.
4.4 DSC
As curvas DSC foram obtidas a partir da célula DSC -50 (Shimadzu, Japão), sob
atmosfera dinâmica de N2 (100 mL min -1), razão de aquecimento de 10° C min -1 na faixa
de temperatura de - 100 a 200° C, empregando cápsulas de alumínio parcialmente fechadas
com aproximadamente 10 mg de amostra.
4.4.1 Resultados
De acordo com a literatura (GE Plastics, info. técnico 2007) sabe se que a resina
com 100% PPO tem uma Tg variando entre 158 e 162° C. Neste diagrama pode se perceber
variações energéticas da molécula entre 70 e 80° C, 90 e 110° C e entre 150 e 170° C.
48
A partir de dados teóricos sabe se que a resina com 100% SIS tem uma Tg em
torno de -60 °C. A temperatura ambiente o material ainda se mantém na forma sólida
graças ao end block que neste caso é dado pelo poliestireno, assim a completa fusão do
kraton se dá apenas quando as moléculas de poliestireno atingem energia suficiente para
iniciar esta mudança de estado físico. Neste diagrama pode se perceber variações
energéticas da molécula entre -65 e - 55 °C além de leves variações entre 55 e 75 °C. O
primeiro ponto é considerado a Tg do material, pois é a transição vítrea do polisopreno,
porém pode se perceber alguma influência no gráfico na região de 70 °C, que
possivelmente se dá pela prese nça de poliestireno. O poliestireno na sua forma pura possui
na teoria a Tg entre 90 a 100ºC, assim como o poliisopreno possui na sua forma pura uma
Tg de -67 e -55°C. Nesta temperatura de 70°C, as moléculas de poliestireno podem estar
iniciando movimentos vibratórios, aumentando o espaçamento livre entre as moléculas,
podendo inclusive representar o inicio do ponto de amolecimento, isso é reforçado pois esta
temperatura começa a se aproximar da Tg teórica do poliestireno que é de 90° C.
49
Na mistura de 50% de PPO e 50% Kraton SIS, pode -se observar através da figura
27, alguns pontos principais de variação energéticas, entre elas na temperatura de -50ºC que
representa na figura 26 a temperatura vítrea do Krato n (SIS), e na uma larga e pronunciada
variação energética entre as temperaturas de 70 a 160 °C. A média desta faixa está a 115°
C ,o que possivelmente pode ser atribuído a influência do PPO atuando como reforço no
end block (porção estirênica do krato n SIS). Com base comparativa, anteriormente na
figura 27, havia apenas uma leve variação energética em 70° C, o que agora se acentua,
mostrando para a mistura de SIS com PPO um novo ponto de variação energética, com
média em 115° C.
Diante dos resultados obtidos, pode se perceber através das análi ses de FTIR, TGA
e Reômetria de torque, que se pode obter uma mistura entre os polímeros Kraton e PPO,
50
Esta mistura pode ser realizada através da dissolução dos polímeros através do uso de
solventes ou ainda por processos de transformação por cisalhamento mecânico e fusão dos
materiais em questão.
Capítulo 5 – Conclusão
Através do FTIR observar-se que ocorre a formação de uma mistura relativamente
homogênea, de acordo com acréscimo da resina PPO e que não ocorre reações químicas
entre as duas, pois não há formação d e novas bandas, ou seja, não há indícios de formação
de novas ligações o que caracterizariam um novo material. Este mesmo comportamento
pode ser observado através da análise de TGA, pois as temperaturas de degradação das
cadeias poliméricas respeitam as pr oporções das misturas realizadas.A análise de DSC nos
permitiu a análise comparativa entre a borracha pura, mistura dos materiais (50% de cada
51
REFERÊNCIAS *
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