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por
(Fernando Sabino)
Dedico este trabalho aos meus pais,
Plínio e Porcina e meus irmãos pelo apoio e incentivo.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Tibério e Itânio do LSR (Laboratório de Solidificação Rápida) pela ajuda no
ensaio de MEV e a Lúcia do LACOM (Laboratório de Combustíveis).
Aos amigos Marcilene, Cristiane, Elisângela, Júnior, Rejane, Aline, Cibelle, Sônia, James,
Ilo e Nilmário pelos momentos de descontração, pela força e inesquecível amizade e a
Elisabete pelo cuidado e força espiritual.
RESUMO
O gesso é um dos materiais de construção mais antigos que se tem conhecimento. Algumas
de suas propriedades lhe confere vantagens como, resistência ao fogo, isolamentos térmico
e acústico. Em virtude de ser um ligante menos agressivo ao ambiente que o cimento
Portland, seu uso deve ser incentivado e novas aplicações estudadas. Este trabalho teve
como objetivo estudar as propriedades físico-mecânicas e térmicas de compósitos à base de
gesso com a incorporação de vermiculita e de resíduos da indústria de calçados (EVA). O
desenvolvimento destes compósitos tem como propósito a produção de elementos de
revestimento para proteção térmica de alvenarias. Na etapa inicial foram pesquisadas as
propriedades físicas e mecânicas desses compósitos. Para determinar a influência dos
teores de resíduo de EVA e vermiculita e da relação água/gesso nas propriedades físico-
mecânicas dos compósitos no estado fresco e endurecido foram incorporados cinco
percentuais diferentes dos materiais com três relações água/gesso. Uma composição básica
de cada compósito foi determinada através de análise estatística multivariada. Em seguida
o compósito otimizado teve sua matriz modificada com a substituição parcial do gesso por
resíduo cerâmico e cal e estudadas suas propriedades físico-mecânicas, bem como aspectos
relacionados à durabilidade. Finalmente foram determinadas as propriedades térmicas do
gesso e do compósito gesso com vermiculita e gesso com EVA e proposto um elemento
construtivo para aplicação em revestimento interno de alvenarias bem como analisado
teoricamente seu desempenho térmico. Os resultados deste trabalho indicaram que a
incorporação de resíduo cerâmico e cal à matriz de gesso dos compósitos otimizados
melhoraram suas propriedades mecânicas bem como seu desempenho em relação à água
mediante o tratamento superficial. O estudo teórico demonstrou que as placas propostas
reduzem a carga térmica incidente em alvenarias.
ABSTRACT
Gypsum is a building material older than is known. Some of their properties they confer
advantages such as fire resistance, thermal and acoustic insulation. By virtue of being a
ligand less aggressive environment than Portland cement, its use should be encouraged and
new applications studied. This work aims to study the physical-mechanical and thermal
composite gypsum with the addition of vermiculite and waste of the footwear industry
(EVA). The development of these composites has as its purpose the production of elements
of thermal protection coating on walls. In the initial stage were investigated physical and
mechanical properties of these composites. To determine the influence of levels of EVA
and vermiculite, and ratio water/plaster in the physical and mechanical properties of
composites in the fresh and hardened were incorporated into five different percentages of
the materials with the three ratios water/plaster. A basic composition of each composite
was determined by multivariate analysis. Then the composite was optimized its matrix
modified with the partial replacement of gypsum by ceramic waste and lime and studied its
physical and mechanical properties as well as aspects related to durability. Finally they
were certain the thermal properties of composites with waste gypsum and gypsum-
vermiculite waste-EVA and proposed a constructive element for use in masonry lining and
examined its thermal performance. The results indicated that the incorporation of ceramic
waste and lime into matrix gypsum of the composites improved their optimized mechanical
properties and their performance in relation to water by surface treatment. The theoretical
study has shown that proposed plates reduce the heat load incident on mansory.
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.58 Análise visual das amostras com tratamento superficial submetidas
ao jato de água................................................................................... 138
Figura 4.59 Calor específico do gesso puro e dos compósitos com vermiculita
e com EVA........................................................................................ 139
Figura 4.60 Calor específico do gesso em função da massa específica................ 140
Figura 4.61 Difusividade térmica do gesso puro e dos compósitos com
vermiculita e com EVA..................................................................... 141
Figura 4.62 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico de gesso submetido a uma experiência flash
(T = 30,59oC)..................................................................................... 141
Figura 4.63 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-vermiculita
submetido a uma experiência flash (T = 34,18oC)............................ 142
Figura 4.64 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-EVA submetido a
uma experiência flash (T = 38,38oC)................................................ 142
Figura 4.65 Condutividade térmica do gesso puro e dos compósitos com
vermiculita e com EVA..................................................................... 144
Figura 4.66 Condutividade térmica de compósitos à base de gesso..................... 144
Figura 4.67 Modelo da placa proposta................................................................. 146
Figura 4.68 Detalhe das saliências com encaixe macho e fêmea......................... 146
Figura 4.69 Fixação das placas na alvenaria........................................................ 147
Figura III.1 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico de gesso submetido a uma experiência flash
(T = 40,18oC)..................................................................................... 178
Figura III.2 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico de gesso submetido a uma experiência flash
(T = 50,15oC)..................................................................................... 178
Figura III.3 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico de gesso submetido a uma experiência flash
(T = 60,16oC)..................................................................................... 179
Figura III.4 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-Vermiculita
submetido a uma experiência flash (T = 41,16oC)............................ 179
Figura III.5 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-vermiculita
submetido a uma experiência flash (T = 50,76oC)............................ 180
Figura III.6 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-vermiculita
submetido a uma experiência flash (T = 60,78oC)............................ 180
Figura III.7 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-EVA submetido a
uma experiência flash (T = 38,38oC)................................................ 181
Figura III.8 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-EVA submetido a
uma experiência flash (T = 48,81oC)................................................ 181
Figura III.9 Evolução transiente da temperatura da face posterior de um corpo
de prova cilíndrico do compósito G12RC8C-EVA submetido a
viii
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
Resumo........................................................................................................................... i
Abstract.......................................................................................................................... ii
Lista de Figuras............................................................................................................. iii
Lista de Tabelas............................................................................................................. ix
Lista de Símbolos........................................................................................................... x
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 1
CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................. 5
2.1 O gesso e compósitos à base de gesso..................................................................... 5
2.1.1 Gipsita................................................................................................................... 6
2.1.2 Gipsita secundária................................................................................................. 8
2.1.3 Mecanismos de hidratação do gesso..................................................................... 9
2.1.4 Morfologia da formação do sulfato de cálcio dihidratado.................................... 11
2.1.5 Características mecânicas da pasta endurecida.................................................... 13
2.1.6 Compósitos à base de gesso.................................................................................. 14
2.1.7 Composição gesso-pozolana-cal........................................................................... 17
2.2 Vermiculita: produção e utilização.......................................................................... 20
2.3 EVA (Etileno Acetato de Vinila) e seu resíduo da indústria de calçados................ 22
2.4 Técnicas de caracterização térmica dos materiais.................................................... 25
2.4.1 Métodos em regime permanente........................................................................... 26
2.4.1.1 Método da placa quente protegida..................................................................... 26
2.4.1.2 Método fluximétrico.......................................................................................... 28
2.4.2 Métodos em regime transiente.............................................................................. 29
2.4.2.1 Método do fio quente......................................................................................... 30
2.4.2.2 Sondas térmicas.................................................................................................. 30
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
para gerar novos elementos e tecnologias construtivas. Portanto, seu uso deve ser
incentivado e novas aplicações devem ser estudadas.
Pesquisas relacionadas à utilização de matrizes gesso para a produção de
compósitos aplicados, principalmente em painéis, têm sido desenvolvidas utilizando fibras
de vidro, de sisal, de celulose e de materiais particulados como, resíduos industriais,
vermiculita e cortiça.
As incorporações de fibras melhoram as propriedades mecânicas como o aumento
da resistência à tração, à flexão e ao impacto, assim como aumenta a capacidade de
absorver energia.
Uma das maiores deficiências do gesso como material de construção é a sua
diminuição de resistência na presença de água ainda que, atualmente, este aspecto seja
melhorado mediante a incorporação de aditivos à base de silicones ou polímeros, como é o
caso das placas de gesso acartonado ou pelo uso de hidrofugantes na mistura para a
produção de blocos. Há, todavia, uma deficiência de estudos nesse aspecto, portanto, é
preciso estudar novas possibilidades de impermeabilização seja pela incorporação de
outros materiais na matriz de gesso, seja através de tratamentos superficiais.
As construções são grandes consumidores de energia. Em regiões com condições
climáticas severas de altas temperaturas, por exemplo, parte do consumo de energia deve-
se ao resfriamento dos ambientes nas construções. Neste caso, a carga de condicionamento
de ar pode ser reduzida através de um projeto adequado e da seleção dos materiais e
componentes das construções.
As propriedades térmicas dos materiais de construção são parâmetros importantes
na caracterização térmica de elementos e sistemas construtivos. A partir delas, pode-se
avaliar o desempenho da construção do ponto de vista térmico.
Atualmente o mercado oferece elementos de cobertura como telhas tipo sanduíche
e painéis com núcleos isolantes como espumas de poliuretano, lã de vidro ou lã de rocha.
Porém, esses materiais apresentam um custo elevado e isto faz com seu uso seja restrito.
A construção civil é considerada o setor da indústria com um grande potencial
para aproveitamento de vários tipos de resíduos industriais. A intenção é explorar as várias
possibilidades que já existem no sentido de aproveitamento e reuso de materiais na
obtenção de novos componentes.
Dentre os vários resíduos existentes que se apresentam com potencial para
aproveitamento no desenvolvimento de materiais alternativos para construção civil, tem-se
3
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Otimizar as composições das misturas, com base nas propriedades obtidas das diferentes
composições;
4
CAPÍTULO II
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Gipsita
O mineral gipsita é uma rocha sedimentar que tem sua origem na precipitação de
sulfatos de cálcio contidos em águas marinhas submetidas à evaporação. Geralmente
ocorre associado à anidrita (CaSO4) e algumas impurezas, argilominerais como: calcita,
dolomita e material orgânico. Os minerais de sulfato de cálcio podem ocorrer na forma
dihidratada (gipsita: CaSO4.2H2O), desidratada (anidrita: CaSO4) e semi-hidratada
(bassanita: CaSO4.0,5H2O), essa mais rara de encontrar. A gipsita é a matéria prima
utilizada na fabricação do gesso, a qualidade do rocha é avaliada em função do seu teor de
7
sulfato de cálcio. Em geral, a produção é obtida em minério com 80% a 95% de pureza,
pode-se apresentar de formas diferenciadas na cor e textura. Segundo BALTAR et al.
(2005), o minério de gipsita do pólo gesseiro de Araripina, no Estado de Pernambuco, é
considerado o de melhor qualidade do mundo, apresentando teores de pureza que variam
de 90% a 95%.
O maior produtor e consumidor mundial de gipsita são os Estados Unidos, cuja
produção em 2007 foi da ordem de 22,0 milhões de toneladas, enquanto que outros países
grandes produtores, como Irã e Espanha, alcançaram a produção de 13,0 milhões e 13,2
milhões de toneladas, respectivamente. Dados do ano de 2007 apresentam os maiores
produtores mundiais de gipsita com as seguintes participações (Figura 2.2):
Brasil
Canadá
1,50% China
7,50%
Outros países 6,10%
26,70%
Espanha
10,40%
México
5,80% Irã Estados Unidos
10,20% 17,30%
O Brasil possui a maior reserva mundial de gipsita, mas representa apenas 1,50%
da produção mundial. A maior produção no país provém dos Estados de Pernambuco
(1 711 671 t, 89,00% da produção nacional), Maranhão (106 161 t, 5,50%), Ceará (68 233
t, 3,50%), Amazonas (30 000 t, 1,60%) e Tocantins (7 054 t, 0,40%) (SOBRINHO et al.,
2008).
Cerca de 96,0% das reservas de gipsita no Brasil estão concentradas nos Estados
da Bahia (43,0%), Pará (35,0%) e Pernambuco (18,0%), ficando o restante distribuído
entre Maranhão (2,7%), Tocantins (0,6%), Ceará (0,3%), Piauí (0,2%) e Amazonas (0,1%)
(SOBRINHO et al., 2001).
8
(ii) No segundo, há um alívio da tensão interna causada por armação das agulhas
umas contra as outras, este estágio é acompanhado por um período de redução da
resistência;
(iii) O estágio final envolve a remoção do excesso de água requerida para reação
química e a resistência é aumentada.
• vidro
Materiais fibrosos • sisal
• celulose
• algodão
• madeira
Materiais particulados • cortiça
• vermiculita
• resíduos industriais
Compósito à base de gesso com fibras do caule do algodão foi estudado por
GUOZHONG LI et al. (2003). Nesse trabalho as fibras de algodão foram tratadas com uma
emulsão de estireno acrílico para melhorar a aderência com a matriz de gesso com adições
de cal, cimento Portland e escória e conseqüentemente as propriedades mecânicas. Os
resultados demonstraram que o estireno acrílico pode ter formado uma camada deformável
na interface matriz-fibra, com isso diminuiu o módulo de elasticidade em relação ao
compósito com fibras não tratadas.
Segundo DORLOT et al. (2000) pode-se reforçar o gesso com fibras de amianto
ou de vidro. Para frações volumétricas de 6% de fibras de vidro, a resistência à tração, à
15
flexão e à compressão podem chegar a 18 MPa, 35 MPa e 40 MPa e sua tenacidade atinge
50 kJ/m2, enquanto que na ausência de fibras é de apenas 2 kJ/m2.
AGOPYAN e JEFFERS (1981) desenvolveram compósitos à base de gesso com
adição de fibras de vidro, o teor de fibra variou entre 4% e 8% e a relação água/gesso foi
mantida fixa em 0,5. Eles observaram que as fibras melhoram a resistência à flexão do
compósito. Com 8% de fibras de 3 mm de comprimento e 4% de fibras de 6 mm eles
produziram os melhores resultados. Porém, as fibras não produziram um aumento
significativo na resistência à compressão. Nos testes de impacto não foi possível detectar
nenhuma absorção de energia pelo gesso puro e as fibras com 6 mm de comprimento
demonstraram melhor comportamento que as de 3 mm ressaltando a importância do
comprimento da fibra no reforço.
BRAGA JÚNIOR e DANTAS (1992) utilizaram a lã de vidro residual em matriz
de gesso. Os teores de adição de fibras aplicados foram de 3%, 6% e 7% em massa. A
resistência à compressão diminuiu com o aumento do teor de fibras e o mesmo aconteceu
com a resistência à flexão. Como as fibras são aparas da produção de mantas para isolação
termo-acústica, as mesmas possuem o comprimento e diâmetro desuniformes e
provavelmente não tenham atingido o comprimento necessário para atuar como reforço. A
resistência ao impacto foi melhorada, o que possibilita modificar o modo frágil de ruptura
do gesso tornando um material mais resistente à fratura.
O efeito da adição de fibras de sisal foi avaliado em compósitos à base de gesso
no estado fresco por FIORINI et al. (1995). Pôde-se observar que a adição de fibras pode
duplicar o tempo de pega das pastas e argamassas de gesso.
HASELEIN et al. (2002) confeccionaram chapas aglomeradas utilizando gesso
como material cimentante e papel reciclado dissociado como reforços. A inclusão das
fibras de papel provocou aumento de 64,7% na resistência à flexão, 77,2% na dureza e
49,6% no arrancamento de parafusos em relação à chapa de gesso puro.
Segundo GUOZHONG LI et al. (2003), empresas de vários países têm
apresentado novos materiais de construção à base de gesso e raspas de madeira. Este tipo
de material tem vantagens como: baixa densidade (1 000 – 1 200 kg/m3), boas
propriedades de isolamento térmico e acústico, baixo custo de produção com tecnologia
simples, baixos coeficientes de expansão térmica e de expansão por absorção de água.
HASELEIN et al. (2002) citam que painéis de gesso com reforço de madeira têm
sido fabricados em alguns países há algum tempo. A primeira planta industrial para a
16
e 5% de gesso tiveram alta resistência de 17,5 MPa, baixa densidade de 730 kg/m3,
absorção de água de 46% e baixa condutividade térmica de 0,13 W.m-1.K-1.
SHEN et al. (2007) utilizaram o fosfogesso para melhorar o desempenho de um
ligante cal-cinza volante. O teor ótimo de fosfogesso aos 7 dias foi entre 23% e 34%,
enquanto que, aos 28 dias o ganho de resistência foi maior com teores entre 18% e 23%.
Com esses teores ótimos o ganho de resistência foi de 80% a 90% maior que a composição
com apenas cal e cinzas volantes.
KUMAR (2003) desenvolveu tijolos furados compostos com cinzas volantes-cal-
fosfogesso para substituir tijolos furados convencionais de argila queimada ou concreto. O
ganho de resistência foi crescente com teor de cinzas volantes, alcançando o valor máximo
com 40%. Acima deste valor a resistência diminuiu. A resistência aos 120 dias foi em
torno de 5 MPa, valor maior que o estabelecido pela Norma indiana IS-3952 (1988) que
estabelece a resistência de 3,5 MPa para tijolo furado, portanto, segundo ele, pode–se
substituir o tijolo convencional.
A indústria de cerâmica vermelha gera uma grande quantidade de resíduos devido
às falhas no processo produtivo de elementos, tais como blocos e telhas, esses resíduos
causam problemas ambientais quando descartados, pois são lançados a céu aberto. No
entanto, esse resíduo apresenta em sua composição sílica e alumina na forma amorfa que
tem potencial para ser utilizado como material pozolânico. Estudos realizados por
pesquisadores atestam a pozolanicidade deste material em combinação com materiais
cimentícios.
FARIAS FILHO et al. (2000) estudaram a resistência à compressão de
argamassas contendo resíduo cerâmico de tijolo queimado e metacaulinita como
substituições parciais do cimento Portland. Observaram que houve acréscimo da
resistência que variou de 27% a 39% para a substituição pelo resíduo cerâmico moído e de
21% a 72% para a substituição pela metacaolinita. Nas duas situações a resistência máxima
foi obtida para um percentual de substituição de 18%.
VIEIRA (2005) estudou o potencial pozolânico do resíduo de cerâmica vermelha
moído em argamassas e concretos com teores de substituição do cimento de 20% e 40% .
Com 40% de substituição obteve 89% da resistência de controle e explica que isto ocorreu
devido a atividade pozolânica e ao efeito filler do resíduo cerâmico.
20
No Brasil a extração do minério de vermiculita é feita por lavra a céu aberto com
desmonte mecânico. As bancadas possuem como de hábito, largura média de 3,0 m e
talude de 30o, o que permite a operação de desmonte e transporte. Em geral, o
processamento do minério lavrado é feito na própria mina. Os minérios e concentrados são
normalmente analisados pelo teor de vermiculita e tamanho das partículas. Há minérios
com baixos teores (entre 20% e 30%) que podem ser aproveitados economicamente e
minérios com teores elevados que chegam a 80% de vermiculita.
O minério lavrado é exposto ao sol para a secagem até uma umidade de 4%, ideal
para a alimentação do processo, que é baseado em etapas de moagem em moinhos de
martelo e peneiramento para a obtenção de concentrados com diferentes frações
granulométricas.
A comercialização pode ser feita na forma natural (Figura 2.7(a)), embora a
utilização na maioria das vezes seja feita na forma expandida (Figura 2.7(b)).
(a) (b)
Figura 2.7 – Amostras de vermiculita: (a) Vermiculita natural (b) Vermiculita expandida
(UGARTE et al., 2005)
a 12 vezes (SOUSA SANTOS, 1992). Esse processo faz com que a vermiculita expandida
tenha baixa densidade (entre 0,15 g/cm3 e 0,25 g/cm3), área de superfície específica entre
6,0 m2/g e 8,0 m2/g (granulometria superfina) e capacidade catiônica elevada (100 meq/100
g a 130 meq/100 g), tendo potássio e o magnésio como principais cátions trocadores. Além
das propriedades descritas acima, a vermiculita expandida é um isolante térmico e acústico
(UGARTE e MONTE, 2005).
Cerca de 80% das reservas mundiais de vermiculita estão situadas nos Estados
Unidos, China e África do Sul (CAVALCANTI, 2008). O Brasil detém 10% das reservas
mundiais e ocupa, atualmente, a quarta posição mundial na produção com 5% (UGARTE
et al., 2005).
As reservas brasileiras estão concentradas nos Estados da Paraíba (Santa Luzia),
Goiás (Sancrelândia, Ouvidor e Montes Belos), Piauí (Queimada Nova) e Bahia
(Brumado). Praticamente toda produção nacional está concentrada no Estado de Goiás e
Piauí com 91% da produção nacional (CAVALCANTI, 2008).
A vermiculita é um mineral utilizado principalmente pela sua propriedade
isolante, tanto térmica quanto acústica, além de alta capacidade de absorção e adsorção. É
um minério utilizado nos seguintes segmentos:
• Construção civil → é aplicada como isolante térmico e acústico em paredes
e tetos, na forma de argamassa para revestimento, blocos e placas.
• Agricultura → é utilizada na composição de fertilizantes, formação de solos
para horticultura, condicionador de solos ácidos e argilosos.
• Outras aplicações → Indústria de tintas; fabricação de pneus e pastilhas de
freio para a indústria automobilística; produção de tijolos refratários, blocos e placas
resistentes a altas temperaturas; fabricação de isolantes térmicos têxteis; isolantes termo-
acústicos para a indústria naval; isolantes de câmaras frias; carga na formulação de fibra de
vidro; revestimento de moldes para a fundição de ferro e alumínio, adsorção de óleos,
pesticidas e materiais pesados.
outros polímeros. Estes são dosados de acordo com as características que se pretende obter
do composto EVA.
Atualmente, a principal aplicação do EVA é na produção de chapas reticuladas e
expandidas para a obtenção de diversos elementos utilizados na confecção de calçados,
como palmilhas, entressolas, solados e enchimentos.
Outros setores industriais utilizam o EVA. Segundo GARLET (1998), algumas
aplicações deste material são:
Embalagens – alimentos, revestimentos de papel, tubos compressíveis;
Vestuário – revestimentos de fraldas;
Medicina – luvas cirúrgicas, dosadores;
Eletricidade – revestimentos de cabos;
Agricultura – cobertura de estufas e mangueiras;
Asfalto – para alterar as propriedades de ligantes e betuminosos;
Construção civil – painéis para forros de tetos e pisos industriais;
Outros - brinquedos, artigos esportivos, etc.
No entanto existem fatores limitantes para o reaproveitamento desses resíduos como nível
de reticulação, excesso de silicone e a presença de gás no material, além das limitações
técnicas que fazem com que o reaproveitamento na própria indústria não ultrapasse 40%
do volume gerado (BEZERRA, 2002). Esse volume excedente tem demandado a procura
de alternativas para um tratamento mais adequado e nobre, que não seja simplesmente
depositar em aterros ou encaminhar para a queima nos fornos das cimenteiras, pois podem
provocar a emissão de gases danosos ao meio ambiente. Portanto esse excedente gerado
pela indústria torna-se um problema na hora de se dar um destino final, pois se trata de um
material não biodegradável que não deve ser disposto em aterros sanitários onde poderia
causar sérios problemas ao meio ambiente. A incineração desses resíduos também não é
recomendada devido a liberação de gases tóxicos. A indústria de cimento aproveita o
potencial combustível desses resíduos para alimentar os fornos rotativos na fabricação do
clínquer (BEZERRA, 2002), justificando que dispõe de filtros coletores dos gases nocivos.
GARLET (1998) afirma que muitas indústrias na realidade depositam os resíduos
em áreas a céu aberto, e isto causa vários problemas ambientais, como poluição visual,
proliferação de insetos e de pequenos animais, além de existir uma ameaça constante de
combustão do material. Segundo este mesmo autor, algumas indústrias vêm jogando esses
resíduos em depósitos clandestinos, escondidos em locais de difícil acesso para fugir das
fiscalizações dos órgãos competentes, e sem tomar nenhum tipo de cuidado.
A construção civil é o setor da indústria com grande potencial para
aproveitamento de vários tipos de resíduos industriais. A intenção é explorar as várias
possibilidades que já existe, realizando assim uma interação e integração entre segmentos e
cadeias produtivos, no sentido de aproveitamento e reuso de materiais. Esse tipo de resíduo
possui baixa massa específica, é estável, inerte não suscetível a fungos podendo ser
aproveitado como agregado sintético para elaboração de compósitos leves. Um dos usos
promissores dos resíduos é como elemento para melhoria do isolamento térmico das
construções, isto tem despertado interesse de pesquisadores. Estudos avaliam a aplicação
deste resíduo em compósitos leves, elementos pré-fabricados que permitem isolamento
térmico e acústico.
GARLET (1998) utilizou resíduos da indústria de calçados do Vale dos Sinos no
Rio Grande do Sul como agregado em concreto e verificou que o material apresenta grande
potencial de aplicação para o isolamento térmico e a produção dos chamados piso flutuante
que podem atenuar os ruídos transmitidos em lajes entre os pavimentos de edifícios.
25
Nestes métodos o tempo não intervem, isto é, a temperatura não varia com o
tempo e eles permitem medir apenas a condutividade térmica em um regime estacionário
de calor. O modelo e o método são fundamentados na transferência unidimensional em
regime permanente, em que, o comportamento do fluxo de calor (Q) depende do gradiente
de temperatura ( ∆T ) e da resistência térmica (R) do material de acordo com a Equação
(2.2).
T1 − T2 ∆T
Q= = (2.2)
R R
Em que:
Q – fluxo de calor (W/m2)
T – diferença de temperatura (oC)
R – resistência térmica (m2.oC/W)
Placa fria
Corpo de prova
Placa quente
Corpo de prova
Placa fria
Placas de proteção
Isolação
qd L
k= (2.3)
2 A∆T
Em que:
k - condutividade térmica (W.m-1.oC-1)
q d - potência dissipada pela placa quente (W)
L - espessura das amostras (m)
A - área da geração de fluxo de calor (m2)
∆T - diferença das temperaturas entre as faces opostas das amostras (oC)
28
∆T
R= (2.4)
Q
Em que:
R - resistência térmica (m2.oC/W)
∆T - diferença de temperatura entre as faces da amostra (oC)
Q - fluxo de calor (W/m2)
Fluxímetro
Corpo de prova Corpo de prova
Corpo de prova
Fluxímetro Fluxímetro
Fluxímetro
Placa fria Corpo de prova
Placa fria
Placa fria
L
k= (2.5)
R
Em que:
k – condutividade térmica (W/m.oC)
L – espessura da amostra (m)
R – resistência térmica (m2.oC/W)
SONDA
TERMOPAR
AMOSTRA
Detector de IR
Amplificador de sinal
Sistema de
aquisição de dados
Amostra
Q
T (x,0) = no intervalo (0<x<g) (2.7)
ρC P g
Q ∞ − n 2π 2
T ( L, t ) =
ρC P L
1 + 2 ∑ n =1
( −1) n
exp( 2
α t ) (2.9)
L
34
V ( L, t ) = T ( L, t ) / TM (2.10)
ω = π 2αt / L2 (2.11)
∞
V = 1 + 2∑n =1 (−1) n exp(−n 2ω ) (2.12)
T
V=
TM
π 2αt
ω=
L2
(V) é igual a 0,5. Neste ponto, o tempo adimensional ( ω ) é igual a 1,38, e a partir da
equação (2.13) tem-se:
α = 1,38L2 / π 2 t 1 (2.13)
2
Q αt ∞
V=
ρC P L
exp( − a
L2
) + 2 ∑
n =1
(−1) n exp(− n 2ω )
(2.14)
36
1 dW 1 dW
a = L + (2.15)
k dT x =0 k dT x = L
{[ ] }
a ≈ 2,3 × 10 5 1 + (TL / T0 ) 3 (T / 1000) 3 (εL / k ) (2.16)
condução de calor na amostra, de temperatura inicial T0 , foi considerada uma função das
coordenadas radiais e longitudinais e da variável de tempo na equação de energia.
O modelo de CAPE e LEHMAN (1963) é dado por:
1 ∂δ (r , x, t ) ∂ 2δ 1 ∂δ ∂ 2δ q (r , x, t )
= 2 + + + x < x < L,0 < r < r0 , t > 0 (2.17)
α ∂t ∂r r ∂r ∂x 2 k
∂δ
− + V xδ = 0 x = 0,0 < r < r0 , t > 0 (2.18)
∂x
∂δ
+ V xδ = 0 x = L,0 < r < r0 , t > 0 (2.19)
∂x
37
∂δ
+ Vr δ = 0 r = r0 ,0 < x < L, t > 0 (2.20)
∂x
δ =0 t = 0,0 < x < L,0 < r < r0 (2.21)
Em que:
δ (r , x, t ) = T (r , x, t ) − T0 (2.22)
4σε x ,r T03
V x ,r = (2.23)
k
∂T ( z , t ) ∂q ∂q
ρC p =− c − r 0< z<e t>0 (2.24)
∂t ∂z ∂z
A figura 2.14 apresenta o modelo de uma parede plana composta sob o efeito do
regime permanente de temperatura. A parede é suficientemente grande nas direções y e z
em comparação com a direção x, de modo a assegurar que o gradiente de temperatura nas
direções y e z sejam desprezíveis diante do gradiente x.
T1 T2
A B C
q q
T1 > T2 x
41
Figura 2.14 – Fluxo de calor unidimensional em uma parede plana composta (HOLMAN,
1983)
O fluxo de calor (q) por condução em qualquer ponto da parede é calculado por
uma aplicação direta da lei de Fourier (Equação 2.25).
kA
q( x) = − (T2 − T1 ) (2.25)
∆x
Em que:
k - condutividade térmica
x - espessura da parede
T1, T2 - Temperaturas
V2
V1 RA RB RC
∆V
i= (2.26)
Re
Em que:
Re = R A + RB + RC
T1
T2
RA RB RC
∆T
Q= (2.27)
Rt
Em que:
∆x A ∆x B ∆xC
Rt = + +
k A A k B A kC A
B
F
E
A C
Figura 2.17 - Transferência de calor em série e em paralelo através de uma parede plana
composta (HOLMAN, 1983)
A corrente elétrica (i) do circuito na figura 2.18 é resultante da relação entre uma
diferença de potencial (V) e a resistência oferecida ao movimento dos elétrons (Re).
RB RF
V1 V2
RC
RD
RA RE
RG
Figura 2.18 - Circuito elétrico em série e em paralelo pela definição da Lei de Ohm
∆V
i= (2.28)
Re
Em que:
Re = R A + R paralelo ( B ,C , D ) + R E + R paralelo ( F ,G )
44
RB RF
T1 T2
RC
RD
RA RE
RG
Figura 2.19 - Transferência de calor em série e em paralelo de uma parede plana composta
e analogia elétrica
∆T
Q= (2.29)
Rt
Em que:
∆x A RB × RC × RD ∆x E RF × RG
Rt = + + +
k A A R B × RC + RC × RD + RB × RD k E A RF + RG
dQ
k (dt/dx)1 k (dt/dx)2
dQ ρc p dx dt dt
= = k ( )1 − k ( ) 2 (2.30)
dτ dτdt dx dx
dt k d 2x d 2x
( )=( )( 2 ) = α ( 2 ) (2.31)
dτ ρc p dt dt
x τm
ϕ= (2.32)
2 απ
π
−x
m=e ατ
(2.33)
MATERIAIS ISOLANTES
FIBROSO
- Lã - ovelha
- Lã - algodão
- Coco
- Celulose
Figura 2.21 – Classificação dos materiais isolantes térmicos mais utilizados na Europa
placas metálicas resistentes a corrosão, placas cimentícias sem amianto ou de concreto leve
(MOURA, 2008).
A lã de vidro (Figura 2.22 (a)) é constituída basicamente de quartzo, dolomita e
calcário, além de materiais adesivos e óleos repelentes de água para aumentar a resistência
mecânica e a resistência à água, a utilização desses elementos devem permanecer dentro de
um limite para que se possa obter resistência ao fogo também, enquanto que, a lã de rocha
(Figura 2.22 (b)) é produzida com os mesmos materiais base da lã de vidro. Sua principal
diferença está na temperatura de fusão durante o processo de produção e no tamanho das
fibras, esta diferença devido ao seu alto ponto de fusão torna a lã de rocha apropriada para
aplicação em altas temperaturas.
A lã mineral, procedente de depósitos vulcânicos, era empregada pelos nativos
das ilhas havaianas na cobertura de suas moradias para protegê-los do frio e calor, foi a
precursora de modernos materiais isolantes térmicos como: a lã de rocha, fabricada a partir
de rochas fundidas e transformadas em fibras, às quais soluções de resinas orgânicas são
adicionadas.
(a) (b)
Figura 2.22 – Placas: (a) Lã de vidro e (b) Lã de rocha
Fonte: www.isar.com.br
(a) (b)
CAPÍTULO III
MATERIAIS E MÉTODOS
Neste trabalho procura-se dar uma contribuição para suprir as deficiências citadas.
A figura 3.1 apresenta o fluxograma do programa experimental. Na tabela 3.1 são
apresentados os ensaios tecnológicos juntamente com os objetivos a que se pretendem
chegar com a realização dos mesmos, levando em consideração os objetivos específicos.
52
Compósitos
• Gesso-vermiculita
• Gesso-EVA
Otimização
• Estatística Multivariada
Propriedades térmicas
• Calor específico
• Difusividade térmica
• Condutividade térmica
3.1 MATERIAIS
3.1.1 Gesso
Para a produção dos compósitos foi utilizado um gesso fino para fundição
proveniente do Pólo gesseiro do Araripe no Estado de Pernambuco, disponível no
comércio local. Na tabela 3.2 estão apresentados os dados da caracterização química, física
e mecânica do gesso utilizado. De acordo com a análise química, os teores de óxido de
cálcio (CaO) de 43,26% e anidrido sulfúrico (SO3) de 54,96% atendem aos limites
mínimos estabelecidos pela norma NBR 13207 (1994) que são de 38,00% e 53,00%
respectivamente.
Limite
Características Valores Método
(NBR 13207)
Químicas
Óxido de cálcio (CaO) (%) 43,26 > 38
Fluorescência
Anidrido sulfúrico (SO3) (%) 54,96 > 53
de raios X
Óxido de magnésio (MgO) (%) 0,09
Físicas e mecânicas
Módulo de finura 0,08 < 1,10
Massa unitária (g/cm3) 0,62 NBR 12127 < 0,70
Massa específica (g/cm3) 2,60 NBR NM 23
Área específica (cm2/g) 7643 NBR NM 76
Consistência normal (a/g) 0,6
Tempo de início de pega (min) 18,95 NBR 12128 > 10
Tempo de fim de pega (min) 34,3 > 45
Resistência à compressão (MPa) 9,0 > 8,4
Resistência à tração na flexão NBR 12129
3,9 > 3,0
(MPa)
55
4
% Retido acumulado
0
0,1 1
Peneiras (mm)
500
B - Bassanita
B A - Anidrita
400
Relative Intensity (%)
B
300 B
B
200 B
100 B B
B
B B AA B B
A BA
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
2-Theta
(a) (b)
(b)
600
Q - Quartzo
C - Calcita
500 K - caulinita
F - Feldspato
Q M - Microline
Relative Intensity (%)
400
300
200
Q F
100 F
FA CM F F Q C
MK M MFMFC M
0
8 12 16 20 24 28 32 36 40
2- Theta
3.1.3 Cal
A cal utilizada foi a cal hidratada do tipo CHI, classificada de acordo com a
norma NBR 7175 (1992). A tabela 3.4 apresenta a caracterização química e física da cal
hidratada utilizada.
Através do difratograma na figura 3.6 observa-se que a cal é constituída
essencialmente de portlandita (CaOH2) e alguns picos demonstram a presença de calcita,
quartzo e brucita.
59
350
P
P - Portlandita
300
B - Brucita
C - Calcita
250 Q - Quartzo
Relative Intensity (%)
P
200
150
P P
P
100
P
P
50 P P
Q B C C
P B
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
2-Theta
100
90
80
70
% Retida Acumulado
60
50
40
30
20
10
0
0,1 1 10
Peneiras (mm)
(a) (b)
100
90
80
% Retida Acumulada (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
0,1 1 10
Peneiras (mm)
3.1.6 Água
3.1.7 Resina
3.2 MÉTODOS
Etapa 1
(a) (b)
Etapa 2
66
Tabela 3.6 – Composição da matriz gesso, cal e resíduo cerâmico para os compósitos
gesso-vermiculita e gesso-EVA
A consistência dos compósitos e das pastas após a mistura manual foi verificada
ao longo do tempo utilizando-se o aparelho de Vicat modificado (Figura 3.12 (a))
recomendado pela norma NBR 12128 (1991). Este aparelho consiste de uma sonda cônica
de 45 mm de altura acoplada a uma haste, cujo peso do conjunto, haste e sonda, é de 35 g.
Esta sonda penetra em um molde de formato de tronco cônico com 40 mm de altura, 70
mm de diâmetro da base e 60 mm de diâmetro superior preenchido com o material em
estudo.
O ensaio para determinar o tempo de início e fim de pega foi realizado de acordo
com a NBR 12128 (1991), o qual utiliza o aparelho de Vicat (Figura 3.12 (b)) constituído
de uma haste com uma agulha de seção transversal de 1 mm2 em uma das extremidades e
um molde idêntico ao utilizado no ensaio com a parelho de Vicat modificado.
68
(a) (b)
(b)
Corpo de Prova
3PL
RTF = (3.1)
2bh 2
Proteção 20cm
plástica
10cm
Amostra
Figura 3.15 – Esquema do ensaio com um jato de água sobre o corpo de prova
(EDS). Para este ensaio a amostra foi extraída do corpo de prova conforme a demonstração
na figura 3.16:
Figura 3.16 – Parte do corpo de prova onde foi retirada a amostra para o ensaio de EDS
Uma vez definidos os compósitos com vermiculita e com EVA, foram realizados
ensaios para obter as propriedades térmicas desses compósitos, assim como da matriz de
gesso puro sem adição. Na seqüência são descritos os ensaios realizados.
O LFA 457 Micro Flash da marca Netzsch é um instrumento utilizado para medir
a difusividade e condutividade térmica e o calor específico de metais, compósitos,
polímeros, cerâmicas, líquidos e outros materiais em uma faixa de temperatura de 25oC a
200oC. A fonte de energia para gerar aumento de temperatura na amostra é um pulso de
laser. Um sensor InSb resfriado por nitrogênio líquido, permite uma leitura de temperatura
sem o contato direto com a amostra. Um forno integrado mantém a temperatura estável
durante a medida.
A figura 3.17 apresenta o Netzsch MicroFlash LFA 457 do LES (Laboratório de
Energia Solar CT/UFPB).
Para este trabalho foram definidas amostras cilíndricas com diâmetro de 25,4 mm
e espessura de 5 mm (Figura 3.18) indicada no manual do aparelho para materiais
cerâmicos, em sua preparação (Figura 3.19). As amostras foram extraídas dos corpos de
prova, primeiramente serradas para obtenção de uma lâmina de aproximadamente 7 mm.
Em seguida as superfícies foram regularizadas com o auxílio de uma lixa, a fim de
74
Dados como calor específico e massa específica são necessários para definir a
condutividade térmica.
Define-se o programa de temperatura, qual faixa de temperatura vai ser realizada
o teste, a taxa de aquecimento, e número de disparo do laser e tempo para dois ou mais
disparos sucessivos para a mesma temperatura.
A análise dos dados experimentais foi executada por um software fornecido pela
Netzsch (Figura 3.20), que possui modelos matemáticos para a análise dos dados. Os
modelos utilizados para amostras de uma camada, tipo de amostra do presente trabalho,
são: Adiabatic (PARKER et al., 1961), Cape-Lehman (CAPE E LEHMAN, 1963), Cowan
(COWAN, 1961 e 1963) e Radiação (MEHLING et al., 1998). Neste trabalho o modelo
utilizado foi o modelo matemático de Cape-Lehman, pois é um modelo aplicado a mesma
geometria da amostra, considera as perdas convectivas e radiativas de calor e que foi
ajustado ao experimento.
A difusividade foi determinada pela correlação dada por Parker et al. (1961)
através da equação 3.2.
1,38 L2
α= (3.2)
π 2t 1
2
λ = αρ c p (3.3)
76
O desempenho térmico das placas foi analisado de acordo ÇENGEL (2007) para
uma parede plana composta. Considerando-se a aplicação destas placas em paredes
compostas de tijolos cerâmicos de 8 furos e argamassa de revestimento com 2,5 cm de
espessura. No cálculo do fluxo de calor através das paredes compostas em regime
permanente de temperatura foram consideradas a seguintes condições:
78
Camada 2 (tijolo)
Te
k1 k2 Camada interna (ar)
k3
he
hi
Ti
x2
x1 x3
∆t
Q= (3.4)
Rt
Em que:
1 ∆x ∆x ∆x 1
Rt = + 1+ 2 + 3 +
he A k1 A k 2 A k 3 A hi A
79
Portanto:
R t = R e + R1 + R 2 + R 3 + R i
x4 x5
k4 Camada 4 (placa)
k1 k3
te k k4
5
k2
k5
hi
he
ti
k4 Camada 4 (placa)
x2
x1 x1 x3
∆T
Q= (3.5)
Rt
80
Em que:
1 ∆x ∆x ∆x 1 ∆x5 1
Rt = + 1 + 2 + 3 + + +
he A k1 A k 2 A k 3 A R4 k 5 A hi A
1 1 1
R4 = Req = = 10 +
R paralelo RSi Rar
∆x 4
RSi = RS 2 ...RS10 =
kA
∆x ar
Rar =
kA
L L L L
1,1 (kρc) i + (kρc) 2 + (kρc) 3 + (kρc )E (camada4)
k i k 2 k 3 k E ( camada4)
B = (kρc) E =
L
k E
(kρc )e L L L L L
− 0,1 − 0,1 − 0,1 − 0,1
k e k i k 2 k 3 k E ( camada4 )
+
L
k E
(3.9)
Em que:
L - espessura do material (m)
k - Condutividade térmica (W/m2.oC)
ρ - massa específica do material (m)
c - calor específico (kJ/kg.oC)
O índice “E” denota as propriedades térmicas equivalentes
O índice “e”denota as propriedades térmicas da camada de revestimento externa (camada 1)
O índice “2” denota as propriedades térmicas do tijolo cerâmico (camada 2)
O índice “3” denota as propriedades térmicas da argamassa de revestimento (camada 3)
O índice E(camada 4) denota as propriedades equivalentes da camada 4.
82
π 2
m = exp − A B (3.10)
T
1 T 2
ϕ= A B (3.11)
2 π
Em que T = 24 horas
83
CAPÍTULO IV
RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1.1 Consistência
Compósito-vermiculita
40 40 0% vermiculita 2
R = 0,9938
35 0% vermiculita 2
R = 0,9544
5% vermiculita 2
R = 0,9954
35
Penetração da sonda (mm)
(a) (b)
40
2
0% Vermiculita R = 0,9816
35
5% vermiculita 2
Penetração da sonda (mm)
R = 0,9915
2
30 10% vermiculita R = 0,9643
2
15% vermiculita R = 0,9326
25 2
20% vermiculita R = 0,7972
2
20 25% vermiculita R = 0,834
15
10
0
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (min)
(c)
Compósito-EVA
40 2
40 0% EVA R2 = 0,9904
0% EVA R = 0,9925 2
2
5% EVA R = 0,9894
35 5% EVA R = 0,9911 35
Penetração da sonda (mm)
15 15
10 10
5 5
0 0
5 6 7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (min) Tempo (min)
(a) (b)
40
2
0% EVA R = 0,9946
35 2
R = 0,9976
5% EVA
Penetração da sonda (mm)
2
30 10% EVA R = 0,9939
2
15% EVA R = 0,9984
25 20% EVA R = 0,9927
2
15
10
0
5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (min)
(c)
Compósito-vermiculita
De acordo com as figuras 4.3 e 4.4, nos compósitos com as relações água/gesso
0,8 e 1,0, o percentual de 25% de adição de vermiculita diminuiu o tempo de início de pega
em relação ao material sem adição em cerca 28,0% para ambas as relações água/gesso.
Observa-se que com o aumento da relação água/gesso o tempo de início de pega diminuiu
na mesma proporção com a adição do material, enquanto que, com o percentual de 5% de
adição e a relação água/gesso variando de 0,8 a 1,0 o percentual de aumento do tempo de
início de pega foi de 4,1%, esse aumento foi de 17,9% com 25% de adição. Com 25% de
adição de vermiculita o tempo de fim de pega diminuiu 25,8% com a relação água/gesso
0,8 e 44,1% com a relação água/gesso 1,0. O aumento da relação água/gesso contribuiu
para aumentar o tempo de pega com o percentual de adição de vermiculita constante.
Em um trabalho realizado por JOHN e ANTUNES (2002) com argamassas à base
de gesso e areia foi observado que o tempo de início de pega diminuiu com o aumento do
teor de agregados e a relação água/gesso mantida constante. Uma explicação dada para
esse comportamento foi devido ao efeito de nucleação exercido pelo agregado, que facilita
a precipitação do produto hidratado. Neste trabalho, também se observa que para uma
relação água/gesso constante a adição da vermiculita reduziu o tempo de início de pega,
este fato pode ter a mesma explicação, o efeito da nucleação exercida pela vermiculita
facilita a precipitação dos produtos da hidratação do gesso em volta do agregado.
89
10
9
y = 0,0105x 2 - 0,4382x + 12,938
8
y = 0,0068x 2 - 0,348x + 11,66 R2 = 0,9206
7 R2 = 0,7508
5
0 5 10 15 20 25
Vermiculita (% )
35
Relação a/g 0,8
30 Relação a/g 0,9
Relação a/g 1,0
Fim de Pega (min)
25
y = 0,0455x 2 - 1,6154x + 30,101
R2 = 0,909
20
5
0 5 10 15 20 25
Vermiculita (%)
Compósito-EVA
Para o compósito gesso-EVA representado nas figuras 4.5 e 4.6, o tempo de pega
aumentou com o aumento da relação água/gesso e diminuiu com o aumento do percentual
de EVA. Com a relação água/gesso 0,7 e 25% de adição houve um decréscimo de 53,6%
no tempo de início de pega em relação ao referencial sem adição, com esse mesmo
percentual de adição e relação água/gesso 0,9 o decréscimo foi 53,8%, da mesma forma
analisando o tempo de fim de pega observa-se que o resulta do foi similar o tempo de fim
de pega diminuiu 52,6% e 59,1% com o respectivo percentual de adição e relações
água/gesso. Para um percentual de adição constante igual a 5% e a relação água/gesso
variando de 0,7 a 0,9 o ganho no tempo de início de pega foi de 17,8%, enquanto que o
ganho do fim de pega foi de 27,8%, já para um percentual de 25% e a mesma variação da
relação água/gesso, o aumento no tempo do início de pega foi de 31,5% e no tempo de fim
de pega foi de 30,4%. Isto confirma que o aumento da relação água/gesso aumenta o tempo
de pega.
16
10
y = -0,0049x 2 - 0,0919x + 11,246
R2 = 0,9242
8
4
0 5 10 15 20 25
EVA (%)
30
Relação a/g 0,7
Relação a/g 0,8
25 Relação a/g 0,9
F im d e P e g a (m in ) y = 0,0009x 2 - 0,5813x + 24,699
R2 = 0,9887
20
5
0 5 10 15 20 25
EVA (%)
Compósito-vermiculita
adição foi de 2,5%, enquanto que, para a relação água/gesso 1,0 houve acréscimo de 1,7%
na massa específica com 10% de vermiculita. VERBEEK e DU PLESSIS (2005)
obtiveram aumento da massa específica em compósitos à base de gesso. Com os
percentuais de 25% a 50% de adição de vermiculita a massa específica aumentou de 60%,
isto foi explicado pelo fato de a vermiculita esfoliada absorver parte da pasta de gesso. É
possível afirmar que neste trabalho tenha ocorrido o mesmo, visto que, houve aumento na
massa específica do compósito com o aumento da relação água/gesso para 1,0.
A figura 4.8 ilustra uma microscopia óptica feita no compósito gesso-vermiculita
com relação água/gesso 1,0, através da mesma observa-se que parte da pasta penetra nas
lamelas da vermiculita.
Para um percentual de 5% de adição da vermiculita obteve-se o decréscimo de
11,7% com o acréscimo da relação água/gesso de 0,8 para 1,0, enquanto que, para 25% de
adição esse valor foi de 9,9%, o aumento da relação água/gesso altera a distribuição dos
poros, segundo RÖSSLER e OLDER (1989) a adição de água faz com que a pasta passe a
ter poros relativamente maiores em detrimento dos poros menores, aumentando os vazios,
como consequência a massa específica diminui. Compósitos com 80% de gesso e 20% de
cortiça estudados por HERNÁNDEZ-OLIVARES et al. (1999) apresentaram massas
específicas semelhantes ao compósito estudado, cerca de 800 kg/m3 a 1 000 kg/m3.
1000
Relação a/g 0,8
Relação a/g 0,9
Relação a/g 1,0
950
Massa Específica (kg/m3)
900
y = 0,0136x2 - 1,3679x + 885,32
R2 = 0,8092
800
0 5 10 15 20 25
Vermiculita (%)
Compósito-EVA
pelo fato de que a constituição do EVA com seus vazios não permita a absorção da pasta, a
figura 4.10 apresenta uma microscopia óptica do compósito gesso-EVA que permite uma
visualização deste fato. Nota-se que envolta do EVA acumulam-se bolhas de ar, o que
também ajuda a diminuir a massa específica com o aumento do EVA.
1100
Relação a/g 0,7
Relação a/g 0,8
Relação a/g 0,9
1000
Massa Específica (kg/m3)
y = -3,5771x + 1051,7
R2 = 0,975
y = -2,0114x + 887,14
800 R2 = 0,9922
700
0 5 10 15 20 25
EVA (%)
Compósito-vermiculita
3,5
Relação a/g 0,8
Relação a/g 0,9
Resistência à Tração na Flexão (MPa)
1
0 5 10 15 20 25
Vermiculita (%)
Compósito-EVA
resistência à tração na flexão com o aumento do percentual de EVA, pode ser explicado
por uma aderência não muito boa entre a partícula de EVA e a matriz de gesso, como pode
ser visto na microscopia óptica da interface na figura 4.14. Aparentemente forma-se uma
camada de ar em torno do agregado prejudicando uma ligação com a pasta de gesso.
HASELEIN et al. (2002) obtiveram uma redução de 67,3% na resistência à tração na
flexão de um compósito gesso com adição de 25% de papel offset de relação água/gesso
variando de 0,4 a 0,8.
2,5
0
0 5 10 15 20 25
EVA (%)
3,5
3
Resistência à Tração na Flexão (MPa)
R2 = 0,7107
2,5
gesso-vermiculita a/g-0,8
2
R = 0,6089
2 gesso-vermiculita a/g-0,9
2
R = 0,9603
1,5 gesso-EVA a/g-0,8
gesso-EVA a/g-0,9
1 R2 = 0,9821
0,5
0
0 5 10 15 20 25
Adição (%)
Figura 4.15 – Relação entre a resistência à tração na flexão dos compósitos gesso-
vermiculita e gesso-EVA com relações água/gesso iguais
Compósito-vermiculita
5,5
5
Relação a/g 0,8
Resistência à Compressão Axial (MPa)
4,5 Relação a/g 0,9
Relação a/g 1,0
4
2,5
y = 0,008x2 - 0,2663x + 4,3286
2 R2 = 0,8344
Compósito-EVA
4
y = 0,0072x2 - 0,3644x + 7,3679
R 2 = 0,9983
3
y = 0,0031x2 - 0,1946x + 5,1286
R 2 = 0,9822
2
y = 0,0059x2 - 0,2504x + 4,5214
1 R 2 = 0,9856
0
0 5 10 15 20 25
EVA (%)
Compósito-vermiculita
5,5 5
5 RCA 4,5 RCA
RTF
Tensão de Ruptura (MPa)
RTF
(a) (b)
3,5
RCA
3 RTF
Tensão de R uptura (MP a)
2,5 2
y = 0,003x - 0,1213x + 3,1786
2
R = 0,8998
2
2
1,5 y = 0,0006x - 0,02x + 1,8857
2
R = 0,6571
1
0,5
0
0 5 10 15 20 25
(c)
Vermiculita (%)
(c)
Compósito-EVA
104
6
8 RCA
Tensão de Ruptura (MPa) 5
7 RTF
Tensão de Ruptura (MPa)
RCA
6 RTF 4 2
y = 0,0031x - 0,1946x + 5,1286
5 2
R = 0,9822
2 3
y = 0,0072x - 0,3644x + 7,3679
4 2
R = 0,9983
3 2
2 2
2 1 y = 0,0028x - 0,1302x + 2,9893
1 y = 0,0041x - 0,1841x + 3,7357 2
2 R = 0,9603
R = 0,9915
0
0
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
EVA (% ) EVA (% )
(a) (b)
5
RCA
Tensão de Ruptura (MPa)
4 RTF
3
2
y = 0,0059x - 0,2504x + 4,5214
2
R = 0,9856
2
1 2
y = 0,0021x - 0,0993x + 2,35
2
R = 0,9821
0
0 5 10 15 20 25
EVA (% )
(c)
Compósito-Vermiculita
Através das figuras 4.20 e 4.22 e das equações 4.1 e 4.2, vê-se que o aumento do
percentual de vermiculita teve maior influência para diminuir os tempos de início e fim de
pega do que a relação água/gesso para aumentar esses tempos, pois, com o aumento da
relação água/gesso de 0,8 para 1,0 o tempo de início de pega aumentou em 18,2%,
enquanto que, o aumento do percentual de 0% para 25% ele diminuiu em 34,5%. Já para o
107
tempo de fim de pega houve um acréscimo de 4,8% com o aumento da relação água/gesso
e uma redução de 42,8% com o aumento do percentual de vermiculita.
Na figura 4.24 e equação 4.3, observa-se que embora ambos os fatores tenham
contribuído para a redução da massa específica dos compósitos, essa redução se deve mais
ao aumento da relação água/gesso do que ao aumento do percentual de adição de
vermiculita. A massa específica reduziu em 8,5% com o aumento da relação água/gesso de
0,8 para 1,0 e reduziu em 1,4% com o aumento do percentual de 0% para 25%.
Com relação à resistência à tração na flexão dos compósitos, de acordo com a
figura 4.26 e equação 4.4, é visto que, tanto a relação água/gesso quanto o aumento do
percentual de vermiculita diminuíram a resistência à tração na flexão dos compósitos.
Porém, o aumento da relação água/gesso teve maior contribuição para reduzir essa
resistência. Com o aumento da relação água/gesso de 0,8 para 0,9 a resistência reduziu em
27,0%, enquanto que, o aumento do percentual de vermiculita de 0% para 25% houve uma
redução de 11,5% na resistência.
Na figura 4.28 e equação 4.5 tem-se que o percentual de adição de vermiculita
teve maior influência no decréscimo da resistência à compressão dos compósitos
comparando com a influência da relação água/gesso que foi menos influente. Com o
aumento do percentual de vermiculita de 0% para 25% a resistência diminuiu em 37,0% e
com o aumento da relação água/gesso essa resistência diminuiu em 24,0%.
Compósito-EVA
Por outro lado, observa-se nas figuras 4.21 e 4.23 e equações 4.6 e 4.7 que o fator
água/gesso contribuiu para o aumento do tempo de início e fim de pega e a adição de EVA
para diminuir esses tempos de pega. O aumento da relação água/gesso de 0,7 para 0,9
promoveu um aumento de 9,0% no início de pega e de 15,8% no fim de pega, enquanto
que, o aumento no percentual de adição de EVA de 0% para 25% a redução foi 47,3% no
início de pega e de 57,9% no fim pega.
Na figura 4.25 e equação 4.8 observa-se que a redução na massa específica dos
compósitos foi influenciada tanto pela relação água/gesso, quanto pelo percentual de
adição de EVA. A massa específica reduziu em 10,0% com o aumento da relação
água/gesso de 0,7 para 0,9, enquanto que, o aumento do percentual de EVA de 0% para
108
Compósito-vermiculita
Compósito-EVA
7,2 25 5,8 25
7,5 8,0
6,6
20 20
8,5 7,4
9,0
Vermiculita (%)
15 15 8,2
EVA (%)
34,5%
47,3%
9,8 9,0
10 10 10
9,8
10
11
5 5
12
11
0 0
0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
11,0
Relação a/g 13,0 11,0 12,0
Relação a/g
18,2% 9,0%
Figuras 4.20 e 4.21 – Curvas de níveis do tempo de início de pega do compósito gesso-
vermiculita (esquerda) e compósito gesso-EVA (direita)
12,0 25 8,0 25
13
20 12
20
15
16 14
Vermiculita (%)
15 15
16
EVA (%)
42,8%
57,9%
18
10 10
20 18
5 5
21
23 19
21
0 0
0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
21,0 22,0 19,0 Relação a/g 22,0
Relação a/g
4,8% 15,8%
Figuras 4.22 e 4.23 – Curvas de níveis do tempo de fim de pega do compósito gesso-
vermiculita (esquerda) e compósito gesso-EVA (direita)
111
901 25 960 25
20 20
880
836
Vermiculita (%)
15 15
901 888 875 849
EVA (%)
865 913 900
4%
1,4%
960 948
10 10 934
980
5 5
1000
914
0 0
0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
914 836 1000 Relação a/g 900
Relação a/g
8,5% 10%
2,3 25 1,5 25
1,3
20 1,8
20
1,5
Vermiculita (%)
15 1,9
2,3 2,2 2,0 15
2,0
11,5%
1,8
EVA (%)
50,0%
10 10
2,4
2,5 2,2
5 5
2,7
2,5
0 0
0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
2,6 Relação a/g 1,9
3,0 Relação a/g 2,2
27,0% 26,7%
2,6 25 2,5 25
1,9
2,1
20 2,2 20
2,5
2,4
Vermiculita (%)
15 15 3,2
37,0%
EVA (%)
2,7
57,6%
3,6
10 10
3,0
3,3 4,3
5 3,6 5 4,8
3,8 5,4
0 0
0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
4,1 3,1 5,9 Relação a/g
Relação a/g 4,2
24,0% 28,8%
4.5.1.1 Consistência
Compósito-vermiculita
40
R2 = 0,7972
GP
35 R2 = 0,9857
G10C
Penetração da sonda (mm)
30 R2 = 0,9812
G20C
G10RC10C R2 = 0,9653
25
G12RC8C R2 = 0,9675
20
15
10
0
5 10 15 20 25
Tem po (m in)
Compósito-EVA
Mais uma vez pôde se ver a influência das adições de cal e de resíduo cerâmico na
variação da consistência dos compósitos com o tempo.
40
35
Penetração da sonda (mm)
30 GP R2 = 0,9983
G10C R2 = 0,9756
25
G20C R2 = 0,9791
20 R2 = 0,9765
G10RC10C
15 G12RC8C R2 = 0,9889
10
0
5 10 15 20 25 30 35
Tem po (m in)
Compósito-vermiculita
Os resultados obtidos para os tempos de início e fim de pega dos compósitos com
vermiculita com as adições de cal e de resíduo cerâmico e cal são apresentados no gráfico
da figura 4.32. Observa-se que a adição da cal e do resíduo cerâmico ampliou o tempo de
pega. O tempo de início de pega dos compósitos com as adições aumentou em média, 90%
em relação ao compósito de referência, enquanto que, para o tempo de fim de pega o
aumento foi em torno de 85%.
ANTUNES (1999) explica que a cal hidratada altera a cinética da reação de
hidratação do gesso. O efeito das espécies químicas OH- e Ca2+ provenientes da dissolução
do hidróxido de cálcio é complexo. O aumento da concentração de íons OH- tende a
aumentar a velocidade da reação e, consequentemente, provoca a diminuição no período de
indução. O aumento da concentração de íons de Ca2+ ocasiona queda na solubilidade do
hemidrato, por isso, diminui a velocidade da reação ampliando o tempo de indução. No
entanto, como a solubilidade do hidróxido de cálcio é pequena, o efeito máximo sobre a
115
velocidade da reação é obtido com teores de cal menores que 5%. Autores como
ANTUNES (1999) apud NOLHIER (1986) consideram que baixos teores de cal (< 5%
cal/gesso, em massa) atuam como aceleradores de pega, enquanto que, teores mais
elevados atuam como retardadores de pega do gesso, o que foi aqui constatado.
20,00
16,58 16,02 15,75 16,48
14,00
15,00
10,00 8,50
5,00
-
GP G10C G20C G10RC10C G12RC8C
Compósito-EVA
A figura 4.33 mostra os resultados dos tempos de início e fim de pega dos
compósitos com EVA. A adição da cal e do resíduo cerâmico e cal ampliaram o tempo de
início de pega dos compósitos em aproximadamente 147% em relação ao compósito de
referência. O tempo de fim de pega aumentou em torno de 100% para 10% e 20% de
adição de cal e 130% para os compósitos com adição de cal e resíduo cerâmico em relação
ao referencial.
As diferenças constatadas no retardamento do tempo de pega dos compósitos de
EVA pode ser devida à microestrutura diversa em relação à vermiculita. Esta última
absorve mais água e tem melhor interface com a matriz. Já que as partículas de EVA
apresentam uma zona de transição com mais vazios, têm dimensão um pouco maior, o que
deve dificultar a penetração da agulha de Vicat em relação ao compósito com vermiculita.
116
Início de Pega
45,00
Fim de Pega
40,00 38,37
34,97 35,67
35,00
Tempo de Pega (min)
29,66
30,00
24,02 22,9
25,00 21,73
20,28
20,00
16,00
15,00
9,00
10,00
5,00
-
GP G10C G20C G10RC10C G12RC8C
Compósito-vermiculita
1000
Tem peratura Am biente 55oC
950
850
800
750
700
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
Compósito-EVA
900
850
800
750
700
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
Compósito-vermiculita
De acordo com a figura 4.36 percebe-se que a resistência à tração na flexão dos
compósitos com vermiculita diminuiu cerca de 10% em relação ao referencial, com 10% e
20% de cal e com as diferentes condições de cura, vê-se que essas adições tiveram pouco
efeito na resistência à tração na flexão dos compósitos, pois se mantiveram aparentemente
inalteradas.
Analisando-se os compósitos com adições de resíduo cerâmico e cal. Vê-se que a
resistência à tração na flexão diminuiu 20% em relação ao referencial, quando a cura foi
feita em temperatura ambiente e a aumentou em cerca de 30% quando ela foi feita em
55oC. Fazendo um comparativo entre as condições de cura, os resultados mostram que
houve influência das mesmas, observa-se que o aumento na resistência foi de
aproximadamente 40% para os compósitos curados em 55oC em relação aos curados em
temperatura ambiente. Possivelmente houve uma ativação da reação pozolânica entre o
119
2,6 55oC
2,5
2,5
2,0
2
1,8 1,8 1,8
1,7
1,6 1,6
1,5
0,5
0
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
MATRIZ
VERMICULITA
Compósito-EVA
2,5
2,2
2,0
2 1,9
1,8
0,5
0
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
MATRIZ
ZONA DE
EVA
Compósito-vermiculita
4
3,4
3,5 3,2
2,9
3 2,8
2,6
2,5 2,5
2,5
1,5
0,5
0
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
esperar que esse mineral tivesse presente devido à reação pozolânica do resíduo cerâmico
com a cal. O difratograma também sugere a formação de aluminatos hidratados.
300
250
S
200 S S
Lin (Counts)
150
S
100
A
50 S S A S
S S
A A SSS
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
2 - Theta
600
S
500
S
400
Lin (Counts)
S Si
300
200 SA
S S
100 S S SS
S S
A Si S AA AS
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
2 - Theta
700
600
500
Lin (Counts)
S
400
300 S S
S
200
S Si
S S SSSi
100 Si S A
S A A S
S
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
2 - Theta
SULFATO DE CÁLCIO
CÁ
HIDRATADO
Compósito-EVA
5
Tem peratura Am biente
4,5 55oC
4 3,8
3,6 3,6
3,5
3,1
3,0
3 2,8
2,5
2,4
2,5
2 1,8
1,5
0,5
0
G10C G20C G10RC10C G12RC8C GP
Compósito-vermiculita
Observa-se na figura 4.46 que a absorção de água das matrizes, tanto a matriz de
gesso puro quanto a matriz modificada e a dos compósitos com vermiculita foi em média
29% nas amostras sem o tratamento superficial. Foram realizados dois ensaios com nas
matrizes e compósitos com tratamento superficial. Já no primeiro ensaio das amostras,
denominado E1, com o tratamento superficial feito com a resina de silano-siloxano, houve
redução na absorção das matrizes, o valor médio da absorção foi de 27%. Por outro lado, a
absorção dos compósitos reduziu-se drasticamente para 1,9% no compósito com 8% cal e
12% resíduo cerâmico e para 2,9% nas amostras com 10% resíduo cerâmico e 10% cal. A
figura 4.47 demonstra o efeito do tratamento superficial no compósito: é visto que o
compósito sem tratamento absorveu a gota de água sobre a amostra e o mesmo não
aconteceu com o compósito com tratamento. Em um segundo ensaio, denominado E2,
realizado nas amostras com tratamento nota-se a redução na absorção de todas as amostras.
128
35
31,1
30,1 29,4
28,7 28,4 29
30 27,5
26,4 s/ resina
25,3
24,4
25 c/ resina E1
21,2
c/resina E2
Absorção (%)
20
15
10
5 2,9
1,9
0,7 0,8
0
MGP M12RC8C M10C10RC C12RC8C C10C10RC
Compósito-EVA
matriz com 12% resíduo cerâmico e 8% cal e de 2,8% no compósito com 10% resíduo
cerâmico e 10% cal. No segundo ensaio, denominado E2, com tratamento a absorção
continuou diminuindo.
35
31,1 30,4 30,8
30,1
30 28,7 28,4
27,5
26,4
25,3
24,4
25 s/ resina
21,2 c/ resina E1
Absorção (%)
20 c/ resina E2
15
10
5 2,8
1,9 1,6
0,9
0
MGP M12RC8C M10C10RC C12RC8C C10C10RC
Neste trabalho foi obtida uma impermeabilização dos compósitos tanto com
vermiculita quanto com EVA e para tentar explicar o que ocorreu foi feito uma
microanálise por Energia Dispersiva.
As figuras 4.49 a 4.52 apresentam os resultados da relação sulfato/cálcio (S/Ca) e
sílica/cálcio (Si/Ca) obtida do mapeamento dos elementos químicos constituintes da
superfície das amostras tratadas superficialmente com a resina de silicone no ensaio de
EDS.
Os resultados apresentados na figura 4.49 são da matriz de gesso puro. A relação
sílica cálcio (Si/Ca) encontrada para a maioria dos pontos foi da ordem de 0,05 para os
pontos internos e externos do mapeamento na amostra. Vê-se que essa pequena quantidade
de sílica encontrada foi devido ao tratamento, uma vez que o gesso não apresenta sílica em
sua composição química.
Nas figuras 4.50, 4.51 e 4.52 da matriz com adição de 12% de resíduo cerâmico e
8% de cal do compósito C12RC8C com EVA e do compósito C12RC8C com vermiculita,
percebe-se que a relação Sílica Cálcio (Si/Ca) é maior devido à presença do resíduo
130
1,6
Pontos externos
1,4
Pontos internos
1,2
1
S/Ca
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Si/Ca
Figura 4.49 – Relação sulfato/cálcio (S/Ca) e sílica/cálcio (Si/Ca) da matriz de gesso puro
e a localização do mapeamento de elementos químicos
131
1,4
Pontos externos
1,2
Pontos internos
1
0,8
S/Ca
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Si/Ca
1,4
Pontos externos
1,2 Pontos internos
1
0,8
S/Ca
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Si/Ca
0,8
S/Ca
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Si/Ca
Compósito-vermiculita
1,6 1,5
s/ tratam ento
1,4 1,3 1,3 c/ tratam ento
1,2
Perda de Massa (%)
1
0,8 0,8
0,8 0,7
0,6
0,4 0,3
0,2
0,2
0
MGP M12RC8C CGP C12RC8C
Figura 4.53 – Perda de massa das matrizes e dos compósitos com vermiculita com e sem o
tratamento com resina de silicone
134
MGP M12RC8C
CGP C12RC8C
Figura 4.54 – Análise visual das amostras dos compósitos com vermiculita sem tratamento
superficial submetidas ao jato de água
135
MGP M12RC8C
CGP
CGP
C12RC8C
Figura 4.55 – Análise visual das amostras dos compósitos com vermiculita com tratamento
superficial submetidas ao jato de água
Compósito-EVA
1,6
1,4 s/ tratam ento
1,4 1,3 c/ tratam ento
1,2
1,2 1,1
Perda de Massa (%)
1
0,8
0,8 0,7
0,6
0,4 0,3
0,2
0,2
0
MGP M12RC8C CGP C12RC8C
Figura 4.56 – Perda de massa das matrizes e dos compósitos com EVA com e sem o
tratamento com resina de silicone
137
MGP M12RC8C
CGP C12RC8C
Figura 4.57 – Análise visual das amostras dos compósitos com EVA sem tratamento
superficial submetidas ao jato de água
138
MGP M12RC8C
CGP C12RC8C
Figura 4.58 – Análise visual das amostras dos compósitos com EVA com tratamento
superficial submetidas ao jato de água
1,6
1,4
Calor Específico (kJ/kg.oC)
1,2
0,8
0,6
Gesso
RE
0,4 G12RC8C-Vermiculita
G12RC8C-EVA
0,2
0
10 20 30 40 50 60
Temperatura (oC)
Figura 4.59 – Calor específico do gesso puro e dos compósitos com vermiculita e com
EVA
0,8
0,6
0,4 GP
Ozisik
0,2
800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
Massa Específica (kg/m3)
Gesso
0,3
G12RC8C-EVA
0,28 G12RC8C-Vermiculita
Figura 4.61 – Difusividade térmica do gesso puro e dos compósitos com vermiculita e com
EVA
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
0,42
Gesso
G12RC8C-EVA
Condutividade Térmica (W/m. oC)
0,38 G12RC8C-Vermiculita
0,34
0,3
0,26
0,22
0,18
0,14
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Temperatura (oC)
Figura 4.65 – Condutividade térmica do gesso puro e dos compósitos com vermiculita e
com EVA
G12RC8C-Vermiculita
0,32
Condutividade Térmica
G12RC8C-EVA
0,3
gesso-vermiculita (Incropera e
0,28
(W/m.oC)
DeWitt)
gesso-cortiça (Hernández-Olivares
0,26 et al.)
0,24
0,22
0,2
700 750 800 850 900 950 1000
Massa Epecífica (kg/m3)
Massa Condutividade
Composição Literatura Específica Térmica
3
(kg/m ) (W/m. oC)
Gesso Este trabalho 960 0,22
G12RC8C-Vermiculita Este trabalho 877 0,30
G12RC8C-EVA Este trabalho 944 0,27
Ozisik
Gesso 1440 0,48
Cimento-Areia Incropera e DeWitt 1860 0,72
Gesso-Areia Incropera e DeWitt 1680 0,22
Gesso-Vermiculita Incropera e DeWitt 720 0,25
Hernández-
Gesso-Cortiça 864 0,20
Olivares et al.
Gesso-Celulose Conceição et al. 1180 0,40
Bekhta e
Gesso-madeira (raspas) 850-1300 0,18-0,75
Dobrowolska
Cortiça granulada (32oC) Ozisik 45-120 0,045
Vermiculita-expandida
Incropera e DeWitt 122 0,068
(30oC)
Areia (30oC) Ozisik 1515 0,27
Borracha vulcanizada
Ozisik 1100 0,012
mole (30oC)
Placa
A placa proposta apresentada na figura 4.67 foi uma placa vazada para que
houvesse uma camada de ar entre ela e a alvenaria, essa camada foi obtida devido às
saliências nos vértices da placa tipo macho e fêmea com dimensões 10 cm x 10 cm que
ficarão em contato com a alvenaria. A figura 4.68 apresenta os detalhes desses encaixes. A
fixação das placas na alvenaria é feita através da colocação de parafusos que prendem
algumas placas, enquanto que as demais se prendem uma na outra pelo encaixe macho e
fêmea. A figura 4.69 mostra o procedimento de fixação e os detalhes do encaixe.
146
2
1
3 4
1 2
Encaixe fêmea
Encaixe macho
Alvenaria Q (W/m2)
dizer que aquela quantidade de calor chega à superfície interna somente às 16 horas e 20
minutos.
Nas alvenarias com as placa de revestimento, observa-se que o amortecimento foi
de 0,26 com placa G12RC8C-Vermiculita, significando que houve uma redução de 21,2%
em relação à alvenaria sem placa, enquanto que, a defasagem foi de 5,2 horas com um
aumento de 21%, ou seja, o pico máximo de calor na superfície interna deve acontecer em
torno das 17 horas e 10 minutos. Já com a placa G12RC8C-EVA e de gesso o
amortecimento de 0,25 para ambas promoveram uma redução de 24% em relação ao
referencial e um aumento de 23% na defasagem, com o pico máximo na superfície interna
em torno das 17 horas e 20 minutos.
CAPÍTULO V
CONCLUSÃO
Compósito-vermiculita
• Os tempos de início e fim de pega foram influenciados pela relação água/gesso e pelo
teor de adição da vermiculita. O aumento da relação água/gesso contribuiu para
ampliar ambos os tempos, já o aumento do percentual de adição diminuiu os tempos.
Compósito-EVA
152
• Os tempos de início e fim de pega foram influenciados pela relação água/gesso e pela
adição de EVA. O aumento da relação água/gesso contribuiu para ampliar ambos os
tempos, já o aumento da adição de EVA diminuiu os tempos.
Propriedades termofísicas
Dando continuidade a este trabalho, são sugeridos alguns aspectos que merecem ser
estudados:
• Novos tratamentos superficiais para reduzir desgaste dos compósitos pela ação da
água.
• Determinação das propriedades térmicas dos compósitos com a variação dos teores
de adição do resíduo de EVA, bem como de vermiculita.
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167
ANEXO I
168
Tabela I.1 – Massa específica (ρ), Condutividade térmica (k) e Calor específico(c) de
materiais de construção.
ρ k c
Material
(kg/m3) (W/m.K) (kJ/kg.K)
Argamassas
Argamassa comum 1800 - 2100 1,15 1,00
Argamassa de gesso (ou cal e gesso) 1200 0,70 0,84
Argamassa celular 600 – 1000 0,40 1,00
Cerâmica
Tijolos e telhas de barro 1000 – 1300 0,70 0,92
1300 – 1600 0,90 0,92
1600 – 1800 1,00 0,92
1800 – 2000 1,05 0,92
Cimento - amianto
Placas de fibro-cimento 1800 – 2200 0,95 0,84
1400 - 1800 0,65 0,84
Concreto (com agregados de pedra)
Concreto normal 2200 - 2400 1,75 1,00
Concreto cavernoso 1700 – 2100 1,40 1,00
Concreto com pozolana ou escória expandida
com estrutura cavernosa ( ρ inertes∼
∼750 kg/m3)
Com finos 1200 – 1400 0,44 1,00
1400 – 1600 0,52 1,00
Sem finos 1000 – 1200 0,35 1,00
Concreto com argila expandida
Dosagem de cimento > 300 kg/m3 (ρ dos inertes > 1600 – 1800 1,05 1,00
350 kg/m3) 1400 – 1600 0,85 1,00
1200 – 1400 0,70 1,00
1000 – 1200 0,46 1,00
Dosagem de cimento > 250 kg/m3 (ρ dos inertes > 800 – 1000 0,33 1,00
350 kg/m3) 600 – 800 0,25 1,00
< 600 0,20 1,00
169
...Continuação
ρ k c
Material
(kg/m3) (W/m.K) (kJ/kg.K)
Concreto de vermiculita (3 a 6 mm) ou perlita 600 – 800 0,31 1,00
expandida fabricado em obra 400 – 600 0,24 1,00
Dosagem (cimento/areia) 1:3 700 – 800 0,29 1,00
Dosagem (cimento/areia) 1:6 600 – 700 0,24 1,00
500 – 600 0,20 1,00
Concreto celular autoclavado 400 – 500 0,17 1,00
Gesso
Projetado ou de massa aparente elevada 1100 – 1300 0,50 0,84
Placa de gesso; gesso acartonado 750 – 1000 0,35 0,84
Com agregado leve (vermiculita ou perlita
expandida)
Dosagem gesso: agregado – 1:1 700 – 900 0,30 0,84
Dosagem gesso: agregado – 1:2 500 – 700 0,25 0,84
Granulados
Brita ou seixo 1000 – 1500 0,70 0,80
Argila expandida <400 0,16
Areia seca 1500 0,30 2,09
Areia (10% de umidade) 1500 0,93
Areia (20% de umidade) 1500 1,33
Areia saturada 2500 1,88
Terra argilosa seca 1700 0,52 0,84
Impermeabilizantes
Membranas betuminosas 1000 – 1100 0,23 1,46
Asfalto 1600 0,43 0,92
Asfalto 2300 1,15 0,92
Betume asfáltico 1000 0,17 1,46
Continua...
170
Continuação...
Material ρ k c
(kg/m3) (W/m.K) (kJ/kg.K)
Isolantes térmicos
Lã de rocha 20-200 0,045 0,65
Lã de vidro 10-100 0,045 0,70
Poliestireno expandido moldado 15-35 0,040 1,42
Poliestireno expandido 20-45 0,035 1,42
Espuma rígida de poliuretano extrudado 30-40 0,030 1,67
Madeiras e derivados
Madeiras com massa específica elevada 800-1000 0,29 1,34
Carvalho, freijó, pinho, cedro, pinus 600-750 0,23 1,34
450-600 0,15 1,34
300-450 0,12 1,34
Aglomerado de fibras de madeira 850-1000 0,20 2,30
Aglomerado de partículas de madeira 650-750 0,17 2,30
550-650 0,14
Placas prensadas 450-550 0,12 2,30
350-450 0,10 2,30
Placas extrudadas 550-650 0,16 2,30
Compensado 450-550 0,15 2,30
350-450 0,12 2,30
Aparas de madeira aglomeradas com 450-550 0,15 2,30
cimento 350-450 0,12 2,30
250-350 0,10 2,30
Palha (capim Santa Fé) 200 0,12
Metais
Aço, ferro fundido 7800 55 0,46
Alumínio 2700 230 0,88
Cobre 8900 380 0,38
Zinco 7100 112 0,38
Pedras
Granito 2300-2900 3,00 0,84
Ardósia 2000-2800 2,20 0,84
Basalto 2700-3000 1,60 0,84
Calcáreos/mármore >2600 2,90 0,84
171
ANEXO II
172
Tabela II.1 – Transmitância térmica (U), capacidade térmica (CT) e atraso térmico (ϕ) de
algumas paredes comumente usadas em edificações brasileiras
U CT ϕ
Parede Descrição
(W/m2.K) (kJ/m2.K) (h)
Parede de concreto maciço
Espessura total da parede: 5,0 cm
continuação
U CT ϕ
Parede Descrição
(W/m2.K) (kJ/m2.K) (h)
Parede de tijolos de 8 furos
quadrados, assentados na
menor dimensão
Dimensão do tijolo:
9,0x19,0x19,0 cm
2,49 158 3,3
Espessura da argamassa
de assentamento: 2,5 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 14,0 cm
Parede de tijolos de 8 furos
circulares, assentados na
menor dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x20,0x20,0 cm
2,24 167 3,7
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 15,0 cm
Parede de tijolos de 6 furos
circulares, assentados na
menor dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x15,0x20,0 cm
2,28 168 3,7
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 15,0 cm
Parede de tijolos de 4 furos
circulares, assentados na
menor dimensão
Dimensão do tijolo:
9,5x9,5x20,0 cm
Espessura da argamassa 2,49 186 3,7
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede:
14,5 cm
Continua
174
continuação
U CT ϕ
Parede Descrição
(W/m2.K) (kJ/m2.K) (h)
Parede de tijolos de 2 furos
circulares
Dimensão do tijolo:
12,5x6,3x22,5 cm
Espessura da argamassa 2,43 220 4,2
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 17,5 cm
Parede de tijolos de 6 furos
quadrados, assentados na
maior dimensão
Dimensão do tijolo:
9,0x14,0x19,0 cm 2,02 192 4,5
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 19,0 cm
Parede de tijolos de 21 furos
circulares,
assentados na menor dimensão
Dimensão do tijolo:
12,0x11,0x25,0 cm 2,31 227 4,5
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 17,0 cm
Parede de tijolos de 6 furos
circulares,
assentados na maior dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x15,0x20,0 cm 1,92 202 4,8
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 20,0 cm
continua
175
continuação
U CT ϕ
Parede Descrição
(W/m2.K) (kJ/m2.K) (h)
Parede de tijolos de 8 furos
circulares,
assentados na maior dimensão
Dimensão do tijolo:
9,0x19,0x19,0 cm 1,80 2,31 5,5
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 24,0 cm
Parede de tijolos de 8 furos
circulares,
assentados na maior dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x20,0x20,0 cm 1,61 232 5,9
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 25,0 cm
Parede dupla de tijolos de 6 furos
circulares,
assentados na menor dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x15,0x20,0 cm 1,52 248 6,5
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 26,0 cm
Parede dupla de tijolos maciços,
assentados na menor dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x6,0x22,0 cm
Espessura da argamassa 2,3 430 6,6
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 26,0 cm
Continua
176
continuação
U CT ϕ
Parede Descrição
(W/m2.K) (kJ/m2.K) (h)
Parede dupla de tijolos de 21 furos
circulares, assentados na menor
dimensão
Dimensão do tijolo:
12,0x11,0x25,0 cm 1,54 368 8,1
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 30,0 cm
Parede dupla de tijolos de 6 furos
circulares, assentados na maior
dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x15,0x20,0 cm 1,21 312 8,6
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 36,0 cm
Parede dupla de tijolos de 8 furos
quadrados, assentados na maior
dimensão
Dimensão do tijolo:
9,0x19,0x19,0 cm 1,12 364 9,9
Espessura da argamassa
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 44,0 cm
Parede dupla de tijolos de 8 furos
circulares, assentados na maior
dimensão
Dimensão do tijolo:
10,0x20,0x20,0 cm
Espessura da argamassa 0,98 368 10,8
de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço:
2,5 cm
Espessura total da parede: 46,0 cm
177
ANEXO III
178
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
Experimental
Modelo matemático
ANEXO IV
184
Camada 2 (tijolo)
te
k1 k2 Camada interna (ar)
k3
he
hi
ti
x2
x1 x1
Dados:
1 1
Re = = = 0,110 o C / W
h1 A 22,68 × 0,4 × 1
∆x1=3 0,025
R1 = R3 = Rrevest = = = 0,054 o C / W
k1=3 A 1,15 × 0,4 × 1
∆x 2 0,09
R2 = Rtijolo = = = 0,326 o C / W
k 2 A 0,69 × 0,4 × 1
1 1
Ri = = = 0,270 o C / W
h2 A 9,26 × 0,4 × 1
Rtotal = Re + R1 + R2 + R3 + Ri = 0,814 o C / W
t e − t i 34 − 25
Q= = = 11,06W (para cada 0,4 m2 de parede)
Rtotal 0,814
Q
= 27,65W / m 2
L
186
x4 x5
k4 Camada 4 (placa)
k1 k3
te k k4
5
k2
k5
hi
he
ti
k4 Camada 4 (placa)
x2
x1 x1 x3
Dados:
1 1
Re = = = 0,110 o C / W
h1 A 22,68 × 0,4 × 1
∆x1=3 0,025
R1 = R3 = Rrevest = = = 0,054 o C / W
k1=3 A 1,15 × 0,4 × 1
∆x 2 0,09
R2 = Rtijolo = = = 0,326 o C / W
k 2 A 0,69 × 0,4 × 1
Camada 4
∆x4 0,015
RS 1 = RS 2 ... = RS 10 = = = 5o C / W
k 4 A 0,3 × 0,10 × 0,1
∆x 4 0,015
Rar = = = 1,92 o C / W
k ar A 0,026 × [(0,40 × 1) − (0,1 × 0,1 × 10)]
Resistência equivalente R4
188
1 1 1
R4 = Req = = 10 + = 0,26 o C / W
R paralelo RSi R AR
∆x5 0,015
R5 = = = 0,125o C / W
k 5 A 0,3 × 0,4 × 1
1 1
Ri = = = 0,270 o C / W
h2 A 9,26 × 0,4 × 1
t e − ti 9
Q= = = 8,04W (para cada 0,4 m2 de parede)
Rtotal 1,199
Q
2
= 18,76W / m 2
0,4m
Dados:
1 1
Re = = = 0,110 o C / W
h1 A 22,68 × 0,4 × 1
∆x1=3 0,025
R1 = R3 = Rrevest = = = 0,054 o C / W
k1=3 A 1,15 × 0,4 × 1
∆x 2 0,09
R2 = Rtijolo = = = 0,326 o C / W
k 2 A 0,69 × 0,4 × 1
Camada 4
∆x 4 0,015
RS 1 = RS 2 ...RS10 = = = 5,55o C / W
k 4 A 0,27 × 0,1 × 0,1
∆x 4 0,015
Rar = = = 1,92 o C / W
k ar A 0,026 × [(0,40 × 1) − (0,1 × 0,1 × 10)]
Resistência equivalente R4
1 1 1
R4 = Req = = 10 + = 0,27 o C / W
R paralelo RSi R AR
∆x5 0,015
R5 = = = 0,139 o C / W
k 5 A 0,27 × 0,4 × 1
1 1
Ri = = = 0,270 o C / W
h2 A 9,26 × 0,4 × 1
te − ti 9
Q= = = 7,37W
Rtotal 1,22
190
Q
= 18,44W / m 2
0,4m 2
Dados:
1 1
Re = = = 0,110 o C / W
h1 A 22,68 × 0,4 × 1
191
∆x1=3 0,025
R1 = R3 = Rrevest = = = 0,054 o C / W
k1=3 A 1,15 × 0,4 × 1
∆x 2 0,09
R2 = Rtijolo = = = 0,326 o C / W
k 2 A 0,69 × 0,4 × 1
Camada 4
∆x 4 0,015
RS 1 = RS 2 ...RS 10 = = = 6,81o C / W
k 4 A 0,22 × 0,10 × 0,1
∆x 4 0,015
Rar = = = 1,92 o C / W
k ar A 0,026 × [(0,40 × 1) − (0,1 × 0,1 × 10)]
Resistência equivalente R4
1 1 1
R4 = Req = = 10 + = 0,29 o C / W
R paralelo RSi R AR
∆x5 0,015
R5 = = = 0,170 o C / W
k 5 A 0,22 × 0,4 × 1
1 1
Ri = = = 0,270 o C / W
h2 A 9,26 × 0,4 × 1
Te − Ti 9
Q= = = 7,06W
Rtotal 1,274
Q
= 17,66W / m 2
0,4m 2
192
L
A = = 0,025 + 0,152 + 0,025 = 0,202hm 2o C / kcal
k E
B = (kρc) E = 237,25kcal 2 / hm 4 .o C 2
π 2
m = exp − A B = 0,33
T
e a defasagem é de:
1 T 2
ϕ= A B = 4,3h
2 π
193
Camada L k ρ c R kρc
(m) (kcal/hmoC) (kg/m3) (kJ/kg.oC) 2o
(m . C/W) (kcal2/hm4oC2)
L
A = = 0,058 + 0,152 + 0,025 + 0,028 + 0,025 = 0,288m 2 .o C / kcal
k E
(kρc )e L L L L L
− 0,1 − 0,1 − 0,1 − 0,1
k e k i k 2 k 3 k E ( camada 4)
+
L
k E
4,96 + 31,89 + 12,67 + 0,6 460,92[0,025 − 0,0058 − 0,0152 − 0,0025 − 0,0028]
(kρc) E = +
0,288 0,288
(kρc) E = 171,94kcal 2 / hm 4 .o C 2
π 2
m = exp − A B = 0,26
T
e a defasagem é de:
1 T 2
ϕ= A B = 5,2h
2 π
Tabela III.3 - Dados para cálculo do amortecimento e da defasagem da parede com placas
G12RC8C-EVA
Camada L k ρ c R kρc
(m) (kcal/hmoC) (kg/m3) (kJ/kg.oC) 2o
(m . C/W) (kcal /hm4oC2
2
L
A = = 0,064 + 0,152 + 0,025 + 0,032 + 0,025 = 0,298m 2 .o C / kcal
k E
L L L L
1,1 (kρc)i + (kρc) 2 + (kρc)3 + (kρc )E (camada 4)
k i k 2 k 3 k E ( camada 4)
B = (kρc) E =
L
k E
195
(kρc )e L L L L L
− 0,1 − 0,1 − 0,1 − 0,1
k e k i k 2 k 3 k E ( camada 4)
+
L
k E
B = (kρc) E = 164,62kcal 2 / hm 4 .o C 2
π 2
m = exp − A B = 0,25
T
e a defasagem é de:
1 T 2
ϕ= A B = 5,3h
2 π
Camada ρ L k c R kρc
(kg/m3) (m) (kcal/hmoC) (kJ/kg.oC) 2o
(m . C/W)
1 1950 0,025 0,989 0,239 0,025 460,92
L
A = = 0,079 + 0,152 + 0,025 + 0,037 + 0,025 = 0,318hm 2 .o C
k E
L L L L
1,1 (kρc)i + (kρc) 2 + (kρc)3 + (kρc )E (camada 4)
k i k 2 k 3 k E ( camada 4)
B = (kρc) E =
L
k E
(kρc )e L L L L L
− 0,1 − 0,1 − 0,1 − 0,1
k e k i k 2 k 3 k E ( camada 4)
+
L
k E
B = (kρc) E = 146,08kcal 2 / hm 4 .o C 2
π 2
m = exp − A B = 0, 25
T
e a defasagem é de:
1 T 2
ϕ= A B = 5,3h
2 π