Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Recife
2023
MARCELO TAVARES GOMES DE SOUZA
Recife
2023
RESUMO
A alta demanda global por cimento Portland causa sérios impactos ambientais,
sendo responsável por cerca de 8% das emissões mundiais de CO2. Para mitigar isso,
surgem alternativas como adições minerais e novos aglomerantes mais ecológicos,
que consomem menos energia e emitem menos gases de efeito estufa. Nesse
contexto, os geopolímeros se destacam como uma opção sustentável para a
construção civil. O uso de metacaulim como precursor reacional é particularmente
atrativo devido à sua composição estável e maior disponibilidade em relação a outros
precursores. Os geopolímeros também oferecem uma solução interessante para a
destinação de resíduos industriais, como o resíduo de gesso (RG), que é rico em íons
de cálcio que podem participar das reações de geopolimerização, melhorando as
propriedades mecânicas. O objetivo deste estudo é produzir geopolímeros com a
adição de resíduo industrial de moldes de gesso, usados na fabricação de louça
sanitária. Este resíduo é constituído por sulfato de cálcio na forma alfa, que difere
cristalográfica e mecanicamente do gesso comum utilizado na construção civil. Foram
preparados geopolímeros com uma incorporação de 5% de RG e avaliados os efeitos
da razão molar SiO2/Al2O3, (2,5, 3,0 e 3,5) e da temperatura de cura. Os testes
realizados incluíram ensaios de resistência à compressão, análises FTIR e DRX. Foi
observado que não foi possível produzir geopolímeros com a razão molar SiO2/Al2O3
de 2,5, provavelmente devido à fonte de silicato utilizada. Já os geopolímeros com
razões SiO2/Al2O3 de 3,0 e 3,5 demonstraram desempenho mecânico satisfatório, com
aumento de até 223% na resistência à compressão com a incorporação de 5% de RG
e cura aquecida. As análises de FTIR confirmaram a ocorrência da reação de
geopolimerização. Com base nos resultados de DRX, conclui-se que o RG contribuiu
para a formação de portlandita, o que provavelmente foi o mecanismo responsável
pelo ganho de desempenho mecânico no material. Portanto, os resultados obtidos até
o momento indicam que a incorporação de RG foi benéfica para a produção de
geopolímeros.
The high global demand for Portland cement has significant environmental
impacts, accounting for approximately 8% of global CO2 emissions. To address this
issue, The high global demand for Portland cement has serious environmental
impacts, accounting for approximately 8% of global CO2 emissions. To mitigate this,
alternatives such as mineral additions and new, more eco-friendly binders have
emerged, consuming less energy and emitting fewer greenhouse gases. In this
context, geopolymers stand out as a sustainable option for the construction industry.
The use of metakaolin as a reactive precursor is particularly attractive due to its stable
composition and greater availability compared to other precursors. Geopolymers also
provide an interesting solution for the disposal of industrial waste, such as gypsum
residue (RG), which is rich in calcium ions and can participate in geopolymerization
reactions, improving mechanical properties. The aim of this study is to produce
geopolymers with the addition of 5% industrial waste from gypsum molds used in the
manufacture of sanitary ware. This waste consists of alpha-form calcium sulfate, which
differs crystallographically and mechanically from the common gypsum used in
construction. Geopolymers with RG incorporation were prepared, and the effects of
the SiO2/Al2O3 molar ratio (2.5, 3.0, and 3.5) and curing temperature were evaluated.
The tests conducted included compressive strength tests, FTIR, and XRD analyses. It
was observed that geopolymers could not be produced with a SiO2/Al2O3 molar ratio
of 2.5, likely due to the silicate source used. However, geopolymers with SiO2/Al2O3
ratios of 3.0 and 3.5 demonstrated satisfactory mechanical performance, with an
increase of up to 223% in compressive strength with the incorporation of 5% RG and
heat curing. FTIR analyses confirmed the occurrence of geopolymerization reactions.
Based on the XRD results, it is concluded that RG contributed to the formation of
portlandite, which likely was the mechanism responsible for the gain in mechanical
performance in the material. Therefore, the results obtained so far indicate that the
incorporation of RG was beneficial for the production of geopolymers.
1 INTRODUÇÃO................................................................................. 13
2 OBJETIVOS..................................................................................... 18
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................... 18
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................ 18
3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................. 19
3.1 GEOPOLÍMEROS............................................................................ 19
3.2 MECANISMO DE GEOPOLIMERIZAÇÃO....................................... 22
3.3 METACAULIM.................................................................................. 23
3.4 GESSO............................................................................................. 24
3.5 MOLDES DE GESSO...................................................................... 26
3.6 ATIVADORES ALCALINOS............................................................. 28
3.7 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA CURA................................. 29
3.8 DIFRAÇÃO DE RAIOS – X ............................................................. 30
3.9 FLUORESCÊNCIA DE RAIOS – X.................................................. 32
3.10 ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO POR
TRANSFORMADA POR FOURIER................................................. 33
3.11 MICROSCOPIA ELETRÔNICA POR VARREDURA....................... 35
3.12 TERMOGRAVIMETRIA.................................................................... 36
3.13 RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO................................................... 38
4 METODOLOGIA.............................................................................. 39
4.1 MATERIAIS...................................................................................... 39
4.2 MÉTODOS………………………………………………………………. 40
4.2.1 Beneficiamento do resíduo........................................................... 41
4.2.2 Caracterização das matérias-primas............................................ 42
4.2.2.1 Fluorescência de raios-X (FRX)....................................................... 42
4.2.2.2 Difração de raios-X(DRX)................................................................. 43
4.2.2.3 Espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier
(FTIR)............................................................................................... 43
4.2.3 Planejamento experimental........................................................... 44
4.2.4 Preparação solução ativadora...................................................... 45
4.2.5 Produção das pastas geopoliméricas.......................................... 46
4.2.6 Caracterização dos geopolímeros produzidos.......................... 47
4.2.6.1 Resistência à compressão............................................................... 47
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................... 49
5.1 RESULTADO DA CARACTERIZAÇÃO DAS MATERIAS-PRIMAS 49
5.1.1 Fluorescência de raios-X das matérias-primas........................... 49
5.1.2 Difração de raios-X das matérias-primas.................................... 49
5.1.3 Espectroscopia de infravermelho das matérias-primas............ 51
5.2 CARACTERIZAÇÃO DOS GEOPOLÍMEROS................................. 52
5.2.1 Resistência à compressão............................................................ 52
5.2.2 FTIR................................................................................................. 55
5.2.3 DRX.................................................................................................. 56
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 58
REFERÊNCIAS................................................................................ 60
13
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta tese é realizar uma análise das propriedades químicas,
microscópicas e macroscópicas dos geopolímeros de metacaulim produzidos com
resíduo de gesso de moldes de louça sanitária, avaliando os efeitos da incorporação
deste resíduo industrial nas reações de geopolimerização. Para isso, serão utilizadas
diversas técnicas de caracterização, tais como a Fluorescência de Raios X (FRX),
Termogravimetria (TG), Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia de Infravermelho
por Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura acoplada à
Análise por Dispersão de Energia de Raios X (MEV/EDS), além de medidas das
propriedades dos geopolímeros no estado endurecido.
Assim, espera-se contribuir para o desenvolvimento de um maior conhecimento
sobre as características dos geopolímeros, bem como avaliar o potencial de
reutilização sustentável de resíduos industriais de gesso na produção desses
materiais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3 REFERENCIAL TEÓRICO
GEOPOLÍMEROS
Fonte: O Autor,2023
Nota: Adaptado de Davidovits, J., 2017.
com temperatura em torno de 175°C e tempo de cristalização que pode variar entre
algumas horas e dias (DAVIDOVITS,1991).
Ainda, segundo Davidovits (1993), a reação de geopolimerização requer
considerar certos critérios de composição, a fim de ocorrer da mesma forma que nas
zeólitas:
MECANISMO DE GEOPOLIMERIZAÇÃO
Fonte: O Autor,2023.
Nota: Adaptado de Duxson et. al ,2007.
23
METACAULIM
Fonte: O Autor,2023.
Nota: Adaptado de ILIĆ, 2010.
24
GESSO
De acordo com Kanno (2009), o gesso é considerado o ligante mais antigo que
se tem conhecimento, tendo sido utilizado pela humanidade desde o período neolítico.
Os egípcios já conheciam as técnicas de calcinação do gesso e o utilizavam em
argamassas para construção. O filósofo Teofrasto (372-287 a.C.) descreveu o uso do
gesso em seu "Tratado de Pedra", mencionando a presença de depósitos de gesso
em Chipre, Fenícia e Síria, e destacando seu uso em reboco, afrescos, ornamentação,
esculturas em baixo-relevo e estatuária.
Teofrasto também ressaltou a qualidade do gesso como aglutinante, permitindo
a recuperação de rebocos ou obras antigas através de nova cozedura, possibilitando
sua reutilização. O gesso também é utilizado como corretivo de solos e na construção,
tendo sido estimulado pela descoberta de processos para retardar o tempo de pega
(BALTAR; BASTOS; LUIZ, 2006; FERREIRA, 2017).
25
MOLDES DE GESSO
Diversos materiais podem ser utilizados para fabricar moldes, mas o gesso é
amplamente empregado de forma universal. Esses moldes são especialmente úteis
para colagem devido à sua grande porosidade e capacidade de absorção de água da
barbotina, características não encontradas em outros materiais (CUNHA, 2019).
A escolha pelo gesso se dá em virtude de sua capacidade de produzir moldes
com superfície lisa e detalhada, além de alta porosidade com poros de tamanho
reduzido, baixo tempo de sedimentação, pequena expansão dimensional,
endurecimento que facilita a liberação a partir de diversos modelos e seu custo
relativamente baixo (GONTIJO, 2016).
27
Fonte: O Autor,2023.
Nota: Adaptado de Gontijo, 2016.
28
ATIVADORES ALCALINOS
DIFRAÇÃO DE RAIOS – X
Brito et al., (2019) afirmam que a técnica de difração de raios-x pode ser
empregada para a identificação de fases cristalinas em aluminossilicatos amorfos,
como os geopolímeros. Segundo os autores, essas fases podem ter origem em
diferentes fontes, incluindo os precursores utilizados e as fases zeolíticas geradas
pela reação química. Além disso, Davidovits (2011) destaca que os difratogramas de
raios-X dos geopolímeros evidenciam que esses materiais apresentam uma estrutura
desordenada de materiais de curto alcance, semelhante à organização de feldspatos
vítreos ou zeólitas cristalinas. Com isso, é possível inferir que a organização atômica
dos geopolímeros é complexa e influencia diretamente suas propriedades e
comportamentos.
Por meio da técnica de DRX, é possível determinar a composição mineralógica
dos sólidos cristalinos presentes em um material, além da identificação das fases
cristalinas é realizada por meio da comparação do perfil obtido no ensaio com
conjuntos de difração padrões já existentes. Esses padrões são disponibilizados por
organizações como o Joint Committee on Powder Diffraction Standards (JCPDS) e o
National Institute of Standards and Technology (NIST/USA) (CORDEIRO e SALES,
2015).
A fundamentação teórica das análises por difração está relacionada à
disposição organizada dos átomos em planos cristalinos em grande parte dos sólidos
cristalinos, que possuem distâncias interplanares na mesma ordem de grandeza dos
comprimentos de onda dos raios-X. Quando um material cristalino é irradiado com um
feixe de raios-X, um feixe de raios difratados é gerado. Essa técnica é amplamente
usada para a caracterização de materiais e a determinação da estrutura cristalina de
compostos em diversas áreas da ciência. (LIN e MEYER,2009; JAMSHEER et
al.,2018; ANIRUDH et al.2020; LI, ZHANG e MONTEIRO, 2020).
Para que seja possível calcular a distância interplanar entre os planos
cristalinos de um material, é necessário que a técnica de difração de raios-X cumpra
a Lei de Bragg. Caso contrário, o material apresentará um caráter amorfo. É válido
lembrar que o ângulo de difração (θ) é dependente tanto do comprimento de onda (λ)
dos raios-X quanto da distância interplanar (d).( LI, ZHANG e MONTEIRO, 2020).
De acordo com Yuan et al. (2016), o geopolímero apresenta um caráter amorfo
após a reação de geopolimerização, com um halo amorfo centralizado em torno de
28° 2, que é a maior característica do difratograma de raios-X do material, conforme
Rees et al. (2008).
32
FLUORESCÊNCIA DE RAIOS – X
TERMOGRAVIMETRIA
RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
4 METODOLOGIA
MATERIAIS
MÉTODOS
Fonte: O Autor,2023.
41
Figura 07 – Etapas do processamento do resíduo (a) Resíduo bruto de gesso; (b) fragmentação do
material; (c) trituração do material; (d) resíduo beneficiado em peneira ABNT nº 200.
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: O Autor,2023.
42
Fonte: O Autor,2023.
Fonte: O Autor,2023.
Fonte: O Autor,2023.
47
Após obter uma pasta homogênea, ela foi vertida nos moldes cilíndricos de
PVC com diâmetros internos de 20 x 50 mm. A moldagem foi realizada imediatamente
após a preparação da mistura. Todos os corpos de prova foram adequadamente
identificados, vedados com um material à base de látex e submetidos à cura tanto em
temperatura ambiente quanto por meio de cura térmica. (Figura 10) Os corpos de
prova destinados à cura térmica foram colocados em estufas, uma a uma temperatura
de 60°C e outra a 80°C, durante um período de 24 horas. Em seguida, os corpos de
prova foram desmoldados e mantidos em um dessecador até a data de ruptura.
Figura 10 – Cura dos geopolímeros (a) cura ambiente; (b) cura térmica.
Fonte: O Autor,2023.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
(a) (b)
Fonte: O Autor,2023.
Fonte: O Autor,2023.
Fonte: O Autor,2023.
Fonte: O Autor,2023.
53
Apesar dos dados obtidos, é necessário verificar a sua significância por meio
da análise de variância (ANOVA) para confirmar se os valores obtidos são realmente
provenientes das variações nos níveis dos fatores adotados ou se são resultado de
fatores externos sobre os quais não se tinha controle durante a realização do ensaio.
Os resultados da ANOVA são apresentados na Tabela 08, onde foi adotado um
coeficiente de correlação de 95%.
Isso indica que as variações nos níveis de cada um dos fatores de variação
estudados, assim como a interação entre eles, causam alterações significativas na
variável de interesse, neste caso, a resistência à compressão, com um nível de
confiança de 95%. Também podemos destacar que em todas as fontes, o valor de F
é maior que o Fcrítico, sendo assim dizemos que existem evidências estatísticas para
rejeita-se a hipótese de que as médias sejam iguais, o que significa que as variáveis estão
influenciando no ganho da resistência à compressão.
5.2.2 FTIR
Figura 15 – Espectros de FTIR dos geopolímeros com razão molar SiO 2/Al2O3 3,0.
Fonte: O Autor,2023.
5.2.3 DRX
Figura 16– Difratograma dos geopolímeros com razão molar SiO2/Al2O3 = 3,0 (a) 0% ;(b) 5%.
(a) (b)
Fonte: O Autor,2023.
57
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ATAN, Ebubekir; SUTCU, Mucahit; CAM, Ata Sadik. Combined effects of bayer
process bauxite waste (red mud) and agricultural waste on technological properties
of fired clay bricks. Journal of Building Engineering, v. 43, p. 103194, 2021.
ATIŞ, C. D. et al. Very high strength (120 MPa) class F fly ash geopolymer mortar
activated at different NaOH amount, heat curing temperature and heat curing
duration. Construction and building materials, v. 96, p. 673-678, 2015.
BARROS NETO, B.; SCARMINIO, I.S.; BRUNS, R.E. Como Fazer Experimentos:
Pesquisa e Desenvolvimento na Ciência e na Indústria. 2. ed. Campinas: Editora da
Unicamp, 2003.
CHAI, Junyu, Kun Zhang, Yuan Xue, Wenguang Liu, Tian Chen, Yao Lu, and
Guomin Zhao. Review of MEMS Based Fourier Transform Spectrometers.
Micromachines, v.11, n. 2, p.214, 2020.
CHEN, Shikun et al. Pore structure of geopolymer materials and its correlations to
engineering properties: A review. Construction and Building Materials, v. 328, p.
127064, 2022.
CONG, Peiliang; MEI, Linna. Using silica fume for improvement of fly ash/slag based
geopolymer activated with calcium carbide residue and gypsum. Construction and
Building Materials, v. 275, p. 122171, 2021.
DA SILVA, Sérgio Roberto; ANDRADE, Jairo José de Oliveira. A review on the effect
of mechanical properties and durability of concrete with construction and demolition
waste (CDW) and fly ash in the production of new cement concrete. Sustainability,
v. 14, n. 11, p. 6740, 2022.
63
DONG, Zian et al. Achieving superior high-strength geopolymer via the synergistic
effect of traditional oven curing and microwave curing. Construction and Building
Materials, v. 357, p. 129406, 2022.
64
DUXSON, Peter; LUKEY, Grant C.; VAN DEVENTER, Jannie SJ. Thermal evolution
of metakaolin geopolymers: Part 1–Physical evolution. Journal of Non-Crystalline
Solids, v. 352, n. 52-54, p. 5541-5555, 2006.
DUXSON, P.; PROVIS, J.L.; LUKEY, G.C.; VAN DEVENTER, J.S.J. The role of
inorganic polymer technology in the development of “green concrete”. Cement and
Concrete Research, v. 37, n. 12, p. 1590-1597, 2007.
FAN, F.; LIU, Z.; XU, G.; PENG, H.; CAI, C. S. Mechanical and termal properties of
fly ash based geopolymers. Construction and Building Materials, v. 160, p. 66-81,
2018.
GE, Xiaonan et al. Characteristics of fly ash-based geopolymer concrete in the field
for 4 years. Construction and Building Materials, v. 382, p. 131222, 2023.
GUO, Yanxia et al. A prospective process for alumina extraction via the co-treatment
of coal fly ash and bauxite red mud: Investigation of the process. Hydrometallurgy,
v. 186, p. 98-104, 2019.
66
HASSAN, Amer; ARIF, Mohammed; SHARIQ, Mohd. Use of geopolymer concrete for
a cleaner and sustainable environment–A review of mechanical properties and
microstructure. Journal of cleaner production, v. 223, p. 704-728, 2019.
HE, J. et al. The strength and microstructure of two geopolymers derived from
metakaolin and red mud-fly ash admixture: A comparative study. Construction and
Building Materials, v. 30, p. 80–91, 2012.
HU, Yueyang et al. Investigation into the influence of calcium compounds on the
properties of micropore-foamed geopolymer. Journal of Building Engineering, v.
45, p. 103521, 2022.
HUSEIEN, Ghasan Fahim et al. Influence of different curing temperatures and alkali
activators on properties of GBFS geopolymer mortars containing fly ash and palm-oil
fuel ash. Construction and Building Materials, v. 125, p. 1229-1240, 2016.
JIANG, Xi et al. Influence of size effect on the properties of slag and waste glass-
based geopolymer paste. Journal of Cleaner Production, v. 383, p. 135428, 2023.
KAI, Xingping et al. Study on the co-pyrolysis of rice straw and high density
polyethylene blends using TG-FTIR-MS. Energy conversion and management, v.
146, p. 20-33, 2017.
KANI, E. N.; MEHDIZADEH, H. Investigating Gel Molecular Structure and Its Relation
with Mechanical Strength in Geopolymer Cement Based on Natural Pozzolan Using
in Situ ATRFTIR Spectroscopy. Journal of Materials in Civil Engineering, v. 29,
n. 8, p. 04017078,2017
LAHOTI, Mukund; TAN, Kang Hai; YANG, En-Hua. A critical review of geopolymer
properties for structural fire-resistance applications. Construction and Building
Materials, v. 221, p. 514-526, 2019.
LI, Chao; SUN, Henghu; LI, Longtu. A review: The comparison between alkali-
activated slag (Si+ Ca) and metakaolin (Si+ Al) cements. Cement and Concrete
Research, v. 40, n. 9, p. 1341-1349, 2010.
LI, Jiaqi; ZHANG, Wenxin; MONTEIRO, Paulo JM. Mechanical properties of struvite-
K: A high-pressure X-ray diffraction study. Cement and Concrete Research, v. 136,
p. 106171, 2020
69
LI, Jing et al. Optimal amorphous oxide ratios and multifactor models for binary
geopolymers from metakaolin blended with substantial sugarcane bagasse ash.
Journal of Cleaner Production, v. 377, p. 134215, 2022.
LIU, Y., LEI, S., LIN M., LI, Y. YE, Z., FAN, Y. Assessment of pozzolanic activity of
calcined coal-series kaolin. Aplied Clay Science., v. 143, p. 159–167, 2017.
LIU, Jiarui et al. Correlation between Dissolution Kinetics of Si, Al, and Fe from
Aluminosilicate Precursor and Strength of Fly Ash-Based Geopolymer, Available at
SSRN: https://ssrn.com/abstract=4370733 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.4370733
, 2023.
LUO, Yang et al. Use of untreated phosphogypsum as a raw material for autoclaved
aerated concrete preparation. Journal of Building Engineering, v. 64, p. 105607,
2023.
PAN, Z.; FENG, K. N.; GONG, K.; ZOU, B.; KORAYEM, A. H.; SANJAYAN, J.;
WENHUI, D.; COLLINS F. Damping and microstructure of fly ash-based
geopolymers. Journal of materials science, v. 48, n. 8, p. 3128-3137, 2013
PIRO, Nzar Shakr; MOHAMMED, Ahmed Salih; HAMAD, Samir M. The impact of
GGBS and ferrous on the flow of electrical current and compressive strength of
concrete. Construction and Building Materials, v. 349, p. 128639, 2022.
PODE, R. Potential applications of rice husk ash waste from rice husk biomass
powerplant.Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 53, p. 1468-1485,
2016.
PRABU, B.; KUMUTHA, R.; VIJAI, K. Effect of fibers on the mechanical properties of
fly ash and GGBS based geopolymer concrete under different curing conditions.
2017.
PREMKUMAR, R.; HARIHARAN, P.; RAJESH, S. Effect of silica fume and recycled
concrete aggregate on the mechanical properties of GGBS based geopolymer
concrete. Materials Today: Proceedings, v. 60, p. 211-215, 2022.
QAIDI, Shaker MA et al. Sustainable utilization of red mud waste (bauxite residue)
and slag for the production of geopolymer composites: A review. Case Studies in
Construction Materials, p. e00994, 2022.
SANTOS, Maria Natali Gomes et al. Use of sodium metasilicate as silica source and
stabilizing agent in two-part metakaolin–H2O2 geopolymer foams. Construction and
Building Materials, v. 391, p. 131907, 2023.
73
SHARMA, Monalisa et al. Effect of silica fume and red mud on mechanical properties
of ferrochrome ash based concrete. Materials Today: Proceedings, v. 60, p. 55-61,
2022.
STEVEN, Soen; RESTIAWATY, Elvi; BINDAR, Yazid. Routes for energy and bio-
silica production from rice husk: A comprehensive review and emerging prospect.
Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 149, p. 111329, 2021.
SUKMAK, Patimapon et al. Sulfate resistance of clay-portland cement and clay high-
calcium fly ash geopolymer. Journal of Materials in Civil Engineering, v. 27, n. 5,
p. 04014158, 2015.
74
WILLIAMS, Ross P.; VAN RIESSEN, Arie. Determination of the reactive component
of fly ashes for geopolymer production using XRF and XRD. Fuel, v. 89, n. 12, p.
3683-3692, 2010.
XU, Hua; VAN DEVENTER, Jannie SJ. The effect of alkali metals on the formation of
geopolymeric gels from alkali-feldspars. Colloids and Surfaces A:
Physicochemical and Engineering Aspects, v. 216, n. 1-3, p. 27-44, 2003.
XU, Qian et al. The development of porous titanium products using slip casting.
Journal.Materials.Processing.Technology 213, p. 1440–1446, 2013.
XU, M.X.; XU, M. X., HE, Y.; WANG, C. Q.; HE, X. F.; HE, X. Q.; LIU, J.; CUI, X.
M.Preparation and characterization of a self-supporting inorganic membrane based
on metakaolin-based geopolymers. Applied Clay Science, v. 115, p. 254 – 259,
2015.
YANG, Tao; YAO, Xiao; ZHANG, Zuhua. Quantification of chloride diffusion in fly
ash–slag-based geopolymers by X-ray fluorescence (XRF). Construction and
building materials, v. 69, p. 109-115, 2014.
YUAN, J., HE, P., JIA, D., YANG, C. ZHANG, Y., YAN, S., YANG Z., DUAN, X,
WANG, S, ZHOU, Y. Effect of curing temperatura and SiO2/K2O molar ratio on the
performance of metakaolin-based geopolymers. Ceramics International, 2016
ZAKIRA, Umme et al. Development of high-strength geopolymers from red mud and
blast furnace slag. Journal of Cleaner Production, v. 383, p. 135439, 2023.
ZHANG, Z.; WANG, H.; YAO, X.;ZHU, Y.Effects of halloysite in kaolin on the
formation and properties of geopolymers. Cement and Concrete Composites, v.
34, n. 5, p. 709-715, 2012.
76
ZHANG, Jianye et al. Arsenic leaching and speciation in C&D debris landfills and the
relationship with gypsum drywall content. Waste management, v. 59, p. 324-329,
2017.