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Programa de Pós-Graduação em

Ciência dos Materiais (PGMtr)

Preparação e Caracterização de Materiais II

INTRODUÇÃO À ÓPTICA

Júnio Augusto Rodrigues Pasqual


1
➢ Definição;

➢ Óptica Geométrica;

➢ Introdução à Microscopia Óptica;

➢ Lentes

➢ Diagrama de formação de imagens

➢ Esquema de um microscópio óptico

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Definição
Óptica
Estudo das propriedades da luz na sua produção, detecção, propagação e medição.
Engloba todos os fenômenos em que se verifica a atuação da luz radiante propagada no espaço por meio de ondas
eletromagnéticas pertencentes ao espectro eletromagnético.

Figura 1 – Espectro eletromagnético. Fonte: Gaspar, 2013. 3


Definição
Óptica
Natureza da Luz
Antes do início do século XIX - a luz considerada um fluxo de partículas emitido pelo corpo visualizado,
ou emanado dos olhos do observado.
Newton - partículas eram emitidas de uma fonte de luz e que estimulavam o senso de visão ao entrar nos
olhos. Modelo aceito
pela maioria dos
Explicação da reflexão e da refração
cientistas

Christian Huygens (1678) – propõe que um modelo de onda de luz também podia explicar a reflexão e a
refração.

Thomas Young (1801) – Primeira demonstração experimental clara da natureza de onda da luz.
– Em condições apropriadas, raios de luz interferem uns nos outros de acordo
com o princípio da superposição.

4
Definição
Óptica

Natureza da Luz
Maxwell (1873) – Modelo de onda de luz. Afirmou que a luz era uma forma de onda eletromagnética de alta
frequência.
*O comportamento de interferência dos raios de luz não podia ser explicado na época por um modelo de partícula, por não existir modo concebível no
qual duas ou mais partículas poderiam chegar juntas e cancelar uma a outra. Graças aos desenvolvimentos adicionais decorrentes de pesquisas
durante o século XIX levaram à aceitação geral do modelo de onda de luz, sendo o trabalho mais importante resultante das pesquisas de Maxwell que,
em 1873, afirmou que a luz era uma forma de onda eletromagnética de alta frequência.

Efeito Fotoelétrico - modelo de onda e a teoria clássica de Eletricidade e Magnetismo não explicam os
experimentos subsequentes.
Einstein (1905) - Modelo de quantização (1900) de Max Planck.
- Supõe que a energia de uma onda de luz esteja presente em partículas chamadas fótons; desse modo,
a energia é considerada quantizada.
Constante de Planck
h = 6,63 x 10–34 J ⋅ s

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Óptica
Fonte de Luz
Corpos visíveis são fontes de luz

Fonte de luz primária Fonte de luz secundária

➢ Emite luz própria ➢ Reflete a luz que recebe de


outros corpos
Recebe a luz de
uma fonte
primária e reflete

Figura 2 - Fontes primárias de luz. Figura 3 – Fonte de luz secundária.


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/conceitos-basicos-otica- Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/conceitos-basicos-otica- 6
geometrica.htm, https://www.oficinadanet.com.br/post/13749-como-eram- geometrica.htm
feitas-as-katanas .
Óptica
Fonte de Luz
➢ A grande maioria dos corpos que vemos são iluminados refletindo a luz que recebem;
➢ Exceções: - Qualquer corpo aquecido a partir de certa temperatura torna-se luminoso;
- Reações químicas podem gerar luz. Ex. vaga-lumes, reações nucleares;

Fonte de luz puntiforme

As dimensões da fonte são desprezíveis em comparação com a


distância entre essa fonte de luz e o observador. Ex. Uma lâmpada
comum observada de uma distância de 40 m. Figura 4 - Fonte de luz puntiforme.
Fonte: Luzzi, 2017.

Fonte de luz extensa

As dimensões da fonte não são desprezíveis em comparação com a


distância entre essa fonte de luz e o observador. Ex. Uma lâmpada
comum observada de uma distância de 20 cm.
Figura 5 - Fonte de luz extensa.
Fonte: Luzzi, 2017. 7
Óptica
Raio de luz
Linha com a representação geométrica da direção e sentido da propagação da luz.

Conceito puramente teórico

Figura 6 - Representação do raio de luz e seu sentido de propagação. Fonte: Autor.

Feixe de luz
(a) (b) (c)

Figura 7 - Representação do feixe de luz cilíndrico ou paralelo (a), cônico divergente (b) e cônico convergente (c). Fonte: Autor.

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Óptica - Classificação
Fenômenos ópticos
baseados na concepção
de raios luminosos
com aplicações em:
- Lentes;
Dispensa o Propagação - Espelhos;
conhecimento retilínea da luz e - Lunetas;
ÓPTICA GEOMÉTRICA da natureza - Telescópios;
Leis de reflexão e
íntima da luz. - Projetores;
refração - Primas;
- Etc.
ÓPTICA

Estudo dos - Polarização;


fenômenos Luz exerce papel - Difração;
ÓPTICA FÍSICA ópticos ligados à predominante - Interferência;
- Espectros;
natureza da luz. - Etc.

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Óptica Geométrica

Fenômeno de reflexão da luz em uma superfície e de refração conforme a mesma ultrapassa o limite entre dois meios.

Princípios da óptica geométrica


Figura 8 –
Propagação retilínea
Princípio da propagação retilínea da luz.
Fonte: Gaspar, 2013.

➢ Propagação da luz em meios homogêneos e isotrópicos


ocorre em linha reta.
➢ A luz só atravessa anteparos quando esses possuem orifícios
posicionados a mesma reta
Figura 9 –
Reversibilidade: a
Princípio da reversibilidade trajetória dos raios de
luz é a mesma, esteja a
fonte F em A ou em B.
➢ A trajetória dos raios não depende do sentido da Fonte: Gaspar, 2013.
propagação.
10
Princípios da óptica geométrica
Figura 10 – Os raios de luz das
fontes F1
Princípio da independência dos raios de luz , F2 e F3 cruzam-se
sem nenhuma modificação da
trajetória.
➢ Cada raio de luz se propaga independentemente dos Fonte: Gaspar, 2013.
demais.

Aplicações
Figura 11 – Noção de ângulo
visual, α. Fonte: Gaspar, 2013.
➢ Ângulo visual, α
A árvore parece “crescer” à medida que o
observador caminha na sua direção, por-
que o ângulo visual, α, com o qual o
11
observador vê a árvore, aumenta.
Limite da acuidade visual = menor ângulo possível de
observação do objeto
Princípios da óptica geométrica

Aplicações

➢ Sombra, penumbra, fases da Lua e eclipses

Figura 12 – Formação de sombra e penumbra. Fonte: Gaspar, 2013.

12
Somente as fontes pontuais de luz geram sombra. Já as fontes de luz extensas geram sombra e penumbra.
Princípios da óptica geométrica

Aplicações
➢ Sombra, penumbra, fases da Lua e eclipses

Oito posições da Lua em sua órbita em torno


da Terra durante um período de translação da
Lua (aproximadamente 29 dias)

1 - Lua nova
2- Crescente
3- Quarto crescente
4 - Gibosa ou crescente
5 - Lua cheia
6 – Lua minguante
7 - Quarto minguante
8 - Minguante

Figura 13 – Fases da Lua e dos eclipses. Fonte: Gaspar, 2013. 13


Princípios da óptica geométrica

Aplicações Usando a semelhança de


triângulos, percebemos que a
razão da distância entre a fonte de
luz e o objeto (b) e o tamanho do
objeto (d) é a mesma razão entre a
distância da fonte ao anteparo (B)
e o tamanho da sombra (D)

(𝑏/𝑑)/(B/D)

Figura 14 – Semelhança de triângulos formada pela propagação retilínea da luz.


Fonte: Luzzi, 2017.

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Princípios da óptica geométrica

Aplicações

O princípio da propagação
retilínea explica a formação e
Câmara escura a inversão da imagem do
de orifício objeto AB formada no seu
anteparo fosco.

Figura 15 – Câmara escura de orifício. Fonte: Gaspar, 2013.

O sinal negativo em y’ é porque a imagem é


invertida e assim se antecipa a convenção a
ser adotada no estudo dos espelhos esféricos
e das lentes.

Semelhança de triângulos
15
Sistemas ópticos

Definição

Qualquer superfície ou conjunto de superfícies atingidas pela luz de forma sucessiva. Ex. Espelho, conjunto de
espelhos, lentes, olho humano.

Figura 16 – Raios de luz incidentes e emergentes para um sistema óptico . Fonte:


Bonjorno e Ramos, 1992.

16
Sistemas ópticos

➢ Ponto objeto e ponto imagem.

Figura 17 – Ponto objeto .


Fonte: Bonjorno e Ramos,
É o ponto determinado pelo 1992.
cruzamento dos raios incidentes

Figura 18 – Ponto imagem .


Fonte: Bonjorno e Ramos,
É o ponto determinado pelo 1992.
cruzamento dos raios emergentes

17
Sistemas ópticos
➢ Ponto objeto
Ponto objeto real: É o ponto determinado pelo Ponto objeto virtual: É o ponto determinado pelo
cruzamento dos próprios raios incidentes. cruzamento dos prolongamentos dos raios
Ponto objeto impróprio: quando os raios incidentes incidentes.
são paralelos.
➢ Ponto imagem
Ponto imagem real: É o ponto determinado pelo Ponto imagem virtual: É o ponto determinado pelo
cruzamento dos próprios raios emergentes. cruzamento dos prolongamentos dos raios
Ponto imagem impróprio: quando os raios emergentes.
emergentes são paralelos.

Tabela 1 – Esquema dos


sistemas ópticos. Fonte:
Bonjorno e Ramos, 1992.

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Sistemas ópticos
➢ Pontos conjugados

P1(S) →POR
P2(S1) →PIR

Figura 18 – Pontos conjugados. Fonte: Bonjorno e Ramos, 1992.

P1(S1) →POR
P2(S1) →PIR
P2(S2) →POR
P3(S2) →PIR
Figura 20 – Associação de sistemas ópticos. Fonte: Bonjorno e Ramos, 1992. P3(S3) →POR
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Reflexão da luz
Possui a capacidade de tornar iluminado qualquer corpo, transformando-o em fonte de luz
Figura 21 – Reflexão difusa. Fonte: Gaspar, 2013.

Superfície irregular → reflexão difusa

Possibilita visualização de objetos em


diferentes ângulos

Raios incidentes são paralelos

Figura 22 – Reflexão regular. Fonte: Gaspar, 2013.

Superfície polida → reflexão regular


(especular)

Raios incidentes e raios refletidos paralelos

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Reflexão da luz
Possui a capacidade de tornar iluminado qualquer corpo, transformando-o em fonte de luz

Leis da reflexão da luz


1. O raio incidente i, a
normal à superfície
refletora N e o raio
refletido r estão no
mesmo plano.
2. O ângulo de
incidência θ é igual ao
ângulo de reflexão θ’.

Figura 23 – Reflexão regular. Fonte: Gaspar, 2013.

21
Refração da luz
Ocorre sempre que a onda atravessa a superfície de separação de meios em que a velocidade de propagação da
onda é diferente.
Ondas planas na água desviam
sua trajetória quando
atravessam obliquamente de
uma região mais funda para
uma região mais rasa

Figura 24 – Refração de ondas bidimensionais. Fonte: Gaspar, 2013. 22


Refração da luz
Índice de refração
Ondas planas na água desviam sua trajetória quando atravessam
obliquamente de uma região mais funda para uma região mais rasa

Ângulo de incidência = θ1;


Ângulo de refração = θ2;
Índice de refração = n21;
Velocidade da luz no meio 1 = v1;
Velocidade no meio 2 = v2
Velocidade da luz no vácuo = c.

Desvio óptico
Lei de Snell Descartes

Figura 25 – Refração de ondas bidimensionais.


Fonte: Gaspar, 2013.
23
https://phet.colorado.edu/sims/html/bending-light/latest/bending-light_pt_BR.html
Refração da luz
Tabela 2 – Índice de refração de diferentes materiais. Fonte: Gaspar, 2013.
Índice de refração

24
Reflexão total
Refração nunca acontece isoladamente.
A luz passa de um meio de menor velocidade
(mais refringente) para um meio de maior
velocidade (menos refringente) e com isso ela
sofre um desvio aumentando o ângulo entre a
direção de propagação e a reta normal (se
“afasta” da reta normal).

Figura 26 – Reflexão interna Total. Fonte: Luzzi, 2017.

L é o ângulo-limite de refração. O raio rasante incidente e o correspondente raio


rasante refletido são tracejados porque não é possível obtê-los na prática

➢ Fibras óptica;
➢ Menor perda de energia
Figura 27 – Reflexão Total. Fonte: Gaspar, 2013. 25
Reflexão total

Periscópios dos submarinos

Câmeras fotográficas tipo “Reflex”

Alguns tipos de binóculos.

Figura 28 – Reflexão interna total de prismas em binóculos. Fonte: Luzzi, 2017.

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Introdução à Microscopia Óptica
Microscópios são instrumentos projetados para produzir imagens visuais ou fotográficas ampliadas de objetos
pequenos demais para serem vistos a olho nu. O microscópio ótico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro
que ampliam a imagem das amostras.

Figura 29 – Dispositivos de detecção e tamanho relativo. Fonte: Miquita, 2012. 27


Introdução à Microscopia Óptica
Primeiros microscópios óticos → 1600 (é incerto quem teria sido o autor do primeiro)

Criação → Zacharias Janssen, Galileo Galilei, entre outros.

Popularização → Anton van Leeuwenhoek

Figura 30 – Microscópio ótico


1. Lentes oculares 2. Revólver 3.
Lentes objetivas 4. Parafuso
macrométrico 5. Parafuso
micrométrico 6. Platina 7. Foco
luminoso (Lâmpada ou espelho) 8.
Condensador e diafragma 9. Braço.
Fonte: Moreira, 2013.

Figura 31 – Microscópio ótico de Anton van Leeuwenhoek


Figura. Fonte: Moreira, 2013.
28
Introdução à Microscopia Óptica
O microscópio realiza três tarefas:

➢ Produzir uma imagem ampliada da amostra;

➢ Separar os detalhes da imagem;

➢ Tornar os detalhes visíveis ao olho humano ou à câmera.

Inclui designs de lentes múltiplas (microscópios compostos) com objetivas e


condensadores e instrumentos de lente única muito simples que geralmente são
portáteis, como uma lupa.

29
Introdução à Microscopia Óptica

Conceito de Ampliação

Um microscópio simples ou lupa (lente) produz uma imagem do


objeto sobre o qual o microscópio ou lupa está focado. As lentes
de aumento simples são bi-convexas, o que significa que são
mais grossas no centro do que na periferia

Como a imagem parece estar do mesmo lado da lente que o


objeto, ela não pode ser projetada em uma tela. Essas imagens
são chamadas de imagens virtuais e aparecem na vertical, não
invertidas

Figura 32 – Lente de aumento. Fonte:


https://micro.magnet.fsu.edu/primer/anatomy/ma
gnification.html
30
Introdução à Microscopia Óptica

Componentes ópticos do microscópio

Os componentes ópticos contidos nos microscópios modernos são montados em uma (1) base estável e
ergonomicamente projetada que permite uma troca rápida, centralização precisa e alinhamento cuidadoso
entre os conjuntos que são opticamente interdependentes. Juntos, os componentes ópticos e mecânicos do
microscópio, incluindo o (2) espécime montado em uma microlâmina de vidro e lamínula, formam um trem
óptico com um eixo central que atravessa o suporte e o corpo do microscópio.

Trem óptico do microscópio normalmente consiste em um iluminador (incluindo a fonte de luz e as lentes
coletoras), um condensador de subestágio, espécime, objetiva, ocular e detector, que é uma forma de
câmera ou o olho do observador.

31
Introdução à Microscopia Óptica
Componentes ópticos do microscópio
Componentes mecânicos
• pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio;
• braço – fixo à base, serve de suporte às lentes e à platina;
• platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma
abertura central (sobre a qual é coloca- da a preparação) que
deixa passar a luz. As pinças ajudam à fixação da preparação. A
platina pode ser deslocada nos microscópios mais modernos, nos
antigos tinha que se mover a própria amostra, se- gura pelas
pinças;
• revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente
objetiva rodando sobre um eixo;
• tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior;
• parafuso macrométrico – permite movimentos verticais da
grande amplitude da platina; Figura 33 – Microscópio ótico 1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes
• parafuso micrométrico – permite movimentos verticais lentos objetivas 4. Parafuso macrométrico 5. Parafuso micrométrico 6.
Platina 7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho) 8. Condensador e
de pequena amplitude da platina para focagem precisa da diafragma 9. Braço. Fonte: Moreira, 2013.
imagem.
32
Introdução à Microscopia Óptica
Componentes ópticos do microscópio
Componentes óticos
• condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes
que orientam e distribuem a luz emitida de forma igual pelo
campo de visão do mi- croscópio
• diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de
visão do microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha
em diâmetro (semel- hante às máquinas fotográficas)
• fonte luminosa – atualmente utiliza-se luz artifi- cial emitida por
uma lâmpada incluída no próprio microscópio com um
interruptor e algumas vezes com um reóstato que permite regular
a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um espelho de
duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava
para refletir luz artificial.
• lente ocular – cilindro com duas ou mais lentes que permitem
ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma
imagem virtual mais próxima dos olhos do observador. As Figura 33 – Microscópio ótico 1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes
oculares podem ser de diferentes ampliações sendo a mais objetivas 4. Parafuso macrométrico 5. Parafuso micrométrico 6.
comum de 10x. A imagem criada pela ocular é am- pliada, direita Platina 7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho) 8. Condensador e
diafragma 9. Braço. Fonte: Moreira, 2013. 33
e virtual.
Introdução à Microscopia Óptica
Componentes ópticos do microscópio
• lente objetiva – conjunto de lentes fixas no re- volver, que
girando permite alterar a objetiva con- soante a ampliação
necessária. É a lente que fica mais próxima do objeto a observar,
projetando uma imagem real, ampliada e invertida do mesmo. As
objetivas secas, geralmente com ampliação de 10x, 40x e 50x, são
assim designadas porque entre a sua extremidade e a preparação
existe somente ar. As objetivas de imersão (ampliação até 100x),
pelo contrário, têm a sua extremidade mergulha- da em óleo com
o intuito de aumentar o poder de resolução da objetiva: como o
índice de refração de óleo é semelhante ao do vidro o feixe de luz
não é tão desviado para fora da objetiva.

Figura 33 – Microscópio ótico 1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes


objetivas 4. Parafuso macrométrico 5. Parafuso micrométrico 6.
Platina 7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho) 8. Condensador e
diafragma 9. Braço. Fonte: Moreira, 2013. 34
Introdução à Microscopia Óptica
Lentes

São materiais homogêneos e transparentes, com índice de refração diferente do meio constituída por vários
blocos e prismas de vidro, ajustados em certa ordem.

Figura 34 – Uma lente pode ser entendida como um conjunto de blocos e prismas em (a) temos uma lente convergente e em (b) uma
lente divergente. Fonte: Luzzi, 2017

35
Introdução à Microscopia Óptica
Lentes

Figura 35 – Lentes com bordas delgadas. Fonte: Bonjorno e Ramos, 1992.

36
Introdução à Microscopia Óptica
Lentes

Figura 36 – Lentes com bordas espessas. Fonte: Bonjorno e Ramos, 1992.

37
Introdução à Microscopia Óptica
Lentes

Figura 37 – Formação de imagens através das lente. Fonte: Miquita, 2012.

38
Formação de imagem
Imagens formadas por espelhos planos
Como os triângulos PQR e P'QR são
O ponto de imagem I está localizado atrás do
congruentes, | p | = | q | e h = h'
espelho a uma distância q do espelho. A
imagem é virtual e simétrica.

Figura 39 – Uma construção geométrica utilizada para


Figura 38 – Uma imagem formada por reflexão de
localizar a imagem de um objeto colocado em frente a
um espelho plano.. Fonte: Jewett e Serway, 2010
um espelho plano.. Fonte: Jewett e Serway, 2010
39
Formação de imagem
Imagens formadas por espelhos esféricos - Côncavo
➢ Raio incide paralelo e sai
Imagem do objeto distante d> R: passando pelo foco.
- Real ou virtual; ➢ Raio incide pelo foco sai
- Direita ou invertida; paralelo
- Maior, menor ou igual ao ➢ Raio incide no vértice e sai
tamanho do objeto formando o mesmo ângulo.
➢ Incidindo pelo centro de
Imagem do objeto curvatura não sofre desvio.
distante d= R:
- Real ou virtual;
- Direita ou invertida;
- Maior, menor ou igual
ao tamanho do objeto

Figura 40 – (a) Um espelho côncavo de raio R. O centro de curvatura C está localizado no eixo principal. (b) Um objeto pontual colocado em
O em frente a um espelho esférico côncavo de raio R, onde O é qualquer ponto sobre o eixo principal mais afastado que R da superfície do
espelho, que forma uma imagem real em I. Fonte: Jewett e Serway, 2010
40
Formação de imagem
Imagens formadas por espelhos esféricos - Convexo
➢ Raio incide paralelo e sai
passando pelo foco.
Imagem: ➢ Raio incide pelo foco sai
paralelo
- Real ou virtual; ➢ Raio incide no vértice e sai
- Direita ou invertida; formando o mesmo ângulo.
- Maior, menor ou igual ao ➢ Incidindo pelo centro de
tamanho do objeto curvatura não sofre desvio.

Figura 41 – Formação de uma imagem por um espelho esférico convexo. Fonte: Jewett e Serway, 2010

41
Microscópio Composto

Microscópios simples Composição de um microscópio composto (combinação


fornecem somente de um dispositivo de duas lentes para alcançar
uma assistência
limitada na inspeção ampliação maior)
de detalhes diminutos
de um objeto. → Três sistemas de lentes:

- Condensador
- Objetiva
- Ocular

Figura 42 – Diagrama de um microscópio simples.


Fonte: Microscópio óptico – Wikipédia, a
enciclopédia livre.
42
Microscópio Composto
→ Três sistemas de lentes:

- Condensador
- Objetiva
- Ocular

Figura 43 – (a) Diagrama de um microscópio composto, que consiste de uma lente objetiva e uma lente ocular. (b) Microscópio composto. Fonte:
Jewett e Serway, 2010
43
Referências

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OBRIGADO!!

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