Introdução

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Índice
Introdução...................................................................................................................................................1
Objetivos.....................................................................................................................................................2
A comunicação............................................................................................................................................2
Redes de comunicações...............................................................................................................................2
Sua evolução...............................................................................................................................................3
Primeira Geração.........................................................................................................................................4
Segunda geração..........................................................................................................................................5
Geração 2.5.................................................................................................................................................5
Geração 3.0G...............................................................................................................................................6
Geração 4G..................................................................................................................................................7
Conceitos de Transmissão e Recepção........................................................................................................8
Multiple Input – Multiple Output (MIMO)..................................................................................................8
Codificação espaço/tempo...........................................................................................................................8
Multiplexação espacial................................................................................................................................9
Modulação OFDMA..................................................................................................................................10
Modulação.................................................................................................................................................10
O porque da Modulação............................................................................................................................11
Tipos de modulação...................................................................................................................................11
Técnicas de Modulação.............................................................................................................................12
Transmissão analógica...............................................................................................................................12
AM – Amplitude Modulation....................................................................................................................12
FM – Frequency Modulation.....................................................................................................................13
Transmissão digital....................................................................................................................................14
Transmissão binária e multi-nível..............................................................................................................15
Transmissão em banda base.......................................................................................................................15
PPM – Pulse Position Modulation.............................................................................................................16
Lógica de transmissão...............................................................................................................................16
Amplificador transmissor de potência.......................................................................................................17
Antena de transmissão...............................................................................................................................17
Circuito Receptor......................................................................................................................................17
Antena de recepção....................................................................................................................................17
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Amplificador receptor...............................................................................................................................17
Conclusão..................................................................................................................................................18
Bibliografia................................................................................................................................................19
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Introdução

A cada dia a necessidade por serviços de banda larga cresce cada vez mais. Segundo
Ericsson, dos 6,4 bilhões de pessoas que terão banda larga até 2018, cerca de 85 por cento serão
assinantes de banda larga móvel, e a maioria serão servidos por High Speed Packet Access
(HSPA) e Long Term Evolution (LTE).
Alguns serviços que há poucos anos eram praticamente inacessíveis à maioria da população e das
empresas, hoje são considerados essenciais e se tornaram amplamente difundidos. Serviços como
videoconferência, download de vídeos, jogos interativos e Voz sobre IP, que já são considerados
por muitos como necessários, devem aumentar cada vez mais a demanda por largura de banda. É
com foco neste cenário que o grupo que padroniza o desenvolvimento dos sistemas celulares, o
3rd Generation Partnership Project (3GPP), vem trabalhando para desenvolver padrões que
atendam às necessidades das pessoas.
 Os principais motivos que têm demandado esforço ao comitê são o aumento da velocidade para
transferência de dados ( throughput), eficiência espectral dos sistemas, e a redução da latência da
rede. O 3GPP vem concentrando esforços para desenvolver as redes 3G actuais e alcançar o nível
esperado para as redes 4G do futuro próximo.
 Uma recente padronização do 3GPP é o Long Term Evolution (LTE). Segundo a Qualcomm
(2009) esta é uma solução móvel para fornecer altas taxas de dados e para aprimorar a
experiência do usuário quanto à utilização de serviços móveis. O LTE é uma evolução paralela
que dá continuidade ao histórico 3G de mobilidade e alta eficiência espectral. Concebido para ser
uma camada sobreposta às redes 3G existentes, o LTE aumentará efetivamente a capacidade de
dados nas densas áreas urbanas com alta demanda.
Inicialmente projetada para prover serviços de dados, espera-se que esta rede melhore
substancialmente o throughput final do usuário, a capacidade do setor e reduza a latência do
plano do usuário, trazendo uma nova experiência com total mobilidade. Esta tecnologia está
programada para fornecer suporte ao tráfego baseado em IP com QoS fim-a-fim e conta com o
apoio de outras tecnologias como o Orthogonal Frequency-Division Multiple Access
(OFDMA) e Multiple-Input Multiple-Output (MIMO) para alcançar os objetivos propostos pelo
3GPP.
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Objetivos
Uma das técnicas de modulação, onde o sinal da portadora é uma simples indicação de ligado-
desligado sobre a transmissão de mensagens através do código Morse por fios elétricos. Os sinais
analógicos de televisão têm modulação em amplitude para o sinal de vídeo e modulação em
frequência para o áudio. Com o sinal digital a modulação é a mesma para vídeo e áudio.
Algumas radio estrelas emitem modulações em frequência e amplitude simultaneamente.

A comunicação
O processo de comunicação desde sempres existiu, pois é ela que permite a compreensão de uma
determinada informação que se pretende transmitir. E ainda, possibilita que haja o entendimento
e compreensão entre o emissor e o receptor mediante a existência de um canal por onde esta
informação flui.
Antes porem da existência dos telefones como meio de comunicação, muitas são as regiões do
nosso pais em particular a minha comunidade, já se comunicavam.
O estabelecimento desta, era feita mediante o uso de chifres de animais, tambores, pinturas nas
paredes, a voz humana, cartas ate os dias actuias em que temos telefones e outros meios.
Segundo um residente do Bairro Muatala, Francisco Muherua de 68 anos de idade, haviam varias
formas de – se comunicarem de certos acontecimentos, citou como exemplo, a caça, era normal
encontrarmos desenhos de animais, flexas entre outros, que para eles significava uma conquista
para o caçador , o era para que as pessoas soubessem que ali viviam caçadores ”.
Para além de desenhos usavam o batuque e o fogo como um meio de comunicação. Usando o
tambor, batiam muito forte, emitindo assim sons que serviam de código em que cada um tinha
um significado. Era uma combinação de sons, que todos já conhecíamos, e que para a pessoa do
outro lado perceber melhor tinha de colocar a orelha no chão. Considerando assim um meio de
comunicação a distância, pois a nossa voz não era suficiente para alcançar uma certa distância”.
Hoje em esse tipo de comunicação esta ultrapassado, devido ao aparecimento de Redes de
comunicações.

Redes de comunicações
Um sistema de transmissão de dados, seja ele digital ou analógico, com ou sem fio, precisam-se
utilizar formas de inserir as informações úteis em um sinal de Rádio Frequência, chamado de
onda portadora, que será o veículo de transporte da informação de um ponto a outro. Estas
formas de inserção de informação em um sinal são chamadas de modulação, e permite que esta
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informação seja transportada embutida nos parâmetros de amplitude, frequência ou fase da


portadora.
Nas modulações digitais, os bits do sinal de informação são codificados através de símbolos. A
modulação é responsável por mapear cada possível sequência de bits de um comprimento
preestabelecido em um símbolo determinado. O conjunto de símbolos gerado por uma
modulação é chamado de constelação, sendo que cada tipo de modulação gera uma constelação
de símbolos diferentes. Os símbolos nos quais as sequências de bits de um sinal de informação
são transformadas é que serão transmitidos pela onda portadora.

Sua evolução
Inicialmente, os sistemas móveis tinham como objetivo alcançar uma grande área de cobertura
através de um único transmissor de alta potência, e utilizavam a técnica de acesso conhecida
como Frequency Division Multiple Access (FDMA), onde cada usuário era alocado em uma
frequência distinta. Embora essa abordagem gerasse uma cobertura muito boa, o número de
usuários era limitado. O sistema móvel da Bell em Nova Iorque, de 1970, suportava um máximo
de apenas doze chamadas simultâneas em uma área de mais de dois mil quinhentos e oitenta
quilômetros quadrados.
Dado o fato de que as agências de regulamentação dos governos não poderiam realizar alocações
de espectro na mesma proporção do aumento da demanda de serviços móveis, ficou óbvia a
necessidade de reestruturação do sistema de telefonia por rádio para que se obtivesse maior
capacidade com as limitações de espectro disponível e, ao mesmo tempo, provendo grandes
áreas de cobertura. (AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod, 2009).
O conceito celular foi uma grande descoberta na solução do problema de congestionamento
espectral e limitação de capacidade de usuários que havia em sistemas de comunicações móveis
até então. O Federal Communication Commission (FCC) – órgão americano regulamentador de
telecomunicações, em uma regulamentação de 22 de Junho de 1981 definiu o sistema celular
como:
“Um sistema móvel terrestre de alta capacidade no qual o espectro disponível é
dividido em canais que são reservados, em grupos, a células que cobrem
determinada área geográfica de serviço. Os canais podem ser reusados em
células diferentes na área de serviço. (RODRIGUES, 2000).”
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As tecnologias de telefonia celular são classificadas em gerações e sua evolução é apresentada na
figura 1 a seguir abaixo.
 

 
Figura 1: Evolução da tecnologia celular
Fonte: SILVA, 2010

Primeira Geração
Estes sistemas eram essencialmente analógicos e utilizavam o FDMA para se comunicar e foi
projetado para trafegar somente voz. Os primeiros sistemas desenvolvidos foram o Nordic
Mobile Telecomunications (NMT), Advanced Mobile Phone Service (AMPS), Total Access
Comunications System (TACS), Extended Total Access Comunications System (ETACS), C450
e o Radicom 2000. (AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod, 2009).
Devido a necessidade de mais capacidade, o sistema adotou a banda de 900 MHz e ficou
conhecido como NMT900. O AMPS foi introduzido nos EUA em 1978 pelos laboratórios Bell e
começou efetivamente a ser operado em 1983.
Estes sistemas possuíam inúmeros problemas como limitação de capacidade, terminais de
usuários grandes e pesados, incompatibilidade entre os sistemas, as interfaces não eram
padronizadas, baixa qualidade nas ligações e não havia nenhum tipo de segurança na transmissão
das informações.
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Segunda geração
Devido a necessidade de padronização para o sistema celular Europeu e a crescente demanda
pelo serviço móvel, foi necessário dar início ao desenvolvimento de sistemas digitais. Os
sistemas de 2ª geração começaram a ser efetivamente utilizados no início de 1990 e foi
impulsionado pelo avanço da tecnologia dos circuitos integrados que permitiram a efetiva
utilização da transmissão digital.
Estes sistemas, além de possibilitar uma maior capacidade, ofereciam as seguintes vantagens
sobre os analógicos:
Técnicas de codificação digital de voz mais poderosas;
Maior eficiência espectral;
Melhor qualidade nas ligações;
Tráfego de dados na rede; e
Criptografia da informação transmitida.
Como resultados deste esforço surgiram os sistemas conhecidos como GSM, CT-2 e DECT na
Europa, o Time Division Multiple Acess (TDMA, também conhecido como IS-54 e IS-136),
o Code Division Multiple Access (CDMA IS-95) nos EUA e o Personal Digital Cellular (PDC)
no Japão. (CASTRO, 2009).

Geração 2.5
A principal característica destes sistemas foi a possibilidade de solucionar os problemas de
capacidade enfrentados pelos sistemas anteriores. Várias tecnologias foram desenvolvidas para
este fim como o High Speed Circuit Switched Data (HSCSD), Enhanced Data Rates for Global
Evolution (EDGE) e o General Purpose Radio Services (GPRS).
Segundo AL-SHAHRANI e AL-OLYANI (2009) o GPRS permite taxa de dados de 115 Kbps e
a utilização de códigos para correção de erros. Esta tecnologia é baseada na comutação por
pacotes, o que torna o uso eficiente da largura de banda disponível com taxas de bits variável. É
apropriado para serviços que utilizam transmissão por rajadas, devido a sua capacidade de alocar
dinamicamente os recursos.
O EDGE representa uma fácil evolução do padrão GSM / GPRS rumo à terceira geração,
possibilitando maiores taxas de dados, usando a mesma portadora de 200KHz. As alterações na
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rede são mínimas, com foco nas características de modulação e na implementação de nova
codificação e decodificação do sinal, associadas com adaptações do sinal e envio de redundância
de informação que aumentam a eficiência da utilização do espectro. Uma das principais
características do EDGE esta no seu baixo custo de implantação, pois sua implementação é feita
através da atualização de software das base transceiver station (BTS).
 Geração 3.0G
O início dos estudos sobre os sistemas de terceira geração foi marcado por uma indecisão
mantida por duas correntes: uma defendia a criação de um único padrão mundial enquanto a
outra defendia a evolução das redes e sistemas atuais de forma a atender aos requisitos definidos
a partir da visão 3G. Apesar de ambas as alternativas possibilitarem a economia de escala de
fabricação para os componentes do sistema, a segunda teve maior força, pois também permitia
que os maciços investimentos já realizados pelas operadoras na implantação das redes e pelos
fabricantes em processo de fabricação e etapas de desenvolvimento de produtos em todo o
mundo fossem de certa forma protegidos.
Os sistemas 3G provêm diversas vantagens em comparação a seus antecessores, pois além de
oferecer serviços de telefonia e comunicação de dados com altas taxas de troughput, possui
maior imunidade a interferências. Os principais padrões desenvolvidos são:
UMTS: termo adotado para designar o padrão de 3ª Geração estabelecido como evolução
para operadoras de GSM e que utiliza como interface rádio o WCDMA ou o EDGE. Esta
tecnologia foi desenvolvida para prover serviços com altos níveis de consumo de banda,
como streaming, transferência de grandes arquivos e videoconferências para uma grande
variedade de aparelhos como telefones celulares, PDAs e laptops. Possui taxas de
transmissão que variam de 144 Kbps a 2Mbps, que dependem diretamente do ambiente e
da mobilidade do usuário.
Evolution Data-Optimized (CDMA): O CDMA 1xEV-DO é a evolução do CDMA (IS-
95), e possui alta performance para transmissão de dados com picos de até 2,4 Mbps.
Portadoras distintas são necessárias para dados e voz neste sistema. O uplink permanece
praticamente inalterado em comparação com o CDMA2000, mas no downlink esta
tecnologia utiliza a técnica TDMA. Opera em 800 e 1900MHz.
HSPA: é o resultado da utilização de dois protocolos de telefonia móvel, o High Speed
Downlink Packet Access (HSDPA) e do High Speed Uplink Packet Access (HSUPA). Ele
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amplia e melhora o desempenho dos protocolos WCDMA existentes com taxa de dados
que podem chegar até 14 Mbps no downlink e 5.8 Mbps no uplink.

Geração 4G
Quando se pensa em 4ª geração de sistemas celulares se pensa em uma total convergência de voz e
dados. Pensa-se, também na convergência de todas as redes semfio (LANs, IEEE802.11, bluetooth, etc.) e
na integração das redes públicas fixas ecelulares (AUGUSTO et..al, 2006).Toda esta integração e
convergência dos serviços possuem basicamente uma única causa: a crescente demanda dados e
mobilidade. Por causa disto, vem surgindo a 4ª geração as WMAN (Wireless Metropolitan Area
Network), e, também, padrões que garantem, além de uma cobertura metropolitana, uma maior
taxa de transmissão de dados com maior qualidade. Com isto estavam sendo desenvolvidos os
padrões IEEE 802.16, o WiMAX(Worldwide Interoperability for Microwave Access) e o IEEE
802.20, o Mobile-Fi. A grande similaridade das diversas tecnologias 4G é a utilização da técnica
de modulação OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing).Todas estas tecnologias
trabalham em redes IP/OFDM. É através destas eficientes técnicas de modulação e de múltiplo
acesso como OFDMA (Orthogonal Frequency Division Multiple Access) que é garantir a
escalabilidade, alta taxa de da dose segurança da rede 4G
A evolução desses estudos foi consolidada no LTE, tecnologia de 4G que está sendo amplamente
implantada em todo o mundo, e que se tornou a mais importante dentre as tecnologias
desenvolvidas. Essa tecnologia já se encontra em operação na Europa, Ásia e Américas,
utilizando-se as tecnologias LTE (Long Term Evolution) e Mobile-WiMAX. A operação
comercial das redes 4G LTE até 2012, era de 2.5GHz, a qual já está instalada nas cidades-sede
da Copa do Mundo FIFA 2014, o Brasil; actualmente em fase de ampliação da cobertura. O foco
das redes 4G é integralmente para o tráfego de dados (pacotes), ao contrário dos sistemas
anteriores, híbridos, que alternavam entre redes de pacotes ou de circuitos a depender da
demanda, respectivamente, de dados ou voz. O propósito foi reduzir a complexidade na
infraestrutura de rede existente nas arquiteturas anteriores. O LTE, especificamente, mantém
compatibilidade com sistemas legados. No entanto, enquanto as redes 3.5G e 3G, em uso,
atingem tipicamente velocidades máximas de 14 Megabits por segundo, são esperados, em
condições ideais, picos de até 120 Mbps nas redes LTE.
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Conceitos de Transmissão e Recepção


Multiple Input – Multiple Output (MIMO)
A tecnologia MIMO surgiu como uma das abordagens mais promissoras para alcançar maiores
taxas de dados em sistemas celulares. Um sistema MIMO corresponde a um conjunto de antenas
na transmissão e na recepção, caracterizando um sistema que utiliza diversidade espacial.
Esta técnica associada a outras, como modulação de alta ordem, antenas adaptativas e poderosas
DSPs (Digital Signal Processor) garantem as altas taxas exigidas pelo padrão LTE. Este conceito
vem sendo padronizado pelo 3GPP, e agora vem se tornando um fator determinante para as
novas tecnologias móveis devido as altas taxas de downlink e uplink exigidas. A figura 2
apresenta um típico sistema MIMO utilizando a configuração 2x2.
 
 

Figura 2: Sistema MIMO 2x2


Fonte: 3G Americas, 2009
 
O 3GPP padroniza as técnicas de transmissão para o LTE utilizando a tecnologia MIMO
apresentadas a seguir.

Codificação espaço/tempo
Neste caso o sistema MIMO fornece ganho de diversidade para combater o desvanecimento do
sinal causado por multi-percurso. Neste sistema, é feito uma cópia do sinal, porém eles são
codificados de formas diferentes e são enviados simultaneamente por diferentes antenas. O fato
de enviar a mesma quantidade de dados por diferentes fontes ao mesmo tempo aumenta a força
total do sinal enviado. A figura 3 apresenta um sistema MIMO utilizando a codificação espaço-
tempo.
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Figura 3: Codificação espaço-tempo


Fonte: 3G Americas, 2009
O LTE ainda utiliza outra técnica similar a codificação espaço-tempo conhecida como Space
Frequency Block Coded (SFBC). Este sistema também proporciona ganho de diversidade, porém
necessita apenas de uma antena na recepção. Isto ocorre, pois além de realizar a cópia do sinal e
codifica-los de forma diferente, eles são transmitidos em frequências distintas.
 
Multiplexação espacial
Os sinais são enviados em vários feixes, que exploram o ambiente para alcançar o destino. Esse
recurso é utilizado considerando as mudanças de direção do sinal quando este colide e desvia nos
vários obstáculos que podem existir no caminho entre o emissor e o receptor conforme
apresentado na figura 4. As mudanças de percurso podem gerar atrasos em partes do sinal, que
são compensados por algoritmos sofisticados utilizados nas antenas receptoras, que fazem os
cálculos baseando-se na reflexão sofrida pelo sinal ao longo do seu percurso. O receptor possui
filtros que são capazes de recuperar o sinal original após a chegada através do tratamento de
todos os feixes enviados pela fonte.
 
 

Figura 4: Multiplexação espacial


Fonte: 3G Americas, 2009
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O MIMO ainda pode ser classificado como Multi-User MIMO (MU-MIMO) ou Single


User MIMO (SU-MIMO). A principal diferença entre eles é que no SU-MIMO um único usuário
transmite os dados para o receptor enquanto no MU-MIMO vários usuários transmitem os dados
para o receptor simultaneamente. Estes recursos estão disponíveis tanto no downlink quanto para
o uplink. Apesar de ser suportado, o SU-MIMO não é indicado para uso no uplink devido a
complexidade e aumento do custo no equipamento do usuário.
 
Modulação OFDMA
O OFDM tem se tornado uma das principais técnicas utilizadas por tecnologias sem fio devido as
suas propriedades como tolerância contra interferência inter-simbólica e boa eficiência espectral.
Esta técnica tem sido desenvolvida desde os anos 60, e uma de suas principais características é o
baixo custo de implantação.
O OFDM é uma técnica baseada na Modulação por Multi Portadoras (MCM – Multi Carrier
Modulation) e na Multiplexação por Divisão de Frequência (FDM – Frequency Division
Multiplex) e pode ser considerada como um método de modulação ou de multiplexação.
Basicamente a modulação por multi-portadoras divide a banda do sinal em portadoras paralelas
que são chamadas subportadoras. Diferentemente dos sistemas tradicionais MCM, que utilizam
subportadoras não sobrepostas, o OFDM utiliza subportadoras que são matematicamente
ortogonais entre si, isto permite que cada informação possa ser enviada por subportadoras
sobrepostas, onde cada uma delas pode ser extraída individualmente (AL-SHAHRANI,
Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod, 2009). Essa propriedade ajuda a reduzir interferências
causadas por portadoras vizinhas e faz com que sistemas que utilizam o OFDMA possuam
melhor eficiência espectral com relação a outros sistemas, conforme apresentado na figura 5:
Modulação
A maioria dos sinais, da forma como são fornecidos pelo transdutor, não podem ser enviados
diretamente através dos canais de transmissão. Consequentemente, uma onda portadora cujas
propriedades são mais convenientes aos meios de transmissão, é modificada para representar a
mensagem a ser enviada. A modulação é a alteração sistemática de uma onda portadora de
acordo com a mensagem sinal modulante, e pode incluir também uma codificação.
É frequente notar que muitas formas não elétricas de comunicação, também envolvem um
processo de modulação, como a fala por exemplo. Quando uma pessoa fala, os movimentos da
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boca são realizados a taxas de frequências baixas, da ordem de 10 Hertz , não podendo a esta
frequência produzir ondas acústicas propagáveis. A transmissão da voz através do ar é
conseguida pela geração de tons portadores de alta frequência nas cordas vocais, modulando
estes tons com as ações musculares da cavidade bucal. O que o ouvido interpreta como fala é,
portanto, uma onda acústica modulada, similar, em muitos aspectos, a uma onda elétrica
modulada.
O porque da Modulação
Podemos resumir: A modulação é necessária para "casar" o sinal com o meio de transmissão.
Este "casamento" envolve algumas considerações importantes, detalhadas nos items seguintes:
Modulação para facilidade de irradiação;
Modulação para redução de ruído e interferência;
Modulação para designação de frequência;
Modulação para multiplexação; e
Modulação para superar limitações de equipamento.

Tipos de modulação
Em grande parte, o êxito de um sistema de comunicação depende da modulação, de modo que a
escolha do tipo de modulação é uma decisão fundamental em projetos de sistemas para
transmissão de sinais.
Muitas e diferentes técnicas de modulação são utilizadas para satisfazer as especificações e
requisitos de um sistema de comunicação. Independente do tipo de modulação utilizado, o
processo da modulação deve ser reversível de modo que a mensagem possa ser recuperada no
receptor pela operação complementar da demodulação.
Em princípio, é possível identificar dois tipos básicos de modulação, de acordo com o tratamento
da portadora pelo sinal modulante:
Modulação analógica; e
Modulação digital.
Ambos são utilizados nos sitemas de comunicação conforme o tipo de sinal que se quer
transmitir. Os dois tipos mencionados acima se subdividem em subtipos de acordo com as
necessidades e requisitos do projeto.
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Técnicas de Modulação
O processo de modulação consiste numa operação realizada sobre o sinal ou dados a transmitir e
que produz um sinal apropriado para a transmissão sobre o meio de transmissão em causa. A
escolha da técnica de modulação permite moldar as características do sinal a transmitir e adaptá-
lo às características do canal.
Entre outros aspectos, a operação de modulação permite:
 Deslocar o espectro do sinal a transmitir para a banda de frequências mais
apropriada/disponível;
 Produzir um sinal modulado com um espectro mais estreito ou mais largo, que o
sinal original;
 Tornar o sistema de transmissão mais robusto relativamente a algum tipo de ruído
e/ou interferência; e
 Adaptar a sensibilidade do receptor às características do canal.
 
As técnicas de transmissão dividem-se em dois grandes grupos: as técnicas destinadas à
transmissão de sinais analógicos e as técnicas destinadas à transmissão de dados digitais. Nos
dois grupos a transmissão podem ser efectuadas em banda base ou com recurso a portadoras
eléctricas ou ópticas. No entanto, a transmissão de sinais analógicos em banda base está,
normalmente, limitada a sistemas de transmissão a muito curtas distâncias, uma vez que esta
solução é muito pouco imune aos efeitos do ruído e interferência. Um exemplo da utilização
desta solução é o da transmissão de voz entre os telefones e as centrais da rede telefónica
convencional.
 
Transmissão analógica
A transmissão de sinais analógicos recorrendo a técnicas baseadas na modulação de portadoras é
muito utilizada na difusão de som radiodifusão e sinais de televisão. As duas principais técnicas
são a modulação de amplitude (AM) e a modulação de frequência (FM).
 
AM – Amplitude Modulation
Nesta técnica, o sinal a transmitir, (st), é veiculado na amplitude de uma portadora de
frequência fp, que pode ser eléctrica, electromagnética ou óptica, isto é, a amplitude da portadora
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varia de forma directamente proporcional à amplitude do sinal a transmitir. O sinal


modulado, sm(t),é descrito por:
 

 onde K é uma constante adicionada ao sinal a transmitir por forma a que a amplitude da
portadora nunca seja negativa e A é a amplitude da portadora. A Figura 1 mostra um sinal
modulado em AM.

Figura 5. Modulação em Amplitude (AM)

 No domínio da frequência, o processo de modulação corresponde a convoluir o espectro do sinal


a transmitir com um Delta de Dirac à frequência da portadora. Assim, o espectro do sinal
modulado ocupa duas vezes mais largura de banda que o mesmo sinal em banda base. Uma vez
que o espectro é simétrico relativamente à frequência da portadora, é possível aumentar a
eficiência espectral através da eliminação de um dos lobos do espectro antes de se proceder à
transmissão do sinal.
Os sinais modulados em AM são muito sensíveis ao ruído e interferência aditivos, uma vez que a
informação é transportada pela amplitude da portadora.
 
FM – Frequency Modulation
A modulação em frequência consiste em fazer variar a frequência de uma portadora de forma
directamente proporcional à amplitude do sinal a transmitir. O sinal modulado, sm(t), pode ser
representado por:
 
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onde A representa a amplitude da portadora, fp é a frequência da portadora e m é o índice de
modulação. O índice de modulação determina a amplitude da variação da frequência do sinal
modulado. Quanto maior for o índice de modulação, maior será a variação de frequência para o
mesmo sinal a transmitir e mais largo será o espectro do sinal modulado. A Figura 2 mostra um
sinal modulado em FM.
 

Figura 6. Modulação em Frequência (FM).

O espectro de um sinal modulado em FM não é simétrico em torno da frequência da portadora,


pelo que não é possível eliminar um dos lobos tal como no caso dos sinais AM. Assim, o
espectro de um sinal modulado em FM é mais largo que o espectro do sinal AM equivalente.
Os sinais modulados em FM são mais imunes ao ruído e à interferência aditivos que os sinais
AM, uma vez que a informação é transportada pela frequência instantânea do sinal modulado e
não pela amplitude da portadora. Assim, os sistemas de transmissão em que é necessária uma
maior qualidade do sinal relação sinal-ruído é utilizada normalmente a modulação em
frequência.
 
Transmissão digital
Nos sistemas de transmissão digital, os sinais podem ser transmitidos utilizando técnicas de
modulação em banda base ou técnicas baseadas em portadoras. Em qualquer dos casos a
transmissão pode ser binária ou multi-nível.
Nos sistemas de transmissão digital, a qualidade da transmissão é medida através da
probabilidade de erro de bit, isto é, da probabilidade de, uma vez transmitido um bit, este seja
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interpretado pelo receptor de forma errada. Os valores típicos da probabilidade de erro de bit vão
de 10-4 a 10-9.
 
Transmissão binária e multi-nível
Nos sistemas de transmissão digital, a informação a transmitir está normalmente representada
por um conjunto, ou sequência, de bits informação binária. O objectivo do sistema de
transmissão é transmitir esses bits. Quando cada um dos bits é transmitido isoladamente, isto é,
através da transmissão de um símbolo por cada bit, diz-se que estamos em presença de
transmissão binária. Quando, ao contrário, os bits são agrupados em palavras binárias e
transmitidos utilizando-se um símbolo por cada palavra, diz-se que estamos em presença de
transmissão multi-nível. Em transmissão binária, o sistema de transmissão transmite
sequencialmente um de dois símbolos que representa um dos dois bits (0 ou 1). Em transmissão
multi-nível, o sistema de transmissão transmite sequencialmente um dos N símbolos necessários
para representar as Npalavras, sendo N dado por:
 

 
“Exemplo: para transmitir uma sequência de palavras binárias com 3 bits de
comprimento são necessários 23=8 símbolos diferentes.”
 
A utilização de transmissão multi-nível permite obter um balanço entre a largura de banda
ocupada pelo sinal modulado e a potência que é necessário transmitir para que se obtenha uma
dada probabilidade de erro.
 
Transmissão em banda base
A modulação OOK é uma técnica binária e utiliza dois símbolos para representar os bits 0 e 1.
Os dois símbolos consistem em duas amplitudes de uma grandeza física tal como a corrente ou a
tensão de um sinal eléctrico. A Figura 3 mostra um sinal OOK, onde Tb representa a duração
temporal de cada bit.
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PAM – Pulse Amplitude Modulation


A modulação da amplitude do impulso consiste na utilização de impulsos com amplitudes
diferentes para representar símbolos diferentes. Na sua forma mais simples são utilizados
impulsos com duas amplitudes diferentes, o que correspondo à modulação OOK se uma das
amplitudes for nula. Se forem utilizados impulsos com mais que duas amplitudes diferentes,
estamos em presença de modulação multi-nível. A Figura 5mostra um exemplo de um sinal
modulado em 4-PAM, isto é, onde são  utilizadas 4 amplitudes diferentes para constituir outros
tantos símbolos.

PPM – Pulse Position Modulation


A modulação de posição do impulso consiste na divisão do tempo atribuído à transmissão de um
símbolo em M intervalos iguais, sendo a informação transmitida através da transmissão de um
(apenas um) impulso numa dessas M posições. PPM é também uma técnica de transmissão
multi-nível.
A Figura 6 mostra um exemplo de 4-PPM, isto é, um exemplo em que o tempo de um símbolo é
dividido em quatro intervalos iguais. A transmissão de um impulso em cada uma das 4 posições
representa os 4 símbolos diferentes.
 
Lógica de transmissão
Utiliza-se junto ao circuito de transmissão um circuito lógico que permite a multiplexação no
tempo do sinal a ser transmitido, esta multiplexação introduz ao sistema transmissor a
codificação necessária que possibilita a recepção do sinal e também faz com que o sistema não
fique transmitindo na totalidade do tempo, reduzindo assim os espúrios irradiados que poderiam
prejudicar outros sistemas em funcionamento.
O circuito lógico impõe através da multiplexação no tempo um intervalo de 967ms sem a
presença do sinal e 33   ms com o sinal ativado a cada 1 s de transmissão periodicamente.
O sinal modulante (informação) do sistema também é gerado neste primeiro circuito, o qual tem
uma freqüência 1 KHz e é este sinal que carrega a informação a ser transmitida, onde a
combinação dos níveis lógicos 0 e 1 informam o receptor da presença do deficiente.
 
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Amplificador transmissor de potência


Para simplificar o circuito, o estágio de amplificação é substituído, optando-se por transistor que
apresenta um maior ganho.

Antena de transmissão
Levando-se em consideração a frequência do sinal transmitido, chega-se ao comprimento de
onda com 69,14 cm, como é utilizado uma antena monopolo de ¼ λ, portanto o tamanho da
antena necessária é de 17,28 cm que passa ao sinal transmitido um ganho teórico de 1,5 vezes.
 
Circuito Receptor
Antena de recepção
A antena utilizada na recepção do sinal transmitido possui as mesmas características da antena de
transmissão e, portanto, é idêntica.

Amplificador receptor
O sinal captado pela antena está com amplitudes muito baixas e com muito ruído, não podendo
ser utilizado instantaneamente, então ao passar pelo estágio de amplificação o sinal é filtrado e
amplificado, pois este amplificador possui as características de um amplificador sintonizado, ou
seja, ele amplifica somente na faixa frequência que foi projetado.
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Conclusão
O LTE está bem posicionado para atender aos requisitos das redes móveis de próxima geração –
tanto para as operadoras existentes que seguem 3GPP/3GPP2, como para as novas. Com ela,
poderão ser oferecidos serviços de banda larga móvel de elevado desempenho para o mercado de
massa, por meio de uma combinação de elevadas taxas de bit e throughput – tanto
no uplink como no downlink – com baixa latência.
 Analisando com cuidado as técnicas apresentadas na escala evolutiva do 3GPP, observamos a
preocupação com dois aspectos complementares: de um lado a tentativa de aumentar a eficiência
espectral com a adoção de técnicas de modulação de alta ordem, como o 64QAM e a utilização
de técnicas de acesso como o OFDMA, e de outro a tentativa de melhorar o C/I com a adoção de
técnicas como o MIMO, a diversidade de recepção e o cancelamento sucessivo de interferência.
Com o aumento de ordem da modulação, tende-se a aumentar a vulnerabilidade do receptor no
caso de ocorrência de interferências, porém isto é compensado pelo uso do FDMA. Já o MIMO
tenta minimizar o efeito da interferência percebida, viabilizando o uso mais eficiente do espectro
de frequência.
 A infra-estrutura LTE é projetada para ser a mais simples possível de implementar e operar, por
meio de tecnologia flexível que pode utilizar várias faixas de frequência. O LTE oferece larguras
de banda escalonáveis, de menos de 5MHz a 20MHz, com suporte a espectros de FDD e TDD. A
arquitetura LTE reduz o número de nós, suporta configurações flexíveis de rede e fornece um
alto nível de disponibilidade de serviço. Além disso, terá interoperabilidade com GSM,
WCDMA/HSPA, TD-SCDMA e CDMA.
 Apesar de não ser considerada efetivamente como uma tecnologia de 4ª geração, o LTE se
apresenta como uma tecnologia promissora que permitirá ao usuário uma experiência real de
banda larga móvel. O 3GPP continua a realizar os estudos para definir os parâmetros da 4ª
geração das comunicações móveis através da Release-10 conhecida como LTE Advanced. Esta
tecnologia irá reunir dois aspectos fundamentais da telefonia móvel: a utilização de altas taxas de
dados com as facilidades encontradas nas tecnologias que antecedem o LTE como o tráfego de
voz e SMS. O LTE estará disponível não apenas nos telefones móveis de próxima geração, mas
também nos notebooks, câmeras fotográficas, câmeras de vídeo, terminais sem fio fixos e outros
dispositivos que se beneficiam da banda larga móvel.
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Bibliografia
MOTA, Tiago Andrade. Redes 3G e evolução para as redes 4G. 2009.
SOUZA, Adriano Aurélio. Análise de Desempenho de Técnicas MIMO no Sistema LTE. 2009.
129f. Monografia (conclusão de curso) – Instituto Federal de Santa Catarina, São José - Santa
Catarina.
3G Americas. The Mobile Broadband Evolution: 3GPP Release 8 and Beyond HSPA+,
SAE/LTE and LTE-Advanced. 3G Americas, 2009. 178 p.
 3G Americas. GSM-UMTS Network Migration to LTE: LTE and 2G-3G interworking
functions. 3G Américas, 2010. 42 p.
Turra, Sidónio Cipriano, dissertação sobre Redes celulares, Nampula, 2017.
Turra, Sidónio Cipriano, dissertação sobre Redes Via satélite, Nampula, 2017.
Turra, Sidónio Cipriano, dissertação sobre Redes Moveis sem fio, Nampula, 2017.

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