ESMAE

Ano letivo 2017/2018

Introdução Metodologia Ciêntífica TP2
Prof. Doutora Ana Maria Liberal

A música como ferramenta de manipulação

psicológica no Holocausto

Trabalho realizado por:

Bernardo Salabert (4160061), Carolina Lima (4160051), Inês Oliveira (4160043),

Marta Nabais (4160040), Rafaela Alves (4160163)

Curso: Licenciatura em Música

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Introdução Metodologia Ciêntífica TP2
Prof. Doutora Ana Maria Liberal

Introdução

- Motivo da escolha do tema

Escolhemos este tema porque consideramos que a música sempre teve um
papel na sociedade muito maior do que mero entretenimento. A música pode
ser utilizada como uma ferramenta de influência subconsciente nas pessoas e
isso acontece em inúmeros casos, como por exemplo nos consumidores cujo
estado de espírito se altera de acordo com a música de fundo da loja onde
entram, nos filmes, na publicidade em geral e em casos tão extremos quanto o
Holocausto. Quisemos estudar esta última alínea em específico porque surgiu
interesse em perceber até que ponto esta influência se manifesta num contexto
tão trágico e desumano.

- Importância do tema para a comunidade científica

O nosso contributo para a comunidade científica reside na exploração de uma
associação de ideias ainda pouco analisada, sendo estas ideias “a influência da
música no nosso subconsciente” e o Holocausto em si. Há inúmeras fontes de
informação sobre cada um dos assuntos, mas poucos ou quase nenhum sobre a
associação de ambos, e o nosso trabalho contribui para preencher essa lacuna.

- Objetivos do trabalho
Ao longo do trabalho pretendemos, em primeiro lugar, fazer uma análise do
estado da arte para uma melhor compreensão dos aspetos do nosso tema que
estão mais em falta, podendo assim completar a informação existente. De
seguida fazer um esclarecimento sobre os dois assuntos a associar – “a
influência da música no nosso subconsciente” e o “Holocausto” – e, por fim,
perceber de que forma essa influência foi sentida, sob a forma de manipulação,
durante este acontecimento.
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Estado da arte

- Avaliação da bibliografia existente

Ao longo da nossa pesquisa verificámos a existência de inúmeros livros,
testemunhos e artigos sobre questões que vão de encontro ao nosso tema de
forma indireta. Há uma grande quantidade de informação sobre o Holocausto,
sobre a forma como este acontecimento influenciou a música e a arte em geral,
sobre a música e o seu poder no nosso subconsciente em geral, mas não
encontrámos nenhuma fonte que estabeleça uma conclusão esclarecedora sobre
o tema que abordamos. Incluímos também na nossa investigação um vídeo
representativo da ação da música na propaganda Nazi, que nos permitiu uma
análise mais direta do assunto. O vídeo encontra-se, em hiperligação, nos
anexos abaixo.

- Contribuição do trabalho para o tema, em função da bibliografia

existente
Tendo em conta a bibliografia existente, percebemos que não existem muitos
documentos sobre a vertente psicológica ligada ao Holocausto – mais
especificamente ligada ao poder da música como forma de manipulação
psicológica.

No fundo, com a ajuda da bibliografia escolhida, que nos permite fazer uma
leitura histórica, queremos focar-nos na influência da música no subconsciente
interligando isso com o acontecimento mais trágico e atroz da História da
Humanidade – o Holocausto.

Pretendemos preencher esta lacuna, contribuindo com o nosso trabalho para a

comunidade científica.

Temos consciência que, para além de todo o conflito político, económico e

ideológico, o Holocausto foi essencialmente o drama das pessoas, as vidas
humanas perdidas, e é por isso que nos interessa tentar perceber em que
medida a música pode ter influenciado estas pessoas que viveram o
inimaginável limite dos horrores.
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Metodologia

- Método de investigação
A metodologia utilizada é a investigação histórica sendo que o tema se
distancia do presente e consiste no estudo de conhecimentos, processos e
intuições passadas. As fontes em que nos baseámos são primárias e secundárias
e a conclusão é clara e fidedigna.

Bibliografia

Brown, S., & Ulrik, V. (2016). Music and Manipulation. On the social uses and social
control of Music. New York; Oxford: Berghahm Books.

Currid, B. (2006). A National Acoustics: Music and Mass Publicity in Weimar and
Nazi Germany. University of Minnesota Press.

Faingold, R. (Dezembro de 2015). Música em Dachau. Morashá.

Flam, G. (1940-45). Singing for Survival. Songs of the Lodz Ghetto. Illinois Press.

Gilbert, S. (2005). Music in the Holocaust: Confronting Life in the Nazi Ghettos and
Camps. Oxford: Oxford University Press.

John, E. (2001). Music and Concentration Camps: An Appoximation. Journal of

Musicological Research.

Martin, P. (2006). Music and the Sociological Gaze: Art worlds and cultural
production. Manchester University Press.

Mickenberg, D., Granof, C., & Hayes, P. (2003). The Last Expression. Art and
Awchwitz. Chicago: Mary and Leigh Block Museum of Art, Northwestern
University.

Moreno, J. (1999). Orpheus in Hell: Music and Therapy in the Holocaust.

Naliwajek-Mazurek, K. (2013). Music and Torture in nazi Sites of Persecution

and Genocide in Occupied Poland, 1939-1945. The World of Music, 2, 31-50.

Porter, P. M. (Autumn de 2005). What is "Nazi Music". The Musical Quarterly, 88,
428-455.