Este documento apresenta uma aula introdutória sobre materiais cerâmicos ministrada para estudantes de engenharia de materiais. O documento discute conceitos gerais sobre cerâmicas, tipos de ligação atômica, propriedades, aplicações comerciais e o mercado mundial de cerâmicas. O professor fornece detalhes sobre a bibliografia, avaliação e conceitos como compósitos, semicondutores e diferentes tipos de cerâmicas.
Este documento apresenta uma aula introdutória sobre materiais cerâmicos ministrada para estudantes de engenharia de materiais. O documento discute conceitos gerais sobre cerâmicas, tipos de ligação atômica, propriedades, aplicações comerciais e o mercado mundial de cerâmicas. O professor fornece detalhes sobre a bibliografia, avaliação e conceitos como compósitos, semicondutores e diferentes tipos de cerâmicas.
Este documento apresenta uma aula introdutória sobre materiais cerâmicos ministrada para estudantes de engenharia de materiais. O documento discute conceitos gerais sobre cerâmicas, tipos de ligação atômica, propriedades, aplicações comerciais e o mercado mundial de cerâmicas. O professor fornece detalhes sobre a bibliografia, avaliação e conceitos como compósitos, semicondutores e diferentes tipos de cerâmicas.
Ementa } Introdução ao conceito de materiais cerâmicos; } Interações atômicas dos materiais cerâmicos; } Materiais cristalinos; } Vidros e outros materiais não-cristalinos; } Superfícies e interfaces; } Equilíbrio e reações entre fases cerâmicas; } Microestruturas cerâmicas; } Matérias primas cerâmicas; } Introdução à cerâmicas refratárias.
2 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Detalhes } Bibliografia base: } L. H.Van Vlack, Propriedade dos Materiais Cerâmicos, 1ª edição,Vol. Único, São Paulo: Edgard Blucher, 1973. } W. D. Callister, Materials Science and Engineering: an Introduction,7th edition, vol. único, New York: John Wiley and Sons, 2007. } C. Barry Carter, M. Grant Norton, Ceramics Materials: Science and Engineering, vol. único, New York: Springer, 2007. } Auxiliar: } Chiang,Y-M; Birne III, D; Kingery, W. D., Physical Ceramics: Principle for Mceramic Science and Engineering, 1ª Edição, New York: Wiley and Sons, 1996. } D. Schuller; E. C. Bianchi; P. R. Aguiar, Influência de defeitos e diferentes processos de fabricação nas propriedades mecânicas finais de cerâmicas, Cerâmica, vol.54, no.332, 2008
} Avaliação: } 1 prova por bimestre.
3 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Conceitos Gerais } Os materiais sólidos são divididos em classes: } Cerâmicos } Metais, e } Polímeros } Essa classificação está baseada em: } Tipos de átomos envolvidos e } A ligação entre eles } Compósitos } Combinação de mais de um material } Sem reações química entre eles
4 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Ciência dos Materiais clássica: } Metais: } Puros ou liga; } Átomos unidos por elétrons delocalizados para superar a repulsão mutua entre os núcleos iônicos; ¨ Bons condutores térmicos e elétricos } Ligas: combinações de elementos metálicos e/ou não metálicos } Muitas ferramentas de aço contém cerâmica: ¨ Fe3C e W6C; ¨ Produzem endurecimento e resistência ao desgaste; ¨ Tornam mais frágeis;
} Por causa das ligações:
¨ Estruturas de empacotamento fechado; ¨ Deformação plástica à temperatura ambiente
5 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Defiinições } Polímeros } São formados por macromoléculas } Ligação covalente } União de várias moléculas simples: meros } Maioria é orgânica baseada em carbono, hidrogênio e outros não metálicos } Ligação entre as cadeias moleculares determina as propriedadades } Ligação cruzada: vulcanização } Polímeros e plástico: normalmente intercambiável } Os plásticos atualmente utilizados ¨ Combinação de polímeros ¨ Adição de cargas e aditivos ¨ Fornecem propriedades e aparência desejadas.
6 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Cerâmicas } Ligação química “misturada” } Combinação de covalente, iônica, e algumas vezes metálica } Consiste em uma rede interconectada (sem moléculas) } A maioria das cerâmicas são compostas de metais, semi-metais e não-metais; } Normalmente são óxidos, nitretos e carbetos } São cerâmicas ? } Diamantes e grafite } Gelo } Osso (hidroxiapatita)
7 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Semicondutores: } Classe de materiais baseada em uma propriedade } Possuem condutividade elétrica entre um isolante e um bom condutor } A condutividade é fortemente depende da presença de impurezas } Semicondutores com larga banda “gap”: 3eV } SiC, BN: ¨ Uso em altas temperaturas ¨ Sensores em células combustível
} GaN: Laser de diodo azul
8 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Compósitos: } Combinação de mais de um material ou fase } Cerâmicas são aplicadas em diversos compósitos } Normalmente para reforço } O compósito mais antigo: } 9000 anos atrás: Tijolo com reforço de palha } Compósitos importantes para humanidade: } Ossos (hidroxiapatita + colágeno) } Concreto
9 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Definição mais aceita de cerâmica: } Kingery et al em 1976 } Uma cerâmica é um sólido não-metálico e inorgânico } Todos os semicondutores inorgânicos } Uma cerâmica deixa de ser cerâmica quando fundida } Algumas cerâmicas se tornam supercondutoras quando resfriadas } Vidros: sólido / líquido super-resfriado } Uma classe especial de cerâmica } Pode ser cristalizado sob certas condições
10 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Definições } Não se pode afirmar que cerâmicas são frágeis } Mangueira de borracha ou uma banana podem ser estilhaçados quando à 77K e marteladas } Não se pode afirmar que cerâmicas são isolantes } As menos que a banda gap não seja menor do que de um semicondutor } Não se pode afirmar que cerâmicas são condutores de calor ruins } O diamante tem a maior condutividade térmica conhecida
} Do Grego KERAMOS = barro de oleiro
} Sanscrito = para ser queimado
11 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Propriedades Gerais } Fragilidade: } Experiência pessoal desta propriedade } Causa: ligação iônica-covalente } Em altas temperaturas: vidro não é frágil } Baixa condutividade térmica e elétrica } Os elétrons de valência estão fixos nas ligações } Não são livres } Diamante: } Condução térmica causada pelos fônons. } ReO3: } Condutividade elétrica igual a do cobre (temperatura ambiente) } YBa2Cu3O7 } Supercondutor à 92K
12 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Propriedades Gerais } Resistência à compressão } Cerâmicas são mais resistentes à compressão do que à tração } Nos metais, os valores são semelhantes } Uso em: } Rolamentos } Concretos de pontes
13 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Propriedades Gerais } Resistência Química } Vidro de Pirex: laboratórios de química } Resistente à corrosão química } Estável em altas temperaturas } Resistente à choques térmicos } Baixo coeficiente de expansão } Transparência } Pois apresentam altos valores da banda gap } Exemplos: } Safira, fibra ópticas
14 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Tipos de cerâmicas e suas aplicações } As cerâmicas pode apresentar diversas aplicações: } De tijolos e azulejos } Até componentes eletrônicos e magnéticos } As propriedades das cerâmicas são dependentes: } Composição } Microestrutura } A relação entre estrutura e propriedade } Fundamento para a ciência e engenharia dos materiais
15 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Tipos de cerâmicas e suas aplicações
16 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Cerâmicas tradicionais e avançadas
17 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Mercado Mundial } Mercado multibilionário } US$ 100 bilhões por ano } A distribuição geral é: } 55% vidros } 17% cerâmicas avançadas } 10% louça branca } 9% porcelana } 7% refratários } 2% argila estrutural
18 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Mercado Mundial } O mercado de vidros: } 32% vidros planos } 18% iluminação } 17% recipientes } 17% fibra óptica } 9% tubos para TVs } 5% artigos de vidro } 1% técnico/laboratório } 1% outros
19 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Mercado Mundial } Para as cerâmicas avançadas (2ª maior mercado) } 36% capacitores/substratos/empacotamento } 23% cerâmicas elétricas/eletrônicas } 13% outros } 12% porcelana elétrica } 8% cerâmicas de engenharia } 8% fibras ópticas } Cerâmicas supercondutoras de alta temperatura } < 1% do mercado
20 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Mercado Mundial } Cerâmicas de engenharia } Componentes resistentes ao desgaste } Biocerâmicas (20%) } Implantes e coroas dentárias } Louça branca (10%) } Pias, vaso sanitário, conjunto de jantar, canecas } Pisos e azulejos (40% do mercado de louça branca) } Refratários } 50% é consumido pelas indústria do aço
21 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Questões críticas para o futuro } Atualmente o maior crescimento é em cerâmicas avançadas } Cerâmicas estruturais: } Si3N4, SiC, ZrO2, B4C e Al2O3 } Ferramentas de corte, componentes resistentes ao desgaste, trocadores de calor e peças de motores. } Alta dureza, baixa densidade, alta resistência mecânica em altas temperaturas, resistência ao escoamento, à corrosão e inércia química. } Questões importantes para serem resolvidas: redução de custo, melhoramento da confiabilidade e reproducibilidade
22 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Questões críticas para o futuro } Cerâmicas eletrônicas } BaTiO3, ZnO, PZT, AlN, SCAT } Usos em capacitores, varistores, sistemas microeletromecânicos, substratos e empacotamento de circuitos integrados } Desafios: integração com a tecnologia de semicondutor existente, melhoramento do processamento, e da compatibilidade com outros materiais } Biocerâmicas } Inertes, bioativas ou reabsorvíveis } Inertes: Al2O3 e ZrO2 } Bioativas: hidroxiapatitas } Desafios: propriedades mecânicas próximas ao dos tecidos humanos, melhoramento na confiabilidade e nos métodos de processamento.
23 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Questões críticas para o futuro } Recobrimentos e filmes } Usado para modificar uma superfície } Desafios: deposição e crescimento dos filmes, adesão entre o filme e o substrato e reproducibilidade } Compósitos } Uso da cerâmica como matriz ou reforço } Principal uso: aumento da tenacidade } Desafios: Redução nos custos de processamento, desenvolvimento de materiais compatíveis e entendimento das interfaces } Nanocerâmicas } Nova tecnologia } Usados em cosméticos, protetor solar, catálise, células combustíveis, recobrimento e dispositivos
24 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Relação entre microestrutura, processamento e aplicações } Ciência dos materiais } Síntese, processamento, estrutura e composição } A estrutura pode ser considerada em vários níveis } A mais refinada é a eletrônica } Interfere na cor, condutividade e magnetismo } O arranjo atômico deve ser considerado para determinar a estrutura cristalina } Policristalino } Tamanho, formato, orientação dos grãos definem as propriedades macrocópicas destes materiais
25 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Relação entre microestrutura, processamento e aplicações } Equação Hall-Petch
26 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Relação entre microestrutura, processamento e aplicações } Transparência ou translucidez
27 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Relação entre microestrutura, processamento e aplicações } Condutividade térmica
28 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Relação entre microestrutura, processamento e aplicações } Resistividade elétrica
29 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Segurança } Quando for trabalhar com qualquer material, considerar } Toxicidade: materiais que contém Pb e Cd ou fluoretos } Particular pequenas: inalação } Temperaturas altas:
} Orgânicos: solventes e ligantes
30 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Cerâmica na Brasil } Associação Brasileira de Cerâmica } www.abceram.org.br } Revista Cerâmica } www.scielo.br/ce } Cerâmica Industrial } www.ceramicaindustrial.org.br } Congressos } CBC – Congresso Brasileiro de Cerâmica } CBECIMat – Congresso Brasileiro de Ciência e Engenharia dos Materiais } PTech - Latin American Conference on Powder Technology
31 Prof. Dr. Daniel Thomazini
Cerâmica no Mundo } www.FutureCeramics.com } www.acers.org - The American Ceramic Society } www.acers.org/cic/propertiesdb.asp The Ceramic Proper- ties Database } www.ceramics.com } www.ceramicforum.com A web site for the ceramics professional } www.ecers.org - The European Ceramics Society } www.ceramicsindustry.com - Source of industry data } www.porcelainenamel.com - The Porcelain Enamel Institute. 32 Prof. Dr. Daniel Thomazini