COMO TRANSFORMAR A SUA VIDA
Este livro é como um espelho do Dharma, que mostra todas
as falhas das minhas agées fisicas, verbais e mentais. Por
mostrar-me todas as minhas falhas, este livro oferece-me a
grande oportunidade de superd-las e de remover, assim, to-
das essas falhas do meu continuum mental.
Este livro é 0 remédio supremo. Por praticar as instrugées
contidas nele, posso curar a mim mesmo das doencas das
delusées, a verdadeira fonte de todos os meus problemas e
sofrimentos.
Este livro é a luz de sabedoria, que dissipa a escuridao da
minha ignorancia; sao os olhos divinos com os quais posso
enxergar 0 caminho efetivo a libertagao e 4 iluminagéo; e é 0
Guia Espiritual supremo, de quem posso receber os conselhos
mais profundos e libertadores.
NAo importa se o autor é ou nao famoso - se um livro contém
ensinamentos espirituais puros, ele € como um espelho do Dhar-
ma, um remédio, uma luz de sabedoria e olhos divinos, e é um
Guia Espiritual supremo. Se sempre lermos livros de Dharma e
ouvirmos com aten¢ao os ensinamentos com esse reconhecimento
especial, nossa fé e sabedoria irao definitivamente aumentar. Con-
templando desse modo, podemos desenvolver e manter a fé nos
ensinamentos espirituais, nos professores que nos mostram os ca-
minhos espirituais e em nossos amigos espirituais. Isso facilitara
bastante 0 nosso progresso em nossa pratica espiritual.
SENSO DE VERGONHA E CONSIDERACAO PELOS OUTROS.
A diferenga entre senso de vergonha e consideragao pelos outros é que,
com o primeiro, evitamos acées inadequadas por razées que di-
zem respeito a nds mesmos, ao passo que, com o segundo, evitamos
agées inadequadas por raz6es que dizem respeito aos outros. Assim,
o senso de vergonha nos restringe de cometer acGes inadequadas por
nos lembrar de que é impréprio nos envolvermos em agées desse
tipo porque somos, por exemplo: um praticante espiritual, ou uma
74UMA PRATICA ESPIRITUAL COMUM A TODAS AS PESSOAS
pessoa ordenada, ou um professor espiritual, ou um adulto, e as-
sim por diante; ou porque no queremos experienciar os resulta-
dos negativos que resultam das nossas aces. Se pensarmos “nao é
correto para mim matar insetos porque isso me faré experienciar
sofrimento no futuro” e, entao, tomarmos a firme decisio de nao
maté-los, estaremos motivados pelo senso de vergonha. Nosso sen-
so de vergonha nos protege de cometer a¢6es negativas ao apelar
a nossa consciéncia e a padrées de comportamento que julgamos
adequados. Se formos incapazes de gerar senso de vergonha, acha-
remos extremamente dificil praticar disciplina moral, a base sobre a
qual as realizages espirituais se desenvolvem.
Exemplos de consideracao pelos outros sao: refrearmo-nos de
dizer algo desagradavel porque isso aborreceria a outra pessoa, ou
desistir de pescar devido ao sofrimento que isso causa ao peixe.
Precisamos praticar consideragio sempre que estamos com os
outros, através da observagao atenta do nosso comportamento
para ver se ele pode estar perturbando ou causando algum dano.
Nossos desejos sao intermindveis e muitos deles, se concretizados,
causariam muita dor e afligao aos outros. Portanto, antes de agir
sob a influéncia de um desejo, devemos considerar se iremos per-
turbar ou prejudicar os outros e, se avaliarmos que isso ird ocor-
rer, devemos desistir de fazé-lo. Consideracao pelos outros é estar
atento ao bem-estar dos outros.
Considera¢ao pelos outros ¢ importante para todos. Se agirmos
com consideragao, os outros irao gostar de nds e nos respeitar, e
nossas amizades e relacdes familiares irdo se tornar harmoniosas
e duradouras. Entretanto, sem consideracao pelos outros, as rela-
ges se deterioram rapidamente. A consideracao impede que os
outros percam a fé em nds e é o fundamento para desenvolver uma
mente de regozijo.
Somos uma pessoa boa ou uma pessoa ma na dependéncia de
termos ou nao senso de vergonha e considera¢o pelos outros. Sem
essas duas qualidades, nosso comportamento diario logo ird se tor-
nar negativo e fard com que os outros se afastem de nds. Senso de
vergonha e considera¢ao sao como belas roupas que nos tornam
75COMO TRANSFORMAR A SUA VIDA
pessoas agradaveis aos outros. Sem senso de vergonha e considera-
do, somos como uma pessoa despida, a quem todos tentam evitar.
Tanto o senso de vergonha quanto a consideragao pelos outros
sio caracterizados por uma determinagao de se abster de se en-
volver em agées negativas e inadequadas e de se abster de quebrar
votos e compromissos. Essa determinagao é a verdadeira essén-
cia da disciplina moral. Geramos e mantemos essa determinacio
através de contemplar os beneficios de praticar disciplina moral e
08 perigos de quebra-la. Em particular, precisamos relembrar que,
sem disciplina moral, no temos chance alguma de obter qual-
quer renascimento elevado, quanto mais alcangar o nirvana!
Senso de vergonha e consideragao pelos outros sao os funda-
mentos da disciplina moral, que, por sua vez, é a base para obter
realizagGes espirituais e a causa principal de renascimento eleva-
do, Nagarjuna disse que, assim como os prazeres vém da pratica
de dar, a felicidade de um renascimento elevado vem da pratica
de disciplina moral. Os resultados de praticar generosidade po-
dem ser experienciados tanto em um reino elevado quanto em um
reino inferior, na dependéncia de praticarmos ou nao a genero-
sidade em associagao com disciplina moral. Se nao praticarmos
disciplina moral, nossa acao de dar iré amadurecer em um reino
inferior. Por exemplo, como resultado de agées de generosidade
acumuladas em vidas anteriores, alguns cachorros de estimagao
tém condi¢6es extremamente melhores que a de muitos seres hu-
manos - sio mimados por seus donos, recebem comida especial e
almofadas macias e sao tratados como um filho predileto. Apesar
desses confortos, essas pobres criaturas tiveram, no entanto, um
renascimento numa forma de vida inferior, com 0 corpo ea mente
de um animal. Eles nao tém base fisica nem mental para continuar
com sua pratica de dar ou de qualquer outra a¢ao virtuosa. Eles
nao podem compreender o significado dos ensinamentos espiri-
tuais nem transformar suas mentes. Quando seu carma anterior
de generosidade, que criaram em vidas passadas, esgotar-se pelo
desfrute de boas condigées como essas, seus prazeres chegarao ao
fim e, numa vida futura, iro experienciar pobreza e fome, pois
76UMA PRATICA ESPIRITUAL COMUM A TODAS AS PESSOAS
nao tiveram oportunidade de criar mais agées virtuosas. O motivo
disto tudo acontecer é que eles nao praticaram generosidade asso-
ciada a disciplina moral e, por essa razo, nao criaram a causa para
um renascimento elevado. Por meio de praticar senso de vergonha
e consideragao pelos outros, podemos abandonar as agdes nao
virtuosas, ou inadequadas, a raiz dos nossos sofrimentos futuros.
O que “renascimento inferior” e “renascimento elevado” signi-
ficam? Se tivermos renascido como um ser-do-inferno, fantasma
faminto ou animal, nao teremos oportunidade de compreender e
praticar ensinamentos espirituais puros, que nos conduzem 4 feli-
cidade pura e duradoura. Desse ponto de vista, esses renascimen-
tos sio denominados “renascimentos inferiores”. Por outro lado, se
tivermos renascido como um ser humano, semideus ou deus, te-
remos a oportunidade de compreender e praticar ensinamentos es-
pirituais puros; portanto, deste ponto de vista, esses renascimentos
so denominados “renascimentos elevados”. Se nao tivermos opor-
tunidade para compreender, contemplar e meditar no significado
de ensinamentos espirituais, teremos de permanecer com uma vida
vazia nesta vida e vida apés vida, interminavelmente, sem sentido
algum e experienciando unicamente sofrimento.
ANTIAPEGO
Neste contexto, antiapego é a mente de remincia, que é 0 oponente ao
apego, ou desejo descontrolado. Renuncia nao € 0 desejo de aban-
donar nossa familia, amigos, lar, trabalho e nos transformarmos,
entdo, em um mendigo; mais precisamente, a rentincia é uma mente
que atua, ou funciona, para interromper 0 apego por prazeres mun-
danos e que busca a libertagao do renascimento contaminado,
Precisamos aprender a acabar com 0 nosso apego por meio da
pratica de rentincia; caso contrario, nosso apego sera um sério
obstaculo 4 pureza da nossa pratica espiritual. Assim como um
passaro nao pode voar se tiver pedras amarradas as suas pernas,
também nao podemos fazer progressos no caminho espiritual se
estivermos firmemente presos pelas correntes do apego.
77COMO TRANSFORMAR A SUA VIDA
O momento de praticar reniincia ¢ agora, antes da nossa mor-
te. Precisamos reduzir nosso apego pelos prazeres mundanos,
compreendendo que eles sao enganosos e que nao podem nos
dar satisfacao verdadeira. Na verdade, eles somente nos causam
sofrimento. Esta vida humana, com todos os seus sofrimentos e
problemas, é uma grande oportunidade para aperfeigoarmos tan-
to a nossa rentincia quanto a nossa compaixao. Nao devemos des-
perdicar esta preciosa oportunidade. A realizacao da reniincia é a
porta pela qual ingressamos no caminho espiritual 4 libertagao, ou
nirvana. Sem rentincia, é impossivel até mesmo ingressar no cami-
nho & felicidade suprema do nirvana, quanto mais progredir nele!
Para desenvolver e aumentar nossa remincia, podemos con-
templar repetidamente o seguinte:
Porque minha consciéncia nao tem um inicio, tenho renasci-
do incontdveis vezes no samsara. Ja tive, também, incontdveis
corpos. Se todos esses corpos fossem reunidos, preencheriam o
mundo inteiro, e todo 0 sangue e demais fluidos corporais que
corriam dentro deles formariam um oceano. O meu sofrimento
em todas essas vidas anteriores foi tao grande que derramei
lagrimas de dor suficientes para formar mais um oceano.
Em cada uma dessas vidas, vivenciei os sofrimentos da
doenca, do envelhecimento, da morte, de ser separado daque-
les que amo e de nao conseguir satisfazer meus desejos. Se eu
nao alcangar agora a libertagao permanente do sofrimento,
terei de vivenciar esses sofrimentos muitas e muitas vezes, em
incontdveis vidas futuras.
Contemplando isso, desenvolvemos, do fundo do nosso cora¢ao, a
firme determinagao de abandonar 0 apego aos prazeres mundanos
e de alcangar libertacdo permanente do ciclo de renascimento con-
taminado, o samsara. Ao colocar essa determinagao em pratica, po-
deremos controlar nosso apego, ou desejo descontrolado, e, desse
modo, solucionar nossos problemas didrios.
78UMA PRATICA ESPIRITUAL COMUM A TODAS AS PESSOAS
ANTIODIO
Neste contexto, antiddio significa amor afetuoso, que é 0 oponen-
te ao édio. Muitas pessoas vivenciam problemas porque o amor
que sentem esta misturado com apego; para essas pessoas, quanto
mais seu “amor” aumenta, mais seu apego desejoso se desenvolve.
Se os seus desejos nao so satisfeitos, elas ficam aborrecidas e com
raiva. Se 0 objeto de apego delas, como um parceiro, simplesmen-
te conversar com outra pessoa, ficam enciumadas ou agressivas.
Isso indica claramente que o “amor” que sentem nao é verdadeiro
amor, mas apego. O amor verdadeiro nunca pode ser uma causa
de raiva; 0 amor é 0 oposto da raiva e jamais pode causar proble-
mas. Se amarmos a todos do mesmo modo que uma mae ama seu
filho mais querido, nao havera base para que quaisquer proble-
mas surjam, pois nossa mente estara sempre em paz. Amor é a
verdadeira protecao interior contra o sofrimento.
O que é 0 amor afetuoso? Quando, do fundo do nosso cora¢ao,
sem apego, sentimo-nos muito préximos, calorosos e felizes em
relacao a alguém, isto é amor afetuoso. O amor afetuoso torna a
nossa mente pacifica e equilibrada, livre de raiva e apego. Por isso,
ele é também denominado “equanimidade’.
Desenvolver equanimidade é como arar um campo: limpamos
nossa mente das pedras e ervas daninhas da raiva e do apego, tor-
nando possivel, assim, que o verdadeiro amor se desenvolva. Preci-
samos aprender a desenvolver amor afetuoso por todos, de modo
que nossos préprios problemas de raiva e apego cessem e possamos.
beneficiar os outros efetivamente. Sempre que encontrarmos com
alguém, seja quem for, devemos ficar felizes ao vé-lo e tentar gerar
um sentimento caloroso por ele. Devemos tentar nos familiarizar
com essa pratica através de treino continuo. Desse modo, mante-
remos um bom coragio 0 tempo todo, ¢ isso ird nos proporcionar
bons resultados nesta vida e nas nossas incontaveis vidas futuras.
Com base nesse sentimento de amor afetuoso, devemos desenvol-
ver amor apreciativo, de modo que venhamos a sentir, genuinamen-
te, que todos sao preciosos e importantes. Se apreciarmos os outros
79COMO TRANSFORMAR A SUA VIDA
desse modo, nao seré dificil desenvolvermos 0 amor desiderativo —
0 desejo de dar-lhes felicidade. Por aprender a amar todos os seres,
podemos solucionar todos os nossos problemas didrios de raiva e
inveja, e nossa vida ird se tornar feliz e significativa. Uma explicagio
mais detalhada sobre como desenvolver e aumentar nosso amor sera
apresentada nos proximos capitulos.
ANTI-IGNORANCIA
Neste contexto, anti-ignorancia é a sabedoria que realiza a vacui-
dade, que é 0 oponente a ignorancia do agarramento ao em-si. A
vacuidade nao é um nada, ou inexisténcia, mas a natureza ultima
dos fenémenos, e ela é um objeto muito significativo. Uma expli-
cacao detalhada disto pode ser encontrada no capitulo intitulado
Bodhichitta Ultima.
Devemos compreender que, normalmente, quando pessoas
comuns veem coisas que sao atrativas ou belas, elas desenvolvem
apego; quando veem coisas que sao nao atrativas ou desagradaveis,
elas desenvolvem 6dio; e quando elas veem coisas que so neutras
- ou seja, nem atrativas nem nao atrativas -, elas desenvolvem a
ignorancia do agarramento ao em-si. Por outro lado, quando
aquelas pessoas que se empenham numa pratica espiritual pura
veem coisas que sao atrativas ou belas, elas desenvolvem e man-
tém antiapego; quando veem coisas que sao nao atrativas ou de-
sagradaveis, elas desenvolvem e mantém antiddio; e quando veem
coisas que sao neutras (ou seja, nem atrativas nem nao atrativas),
elas desenvolvem e mantém anti-ignorancia.
ESFORGO
Se nao nos aplicarmos em nossa pratica espiritual, ninguém pode-
r4 nos conceder a libertacao do sofrimento. Somos, com frequén-
cia, irrealistas com respeito as nossas expectativas. Desejamos
alcancar rapidamente elevadas aquisicées sem que tenhamos de
aplicar esforco algum, e desejamos ser felizes sem que tenhamos
80UMA PRATICA ESPIRITUAL COMUM A TODAS AS PESSOAS
de criar a causa de felicidade. Relutantes em enfrentar até 0 mais
leve desconforto, queremos que todo 0 nosso sofrimento cesse e,
ao mesmo tempo em que estamos a viver entre as mandibulas do
Senhor da Morte, desejamos permanecer como um deus de longa
vida. Nao importa 0 quao ardentemente acalentemos esses dese-
jos, eles nunca irdo se realizar. Se nao aplicarmos energia e esforco
em nossas praticas espirituais, todas as esperangas que temos por
felicidade serao em vio.
Neste contexto, “esforco” significa uma mente que se deleita
com a pratica de virtude. Sua fungao é tornar a nossa mente feliz
para se envolver em agées virtuosas. Com esfor¢o, ficamos delei-
tados com a¢Ges como ouvir, ler, contemplar e meditar em ensi-
namentos espirituais e em nos empenhar no caminho a libertagao.
Por meio do esfor¢o, alcan¢aremos, por fim, a meta suprema e
ultima da vida humana.
Por aplicar esforgo em nossa meditacao, desenvolvemos ma-
leabilidade mental. Embora possamos experienciar problemas
quando comecamos a dar os primeiros passos na pratica de me-
ditagdo (como torpor ou sonoléncia, cansa¢o ou outras formas de
desconforto fisico ou mental), devemos, apesar disso, perseverar
pacientemente e tentar nos familiarizar com a nossa pratica. A
medida que nossa meditacio se aperfeicoar, ela ira induzir gra-
dualmente maleabilidade mental - nossa mente e nosso corpo
experienciarao um estado de leveza e satide e estarao imunes ao
cansaco, ficando livres de obstaculos 4 concentragao. Todas as
nossas meditagées irao se tornar faceis e eficientes e nado teremos
dificuldade em fazer progressos.
Por mais dificil que a meditac4o possa ser no inicio, nunca deve-
mos perder a esperanga. Em vez disso, devemos nos empenhar na
pratica de disciplina moral, que nos protege das distragdes densas e
atua como base para desenvolvermos concentragao pura. Disciplina
moral também fortalece a continua-lembranca (mindfulness), que,
por sua vez, é a vida da concentracio.
Precisamos abandonar a preguicga - a preguica que surge do
apego por prazeres mundanos, a preguica que surge do apego por
81COMO TRANSFORMAR A SUA VIDA
atividades distrativas e a preguica que surge do desanimo, ou de-
sencorajamento. Com preguica, nao realizaremos nada. Enquan-
to permanecermos com preguica, a porta para as aquisigdes espi-
rituais estara fechada para nds. A preguica faz com que nossa vida
humana nao tenha significado. Ela nos engana e nos faz vagar
sem rumo pelo samsara. Se conseguirmos romper com a influén-
cia da preguica e nos envolver profundamente no treino espiritual,
alcangaremos rapidamente nossa meta espiritual. Treinar nos ca-
minhos espirituais é como construir um grande edificio - requer
esforco continuo. Se permitirmos que nosso esforco seja inter-
rompido pela preguica, nunca chegaremos a ver a conclusao do
nosso trabalho.
Nossas aquisi¢g6es espirituais dependem, portanto, do nosso
proprio esforco. Uma compreensao intelectual dos ensinamentos
espirituais nao é suficiente para nos levar a felicidade suprema
da libertacdo — precisamos superar nossa preguica e colocar em
pratica nosso conhecimento. Buda disse:
Se tiveres somente esforgo, ters todas as aquisicdes,
Mas se tiveres somente preguica, nao terds nada.
Uma pessoa sem grande conhecimento espiritual, mas que, no en-
tanto, aplique esforgo de modo consistente, alcangara todas as qua-
lidades virtuosas gradualmente. Porém, alguém que tenha um vasto
conhecimento, mas possua uma tinica falha — a preguica -, nao sera
capaz de aumentar suas boas qualidades nem obter experiéncia dos
caminhos espirituais. Compreendendo tudo isso, devemos aplicar
esforco alegre no estudo e na pratica de ensinamentos espirituais
puros em nossa vida diaria.
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