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Autores: Thiago Leal/ Cleyton Ferraz/ Gustavo Aguiar/ Francisco Augusto Neto
Introdução
Com as constantes atualizações das demandas energéticas no mercado industrial, bem como
as mudanças de legislação e adequações ambientais, observa-se uma constante evolução
tecnológica nos sistemas de geração de energia visando principalmente a obtenção da melhor
eficiência enérgica, uma menor pegada ambiental e um nível mais rigoroso de segurança as
operações. Dessa forma torna-se indispensável acompanharmos tais mudanças,
principalmente no ponto de vista do mercado.
Nesse trabalho iremos realizar uma analise dos sistemas que compõem a construção do motor
Wartsila 6l32, que é um dos modelos que compõem essa serie, bem como sua concepção e
algumas aplicações práticas. Será abordado seus sistemas auxiliares, sistema de controle,
tecnologia de injeção e controle de emissões. Iremos dar uma atenção especial na explicação
de seus sistemas de controle, que são seu ponto principal de melhora em eficiência e
performance quando utilizados em plantas Diesel elétricas.
Ao compreender e analisar tais aspectos técnicos e práticos, espera-se que tal trabalho
contribua para que recém formados e pessoas que sejam recém participantes do mercado
marítimo possam usufrui-lo como base técnica e de conhecimento sobre tal modelo de motor.
5.Sistema de controle e automação
Este modelo de motor está equipado com o sistema UNIC 2 da Wartsila, que se trata
de um sistema de controle e monitoramento da operação, segurança e informações
pertinentes ao funcionamento do motor. Ele é instalado diretamente no corpo do motor sem a
necessidade de painéis ou cabines extras.
Uma das principais tarefas do MCM é trabalhar junto com o modulo de segurança
(ESM) para realizar o gerenciamento do motor cumprindo suas logicas de segurança. O MCM
gerencia o bloqueio de partida, sequencia de partida e sequencia de parada do motor. Durante
tal gerenciamento, informações entre o MCM e o ESM são compartilhadas, se durante a lógica
de funcionamento um dos 2 módulos analisarem possíveis inconformidades uma ação será
tomada. Tais ações podem variar de um bloqueio de partida, alarme, ou até mesmo um
shutdown do motor. Devido a essa variedade de possibilidades, o sistema de automação
possui vários modos de operação internos com diferentes tipos de ajustes e prioridades, que
variam de acordo com as informações compartilhadas.
O modo de partida pode ser inicializado pelo local ou remoto dependendo da posição
do botão selecionador localizado no painel local do motor. Se durante o processo de partida o
motor não atingir a rotação nominal de partida no tempo configurado, a indicação de falha de
partida é acionada. Se algum alarme de bloqueio de partida estiver acionado a sequencia de
partida será bloqueada, no entanto se o modo de blackout estiver ativado, automaticamente
os alarmes de bloqueio(bomba de pré-lubrificação, baixa preção de óleo lubrificante e alta
temperatura de HT) serão inibidos e a sequencia de partida será autorizada. Alarmes de
bloqueio como parada de emergência e shutdown de emergência continuam bloqueando a
partida.
No caso de partida no modo blackout, a chave localizada no painel WIP deve ser
colocada em local, dessa forma dentro dos parâmetros necessários, a partida será autorizada.
É o modo que mantém o motor fora de funcionamento quando uma partida não é
solicitada. Ele é acionado pelo modo stand-by, shutdown ou parada de emergência. O motor
estará sempre parado durante o modo stop. A função de sopro do motor só poderá ocorrer
nesse modo. Em caso de shutdown, quando a automação do motor for energizada, será
necessário o reset do motor no local para a autorização de partida ou do modo stand-by.
É o modo que possibilita que o motor seja partido de forma remota ou pelo sistema de
PMS quando requisitado. Esse modo só ocorre vindo do “stop mode” quando todas as
condições de bloqueio de partida não estiverem ativas. Se o modulo automático de slow
turning estiver ativo, a cada meia hora o motor dará 2 voltas no eixo principal.
5.5.2.1. Alarmes
- Falha de sensores
- Falha de sensores
- Parada de emergência
O motor possuí uma bomba injetora por cilindro, as bombas injetoras são instaladas
em um multiestrutura que tem como funções:
O sistema de partida do motor é pneumático, o ar flui dentro dos cilindros através das
válvulas de partida. Cada cilindro possuí sua própria válvula de partida, instalada no topo do
cabeçote. Os limites de pressão de trabalho desse motor varia entre os limites de 15bar a
30bar.
A pressão anterior a válvula principal de partida (3) é indicada no painel (1). A linha de
entrada de ar, oriunda do balão de ar de partida, possui uma válvula de não retorno (15) e
uma válvula de dreno (13) que antecede a válvula principal de partida (3). A válvula principal
de partida é auto controlada pneumaticamente pelo ar de controle oriundo da válvula de
“slow-turning” e da solenoide de partida através de uma válvula reguladora integrada.
Quando o motor está parado, o ar de controle passa através da válvula de bloqueio (11) que
também bloqueia o motor de acordo com a lógica de segurança da automação do motor
(sinais de bloqueio de partida, paradas de emergência e shutdown). O ar de controle tem
como principal função o acionamento das válvulas de partida.
O sistema de ar de partida é equipado com uma válvula de segurança (5) que protege
o sistema e seus componentes de uma sobre pressão de ar em casos de falha.
3.1. Valvula principal de partida
Se trata de uma válvula pneumática com funções combinadas. Ela possuí em seu
interior a parte de partida e a parte de “slow turning”. Seu funcionamento se dá através do
acionamento da válvula solenoide de controle. A solenoide de controle pode ser acionada no
local, bem como por sinal remoto.
A válvula principal de partida possui 3 fases de funcionamento:
- Slow turning
- Partida
- Fechamento
A fase de “slow turning” , o ar piloto move o pistão duplo fazendo com que o circuito
abra, a válvula principal possuí uma válvula de ajuste integrada que controla a velocidade de
giro do motor.