Você está na página 1de 12

Índice

Introdução................................................................................................................................1

1. Fungos (definição)...............................................................................................................2

1.1. Características gerais dos fungos.....................................................................................2

1.2. Importância dos fungos....................................................................................................3

1.3. Classificação dos fungos..................................................................................................4

1.3.1. Fungos limosos..............................................................................................................5

1.3.2. Fungos inferiores flagelados.........................................................................................5

1.3.3. Fungos terrestres...........................................................................................................5

a) Zygomycetes.......................................................................................................................5

b) Ascomycetes.......................................................................................................................6

c) Basidiomycetes...................................................................................................................6

d) Deuteromycetes..................................................................................................................6

1.4. Morfologia dos fungos.....................................................................................................6

a) Morfologia macroscópica....................................................................................................6

b) Morfologia microscópica....................................................................................................7

1.5. Nutrição dos fungos.........................................................................................................7

1.6. Reprodução dos fungos....................................................................................................8

1.7. Principais grupos ecológicos dos fungos.........................................................................9

Conclusão..............................................................................................................................10

Bibliografia............................................................................................................................11
Introdução

O presente trabalho é de carácter avaliativo da cadeira de Microbiologia, o qual tem como


tema: Fungos. Destacam-se nele vários aspectos a ter em conta na sua abordagem a conhecer
características gerais dos fungos, sua importância, classificação, morfologia, nutrição,
reprodução e os principais grupos ecológicos dos fungos.

Os fungos são organismos heterotróficos, eucarióticos e uni ou multicelulares que estão


agrupados no Reino Fungi. Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das
plantas, não são capazes de produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção.

Alguns servem na culinária, outros são venenosos. São importantes para a indústria
farmacêutica e são encontrados em lugares húmidos e ricos em matéria orgânica.

Portanto, para a descrição deste trabalho, ditou de várias consultas bibliográficas pela internet,
consultas no manual da cadeira de Microbiologia da UCM, e explicações dadas pela docente
da cadeira, que nortearam o trabalho. O trabalho em alusão está estruturado em introdução,
desenvolvimento do tema, conclusão e finalmente a bibliografia.

Contudo, qualquer trabalho de pesquisa científica dispõe de um ou mais interesses que


constituem os objectivos pelos quais se pretendem alcançar, como para este, são os seguintes:

 Descrever os fungos quanto as suas características, importância, classificação,


morfologia, nutrição e reprodução;
 Descrever os principais grupos ecológicos dos fungos
1. Fungos (definição).

Os fungos são organismos que podem ser macroscópicos ou microscópicos, uni ou


pluricelulares. Os eucariontes, ou seja, possuem membrana envolvendo o núcleo de suas
células, e são heterótrofos (não são capazes de produzir seu próprio alimento).
(https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).

Segundo a Roberta das Neves, autora do site


http://educacao.globo.com/biologia/assunto/microbiologia/fungos.html, afirma que os fungos
pertencem ao Reino Fungi, segundo a classificação de Robert Whittaker em 1969 ou ao
domínio Eukaryota, proposto por Thomas Cavalier-Smith em 2003. Os fungos apresentam
estruturas microscópicas e macroscópicas e seus principais representantes são os bolores,
mofos, levedos, cogumelos de chapéu (conhecidos popularmente como Champignon).

Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das plantas, não são capazes de
produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção. Existem cerca de 1,5 milhão de
espécies, e estes podem ser utilizados na culinária, na medicina, em produtos domésticos, etc.
No entanto, vários são considerados parasitas que transmitem doenças aos animais e plantas.
(https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).

1.1. Características gerais dos fungos.

Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e somente a partir de
1969, passaram a ser classificados em um reino à parte (Levinson, 2010).

Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação


das plantas, a descrever: Não sintetizam clorofila; Não tem celulose na sua parede celular,
excepto alguns fungos aquáticos; Não armazenam amido como substância de reserva;
Presença de quitina na parede e Capacidade de armazenar glicogénio. (Levinson, 2010).

A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e a sua
capacidade de depositar glicogénio os assemelham às células animais. Os fungos são seres
vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se
observa entre os fungos filamentosos ou bolores. Seu citoplasma contém mitocôndrias e
retículo endoplasmástico rugoso (Levinson, 2010).
São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta – fungos saprófitos, ou viva –
fungos parasitários. Suas células que possuem vida “independente” e não se reúnem para
formar tecidos verdadeiros (Levinson, 2010)

Os componentes principais da parede celular são hexoses e hexoaminas, que formam


mananas, ducanas e galactanas. Alguns fungos têm parede rica em quitina (N-acetil
glicosamina), outros possuem complexos polissacarídios e proteínas, compredominância de
cisteína (Levinson, 2010).

1.2. Importância dos fungos.

A ideia mais comum que temos a respeito dos fungos é que eles crescem e se desenvolvem
em lugares húmidos ou sobre alimentos estragados. Por causa disso, nunca pensamos nos
fungos como seres vivos muito importantes para nós ou para o meio ambiente. (Manual de
Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 90)

Segundo Espósito e Azevedo (2004), os fungos possuem uma série de características


ecológicas e económicas que os tornam indispensáveis para qualquer ecossistema. A
diversidade da aplicação dos fungos nas diversas áreas é enorme e mesmo assim, ainda não há
uma atenção merecida para este seres.

Os fungos assumem diversos papéis nos ecossistemas, como: decomposição, simbiontes,


controladores naturais de pragas, fixadores de nitrogénio atmosférico e bioindicadores de
poluição (SOTÃO, CAMPOS e COSTA, 2004, p.8).

Os fungos saprófitos, por exemplo, são muito importantes para o meio ambiente, pois ao
decompor a matéria orgânica, eles deixam no solo substâncias fertilizantes úteis à vida das
plantas. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 90).

Segundo a Roberta das Neves, autora do site


http://educacao.globo.com/biologia/assunto/microbiologia/fungos.html, afirma que os
produtos produzidos pelos fungos possuem grande importância económica:

 A penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja


substância é produzida pelo fungo Penicillium.
 Algumas espécies são comestíveis, conhecidas popularmente como Shitake, Shimeji,
Champignon, dentre outros. Entretanto, outras são tóxicas como o Aspergillus flavus
e podem ser encontradas na produção agrícola de milho, nozes, amendoim que libera a
aflatoxina que são substâncias capazes de provocar câncer no fígado.
 Os produtos do metabolismo energético, fermentação, da levedura Saccharomyces
cerevisiae são utilizados tanto na produção do pão, onde o fermento biológico, que
contém o extracto do fungo, libera dióxido de carbono na presença do açúcar, fazendo
a massa do pão crescer. Esse fungo ainda é utilizado na produção de bebidas
alcoólicas uma vez que o mesmo converte a glicose (açúcar) em etanol durante o
processo de fermentação.

Em cada caldo desenvolve-se um tipo de levedura, originando bebidas diferentes. Da


fermentação da ceveda, por exemplo, origina-se a cerveja; a fermentação da uva produz
vinho, e da fermentação da cana-de-açúcar resulta um caldo que depois é transformado em
álcool ou cachaça. Alguns fungos são utilizados também na fermentação do leite do qual se
fazem queijos. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 90).

Actualmente, as novas técnicas agrícolas têm dado grande importância um grupo de fungos
denominados micorrizas, que vivem em associação com raízes de plantas. Os micorrizas
fazem com que as plantas a que estão associadas consigam absorver melhor os nutrientes do
solo, aumentando sua capacidade de desenvolvimento. (Manual de Microbiologia da U.C.M-
CEAD-B0221. pág. 90-91).

1.3. Classificação dos fungos.


A classificação dos fungos é baseada principalmente nas características dos esporos sexuais e
dos corpos de frutificação, na natureza de seus ciclos de vida e nas características
morfológicas de seus micélios vegetativos ou de suas células. Entretanto, muitos fungos
produzem esporos sexuais sob certas condições ambientais. Aqueles que possuem todos os
estágios sexuais conhecidos são denominados fungos perfeitos e os que não possuem, fungos
imperfeitos. Os fungos imperfeitos são classificados arbitrariamente, num primeiro momento,
e são colocados provisoriamente em uma classe especial denominada Deuteromycetes.
Quando o seu ciclo sexual é descoberto posteriormente, são então reclassificados entre outras
classes e recebem novos nomes (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

Os micologistas dividem o Reino Fungi em 3 principais grupos: os fungos limosos, os fungos


inferiores flagelados e os fungos terrestres (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
1.3.1. Fungos limosos
Os fungos limosos são considerados um enigma biológico e taxonómico porque não são nem
um fungo típico, nem um protozoário típico. Durante uma de suas etapas de crescimento,
assemelham-se aos protozoários porque não possuem parede celular, possuem movimentos
amebóides e ingerem nutrientes particulados. Durante a etapa de propagação, formam corpos
de frutificação e esporângios apresentando esporos com paredes, como nos fungos típicos.
Vivem em água doce, em solo húmido e em vegetais em decomposição (Pelczar Jr, Chan, &
Krieg, 1996).
1.3.2. Fungos inferiores flagelados
Os fungos inferiores flagelados incluem todos os fungos, com excepção dos limosos, que
produzem células flageladas em alguma fase do seu ciclo de vida. Alimentam-se pela
absorção dos alimentos. A grande maioria é filamentosa, produzindo um micélio cenocítico.
Muitos são unicelulares ou unicelulares com rizóides. A reprodução sexuada pode ocorrer por
vários meios; a reprodução assexuada ocorre mediante a produção de zoósporos. Podem ser
parasitas ou saprófitas, que vivem no solo ou água doce (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
1.3.3. Fungos terrestres

Os fungos terrestres são as espécies mais conhecidas entre os fungos. Este grupo inclui as
leveduras, bolores, orelhas-de-pau, mofo, fungos em forma de taça, ferrugem, carvão, bufa-
de-lobo e cogumelos. Todos caracterizam-se pela nutrição através da absorção e, com
excepção das leveduras, a maioria produz um micélio bem desenvolvido constituído de hifas
septadas ou cenocíticas. As células móveis não são encontradas nos fungos terrestres. A
reprodução assexuada ocorre através de brotamento, fragmentação e produção de
esporangióforos ou conídios. A reprodução sexuada envolve a produção de zigósporos,
ascósporos ou basidiósporos. Existem quatro principais grupos de fungos terrestres:
Zygomycetes, Ascomycetes, Basidiomycetes e Deuteromycetes (Pelczar Jr, Chan, & Krieg,
1996).

a) Zygomycetes
Vivem no solo, formam esporos flagelados e menos frequentemente ocorre a reprodução
sexuada sem formação dos corpos de frutificação. Nesse grupo, encontram-se os fungos que
se associam com as raízes formando as micorrizas, envolvidas na produção do molho shoyu,
hormônios anticoncepcionais e medicamentos anti-inflamatórios.
(https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).
b) Ascomycetes
Formam o asco, estrutura produtora de esporos. O principal modo de reprodução dos
ascomicetos é o assexuado, sendo por brotamento nos seres unicelulares e por esporulação
nos pluricelulares, que na extremidade das hifas formam-se os conidióforos, estruturas que
formam esporos denominados conídios. Nesse grupo, encontram-se as leveduras, os fungos
que produzem a penicilina, alguns desses associam-se às algas formando os líquens, alguns
atacam cereais como Claviceps purpúrea e a ingestão do mesmo causa ergotismo, provocando
alucinações, convulsões, espasmos nervosos e até a morte.
(https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).

c) Basidiomycetes

São os mais conhecidos como os cogumelos e orelhas-de-pau, alguns são comestíveis,


entretanto outros contêm substâncias alucinógenas, outros atacam vegetais causando a doença
denominada ferrugem. Embora possam se reproduzir assexuadamente, a reprodução sexuada
é a mais frequente, onde duas hifas diplóides fundem-se e formam hifas dicarióticas que
crescem e formam o corpo frutífero (chapéu), chamado basidiocarpo. Na parte inferior dessa
estrutura, as hifas fundem-se formando núcleos diplóides que sofrem meiose, originando
quatro núcleos haplóides que se direccionam para a ponta da hifa que cresce e forma uma
projecção denominada basídio que irá originar os esporos chamados basidiósporos, que
germinam e reiniciam o ciclo. (https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).

d) Deuteromycetes

Também chamados de fungos imperfeitos (porque não se reproduzem de forma sexuada), os


deuteromicetos são, em sua maioria, causadores de doenças como candidíase, frieira, entre
outras. (https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/).

1.4. Morfologia dos fungos.


a) Morfologia macroscópica
Macroscopicamente, os fungos podem ser divididos em dois grandes grupos: os bolores, que
apresentam uma colónia filamentosa, e as leveduras, que apresentam em geral, uma colónia
cremosa. São importantes no estudo macroscópico, o tipo de colónia, verso e reverso,
velocidade de crescimento, formação de pigmentos.
(http://www.icb.usp.br/~crpmicol/materiais/apostila_fungos.pdf).
b) Morfologia microscópica

A unidade estrutural dos fungos é representada pela hifa que forma um conjunto denominado
micélio. O micélio pode se apresentar como micélio vegetativo exercendo as funções de
assimilação, fixação e crescimento das espécies, ou se diferenciar em micélio de frutificação
que serve à reprodução da espécie.
(http://www.icb.usp.br/~crpmicol/materiais/apostila_fungos.pdf).

1.5. Nutrição dos fungos.

Os fungos são heterotróficos, obtêm sua energia pela ruptura de moléculas orgânicas, e não
podem sintetizar moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas como as plantas
fazem. Eles alimentam-se pela secreção de exoenzimas no substrato ao redor. Estes
fragmentos moleculares ou mais precisamente exoenzimas funcionam como as enzimas
digestivas dos animais, rompendo moléculas orgânicas grandes, porém funcionam do lado de
fora do organismo. Os fragmentos moleculares (exoenzimas) são então absorvidos pelas
células fúngicas. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 103).

Os fungos ocupam dois nichos ecológicos, o de decompositores ou saprófitas e o de parasitas.


A única diferença entre decompositores e fungos parasitas é que este último desenvolve – se
em organismos vivos, enquanto o outro, desenvolve-se em organismos mortos. Muitos fungos
decompositores vivem como micorrizas, em relações simbióticas com plantas. Alguns dos
fungos decompositores também são considerados "parasitas facultativos", crescendo em
organismos enfraquecidos ou agonizantes. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-
B0221. pág. 103).

Entre os fungos predadores existem espécies que são insectívoras ou helmintívoras


(comedoras de vermes, especialmente nematódeos). As espécies insectívoras produzem
substâncias pegajosas que prendem insectos, enquanto os fungos helmintívoros produzem
substâncias que drogam e imobilizam os nematódeos, sendo então consumidos. Alguns
fungos, usualmente ascomycetes, vivem como líquens. Um líquene é uma relação simbiótica
muito estreita entre um fungo e um organismo fotossintético, usualmente uma cianobactéria
ou uma alga verde. Um líquene comporta-se de forma tão semelhante a um organismo único
que são classificados em géneros e espécies. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-
B0221. pág. 103).
1.6. Reprodução dos fungos.

Os fungos, são seres vivos com, a reprodução sexuada e assexuada, dependendo do grupo,
características e características e condições. Na sexuada, os Micélios dos fungos são
tipicamente haplóides. A fusão actual para formar núcleos diplóides é chamada cariogamia, e
não deve acontecer até que os esporângios estejam formados. No grupo Zygomycota, o
heterocário produz múltiplos corpos frutificantes, na forma de minúsculos caules com
esporângios no fim. A maioria dos ascomycetes produz corpos frutificantes chamados
ascocarpos, compostos inteiramente de hifas. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-
B0221. pág. 109).

Também, pode ocorrer o heterotalismo, pelo facto de fungos não existe diferenciação sexual
no aspecto morfológico, contudo apresentam diferenças sexuais fisiológicas dizendo-se
existirem linhagens positivas e negativas. Nestes fungos a reprodução sexual só pode ocorrer
entre talos com linhagens positivas e negativas. A reprodução sexual é isogâmica: envolve a
conjugação de dois gâmetas similares. Durante a conjugação as duas hifas contendo linhas
positivas e negativas ligam-se (heterotalismo). A maioria dos Ascomycetes, reproduzem-se
assexuadamente, por exemplo através da produção de esporos chamados conídios
(significando "poeira" em grego), que se formam a partir de tipos especializados de hifas
chamados conidiósporos. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 109).

A reprodução parassexuada, é caracterizada por um sistema de recombinação genética sem


ocorrência de meiose, peculiar em fungos. A reprodução parassexuada consiste na fusão de
hifas e formação de um heterocário que contém núcleos haplóides. O ciclo parassexual
consiste na união ocasional de diferentes hifas monocarióticas (de indivíduos diferentes)
originando uma hifa heterocariótica em que ocorre fusão nuclear e “crossing-over” mitótico.
Posteriormente há a formação de aneuplóides por erros mitóticos e então o retorno ao estado
haplóide por perda cromossômica. Desta forma são formadas hifas homocarióticas
recombinantes. (Manual de Microbiologia da U.C.M-CEAD-B0221. pág. 109).

1.7. Principais grupos ecológicos dos fungos.


A ecologia dos fungos inclui seus reservatórios no ambiente e as fontes de infecção (Spicer,
2002).
Reservatórios ambientais

Os reservatórios ambientais representam a ecologia natural de muitos fungos, p. ex., daqueles


que vivem livremente no solo ou no ar. Estes reservatórios são a fonte da maioria dos fungos
patogénicos para o homem, com a infecção ocorrendo após a inalação ou o implante. Os
dermatófitos geofílicos (“amantes do solo”) vivem no solo (Spicer, 2002).

Alguns fungos ocupam nichos ecológicos particulares, por exemplo: Cryptococcus


neoformans: solos e prédios contaminados com excrementos de pombo: o elevado teor de
ureia serve como nutriente para o fungo; Sporothrix schenckii: espinhos de rosa e vegetação
em decomposição e Histoplasma capsulatum: solos contaminados com excrementos de
morcego, estorninho e galinha.

Além disso, alguns fungos apresentam uma distribuição geográfica particular: Blastomyces
dermatitidis está limitado à América do Norte e a alguns focos na África; Coccidioides
immitis está limitado a áreas quentes e secas no sudoeste dos EUA e nas Américas Central e
do Sul e Paracoccidioides brasiliensis está limitada às Américas Central e do Sul.

Animais

Os dermatófitos zoofílicos (“amantes dos animais”) obviamente vivem na superfície (e


infectam) de animais, como gatos, cachoros e cavalos (Spicer, 2002).

O homem

Duas leveduras comumente fazem parte da nossa flora normal: Candida albicans– na pele e na
mucosas – e Pityrosporum ovale – na pele rica em nutrientes lipídicos, provenientes das
glândulas sebáceas. Em terceiro lugar, os dermatófitos às vezes são encontrados na ausência
de sintomas, provavelmente como colonizadores (Spicer, 2002).
Conclusão

Os fungos são organismos que podem ser macroscópicos ou microscópicos, uni ou


pluricelulares. Os eucariontes, ou seja, possuem membrana envolvendo o núcleo de suas
células, e são heterótrofos (não são capazes de produzir seu próprio alimento).

Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação


das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sua parede celular, excepto alguns
fungos aquáticos, não armazenam amido como substância de reserva, presença de quitina na
parede e capacidade de armazenar glicogénio.

Possuem uma série de características ecológicas e económicas que os tornam indispensáveis


para qualquer ecossistema. A diversidade da aplicação dos fungos nas diversas áreas é enorme
e mesmo assim, ainda não há uma atenção merecida para este seres.

Os fungos assumem diversos papéis nos ecossistemas, como: decomposição, simbiontes,


controladores naturais de pragas, fixadores de nitrogénio atmosférico e bioindicadores de
poluição. Os fungos são extremamente benéficos à humanidade, quer seja pelo consumo
directo de suas frutificações, pela sua capacidade de fermentar, de produzir metabólitos,
decompor matéria orgânica e valor biotecnológicos.

A classificação dos fungos é controversa, no entanto, distinguiremos dois grandes grupos no


Reino Fungi: Eumycota (fungos verdadeiros), com aproximadamente 100 mil espécies
distribuídas em cinco classes (zigomicetos, basidiomicetos, ascomicetos e deuteromicetos), e
Mixomycota (fungos gelatinosos).

Os fungos reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode ser por


brotamento (seres unicelulares), fragmentação do micélio, onde um micélio se fragmenta
originando muitos outros e esporulação, acima dos corpos de frutificação estão os esporângios
que produzem os esporos, estruturas imóveis e resistentes a ambientes desfavoráveis. Já a
reprodução sexuada requer a fusão de duas hifas haplóides, quando isso não ocorre, originam-
se hifas geneticamente distintas denominadas dicários.
Bibliografia

Arlindo Elisio Pedro Supinho. Manual de Bioquímica (B0028). Curso de Licenciatura em


Ensino de Biologia - 3ºAno, CED-UCM. Moçambique - Beira;
Levinson, W. (2010). Microbiologia Médica e Imunologia. Porto Alegre: Artmed.

ESPÓSITO, E.; AZEVEDO, J.L. (2004). Fungos: uma introdução à biologia, bioquímica e
biotecnologia. Caxias do Sul: Educs;

Pelczar Jr, M. J., Chan, E. C., & Krieg, N. R. (1996). Microbiologia: conceitos e aplicações
(2ª Edição ed., Vol. I). São Paulo: MAKRON Books;

Spicer, W. J. (2002). Bacteriologia, Micologia e Parasitologia Clínicas. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan.

SOTÃO, H.M.P.; CAMPOS, E.L. de; COSTA (2004). S. do P.S.E. Micologia diversidade dos
fungos na Amazónia. Série Cadernos de Alfabetização científica, v.1. Brazil;

Vanessa Sardinha dos Santos. “Fungos” Biologianet.com. Disponível em:


https://www.biologianet.com/biodiversidade/fungos.htm, Acesso em 03 de Julho de
2021,pelas 20:20;

http://educacao.globo.com/biologia/assunto/microbiologia/fungos.html, Acesso em 03 de
Julho de 2021,pelas 20:30;

https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-fungos/#tipos-de-fungos, Acesso em 03
de Julho de 2021,pelas 20:35;

http://www.icb.usp.br/~crpmicol/materiais/apostila_fungos.pdf, Acesso em 03 de Julho de


2021,pelas 20:45;

Você também pode gostar