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Universidade Lúrio Docente: Danito dos Anjos

Unilúrio business School Discente: Mercy Mariano Rebelo

Contabilidade Fiscalidade e Auditoria Contabilidade Internacional – 4º ano

Resumo sobre activos e passivos de impostos diferidos

De acordo com a OCAM (2021), “por activos impostos diferidos referem-se as quantias
de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes as
diferenças temporais dedutíveis, reporte de perdas fiscais não utilizadas, e reporte de
créditos tributáveis não utilizados”.

Seguindo a citação da OCAM (2021), quanto aos passivos de impostos diferidos,


definem como sendo “as quantias de impostos sobre o rendimento pagáveis em períodos
futuros com respeito a diferenças temporais tributáveis, como, reserva de revalorização
subsídios aos investimentos”.

Diferenças temporárias dedutíveis

Segundo a NCRF 12 diferenças temporais dedutíveis para activos de impostos diferidos


devem ser reconhecidos activos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias dedutíveis na medida em que for provável o resultado tributável estará
disponível para ser utilizado contra as diferenças temporárias dedutíveis, exceto quando
tais activos por impostos diferidos resultem do reconhecimento no momento inicial de
um ativo ou passivo em uma transação que:

Não seja uma concertação de atividades empresariais, na data de transação não afete
quer o resultado contabilístico quer o resultado fiscal.

O reconhecimento de um passivo pressupõe que a sua quantia registada será liquidada


pela entidade no futuro através de fluxos de saída de recursos incorporando benefícios
económicos. quando os recursos fluem da entidade, parte ou a totalidade das suas
quantias podem ser dedutíveis no apuramento do resultado tributável num período
posterior ao período no qual o passivo será reconhecido.

Nestes casos existe uma diferença temporária ente a quantia registada do passivo e a sua
base fiscal, e consequentemente surge um ativo por impostos diferidos relativo ao
imposto sobre o rendimento que será recuperado no futuro quando aquela parte do
passivo for dedutível no apuramento do resultado tributável. Da mesma forma, se a
quantia registada do ativo e menor do que a sua base fiscal a diferença da origem a um
ativo sobre imposto diferido relativo a imposto sobre o rendimento que será recuperado
em períodos futuros.

Diferença

Devem ser reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias tributáveis, exceto quando tais passivos por impostos diferidos resultem:

(a) do reconhecimento no momento inicial de goodwill; ou

(b) do reconhecimento no momento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:

(i) não seja uma concentração de atividades empresariais; e

(ii) na data da transação, não afete quer o resultado contabilístico quer o resultado fiscal.
Porém, para as diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em
subsidiárias, associadas e interesses em empreendimentos conjuntos, devem ser
reconhecidos passivos por impostos diferidos de acordo com o parágrafo 28.

16.O reconhecimento de um ativo pressupõe que a sua quantia registada será recuperada
através de benefícios económicos que fluirão para a entidade no futuro. Quando a
quantia registada de um ativo excede a sua base fiscal, a quantia de benefícios
económicos fiscais excederá a quantia que será dedutível para efeitos fiscais. Esta
diferença é uma diferença temporária tributável e a obrigação de pagar o correspondente
imposto sobre o rendimento em períodos futuros é um passivo por impostos diferidos. À
medida que a entidade recupera a quantia registada do ativo, a diferença temporária
tributável será revertida e a entidade terá um lucro tributável tornando provável que
benefícios económicos fluirão da entidade na forma de pagamento de impostos. Por
isso, esta Norma exige o reconhecimento de todos os passivos por impostos diferidos,
exceto nas circunstâncias previstas nos parágrafos 15 e 28.

17. Algumas diferenças temporárias surgem quando os rendimentos ou gastos são


incluídos no resultado contabilístico de um período, mas são incluídos no resultado
tributável num período diferente. Apresentam-se de seguida alguns exemplos
dessas diferenças que, consequentemente, dão origem a passivos por impostos diferidos:

BASE FISCAL
7. A base fiscal de um ativo é a quantia que será dedutível para efeitos fiscais contra
quaisquer benefícios económicos tributáveis que fluirão para uma entidade quando esta
recuperar a quantia registada do ativo. Se esses benefícios económicos não forem
tributáveis, a base fiscal do ativo é igual à quantia registada desse ativo.

8. A base fiscal de um passivo é a sua quantia registada menos qualquer quantia que
seja dedutível para efeitos fiscais em períodos contabilísticos futuros em relação a esse
passivo. No caso de réditos em relação aos quais foram recebidos adiantamentos, a base
fiscal do correspondente passivo é a sua quantia registada menos qualquer quantia do
rédito não tributável em períodos contabilísticos futuros.

9. Alguns itens têm uma base fiscal, mas não estão reconhecidos como activos ou
passivos no balanço. Por exemplo, algumas despesas são reconhecidas como um gasto
no período contabilístico em que são suportadas, mas podem não ser dedutíveis na
determinação do resultado tributável desse período (podendo sê-lo em períodos
posteriores). A diferença entre a quantia que as autoridades fiscais permitem deduzir
nos períodos futuros (base fiscal) e a quantia registada na contabilidade de zero, é uma
diferença temporária dedutível que dá origem a um ativo por impostos diferidos.

10. Nos casos em que a base fiscal não é de imediato evidente, deve considerar-se o
princípio fundamental na base do qual esta Norma assenta: que uma entidade deve, com
algumas exceções, reconhecer um passivo ou um ativo por impostos diferidos
quando a recuperação ou liquidação da quantia registada de um ativo ou passivo provo
que pagamentos futuros de impostos superiores ou inferiores aos que seriam efetuados
caso essa recuperação ou liquidação não tivesse consequências fiscais.

11. Nas demonstrações financeiras consolidadas, as diferenças temporárias são


determinadas pela comparação das quantias registadas de activos e passivos
consolidados com a base fiscal apropriada. A base fiscal é determinada tendo por
referência uma
declaração fiscal consolidada quando a legislação fiscal o permita. Nos outros casos, a
base fiscal é determinada tendo por referência as declarações fiscais consolidadas
quando a legislação fiscal o permita. Nos outros casos, a base fiscal será determinada
tendo por preferência as declarações fiscais de cada entidade do grupo.

RECONHECIMENTO DE PASSIVOS E ACTIVOS POR IMPOSTOS


CORRENTES
12. Os impostos correntes ainda não pagos, quer relativos ao período contabilístico
corrente quer a períodos anteriores, devem ser reconhecidos como um passivo. Quando,
em relação ao período corrente ou períodos anteriores, a quantia já paga exceder a
quantia devida, o excesso deve ser reconhecido como um ativo.

13. O benefício relativo a um prejuízo fiscal que, quando permitido pela legislação
fiscal, pode ser utilizado para recuperar o imposto corrente de um período anterior, deve
ser reconhecido
como um activo.

14. Quando um prejuízo fiscal é utilizado para recuperar o imposto corrente de um


período anterior, uma entidade reconhece um ativo no período em que o prejuízo fiscal
ocorreu porque é provável que o benefício fluirá para a entidade e que pode ser
mensurado com fiabilidade.

Reconhecimento de Passivos e Activos por Impostos Diferidos

Diferenças temporárias tributáveis

15. Devem ser reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias tributáveis, exceto quando tais passivos por impostos diferidos resultem:

(a) do reconhecimento no momento inicial de goodwill; ou

(b) do reconhecimento no momento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:


(i) não seja uma concentração de atividades empresariais; e

(ii) na data da transação, não afete quer o resultado contabilístico quer o resultado fiscal.
Porém, para as diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em
subsidiárias, associadas e interesses em empreendimentos conjuntos, devem ser
reconhecidos passivos por impostos diferidos de acordo com o parágrafo 28.

16. O reconhecimento de um ativo pressupõe que a sua quantia registada será


recuperada através de benefícios económicos que fluirão para a entidade no futuro.
Quando a
quantia registada de um ativo excede a sua base fiscal, a quantia de benefícios
económicos fiscais excederá a quantia que será dedutível para efeitos fiscais. Esta
diferença é uma diferença temporária tributável e a obrigação de pagar o correspondente
imposto sobre o rendimento em períodos futuros é um passivo por impostos diferidos. À
medida que a entidade recupera a quantia registada do ativo, a diferença temporária
tributável será revertida e a entidade terá um lucro tributável tornando provável que
benefícios económicos fluirão da entidade na forma de pagamento de impostos. Por
isso, esta Norma exige o reconhecimento de todos os passivos por impostos diferidos,
exceto nas circunstâncias previstas nos parágrafos 15 e 28.

17. Algumas diferenças temporárias surgem quando os rendimentos ou gastos são


incluídos no resultado contabilístico de um período, mas são incluídos no resultado
tributável num período diferente. Apresentam-se de seguida alguns exemplos dessas
diferenças que, consequentemente, dão origem a passivos por impostos diferidos:

(a) rendimento de juros que são incluídos no resultado contabilístico numa base
proporcional ao tempo, mas que podem ser incluídas no resultado tributável apenas
quando recebidos. A base fiscal de qualquer valor a receber reconhecido no balanço
relativo a estes rendimentos é zero porque os rendimentos não afetam o resultado
tributável senão quando forem recebidos;

(b) amortizações utilizadas para apuramento do resultado tributável que podem ser
diferentes das utilizadas para apuramento do resultado contabilístico. A diferença
temporária é a diferença entre a quantia registada do ativo e a sua base fiscal a qual é
representada pelo custo original do ativo menos todas as deduções permitidas pelas
autoridades fiscais. Daqui surge uma diferença temporária tributável que dá origem a
um passivo por impostos diferidos, quando a taxa de amortização fiscal é acelerada, e a
um ativo por impostos diferidos, no caso contrário; e

(c) despesas de desenvolvimento que são capitalizadas e amortizadas para apuramento


do resultado contabilístico, mas podem ser dedutíveis ao resultado tributável no ano em
que são suportadas. Estas despesões de desenvolvimento tem um base fiscal de zero
porque já foram deduzidas na integra no ano em que ocorreram sendo a diferença
temporária a diferença entre a quantia registada dessas e a sua base fiscal de zero.

Diferenças temporárias dedutíveis

19. Devem ser reconhecidos activos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias dedutíveis na medida em que for provável que o resultado tributável estará
disponível para ser utilizado contra as diferenças temporárias dedutíveis, exceto quando
tais activos por impostos diferidos resultem do reconhecimento no momento inicial de
um ativo ou passivo numa transação que:

(a) não seja uma concentração de atividades empresariais; e

(b) na data da transação, não afete quer o resultado contabilístico quer o resultado fiscal.
Porém, para as diferenças temporárias dedutíveis relacionadas com investimentos em
subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, devem ser reconhecidos activos
por impostos diferidos de acordo com o parágrafo 29.

20. O reconhecimento de um passivo pressupõe que a sua quantia registada será


liquidada pela entidade no futuro através de fluxos de saída de recursos incorporando
benefícios económicos. Quando os recursos fluem da entidade, parte ou a totalidade das
suas quantias podem ser dedutíveis no apuramento do resultado tributável num período
posterior ao período no qual o passivo é reconhecido. Nestes casos, existe uma
diferença temporária entre a quantia registada do passivo e a sua base fiscal e,
consequentemente, surge um ativo por impostos diferidos relativo ao imposto sobre o
rendimento que será recuperado no futuro quando aquela parte do passivo for dedutível
no apuramento do resultado tributável. Da mesma forma, se a quantia registada do ativo
é menor do que a sua base fiscal, a diferença dá origem a um ativo por impostos
diferidos relativo ao imposto sobre o rendimento que será recuperado em períodos
futuros.

21. Apresentam-se de seguida alguns exemplos de diferenças temporárias dedutíveis


que dão origem a activos por impostos diferidos:

(a) custos de benefícios de reforma que podem ser incluídos no resultado contabilístico
durante o período de permanência em serviço do trabalhador, mas que podem ser
incluídas no resultado tributável ou no momento em que são feitos pagamentos para um
fundo, ou no momento em que os benefícios de reforma são pagos pela entidade ao
trabalhador. Daqui surge uma diferença temporária entre a quantia registada do passivo
e a sua base fiscal a qual é, geralmente, zero. Esta diferença temporária dedutível
origina um ativo por impostos diferidos dado que fluirão benefícios económicos para a
entidade através da dedução ao resultado tributável nos períodos em que as
contribuições para o fundo ou os benefícios de reforma forem pagos;
(b) despesas de pesquisa que são reconhecidas como um gasto no período contabilístico
em que são suportadas, mas podem não ser dedutíveis na determinação do resultado
tributável desse período, mas num período posterior. A diferença entre a quantia que as
autoridades fiscais permitem deduzir nos períodos futuros (base fiscal) e a quantia
registada na contabilidade de zero, é uma diferença temporária dedutível que dá origem
a um ativo por impostos diferidos;

(c) com algumas exceções, uma entidade reconhece os activos identificáveis adquiridos
e os passivos assumidos numa concentração de atividades empresariais aos seus justos
valores na data da aquisição. Quando um passivo é reconhecido na data de aquisição
mas os correspondentes custos não são deduzidos no apuramento do resultado tributável
senão mais tarde, surge uma diferença temporária dedutível que origina um ativo por
impostos diferidos situação que também ocorre quando o justo valor de um ativo
identificável adquirido é inferior à sua base fiscal. Em qualquer dos casos o ativo por
impostos diferidos afeta o goodwill; e

(d) alguns activos podem ser mostrados por quantias ao justo valor, ou podem ser
revalorizados, sem que seja feito o ajustamento equivalente para efeitos fiscais. Uma
diferença temporária dedutível surge quando a base fiscal excede a sua quantia
registada.

22. A reversão de diferenças temporárias dedutíveis origina deduções no apuramento do


resultado tributável de períodos futuros. Porém, apenas fluirão para a entidade
benefícios económicos, através de reduções de pagamentos de impostos, se a entidade
tiver resultados tributáveis suficientes contra os quais as deduções podem ser
compensadas. Assim, uma entidade apenas reconhece impostos diferidos activos se for
provável que existirá rendimento tributável disponível contra o qual as diferenças
temporárias dedutíveis podem ser utilizadas.

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