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SÉRGIO VERISSIMO RIBEIRO

No período da pedra lascada o homem partindo de um seixo rolado e lascando-o conseguiu


obter uma extremidade cortante para o trabalho, deixando a outra extremidade arredondada
para dar mais firmeza e não cortar sua mão.

Desde aquela época o homem percebeu que certas tarefas poderiam ser realizadas com maior
perfeição, maior segurança e menor tempo se fosse criada uma ferramenta específica para cada
tarefa e aos poucos foi inventando o martelo, o machado, o furador, o raspador, o serrote, as
chaves de boca e de fenda entre outras.

Atualmente inúmeras ferramentas são encontradas no mercado e para cada tarefa sempre há
uma ferramenta melhor indicada ou a possibilidade de adaptação deste utensílio para a nova
realidade.

Mas ainda hoje, com todas as campanhas de esclarecimentos, as estatísticas demonstram


que a freqüência dos acidentes envolvendo ferramentas de mão gira em torno de 10% dos
acidentes do trabalho. As lesões mais comuns são cortes, perfurações, torções, lesões
oculares e lacerações, provocadas geralmente por uso inadequado das ferramentas, escolha
da ferramenta imprópria para o trabalho e mau estado de conservação das ferramentas.

O profissional de segurança do trabalho tem a incumbência de orientar os trabalhadores para


a escolha adequada e a utilização segura das ferramentas, recolhendo-as para manutenção
sempre que apresentarem desgaste excessivo, defeitos ou quebras.

Além disso, é importante que as ferramentas não sejam depositadas ou deixadas em locais
onde possam cair, tais como parapeitos, guarda corpos, beiradas de lajes, degraus de
escadas, áreas de circulações, devendo ser sempre guardadas em locais apropriados para
não criarem riscos adicionais nos locais de trabalho.

São atribuições dos técnicos em Segurança do Trabalho:


• Inspecionar se as ferramentas estão em boas condições
• Evitar práticas inadequadas na utilização das ferramentas
• Observar se a transporte das ferramentas é feito de maneira correta
• Verificar a necessidade de manutenção das ferramentas
• Evitar o armazenamento de ferramentas em locais inadequados
• Inspecionar o uso dos equipamentos de proteção necessários
• Controlar a aplicação de todas as recomendações estabelecidas

As ferramentas devem ser guardadas no almoxarifado, sendo retiradas somente por pessoas
habilitadas para a sua utilização. O almoxarifado deve ser provido de gavetas, caixas e
painéis com o objetivo de manter as ferramentas em bom estado de conservação e
funcionalidade, procurando-se definir o local para cada uma. A organização desse
almoxarifado deve fazer parte das orientações da equipe de segurança do trabalho.
Ferramenta manual é aquela que exige esforço do operário para o seu funcionamento.
Podemos considerar as ferramentas manuais como um prolongamento das mãos do
trabalhador, dando-lhe maior força e precisão. Não pretendemos realizar uma exposição da
imensa variedade de ferramentas manuais existentes, apresentando as de uso mais comum,
com seus riscos e meios de preveni-los.

MACHADOS
• Escolha do machado para o serviço a ser executado: um machado estreito com lâmina fina
para madeira dura e machado largo com lâmina grossa para madeira mole.

• O machado deverá ser mantido bem afiado para possuir


maior velocidade de entalhamento, tornando-se mais seguro
porque não cola na madeira.

• O operário deve ter certeza de que tem um círculo


desimpedido a sua volta para articular o machado com
segurança.

• Os objetos suspensos que estejam à distância de um comprimento de cabo do machado


deverão ser removidos antes do início dos trabalhos.

• O transporte do machado deve ser feito


com a lâmina devidamente protegida.

• Se a lâmina é de um só corte, a ponta


cortante do machado deve ser mantida
para baixo durante o transporte.

TALHADEIRAS E PONTEIROS
• São fabricadas em aço com alto teor de carbono,
forjadas è tratadas termicamente. Devem estar
bem afiados e sempre que apresentarem rebarbas
em suas cabeças (provocadas pelo impacto que
recebem) devem ser retificadas para evitar a
projeção de estilhaços.

• Se o serviço exigir o uso de talhadeiras maiores


seguras com a palma da mão fechada e para baixo,
recomenda-se o uso de uma proteção amortecedora
para a mão (arruela de material amortecedor).

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• Quando forem usadas em serviços pesados em que haja
necessidade de um ajudante, este deverá utilizar uma tenaz
para posicionamento da ferramenta.

• Tanto quem manusear a marreta com o seu ajudante


deverão usar luvas e óculos de segurança.

• A retificação da cabeça (coroa) da


talhadeira ou do ponteiro, para remoção de
rebarbas, como também da ponta ou gume,
pode ser feita através de rebolo de esmeril
ou forjando-se novamente a ferramenta.

FORMÕES
• Antes de utilizar o formão é necessário limpar a
madeira a ser trabalhada, para evitar acidentes uma
vez que o operário ficará a projeções de limalhas e
lascas, além de danificar o gume da ferramenta.

• Devem estar sempre bem afiados, usando-se para


isso uma pedra de afiar. O formão deve estar sempre
com sua haste bem fixada a um cabo.

• Um formão nunca deve ser usado como alavanca ou


como cunha, pois sua haste é de aço temperado frágil
e irá quebrar-se ou seu gume será danificado.

• O formão deve sempre ser impulsionado no sentido oposto ao usuário e para golpeá-lo,
quando necessário, recomenda-se o uso de martelo com batente de borracha, fibra ou
madeira, pois o martelo de ferro provocará deformação no cabo do formão.

• O armazenamento dos formões não deve ser feito em gavetas, sendo recomendável guardá-los
em caixas de ferramentas, armários ou painéis, de maneira que seu gume não fique exposto.

PÉS DE CABRA OU BARRAS DE ALAVANCA


• Usar o tamanho certo e o tipo adequado de barra para o serviço.
• Não se deve usar extensões para aumentar o tamanho e a capacidade da alavanca.
• Se necessário posicione um bloco de madeira debaixo do encaixe do pé de cabra, para
prevenir que a barra escorregue.
• Durante o trabalho, se o pé de cabra não estiver sendo usado, se for colocado sobre o
chão, evitar locais de circulação onde outras pessoas possam tropeçar na ferramenta.

MARTELOS
• Existem 3 (três) tipos básicos de martelo:
a) Martelo de carpinteiro (ou de unha) – composto de batente cilíndrico e orelhas curvas
e cabo de madeira, usado para pregar e retirar pregos.
b) Martelo de mecânico (ou batente esférico) – para trabalhar em metal.
c) Martelo de rebite – para trabalhos em chapas de ferro.
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• É fundamental escolher o martelo correto para cada tipo de serviço a ser executado.

• É importante verificar em martelos e marretas, se o cabo está sem rachaduras e bem


fixado ao batente.

• A superfície de impacto de martelos e marretas deve ser mantida sem rebarbas e


deformações. As unhas dos martelos devem ser mantidas em boas condições e não
devem ser usadas como talhadeiras.

• A recomendação de segurança é para usar sempre óculos de segurança para proteção


contra pregos ou pedaços que possam voar.

• Quando o martelo for utilizado em altura e houver risco de queda


da ferramenta para o exterior da edificação, recomenda-se
amarrar uma corda do punho do usuário ao cabo do martelo.

LIMAS
• A lima deve ser usada apenas para desbaste de metais.

• Recomenda-se fixar a peça a ser limada num


torno de bancada, de maneira a evitar a
mudança de posição da peça durante a
operação.

• Ao limar é importante postar-se em posição de


equilíbrio, antes de pressionar a lima contra a peça.

• Lima gasta, quebrada, sem cabo, com cabo


frouxo ou quebrado não deve ser usada.

• Não limpe a lima batendo contra um alicate ou


em outro objeto metálico. Partículas de aço
poderão atingir seus olhos ou de colegas que
estejam por perto.

ALICATES
• Existem vários tipos de alicates,
de diversos tamanhos, adequados
aos mais variados serviços: alicate
universal, universal com cabo
isolado, bico chato, bico de
papagaio, alicate de corte, alicate
de pressão, etc...
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• Ao usar o alicate para cortar extremidades de arames, fios, azulejos, etc, é necessário usar
óculos de segurança ou protetor facial. Colocar a mão sobre a extremidade a ser cortada,
de modo a impedir que estilhaços sejam projetados a distância.

• Os eletricistas devem usar alicates com cabos protegidos por material isolante. Deve ser
usada luva de borracha como proteção adicional.
• Os alicates não devem ser usados para apertar ou soltar porcas ou parafusos como substituto
de chaves de boca. Não haverá firmeza na operação além de deformar a ferramenta.

• Deve ser evitado também o uso de alicates como martelos ou alavancas.

SERROTES E SERRAS DE PONTA

SERROTE
SERRA DE PONTA

• O serrote e a serra de ponta são constituídos de lâmina de aço, com um dos lados
dentados e cabo numa das extremidades. A finalidade específica dessas ferramentas é
cortar madeira.

• Antes de usar tanto o serrote como a serra de ponta deve-se verificar se os dentes estão
amolados e travados corretamente.

• O início de corte na madeira não deve ser orientado com o dedo, pois se a lâmina deslizar
poderá atingi-lo.

• Executar o corte aplicando pressão somente para baixo e aliviando a pressão na volta
(para cima). Durante o corte manter a ferramenta perpendicular à madeira que está sendo
serrada.

• Nunca exercer pressão demasiada (forçar o corte), pois a lâmina da ferramenta poderá
entortar ou até causar lascamento da madeira e provocar acidente.

• Antes de transportar essas ferramentas deve-se proteger seus dentes, envolvendo-os


numa bainha (de couro ou lona).

• Não pendure essas ferramentas em lugares altos e através de pregos, de forma que
possam cair sobre outras pessoas.

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CHAVES DE FENDA
• Servem para aparafusar ou soltar parafusos. Escolher a chave de acordo com a fenda do
parafuso (fenda comum ou Philips).

• Não é recomendável bater no cabo da chave de fenda, pois poderá provocar rachaduras
ou rebarbas e até o encurvamento da haste.

• Nunca usar uma chave de fenda em circuitos energizados se a haste não for isolada.
• Não usar uma chave de fenda com cabo quebrado, a haste torta ou a extremidade deformada.

• Não usar uma chave de fenda como talhadeira, como


cunha ou como alavanca.

• Não se deve pressionar uma chave de fenda contra


pequeno objeto apoiado na palma da mão. Neste caso o
objeto deve ser colocado num torno de bancada para
obter fixação segura.

• A maioria das lesões provocadas por chaves de fenda são perfurações nas mãos.

CHAVES FIXAS (DE BOCA E ESTRELA)


• São chaves inteiriças, não ajustáveis, com abertura em um ou ambos os extremos.
• A recomendação de segurança é sempre puxar a ferramenta e nunca empurrá-la.
• Quando as chaves fixas apresentarem as mandíbulas abertas, rachadas ou gastas, será
necessário retirá-las de uso.

• Usar a chave com a abertura certa e nunca usar chaves de fenda ou outros calços para
completar a folga. É inseguro e danifica a ferramenta.

ATITUDE NÃO RECOMENDÁVEL DE CALÇAR A CHAVE DE BOCA COM


A CHAVE DE FENDA PARA APERTAR OU SOLTAR PORCAS E PARAFUSOS

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• Nunca deve ser usada uma extensão no cabo da chave. É importante lembrar que a chave
foi projetada para determinado esforço e alterar as dimensões de projeto poderá danificar a
ferramenta e provocar um acidente com o desencaixe inesperado do tubo.
• Não é recomendável bater com martelo ou marreta no cabo da chave, pois poderá quebrar
a ferramenta que não foi projetada para este tipo de impacto.

• Havendo necessidade de golpear a ferramenta, deve ser usada uma chave fixa de bater que
tem uma das extremidades especialmente preparada para receber os golpes de marreta.

CHAVE DE BATER

CHAVES AJUSTÁVEIS (INGLESA E GRIFO)


• As chaves inglesas substituem as chaves fixas com a possibilidade de serem obtidas
várias medidas com a mesma chave. As chaves de grifo (também conhecidas como
chaves para tubos) servem para trabalhos em materiais tubulares (canos).

CHAVE INGLESA (PARA PORCAS) CHAVE DE GRIFO (PARA TUBOS)

• A exemplo das chaves fixas, as chaves ajustáveis devem ser


sempre puxadas e nunca empurradas.

• Bater nas chaves ajustáveis ou usá-las para dar golpes (como


martelos) poderá provocar deformações, quebrar a ferramenta e
provocar acidentes.

TESOURAS
• As tesouras para cortar metal laminado devem estar bem afiadas e com seu pino (eixo)
bem ajustado, de maneira a cumprir sua função com segurança.
• Usar óculos de segurança (ou proteção facial) e luvas quando utilizar tesouras para chapas.
• Nunca bater com martelo ou pisar nos cabos de tesouras para aumentar a ação de
alavanca. Usar tesouras robustas e fazer cortes curtos.
• Colocar o material a ser cortado sobre uma mesa de trabalho e não se apoiar sobre a peça
para executar o corte porque a parte cortada poderá ondular-se e cortar o operário.
• Afiar as tesouras apenas com pedra de grana fina. Nunca utilizar esmeril ou limas, pois
podem comprometer a têmpera e curvatura das lâminas. A pedra deve estar lubrificada
com óleo e ser conduzida sempre no sentido da "garganta" para ponta da lâmina. Tomando
estes cuidados básicos a qualidade de corte será mantida, o rendimento em número de
cortes por dia será satisfatória e a vida útil da ferramenta aumenta proporcionalmente com
o cuidado que se tem.

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FERRAMENTAS ANTI-FAÍSCA
• As chamadas ferramentas anti-faísca devem ser utilizadas em locais com a presença de
sólidos, líquidos ou gases altamente inflamáveis e explosivas, onde ferramentas
convencionais confeccionadas em aço podem causar faíscas de tal intensidade que
poderão incendiar tais substâncias.

• As ferramentas anti-faísca são confeccionadas de materiais que não produzem faíscas por
atrito como plástico, fibra, nylon ou madeira. Essas ferramentas reduzem o risco, mas não
o eliminam e devem ser inspecionadas antes de cada utilização para verificar se não
possuem fragmentos metálicos aderidos, que poderão causar faíscas por fricção.

ORGANIZAÇÃO E TRANSPORTE DE FERRAMENTAS MANUAIS


• Acidentes do trabalho podem ser causados por ferramentas que são guardadas com
negligência ou inadequadamente, ferramentas que caem de lugares elevados, ferramentas
que ficam espalhadas no chão ou que são carregadas nos bolsos.

QUADRO DE FERRAMENTAS

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• Os operários do almoxarifado devem ser conscientizados pelos profissionais de segurança
de que tanto eles como o local onde trabalham fazem parte do programa de segurança da
empresa. Devem ser instruídos para manter as ferramentas de forma ordenada em
armários, caixas, gavetas ou painéis.
• Caso o almoxarifado seja responsável pela remoção de graxa e óleo das ferramentas
através de solventes, o encarregado deverá usar luvas apropriadas e estar voltado para o
lado bem ventilado do ambiente. Terminado o trabalho, as estopas e trapos devem ser
imediatamente guardados em lugares seguros e no local não deve ser permitido fumar.
• O transporte das ferramentas manuais também pode produzir sérios acidentes, se não
forem adotadas as devidas medidas de segurança.
• Havendo necessidade de transportar as ferramentas manuais de um lado para outro, como
por exemplo, nos serviços de manutenção, devem ser usadas caixas de ferramentas.
• As ferramentas devem ser guardadas dentro das caixas ou de armários de ferramentas
com suas pontas e arestas vivas protegidas, de forma que não cortem as mãos dos
operários quando forem manuseadas.

• As caixas de ferramentas devem ser guardadas limpas em prateleiras de armazenamento

CAIXA DE FERRAMENTAS CARRO DE FERRAMENTAS

• Quando houver a necessidade de elevar ou baixar as ferramentas entre diferentes níveis, a


recomendação é de que seja usado uma bolsa (sacola) de lona ou balde presos a uma
corda. As ferramentas devem ser acondicionadas com a parte cortante para baixo.

BOLSA E SACOLAS USADAS PARA O TRANSPORTE DE FERRAMENTAS

• No caso do trabalhador necessitar subir ou descer continuamente por escadas de mão, ele
deve manter as mãos livres transportando as ferramentas em dispositivos (porta
ferramentas) presos ao cinturão, deixando sempre as partes pontiagudas ou cortantes das
ferramentas voltadas para baixo. O cinturão não deverá ter muitas ferramentas.

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Ferramentas portáteis normalmente apresentam riscos similares aos de ferramentas manuais
do mesmo tipo e são mais difíceis de controlas e proteger.

As lesões mais comuns causadas por ferramentas portáteis são cortes, perfurações, luxações
fraturas, choques elétricos e queimaduras.

Atualmente os fabricantes desses equipamentos são obrigados a fornecer instruções sobre o


uso e manutenção. Estas instruções devem fazer parte do treinamento do operador que vai
utilizá-las. Após tal instrução o operário deverá estar apto a inspecionar o equipamento e
localizar possíveis condições inseguras.

Os usuários de ferramentas portáteis não deverão usar, durante o trabalho, correntes,


pulseiras, roupas folgadas Óculos de segurança deverão ser usados quando houver
possibilidade de cavacos, partículas ou poeiras atingirem os olhos do trabalhador.

FERRAMENTAS ELÉTRICAS (FURADEIRAS, LIXADEIRAS E SERRAS)


• Ferramentas elétricas são equipamentos acionados por motores elétricos que são
manuseadas e transportadas por apenas um operário. Devem ser acompanhadas de
manual de instrução com informações quanto ao uso, manutenção e normas de segurança
que serve para treinamento dos usuários.

• Ferramentas elétricas são dotadas de dispositivo de partida (gatilho), de forma que ao


cessar a pressão seja automaticamente interrompida a corrente elétrica.

• Somente uma freqüente inspeção poderá localizar fi


gastos ou partidos, antes de provocarem acidentes.

• A maioria das descargas elétricas produzidas por


ferramentas são causadas por falhas de isolamento
entre as partes condutoras e a carcaça metálica da
ferramenta.

• Mesmo a ferramenta sendo equipada com o terceiro


fio para ligação a terra, esta proteção perderá o
efeito se a tomada não estiver dotada desta ligação.

• Atualmente um grande número de ferramentas elétricas possuem dupla isolação,


oferecendo maior proteção para o operador contra choques elétricos e tornando
desnecessário a ligação do terceiro fio terra.

SÍMBOLO UNIVERSAL DE DUPLA ISOLAÇÃO

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• Não deve ser permitida a ligação de mais de uma ferramenta elétrica numa mesma
tomada, a não que ela esteja dimensionada para isto.

• Se ferramentas elétricas foram usadas em locais molhados, deve ser fornecido ao operário
plataforma isolante, tapete de borracha e luva de borracha e sua ferramenta deve estar em
boas condições e aterrada.
• O cordão elétrico de uma ferramenta deve ser curto, no máximo 1,30 m de comprimento.
Isso facilita o desligamento da ferramenta em caso de acidente.

• Não se deve transmitir esforço pelo cordão, nem pendurar a ferramenta pelo mesmo. Não
é recomendável o remendo no isolamento do cordão por meio de fita. O procedimento
correta é o corte da parte estragada ou a troca de todo o cordão.

• Operários podem ferir-se de várias maneiras com


furadeiras elétricas. A broca pode atingir as mãos, as
pernas ou outra região do corpo e os olhos do operador
podem ser atingidos por fragmentos de material a ser
furado ou por pedaços de uma broca quebrada.

• Furadeiras equipadas com botão de velocidades


variáveis permitem ao operador usar rotação mais
lenta quando estiver iniciando novo furo.

• Para furar materiais em geral utilizam-se brocas de


aço rápido, para madeiras e materiais macios
utilizam-se as brocas de aço carbono e as brocas
com ponta de metal duro são indicadas para
trabalhos em alvenaria e em especial para concreto.

• Atualmente as serras elétricas portáteis estão providas com boas proteções pelos
fabricantes. A tarefa do técnico de segurança é verificar se são usadas como devem com
suas proteções em perfeito estado.

SERRA CIRCULAR ELÉTRICA PORTÁTIL COM PROTEÇÕES


(FIXA E MOVEL) PARA O DISCO

• Operários que usarem esmeris portáteis e escovas de aço devem usar óculos de
segurança ou proteção facial.

• O operador de lixadeiras portáteis deverá usar óculos contra poeira ou proteção facial e
dependendo do caso proteção respiratória

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FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS
• O ar comprimido é imprescindível a qualquer indústria e pode ser considerado tão
importante como a energia elétrica, pois graças a ele muitas ferramentas podem ser
movimentadas.

• Principais ferramentas pneumáticas:


● Parafusadeiras
● Furadeiras
● Lixadeiras
● Esmerilhadeiras
● Rebitadores
● Grampeadores
● Serras
● Tesouras

• Ferramentas pneumáticas oferecem riscos similares às ferramentas elétricas do mesmo


tipo. Tubulações de ar, assim como condutores elétricos, devem ser manuseados com o
máximo cuidado.

• Quando da utilização de ferramentas pneumáticas, faz-se necessário o uso de proteção


facial para evitar acidentes nessa região do corpo.

• O operador deve ser orientado para não usar equipamento de ar para limpar suas roupas
ou cabelo, pois contém impurezas, tais como partículas de óleo e graxa que poderão
causar sérias dermatites, além do que um jato de ar proveniente de uma mangueira
poderá romper um tímpano, arrancar um olho de sua órbita e causar hemorragia.

• Alguns acidentes com ferramentas pneumáticas são provocados pelo chicoteamento da


mangueira, quando há ruptura ou deslocamento da conexão.

• O operador de uma furadeira pneumática deverá estar sempre alerta para uma possível
quebra da broca, pois além da projeção de fragmentos de metal, esta quebra poderá
desequilibrá-lo e provocar sua queda.

FERRAMENTAS ACIONADAS POR EXPLOSIVOS


• As pistolas de fixação com cartuchos explosivos (baseadas no princípio de armas de fogo)
servem para fincar pinos em diversos tipos de material, em geral em concreto, reduzindo o
tempo de trabalho em relação a outras ferramentas.

PISTOLA FINCA PINOS MOVIDA A PÓLVORA

• A pistola funciona por meio de um finca pino (cartucho), que ao ser deflagrado, impulsiona
o pino em alta velocidade através do cano da ferramenta.

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• O tamanho do pino é função da resistência de fixação desejada, assim como o calibre do
finca pino (cartucho) significa maior ou menor potência (carga de detonação). Ë
indispensável a consulta ao manual do fabricante para verificar o dimensionamento
recomendado para cada tarefa.

FOTO DE PISTOLA FINCA PINOS SENDO UTILIZADA PARA FIXAÇÃO

DIFERENTES TAMANHOS E DE PINOS DE FIXAÇÃO

CARTUCHOS DE DIFERENTES CARGAS DE DETONAÇÃO

• O uso de pistolas de fixação deve ser vetado para trabalhadores menores de 18 anos.

• O bocal protetor é utilizado para conter os estilhaços do material da superfície e a ser


perfurada.

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• É importante localizar previamente tubulações embutidas de água, gás ou eletricidade,
para não danificá-las e provocar vazamentos ou acidentes mais graves.

• Mesmo tendo certeza de que o cartucho está adaptado à resistência da superfície a ser
furada, é recomendável que o operador verifique se não alguém atrás do local onde serão
cravados os pinos.

VERIFICAR SEMPRE O OUTRO LADO DA SUPERFÍCIE ONDE SERÃO CRAVADOS OS PINOS

• O ricocheteamento do pino também é um risco que deve ser considerado. Inclinando-se a


ferramenta em relação a superfície, poderá ocorrer o ricocheteamento. Para reduzir este
risco de acidente, o operador deve ser orientado para empunhar a ferramenta
perpendicularmente à superfície de trabalho.

• A pistola de fixação deve estar descarregada sempre que for transportada ou guardada.
É recomendável que o transporte seja feito em caixa própria, com chave, que servirá para
armazená-la após o uso.

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