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PATRI CK M O R L E Y

DAVI D DELK

BRETT C L E MME R

HOMENS...
--------- além do----------
'<hurrasco
f u t e b ®l
UNlTCD PRESS
eúna alguns homens da igreja. Marque um churrasco, acrescente um testemu­

R nho, faça uma oração, comecem uma partida de futebol e - v o ilà - nasce um
ministério de homens. Certo? Será?! Podemos dizer, sem medo de errar, que
se quisermos uma reforma da sociedade em que vivemos será necessário começar com
uma reforma espiritual dos homens que a compõem. Porém, fazer discípulos - homens
que andam com Cristo, que vivem como Cristo e trabalham para Cristo - constitui uma
árdua tarefa e um passo além. Se você, líder, tem lidado com as agruras de envolver
os homens de sua igreja, esta obra Homens... além do Churrasco e Futebol, pode re­
direcionar seus esforços. Alicerçados em trinta anos de pesquisa e trabalho com mais
de 2.500 igrejas, os autores deste livro oferecem uma comprovada estratégia de ajuda
no discipulado de cada homem de sua igreja.

D E S C U B R A C O M O ...
... M udar o paradigma de um ministério de homens para
um ministério abrangente a todos os homens.
... Identificar o "código de homens" não verbal que sua
igreja transmite aos homens que lá adentram.
... Garantir um sucesso duradouro ao recrutar aliados que
trabalharão com você na formação de discípulos.
... Desenvolver um processo concreto e contínuo que auxilie os homens
que não conhecem a Cristo para que se tornem discípulos dedicados.

• E possível alcançar os homens.


• E possível levá-los a um nível de maior intimidade e compromisso com Cristo.
• Eles podem ajudá-lo a transformar o mundo.
• Este livro ensina como!

Sü Homens
U N lT€D PRESS Ç^deValor
Categoria: Liderança
N ão é mistério para ninguém o fato
de que as sociedades femininas das
igrejas evangélicas, em geral, são
ativas, presentes e muitas vezes
decisivas. Elas, em sua maioria, são o
braço direito dos pastores, que contam
com sua participação em praticamente
todas as atividades da igreja.

Infelizmente, e isso também é de


conhecimento geral, não se pode dizer
o mesmo a respeito dos ministérios com
homens. Inúmeras tentativas são feitas
tendo em vista uma sociedade mais
estruturada, porém a falta de apoio
e a não frequência às programações
acabam desestimulando até o mais
consciente e animado de seus membros.

Este livro, Homens... além do


churrasco e futebol conta uma história
diferente, mostrando ministérios
de homens que deram certo e as
diretrizes por eles utilizadas.

De forma narrativa e racional,


apresentando exemplos e experiências
reais, o livro vai mostrando as
possibilidades, os motivos de
resistência, os anseios, as decepções
e, por fim, porque é possível e factível
estabelecer e manter uma sociedade
masculina tanto quanto, ou até
mais ativa do que as femininas.
PATRICK MORLEY
DAVI D DELK
BRETT CLEMMER

HOMENS...
além do

Churrasco
FUTEBOL

um selo editorial hagnos


2006 by Patrick Morley, David
Delk and Brett Clemmer
©2012 Editora Hagnos Ltda

Tradução
Fernando Cristófalo

Revisão
Dominique M. Bennett
João Guimarães
Gecy Soares de Macedo

Capa
Maquinaria Studio

Diagramação
Catia Soderi

I" edição - Janeiro de 2012


Reimpressão - Julho de 2014

Editor
Juan Carlos Martinez

Todos os direitos desta edição reservados para:


Coordenador de produção
Editora Hagnos
Mauro W. Terrengui
Av. Jacinto Júlio, 27
04815-160 - São Paulo - SP - Tel (11) 5668-5668
Impressão e acabamento
hagnos@hagnos.com.br - www.hagnos.com.br
Imprensa da Fé

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (C1P)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Morley, Patrick
Homens... Além do churrasco e futebol / Patrick Morley, David Delk, Brett
C lem m er; [tradução Fernando Cristófalo]. — São Paulo : Vox Litteris, 2011.

Título original: No man left behind


ISBN 978-85-63563-32-3

I . Disciplina (Cristianismo) 2. Formação espiritual 3. Igreja - trabalho com


homens

I. Delk, David II. Clemmer, Brett. III. Título

11-08888 CDD-259.081

índices para catálogo sistemático:

I . Igreja : Trabalho com homens : Cristianismo

259.081
S umário
Prefácio à edição brasileira................................................................................. 5

Agradecimentos ............................................................................................. 7
Introdução: Desejo ardente para que a sociedade de homens seja mais do
que churrasco e fu teb ol!...................................................................................9
1. O ministério com homens constitui-se em um grande desafio.............. 11

P arte um : A promessa do ministério com h o m e n s ...........................................29

2. Nenhum homem falha de p ro p ó sito................................................... 31

3. O que é um discípu lo?........................................................................ 45


4. C om o os homens mudam? Auxiliando os homens a experimentar
a transformação do c o r a ç ã o ....................................................... >............57
P arte dois : Os alicerces de seu ministério com h o m e n s .............................. 75

5. O portal prioritário e o código do h o m e m ..........................................77

6. As três dobras da liderança ................................................................ 95

7. üm ministério abrangente com h om en s................................................ 113


P arte três : P lanejando e executando o seu ministério com h o m e n s .......... 133

8. Visão: Uma razão irresistível para que homens se envolvam .........135

9. Crie momentum valorizando.................................................................153


10. Capture o momentum com o próximo passo c o rreto ....................... 175

11. Mantenha o momentum por meio de relacionam entos..................... 195

12. Desenvolva o seu plano: Como implementar o modelo em sua igreja ... 217

Epílogo: Levantando líderes da boa terra ................................................ 239

As grandes idéias ....................................................................................... 243


N o ta s .............................................................................................................245
Apêndice A: Vinte e cinco maneiras de estabelecer uma conexão
com o seu p astor..........................................................................................249
Apêndice B: Exemplos de declaração de v is ã o ....................................... 252
Apêndice C: Criando o momentum para os cinco tipos de h o m en s ........ 255

Apêndice D : Estudo bíblico do ministério com hom ens................................256

Apêndice E: Homens de v a lo r.....................................................................261


OS AUTORES DEDICAM...

A todos os pastores e líderes em todo o m undo que lutam


com a árdua tarefa de discipular os homens de suas igrejas.
Juntos podem os vencer esta batalha.
P atrick M orley

À m em ória de m inha tia, M in n ie Parker, e do pastor


La ivrence Hutto, da Igreja Batista de D o u b le Pond, p e lo c o m ­
p rom isso de assegurar que nenhum jo v e m fosse deixado para
trás. Ainda que ja m a is os tenha con h ecid o pessoalm ente, eles
ajudaram m eu pa i a aceitar a Cristo, co lo ca n d o a m inha fa m í­
lia em uma trilha totalm ente nova, transform ando as gerações
vindouras.
D avid D elk

A minha querida esposa, Kimberly, que m e ama e m e en co­


raja. Aos meus incríveis filhos, Cassidy e Jackson, que enchem
a minha vida de alegria. E ao meu pai, B ill Clemmer, bem com o
ao m eu sogro, Stan Allaby, dois homens que têm dedicado suas
vidas na missão de fazer discípulos.
B rett C lemmer
P refácio à edição brasileira

Meu m entor e com panheiro de jornada no ministério de h o ­


m ens - Pat Morley, - coautor deste livro que lhes apresento, fez há
alguns anos a seguinte declaração: “Ministério de hom ens é um m i­
nistério de trincheira.” Em outras palavras, o ministério que visa al­
cançar a ala masculina da igreja é um ministério árduo que dem anda
muita oração, muita paciência, muita perseverança e, portanto, difícil
de realizar.

D esde que fundei o Ministério H om ens de Valor, a frase que


mais ou ço nas igrejas em que ministro por este im enso Brasil é: Tudo
funciona nesta igreja, menos o ministério de homens... - Já tenta­
mos pelo menos três uezes e não conseguimos montar um ministé­
rio com homens! - Os homens são muito parados, eles não querem
se envolver.
Essas e outras frases c o m o essas fazem parte do repertório
que o u ço c o m frequência em minha jornada de tentar acordar esse
“gigante adorm ecid o” . E em m eio a muito desencorajam ento e inú­
meras tentativas frustradas de “agitar algum a coisa com os hom ens”
que encontro muitos líderes cristãos desolados, desencorajados e
preocupados ao ver os hom ens sim plesm ente desaparecendo de suas
igrejas.

A situação é realmente preocupante e o problem a vem alcan­


çando proporções epidêm icas. A realidade é que, atualmente, uma
igreja brasileira típica é com posta - em média, - por 68% de mulheres
e o restante (32% ) por homens, dentre os quais muitos são apáticos,
frios e espiritualmente desconectados. >7

Porém, o que observo é que nessas m esm as igrejas não existe


uma estratégia pensada, elaborada e sistematizada para alcançar os
homens. Entendem os nós, de Homens de Valor (o ministério que
dirijo), que o primeiro e fundamental fator, antes até de desenvolver
um plano ou estratégia para alcançar os hom ens é entender esses
homens. Homens... além do churrasco e futebol faz essa análise de
forma brilhante! Em minha experiência ao trabalhar c o m homens e
H omens... A lém do churrasco e futebol

líderes de homens, tenho descoberto alguns elem entos que outros já


descobriram antes de mim, os quais são am plam ente expostos neste
livro.

As estatísticas - enquanto escrevo o prefácio deste livro - conti­


nuam a demonstrar o declínio da participação dos hom ens na igreja;
Morley, Delk e Clemmer, os autores, confrontam esta epidêm ica situa-
-ção com brilhante realismo, mas ao m esm o tem p o com com p reen ­
são. Eles oferecem perspectivas positivas sobre c o m o a igreja pode
trazer o h om em de volta à posição de participação e liderança. A
ab ord agem dos autores é extrem am ente prática e perfeitam ente apli­
cável na vida da igreja local. O s princípios aqui apresentados trans­
p õem barreiras culturais.

- Todo pastor sabe - conceitualm ente - que, se alcançar o h o ­


m em para Cristo, ele terá enorm es chances de alcançar toda a família.
G eorge Barna, em seu livro A batalha pelo coração do homem, es­
creve: “Q uando uma criança assume um com prom isso com a igreja,
2% da família se envolve juntam ente c o m ela. Q uando uma mulher/
m ãe assume um com prom isso com a igreja, 17% da família se en­
volve juntam ente c o m ela. Porém, quando o homem/pai assume um
com prom isso com a igreja, 93% da família se envolve c o m e le!”

Se fosse possível, eu colocaria um exemplar deste livro nas mãos


de cada pastor deste nosso im enso e am ado Brasil. O s autores sim ­
plesm ente acertaram o alvo! HOM ENS... ALÉM D O CH Ü R R ASCO E
FÜ TE B O L acentua o que tod o pastor precisa urgentem ente ouvir: os
hom ens de nossas igrejas precisam desesperadam ente de um pastor
que os discipule!

Estou absolutam ente con ven cido que este livro será um divisor
de águas na abordagem aos homens, neste m om en to histórico da
igreja brasileira. E a razão pela qual recom en do não apenas a leitura,
mas tam bém a aplicação prática deste livro, é porque Patrick Morley,
um dos autores, ensina c o m o fazê-lo. Boa leitura!

ISélio DaSilua
Coordenador Nacional do ministério Homens de Valor (MPC)
www. homensdevalor. com

6
A gradecimentos

Este livro não seria possível sem a preciosa con tribu ição de
m ilhares d e líderes qu e m ilitam na árdua m issão d e discipular
h o m en s e m to d o o m u ndo. M uito d o qu e v o c ê lerá nesta obra
p ro vém d o aprendizado c o m esses irm ãos e irm ãs to ta lm e n ­
te d ed ica d o s à batalha e m prol da alm a d os seres hum anos.

A visão e a paixão desses líderes e m alcançar e discipular h o ­


m en s na igreja local m uito nos desafiaram , encorajaram e inspiraram.

Milhares de líderes tê m se en volvid o na N CM M - National


Coalition o f M en’s Ministries (C oalizão N acion al d e M inistérios de
H o m e n s ) durante o s d ez an os d e sua existência, e sua s a b e d o ­
ria e experiência nos b en eficiaram sobrem aneira. O s m e m b ro s da
N C M M b u scam con tin u am en te por form as novas e m ais eficazes
d e alcançar e discipular h o m en s por in term édio d e suas o rgan iza­
ç õ e s e d en o m in açõ es.

Igu alm en te, g o s ta ría m o s d e a g ra d e c e r a o s n o sso s precur­


sores, c o m o C oalizão N a cio n al d e M inistério d e H o m en s, p or sua
con tínu a existência e a tu a çã o a o lo n g o d e 75 anos, a G e n e Getz,
qu e ta m b é m escreveu a o s h o m en s, a Ed C o le e a Christian M e n s
N etw o rk (R e d e d e H o m e n s C ristãos), p ion eiros d o p resen te m o v i­
m e n to e, p or fim , à N orth A m eric a n C o n fe re n c e o f Church M e n s
S ta ff (C o n fe rê n cia d e L íd eres d e Igreja da A m éric a d o N o rte), por
se reunirem durante d éca d a s, rep resen ta n d o o s e s fo rç o s d en om i-
n acion ais d irec io n a d o s a o d iscipu lad o d e h om en s.

O pessoal d o M inistério M a n in the M irror (H o m e m no e sp e ­


lho) constitui um gru po d e p essoa s tão eficaz qu anto o quadro de
funcionários presente e m qualquer c o rp o ra çã o hoje e m dia. Muito
o b rig a d o a toda equipe. E sse gru po, trabalhando e m um escritório
H omens... A lém do churrasco e futebol

d e p eq u en as d im en s õ es no subúrbio d e O rlando, Flórida, im pac-


tou m ais d e sete m ilh ões d e p essoa s nos últim os d o ze anos.

T am b ém expressam os n osso agrad ecim en to a o pessoal da


M o o d y Publishers, b em c o m o à equ ipe de projetos da Puckett Group.

Por fim, a g ra d e c e m o s ao n osso a g e n te literário, R obert


W olgem u th , p or sua sabedoria, p aciên cia e perspicácia qu an to ao
p róxim o passo. O b rig a d o p or ser n osso con selh eiro, c o le g a d e vi­
são e b o m am igo .

8
NTRODUÇAO

D e s e jo a r d e n t e p a r a q u e a
SOCIEDADE DE HOMENS SEJA MAIS
DO QUE CHURRASCO E FUTEBOL!

Durante duas d écad as, o lem a d o pastor de Brett, Pete


Alwinson, te m sido Homens... Além do churrasco e fu te b o l. C o m o
isso ocorreu ? D o total de h o m en s qu e frequ en tam a igreja d e Pete,
95% p rofessam a fé e m Cristo, 75% estão en volvidos n o cresci­
m en to espiritual e 75% estão servindo ao Senhor. D e fato, esses
resultados são en corajadores!

C re m o s qu e nada possui m ais p od er para transform ar o


m u n d o d o qu e h om en s discipuladores. T em o s visto isso e m igrejas
o n d e líderes c o m o Pete c o m p ro m e te m -s e d evo ta d a m en te a alcan ­
çar to d o s o s hom en s. N ã o é tarefa fácil, p o rém está entre as mais
im portantes d o m undo.

N o a p ên d ice há um a im a g e m d o m o d e lo de S o c ie d a d e de
h o m en s qu e utilizarem os c o m o base neste livro. V am os explicá-lo
a o lo n g o d os capítulos e a nossa esp eran ça é qu e ao fim d o livro
v o c ê seja cap az de passar no 'teste do guardanapo, isto é, possa ex­
plicar esse sistem a a outro h o m e m e m p o u co s m inutos, utilizando
nada m ais d o qu e um a can eta e um gu ard an apo d e papel.

Esta obra representa o que aprendem os e m sessenta anos de


experiência com binada no discipulado de homens, b em c o m o em
quase trinta anos trabalhando junto a líderes que estão em penhados
H omens... A lém do churrasco e futebol

em fazer discípulos. Estam os envolvidos c o m igrejas de mais de uma


centena de denom inações, e a nossa organização, Man in the Mirror
(H o m e m no espelho), possui parcerias c o m dezenas delas. Já realiza­
m os mais de cinquenta classes sobre discipulado por m eio de nosso
CLT - Centro de Treinam ento de Liderança. Trabalham os diretamente
c o m equipes de liderança de mais de 2.500 igrejas e tivem os a opor­
tunidade de aprender c o m outros milhares. D esenvolvem os pesquisas
e trabalho d e cam p o e m centenas d e igrejas. C rem os que Deus nos
proporcionou esta oportunidade singular e m larga escala para que
pudéssem os escrever este livro.

Ele representa a obra d e nossa vida. Auxiliar líderes de igrejas a


discipular h om en s é o n osso trabalho. T em os o privilégio d e acordar
to d o s o s dias fo c a d o s e m c o m o discipular h om en s na igreja - a sua
igreja. F icarem os honrados se Deus utilizar este livro para tornar a
sua jornada um p o u co mais suave.

E xceto se in form ad o, as histórias descritas nesta obra são


verdadeiras (e m b o ra o s n o m e s sejam , c o m frequência, trocad os).
O livro trata d e igrejas, h o m en s e histórias reais. C ada capítulo c o n ­
tém q u estõ es e exercícios para discussão. V ocê obterá m aior p ro ­
veito se o fizer c o m um gru p o de discu ssão ou m e s m o c o m outro
irm ão d e sua igreja. O prim eiro capítulo fo rn e c e um a visão p a n o ­
râm ica d o livro, e o últim o am arra to d o o trabalho, au xiliando-o a
esb o ça r os p róxim os p assos para o b ter um discipu lado m ais eficaz
entre o s h o m en s d e sua igreja.

S o m o s gratos p or investir n este livro e nos h o m en s de sua


igreja. D e seja m o s ajudá-lo d e tod as as m aneiras possíveis en qu an ­
to ta m b ém con tin u am os c o m n osso aprendizado.

Deus, ao iniciarmos esta jornada nos com prom etem os con­


tigo. Ajuda-nos a ser fiéis e a nos tornarmos apaixonados por ti e
pelos homens de nossas igrejas. Conceda-nos as uisões e estraté­
gias de que necessitamos para levantar um exército de homens
que lute em prol de teu reino e de tua glória. N o poderoso nom e de
Jesus, amém.

10
1
0 MINISTÉRIO COM HOMENS
CONSTITUI-SE EM UM GRANDE DESAFIO

“Qualquer um pode me trazer um problema, porém, estou


procurando alguém que possa me trazer também uma
solução". Este capítulo oferece uma visão geral de um sistema
testado e aprovado que visa auxiliá-lo na missão de discipular
cada homem de sua igreja. Os demais capítulos irão explicar
este sistema em detalhes.
Patrick Morley

Durante um p erío d o de gra n d e expan são te c n o ló gic a , alguns


jo ve n s profissionais e m O rlando, Flórida, estavam criando um a
em presa d os sonhos. C o m experiência no auxílio a desabrigados,
d es em p re ga d o s , en ferm o s e d esfa vorecid os, eles desen volveram
um sistem a com p u tad o riza d o único para rastrear c a so s m ediante
o s p rogram as d e serviços sociais.

À m edid a qu e a notícia sob re essa nova te c n o lo g ia se esp a ­


lhava, consultas surgiam d e to d o s o s can tos d o país. L o g o , aqueles
rapazes d esen volveram um a em presa lucrativa, d e investidores e
consultores. C o m isso, estavam p ro m o v e n d o o b em no mundo.
N o p ro cesso , é claro, eles ta m b é m esp eravam se beneficiar.

0 S O N H O A M E R IC A N O

Brett era um d aqu eles son h adores. N o prim eiro an o da e m ­


presa, eles con segu ira m am ealhar o prim eiro m ilhão e m vendas.
H omens... A lém do churrasco e futebol

N ã o era um trabalho fácil, ü m a p esso a era respon sável e m ven der


o p rogram a, isto é, Brett. Para isso, ele se d eslo ca va para qualquer
lugar, a qu alquer hora para falar a qualquer pessoa. Brett partici­
pava d e incontáveis con ferên cias e fazia inúm eras a p resen ta çõ es
c o m ercia is d o produto. Ele estava viven d o o s on h o am erican o: par­
ticipar d o d esen vo lvim en to d e um a com p a n h ia te c n o ló gic a .

E m b rev e , e s p e c u la d o r e s c a p ita lis ta s c o m e ç a r a m a ligar,


d iz e n d o a B rett e a sua e q u ip e c o m o e le s d e v e r ía m crescer.
E les a firm a v a m q u e s e d e te rm in a d a s m e ta s fo s s e m a lc a n ç a ­
das, e n tã o , e s ta ria m p ro n to s a investir. B rett e sua e q u ip e a c r e ­
d ita ra m n isso.

Assim , segu in d o o c on selh o d os esp ecu la d o res capitalistas,


Brett form ou um a equ ip e d e ven d as nacional. L o g o , seis p e s s o ­
as estrategicam en te p osicion a d a s b u scavam p or clientes e m p o ­
tencial. C on tu do, esses v en d ed o res eram p o u c o experientes tanto
c o m respeito a o s serviços sociais qu an to à própria tecn o lo gia , de
m o d o qu e tão lo g o d esco b riam um possível cliente, Brett viajava
para fazer as ap resen ta ções. Em vez d e ter apenas um a p esso a
a g en d a n d o viagen s para ele, Brett a g o ra possuía seis p esso a s fa­
zen d o isso!

0 ESTOURO DA BOLHA
Então, a bolsa d e valores c o m e ç o u a cair. D e súbito, o s e sp e ­
culadores capitalistas qu e avidam ente aconselharam o crescim en to
da em presa passaram a não m ais responder às liga ções telefôn icas,
m e s m o qu an d o Brett e sua equ ip e alcan çaram as m eta s estipula­
das p or aqu eles investidores.

“ Q u a n d o o p rob lem a torna-se gran de, é p reciso se esforçar


ainda m ais.” Brett ouviu esse ditado a vida toda. D esta form a, ele
passou a trabalhar c o m m ais afin co ainda. M es m o s e m o capital
d aqu eles investidores, Brett estava d eterm in a d o a fazer da em p resa
um sucesso.

ü m a tarde, Brett receb eu um en tu siasm ad o te le fo n em a de


seu representante, n o Texas. Este solicitou a Brett qu e fo s s e até lá

12
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

sem d em ora, para tratar d e um a gra n d e perspectiva g o v e rn a m e n ­


tal. ü m p o u c o can sado, Brett ligou para a sua esposa, Kimberly, a
fim d e lhe contar qu e teria qu e viajar n ovam en te. A resposta dela o
p e g o u d e surpresa:

- Tudo b em - disse ela. - É mais fácil quando você não está aqui.

Brett gra cejou d esco n certad o :

- Mais fácil qu an d o n ão estou e m casa. Q u e mentira!

O casal tinha d ois filhos p eq u en os, eram ativos na igreja qu e


frequ en tavam e tinham casa própria. O qu e ela estava qu eren d o
dizer c o m aquilo? Então, a o c h ega r e m casa, Brett perguntou.

- Quis dizer que é m ais fácil qu ando v o c ê não está aqui - ela
repetiu. - V ocê está tentando construir um a em presa. Eu c o m p re ­
endo. Porém , não é fácil para m im tam bém . Você liga às 17:30h
para dizer qu e estará e m casa e m trinta minutos, m as só ch ega às
20h. Tento e m vão m anter a com id a quente. S ou eu que ten h o de
responder às crianças qu an d o elas perguntam pelo pai ou por qu e o
pai está tão nervoso. Q u a n d o v o c ê está e m casa, está tão can sado
qu e nos ignora totalm ente. Portanto, vá viajar. Eu estarei bem . De
verdade. A penas é mais fácil qu ando v o c ê não está e m casa.

Brett estava e m apuros. O pior d e tu do é qu e ele realm en te


não sabia c o m o aquilo acon tecera. Ele havia se c o n v en c id o d e que
tu do o qu e fazia era pela família. C o m seu e sfo rço , ele im aginava
com p ra r um a casa m aior e m elh or localizada para agradar a sua
esposa, m andar seus filhos para b oa s esco la s e p od er fazer carida­
de. N o entanto, e m algu m m o m e n to da sua cam inhada, ele perdeu
o rum o. Enfim, com p re e n d e u qu e não fazia aquilo p or sua família,
m as para si m esm o.

Por ironia, enquanto Brett se enrolava c o m a sua em presa, ele e


sua esposa continuavam a trabalhar na igreja, liderando o louvor para
centenas de crianças e m inúmeros cultos a cada fim de semana.

C o m o isso p o d e a co n tecer? Brett havia crescid o na igreja.


A gora , tornara-se líder e m sua igreja atual! N ã o obstante, a sua
esp o sa e seus filhos preferiam qu e ele não estivesse e m casa. Era
m ais fácil. Ele tornara-se um transtorno na vida deles.

13
H omens... A lém do churrasco e futebol

Por qu e Brett estava sen d o deixado para trás? Por que ele não
se con ecto u c o m sua igreja d e form a a torná-lo um apaixonado dis­
cípulo de Jesus Cristo?

0 P A R A D O X O D O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S :
E LE É U M G R A N D E D E S A F IO

M inistério c o m H o m en s. Q u ã o c o m p lic a d o ele p o d e ser?


P en se nisto: V o cê te m um a igreja. E nela há h om en s. A crescen te
um testem u n h o, algu m as pan qu ecas, um a oração, e pronto! A í
está um m inistério c o m h om en s, certo?

Man in the M irror (H o m e m no e sp elh o ) tem atuado junto


a m ilhares d e igrejas e m tod a a A m érica, aju dan do-as a discipu-
lar h om en s. Líderes d e igrejas e m to d o o m u n d o tê m viajado até
O rlan d o para participar d e cursos e m n osso C en tro d e trein am en to
d e liderança. Este livro é b a sea d o n o apren dizad o qu e o b tivem o s
c o m essas igrejas e líderes. V am os n os apoiar neles. ??

Para encorajar e motivar esses líderes costu m ávam os dizer:

- Prestem atenção. O qu e estam os tentando fazer aqui não é


a lg o com plexo.

E, então, durante certa aula... uma nova reflexão. A o olharmos para


esse grupo de líderes lutando para alcançar os hom ens de suas respec­
tivas igrejas, percebem os que eles não são hom ens simplórios. Muitos
são empresários, profissionais independentes e líderes bem-sucedidos.
Hom ens inteligentes, hábeis e esforçados. N ão obstante, ano após ano,
se desgastam na missão de alcançar e discipular os hom ens da igreja.

'P o r qu ê? Porque o m inistério c o m h o m en s é árduo. C o m o


afirm ou um d e n ossos líderes:

- O h o m e m é um ser difícil d e alcançar.

Na verdade, o m inistério c o m h o m en s é b e m com p lexo.

I
E m bora o p ro ce ss o e m si seja sim ples, o s h o m en s são m uito
com p lica d o s, “q

14
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

Q u a n d o v o c ê trabalha c o m fogu etes, as coisas são b e m


objetivas. Tudo gira e m torn o d e leis físicas e c o n c eito s m atem áticos,
c o m o gravidade, velocid a d e, ân gu los de a scen são e c o eficien tes d e
resistência. Porém , h o m en s estão lo n g e d e ser previsíveis. F o gu etes
não são d esped idos, não tê m p rob lem as c o m filhos ou en fren tam
p roblem as d e saúde. ^

C on tu do, há alguns paralelos entre a ciên cia d e fo g u e te s e o


m inistério d e h om en s, p or exem plo:

• Gravidade - A maioria d os h om en s sente o p eso d e ser o


p rovedor financeiro da família, d e tentar ser um b om m arido e pai,
de resistir às ten tações d e um m u ndo qu e visa arrastá-lo para baixo.

•Velocidade - N o v o s cristãos p ossu em um gran de entusias­


m o, p o rém m u itos h o m en s já estão na igreja há m uito te m p o e seu
entusiasm o se esvaneceu.

• Ângulos de ascensão - A lgun s h o m en s re a ge m p ron ta­


m en te e s e g u e m adiante, outros, p orém , experim entam avan ços
e retrocessos e m suas jorn ad as espirituais, alternando d ireçõ es e
m a g o a n d o p essoa s n esse p ro cesso . A chave é assegurar qu e avan ­
c e m e m sua jorn ad a espiritual, torn a n d o-se cad a vez m ais s e m e ­
lhantes a Cristo.

•Coeficiente de resistência - Trabalho, esportes, p rob lem as


familiares, c o m p ro m is s o s na igreja, p assatem pos... Tudo isso p a­
rece deter o avan ço d os h om en s, b e m c o m o d os líderes, enquan to
b u scam d esen volver sua fé e seu ministério.?

S e v o c ê tem lutado para alavancar o seu ministério c o m


hom ens, isto d eve lhe trazer alívio e esperança. O alívio vem
qu an do v o c ê com p reen d e qu e isso não oco rre apenas c o m
v o c ê (d e fato, é muito difícil alcançar e discipular h om en s), e a
esperança surge porque este livro con tém um a estratégia que
p od e ajudá-lo a lograr isso. V ocê p od e alcançar o s h om en s de
sua igreja. E possível fazê-los crescer e se assem elh arem mais
a Cristo. Este livro lhe mostrará co m o .

15
H omens... A lém do churrasco e futebol

A FÍSICA DO MINISTÉRIO COM HOMENS


N o entanto, v o c ê deverá aceitar inúm eras constantes se d e ­
sejar lançar e sustentar um ministério c o m h om en s pod eroso. (Isso
será ab ord ad o mais tarde, p orém é b o m lidar c o m suas expectativas
d esd e o princípio.) Aqui estão três parâm etros realistas para lem brar:'1

Primeiro, é necessário um longo tem po para se fazer um dis­


cípulo. Jesu s passou três an os c o m seus discípulos, viajando, t o ­
m a n d o re fe iç õ e s c o m eles e ensinando. M e s m o assim, um deles o
traiu, outro n eg o u c o n h e cê -lo , e to d o s os ou tros entraram e m p â ­
nico, e s c o n d e n d o -s e a p ó s a sua m orte. C o m o , entáo, esp era m o s
fazer discípulos e m 24 aulas sem anais? O corolá rio para isto é...

Segundo, pode dem orar até dez anos para construir e m an­
ter um ministério com homens sustentável e bem-sucedido. Está
certo. D ez anos. C o m o Richard Foster afirm ou: “ N o ssa ten dên cia é
superestim ar o qu e p o d e m o s realizar e m um a n o ” .1 N ã o existe tal
coisa c o m o “ um m inistério c o m h o m en s qu e se tornou b em -s u c e ­
d id o da noite para o d ia” . S e v o c ê en ten d er isso, n o d evid o tem p o,
olhará para a sua igreja e verá h o m en s qu e são discípulos e líderes.
C o m p reen d erá que, d e algu m a form a, seu m inistério é responsável
pela m aioria d aqu eles h om en s. E isso d em ora rá dez anos. V ocê
n ão é c h a m a d o a produzir resultados im ediatos, apenas a ser fiel.

Terceiro, não existe “Cinco passos fáceis para desenvolver um


ministério de homens eficaz”. N ão existe nem m esm o cinco passos
difíceis. N o Centro de Treinamento de Liderança, por vezes, nos refe­
rimos a isso c o m o “Inserir a Ponta A na Abertura B d o Ministério com
H om en s” . Simplesmente, não funciona assim. Esta obra é instrutiva,
não prescritiva. Podem os explicar “por qu e” e “c o m o ” discipular h o ­
mens, porém não especificam os exatamente “o qu e” você deve fazer.
A o invés disso, ajudaremos você a planejar, de m o d o concreto, os seus
próximos passos, con form e a cultura e as necessidades de sua igreja. P

DO PROTÓTIPO À FABRICAÇÃO
A dura e fria realidade é qu e n ão testem u n h arem os um reavi-
v a m en to no m u n d o se a fo rm a ç ã o eficaz d e discípulos nas igrejas

J6
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E EM U M G R A N D E D E S A F IO

n ão avançar da fase d e p rotótip o para a fase d e fabricação. O q u e


q u erem o s dizer c o m isso?

f,r Im a g in e-s e vive n d o n o an o d e 1900. É p ossível qu e, a o ver


um a u to m ó v e l circu lan d o p or sua cidade, as p esso a s s e ju n ta s­
s e m para apon tar e c o m e n ta r a a p ariçã o d e um ap arato tã o n o v o
e in co m u m . P orém , ap en a s 25 an os m ais tarde, ver um a u to m ó ­
vel e m circu la çã o já era u m fato banal e corriqu eiro. Por q u ê?
P elo fato d e que, e m 1913, H enry Ford ter in ven tado a linha d e
m o n ta g e m c o m um a esteira tran sportadora. Por volta d e 1927, a
Ford já havia fa b rica d o c e rc a d e quinze m ilh õ es d e seu m o d e lo T !
Ford aju dou a m o v er a indústria au to m o tiva da fase d e p ro tó tip o
para fa b rica çã o . V

N este exato m o m e n to , cen ten as de igrejas estão realizando


um m aravilh oso trabalho n o discipu lado d e hom en s. Talvez tenha
ou vido falar d e alguns deles e p o d e ­
m o s citá-los e aprender c o m o seu A GRANDE IDEIA
su cesso. No entanto, há cerca de
3 50 mil igrejas apenas n os Estados O sistema de
Unidos. N ossa paixão é testem unhar discipulado de sua
um m inistério form ad or d e discípulos
igreja é perfeitam ente
din âm ico e m cen ten as d e m ilhares
de igrejas. O discipu lado d e h o m en s projetado para
precisa deixar de ser um a atividade produzir o tipo de
c o m u m e eficaz restrita a algum as homem que ocupa os
igrejas, p assando a caracterizar a vida
seus bancos
da m aioria delas.

UM SISTEMA PERFEITAMENTE PROJETADO


E qu an to a sua igreja local? N o s n eg ó c io s, há um a máxim a:
“O seu sistem a está p erfeitam en te p rojetad o para produzir os re­
sultados qu e v o c ê está o b te n d o ” . Im a gin e um a m on ta d ora on d e o
paralam a dianteiro direito se d esp ren d e e m um te rç o d e to d o s os
carros qu e sa e m da linha d e m o n ta gem . O “sistem a ” d e m anufa­
tura da fábrica está p erfeitam en te p rojetad o para produzir carros,
cujos paralam as têm um a ch a n ce e m três d e cair!

17
H omens... A lém do churrasco e futebol

A aplicação disso vai além d os p rocessos d e manufatura.


O m e s m o p o d e ser dito d os sistem as d e ministérios (ou
m od elos). Em outras palavras, o “sistem a” d e discipulado de
sua igreja está perfeitam ente projetado para produzir o tipo de
h o m em qu e ocu pa o s ban cos de sua igreja (ou que deixa seus
ban cos vazios, c o n fo rm e o caso).

COMO ESTE LIVRO É ESTRUTURADO


Eis a razão pela qual nós, da Man in the Mirror (H o m e m no
esp elh o), con c en tra m o s n ossos e sfo rço s e m auxiliar as igrejas,
equ ip an d o e treinando o s seus líderes, b em c o m o o m otivo por
qu e e s c re v e m o s este livro. A p resen ta rem os a v o c ê um sistem a d e ­
sign ad o a m anter um m inistério form a d o r d e discípulos eficaz entre
o s h o m en s d e sua igreja. Este m o d e lo te m sido testad o e ap rovad o
nas igrejas locais e, portanto, é u m sistem a qu e funciona bem ,
p rojetad o para criar discípu los com prom etid os.'-'

MODELO INDICADO PARA MINISTÉRIO COM HOMENS


Um sistem a d esign ad o a produzir discípulos com prom issad os

A mplo ...............................................................................................................................P rofundo

H omens que pre ­


cisam de C risto

18
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

Este m o d e lo d em on stra c o m o d esen volver um a “ esteira de


p esso a s” ou “esteira tran sportadora” para discipular o s h o m e n s d e
sua igreja/A ssim c o m o um a esteira rolante de qualquer a e ro p o rto
ou um a linha de m o n ta g e m da fábrica d e Henry Ford, este p ro ­
c e s s o auxilia h o m en s a se d es lo ca rem d o lugar o n d e estão para o
lugar o n d e D eus deseja qu e eles estejam . >
* f n
O restante d este capítulo fo rn e c e um a visão geral d o s c o m ­
p on en tes presentes no m o d elo , b em c o m o um a prévia d o q u e virá
nos d em a is capítulos. Fa rem os um a v ia g e m p an orâm ica s ob re os
principais c o n c eito s e critérios. N ã o há n ecessid a d e d e v o c ê c o m ­
p reen d er tudo agora p orqu e cada a sp ecto será a b o rd a d o p asso a
p asso nos d em ais capítulos.

Por que estam os apresentando esses itens aqui? É


im portante familiarizar-se c o m todas as idéias antes d e discuti-
las e m detalhes p orqu e juntas elas form am o todo. Este sistem a
é, definitivamente, m ais d o qu e a som a de suas partes.

O m o d elo , b em c o m o este livro, possui três seç õ es . O fo c o


da Parte um: A P ro m essa d o M inistério c o m H o m e n s é propiciar
um a m elh or c o m p re e n s ã o sob re c o m o o s h o m en s estão agindo,
o qu e eles p recisam e c o m o auxiliá-los. O fo c o da Parte dois: O s
alicerces d e seu m inistério c o m h o m en s visa a c o m p re e n s ã o da
con stru çã o de b lo c o s dentro d e um sistem a de discipu lado susten­
tável e m sua igreja. O fo c o da Parte três: P lan ejan do e executando
o seu m inistério c o m h o m en s visa dar a estratégia para discipular
cad a h o m e m de sua igreja.

A o final d o capítulo 12, esp ecia lm en te se trabalhar o livro


c o m um a equipe, v o c ê terá criado um plano c o n c re to quanto ao
q u e fazer e m sua igreja.7

f A Parte um será explorada nos capítulos 2 -4 ; a Parte dois nos


capítulos 5 - 7 e a Parte três, n os capítulos 8 -1 2 . A seguir, veja uma
breve introdução a cad a um a delas. v>

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H omens... A lém do churrasco e futebol

PARTE 1: A PROMESSA DO MINISTÉRIO COM HOMENS:


O QUE SUA IGREJA PODE FAZER PELOS HOMENS
A n tes d e v o c ê iniciar a con stru ção d o sistem a, é acon selh ável
c o m p re e n d e r tanto o s p on tos iniciais qu an to o s finais. C o m e c e m o s
p elo s h om en s. O qu e exatam en te esp era m o s realizar c o m eles?V

O s h o m en s qu e v o c ê está ten tand o alcan çar con stitu em a


m atéria-prim a d e seu sistem a. O s h o m en s e m sua igreja e com u n i­
d a d e são a alim en tação d o lado e sq u erd o d e sua esteira transpor­
tadora. V o cê verá m ais sob re a c o n d iç ã o d os h o m en s na Am érica
n o capítulo 2.

Discípulos. O seu alvo é criar um a m b ien te qu e p ossa ser


u sado p or D eus na p ro d u çã o d e discípulos. D iscípulos são h om en s
c h a m a d o s a cam inhar a o lado d e Cristo, e q u ip a d o s a viver c o m o
Cristo e en viad os a trabalhar para Cristo (2 T m 3.15-17)? E stes são
o s resultados, ou produtos, d e seu sistem a d e m inistério c o m h o ­
m ens. D iscípulos são cristãos bíblicos. A lgu n s se torn arão líderes
e alguns d esses líderes se tornarão a lia d o s .'(L e ia m ais sob re discí­
pulos n o capítulo 3 .) Q uais as características d os h o m en s e m cada
um d esses e s tá g io s ? ))

1. Cristãos bíblicos - Estes são h o m en s qu e c o m p re e n d e m


o eva n g elh o e tê m fo m e d e crescim en to espiritual. Eles pararam
d e buscar o D eus qu e d esejavam , p assa n d o a buscar o D eus qu e
é. C o m p re e n d e m qu e as m u danças o c o rre m d o interior para o ex­
terior.’ Eles sa b em por experiência própria qu e o cristianism o n ão é
sob re m u dança de co m p o rta m e n to , m as sob re tran sform a çã o de
c o ra ç ã o ' N o capítulo 9, a b o rd a rem o s c o m m ais detalhes o s cris­
tãos bíblicos.

2. Líderes - S ã o h o m en s qu e estão c o m e ç a n d o a viver da


abundância d e seu próprio relacio n a m en to p essoal c o m Jesus.
Eles n ão estão m ais p reo c u p a d o s apenas c o m sua cam in h ad a c o m
Deus, m as, agora, d eseja m fazer o qu e for n ecessário para ajudar
outras p esso a s a cres c ere m ta m b ém . Eles são o s h o m en s “ fiéis”
que, p or sua vez, transm itirão o qu e ap ren deram a outros (2 T m
2.2). Leia m ais sob re líderes n o capítulo 6.

20
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

rr
3. Aliados - Estes são h o m en s qu e se tornaram p assion al­
m en te c o n ven cid o s d e qu e D eus p o d e usá-los, b em c o m o a sua
igreja, a fim d e transform ar o m u n d o para a sua glória. S ã o a q u eles
qu e se tornam futuros m e m b ro s d e sua equ ip e d e liderança, p ro ­
m o v e n d o gra n d e crescim en to e m seu m inistério d e discipu lado d e
hom en s.’ O re e con cen tre suas en ergias e m form ar aliados. Leia
m ais sob re eles no capítulo 4.

PARTE 2: OS ALICERCES DESEU MINISTÉRIO COM HOMENS


Três c o m p o n e n t e s fo r n e c e m u m a b a s e s ó lid a s o b re a
qu al v o c ê d e v e con stru ir o seu m in is té rio c o m h o m e n s , ou
seja: Portal p rio ritá rio (a filo s o fia d e seu m in is té rio ), C ó d ig o
d o h o m e m (o a m b ie n te q u e v o c ê cria para o s h o m e n s ) e Três
d o b ra s da lid era n ça .

Portal prioritário - A s igrejas qu e alcan çam h o m en s c o m e fi­


cácia fazem d o discipulado a sua prioridade (veja Mt 28.19). C o m
isso q u erem o s dizer qu e tod as as outras iniciativas da igreja servem
ao p ro p ó sito m aior d o discipuladoT N ã o é possível produzir a d o ra ­
d ores im p loran d o ao s h o m en s qu e ad orem ; n ão se produz dizimis-
tas entre o s h o m en s c o n s tra n g en d o -o s a ofertar; não se produz
evangelistas ap enas trein an d o-os a com partilhar. O s h o m en s não
adorarão a um D eus qu e d e s c o n h e c e m ou não honram ; eles não
ofertarão a um D eus qu e não am am ; e não com partilh arão sobre
um D eus p elo qual não são apaixonados. O m o d e lo d e Jesu s é
produzir discípulos qu e ad orem , ofertem , qu e sejam apaixonados
e m com partilhar as b oas-n ovas sob re o qu e ele fez pela hum anida­
de. D iscu tirem os o portal prioritário no capítulo 5.

Código do homem - Igrejas qu e efetivam en te discipulam


h o m en s p ossu em um a forte atm osfera m asculina. Elas criam um
“ c ó d ig o d o h o m e m ” n ão-escrito qu e defin e o qu e significa ser um
h o m e m naquela igreja. O s n ovos h o m en s ab sorvem esse c ó d ig o
pela atm osfera: “Aqui, ser um h o m e m é ser im portante e valioso.
Igualm ente, é d esem p en h ar um papel naquilo qu e D eus está fazen­
d o para transform ar o m u n d o ”? Muitas vezes, a incrível aven tu ra de
s e g u ir a C ris to fica e s c o n d id a d e b a ix o d e b o le tin s e a n ú n c io s !

21
H omens... A lém do churrasco e futebol

e n fa d o n h o s . T orne a sua igreja e m um loca l o n d e o s h o m en s


p o s s a m ser h om en s. N o capítulo 5, v o c ê p o d e rá ler m ais sob re
e s s e c ó d ig o .

Três d o b ra s d a lid era n ça - Para discipular to d o s o s h om en s


d e sua c om u n id a d e ou igreja, a sua esteira transportadora n e c e s ­
sitará d e um alicerce sólido, ou seja, liderança. M inistérios b em -su ­
c ed id o s d e discipu lado para h om en s co n ta m c o m o en volvim en to
ativo d o pastor sênior, d e um líder c o m p ro m is s a d o e d e um a eq u i­
p e d e liderança efetiva e renovada. E stes con stitu em as três dobras
da liderança (c o m o o c o rd á o d e três d obras citad o e m Ec 4.12). As
três d obras da liderança é explorada no capítulo 6.

SOBRE 0 ALICERCE: 0 PROCESSO


S o b re esse alicerce, nós o aju darem os a construir um a “ e s ­
teira tran sp ortadora” - o p ro ce ss o d e seu m inistério c o m hom en s.

A m p lo a o p ro fu n d o - A s igrejas qu e a lcan çam h o m en s c o n s ­


tróem um sistem a qu e m o v e o s hom en s, d e m o d o contínuo, d o
“A m p lo a o P r o fu n d o V Ü m ob jetivo d e seu m inistério c o m h om en s
é envolver o s qu e não c o n h e c e m a Cristo (in teressad os e m o p o r­
tunidades n o lado a m p lo ) e m o vê-lo s até qu e se torn em discípulos
fervo ro so s (en volvid os n o m inistério no lado profu n d o). C ada ativi­
d ad e ou p ro gram a e m sua igreja deverá atrair h o m en s qu e estão
e m diferentes p on tos da “ esteira” , entre o a m p lo e o profundo. U m
d os papéis da liderança é assegurar qu e to d o s o s seus líderes e s ­
tejam no m e s m o trech o e qu e ten h am c o b e rto to d o sistem a para
ajudar a discipular cad a h o m em .

A b r a n g e n te - D esen volva um a atitude m ental ab ran gen te de


m o d o a reco n h ecer qu e tu do o qu e a sua igreja faz qu e diz respei­
to aos h o m en s é o m inistério c o m h om en s. Em outras palavras,
o ta m an h o de seu m inistério c o m h o m en s é igual a o n ú m ero de
h o m en s e m sua igreja; A d efin içã o tradicional d o m inistério c o m
h o m en s restringe-se ap enas àquelas atividades qu e o co rrem qu an ­
d o os h o m en s estão p or con ta própria, c o m o , o café da m anhã aos
sábados. U m m inistério totalm en te ab ra n gen te discípula h o m en s
o n d e eles estão, m axim izan do o im p a cto d o reino sob re tod a e

2 2
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

rqu alquer interação, e n vo lven d o to d o s o s h om en s. Assim , v o c ê tem


um “ m inistério c o m h o m e n s ” qu e ab ran ge to d o s os h o m en s d e
sua igreja. A única qu estã o a g o ra é: “O m inistério é eficaz ou n ã o ?”

Esse m o vim en to con tínu o d o a m p lo a o profu ndo e o m in isté­


rio totalm en te ab ran gen te são detalh ad os n o capítulo 7.

PARTE 3: PLANEJANDO E EXECUTANDO 0 SEU


MINISTÉRIO COM HOMENS
ü m a vez qu e a esteira transporta­
dora esteja construída, v o c ê necessita d e
um m o to r para colo cá -la e m m ovim en to.
V ocê desen volverá e executará o seu plano
com a estratégia “Visão-Criar-Capturar-
Susterttar” . Introduzir tal estratégia ajuda
a m over h o m en s p asso a p asso a o lo n go
da esteira para qu e se torn em discípulos
m aduros. Aqui está um a breve introdu­
ç ã o a cad a e le m e n to (eles serã o descritos
e m detalhes nos capítulos 8 -1 1 ).

V is ã o - A s igrejas que produzem discípulos, claramente defi­


nem e comunicam a sua visão através de m eios que repercutam nos
homensXJtilize um nom e, um lem a e/ou uma frase que atinja os h o ­
m ens de m o d o visceral? Em toda e qualquer interação que v o c ê tenha
c o m eles, explique clara e passionalm ente c o m o aquele evento ou
atividade ajuda a cumprir o seu propósito e a trazer glória a Deus.

C riar - Crie o m om ento c o m o s h o m en s crian do valor.


Introduza um h o m e m a o discipu lado aju d a n d o -o a dar um n ovo
p asso espiritual. C o n vid e-o para um ca fé da m anhã, para um even ­
to na igreja ou um a atividade esp ecial d o s h o m e n s .^ e ele aceitar
o con vite é p orqu e v o c ê lhe deu a lg o qu e ele acredita ser valioso.

C a p tu ra r - Capture o m om en to ao forn ecer a cad a h o m em


o “ próxim o p a sso ” correto qu an d o v o c ê der início a o m ovim en to.
í' ütilize atividades sim ples e d e curta duração qu e facilitem o avanço
d aqu ele h o m em . Por exem p lo, o fe re ça um estu d o d e seis sem anas

23
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

sob re algu m assunto im portante, c o m o finanças ou trabalho.''


r A ssegu re-se d e capturar o m o m e n to a o solicitar o c o m p ro m is s o
d os h o m en s n o instante e m qu e eles e n ten d erem o valor daquilo, yj

S u s te n ta r - Mantenha o m ovim ento a o envolver o s h om en s


nos m ais efetivos e duradouros processos d e discipulado de sua igre­
ja. O mais breve possível, ajude-os a desenvolver relacionam entos
m ais significativos c o m outros hom ens. A s m udanças mais p erm a­
nentes o co rrem no contexto d e relacionam entos. Sustente a trans­
fo rm a çã o ao focar o c ora çã o e m vez d e permitir qu e sejam apenas
bon s exteriorm ente.V'

Repita esse ciclo reiteradas vezes p or m e io d e suas in terações


c o m o s h o m en s e veja c o m o D eus o utiliza para ajudá-los a se tor­
narem discípulos fervorosos.

C o n s tru in d o o s eu p la n o - Este sistem a funcionará de m a ­


neira diferente e m cad a igreja? N o capítulo 12, exam in arem os n o ­
vam en te to d o o m o d elo , p asso a passo. F o rn e ce re m o s dois gru pos
d e exercícios - rum para ser trabalhado nos p róxim os três m eses e
o outro no p róxim o an o? Isso lhe dará a oportu n id ad e d e construir
um plano c o n c re to qu e seja a d e q u a d o à sua igreja.

Qual o resultado d e introduzir esse sistem a e m um a igreja


local? V o cê fará parte de um a igreja dinâm ica form a d a p or h o m en s
fervo ro so s qu e vivem e a m a m c o m o Cristo. T em o s visto isso o c o r­
rer e m cen ten as d e igrejas.

POR QUE ISSO É TÃO IMPORTANTE?


M uitos líderes c o m os quais c o n versa m o s tê m exp ressad o o
seu esp an to ao to m a re m c o n h e c im e n to da estatística levantada
pelo instituto d e pesqu isa Barna d e qu e apenas 4% d os am erican os
e 9% d e cristãos con vertid os p ossu em um a c o s m o v is ã o bíblica.2 73

Considerando a grande quantia de dinheiro gasta pelas igrejas


a cada ano - cerca de 31 bilhões de dólares e m 20013 (igrejas repre­
sentando quase cinquenta m ilhões de m em b ros) - som o s tentados
a perguntar. “O que as igrejas estão fazendo, pois, c o m certeza, náo
parecem estar form an do discípulos?” ^

24
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I-S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

As con seq u ên cia s são devastadoras. C erca de 40% da g e ra ­


ç ã o da exp losã o d em o g rá fica foram criadas p or pais s ep a ra d o s ou
divorciad os e o s erros d o s pais estão sen d o repetidos pela g e ra ç ã o
seguinte: H oje, 33% d o total d e 72 m ilh ões d e crianças am erican as
estão indo para a ca m a e m um lar o n d e o pai b io ló g ic o é inexis­
tente. E estim a-se qu e 66% delas não viverão m ais c o m o s dois
pais b io ló g ic o s até com p leta r d ezoito an os.4 E stam os c o lh e n d o os
frutos d e nossa falha e m discipular h om en s. 7?

A OPORTUNIDADE: 0 HOMEM SE APROXIMA


A história con tad a no início deste capítulo não é m era ilus­
tração, m as verdadeiro relato d e um d os autores - Brett Clem m er.

Ha m e sm a é p o c a e m qu e sua esp o sa lhe con tou qu e era


m ais fácil para ela e o s filhos qu an d o ele estava viajando, Brett re­
ceb eu a liga çã o d e um a m igo , Kevin.

- V o cê sa b e q u e n ossas e sp o sa s e stã o se reun in do e m um


estu d o b íb lico d e m u lheres? B em , eu con versei c o m algu n s d os
ou tros m a rid o s e, talvez, d e v é s s e m o s ter um gru p o d e h o m en s
ta m b ém . S e n ão h ouver outra razão, q u e seja ap en a s para nos
proteger, p orq u e ten h o certeza d e qu e elas falam s o b re nós.

Brett ta m b ém tinha essa certeza. Ele pen sou sob re o que,


porventura, Kevin havia ou vid o sob re ele.

- C o m certeza - Brett respondeu. - O qu e irem os estudar?

- Lem bra-se daqu ele livro re co m en d a d o e m nossa igreja algu­


m as sem an as atrás? Traga-o e verem o s se o gru po deseja estudá-lo.

Brett levou o livro. A q u e le grupo, afirm a Brett, foi o c o m e ç o


d o reavivam ento d e sua fé:

- O livro era The Man in the Mirror (O H o m e m n o espelho).


O gru po decidiu estudá-lo e isso salvou o m eu casam en to, a minha
fam ília e, d e muitas form as, a m inha vida. O livro falava diretam en­
te sob re o qu e eu estava p assando - to d o o c o n c e ito d e um cristia­
n ism o cultural parecia extraído d e minha experiência.

25
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

Brett acrescen ta qu e a parte m ais im portante d e seu estudo


foi ter c o n h e c id o o s d em a is m e m b ro s d o grupo.

- T o d o s nós lu távam os para s e rm o s b on s pais e m aridos,


trab alh an d o e m e x c e s s o e p ro cu ra n d o en con tra r um equilíbrio.
C o m o gru p o ga n h ei irm ã os e, juntos, c a m in h a m o s e m d ireçã o
a Cristo.

C o m o passar d o tem p o , a em p resa d e Brett fech ou as portas.

- P orém , um a coisa en g ra ça d a a c o n te ce u qu an d o m eu s o ­
nho d e construir um a em presa ruiu - afirm ou ele. - A m edida qu e a
m inha carreira profissional afundava, o m eu relacion a m en to c o m a
e sp o sa e os filhos subm ergia. A lé m disso, en con trei um a nova vida
e m m eu s relacion a m en tos c o m os irm ãos e c o m Deus. Por qu ê?
P orqu e algu ém decidiu m e discipular.

H á h o m en s e m sua igreja c o m o Brett. Este livro foi escrito


c o m o intuito d e ajudá-lo a alcançar esses h o m en s e discipulá-los
para o b e m deles e para a glória d e Jesu s Cristo. S o m o s gratos
por juntar-se a n ós nesta aventura. Juntos, p o d e m o s pedir a Deus
qu e n os ajude a não deixarm os nenhum h o m e m da igreja sem
envolver-se n o m inistério d e h om en s.

L e m b r e - s e d is t o :

• De fato, o ministério com homens é realmente complexo e árduo.


• Formar discípulos demanda longo tempo.
• É possível demorar até dez anos para desenvolver um ministério com
homens.
• Não existe algo como “Cinco passos simples para um ministério
eficaz com homens".
• Discipular homens exige sair da fase do papel, do protótipo e
passar à ação, à fabricação.
•O seu sistema formador de discípulos está perfeitamente projetado para
produzir os homens que estão ocupando os bancos de sua igreja - ou não.
• O modelo utilizado pelo movimento H o m e n s ... A lé m d o c h u rra s c o e
ajudará a impulsionar os homens de sua igreja passo a passo,
fu te b o l
visando torná-los discípulos maduros.

26
O M IN IS T É R IO C O M H O M E N S C O N S T IT U I- S E E M U M G R A N D E D E S A F IO

F ale s o b r e is t o :

Discuta estas questões com a sua equipe de liderança.


1. "O ministério com homens é, de fato, muito complexo.” Você
concorda ou não? Por quê? Você já fez alguma tentativa no sentido de
desenvolver um ministério com homens? Compartilhe a sua experiência.
2. Em poucas frases, como você descrevería o "sistema” para
alcançar e discipular os homens de sua igreja? Que tipo de resultados
você tem obtido?
3. Observe novamente o modelo a d o ta d o n e ste livro, q u e visa inc lu ir to d o s
Que conceitos está tentando aprender? Por quê?
o s h o m e n s d a ig reja .

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...

• para que Deus mantenha seus corações unidos, enquanto


buscam desenvolver um ministério eficaz de discipulado de homens
em sua igreja
• para que Deus revele como devem aplicar o que vocês têm
aprendido
• para que a sua igreja seja um lugar onde cada homem seja
discipulado e nenhum deles fique de fora

2 7
P arte um

A PROMESSA DO
MINISTÉRIO COM HOMENS

CRIAR '

/ / '-v V
9 i V is à o 1 A S TRÊS DOBRAS DA UDERANÇA
CAPTURAR
IJSTENTAR | | | fl D is c íp u l o

O CÓDIGO DO HOMEM
*
D iscípulo D is c íp u lo |
P o r ta l prioritário

Discípulo D iscípulo D iscíp

I
2
N en h um hom em falha
DE PROPÓSITO

Antes de obter a resposta certa, você deve fazer a pergunta


correta. Qual é a condição dos homens de nossas igrejas? E que
diferença isso faz? Quando enxergarmos e compreendermos
como e por que os homens estão falhando, entenderemos que
começar a trabalhar com os homens é uma solução sistêmica
para os problemas das igrejas e do mundo

M uitos, talvez a m aioria d os • 72 milhões de crianças e


n ossos p rob lem as culturais - divór­ adolescentes com menos de dezoito
cio, aborto, orfan dade, d elin qu ên ­ anos. Hoje à noite, 33% desse total
irão para a cama em um lar onde o
cia juvenil - p o d e m ser rastreados pai biológico está ausente.
até as suas origens, ou seja, na fa­
• 40% dos primeiros casamentos
lha d e um h o m em . Ironicam ente,
acabam em divórcio, afetando um
d e um h o m e m qu e a cord ou d e milhão de crianças a cada ano. Os
m anhã c o m a esp eran ça d e ser índices de divórcios envolvendo o
segundo ou o terceiro casamentos
b em -su cedid o.
são ainda mais elevados.
Os sinais e stã o ao n o sso • 33% de todas as crianças nascem
redor. V iv e m o s e m um a cultura fora do contexto do casamento.
o n d e um te rç o d o s b eb ês n asce Fontes: U.S. Census Bureau; Wade F. Florn e Tom
fora d o c o n tex to d o c a sa m en to ; Sylvester, Father Facts, 4a. ed. (Gaithersburg.
MD: National Fatherhood Initiative, 2002) e
o n d e 24 m ilh ões d e crian ças n ão James Dobson, Educando Meninos (São Paulo:
Mundo Cristão, 2003).
vivem c o m seu s pais b io ló g ic o s ;
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

o n d e c erc a d e m e ta d e d e to d o s o s c a s a m e n to s a ca b a e m divór­
cio. P o d e m o s ler essas estatísticas e s im p le s m en te dar d e o m ­
bros. O u p o d e m o s con sid era r o q u e elas sign ifica m para o n o sso
país e n ossas igrejas. V o cê n ão c o n c o rd a q u e d e v e haver a lg o
s istem ic a m en te errad o e m um a cultura q u e p erm ite q u e tais c o i­
sas o c o rra m ?

Em nossa socied a d e, a orfan d a d e é um p ro b lem a crescen te


e m u ito b em d ocu m en ta d o. A p en a s um te rç o d e to d as as crianças
am erican as viverá c o m a m b o s os pais b io ló g ic o s até com p leta r d e ­
zoito an os d e idade. M etad e das crianças qu e vivem e m lares d e s ­
feitos n ão v ê o pai p or p erío d o s superiores a um ano. A s crianças
proven ien tes d e lares sem a presen ça d o pai s ã o cin c o vezes mais
p ropen sas a viver na pobreza, a ter p ro b lem as e m o cio n a is e a re­
petir o an o escolar.1 n

N ã o obstante, esses são sintom as d e qu estões sistêm icas


m ais profundas. Tratar o s sintom as é n ecessário e b om , p orém
não se c o n seg u e curar um a enferm idade apenas tratando seus
sintom as. Assim , em b ora existam m uitos estudos s o c io ló gico s
e p sico lógico s qu e expliquem o m otivo d e term os tantos
problem as, a “causa raiz” - o p roblem a sistêm ico - é qu e não
te m o s discipulado ad equ ad am en te n ossos h om ens. A única
form a de solucionar problem as sistêm icos é p or m eio de
solu ções igualm ente sistêmicas.

BEBÊS NO RIO
N o s círcu lo s d e s e rv iç o socia l, c o n ta -s e u m a p arábola
s o b re um vila rejo existen te à beira d e u m rio. C e rto dia, um
d o s m o ra d o re s p e rc e b e u um b e b ê flu tu an d o nas suas águas.
Im e d ia ta m e n te , o m o ra d o r se jo g o u n o rio, n ad ou até o b e b ê e
le v o u -o até a m a rg e m .

N o dia seguinte, outro aldeão, ao cam inhar às m argens d o rio,


viu dois b eb ês flutuando nas águas. S e m pensar, ele saltou no rio
e os resgatou. Passadas 24 horas, havia quatro b eb ês qu e foram,

32
N en h u m h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

igualm ente, retirados d o rio. A cada n ovo dia, o núm ero d e b eb ês


retirados das águas se multiplicava.

O s a ld eões organizaram -se rapidam ente, construindo diques


de madeira, am arrando cordas e treinando equipes de resgate. L o g o ,
estavam trabalhando dia e noite, porém , ainda assim, a quantidade
de crianças flutuando rio abaixo crescia a cada n ovo dia.

O s m oradores davam o m áxim o de si, chegando m esm o à exaus­


tão. Entretanto, nenhum deles jamais se perguntou: “Por que esses b e­
bês estão no rio? Sigam os rio acima para verificar de onde eles v ê m ” .

Q ual a causa real de nossas en ferm id ad es culturais e


espirituais? C o n sid erem os um a qu estã o con creta com o a do
divórcio. Por vezes, ou ve-se a história d e um a esp osa qu e teve um
caso fora d o ca sa m en to e deixou o m arido, ou sob re um a criança
cujo co m p o rta m e n to era tã o ruim qu e desin tegrou a família. Porém ,
ou vim os tais histórias ap enas p elo fato d e elas serem relativam ente
raras. C o m frequência, m e s m o se um a esp o sa te m um caso, isso
s om en te o co rre ap ós an os d e n egligên cia em o cio n a l, ou m e s m o
abuso por parte d e um m arido qu e jam ais foi en sin ad o sob re o qu e
é n ecessário para desfrutar d e um c a sa m en to b em -su ced id o . >>

C onsidere a gravidez na adolescência: Joven s qu e aprenderam


valores ad equ ad os de seus pais saberão c o m o tratar as adolescentes.
Meninas qu e estão seguras d o am or d e seu pai e d o am or d e Deus,
não buscarão por aceitação nos braços d e m eninos adolescentes.
Os h om en s de sua igreja sab em com o ensinar seus filhos
ad olescen tes sobre sexo, castidade e o plano d e Deus para eles, a
fim d e encontrarem a felicidade no contexto de um relacionam ento
conjungal a m oroso ? V

' E qu anto à crim inalidade? O s h o m en s con stitu em 93% de


to d o o con tin gen te prisional na A m érica. D estes, 85% relatam não
possuírem nenhum a figura paterna e m suas vidas.2 Q u an tos d es­
ses h o m en s estariam en ca rcera d o s hoje se o s seus pais estivessem
presentes e en volvid os e m suas vidas?

N in gu ém está ten tando aqui atacar o s h om en s. Porém , esta­


m o s dizendo: “Veja c o m o o s h o m en s são im portantes! Veja o que
a c o n te c e qu an d o eles não são en sin ados a fazer as coisas certas!” ??

33
H o m en s ... A lé m d o c h urra sc o e fu teb o l

MAS, A SITUAÇÃO É MELHOR NA IGREJA, CERTO?


'D ec erto , v o c ê considera a igreja um porto seguro, distante de
muitas dessas estatísticas perturbadoras. Certam ente, as crianças
qu e crescem indo à igreja terão um a base d e fé qu e as a c o m p a ­
nhará até a vida adulta. S e um casal frequenta a igreja junto, o mais
provável é qu e o casam en to deles seja b em -su cedido. Infelizmente...
N en hu m a dessas su p osições é verdadeira! ^

D e fato, os h om en s na igreja enfrentam os m esm os


desafios e frustrações qu e aqueles fora dela. Por exem plo,
con siderando cada dez h om en s na igreja:

• N o v e teráo filhos qu e abandonarão a igreja.3

• O ito não acharão seus e m p re g o s satisfatórios.4

• S e is p a g a r ã o a p a rc e la m ín im a d e seu s c a rtõ e s d e
c r é d ito m e n s a lm e n te .5

• C in co enfrentarão p roblem as c o m pornografia.6

• Q uatro se divorciarão - afetan do cerca d e um m ilhão de


crianças a cada an o.7

• A p en as um possuirá um a cosm o visã o bíblica.8

• Todos se esforçarão para equilibrar o trabalho e a família. >'

Peça aos pastores para listarem os problem as e lutas que seus


m em b ros enfrentam. Eles p arecem títulos extraídos de um livro sobre
trabalho social: alcoolism o e abuso de substâncias proibidas, violência
dom éstica, criminalidade juvenil, depressão, relações estrem ecidas,
para citar apenas alguns.

' O qu e está a c o n te c e n d o ? S e a m aioria d o s p rob lem as d e n o s­


sa s o c ie d a d e p o d e ser com p u tad a às falhas d e h om en s, p or qu e os
h o m en s na igreja não estão se saindo m elh or qu e o s d e fora?

A resposta? N ã o esta m o s discipulando h o m en s para serem


segu id o res d e Jesu s Cristo. N ossa s igrejas não estão sen d o eficazes

34
N en h um h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

no sen tido d e ajudá-los a e n ten d erem o qu e é n ecessário para ser


Um m arido, pai e h o m em c o n fo rm e o d esejo de Deus. ^

Os números não são bons


N o s E s ta d o s ü n id o s , e s tim a -s e u m to ta l d e 113 m ilh õ e s
de h om en s com id a d e s u p erio r a qu in ze a n o s .9 D e stes , 6 9
m ilh õ es , ou seja, 61% , n ã o fa z e m p ro fis s ã o d e fé e m J e s u s
C r is to .10 P o rta n to , p o u c o m a is d e um te r ç o in d ic a m q u e s ã o
s e g u id o r e s d e C risto.

S erá q u e a igreja está realizan d o um b o m trab alh o c o m o s


h o m e n s q u e as freq u e n ta m ? D o s 4 4 m ilh õ es q u e p ro fe s s a m sua
fé e m C risto, e stim a -s e q u e a p e n a s seis m ilh õ e s d e le s e steja m
e n v o lv id o s e m a lg u m tip o d e d isc ip u la d o in ten cio n al ou c o n tí­
n u o .11 Isso rep resen ta um e m c a d a s ete h o m e n s q u e p ro fe s s a m
sua fé e m C risto e um e m c a d a d e z o ito h o m en s.

C o m p o s iç ã o a p r o x im a d a d e h o m e n s

POR NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Núm ero de hom ens nos EUA 113 milhões 100%


(acima de quinze anos)
Homens que não professam fé 69 milhões 61%
Homens que professam sua fé 44 milhões 39%
em Cristo
• Não envolvidos em qualquer 38 milhões 33% (do total)
processo de discipulado
• Envolvidos de alguma forma 6 milhões 6% (do total)
em discipulado contínuo

Fontes: U.S. Center Bureau; The Bama Group: www.barna.org/cgi-bin/PageCategory.

------------ y,
asp?CategorylD= 19 e www.barna.org/FlexPage.aspx?Page=BarnaUpdate&BarnallpclatelD=61

Figura 1

35
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

^ Im agin e 22 h om en s e m um c a m p o d e futebol, divididos e m


dois tim es c o m uniformes, m eias e chuteiras. A gora, im agine que
apenas um deles já tinha c o lo c a d o o pé e m um cam p o. D os outros
21 jo ga d o res, nenhum deles tinha n em entrado e m um ca m p o de
futebol. O qu e aconteceria? Seria um caos! Chutes fortes dem ais, na
bola e nas canelas! A lém disso, não saberíam identificar as m arca­
ç õ e s d o c a m p o e nem as regras d o jo g o . E claro qu e seriam incapa­
zes d e jo g a r corretam ente. Isso é o qu e a c o n te ce e m nossa cultura
hoje. D e cada d ezoito hom ens, apenas um está ap ren den do c o m o
ser um discípulo d e Cristo. Por esta razão sofrem o s c o m o divórcio,
a orfandade, a delinquência e outros p roblem as sociais. V)

COMECE COM OS HOMENS


A redução desses males não acontecerá apenas c o m reformas
sociais, m as advirá de reformas espirituais. O que precisam os é nada
m en os d o que uma reforma moral e espiritual de nossa sociedade,

rrPense nisto por um instante: Há algu m a m aneira d e se endi­


reitar a s o c ie d a d e se não endireitarm os p rim eiro a igreja? S e isso
for verd ad e, então, há algu m m o d o d e endireitar a igreja se antes
não endireitarm os as fam ílias? S e ainda isso for verdade, há algu ­
m a form a d e endireitar as fam ílias se o s c a sa m en to s não forem
endireitados prim eiro? Se, p or fim, isso for verd ad e, existe algu m
m e io d e endireitar o s ca sa m en to s se o s h o m en s n ão fo re m p rim ei­
ram en te endireitados? *f>

Com o, então, podem os corrigir os h om en s? Disci-


p u lan d o-os para qu e se torn em segu idores d e Jesus Cristo!
^üm a reform a espiritual da s ocied a d e com eça com um a
reform a espiritual d os hom ens. ‘ '

Isso é possível? Mais im portante ainda, funcionará? Isso já


foi feito antes: Porque D eus am ou tanto o m u ndo, qu e deu o seu
Filho unigênito (J o 3.16). Jesu s reuniu e m torn o d e si d o ze h o m en s
com u n s e, juntos, eles transform aram o m u ndo.

36
N en h um h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

A MISSÃO: NOSSAS ORDENS DE MARCHA


M ateus 28 c o n té m a m ais sim ples e eficaz ord en an ça já p ro ­
ferida. M ilhões d e p essoa s e bilhões d e dólares têm sido m ob iliza­
d os p or ela, m ais qu e qualquer frase na história da hum anidade.

Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os


em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a
obedecer a todas as coisas que vos ordenei; e eu estou conuosco
todos os dias, até o final dos tempos (Mt 28.19-20).

Q u e m poderia im aginar qu e essas breves palavras d irecion a­


das a um gru po d e h o m en s sim ples e rudes, a m aioria d os quais,
provavelm ente, jam ais havia se distan ciado m ais d o qu e oitenta
qu ilôm etros d e sua casa, resultaria e m bilhões d e p essoa s segu in ­
d o a Jesu s Cristo? Q u e m eram esses h om en s? Eram h o m en s exa­
tam en te iguais aos qu e estão e m n ossas igrejas:

• alguns proprietários d e p eq u en os n e g ó c io s - Pedro, T ia g o


e J o ã o eram p esca d o res

• um esnobe - Natanael, que disse: “ Nazaré? Pode vir algum a


coisa boa de lá?”

• um con tad or - Judas Iscariotes cuidava d o dinheiro

• um h o m e m religioso - S im ão, o Z elote

• um funcionário d o g o v ern o - Mateus, o coleto r d e im p ostos

• jo ven s - An dré e, talvez, o s dem ais, tinham e m torn o de


vinte an os ou até m en os

Para endireitar a sociedade...


4
Endireite a igreja; para endireitar a igreja
4
Endireite as fam ílias; para endireitar as famílias
Endireite os casam entos; para endireitar os casamentos
Endireite os hom ens il

3 7
H o m en s ... A lém do c h u rra sc o e fu teb o l

J e su s d iscip u lou esses h o ­


A GRANDE IDEIA
m en s e e le s tra n sfo rm a ra m o
Uma reforma m u n d o. O q u e a c o n te c e rá se v o c ê
espiritual da discipu lar o s h o m e n s d e sua igreja
a s e g u ire m a C risto? O s c a s a m e n ­
sociedade com e ça
tos fic a rã o m e lh o res , en tã o , as fa ­
com uma reforma mílias, d e p o is as igrejas e, p o r fim ,
espiritual dos homens o m undo.
que a com põe Clã há p ou cos hom ens nas igre­
jas. Ma igreja americana, e m média,
há três mulheres para cada dois h om en s.12 Pense no seguinte: Por
que Deus permitiría mais hom ens e m nossas igrejas quando estam os
realizando um trabalho tão inadequado no discipulado d os hom ens
que já lá estão? Por que um h om em se sentiría m otivado a ir à igreja
quando os hom ens que ele encontra lá são sem elhantes aos de fora?

' É n ecessário c o m e ç a r c o m o s h om en s. Eles precisam ser dis-


cipulados. S e não o forem , c o m o te m p o , en con trarão outra coisa
q u e lhes prenderá a a ten ção .'fl

AS ESTACAS: UMA HISTÓRIA PESSOAL


Esta é um a história qu e ou vim os c o m certa frequência. Na
verd ad e, Pat a vivenciou. S eu pai, B ob, fora a b a n d o n a d o pelo pai
qu an d o tinha ap en as dois an os d e idade. Ele e seus irm ãos foram
criad os s o m en te pela m ãe.
tV
“ Ela fez um grande trabalho. Porém , m eu pai jam ais sentiu o ro­
çar das costeletas d e m eu avô, nunca sentiu o cheiro de suas roupas,
jam ais o ouviu assobiar enquanto trabalhava ou um a história contada
por seu pai na hora de dormir ou, ainda, nunca viu o pai fazendo as
tarefas d o dia a dia. Meu pai jam ais viu o seu pai piscar para a sua mãe,
nunca o ouviu dizer: ‘Eu a m o você, filho’ ou T en h o orgulho de você,
m eu filho’. S em a presença da figura paterna, m eu pai precisou adivi­
nhar’ o que significava ser h om em , m arido e pai para m im .” "h

Q u a n d o B o b c o m p le to u seis anos, ele foi ajudar seu irm ão


m ais velho, Harry, e m um cam in h ão d e entregar p ão e jornal antes

38
N en h um h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

da escola. Eles levantavam às três horas da m anhã e, c o m fre­


quência, c h e g a va m atrasados à e s c o la .'Q u a n d o um h o m e m falha,
ele n ão s o m en te arruina a própria vida, m as n orm alm en te leva ju n ­
to um a b oa esp o sa e dois, três ou até quatro filhos, T?

“Q u a n d o m eu pai se tornou adulto, ele teve d e decidir se re­


petiría as falhas d e seu pai ou se quebraria o ciclo. Ele realm ente
desejava quebrar aquele c iclo ” , Pat recorda.

rr‘A ssim, quando ele tinha quatro filhos, nossa família procurou
ajuda em um a igreja. Infelizmente, nossa igreja teve a visão de c o lo ­
car m eu pai para trabalhar, m as nenhuma visão de discipulá-lo para
que se tornasse um h om em , m arido e pai piedoso? O resultado foi
que m eu pai se tornou bem -sucedido no trabalho da igreja, m as foi
deixado para trás c o m o discípulo. Dessa forma, c o m quarenta anos,
quando se tom ou o principal líder leigo da igreja (eu estava cursando o
ensino m édio, enquanto m eus irm ãos mais novos estavam na sétima,
quinta e terceira séries), ele e minha m ãe sim plesm ente perderam o
entusiasmo e saíram da igreja.” Yj
rr
^ “O s resultados foram P ergu n ta & R espo sta
trágicos” , relem bra Pat. “Tal
Q uanto tempo J esus levou para
decisão c o lo c o u nossa família
ESCOLHER OS SEUS DISCÍPULOS?
e m um a espiral descen den te da
qual, passados quarenta anos,
Talvez você pense que Jesus
chamou a cada um dos Doze
ainda não nos recu peram os na primeira vez em que ele
totalm ente: dois aban don os os viu. Lucas 6 indica que
d o ensino m édio, vícios em
após investir algum tempo
no ministério com um grupo
drogas, alcoolism o, problem as maior de seguidores, Jesus
no e m p re g o e divórcio. CJm de passou uma noite toda em
m eus irm ãos m orreu devido a
oração. Na manhã seguinte,
" [...] c h a m o u s e u s d is c íp u lo s e
um a overd ose d e heroína.” e s c o lh e u d o z e d e le s, a q u e m
ta m b é m d e s ig n o u a p ó s to lo s "
“Tudo isso ocorreu mais (v. 13). Jesus convidou-os ao
de 75 anos após m eu pai ter ministério logo, porém somente
sido ab an d on ad o por m eu avô após passar algum tempo com
eles - até dois anos - e uma
e quarenta anos após minha noite toda em oração é que
família abandonar a igreja." ele escolheu os Doze para
formarem o grupo mais íntimo.
>>
3 9
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

“ Mão c o n s ig o evitar o p en sa m en to d e c o m o a m inha família


seria diferente se a nossa igreja tivesse a visão d o discipu lado de
h om en s. Eu jam ais saberei. Porém , esp ero qu e o s h o m en s d e sua
igreja e seus filhos p ossa m experim entar isso .”

r O b via m en te, Pat jam ais saberá c o m o seria, p o rém os h om en s


d e sua igreja têm essa possibilidade. A sua igreja p o d e ro m p er o ci­
clo. “ D eus trouxe o e va n g elh o à m inha lin h agem familiar por m eio
da fam ília d e m inha esp osa. Ela m e levou a Cristo e, p or sua vez,
D eus m e cap acitou a apresentar Jesu s Cristo a o m eu pai, minha
m ã e e dois irm ãos, e eles o aceitaram c o m o Salvador. N o s so s dois
filhos a m a m a Cristo e, am bos, ta m b ém se casaram c o m m ulheres
cristãs.” Assim , pela graça d e Deus,T Pat qu eb rou o c ic ia m as fo ­
ram necessárias duas g e ra ç õ e s para isso e não uma.>?

Q ual foi a diferença entre Pat e seu pai, B o b ? Pat envolveu-se


e m um a igreja qu e teve a visão d e discipulá-lo a viver c o m o Cristo
- um a igreja c o m p ro m e tid a e m assegu rar qu e Pat se en volvesse e
fo s s e discipulado.

O s pais d e Pat m orreram e m 2002. S e o seu pai ainda estives­


se vivo, Pat lhe diria: “ Pai, eu sei qu e v o c ê d esejava quebrar o ciclo.
S ei ta m b ém qu e as coisas não a c o n te ce ra m c o m o v o c ê sonhou.
Mas, pai, nós q u eb ra m o s o ciclo. Foram necessárias duas ge ra ç õ e s
para qu e isso ocorresse, mas, certam en te, D eus realizou isso” .

Pat s a b e q u e s e o seu pai ain d a e s tiv e s s e v ivo , diria: “ Eu


so u o re s p o n s á v e l p o r tirar n o ssa fa m ília da ig r e ja ” . Isso é e s ­
p a n to s o . E n treta n to, a ig re ja ta m b é m d e v e a c e ita r sua p a rc ela
d e cu lp a. C o m o ig re ja , e le s tiv e ra m a v is ã o d e c o lo c a r B o b
p ara trabalhar, m a s n ã o o a ju d a ra m a se to rn a r um d isc íp u lo
d e J e s u s Cristo."/}

MAIS HOMENS QUE PENSEM ALÉM DO CHURRASCO


E DO FUTEBOL
O pai d e Pat era um b o m h o m em . Ele não queria falhar. S e
ele con segu isse ver o q u e havia d ep o is da curva, d ecerto, teria t o ­
m a d o outra d ecisã o . Ele n ão sabia o q u e a co n teceria . A igreja,

40
N en h u m h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

entretanto, deveria antever o resultado. É hora d e im p lem en tar


esse sistem a para qu e futuras g e ra ç õ e s de h o m en s torn em -se dis­
cípulos verd ad eiros e h o m en s na vida c o m o um to d o , segu in d o os
passos d e Jesus.
'
E provável qu e haja e m sua igreja um h o m e m c o m o B ob, o
pai d e Pat, ten tan d o ser um b o m h o m em , c h e io d e boas in ten ções,
d e esp eran ças e son h os para a sua família; um h o m e m qu e d eseja
quebrar o ciclo e está e m busca d e orientação. Seus filhos e filhas
p o d e m estar no berçário ou no gru po de joven s, s em ter a m en or
n o çã o d o qu e p o d e a co n tecer q u an d o o pai deixar a igreja. Por fa ­
vor, por am o r a Jesu s Cristo e seu R e in o f identifique esse h o m e m
e d iscipu le-o para qu e se torne um h o m em , m arido e pai segu id or
d e Cristo. V*

Pat p o d e testificar c o m o isso é im p o rta n te. A igreja d e seu


pai p erd eu e s s e m o m e n to . D e s s e erro, sua fam ília sofreu d e s n e ­
c e s s a ria m e n te du rante qu aren ta an os. O s h o m e n s d e sua igreja
n ão p re c is a m passar p or essa ex p e riên c ia - v o c ê p o d e d e s e n ­
volver um s istem a q u e seja u s a d o p o r D eu s para discipu lar ca d a
um deles.>>

D e s e ja r fa ze r a lg o n ã o é o m e s m o q u e fa zê -lo . Q u e tip o
d e h o m e n s está q u e r e n d o fo rm a r? O c a p ítu lo s e g u in te aju dará
a id en tifica r as c a ra c te rís tic a s d e um d is c íp u lo e q u ais d e v e m
ser tra b a lh a d a s e m c a d a um .

41
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

L e m b r e - s e d is t o :

• Muitos dos problemas culturais de nossos dias podem ser


rastreados à sua origem e ali encontra-se falha de um homem.
• Nenhum homem falha de propósito.
• Os homens na igreja enfrentam os mesmos problemas e questões
que os de fora dela.
• Apenas um entre dezoito homens nos Estados Unidos (onde foi
feita a pesquisa) está ativamente envolvido em discipulado.
• Jesus investiu sua vida e seu ministério em doze homens jovens.
Sobre esses homens ele edificou a igreja.
• Se você discipular os homens de sua igreja, casamentos
melhorarão, depois as famílias, a igreja e, por fim, o mundo.
r*
• Nossas igrejas precisam ter uma visão de formar discípulos, não
apenas de pessoas para trabalhar.”)'?

F ale s o b r e is t o :

1. Estamos sendo injustos quando afirmamos que a maioria dos


nossos problemas culturais pode ser computada à falha de um
homem? Por que sim ou por que não?
2. O número de mulheres excede o de homens em sua igreja? Qual
é o número de homens em relação ao número de mulheres? Quais
são algumas razões para esse quadro? Que diferença isso fará?
3. Todos nós conhecemos homens que falharam - em seus
casamentos, carreiras e relacionamentos com os filhos - ainda que
não fosse essa a sua intenção. O que você acha que ocorreu?
4. Estime o percentual de homens em sua igreja ativamente
envolvidos no discipulado. Quais são as oportunidades de
discipulado oferecidas aos homens por sua igreja? Quais as
razões para que os homens tenham se envolvido no discipulado?
Quais são algumas das razões para que os homens que não se
envolveram tenham permanecido de fora?

42
N en h um h o m em fa lh a d e p r o p ó s it o

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...


• para que Deus conceda à liderança de sua igreja uma renovada
visão quanto à importância do discipulado entre os homens
r * para que Deus opere nas vidas de homens específicos que
você sabe que estão falhando em alguma área, seja espiritual,
emocional, física, financeira ou relacionai »
• para que Deus continue a unir corações de modo a compartilhar a
mesma visão de discipular todos os homens de sua igreja, e que ele
chame à sua igreja mais líderes dotados dessa visão

43
.
3
0 QUE É
UM DISCÍPULO?

Com frequência, em nosso Centro de Treinamento de


Liderança, ouvimos a pergunta: “O que é exatamente
um discípulo?" É uma pergunta importante, sem dúvida.
Você precisa saber o que está tentando produzir antes de
introduzir o sistema para produzi-lo! Este capítulo irá discutir
as motivações dos homens, definirá o termo "discípulo" e
descreverá um processo por meio do qual os homens se
tornaram discípulos de Jesus Cristo

Em nossa experiência, lidando c o m h o m en s e líderes, identi­


ficam os três coisas qu e to d o s eles desejam :

• a lg o para o qual p ossam d ed icar suas vidas,

• algu ém c o m qu em p ossam com partilhar, e

• um sistem a p essoal qu e o fe re ça um a exp licação razoável


da razão pela qual o s dois prim eiros itens são tão difíceis!

Isso é p erfeitam en te ilustrado no livro d e Eclesiastes, qu an d o


S a lo m ã o escreveu:

' É o caso daquele que, não tendo parente, nem filho, nem
irmão, não para de trabalhar. N o entanto, seus olhos não se
satisfazem com as riquezas. E ele não pergunta: Para quem estou
Imbalhando? Por que não desfruto de nada? Isso tam bém é ilusão
e uma infeliz ocupação (Ec 4.8 )??
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

-O O QUE OS HOMENS DESEJAM?


rr Todos os hom ens desejam descobrir algo para o qual possam
dedicar suas vidas: um a missão, um a causa ou um propósito. Cada
um anseia chegar ao fim de sua vida e sentir que contribuiu para algo,
que ele foi importante. Para muitos, c o m o o h o m em e m Eclesiastes,
esse anseio é alcançado mediante o trabalho. O s tais alm ejam con s­
truir uma em presa, desenvolver um a carreira - ou pelo m en os uma
boa conta bancária - e, assim, obter respeito e adm iração dos demais.
Para outros hom ens, contudo, o anseio está e m um trabalho de al­
can ce social, em algum a associação ou nas conquistas de seus filhos.

O essen cial é igual: O s h o m en s q u erem envolver-se e m a lg o


m aior qu e eles m esm os, qu e seja significativo. ^

S om ando-se a algo para o qual possam dar suas vidas, os h o­


m ens desejam alguém c o m quem possam compartilhar suas vidas.
John Eldredge refere-se a isso c o m o “uma bela a conquistar” . Isso,
claro, inclui o casamento, porém vai além. ü m hom em , “sem filho ou
irm ão” , lo go descobre que sua labuta é “absurda e ingrata". Diferente
à opinião popular, os hom ens foram criados para ter relacionamentos;
esses relacionamentos talvez não sejam c o m o a Oprah imagina que
devam ser. Q u e outra explicação p od e existir para a popularidade das
fraternidades, dos times de futebol e dos bares? Recentemente, Brett foi
a um estande de tiros c o m seu pastor e, praticamente, todos os demais
hom ens lá estavam acom panhados de, pelo menos, um am igo.

T od o s nós p ro cu ram o s p or sign ificado, felicidade, paz, tran­


qu ilidade e satisfação. Via d e regra, um h o m e m buscará satisfação,
prim ariam ente, e m suas realizações (a lg o para o qual dedicar sua
vida) e e m outras p es so a s (a lg u ém c o m q u em com partilhar). '0

C on tu do, m u itos d os h o m en s lhe revelarão qu e ta m b ém


sen tem -se frustrados c o m as dificuldades e m o bter su cesso nas
con qu istas e nos relacion am en tos. G rande parte d o s “ sistem as”
s egu id o s p elo s h o m en s p arece aten der a um a qu estã o ou a outra:
Trabalhe o m á xim o q u e puder para edificar um a carreira b em -su ­
cedida, fique até tarde n o escritório, envolva-se e m gra n d es p ro je­
tos, viaje s em p re qu e for solicitado. Porém , um sistem a projetad o
para m axim izar a sua carreira irá, a o m e s m o tem p o , solapar a sua

46
O Q U E É U M D IS C ÍP U L O ?

c a p a c id a d e d e d esen volver relacion a m en tos significativos e m sua


vida. E possível até qu e isso lhe assegu re um estilo de vida p ró s p e ­
ro, p o rém não haverá n in gu ém c o m q u em v o c ê p ossa desfrutá-lo.

Alternativam ente, v o c ê p o d e desen volver um a vida d e p e n ­


d en te d e outra pessoa. V ocê c o n h e c e a série c ô m ic a da televisão
am ericana C heers? T od o s gritavam “ N o rm !” qu an d o o adorável
con tad or dirigia-se para o seu lugar favorito n o a c o n ch e g a n te bar
o n d e tod a a tram a se desenrolava. C ontu do, sua d e d ic a ç ã o aos
a m ig o s d aqu ele bar arruinou qualquer outro relacion a m en to e res­
ponsabilidade e m sua vida.

T od o h o m em precisa decidir sobre o que irá lhe trazer felicidade.


Clm h o m em que deposita sua fé na carreira ou e m suas conquistas
logo descobrirá que o m undo, c o m frequência, faz a m esm a pergunta:
“O que v o c ê tem feito por m im ultimam ente?” iDeixe de obter sucesso
e sua festa acab a/ ü m h o m em que aposta todas as suas fichas nos
relacionam entos pessoais descobrirá que seus am igos, ou até m esm o
a sua esposa, são seus m elhores com panheiros até que ele c o m e c e a
colocar as próprias necessidades acim a das necessidades deles. Em
algum m om en to, o h o m em decidirá que necessita de um novo e m ­
prego, de novos am igos ou de um a nova esposa. C o m o tem po, ele
dirá: “ Isso não tem significado - tam b ém é enfadon h o!” ^

0 QUE OS HOMENS NECESSITAM?


rr A resposta óbvia à pergunta “O qu e o s h o m en s n ecessita m ?”
fp * N 'S

é qu e eles precisam d o eva n gelh o. Este é um sistem a qu e realm en ­


te funciona, um sistem a qu e ajuda o s h o m en s a tran sform arem as
e m o ç õ e s m ais íntimas d e seus c o ra ções. y>

O mais importante a fazer é permitir que os h om en s saibam


da existência de um sistema que explica por que é tão difícil
encontrar a felicidade nas realizações ou nos relacionam entos
deste mundo. Tem os um sistema que lhes mostra o que é a
verdadeira felicidade e c o m o eles p od em alcançá-la. Ele é
con h ecid o c o m o o evangelho e está tod o explicado na Bíblia. 7^

47
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

' Esse p ro ce ss o d e auxiliar os h o m en s a deixarem d e confiar


e m si m e s m o s ou nos outros para confiar e m D eus é discipulado.
C o m o m ostra o m o d e lo descrito anteriorm ente, esse é um p ro ce s ­
so d e ap rofu n d a m en to da relação d o h o m e m c o m Deus. Porém ,
exatam ente, o qu e significa ser um “ discípu lo” ?

...

........... ............ — — —

AS TRÊS DOBRAS DA LIDERANÇA


2 D iscípulo
O CÓDIGO DO HOMEM

2 j D’scÍPULO DlSCI
P o r ta l prioritário
7 D iscípulo D iscípulo

DEFINIÇÃO DE “DISCÍPULO”
r N o texto bíblico, o term o para discípulo significa, literalm ente,
“p u p ilo” ou “ apren diz” . Q u a n d o ap licad o aos prim eiros cristãos,
a palavra v eio a significar algu ém qu e d eclarou um a ob ed iên cia
pessoal ao s ensinos e à p esso a de Jesu s Cristo? H oje, a vida d e um
discípulo gravita e m torn o d e Jesus.

G ostaríam os d e sugerir três c o n d iç õ e s que, se satisfeitas,


qu alificam um a p esso a a ser con siderada um discípulo. (Todas as
c o n d iç õ e s d e v e m estar presentes. A lé m disso, um a vez qu e essas
três c o n d iç õ e s são satisfeitas, a p esso a jam ais deveria afirm ar não
ser um discípu lo.)

48
O Q U E É U M D IS C ÍP U L O ?

• Primeira, um discípulo é ch a m ad o a andar c o m Cristo; ele


professa a fé em Cristo.

• Segunda, um discípulo é capacitado a viver c o m o Cristo


viveu; ele está en gajad o e m um p rocesso de crescim en to e
transform ação espiritual.

• Terceira, um discípulo é enviado a trabalhar por Cristo; ele


serve ao Senhor. ^

O paralelo bíblico a essa d efin içã o p o d e ser en co n tra d o nas


a d m o e s ta ç õ e s feitas p or Paulo a T im ó te o , e m 2 T im ó te o 3.15-17.

Pois desde a infância sabes as Sagradas Letras, que p od e m


fazer-te sá bio para a sa lva çã o, p ela fé que há em C risto Jesus
(v. 15 - C ha m a do).

Toda a Escritura é d ivin a m en te inspirada e proveitosa para


ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em ju s tiç a
(v. 16 - C a p a cita çã o).

[...] a fim de que o h o m e m de D eus tenha ca pa cid ad e e p le n o


preparo para realizar toda b oa obra (v. 17 - E n vio).

rf.

A c im a d e tudo, um d iscípu lo é
A GRANDE IDEIA

a lg u é m qu e crê e m J esu s - sua vida, Um discípulo


obra, m o rte e ressu rreiçã o C A prim eira
é cha m ad o a
tarefa na fo r m a ç ã o d e d iscípu los é o
e va n g elis m o , ou seja, ch a m ar h o m en s
andar com Cristo,
a andar c o m Cristo pela gra ça m ed ia n te c a p a c ita d o a viver
a fé. T) com o Cristo e enviado
^Muitas pessoas que rejeita m o a trabalhar por Cristo
cristian ism o, a o v e re m o s c ristã o s afir­ 72
m a m : “ S e isto é o q u e s ign ific a ser um cristão, e n tã o , n ão q u e ­
ro fazer parte d is s o V Esta n ão é um a crítica séria d e m a is para

4 9
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

r—
- j

d eixar s e m re sp o sta ? C o n vid ar um h o m e m a se torn ar cristão


p o d e acarretar m ais m a le fíc io s q u e b e n e fíc io s se n ã o tiverm o s
n en h u m p lan o para a ju d á -lo a v e rd a d e ira m e n te c o n h e c e r e s e ­
guir a C risto, f

' A segu n da tarefa na fo rm a ç ã o d e discípulos é o ensino, ou


seja, cap acitá-los a viver c o m o Cristo. Q u a n d o não discipu lam os
(trein am os e ca p a c ita m o s ) um h o m e m qu e professa a Jesu s Cristo,
ele, via d e regra, torn a-se indiferente na fé, m u n d an o no c o m p o rta ­
m e n to e hipócrita no testem unho.

Por qu e ca p a cita m os h o m en s a viver c o m o Cristo? D essa


form a, eles p o d e m desfrutar d o relacio n a m en to c o m Cristo por
c o n h e c ê -lo melhor, c o m o ta m b ém [...] a fim de que o hom em de
Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar toda boa
obra (2 T m 3.16, 17). Jesu s orou: Assim co m o o Pai m e enviou,
tam bém eu vos envio (J o 20.21).

T o d o h o m e m alm eja d ed icar sua vida a um a causa, anseia


fazer a diferença, deseja fazer a lg o significativo c o m sua vida.
Q u a n d o d iscipu lam os um h o m em , ele, c o m o tem p o , desejará fa­
zer diferença para a glória d e Deus: produzir m uito fruto e praticar
b o a s obras q u e perm aneçam (J o 15.8, 16).

A terceira tarefa na fo rm a ç ã o d e discípu los é enviar h om en s


a o serviço e m issões, ou seja, enviar h o m en s a trabalhar para
Cristo, para edificar seu R ein o e trazer-lhe glória.

Cima v ez qu e o h o m e m tenha e sta d o c o m Cristo, exp eri­


m e n ta d o a alegria d e sua graça, o a c o n c h e g o d e seu am or, a
p u rifica çã o d e seu p erd ã o e a h a b ita çã o d e seu Espírito, ele,
in evitavelm en te, c h e g a a um p o n to e m q u e n ão c o n s e g u e m ais
ser feliz a n ão ser servin do a o Senhor. Ti

MENTE, CORAÇÃO, MÃOS


CJm h o m e m jam ais será um discípulo m adu ro até qu e a ver­
d ad e seja com p reen d id a, crida e vivida, ütilize as palavras-chave
“ m e n t e ^ c o r a ç ã o ” e “ m ã o s ” para lem brar estes três con ceitos:^

50
O Q U E É U M D IS C ÍP U L O ?

Mente
Prim eiram ente, o s h o m en s d ev em enten der a verd ad e d o
eva n gelh o. Eles n ecessitam crescer no c o n h e cim e n to d o caráter
d e D eus e na m aneira c o m o ele qu er qu e vivam .

Por vezes, a igreja c olo ca dem asiada ênfase no con h ecim en to


intelectual. Basicam ente, cada even to o ferecid o por seus m inisté­
rios possui o fo c o no ensino. Messe caso, nós reproduzim os h om en s
c o m “cérebros en o rm es” , p orém c ora çã o e m ã os muito p eq u e n o s .^

Coração
O s h o m en s n ecessitam ter um a c o n v ic ç ã o crescen te d e qu e
o e va n g elh o é a verd ad e e qu e D eus é confiável. C o m tal c o n h e ­
cimento',^eles p recisam d e um a c o n e x ã o e m o cio n a l t o m Cristo?'A
sua c o s m o v is ã o requer um a tran sform ação, d e m o d o qu e p assem
a enxergar as coisas d e um a perspectiva divina.
C f" ' j j

E p ossível qu e, p or vezes, u m m in istério d e h o m en s d e p o ­


site um a ên fa se excessiva s ob re o e m o cio n a l. M esse caso, o s h o ­
m en s p o d e m a c h eg a r-s e a Deus, p rin cip alm en te p or causa d e um
“ a p e lo ” e m o cio n a l. A o invés d e servir a D eu s c o m a totalid ad e d e
suas vidas, eles fu n d a m en tam sua exp eriên cia cristã ap en as sob re
suas e m o ç õ e s . V?

Mãos
P ara re a lm e n te c o m p r e e n d e r a v e r d a d e e m seu m a is
p r o fu n d o nível, é n e c e s s á r io c o lo c á - la e m p rá tica . E p o u c o
p ro v á v e l q u e e n t e n d a m o s o e n s in o d e J e s u s s o b r e o s p o b r e s
se a n te s n ã o fiz e r m o s n a d a p a ra a ju d a r a lg u é m n e c e s s ita d o .
rrS e m p r e d e v e m o s n o s e s fo r ç a r p ara p e rm itir a o s h o m e n s a
o p o r tu n id a d e d e v iv e n c ia r o q u e e le s e s t ã o a p r e n d e n d o p o r
m e io d e n o s s o m in is té r io .-n
tr
Por vezes, con tu d o, c o r re m o s o p e rig o d e c o lo c a rm o s ex­
cessiva ên fa se no d e s e m p e n h o ou serviço? Meste caso, os hom ens
irão definir o cristianismo principalm ente c o m base no cu m p rim en to1

51
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

^ou n ã o d e c e rto con ju n to d e regras ou expectativas? Isso facil­


m e n te p assa a ser um a ju stiça “ b a sea d a nas ob ras^ qu e, c o m o
te m p o , alienará a p es so a d e D eu s e d e sua graça.^r

E m seu m in istério d e h om en s, e s fo rc e -s e para alcan çar um a


a b o rd a g e m equilibrada d e m o d o q u e e les ap ren d a m a v erd a d e
e m to d o s e ss es níveis. A seguir, quais s ã o o s m é to d o s qu e a sua
igreja p o d e utilizar para form a r discípu los verd a d eiro s?

COMO FAZER UM DISCÍPULO?


M u ito s m é to d o s s u rg e m à m e n te e m re s p o s ta a e ssa
q u e s tã o , p o r é m ro s m e lh o r e s m é to d o s d e fo r m a ç ã o d e d is c íp u ­
lo s s ã o o s q u e irá usar. Q u a is d e s s e s s ã o o s m a is a d e q u a d o s
p ara v o c ê ? V1

Pregação e ensino
v O a n tig o p o n to d e partida na fo r m a ç ã o d e d iscíp u lo s é a
p r e g a ç ã o e o e n s in o da Palavra d e D eus. N ã o s u b es tim e o p o d e r
da Palavra p re g a d a . D eu s te m c h a m a d o algu n s para ser p a s to ­
res e m e stre s [...] tendo em uista o a perfeiçoa m en to dos san­
tos para a obra do m inistério e para a ed ificação do co rp o de
Cristo (E f 4 .1 2 ). P astores, a s s e g u re m -s e d e q u e seu p o v o c a m i­
nhe s e m p re p e n s a n d o , “O n o s s o D eu s é in crível!?”

Pequenos grupos
C erto h o m e m leu o livro The man in the m irror (O h o m e m no
esp elh o - qu e deu n o m e a o m inistério) e aceitou o d esafio d e iniciar
um gru po d e ap oio. O gru p o expandiu-se até reunir o ito h o m en s
e, então, subdividiu-se e m outros quatro. D ois d aqu eles h om en s
procuraram o pastor visando dar início a um m inistério d e hom en s.
Passados sete anos, existem cerca d e 75 gru p os form ad os, abran­
g e n d o um n ú m ero estim a d o de n o ve ce n to s h om en s. P eq u en os
gru p os são um a form a dinâm ica d e form ar discípulos.

52
O Q U E É U M D IS C ÍP U L O ?

Q u e tipos d e p eq u en os gru p o s há?

• G rupos d e estu d os bíblicos

• G ru pos d e a p o io

• G rupos d e o ra çã o

• G rupos d e com partilh am en to

• G rupos só d e h om en s

• G ru pos d e casais

• G ru pos nos lares

• G rupos nos escritórios


fr _________________________________________________________________

A s transform ações mais significativas a co n tecem no

I
contexto d os relacionam entos desenvolvidos nos p equ en os
grupos. À m edida que os h om en s com partilham as suas
“ histórias” , a verdade d o evan gelh o torna-se mais palpável.
Sim plesm ente, nós apenas “a p ren d em os” (o eva n gelh o)
m elhor qu an do o v em o s em vidas! »

Estudo individual
rS eu s h o m en s sen te m falta d e p od er? J esu s afirm ou : Este é
o uosso erro: não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus
(M t 2 2 .2 9 ).r H o m e n s to rn a m -se discípu los q u a n d o d e s c o b re m
Deus e m sua Palavra. P esso a lm en te, ja m a is c o n h e c e m o s um úni­
c o h o m e m cuja vida ten h a sid o tran sform a d a d e m o d o sign ificati­
vo s em ter h avido o estu d o regular da Palavra d e Deus.' Mas duas
ultim as d éca d a s, Pat te m lido The one year Bible (A Bíblia anual)
durante to d o o ano. Ele está c o n v e n c id o d e esta ser a razáo d e
estar c a m in h a n d o p ró xim o a Cristo.

E ncoraje o s h o m en s a separar um te m p o para o estu d o bíbli­


c o privado, a m em orizar o s versículos m ais significativos, a orar, a
entoar cân ticos e m editar na Palavra d e Deus. >>

53
H o m en s ... A lém do c h u rra sc o e fu teb o l

Literatura cristã
Em 1656, o puritano Richard Baxter disse: “ Cuide para que
e m cad a família haja alguns livros úteis, além da Bíblia. S e não
houver nenhum , c o n v e n ç a -o s a com p ra r alguns: se não possuírem
recu rsos financeiros para isso, dê-lhes alguns. S e v o c ê m e s m o não
puder, procu re alguns h o m en s d e p os s e ou outras p essoa s ricas,
prontas a realizar b oa s obras, e p eça-lh es para c om p ra rem o s li­
v ro s ” . 1V em o s isso to d o o tem p o... um h o m e m se a p e g a a um livro
e D eus usa esse livro para qu e o h o m e m se a p e g u e a ele. Portanto,
d ê livros!

Seminários e conferências
C erto h o m em disse: “A qu ele sem inário m udou a minha vida!”
Tal afirm ação foi um balde de água fria ao s ouvidos d e seu pastor.
Ele pensou: Aquele orador não falou nada aos meus homens que
eu m esm o não tenha dito durante
anos! E ele está certo! Deus apenas
P ergu n ta & R espo sta p od e colh er e m um even to curto
c o m o um sem inário na p roporção
C omo alguns homens parecem
SEMPRE TER O VERSÍCULO OU A
e m qu e o pastor tenha s em e a d o em
PASSAGEM CORRETA CONFORME A suas atividades sem an ais.1Portanto,
NECESSIDADE? o orador d o sem inário apenas c o ­
lhe d o solo qu e tenha sido s em e a ­
do por outra pessoa antes. A m bos,
Muitos homens que agem
assim possuem algo em então, deveríam dar toda a glória
comum. Eles não são a Deus p elo qu e ele tem feito (Jo
dotados de uma memória 4.36). S em inários e conferências
fotográfica, mas fazem
anotações. Tente manter p o d e m transform ar as vidas de mui­
um pequeno caderno tos h om ens.
consigo, escrevendo
notas, observações e
reflexões sempre que ler a
Bíblia ou um livro cristão. Conversas informais
Igualmente, memorize os
versículos ou passagens A lgu n s d os m o m e n to s m ais
das Escrituras que o valiosos d e nossas vidas o co rrem
impactarem (SI 119.9, 11). em “e n c o n tro s ” c o m o s am igos.

54
O Q U E É U M D IS C ÍP U L O ?

Indo alm oçar, p assean d o d e bicicleta, falan do sob re te o lo g ia c o m


a m ig o s - c o m frequência, D eus orquestra m o m e n to s d e ensin o
para a ed ifica çã o mútua.

Treinamento de liderança
O s o g r o d e Pat a firm a : “A m a d o r e s e n s in a m a m a d o r e s a
ser a m a d o r e s ” . C o n c o r d a m o s p le n a m e n te ! S e v o c ê está le v a n ­
d o a s é rio o tra b a lh o d e fo r m a r d isc íp u lo s, re a lm e n te d e v e p a s ­
sar p o r tre in a m e n to .

a Tod as essas atividades p o d e m ajudar um h o m e m a c o n h e ce r


Cristo, m as c o m o oferecê-la s d e m o d o estratégico? C o m o a s s eg u ­
rar qu e eles sejam m ais d o qu e ap enas um gru p o d e h o m en s qu e
se reún em para justificarem a si m e s m o s perante D eus? N o capítu­
lo seguinte, v e re m o s c o m o os h o m en s m u dam e c o m o D eus p o d e
usar o seu sistem a para transform ar o s c o ra ç õ e s deles.

L em bre-se d is t o :

•Todo homem deseja três coisas: algo no qual investir a sua vida; alguém
com quem possa compartilhá-la; e um sistema que forneça uma explicação
razoável do motivo de as primeiras duas serem tão difíceis de alcançar.
• Em geral, os homens procuram o sucesso em suas conquistas
e relacionamentos.
•Todo homem necessita de um sistema que o ajude a transformar as
paixões mais íntimas de seu coração - o evangelho.
• Um discípulo é alguém chamado a caminhar com Cristo, capacitado a
viver como Cristo e enviado a trabalhar para Cristo (veja 2Tm 3.15-17).
• Fazemos discípulos mediante a evangelização, o ensino e a provisão de
oportunidades para o serviço.
• Um discípulo maduro compreende, crê e vive a verdade do evangelho
com sua mente, coração e mãos.
• Existem muitos métodos para formar discípulos, a maioria dos quais,
provavelmente, a sua igreja já está utilizando.
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

F ale s o b r e is t o :

1. Quais são alguns exemplos de como os homens buscam um


propósito e significado? De que maneiras - corretas ou não - os
homens procuram "alguém" para compartilhar as suas vidas?
2. Quais são alguns dos "sistemas" para explicar a vida, utilizados pelos
homens que você conhece? Que diferença fazem em suas vidas?
3. Você tem visto o evangelho transformar o coração de um homem
em sua igreja ou comunidade? Como? Compartilhe o ocorrido e
como isso impactou a sua vida.

M. O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...

• para que os homens de sua igreja e comunidade voltem-se a Cristo,


encontrando propósito, significado e satisfação
• para que Deus envolva o coração, a mente, a alma e a força dos
homens visando atraí-los para mais perto de si, dando-lhes uma visão
de edificação de seu Reino.

56
s> C om o o s h om en s m udam ?
A u x il ia n d o o s h o m e n s a e x p e r im e n t a r
A TRANSFORMAÇÃO DO CORAÇÃO

: Nos capítulos anteriores, demos algumas ferramentas para


definir como se parece um discípulo. Seria natural você
perguntar: ‘‘Como o homem pode se tornar um discípulo?" Este
capítulo o ajudará a compreender como um homem muda e
por que o seu ministério deve focar no auxílio aos homens para
que transformem as paixões mais íntimas de seus corações.
Você pode até criar um maravilhoso sistema de discipulado,
mas se os homens forem deixados sozinhos, simplesmente irão
se guiar pelos próprios impulsos: Preste muita atenção a este
capítulo~be modo que seu ministério não seja privado do poder
que verdadeiramente transforma vidas yy

(Jm líder nos con tou a história d e “ Luiz” , um h o m e m que


' on h ecera e m um p eq u e n o grupo, lo g o a p ó s unir-se à igreja deles.
I uiz e sua esp o sa frequ en tavam aquela igreja havia m ais d e quinze
.mos, ten d o sido d iá co n o por um p eríod o. Sua esp o sa era m aravi­
lhosa, e seus filhos eram m e m b ro s ativos da igreja. O b serva n d o do
lado d e fora, tu do parecia m uito b em . Algun s m e se s no p eq u en o
gru po não foram cap azes d e m udar a opin ião d e ninguém . Luiz
i.iram en te falava, m as qu an d o o fazia, era de gra n d e valia.

C erto dia, esse h o m e m receb eu um a liga çã o d o líder d o gru ­


po frequentado por Luiz, inform ando qu e ele havia deixado a esposa
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

>e o s filhos. Ele estava en volvid o e m um c a s o extraconjugal havia


m u itos m e se s e ap enas estava ga n h a n d o te m p o para “ d escobrir o
qu e d esejava fazer” . Luiz jam ais retornou.

C o m o fatos assim p o d e m o correr? C o m o é possível um h o ­


m e m frequentar um p eq u e n o grupo, servir c o m o d iá c o n o na igre­
ja, p arecer um b o m pai d e um a excelen te fam ília e, então, jo g a r
tu do pela jan ela? v

HOMENS NA AMÉRICA: A LUTA PELA AUTOCONFIANÇA


N o livro d e H ab acu qu e, D eus d escreve da segu in te form a, o
exército da Babilônia qu e am ea ça va Jerusalém :

Ela é terrível e espantosa; o seu juízo e a sua dignidade vêm


dela mesma... Então passam com o ímpeto de um vento e
vão adiante; eles, porém, são culpados, estes cujo deus é o
próprio poder (H c 1.7, 11).

D eu s a firm a q u e o p o v o b a b ilô n io crê “ o seu ju íz o ” (faz


o q u e b e m e n te n d e ), p ro m o v e “ a sua d ig n id a d e ” (b u s ca ser o
p rim e iro ) e q u e o s b a b ilô n io s tê m p o r “ d eu s o p ró p rio p o d e r ”
(c o n fia m e m si m e s m o s ). Isso p a re c e a d e s c r iç ã o d e m u ito s h o ­
m e n s h o je e m dia.
<7
Esta é a nossa luta fundam ental. A cad a m o m e n to qu e vive­
m o s e s c o lh e m o s viver d e a c o rd o c o m nossa força, d e m o d o in­
d ep en d en te d e Deus, ou d e p e n d e m o s apenas e tã o -s o m e n te de
Deus, cam in h an d o pela fé. Q u a n d o ten ta m o s ser indepen den tes,
nós p ec a m o s . Q u a n d o a n d am os pela fé, a justiça d e Cristo é vivida
e m o b e d iê n c ia .'

O sistem a d o m u n d o é qu ase p erfeitam en te p rojetad o para


encorajar n o sso s h o m en s a confiar e m suas próprias forças. E fácil
o s n ossos p ro jetos e p ressões se torn arem m ais reais qu e Jesus.
A o invés d e andar pela fé, perm itim os q u e nossa força seja o n osso

58
C om o o s ho m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o r a ç ã o

deus. Então, to rn a m o -n o s con trolad ores, n ervosos, apavorados,


am argos, defensivos, o rgu lh o so s e introvertidos.

Desempenho v e rs u s fé
C o m o são o s h o m en s b em -su ced id o s d este m u ndo? L o g o ,
d esco b rim o s qu e d e v e m o s nos vestir d e determ inada m aneira, ter
certo e m p re g o , am ealhar um a razoável quantia d e dinheiro, viver
na casa certa ou construir um a b oa família. O fo c o está nas coisas
externas qu e p o d e m o s fazer ou ver.

Dessa forma, retiramos um h o m em que está inserido


nesse sistema m undano e o levam os para a igreja. Ele deseja ser
um “cristão b em -su cedido” . Então, ele olha ao redor e decide
que precisa vestir-se de certo m od o, usar certas frases, ir à igreja
seguindo certa frequência, dar dinheiro, servir nos com itês
e unir-se a um grupo de hom ens. Em geral, transferimos um
h om em de um a cultura orientada para o d esem pen h o (o
m undo) diretam ente para outro sistema (a igreja).

Em am bos os cenários, o h om em está basicamente confiando


na própria capacidade para ser seu deus. N o final das contas, tem os
homens focados em garantir que seus com portam entos exteriores se
encaixem em algum ideal, porém desconectados de um coração de fé.

O s h om en s con h ecem as regras d o jo g o e, se v o c ê permitir, irão


segui-las à perfeição. O único problem a é que e m dez ou vinte anos,
c o m o Luiz, eles com preenderão que seus corações estão mortos.

POR QUE ISSO É TÃO IMPORTANTE?


Você diria que a seguinte afirmação é verdadeira ou falsa (siga a
sua primeira reação): “Todo h om em faz exatamente o que deseja fazer”?

É realm en te um a pergunta com plexa, pois d ep en d e d e c o m o


v o c ê d efin e o verb o desejar.

59
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu te b o l

E m qu e sen tido a afirm a çã o é falsa? T od o s o s h o m en s p o s ­


su em b oa s in ten ções qu an to a o qu e não e stã o fazendo. Eis a razão
pela qual o p reç o d o s títulos de s ó c io d o s clubes au m en tam e m
jan eiro e são c o lo c a d o s e m p ro m o ç ã o e m m arço. E, c o m freq u ên ­
cia, o s h o m en s se a d eq u a m às expectativas d o s outros a o invés de
a g irem c o m o gostariam . Paulo escreveu: N ã o entendo o que faço,
pois não pratico o que quero, e sim o que odeio (R m 7.15).
N ã o ob sta n te, ainda persiste um p ro fu n d o s en tim en to d e
q u e esta a firm a çã o é verd ad eira. N a hora exata, o h o m e m e s c o lh e
fazer um a c oisa e m d etrim en to d e outra. M e s m o q u a n d o enfrenta
p res s õ e s e te n ta ç õ e s externas, ele avalia o s p rós e o s con tras e
e s c o lh e o q u e crê q u e lhe trará m a ior satisfação. S eja entregar-
se à luxúria e a cessar sites d e p o rn o gra fia na internet, ou sacri-
ficia lm en te am ar sua e s p o s a e trocar as cortin as da casa, suas
e sc o lh a s s ã o fu n d a m en ta d a s e m suas c ren ç a s e c o s m o v is ã o . A s
a ç õ e s s ã o o últim o p a sso e m um p ro c e s s o qu e principia c o m
n ossas atitudes, fé e d es ejo s . T'

Pascal disse isso da seguinte maneira: “A felicidade é a m otivação


de toda e qualquer ação d o h om em , m e sm o daqueles que se enfor­
c a m ” . Jonathan Edwards afirmou: “A vontade é a escolha da m en te” .

Igu alm ente, Jesu s deixa claro qu e n ossos atos p ro c e d e m de


n ossos c o ra ç õ e s . Ele afirm a qu e [...] a boca fala do que o coração
está cheio (M t 12.34) e indica qu e um a árvore b oa dá b on s frutos,
p o rém um a árvore m á produz frutos m aus (veja v. 35).

Ele deixa isso ainda mais explícito na passaqem de Mateus


15.18-20:

Mas o que sai da boca procede do coração, e é isso que toma o


homem impuro. Porque do coração é que saem os maus pensamentos,
homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e
calúnias. São essas coisas que tornam o homem impuro.

A s a ç õ e s externas d os h o m en s são m otivad as por suas cren ­


ças e cos m o v isã o .

60
C o m o o s h o m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o raç ão

<K

D evem o s ir além da cultura baseada no desem pen h o.


N o fim das contas, as a çõ es d e um h o m em refletem o que está
a co n tecen d o e m seu coração. Assim c o m o não se con segu e
tratar o câncer fazendo um curativo externo, não é possível
ajudar um h o m em a tom ar-se um discípulo apenas adequ an do
o seu com p o rtam en to e permitir qu e seu coração perm an eça
ignorado. Cristianismo não é sobre m od ificação exterior de
com p ortam en to; é sobre transform ação d e coração. 7y

C o m certeza, v o c ê c o n h e c e h o m en s c o m o Luiz. Eles a p re n ­


d em a ficar p a recid o s c o m a q u eles q u e an d am c o m Cristo, p o ­
rém seus c o r a ç õ e s n ão e stã o s e n d o trans­
fo rm a d o s d e d en tro para fora. A p ó s an os
A GRANDE IDEIA
de a d e q u a ç ã o às exp ectativas das d em a is
p essoas, su rge um a crise ou ten ta çã o,
le va n d o -o s a decidir o q u e rea lm en te q u e ­
O foco do cristianismo
rem fazer. C o m o a p e rs o n a g e m d e Bill não é m udar o
Murray n o film e Groundhog Day (Feitiço com portam ento,
do Tempo), eles, finalm ente, dizem :
mas transformar o
“ N unca m ais irei viver c o n fo rm e as regras
d ele s ” . E, assim , o q u e estava en terrad o cora ção
e m seus c o r a ç õ e s é revelad o q u a n d o eles
se d istan ciam d e Cristo. V

CRIANDO UM AMBIENTE QUE DEUS USE PARA


TRANSFORMAR OS CORAÇÕES DOS HOMENS
C o m o evitar q u e isso a c o n te ç a c o m o s h o m en s d e seu m i­
nistério? Inúm eras igreja s c o n fia m c e g a m e n te na in fo rm a ç ã o
para ajudar seu s h o m en s a s ere m discípu los. Eles n ecessita m
c o n h e c e r a verd ad e, m as ap en as c o n h e c im e n to intelectual não
é su ficien te para tran sform ar um c o ra ç ã o . Por exem p lo , to d o fu­
m an te sab e q u e seu vício causa câncer, m e s m o assim , a m aioria
con tinu a fu m an d o.

61
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

Q u e tipo d e coisas D eus usa para sensibilizar o c o ra ç ã o de


um h o m e m ? Pense na sua vida. Q ual foi um a das experiências
m ais c o m o v e n te s qu e v o c ê vivenciou nos últim os m eses? Q u a n d o
foi a última vez qu e v o c ê chorou p or outra razão qu e não um a dor
ou aflição? O qu e D eus te m u sado para m otivá-lo a seguir e m seu
relacion a m en to c o m ele?

A o fazerm os essas três perguntas c o m respeito ao qu e nos


m o ve, e m n o sso C entro d e Treinam ento, re c e b e m o s respostas
c o m o as a seguir:

• Oração - C o m frequência, D eus usa m o m e n to s d e o ração


para tocar o c o ra ç ã o d e um h o m em . A o con versar c o m D eus e
ouvir sua voz, o s h o m en s torn am -se abertos à a ç ã o transform adora
d o Espírito Santo. Propicie oportu n id ad es para m o m e n to s d e o ra ­
ç ã o m útua e individual. O s p eríod os m ais ricos e m n ossos cursos
sob re liderança o c o rre m qu an d o o s líderes com partilh am suas n e­
cessid ad es e o ram uns p elo s outros.

•Música - ü m d o s m e m b ro s d e nossa facu ld ad e falou, cer­


ta vez, e m um even to d e h om en s, o n d e um a jo v e m cantou um a
c a n çã o sob re um pai. A letra incluía um verso sob re um a garota
qu e saíra d e sua cam a, tarde da noite, e flagrara seu pai v en d o por­
nografia n o com pu tador. Q u a n d o a jo v e m cantora finalizou a sua
ap resen tação, n ão havia um único o lh o s em lágrim as no recinto.
D eus usara aquela c a n çã o d e um m o d o totalm en te diferente de
qu alquer feito o co rrid o naquele sem inário.

• Filmes/peças - T o d o s n ó s t e m o s n o s e m o c io n a d o d ia n ­
te d e c e n a s p a rtic u la rm e n te p u n g e n te s e m film e s ou p e ç a s d e
te a tro . U se o b ra s d ra m á tic a s o u tr e c h o s d e film e s d e alta q u a ­
lid a d e q u e au x iliem o s h o m e n s a s a íre m d e seu m o d o d e p e n ­
s a m e n to n o rm a l.

• Testemunhos e histórias - O s h o m en s se en vo lvem c o m


histórias. P rovavelm en te, v o c ê c o n h e c e um h o m e m e m sua igreja
cuja experiência te m sido um a trem en da força d e en co raja m en to a
v o c ê . A ju de o s h o m en s a com partilh arem suas experiências p e s s o ­
ais, d an d o-lh es oportu n id ad e de ouvir o q u e D eus está fazen d o na
vida d e outras pessoas.

62
C omo o s h o m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o raç ão

• Atividades - S e v o c ê for c o m o a m aioria d os h om en s, le m ­


brará vividam en te d e algu m a con versa travada c o m outro h o m e m
durante um a pescaria ou j o g o d e futebol. D eus fez os h o m en s para
qu e g o sta ssem d e ação, tarefas e atividades. M antenha seus h o ­
m ens ativos d e m o d o qu e D eus queira tocar-lhes o coração.

• Experiências compartilhadas - D eus usa testes, d esafios


e aventuras para con ectar o s h o m en s uns a o s outros. O seu m i­
nistério propicia situ ações nas quais os h o m en s p ossam se rela cio ­
nar e d esen volver um a con fian ça m útua? C o m p e tiç õ e s e m grupos,
projetos com unitários, viagen s m issionárias ou o trabalho con ju nto
em um a equ ip e ministerial da igreja, tu do isso auxilia os h o m en s a
alcançarem um n ovo nível d e irm andade.

• Relacionamentos - G rande parte d o sign ificad o de ser um


discípulo é ap reen d ido e n ão ensinado. A tran sform ação d o cora-
ção de um h o m e m o co rre à m ed id a qu e ele “vivên cia” experiências
c o m outros h om en s. C on sid ere a sua vida. M uito d o qu e v o c ê sabe
sobre c o m o ser um h o m e m foi, provavelm en te, apren dido d e o u ­
tros h o m en s qu e investiram e m sua vida.

• Filhos - Em geral, o s h o m en s e m o c io n a m -s e c o m seus


lilhos. D escubra m eio s d e co n e ctá -lo s c o m o s próprios filhos, b em
c o m o c o m outras crianças qu e p recisam d e auxílio. L o g o n o início
de seu casam en to, Pat filiou-se a um a classe d e pais na igreja qu e
teve início c o m um a excursão e n vo lven d o as famílias. S em contar
aos d em ais m e m b ro s o q u e estava fazen do, o líder tirou fo to s de
Iodas as crianças p resentes n aqu ele even to. N o d o m in g o segu in ­
te, o p rofessor iniciou a classe c o m um a ap resen ta çã o das fotos
daquelas crianças, ten d o por fundo a c a n çã o “ C a fs in the C radle”
(“ G atos n o B e rç o ”). Passados m ais d e vinte anos, Pat ainda lem bra
d aqu ele m o m e n to c o m to d o s o s seus detalhes.

• Serviço - Em geral, o s h o m en s sen tem um a alegria pro-


Iunda e duradoura qu an d o saem d e suas zon as d e c o n fo rto e ser­
vem outras pessoas. O discípulo é en viad o para servir a Cristo.
Im p lem en te m aneiras d e envolver o m aior n úm ero d e h o m en s e m
algum tipo d e serviço social, alcan çan d o p essoas qu e n ecessitam
ver o a m o r d e D eus e m ação.

63
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

• Amizades verdadeiras com outros homens - M uitos h o ­


m en s n ão p ossu em a m ig o s reais. C on tu do, to d o s eles necessitam
d e algu ém q u e verd ad eiram en te d eseje o m elh or para eles. C o m
frequência, D eus utiliza relacion a m en tos para transform ar o c o ra ­
ç ã o d e um h o m em .

V o cê está im p lem en ta n d o e usan do essas ferram entas em


seu m inistério c o m h o m en s? E sfo rce-se para fazer m ais d o que
ap enas assegu rar qu e o s h o m en s estejam nos gru pos ou classes
corretas, crian do um am b ien te e m qu e D eus trabalhe para trans­
form ar cora ções.

-£> A VERDADEIRA OBEDIÊNCIA PROCEDE


DE UM CORAÇÃO DE FÉ
D esse m o d o , c o m o m otivar um h o m e m a fazer as coisas qu e
D eus d eseja qu e ele faça? N ã o ap en as instruindo-o a fazê-las, m as
a ju d a n d o -o a querer fazê-las.

M anipulação e um a cultura legalista p o d e m fazer um


h o m em aparen tem en te se con form ar por algum tem p o, até
m e s m o por décadas. Porém , o s eg red o para um a obediên cia
duradoura é um c ora çã o renovado. N o s so objetivo é auxiliar
h om en s a crer nas coisas certas d e m o d o que vivam da
m aneira correta. 'D

Na realidade, há ap enas um a razão para qu e o s h o m en s não


con stru am sua vida c o m b ase na fé - eles n ão acreditam qu e p o ­
d e m verd ad eiram en te confiar e m Cristo. A Bíblia d en om in a isso de
d escren ça. E, c o m o tu do o qu e fa ze m o s reflete o qu e está e m n os­
sos c o ra ç õ e s , tod as as atitudes e a ç õ e s p eca m in o sa s são resultado
da d escren ça.

Q u a n d o um h o m e m trabalha setenta horas sem anais, visan­


d o o b ter m ais dinheiro e poder, é p orqu e crê q u e esta seja a única

64
C o m o o s ho m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o r a ç ã o

maneira de conseguir seus objetivos. Q uando um h om em se envolve


em ocionalm ente c o m outra mulher que não a esposa, ele crê que g a ­
nhará algo que sua esposa, ou Deus, são incapazes de lhe dar. >

Entretanto, q u a n d o o s h o m en s resistem à te n ta çã o e vivem


corretam en te, e m geral, s ã o m o tiv a d o s pela fé. Pela fé [M oisés]
deixou o Egito, não tem endo a ira do rei, e perseuerou co m o
quem vê aquele que é invisível (H b 11.27). M oisés o b e d e c e u
.1 instrução d e D eus n ão p or causa d e um a d e c is ã o p esso a l ou
p orqu e outra p es so a lhe d issesse para agir assim , m as p o rq u e ele
creu e m Deus.

A o trabalhar c o m um h o m em , con sid ere estas qu estões:


"C o m o p o s s o ajudá-lo a crescer e m sua fé e m D eus? C o m o p osso
•ijudá-lo a c o m p re e n d e r ainda m ais p rofu n d am en te qu e sua e s p e ­
rança reside so m en te e m D eus? C o m o auxiliá-lo a aprofundar seu
am or p or Jesu s Cristo? Clm c o ra ç ã o p len o d e fé, esp eran ça e am or
conduz a um a vida o b ed ien te e justa.

0 fruto e a raiz
Durante as férias, alguns an os atrás, David se irritou c o m um
de seus fam iliares. Na superfície, a qu estão parecia residir e m um
d esaco rd o sob re um a d ecisã o to m a d a c o m respeito às crianças.
A pós refletir e orar sob re o qu e estava o co rren d o e m seu coração,
cie com p re e n d e u qu e a ira surgiu p orqu e algu ém dera a entender
que ele c o m etera um erro.

C o m o m u itos h o m en s, um d o s íd olo s m ais im p orta n tes para


David, p or vezes, m ais qu e Cristo, é a ideia da própria c o m p e tê n ­
cia de ser cap az d e alcan çar qu alqu er o b je tiv o qu e traçar. Assim ,
qu an d o um fam iliar d isco rd o u d e sua d ecisã o , David sentiu-se
c o m o se estivesse s e n d o a c u s a d o d e ser in c o m p e te n te c o m os
lilhos. Por n ão p o d e r aceitar o p ró p rio erro, p ois isso significaria
e sm a g a r o seu íd olo , e le reagiu c o m raiva visa n d o p ro te g e r a sua
ilusão d e c o m p e tê n c ia .

Muitas vezes, o s h o m en s são ensin ados a lidar c o m a rai­


va, respirando fu n do e con ta n d o até d ez entre outras técnicas.

6 5
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

C on tu do, isso lida ap enas c o m a superfície. A qu estão m ais profun­


da é: “ C o m o ajudar o s h o m en s a lidar c o m a ira e m seus c o ra ç õ e s ? ”

O u tro exem p lo: A m aioria d os con selh o s disponíveis aos h o ­


m en s qu e lutam contra a p orn ografia te m sido puram ente c o m -
portam ental. Instalar um filtro no com pu tador, ter um a m ig o que
c o n h e ça o p roblem a, m udar d e trajeto d e m o d o a evitar aquela
rua o n d e há um a loja d e víd eo s adultos, evitar olhar as revistas nas
ban cas - to d as são su gestõ es excelen tes e necessárias se v o c ê luta
contra essa qu estão. Porém , tão im portante qu an to isso é p ergu n ­
tar a o h o m e m : “ Por qu e v o c ê am a olhar fo to s d e m ulheres nuas
m ais d o qu e am a Jesu s? O qu e v o c ê im agin a o bter da pornografia
qu e n ão p o d e o b ter d e Cristo?”

C o m o h om en s, s o m o s ten tados a corrigir n ossos erros c o m


n ossas forças, con cen tran d o nossa a ç ã o n o exterior. D essa form a,
p a ssa m os a frequentar gru pos d e ap oio, utilizam os um sistem a de
o rçam en to , evitam os lugares ten tadores e a d icion a m o s itens aos
n ossos calend ários e às nossas listas de coisas a fazer. N ada disso
é ruim, m as cad a um a dessas a ç õ e s precisa ser secundária. C o m
frequência, a ç õ e s externas lidam c o m o fruto e não c o m a raiz. y

Q u a n d o con fro n tam os as q u es tõ e s c o m as quais os h o m en s


lutam - ira, pornografia, m aterialism o, alco o lism o , d esco n exã o
e m o c io n a l d e sua e sp o sa - D eus nos ch a m a a transferir o c o m p o r­
ta m e n to p assa d o às qu estões d e c o ra ç ã o d o s envolvidos.

Colhendo laranjas, colando maçãs


E xistem in ú m eros laranjais na área central da Flórida, o n d e
v ive m o s. S e um a p es so a d ec id is s e n ão qu erer m ais laranjas ela
p od eria colh er to d a s as laranjas d e sua árvore. Em segu ida, ela
p od eria ir a um m e rc a d o co m p ra r um s a c o c h e io d e m a çã s e,
então, voltar para casa e fixar, c o m fita adesiva, as m a çã s p or tod a
a sua árvore.

P orém , o qu e acon teceria? Em p ou ca s sem anas, as m açãs


estariam p odres. E n o an o segu in te? A s laranjas estariam d e volta.

óó
C o m o o s h o m en s m u d a m ? A u x il ia n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o r a ç ã o

A única m aneira d e se livrar das laranjas é arrancar a árvore c o m


suas raízes.

C o m frequência, n osso sistem a ensina os h om en s a


“ colher laranjas e colar m a çã s” . Eles lidam contra os sintom as
exteriores d o p ecad o, c o m aquilo que p o d e m ver, m as ign oram
a raiz de o n d e seus p ecad o s floresceram . Assim , m e sm o se
forem capazes de usar a força de von tade para controlar o
p ecad o por algum tem p o, c e d o ou tarde ele retornará mais
forte que antes. C o m o resultado adicional, os seus cora ções
tornam -se endurecidos. V

Cristo o fe re c e aos h o m en s a oportu n idade d e um a transfor­


m a çã o a partir das raízes, d e dentro para fora. Ele nos instrui a
parar d e fazer d e nossa força o n osso deus, p assando a cam inhar
( o m Cristo pela fé. C on sid ere as palavras d e Jerem ias:

Maldito o homem que confia no homem, faz daquilo que é


mortal a sua força e afasta do S enhor o coração! Ele é com o
um arbusto no deserto, não perceberá quando vier bem
algum; pelo contrário, morará nos lugares secos do deserto,
em terra salgada e desabitada. Bendito o homem que
confia no S enhor , cuja esperança é o S en h o r . Ele é com o
a árvore plantada ju n to às águas, que estende suas raízes
para o riacho; não temerá quando vier o calor, pois sua
folhagem sempre estará verde e no ano da seca não ficará
preocupado, nem deixará de dar fruto (Jr 17.5-8).

Q u a n d o v o c ê auxiliar h o m en s a d esen vo lverem suas raízes,


v o c ê d escobrirá m ais e m ais h o m en s in do além d e estarem en ­
volvidos e m seu m inistério p elo qu e p o d e m conquistar. V o cê terá
h om en s qu e d eseja m ajudar outros a experim entar o qu e Deus fez
c o m eles.

67
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

AJUDANDO OS HOMENS A SEREM ALIADOS


Muitos hom ens em sua igreja, provavelm ente, olham para o seu
ministério c o m o um conjunto form ado e m grande parte d e atividades
e tarefas desconexas (veja o quadro d o portal prioritário, no capítulo
seguinte). Igualmente, é provável que v o c ê passe a m aior parte de seu
tem p o recrutando (im plorando!) hom ens que já frequentam a igreja
para participarem de seus eventos ou atividades. Para o primeiro even­
to, v o c ê faz um anúncio, para o seguinte, acrescenta um testem u­
nho... E, talvez, no próxim o tenha alguns paraquedistas aterrissando
no gram ad o da igreja ao término d o culto! Dessa form a, v o c ê investe
to d o o seu tem po, dinheiro, energia e criatividade tentando ganhar o
interesse d os h om en s que já estáo na igreja para o seu ministério. E
v o c ê prossegue dessa form a evento após evento, ano após ano.
iy
O qu e está errado c o m esse qu ad ro? Estes s ã o o s h om en s
qu e a ssu m em com p ro m issos. M uitos d eles já d everíam sentir-se
parte da visão e se entusiasm arem p or p o d e r se integrar a o que
D eus está realizando. ^

C o m o v o c ê p o d e m udar isso? O s h o m en s fazem o qu e d e ­


sejam fazer e se en vo lverã o c o m coisas qu e c o n sid erem valiosas,
im portantes e q u e lhes tragam felicidade. É seu trabalho ap resen ­
tar-lhes a visão d e form a qu e o Espírito S an to p ossa ch am ar esses
h o m en s a um sin cero e apaixon ado c o m p ro m is s o (v a m o s ajudá-lo
a fazer isso no capítulo 8).

68
C omo o s ho m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o raç ão

Em geral, recrutam os h o m en s para participar de tarefas ou


eventos: “ P od e trazer alguns d o c e s para o n osso p róxim o c a fé da
m anhã?” ; “ Poderia ligar para os h o m en s co n v id a n d o -o s a ir a o n o s ­
so retiro?; “ Por favor, venha a o n osso chu rrasco” . Porém , há um
grande p ro b lem a nisso. Q u a n d o v o c ê recruta h o m en s para algu m a
tarefa ou even to, terá d e “seduzi-los” sem p re qu e houver um a nova
tarefa a realizar ou um n o vo even to a participar.

Em vez disso, com u n iqu e tudo o qu e v o c ê faz e m term os de


visão de seu ministério (n o capítulo 8, apresentarem os um a deta­
lhada discussão a fim de ajudá-lo a definir e com unicar a sua visão).
A o pedir a um h o m em para trazer sacos d e carvão para o churras­
co, diga: “Tom , estam os tentando alcançar o s h om en s e m nossa
com unidade para Cristo e ajudá-los a tom ar parte de n osso gru po
de irmãos. Eis a razão de fazerm os esse churrasco. Poderia trazer o
carvão e, assim, nos ajudar a alcançar esses h om en s e trazê-los ao
nosso gru po?” V ocê precisa apenas d e mais trinta segu n d os para
com unicar a visão e ainda conseguirá o carvão. >>

O que v o c ê disse entrará por um ouvido e sairá pelo outro em


dezenove dos vinte hom ens c o m qu em v o c ê conversar. Porém, o lucro
virá c o m aquele único h om em . Q uan do um h om em com pra uma
visão e se torna um aliado, v o c ê não precisará mais “seduzi-lo” a cada
novo evento ou atividade. Cada “tarefa” será um a nova oportunidade
para ele passar adiante a causa na qual ele já crê, tornando-se um
discípulo “enviado para servir a Cristo” , t )

<c
ü m aliado é um h o m em qu e está alinhado c o m a visão
dada por Deus aos h om en s d e sua igreja. Ele está disposto
a sacrificar-se e trabalhar para qu e a visão passe a ser uma
realidade. Ele p od e ou não servir form alm en te na equ ip e de
liderança, m as está con victo d e qu e o discipulado d e h om en s
é um a causa para a qual vale a pena dedicar a sua vida. N ã o é
preciso im plorar a um aliado para qu e ele se envolva, pois ele
se sentirá grato e m cada nova oportunidade de edificar a vida
de outros h om en s c o m seu ministério.

69
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

Há três esferas no ministério de h om en s de sua igreja (veja figura


2). Muitos líderes fo c a m apenas o núm ero total de hom ens envolvidos
e m seus respectivos ministérios, por exem plo: “ H ouve 40 participan­
tes no retiro, 27 no café da manhã e 19 estão envolvidos e m pequenos
grupos” . E muito im portante acom panhar a quantidade de hom ens
envolvidos nas diversas atividades, porém tam b ém é necessário fo ­
car quantos desses h om en s são seus aliados na visão d o ministério.
Aliados não são apenas frequentadores, m as defensores de seus es­
forços na form ação de discípulos. Au m ente o núm ero de aliados a
cada ano e v o c ê igualm ente aumentará a probabilidade de desenvol­
ver um ministério de h om en s vibrante e sustentável. S e esse círculo
interior parar de crescer, cuidado!

Eis p or qu e é tã o im portante qu e a equ ip e d e liderança não


esteja ap enas envolvida c o m o trabalho braçal, m as c o m oração,
estratégia, recru tam en to e p ro p a g a ç ã o da visão entre os dem ais
h om en s. O s líderes n ão são eternos, suas vidas m u dam e eles saem
d o m inistério. A m aneira d e continuar sustentan do o m inistério é a
contínua fo rm a ç ã o d e aliados entre o s h o m en s d e sua igreja local.

Figura 2

T rês esferas do ministério com homens em sua igreja

1. O número de homens que são aliados à sua visão e ao que


Deus está fazendo
2. Homens envolvidos apenas com as atividades do ministério
—retiros, pequenos grupos, projetos ministeriais etc.
3. Todos os homens que tenham algum contato com sua igreja

70
( 'O M O O S H O M EN S M U D A M ? A U X IU A N D O H O M EN S A EXPERIM EN TA R A TR A N SFO R M A Ç Ã O D O C O R A Ç Ã O

C o m o já afirm am os, o s h o m en s b u sca m p or a lg o no qual


possam investir suas vidas. O b serve o grau d e c o m p ro m is s o d eles
c o m as partidas d e go lfe, o futebol, seus p assa tem p os e jo g o s de
com putador. N ecessita m o s elevar o c h a m a d o d e Cristo a um nível
com petitivo. D eus usará o s n ossos e sfo rço s para atraí-los para si.

D esen volva um am bien te o n d e o Espírito S an to possa m ostrar


aos h o m en s as atitudes e cren ças d e seus cora ções. N ã o perm ita
que eles apenas frequ en tem , m as c o n c la m e -o s a um relacion a­
m ento autêntico e verd ad eiro c o m Cristo. D eus usará o seu minis-
lério n ão apenas para produzir discípulos, m as aliados na gran de
aventura d e ver o seu R eino se tornar um a realidade neste m u ndo.

Enquanto D eus levanta aliados para o seu ministério, certi-


lique-se d e c o n h e ce r cada etapa d o qu e está realm en te fazen do
para discipular o s h o m en s d e sua igreja. N o capítulo seguinte, nos
p ro p o m o s ajudá-lo a c o m p re e n d e r o qu e significa orientar a sua
igreja qu an to à prioridade d o discipulado. V>

71
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

L em bre-se d is t o :

• A cada dia temos de escolher se viveremos por nossas forças,


independentes de Deus, ou se dependeremos dele somente caminhando
pela fé.
• Os homens sabem jogar. Se permitirem, eles seguirão suas regras rumo
à perfeição. No entanto, após dez ou vinte anos perceberão que seus
corações estão mortos.
• Em toda e qualquer decisão, escolhas são feitas, muitas vezes, em
detrimento de outros. Elas são, normalmente,feitas com base em suas
crenças e cosmovisão.
<r
Regras legalistas podem apenas fazer com que o homem se
conforme, exteriormente, por algum tempo. O segredo para atingir
uma obediência duradoura é um coração renovado. Cristo oferece a
oportunidade de transformação a partir das raízes, de dentro para fora.
• Use métodos e faça programas em sua sociedade de homens, que
sensibilizem seus corações, como oração, música, trechos de filmes,
testemunhos, histórias e experiências compartilhadas.
• Um homem aliado se alinha com a visão que Deus tem dado aos
homens de sua igreja local. Ele se dispõe a sacrificar e trabalhar para
tornar aquela visão em realidade. Y>
• Uma chave para a continuidade desse ministério é assegurar o
aumento do número de aliados.

F a le s o b r e is t o :

1. Por que um homem que parece ser correto um dia abandona sua
família ou sua fé? A maioria de nós conhece pelo menos um homem
que já agiu assim. Quais foram as circunstâncias?
2. Traga à memória uma importante mudança ocorrida em sua vida,
como parar de fumar, emagrecer etc. O que o levou a tomar essa
decisão? Qual a relação entre essa decisão e a de permitir que Deus
transforme o seu coração?
3. Lembre de uma comovente experiência com Cristo por você
vivenciada por meio de sua igreja. Como ela ocorreu? Que mudança
duradoura essa experiência provocou em sua vida?

72
C o m o o s ho m en s m u d a m ? A u x iu a n d o h o m e n s a e x p e r im e n t a r a t r a n s f o r m a ç ã o d o c o raç ão

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...

• por todos os homens em sua igreja que sejam como "Luiz" para que
eles parem com o ativismo e comecem a buscar um relacionamento
autêntico com Cristo
• para que Deus os auxilie como líderes a viver uma fé genuína e
vibrante apenas em Jesus Cristo
• para que Deus os auxilie a desenvolver um ambiente propício para
ele sensibilizar os corações dos homens

73
P arte dois

O S ALICERCES DE SEU
MINISTÉRIO COM HOMENS

A mplo - •Profundo

IIL.MrN* QUE PRE-


|■ham pb Cristo

M inistério com homens


ABRANGENTE

O O O t)
CRIAR " t

A S TRÊS DOBRAS DA LIDERANÇA


CAPTURAR
IÍN IA R D iscípulo
O C Ó D IG O D O HOMEM
D iscípulo D iscípulo
P o r t a l p r io r it á r io
D iscípulo D iscípulo D iscípulo
5
0 PORTAL PRIORITÁRIO
E O CÓDIGO DO HOMEM

Para desenvolver um ministério sustentável com homens,


será necessário um alicerce sólido. Comece a partir de seu
foco. Sim, os homens precisam ser pais devotados, maridos
atenciosos, mordomos fiéis e líderes servos.
Porém, qual é a questão central? E, como podemos
comunicá-la aos homens de modo que eles se sintam
valorizados e inspirados? Estabelecer o alicerce correto pode
ajudar os que estiverem desconectados a estabelecer uma
genuína conexão com o ministério de sua igreja

A Bíblia nos dá a segu in te instrução: Portanto, ide, fazei dis­


cípulos [...] batizando-os em nom e do Pai, do Filho e do Espírito
Santo (Mt 2 8.19 ). A s vezes, con fu n d im o s c o m '‘Portanto, v ã o e fa­
çam trabalhadores... in tim id an d o-os e m n o m e d o Pai e d o Filho e
d o Espírito S a n to ” , ft

' Jesu s não instruiu as igrejas a fazer “trabalh adores” , m as “ dis­


cípu los” . O p rop ósito d e seu m inistério, então, é fazer discípulos,
não trabalhadores. H o m e n s n ão g o s ta m d e ser força d o s a ingressar
numa m archa. D iscípulos verd ad eiros passam a servir c o m o fruto
de seu abundante e crescen te relacion am en to c o m Jesu s Cristo. ))

Contu do, a Bíblia nos exorta a “o rar” p or trabalhadores: Então


IJesus] disse a seus discípulos: Na verdade, a colheita é grande,
mas os trabalhadores são poucos; rogai ao Senhor da colheita
que mande trabalhadores para a sua colheita (M t 9.37, 38).
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

C o m muita frequência, ten ta m o s “ fazer trabalhadores e orar


p or d iscípu los” . F ixam os a a g en d a d e n o sso m inistério e, então,
p assa m o s a “p ersegu ir” os h o m en s até q u e eles se envolvam .
T en tam os garantir qu e tod as as n ossas n ecessid a d es qu anto à m ã o
d e obra sejam satisfeitas e, então, o ra m o s p ed in d o que, d e algum a
form a, a lg u ém p ossa se tornar um discípulo.

Aqui está a ideia central: S e a igreja e o m inistério d e h om en s


fo c a m a o b te n ç ã o d e h o m en s para o “ s erviço ” e m vez de “ fazer
discípu los” , será inútil. Toda a en ergia será desperdiçada.

Ao contrário, con cen tre seus esfo rço s na form açao


d e discípulos e, então, ore p edin do a Deus que levante
trabalhadores para o seu Reino - f i

UMA PARÁBOLA
Im a g in e-s e p resid en te d e um a e m p res a d e a d v o c a c ia qu e
e m p r e g u e c e m p esso a s. Por an os, v o c ê te m recru tado a d v o g a d o s
para, en tão, d eixá-los p or c o n ta própria. S e m qu alqu er orien ta­
ç ã o ou trein am en to, e les c o m e t e m m ais erros q u e acertos. Há
a c ú m u lo s d e c a s o s s e m solu çã o , ou tros escritórios d e a d v o c a c ia
c o n s id e ra m o seu escritório um a verg on h a , e as p e s s o a s c o n s id e ­
ram v o c ê in co m p e te n te.

78
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

S u p on h a q u e v o c ê vá a o seu c o n s e lh o diretor e p e ç a a
co n tra ta çã o d e ou tros vinte a d v o g a d o s . C o m certeza, o s d ire to ­
res diriam : “ V o cê está lo u c o ? V o cê n em treinou o s a d v o g a d o s
qu e já te m o s . Por q u e razáo p erm itiriam os m ais c o n tra ta ç õ e s ?
D esfru tam os d e um a p éssim a repu tação. Na verd ad e, m u itos j o ­
vens a d v o g a d o s q u e trabalharam c o n o s c o ab an d o n ara m a a d v o ­
cacia. V o cê está d e s p e d id o !”
fr
U m escritório d e a d vocacia qu e não produz a d v o g a d o s c a p a ­
zes está fad ad o a o fracasso. Portanto, o qu e isso significa para um a
igreja qu e n ão produz discípulos? "n

DISCIPULADO COMO 0 “PORTAL” PRIORITÁRIO


Jesu s disse: Portanto, ide, fazei discípulos. Isso é m uito in­
teressante p orqu e ele poderia ter dito qu alquer coisa. Porém , ele
não disse, “ Ide, fazei a d o ra d o res” , ou “ Ide, fazei trabalh adores” .
T am p ou co disse, “ Ide, fazei dizim istas” . Jesu s está in teressado e m
adoradores, trabalhadores e dizim istas? E claro qu e sim. Contu do,
ele sabe qu e esse n ão é o cam in h o. O b te m o s ad orad ores, traba­
lhadores e dizim istas fazen d o discípulos, ri

S u p on h a q u e um a fam ília freq u en te a sua igreja durante três


m eses. O qu e eles p en sarã o ser a p rioridade principal - a ideia
o rga n izad ora - d e sua igreja? N u m a sem a n a e les ou viram um
serm ão s ob re a prioridade da a d o ra ç ã o . E m outra, ou viram qu e
d ev em ofertar c o m alegria. N a e s c o la d om in ical a p ren d era m qu e
cristãos c o m p ro m is s a d o s particip am d e v ia gen s m issionárias. Na
sem an a segu in te, durante o culto, fo ra m c h a m a d o s a participar
d o trein am en to s ob re e va n g elis m o . E m outra o ca siã o , n o p e q u e ­
no gru po, ou viram sob re as n ec e ss id a d e s u rgen tes d o berçário.
Num fim d e s em a n a posterior, durante um sem in ário, o preletor
enfatizou a im p ortân cia d o estu d o individual. S e v o c ê fo s s e um a
família re c é m -c h e g a d a à igreja, o q u e acharia d e tu d o isso? Por
certo, pensaria tratar-se d e um in discrim in ad o con ju n to d e ativi­
d a d es d esco n exa s: v

79
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

Pregação Ensino Literatura cristã

Treinamento Famílias Serviço/ Culto Estudos


de liderança devotas Missões bíblicos

Companheirismo Discipulado Evangelismo

Conversas Liderança Justiça Vocação Estudo


informais social individual

Seminários Mentoria Pequenos


grupos

Figura 3
Atividades e prioridades indiscriminadas da Igreja
(como parecem ao recém-chegado)

O b serva n d o -se essa coletâ n ea d e con ceito s, seria útil or­


ganizá-los e m dois gru pos: m é to d o s e resultados. O s itens inter­
m ediários - fam ílias devotas, serviço/m issões, culto, associação,
discipulado, eva n gelism o, m ord om ia, justiça social e v o c a ç ã o - re­
p resentam o s resultados qu e a m aioria das igrejas está tentando
alcançar. Sua igreja p o d e ter alguns itens a m ais ou a m e n o s na lis­
ta, p o rém esse é um b o m exem p lo d o qu e gran de parte das igrejas
d eseja qu e seus m e m b ro s c o m p re e n d a m e viven ciem d e um m o d o
b íblico e religioso.

Mão obstante, são muitas áreas para se focar. D eve haver um


princípio constituinte para ajudar as p esso a s a com preen d er, crer e
vivenciar esses objetivos. Esse princípio é o discipulado.

80
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

(r
O discipulado é o portal prioritário por m eio d o qual todas
as outras prioridades d e um a igreja p o d e m ser alcançadas.
S o m en te atravessando esse portal é qu e as pessoas p o d e m
verdadeiram ente afetar suas igrejas e serem afetadas por ela.

Por exem plo, c o m o um h o m e m p o d e adorar um D eus qu e ele


não con h ece?rrPor qu e um h o m e m desejaria com partilhar sua fé se
ele não c o m p re e n d e a G rande C o m issã o ? C o m o um h o m e m p o d e
ser um b o m líder le ig o se ele não en ten d e e não crê qu e tu do o qu e
tem , seu tem p o , talento e propriedades, p erten ce a Deus? Q u a n d o
discipulam os o s c o ra ç õ e s d os h om en s, eles c o m e ç a m a vivenciar a
abundância d e seu relacion a m en to c o m Cristo. Portanto, p o d e m o s
organizar esses esforços, p osicion a n d o o discipu lado n o cen tro e
c o lo c a n d o setas e m d ireção às outras prioridades qu e tiverm os,
c o n fo rm e segu e:

Literatura
Pregação Ensino
cristã

Treinamento Estudos
de liderança bíblicos

Conversas Justiça Estudo


Liderança Vocação
informais social individual

Pequenos
Seminários Mentoria
grupos

Figura 4

Resultados desejados pela Igreja


Organizados em função do discipulado como o portal prioritário

81
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

C o m o um a igreja p o d e im plem en tar o discipu lado c o m o p rio ­


ridade principal? O s itens localizados nas áreas externas da figura 5
represen tam as atividades, ou m éto d os, q u e um a igreja utiliza para
ajudar na fo rm a ç ã o d e discípulos.

L e m b r e -s e d e q u e e ssa s a tivid ad es n ã o d e v e m ser um fim


e m si m e sm a s , m a s m e io s para aju dar as p e s s o a s a a p ren d er
ou v iven cia r o q u e s ig n ific a ser um d iscíp u lo . A figu ra 5 ilustra o
s eg u in te : T o d a s as a tivid a d es lo ca liza d a s nas á rea s m ais exter­
nas c o n d u z e m a o d iscip u la d o , na área cen tral. A g o r a , te m o s um
q u a d ro cla ro d o d isc ip u la d o c o m o o p ortal p rioritário p o r m e io
d o qual to d o s o s o u tro s a lvo s da igreja p o d e m ser a tin gid o s . Por
e x e m p lo ,r n ão p r e g a m o s para fazer a d o ra d o re s , m a s p re g a m o s
para auxiliar h o m e n s a v e re m D eu s d e tal fo rm a q u e a única
o p ç ã o seja a d o rá -lo . ->

E m ou tras palavras, realin h e o s m é to d o s e re su lta d o s e m


du as colu n as, p o s ic io n a n d o o s m é to d o s à e s q u e rd a e o s resul­
ta d o s à direita.

Métodos de formação de discípulos para alcançar outros alvos e prioridades da igreja

82
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

LÍDERES LEIGOS V E R S U S DOADORES


Q uais o s passos a igreja d eve adotar visando obter o suporte
financeiro n ecessário aos seus m inistérios e m expansão? Prim eiro,
o pastor poderia falar sob re a responsabilidade d o s m e m b ro s da
igreja quanto a o dízim o regular e o a p o io à obra da igreja local.
A seguir, os p rofessores da esco la dom inical igu alm en te falariam
sobre o tem a, re co m e n d a n d o livros disponíveis na livraria da igreja;
o s líderes p od eríam forn ecer aos respectivos líderes d e p eq u en os
gru pos essa re co m e n d a çã o , c o m algu m as referên cias bíblicas per­
tinentes e a realização d e um sem in ário d e plan ejam en to financeiro
para o s m em b ros. Porém , se v o c ê fizer tu do isso apenas para o bter
o dinheiro das p essoa s qu e regu larm en te frequ en tam a sua igreja,
a sua orien tação é qu an to a o d es em p e n h o e seu qu adro será s e ­
m elhante à figura 6.

O qu e está faltando aqui é discipulado. V ocê não estará crian­


d o líderes leigos, m as d oa d ores. Então, o qu e significa discipular
h om en s para qu e se to m e m b on s líderes leigo s?

Pregaçao
Ensino
Mentoria
Treinamento
para a liderança
Estudos bíblicos
Seminários -► ^ L í d e r ^ s - t e i g o s din heiro

Pequenos grupos Vocação


Literatura cristã Culto
Estudo individual Justiça social
Conversas informais

Figura 6
Orientação voltada ao desempenho

83
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

E m prim eiro lugar, não d e v e m o s pregar, ensinar e assim por


diante, visando d esen volver um sen tim en to d e culpa ou o b riga çã o
nos h o m en s d e m o d o q u e contribuam fin an ceiram en te e nossas
m etas orçam en tárias sejam atingidas. E m M arcos 12.30, 31, Jesus
resp o n d e à pergunta, D e todos os mandamentos, qual é o mais
importante?, c o m as segu in tes palavras: Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento
e de todas as forças. E o segundo é este: Amarás o teu próxim o
co m o a ti m esm o. N ão há outro m andam ento m a ior do que esses.
N o cap ítu lo 3, d e s c r e v e m o s um d iscíp u lo c o m o : “ c h a m a ­
do, e q u ip a d o e e n v ia d o ” . O h o m e m q u e re s p o n d e a o c h a m a d o
d e en tregar sua vida a J esu s e, c o m o d iscípu lo, está e q u ip a d o a
c o n h e c e r D eus, ta m b é m estará m o tiv a d o a am ar D eus e a seu
p róxim o/ Y al h o m e m resp o n d erá a qu alq u er n ec e ss id a d e qu an d o

Figura 7
Servindo a Deus e aos outros como fruto de um coração superabundante

84
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

esta lhe for apresen tada, n ão p o r causa d e u m sen tim en to d e


culpa ou o b rig a ç ã o , m as c o m o fruto da ab u n dân cia d e seu rela­
c io n a m e n to c o m Cristo.

S e v o c ê ajudar um h o m e m a am ar a D eu s d e to d o o c o ­
ração, d e to d a a sua m en te, alm a e fo rça , b e m c o m o a seu
p róxim o, en tã o , q u e tip o d e re sp o sta v o c ê re c e b e rá d e le q u a n d o
lhe en sin ar s o b re lid era n ça le ig a ? Q u a n d o com p a rtilh a r c o m e le
alg u m a n e c e s s id a d e d o c o r p o d e C risto? N ã o será n e c e s s á rio
in tim id á-lo ou p ressio n á -lo , p o is sua resp o sta será um a c o n ­
s eq u ê n c ia d e seu s u p era b u n d a n te re la c io n a m e n to c o m D eus,
c o m o m o s tra d o na figura 7.

Fazer d o discipu lado o portal prioritário d e n ossas igrejas é a


resposta ao qu e nos aflige. C on sid ere o s in úm eros p roblem as sis­
têm icos qu e nos assolam , c o m o divórcio, pais ausentes, m ã es s o l­
teiras, drogas, a lcoolism o, aborto, crim es, suicídios, pobreza, baixa
escolaridade, m entiras e m en osp rezo à autoridade. T od o s eles n e­
cessitam d e aten ção. Por trás d e tu do isso, n o entanto, jaz a n e c e s ­
sidade d e um a reform a da igreja c o m respeito a o discipulado. Q u e
outra singular atividade podería ter o m aior im p acto sob re to d o s
esses p rob lem as daqui a vinte an os? Discipular h o m en s hoje.

85
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

CÓDIGO DO HOMEM
Q u a n d o v o c ê fizer d o d iscipu lad o d e h o m e n s o seu portal
prioritário, o s h o m e n s n otarão. N a verd a d e, e le s já p o s s u e m um a
p e rc e p ç ã o d e sua igreja m u ito m ais am p la d o q u e v o c ê im agina.

R apidam ente, e m um a ou duas frases, qual é o c ó d ig o de


roupas e m sua igreja? S e m refletir m uito, v o c ê p rova velm en te res­
p on d erá c o m um a d escriçã o d o qu e as p esso a s usam , c o m o infor­
mal, terno e gravata, b otas e jeans, etc... Clm gru p o d o H avaí disse
“ b erm u das e sandálias” .

C o m o eles sa b em disso? Há um a placa na frente d e sua igreja


dizendo: “ Prim eira Igreja da com u n id a d e, tern o e gravata requeri­
d o s ” ? Há p esso a s p olician d o a roupa d o s m em b ro s, perm itindo
a entrada ap enas d aqu eles qu e estejam a d eq u a d a m en te trajados
c o n fo rm e a política da igreja? Claro qu e não. O s h o m en s são es­
pertos. N ã o é p reciso m ais d o qu e um a sem a n a para eles p e rc e b e ­
rem c o m o d ev em trajar-se na igreja. D ê-n o s duas ou três sem an as
e e sta rem o s levan d o a tradução “ correta” da Bíblia; e m dois m eses
e sta rem o s inclinando n ossas ca b eça s e d izen d o “A m é m ” nos m o ­
m en to s certos durante o culto.

Assim c o m o a sua igreja possui um c ó d ig o de vestim enta


não-verbal, p orém m uito b em con h ecid o, igualm ente há um
“c ó d ig o d o h o m e m ” . Tal c ó d ig o é o am bien te qu e a igreja cria
para os hom en s. E m poucas sem anas, o frequentador entende
o qu e significa ser um h o m em naquela igreja local. C o m o o
c ó d ig o d e roupas, essa im pressão n ão é explícita. O s h om en s
a absorvem da atm osfera que o s cerca.

^ MENSAGENS QUE SUA IGREJA ENVIA AOS HOMENS ^


- Q u e im p ressão a sua igreja transm ite c o m resp eito à im p or­
tância d o s h o m en s? C o m o v o c ê com pletaria a segu in te afirm ação:
“O s h o m en s s ã o __________________________________ aq u i” ?


O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

“ Im p o rta n tes” ? “ T o le ra d o s ” ? “ N e c e s s á rio s ” ? “ L íd e re s ” ?


“O s q u e fa zem o trabalh o p es a d o , en q u a n to as m u lheres p e n ­
s a m ” ? Estas são a lg u m a s das resp ostas q u e re c e b e m o s d o s lí­
d eres d e igrejas q u e freq u en ta m o s n o sso s cu rsos n o C en tro d e
Trein am en to d e L ideran ça. C erto h o m e m
disse qu e seu c ó d ig o era “ S e v o c ê qu i­
ser qu e sua m ulher e filhos freq u e n te m A GRANDE IDEIA
a igreja, le ve -o s até lá” . O u tro afirm ou,
Em poucas semanas,
“H om ens b e m -s u c e d id o s são d e s e ja ­
d os a q u i” . O u tro disse: “ S e v o c ê pen sa
o frequentador
qu e está ca n sa d o a gora, ven h a à m inha com preende o
igreja e lhe m o s tra rem o s o q u e re a lm e n ­ que significa ser
te sign ifica estar c a n s a d o !” Por fim , um
um hom em em sua
h o m em resp on d eu qu e seu c ó d ig o era
sim p lesm en te “O lá ” . É ó b v io q u e ta m ­
igreja
b ém te m o s re c e b id o m uitas a firm a çõ e s
positivas qu an to a o c ó d ig o d o h o m em .

E qu an to à sua igreja? Im a gin e qu e um h o m e m visitasse a


sua igreja três ou quatro vezes. E m um a ou duas frases, c o m o ele,
honestam ente, resumiría c o m o é ser um h o m e m e m sua igreja?
C on sidere essa pergunta c o m cu id ad o e, então, escreva o c ó d ig o
d o h o m e m no e sp a ç o reservad o a seguir.

ü m a vez qu e ele n ão é explicitam ente transm itido, c o m o exa­


tam ente o s h o m en s a p reen d em o “ c ó d ig o d o h o m e m ” vigen te em
sua igreja?

L iv ro s in teiro s tê m s id o e s c rito s s o b re o assu n to , in clu in d o -


se Why m en hate g o in g to church? (Por que os hom ens
odeiam ir à igreja?), p o r D avid M urrow. E le in d ica q u e cad a
igreja p ossu i um “ t e r m o s ta to ” . In fe lizm e n te , m u ito s d e s s e s

87
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

rT ~

te r m o s ta to s e s tã o p o s ic io n a d o s n o “ c o n fo r t o ” . O s h o m e n s , diz
M urrow , p re c is a m d e u m te r m o s ta to p o s ic io n a d o n o “ d e s a fio ” .
S ta n le y Allaby, p a s to r p o r q u a ren ta a n o s e m N e w E n glan d ,
c o s tu m a citar o s e g u in te a d á g io : “ M eu tra b a lh o é c o n fo rta r
o s a flito s e a flig ir o s c o n fo r tá v e is ” . O s h o m e n s p re c is a m ser
“ a flig id o s ” para q u e s a ia m d e su as zo n a s d e c o n fo r to .

Aqui estão algu m as form as p or m e io das quais o s h om en s


re c o n h e c e m o c ó d ig o d o h o m e m a partir d o am b ien te criado pela
igreja local. *0

Impressões dos lideres


O s h o m en s o b serva m os líderes. Eles s e g u e m líderes fortes.
O s h o m en s ap recia m saber que seus líderes p ossu em co n v icç ã o
qu an to à d ireção a seguir e qu an to a o q u e afirm am . Isso não
significa in tim idação ou o b ed iên cia c eg a , m as con fian ça. S e um
h o m e m não acreditar e m seus líderes, d ec erto não partilhará da
m e sm a visão. ?>

Isto é particularm ente im portante no qu e diz respeito aos j o ­


ven s e n ovos frequ en tad ores ou m e m b ro s d e sua igreja. Q u a n d o
v o c ê re c o n h e c e um líder c o m o p ad rão d e m aturidade e m Cristo,
esse p a rece can sado, ab o rrecid o e s em im o rto ? O u p arece vibran­
te, entu siasm ad o e b em articulado (in d ep en d en te de sua idade)?
O s h o m en s deveríam ser cap azes d e olhar para o s líderes da igreja
e dizer: “ Eu qu ero ser c o m o e le ” .

Impressões do louvor
O s h o m en s prestam aten ção à m úsica. E m bora a m úsica
c o n tem p o râ n e a esteja estilisticam ente c o n e cta d a às gera çõ es,
alguns cân ticos d e louvor não são exatam en te “ atraentes” aos
h om en s. Eles re a g e m a ca n çõ e s qu e falam sob re o desafio, a
aventura e a batalha de seguir a Cristo e ver seu R eino tornar-se
realidade. O s h o m en s ten d em a con ectar-se m e n o s c o m letras que
p e d e m para Jesu s “ m e receb er e m seus b ra ç o s ” .

88
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

Impressões do boletim *>'


O s h o m en s le em o boletim . S e o boletim d e sua igreja possui
um a s e ç ã o d ed icada aos even to s d o m inistério d e m ulheres, há,
igualm ente, um a s e ç ã o c o m in fo rm a ções para o s h om en s? Se a
resposta for não, qu e m e n s a g e m esse fato transm ite? Mais im p o r­
tante qu e o e s p a ç o no boletim d evo ta d o aos h om en s, c o m o esse
inform ativo se com u n ica c o m a c o n g r e g a ç ã o e m geral? S e o seu
boletim traz artigos, con sid ere incluir um artigo d irecion ad o aos
h om ens, d e vez e m quando.

Garanta qu e o boletim ap resen te fortes afirm a çõ es sob re o


que D eus está fazen d o p or m e io d os h o m en s d e sua igreja. “ Estudo
Bíblico d e H om en s, quarta-feira, Sala 202, 19:30h” , não é um avi­
so atraente à m aioria d os h om en s. E se o anúncio fosse esse: ‘“ O
P olêm ico Jesus: Estudo B íblico para H o m e n s ’. Venha aprender
c o m o Jesu s desafiou a tradição vigen te e c o m o isso p o d e radical­
m ente im pactar a sua vida e a nossa com u n idade. Quarta-feira,
I9:30h, sala 2 0 2 ”? A gora , as ch a n ces d e o estu d o bíblico atrair a
aten ção d os h o m en s são b em m aiores. 7?

Impressões do pastor 77
/ / /

O s h o m en s o u v e m o pastor. E evid en te q u e o s p astores


exercem um tre m e n d o im p a c to n o m o d o c o m o o s h o m e n s são
vistos na igreja. Por exem p lo , P ete Alw inson, p astor da Igreja
Presbiteriana d e W illo w C reek (P C A ), e m W in ter Springs, Flórida
(e pastor d e Brett), d ed ica um a palavra d iretam en te a o s h o m en s
em ca d a s erm ã o q u e p rega. C o m frequ ên cia, ele diz: “ H o m en s,
isso é o q u e esta palavra sign ifica para n ó s...” Tal prática tran sm i­
te um a clara m e n s a g e m qu an to à im p ortân cia d o s h o m en s e m
sua igreja. 17

Impressões do ambiente físico


Eles prestam aten çã o à d eco ra çã o . R ealm en te, o s h om en s
p erceb em o am bien te físico e a b sorvem sua m en sa gem .

89
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

Tem os notado um a interessante tendência nos projetos de igre­


jas. O banheiro d ed icado às mulheres é incrível, mais parecendo um
saguão de hotel, c o m sofás, espelhos e outros adereços, ou seja, um
esp aço de encontro on de as mulheres se sentem confortáveis (talvez
v o c ê esteja questionando c o m o sa-
P ergu n ta & R espo sta b em os disso). Infelizmente, e m mui-
------------------------------------------ tos casos o banheiro das mulheres
O TERMO “ ATRAENTE AOS HOMENS”
torna-se o assunto da igreja. Janelas
SIGNIFICA ANTIMULHER?
pintadas na cor lilás, papel de parede
A maioria das mulheres florido, cores e m to m pastel, todos
que conhecemos faria
esses detalhes p o d em expressar a
qualquer coisa para
levar seus maridos ou seguinte m en sa gem aos homens:
filhos à igreja. Por certo, “ Projetam os esse espaço para que as
as mulheres aceitarão
mulheres de nossa igreja sintam-se o
esse conceito de tornar
a igreja mais “atraente mais confortável possível” .
aos homens" quando
perceberem que isso lhes • Procu rem incluir alguns h o ­
facilitará obterem o que m en s no c om itê de d ecoração!
desejam - os homens de Lutem (n o b o m sentido) para tornar
sua vida crescendo na
mesma fé delas. o am bien te físico d e sua igreja mais
am igável a o h o m em . Isto é tão sim ­
ples c o m o sofás d e couro, papel de
parede listrado, tons ocre, até m e s m o algum as fotos naturais em
branco e preto nas paredes em vez daquelas lindas figuras de uma
m ã e segu ran do o seu filho.

Impressões do nível de qualidade


Eles b u sca m qualidade. O s h o m en s s ã o extrem am en te sensí­
veis nesse quesito. E m bora, certam en te haja m o m e n to s e m que o
coral das crianças saia d o tom , isso não p o d e o co rrer c o m o coral
da igreja. O s h o m en s n ão ach am gra ça q u a n d o o gru p o d e teatro
e s q u e c e suas falas, apesar d e to d o s terem “ d a d o d u ro” para ap re­
sentar aqu ela p eça. A qu alidade d eve estar p resente nos folh etos
qu e são distribuídos ao s hom en s, n os even to s para o s quais são
con vid a d os, nos m ateriais usados nos p eq u e n o s gru pos, na escola
d om in ical e até m e s m o n o site da igreja.

9 0
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

O s h o m en s d e h o je to rn a ram -se c o n s u m id o re s exigen tes,


pois e stã o c e rc a d o s d e um a m ídia q u e e n a lte c e p rod u tos s o fis ­
ticad os e d e eleva d a qu alidade. E m b o ra n ão e sp erem qu e v o c ê
possa c o m p e tir c o m eles, re c o n h e c e m q u a n d o há um e s fo rç o sin ­
cero d e o fe re c e r qu alidade. S e v o c ê con sid era r isso, a m e n s a g e m
qu e e s ta m o s tran sm itin do m e re c e o s n o ss o s m e lh o res e s fo rç o s , v

Impressões do uso do humor


rf r "r
Eles prestam a ten çã o a o humor. O m inistério c o m h o m en s da
igreja d e Davi realizava um even to d estin ado ao s h o m en s c h a m a d o
"Levan te-se” , o n d e a visão para aqu ele an o era com u n icada. Eles
convidavam o s h o m en s d en o m in a n d o aqu ele even to de “ Reunião
obrigatória para to d o s o s h o m en s da igreja (a não ser qu e tenha
problem as c o m autoridades, pois, neste caso, a sua presen ça não
será perm itid a)” . Q u a n d o o s h o m en s p erc e b e m qu e nada precisa
ser tão “ form al e certin ho” ((E m outras palavras, en fad on h o), e n ­
tão, eles têm a p erc e p ç ã o d e qu e a igreja é um lugar o n d e p o d e m
se sentir b em . »

Durante um de n ossos cursos no Centro d e Trein am en to de


Liderança, um pastor, oriundo d e um a ilha caribenha, fez o segu in ­
te com en tá rio diante d o c o m p o rta m e n to d os m e m b ro s d e n osso
instituto - e m geral, a m istoso e brincalhão: ‘Jam ais im agin ei qu e o
cristianism o p u desse ser tã o divertid o!” »
O
Cima nota d e cautela. O hum or o b tid o à custa da hum ilhação
r ,cJY
de outras p essoas transm ite a m e n s a g e m errada. N ã o c a ç o e de
h om en s ou d e algu ém , individualm ente, fa ze n d o -o s p arecer estú­
pidos para obter riso fácil, esp ecia lm en te na presen ça d e m ulheres.
Jam ais faça uso d e piadas racistas ou m achistas. Portanto, seja
criterioso ao usar o humor, "ó

Impressões da visão da igreja


Eles prestam a ten çã o à visão. O s h o m en s qu erem acreditar
que D eus está realizando a lg o por in term édio d e sua igreja. Eles
desejam fazer parte d e um a igreja qu e está segu in d o um a d ireção

9/
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

firm e, um lugar o n d e ser h o m em , im porta. Portanto, reforce a visão


para o s seus h om en s, tantas vezes qu an to for possível de m aneira
a repercuti-la entre eles. yj

OS ALICERCES PARA 0 SEU MINISTÉRIO


V o cê c o m e ç o u construindo um sólid o alicerce para o seu m i­
nistério c o m homens'.1Cima filosofia d e m inistério q u e afirm a qu e o
discipu lado d eve ser o portal p rio ritá rio ^ o lo c a o trem nos trilhos,^
e n c o ra ja n d o -o a foca r sem p re no discipu lado d e seus c o ra ç õ e s ao
invés d e tentar corrigir o c o m p o rta m e n to d o s hom en s.

G arantir q u e seu c ó d ig o m a scu lin o faça o s h o m en s sen ti­


rem -se b em -v in d o s au m entará a p ro b a b ilid a d e d e participarem
p or te m p o su ficien te d e seu m inistério, te n d o suas vidas im p ac-
tadas p or ele.

N o capítulo seguinte, exp licarem os c o m o a liderança form a a


ca m a d a final d e sua fundação.

L em bre-se d is t o :

• Jesus disse, id e , fa z e i d is c íp u lo s . Ele poderia ter dito qualquer coisa,


por exemplo, adoradores, trabalhadores, dizimistas, mas ele disse
discípulos.
• O discipulado é o portal por meio do qual podemos atingir todas as
prioridades da igreja.
•Quando o discipulado não é o portal prioritário, com frequência, terminamos
focando o comportamento dos homens ao invés de seus corações.
• Quando discipulamos homens para amar a Deus e ao próximo, eles
viverão de modo a refletir esse amor.
•Toda igreja possui um código masculino não-verbal, mas bem
conhecido, que fornece uma ideia do que significa ser homem naquela
igreja local.
r
• Há muitas fontes por meio das quais os homens desenvolvem essa
impressão: os líderes, o louvor, o boletim, o pastor, a decoração, a qualidade
e a visão.fO humor utilizado de modo adequado também ajuda. T'1

92
O P O R T A L P R IO R IT Á R IO E O C Ó D IG O D O H O M E M

F ale s o b r e is t o :

1. Os nove resultados mostrados na figura 3 correspondem às


prioridades de sua igreja? O que você acrescentaria ou removería?
2. Como a sua igreja forma discípulos? Você emprega todos os
métodos posicionados fora do quadro da figura 3? O que você
acrescentaria ou removería?
3. Escolha uma atividade que você está utilizando com os homens.
Essa atividade foca o coração ou o comportamento deles? Como
você a ajustaria para focar mais o discipulado?
r
4. Você acha que a sua igreja possui um ambiente atraente aos
homens?7Há igrejas com ambientes em que os homens, principalmente
os não cristãos, sentem- se desconfortáveis. A sua igreja é uma delas? >
5. Como você podería melhorar o ambiente de sua igreja sem que as
mulheres se sentissem desconfortáveis? Recicle as suas idéias usando a
lista fornecida próxima ao final deste capítulo.

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...

• pedindo a Deus que os ajude a aplicar os recursos de seu ministério


de modo a discipular os homens em um verdadeiro relacionamento
com ele
• para que os homens de sua igreja e sua equipe de liderança vivam
um superabundante relacionamento com Deus
• para que Deus os auxilie a fornecer um ambiente acolhedor e
atraente aos homens
• para que Deus continue a ajudar sua equipe de liderança a crescer
em intimidade como verdadeiros irmãos, devotados a discipular
homens de dentro para fora

93
6
AS TRÊS DOBRAS
DA LIDERANÇA

8/7/ Bright, fundador da Cruzada para Cristo, gostava de afirmar:


“Tudo se resume à liderança”. Acreditamos nestas palavras.
Nossas experiências com igrejas que estão discipulando homens
as atestam. O ministério com homens de sua igreja será o reflexo
dos líderes que Deus levantar no meio dela. Este capítulo o
auxiliará a reunir e treinar os seus líderes a fim de manter um
vibrante ministério envolvendo os homens de sua igreja

S e v o c ê visitar qualquer site d e livraria na Internet e consultar


a palavra “ liderança” , encontrará m ilhares d e livros disponíveis s o ­
bre o assunto. Por qu e há tal abundância? Talvez seja p orqu e nin­
gu ém p arece cap az d e exercê-la corretam en te, entáo, continuam
c o m p ra n d o m ais livros sob re o a s s u n to .v;

É p ossível qu e a o ir a livraria v o c ê n ão e n c o n tre e ss e livro


na prateleira d estin ada as obras s o b re “ lid era n ça” , m as n ão se
en gan e: Lid era n ça é o a lic e rce para um m in istério fo rm a d o r de
discípu los eficaz. S e m liderança eficien te, n ão há m u d a n ça dura­
doura" S e m líderes c o m p ro m is s a d o s e en volvid os, tu d o d e s m o ­
rona. A liderança an tecipa, fo c a , organiza, co m u n ica , encoraja,
equipa, p ersevera e celebra, ü m m in istério e d ifica d o s o b re outro
fu n d a m en to n ão funciona.
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

ALICERCES PARA 0 MINISTÉRIO COM HOMENS


QUE NÃO FUNCIONAM
A lgu n s líderes se esfo rça m para edificar seus m inistérios c o m
h o m en s b a s ea d o s na e m o ç ã o . Ler as estatísticas apresen tadas no
início desta obra p o d e incentivar um líder a desejar fazer diferen ­
ça! P orém , a e m o ç ã o n ão é o m e s m o qu e fé, pois ela só leva a
d esa p o n ta m en to s e, no m inistério c o m h om en s, essa experiência
d esagrad ável n ão d em o ra a ocorrer. A lé m disso, o s rapazes p o d e m
ser leva d os pela paixão qu an d o a m e n s a g e m n ão é expressa de
m aneira saudável. O c o m p o rta m e n to p o d e se tornar, no m ínim o,
estranho, e n in gu ém deseja seguir a lg o assim.

A lgu m a s igrejas ten tam d esen volver seus m inistérios c o m


base na o b riga çã o . Elas d es co b re m alguns h o m en s c o m b oa ex­
p ressão verbal qu e c o m p a re c e m e m to d as as atividades e, então,
c o n v e n c e -o s d e qu e o m inistério c o m h o m en s é extrem am en te im ­
portante. N e ss e cenário, o sen tim en to d e culpa en con tra am bien te
p rop ício para d esem p en h a r b em o seu papel. A p en a s lem bre aos
líderes e m poten cial qu e D eus ch a m a a to d o s para servir a o Reino
e qu e v o c ê sab e o n d e eles p o d e m servi-lo. O plano para o s h om en s
d e sua igreja e com u n id a d e é sim ples: Eles ap en as p recisam en ten ­
der o qu e a Bíblia diz e, então, o b e d ec ê-la ! Vá a igreja regu larm en ­
te, c o m p a re ç a a o s even to s destinados ao s h om en s, auxilie nos dias
d e serviço e ed u qu e o s seus filhos.

96
As TR Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

Por mais absurdo qu e possa parecer, m uitos ministérios c o m


hom ens são construídos c o m base e m um h o m em m uito zeloso qu e
quer m andar e m to d o s ao redor. S e v o c ê é assim, por favor, pare!

UMA PALAVRA DE CAUTELA


Q u an to te m p o é n ecessário para os líderes im p lem en ta rem
um m inistério b em -s u c e d id o c o m h om en s? Clm lo n g o tem p o .
M esm o o G o o g le , reco n h ecid a m en te um a das m ais fulm inantes
histórias d e su cesso n o m u n d o cprporativo, levou cerca d e quatro
anos para apenas ficar on-line. D e fato, não há atalhos. M e s m o um
“atalh o” requer an os para ser desenvolvido?/

Pesquisas estim am qu e cerca d e dois terço s d e to d o s o s p ro ­


gram as introduzidos falham . Por qu e isso a c o n te ce ? Aqui estão al­
gu m as razões:

• O s líderes p en sam qu e p o d e m acelerá-los

• Eles n ão con sid era m o te m p o requ erido

• Eles su bestim am o te m p o d e fo rm a ç ã o d e um discípulo

• Eles subestimam o tem p o de desenvolvimento de um program a

• Eles subestimam a resistência para mudar o que encontraram

• Eles n ão estão equ ip ad os

• Eles não se ap rim oram p orqu e pensam : Isso uai ser fácil
O que pode dar errado?

Cada vez que um ministério c o m hom ens fracassa, é c o m o


uma pequena inoculação. Sem elhante à vacina contra a gripe
que im pede o vírus de sobreviver e m seu corpo, a igreja torna-se
mais e mais resistente a um ministério c o m hom ens sustentável.
O próxim o líder que desejar desenvolver esse ministério na igreja
enfrentará resistências e dificuldades cada vez maiores. A pós
três ou quatro tentativas m alogradas, o sistema de imunidade
da igreja estará plenam ente desenvolvido e impenetrável. O

97
H o m en s ... A lém do c h u rra sc o e fu teb o l

ministério c o m h om en s ganha a péssim a reputação de “perda

1
de te m p o ” . O pastor, então, sentencia: “ Esse ministério jam ais
dará certo aqui” . N a verdade, daria certo, m as um a disposição
mental contrária é quase impossível de ser transformada.

Pesquisas p a re ce m indicar qu e a n ão ser qu e o líder d e v o ­


te, p elo m en os, cin c o - e mais provavelm ente, d ez - an os a um a
iniciativa, o su cesso é im provável.1Portanto, se v o c ê não pretende
d ed icar d ez ou m ais an os no d esen vo lvim en to d e um p rogram a
destin ad o a o s h om en s, então, é m elh or para o s h o m en s cristãos
q u e v o c ê n em c o m e c e T O s tem p o s atuais são sérios e requ erem
líderes igu alm en te sérios, d eterm in ados a d evotar sérios esfo rço s
durante um lo n g o períod o.

S e v o c ê está p ron to para a lo n ga jorn ada, aqui está o tipo de


estrutura d e liderança q u e v o c ê deveria considerar.
AS TRÊS DOBRAS DA LIDERANÇA
S a lo m ã o e s c re v e u : O cordão de três dobras não se rom ­
p e tão fa cilm e n te (E c 4 .1 2 ). O seu m in istério c o m h o m e n s n e ­
cessitará d e três d o b ra s d e lid era n ça para a lc a n ç a r to d o o seu
p o ten c ia l: (1 ) o p a sto r sên ior; (2 ) u m líder a p a ix o n a d o p e lo dis-
c ip u la d o d e h o m e n s , - esta p recisa ser a sua área p rim ord ial de
atu a çã o ; (3 ) um a e q u ip e d e líd eres para a p o iá -lo . E p re c is o um
in v e s tim e n to a d e q u a d o e m cad a u m d e s s e s n íveis para o b ter
u m a b a s e equ ilib ra d a .
A GRANDE IDEIA
Você pode estar pensando: Mas,
As três dobras da agora apenas eu e o pastor é que car­
liderança para o regamos tudo nas costas. Eu não te­
nho uma equipe de liderança ou Nós
seu ministério são
temos uma grande equipe e um líder
o pastor sênior, um entusiasm ado , porém nosso pastor
líder principal e uma não dá a devida im portância ao
equipe de liderança discipulado. Ou ainda, Nosso pastor

98
As TR Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

nos dá total apoio, mas nenhum hom em demonstra interesse real.


Nós trabalhamos p or consenso.
Tentar construir um m inistério c o m h o m en s sem essas três
dobras da liderança é c o m o dirigir c o m um a vela a m en os n o m o ­
tor. O carro ainda será capaz de andar, m as n ão c o m o poderia. O
m otor irá en g a s ga r e ratear, sem a potên cia qu e poderia ter c o m
Iod os o s cilindros funcionando.

DOBRA DA LIDERANÇA N° 1:
0 ENVOLVIMENTO ENTUSIASMADO DO PASTOR SÊNIOR
T om é um líder le ig o e m sua igreja, ü m b em -su ced id o h o ­
m em d e n eg ó c io s, T om era um c o m p e te n te organ izad or e influen-
ciador. Felizm ente para a sua igreja, ele ta m b ém tinha um c o ra ç ã o
d evotad o a p eq u en os grupos.

Durante a n os a fio, T om trabalhou, c o m a b ên ç ã o e o a p o io


público d e seu pastor sênior, na ed ifica çã o d o m inistério d e p e q u e ­
nos gru pos e m sua igreja. Ele orou, recrutou líderes d e grupos,
supervisionou o treinam ento, organizou o currículo, a con selh ou e
dedicou -se d e to d o o coração . A p ó s sete anos, lo gro u d esen volver
o ministério d e p eq u e n o s gru pos e m sua igreja, en vo lven d o cerca
de c e m adultos sem an alm en te.

Quando o pastor “se contamina”


Então, seu pastor “ se con ta m in o u ” c o m o “vírus” d o p eq u e n o
■|i upo. R epen tinam en te, ele notou qu ã o eficien te o s p eq u e n o s gru ­
pos p od iam ser n o d esen volvim en to espiritual d e sua c o n g re g a ç ã o .

Certa prim avera, então, c o m o c on selh o e o a p o io d o s presbí-


leros e d o próprio Tom , o pastor deu início a um a série d e serm ões
•.obre c om u n h ã o e p eq u e n o s gru pos. Durante um p e río d o d e sete
m eses, ele com u n ico u à c o n g r e g a ç ã o a im portância d os relacion a­
m en tos interpessoais. Ele decidiu can celar suas atividades norm ais
.is quartas-feiras, à noite, substituindo-as c o m um even to d esign a ­
d o “gru po noturno no lar” .

99
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

N a q u e le o u to n o , na p rim eira qu arta-feira da n ova iniciati­


va, c e rc a d e s e te c e n to s ad u ltos p articip ara m d o s d ive rs o s p e ­
q u e n o s gru p o s.

T om esfo rço u -se durante sete an os para d esen volver um m i­


nistério d e gru p os p eq u en os, en vo lven d o c e m p essoas. Então, o
pastor sênior estab eleceu um a data inicial, p reg o u alguns serm ões,
reorgan izou a agen d a, e uoilá, setecen tas p esso a s participaram
das prim eiras reuniões. Este fato evid en cia c o m o o envolvim en to
efetivo d o pastor é im portante.

N o final das contas, seu pastor é qu em determ inará o n d e


serão investidos os principais recursos intelectuais, financeiros
e espirituais da igreja. S e o pastor sênior estiver envolvido
e m um p rogram a ou iniciativa, haverá um orçam en to, ap oio
logístico e esp a ç o físico qu ando for necessário, b em c o m o
am pla divulgação.

A p o io não significa envolvim ento. N ossa pesquisa sugere


qu e o ap oio d o pastor a qualquer ministério é positivo, p orém
o seu envolvim en to efetivo é m uito melhor. S e o seu pastor
assumir um interesse pessoal no p rocesso e na saúde de seu
ministério d e discipulado, então, as chan ces d e êxito aum entam
consideravelm ente.

Esta qu estã o é um d os m aiores m o tivo s d e re cla m a ç õ es que


o u vim o s de líderes en volvid os no m inistério c o m h om en s. Há rela­
tos c o m o : “M eu pastor n ão nos a p o ia ” ; “O pastor jam ais c o m p a re ­
c e a n ossos e ve n to s ” ou “ R aram en te as atividades d o m inistério de
h o m en s são divulgadas d o púlpito” .

Isso é pura ironia, p orqu e to d o pastor d eseja q u e seus m e m ­


bros se torn em verd ad eiros discípulos. C on tu do, m u itos pastores já
se vacinaram contra o m inistério c o m h om en s. N o passado, eles o
apoiaram , d efen d era m e investiram seu te m p o e sua energia criati­
va. Porém , não h ou ve um a contrapartida d os h o m en s envolvidos e,
c o n seq u en tem en te, m uitas tentativas n ão d eram certo.

100
As T R Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

- ) Portanto, se v o c ê fosse pastor e, pela quarta vez e m o ito anos,


algum entu siasm ado (ou talvez in gên u o) m e m b ro d e sua igreja lhe
dissesse: “ Pastor! T ive um a gran de ideia! N ó s d everiam os c o m e ç a r
um m inistério c o m h o m e n s !” , o qu e v o c ê faria? D ecerto, v o c ê daria
um sorriso, balançaria afirm ativam ente a sua c a b eç a e lhe desejaria
sucesso. Então, ap enas esperaria.
r ^
Isto n ão é cinism o, s o m en te realidade. Pastores são resp o n ­
sáveis p or to d o s o s m em b ros, cad a qual d eseja n d o a a ten çã o m á ­
xima d o pastor para as suas atividades e n ecessidades. ->•>

Trazendo o pastor a bordo


A ssim , se o seu p astor n ão pular a b o rd o no princípio, tu do
bem . S eja p acien te e persevere. T a m b ém existem algu m a s m a ­
neiras d e auxiliar o seu pastor a ab raçar o m in istério c o m h o m en s
mais rapid am en te. >>

• Ore p or e com o seu pastor. Aqui vai um a ideia: Reúna os


hom ens nas m anhãs d e d o m in g o , antes d o culto e tenha um te m ­
po d e o ra ç ã o por seu pastor. Faça p ed id o s esp ec ífico s e não faça
isso apenas c o m o m o tivo d e tê-lo a b ord o e m seu ministério.

• Apoie o seu pastor. A liderança d o m inistério c o m h o m en s


precisa go za r da repu tação d e apoiar in tegralm en te o pastor. Por
exem plo, descu bra a área d e m inistério na qual o c o ra ç ã o d e seu
pastor está e cam in h e c o m ele para torná-lo ainda m ais eficaz.

• Mantenha seu pastor sempre informado. Jam ais perm ita


que seu pastor seja surpreendido p elo qu e está o co rren d o e m seu
ministério na igreja. Por exem plo, sem p re o c o p ie nos e-m ails c o m
o resu m o das reuniões e lhe envie histórias d e vidas transform adas.

• Inclua o seu pastor. C o n vid e -o a to d o s o s even tos d e seu


ministério, p o rém inclua-o da m aneira qu e ele d eseja ser incluído.?
lálvez ele não queira abrir ou encerrar o even to c o m um a oração.
Apenas perm ita qu e ele seja um d os participantes.

• Am e o seu pastor. D escubra m e io s tangíveis p or in term é­


dio d os quais o s líderes d e seu m inistério p ossam expressar ao

101
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

pastor tod a a a p recia çã o deles. Por exem p lo, esta b eleça um gru po
d e h o m en s qu e p o s s a m cuidar da gra m a da casa pastoral p or seis
sem a n as durante o verão, d e m o d o qu e o pastor tenha te m p o livre
para desfrutar das férias e d e um m e re cid o refrigério.

ü m p asto r q u e é le m b ra d o e m o ra ç ã o , a p o ia d o , in fo rm a ­
d o, in clu íd o e a m a d o d e m o d o ta n g íve l p o r seu s h o m e n s te n d e ­
rá a estar m u ito m a is e n v o lv id o e m seu s e s fo r ç o s para c re s c e r e
estar m a is p e rto d e C risto. D e fato, tal p a s to r d es eja rá participar
a tiva m e n te para q u e seu m in istério flo re s ç a , tra ze n d o c o n s ig o
re cu rs o s d a igreja para atin gir e s s e o b je tiv o . S erá ó tim o para
o s h o m e n s e, ig u a lm e n te , para o p a s to r (vá a o a p ê n d ic e A qu e
a p re se n ta m ais 25 m a n eira s d e e s ta b e le c e r u m a c o n e x ã o c o m
o seu p a sto r).

DOBRA DA LIDERANÇA N° 2: UM LÍDER APAIXONADO


ü m m inistério d e h o m en s eficaz n ecessita d e um líder c o m
um c o ra ç ã o ardente p elo s h o m en s d e sua igreja e com u n idade.
A lg u é m precisa acord ar pela manhã, p en san d o: “ C o m o p o s s o aju­
dar o s h o m en s d e m inha igreja a crescer na fé?"

Ele precisa ser a lg u ém p a g o para isso? Claro qu e não. Mas


p od eria ser? C ertam ente. Seria m uito b o m se a sua igreja dispu­
sesse d e recu rsos para pagar um m inistro a fim d e qu e d edicasse
gran de parte d e seu te m p o ao m inistério c o m h om en s. S e for o
pastor sênior, m elh or ainda, p orém na m aioria das igrejas o líder do
m inistério d e h o m en s será um leigo.

Q u e outras q u alifica ções deveriam estar p resen tes no líder do


m inistério c o m h o m en s? Em p o u co s m inutos, v o c ê seria capaz de
elaborar um a lista saudável, p orém c o m b ase e m nossa experiên­
cia, ap resen ta m o s o s três atributos m ais im portantes:"'

Primeiro, ele deve ser um hom em que am a a Deus. O líder


d o m inistério c o m h o m en s deveria ser ele m e s m o um m o d e lo do
qu e ele esp era q u e seus liderados se torn em : um discípulo (s e ­
gu id or) d e Jesu s Cristo. Ele d eve estar c res c en d o espiritualm ente,

102
A S T R Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

investir te m p o regular no estu d o da Palavra e ser capaz de c o n fo r­


tavelm ente falar d e sua fé c o m outros hom en s.

Ele n ão precisa ser um perito na Bíblia ou um gran de p re­


ga d or ou professor. Este é o trabalho d o pastor. E m bora tal líder
necessite alim entar-se nas Escrituras regularm ente, ele não precisa
estudar o N o v o Testam en to, n o g r e g o original, p or exem plo.

Segundo, ele deve ter um coração ardendo pelos homens.


O s líderes qu e atuam e m sua igreja p ossu em diferentes p aixões e
cham ados. O líder d o m inistério c o m h om en s, e m esp ecífico, d eve
possuir um a paixão e m alcançar e discipular h om en s. E esta p reci­
sa ser a sua área d e atu ação principal na igreja.

Terceiro, ele deve ter o conjunto certo de dons para liderar


outros líderes. C o m o distinguir? Procu re p or um h o m e m qu e p o s ­
sua o respeito d os dem ais. Isso não significa n ecessariam en te qu e
d e precisa ser b e m c o n h e c id o ou popular. C on tu do, francam ente,
há m uitos líderes p or aí qu e se “ a u to e le g e ra m ” . Eles têm a pai­
xão, p orém n ão o s d on s corretos. Tenha cu id ad o d e m o d o a não
prom over a lgu ém para exercer um a fu n ção além d e seu nível de
com petên cia, apenas c o m o um a re co m p e n s a p or seu fiel serviço.
N ão rem ova um h o m e m de um a fu n ção e m qu e ele d esem p en h a
eficien tem en te para c o lo c á -lo e m um a nova p o s iç ã o o n d e n ão será
lao eficaz.V?

DOBRA DE LIDERANÇA N° 3:
UMA EQUIPE DE LIDERANÇA COMPROMETIDA
A o re d o r d o líder d everá h aver h o m e n s c o m p r o m is s a d o s
qu e c o m p a rtilh e m m u ito s atrib u tos d o p ró p rio líder. A altura d e
•.eu m in istério c o m h o m e n s será d eterm in a d a p ela p ro fu n d id a d e
d e sua lid eran ça. >?

Refletindo sobre os homens que você deseja alcançar


O seu m inistério se tornará p arecid o c o m a sua equ ip e de
liderança. Em outras palavras, a sua equ ip e d e liderança deveria

103
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

Cr
p arecer c o m o s h o m en s que v o c ê está ten tan d o alcançar. S e v o c ê
alm eja atingir h o m en s d e todas as idades, a sua equ ip e d e líderes
d eve possuir líderes d e diferentes gerações?^Se deseja alcançar h o ­
m en s d e diferentes etnias e culturas, a sua equ ip e d eve ser etnica-
m en te diversificada.

^ C a d a m e m b ro d e sua equ i­
P ergu n ta & R espo sta p e n ão precisa possuir o m e s m o
nível d e au toridade e respon sabi­
A q u i está u m a p e r g u n t a r a d ic a l :
lidade espiritual. Algun s podem
D e v e r ía m o s ter n ã o - c r is t ã o s em
NOSSA EQUIPE DE LIDERANÇA? d esem p en h ar m ais um papel de
im p lem en ta çã o en qu an to você
Você deve pensar que
esta é uma questão tola. atua c o m o m en tor deles rum o à
Obviamente, você não liderança. Assim , se quer alcançar
irá pedir a esse homem h o m en s d e vários níveis de maturi­
que exerça uma função
de liderança espiritual, d a d e espiritual, talvez, igualm ente,
porém, há melhor lugar deva con vidar alguns h o m en s e m
para alguém buscando diferentes estágio s da jorn ada e s ­
a Cristo do que estar
cercado de cristãos que piritual para c o m p o r a sua e q u ip e . »
possuam uma paixão
pelo discipulado? Alguém E ncoraje cada líder a viver sua
sincero que busque a vida de m o d o qu e o s dem ais h o ­
Cristo em contato com seu m ens possam testemunhar que ele
time de liderança pode
ajudá-lo a compreender realm ente tem convivido c o m Jesus
a perspectiva dos homens (At 4.13).rrC o m o equipe, incentive-
que seus líderes estão -os a se tornarem em relação uns
tentando alcançar.
aos outros o que eles desejam que
a igreja se torne?'isso criará um m o ­
d elo tão atraente que outros hom ens desejarão fazer parte desse m i­
nistério. C o m o T om Skinner, falecido evangelista, frequen tem en te
afirmava: “ D e ve m o s nos tornar aqui na terra a d em on stração viva do
qu e a co n tece no céu, de m o d o qu e sem p re qu an do algu ém desejar
saber o qu e oco rre no céu, ele apenas precise olhar para n ós” .

Envolvendo outros e permanecendo disposto


'' Por fim, n ão transform e a sua equ ip e d e lid era n ça e m um
“ g ru p o d e o p e r a ç õ e s ” 'o u u m c o m itê d e e ve n to s.lC ) seu tim e d e

104
A S T R Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

líderes d eve ser um gru p o d e o ra ç ã o e p lan ejam en to estratégico,


não d e “trabalhadores braçais” . S e v o c ê está planejando um chur­
rasco c o m h om en s, então, o líder responsável pela c o m id a não
deveria decidir sob re o cardápio, elaborar um a lista d e com p ra s,
providenciar as gu loseim as, fazer a com id a e lavar os pratos. A o
contrário, esta é um a excelen te oportu n id ad e d e recrutar h o m en s
para executar essas tarefas diversas de m o d o qu e eles ta m b é m
p ossam capturar a visão da liderançaTYrazer refrigerantes ta m b é m
contribui para a ed ifica çã o d o Reino, p o rém a m aioria d os h o m en s
não reco n h ecerá isso a n ão ser qu e um líder lhes m ostre c o m o
a con tribu ição d eles alcan ça o s h o m en s c o m o e va n g elh o (n o v a ­
m ente, isso é dissem inar a visão).

r N ã o p o d e m o s reiterar esse p on to tã o en faticam ente. S e a sua


equipe d e liderança está fazen d o to d o o trabalho, v o c ê p o d e d e ­
bandar a g o ra ou esperar alguns an os para qu e o m inistério d es m o -
rone^Talvez d ecid a seguir e m frente e realizar um ca fé da m anhã
aos sá b ad os p orqu e o seu m inistério c o m h o m en s não sobrevive
a não ser q u e v o c ê esteja con sta n tem en te expan din do o círculo de
h om en s qu e acred item na visão.

I
rRecrutar é um a tarefa árdua. Em geral, é m ais fácil
fazer tu do sozinho. N Ã O ! N Ã O ! N Ã O ! S e v o c ê deseja que
seu ministério perdure, d elegu e o trabalho d o ministério aos
h om en s qu e possam ser futuros líderes.->7

^ H á um a pergunta q u e n orm alm en te nos é feita: “ Q uan tos


h om en s d ev em c o m p o r a m inha equ ip e d e liderança?” V o cê p od e
ser ten tado a pensar e m term o s d e poten ciais áreas d e respon sabi­
lidade, c o m o um c o o rd e n a d o r d e p eq u en os gru pos, um c o o rd e n a ­
dor d e gra n d es eventos, outro para retiros, b em c o m o sem inários
e assim por diante. S o a b em organizado, não? N o entanto, essa
a b o rd a ge m é perigosa. V”7

C o m frequência, o s líderes nos revelam qu e se sen tem exauri­


dos. N ã o d em o ra m uito te m p o para d escobrir que eles estão envol­
vidos nas reuniões dos pequen os grupos, na organização d o próximo

105
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

retiro, n o fu tebol a o s sábados, ten tando con seg u ir um ônibus para


o m inistério e na o rga n iza ç ã o d e um eve n to d e gra n d e repercus­
são, e assim por diante. Por quê? Porqu e p en sam qu e é assim que
um m inistério c o m h o m en s “ d ev e ” atuar.

Isso traz à tona dois problem as: Prim eiro, eles estão se c o n ­
su m in d o além da conta. S egu n d o, n in gu ém m ais quer unir-se à
equ ip e d e liderança p orq u e são testem u n h as d e qu anto trabalho
isso lhes acarretará.

O conceito “O tamanho de nosso ministério determina


o tam anho de nossa equipe de liderança” é perigoso. Em vez
disso, considere da seguinte forma: “O tam anho d e nossa equipe
de liderança determina o tamanho de nosso ministério” . Deus
tem colocad o certos hom ens em nossa igreja c o m o desejo de
alcançar e discipular homens. Porém, para a maioria deles esse
não é um cham ado vago, mas específico. Alguns têm o coração
nos pequenos grupos, outros no futebol e outros nos grupos de
oração. O seu ministério deve fluir das paixões d e sua equipe de
liderança. S e não há alguém em seu tim e apaixonado por retiros,
então, não os program e? Acredite ou não, “Você deve levar seus
hom ens para o retiro no deserto” não é um versículo bíblico!

^ O s h o m en s qu e D eus tem lhe c o n c e d id o n ão são p eças para


cum prir as tarefas fixadas e m seu plano estratégico. Eles são coolí-
deres. Suas p aixões são dicas m aravilhosas d o papel qu e D eus tem
reservad o a v o c ê na vida deles. S e v o c ê perm itir-lhes seguir seus
resp ectivos ch a m ad os, eles estarão m ais en gajad o s, o seu m inisté­
rio será m ais efetivo e, acim a de tudo, m ais líderes serã o atraíd os.^
O seu m inistério crescerá naturalm ente e n o te m p o d e Deus.

COMO RECRUTAR LÍDERES


Recrutar líderes é um p rocesso. Aqui vai um a b oa m an ei­
ra d e lem brar o q u e a c o n te ce n os relacion am en tos: E ncontro-
R elacion am en to-C on fian ça-Tarefa. C o m o funciona?

106
As TR Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

Encontro
^Valorize o s líderes m arcan do um encontro. A primeira vez que
vim os nossas futuras esposas, nós (ou a grande m aioria) não ca m i­
nham os e m direção a elas e perguntam os: “Q uer se casar c o m ig o ? "
A o invés disso, con vid a m os para um encontro. N ã o identifique um
potencial líder e, im ediatam ente, o con vide para unir-se ao seu gru po
de liderança, m as con vid e-o a um encon tro informal. Y )

^ “Olá, John. Eu gostaria d e ouvir o qu e v o c ê acha sob re o n o s ­


so m inistério c o m h om en s. Seria possível nos en con tra rm os para
um ca fé qu alquer dia d esses?” O valor para ele é qu e v o c ê pediu
sua opinião. S e ele realm en te for um líder e m potencial, ficará c o n ­
tente por se encontrar c o m v o c ê . ??

Relacionamento
^D urante os encontros, c o m e c e desen volven do um relaciona­
m ento. Conte-lhe sobre o seu envolvim ento e por qu e o ministério é
importante para você. Preste aten ção para detectar a área e m qu e o
coração dele bate mais forte. Contudo, não lhe peça para c o m p ro ­
meter-se a nada! Fique satisfeito apenas e m tornar-se seu am igo, y)

Confiança
A p ó s com partilhar sua paixão p elo m inistério c o m h om en s,
esteja pronto para o próxim o passo'.1S e ele dem on strar indiferença,
pergunte-lhe c o m o v o c ê p o d e orar por ele.^Se for m uito o cu p a d o
para envolver-se, o fe re ça -se para orar por ele e p eça-lh e para orar
por v o c ê e p elo s d e m a is .^ e estiver in teressado e m ir m ais fundo,
incentive-o a participar da próxim a reunião d e líderes c o m o con vi­
dado. Ele p o d e sentar c o m v o c ê s e ouvir o qu e está ac o n te ce n d o .
Então, p o d e m arcar um n o vo en co n tro e falar sob re a reu n ião.'))

A o o ferecer-lh e um p róxim o p asso qu e esteja d e a c o rd o c o m


o nível d e interesse e disponibilidade dele, v o c ê estará expressando
qu e seu interesse é ajudá-lo a cum prir a m issão d e D eus para a sua
vida. Então, a con fian ça c o m e ç a rá a florescer.

107
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

Tarefa
A con fian ça é a ch ave para realm en te fazerem a lg o e m c o n ­
junto. “l i m a vez q u e ele d em on stre um c rescen te interesse, então,
v o c ê p od erá o ferecer-lh e um a tarefa - seja p ed in d o-lh e para orar
ou para explorar o seu en volvim en to. N ã o acelere esse p ro cesso ou
afugen tará o s líderes e m potencial. T7

DOBRE 0 TAMANHO DE SUA EQUIPE DE LIDERANÇA...'1'


S e há um a recla m a çã o a respeito d os líderes, é esta: eles são
escassos. Então, aqui está um m e io fácil d e dobrar o tam an h o de
sua equ ip e d e liderança:

D ig a m o s q u e v o c ê tenha e m sua e q u ip e qu atro h o m en s


c o m p ro m e tid o s . E stab eleça um a c o rd o c o m eles para q u e cada
um traga um visitante para o c a fé da m an h ã ou a lm o ç o a cada
m ê s e com p a rtilh e p or q u e o d iscip u lad o d e h o m en s é im portante
para v o c ê . ü s e o seu discurso de elevador (veja o cap ítu lo 8, p.
145.) S ig a e ss e p ro c e s s o durante um ano. S u p o n d o q u e cad a um
falte um m ê s ou outro, então, v o c ê terá c o n v e rs a d o c o m , p elo
m e n o s , qu aren ta h om en s.

A sua paixão n ão significará gra n d e coisa para m uitos d esses


h om en s. O utros ficarão felizes p or v o c ê , m as estarão ocu p a d os
d em a is para se envolver. Porém , se ap enas dois d e cada dez h o ­
m en s expressarem interesse e m ouvir m ais (o qu e significa oito de
quarenta h o m en s ) e m eta d e deles decidir envolver-se no m inisté­
rio, en tão v o c ê terá d ob ra d o o ta m an h o d e sua equ ip e e m apenas
um ano!

...OU REDUZA A SUA EQUIPE DE LIDERANÇA PELA METADE


Construir um a equ ip e d e liderança é um a tarefa árdua, p o ­
rém dividi-la é m uito fácil. S e o seu m inistério estiver discipulando
h o m en s d e m o d o efetivo, a sua equ ip e d e liderança será alvo d os
ataqu es d o in im igo. Eis p or qu e é tã o im portante qu e cad a m e m ­
bro d e seu tim e p ossa contar c o m o a p o io d e outros h o m en s que

108
A S T R Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

tem em a Deus. T o d o h o m e m precisa d e a lg u ém qu e seja cap az d e


encará-lo e dizer-lhe qu an d o a lg o não p a rece certo.

Igualm ente; viver e m m e io a um m u n d o d ec a íd o significa qu e


os líderes p o d e m ser retirados no m e io d o jo g o por even tos qu e e s ­
tão além d o con trole d eles/ E n ferm id ad es na família, transferência
de e m p r e g o ou outras circunstâncias p o d e m im pedir um h o m e m
de prosseguir e m sua equ ip e d e líderes.

Contudo, o m eio mais rápido de reduzir a sua equipe pela m e ­


tade é este: Procure transformar um h o m em e m um líder melhor. E
um erro tentar rem over as partes negativas de um h o m em de m o d o
<i deixar apenas a boa parte. Raram ente funciona desse jeito.

N o s s o am igo , Dennis Puleo, tem sido um em presário e c o n ­


sultor b em -s u c e d id o por m ais d e vinte anos. Ele ta m b ém é um
m otivador extraordinário, trabalhando c o m líderes por m e io d o
ministério Man in the Mirror (H o m e m no esp elh o). Mo C en tro de
Ireinam ento d e Liderança, ele, c o m frequência, afirma: “O s líderes
precisam ser cultivados” . Esse term o p erten ce à agricultura. V ocê
cultiva um a colheita e sc o lh e n d o as m elh ores sem en tes, preparan­
do o solo, fertilizando-o e re g a n d o -o regularm ente. Então, na hora
certa v o c ê faz a colh eita .T 7

<f Os líderes precisam ser polidos, não esculpidos. O p oli­


m ento resulta d o en co raja m en to e n ão d e críticas, da afirm ação e
não da correçã o . Certifique-se d e qu e o s seus líderes ten h am abun­
dantes oportu n id ad es de se exp o rem a o am or d e Cristo. S e v o c ê
deseja um líder melhor, aju de-o a se tornar um discípulo melhor.

Inúm eras vezes, d e a c o rd o c o m Dennis, seus c o le g a s de


n eg ó cio s p ed em -lh e para ir e “ in cen diar” o c o ra ç ã o das pessoas.
“ Eles en ten d eram tu do e rra d o ” , afirma. “A ideia é encontrar p e s s o ­
as qu e já estão e m ch a m as e, então, c o lo c a r um p o u c o d e c o m ­
bustível nelas.”

0 GRANDE CHAMADO DA LIDERANÇA


Fazer parte d e um a equ ip e d e h o m en s qu e d eseja discipular
outros h o m en s é um gran de ch a m ad o. Mossa o ra ç ã o é qu e Deus

109
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

use a sua equ ip e para levantar cen ten as ou m e s m o m ilhares d e h o ­


m en s qu e p ossam ser valorosos gu erreiros para o R eino d e Cristo.

R esum indo, o s três alicerces d e um m inistério form a d o r de


discípu los sustentável e m sua igreja são:

• um a filosofia d e m inistério q u e afirm e o discipu lado c o m o


portal prioritário;

• um a m b ien te q u e com u n iqu e o c ó d ig o m asculino a d eq u a ­


d o a o s h om en s;

• um a estratégia d e liderança fo c a d a nas três dobras, ou seja,


o seu pastor, o líder e sua eq u ip e d e liderança.

A o e s ta b e le c e r o s a licerces d e seu m inistério, o p róxim o


p a sso será definir o p ro c e s s o n o qual v o c ê qu er en gajar o s h o ­
m ens. N o cap ítu lo segu in te, d eta lh a rem o s c o m o isso fu n cion a e
m o s tra re m o s q u e ativid ad es na igreja p o d e m ajudar o s h o m en s
n essa jo r n a d a .v
A S T R Ê S D O B R A S D A L ID E R A N Ç A

L em bre-se d is t o :

•Cada vez que um ministério com homens fracassa é como uma


pequena inoculação. A sua igreja desenvolverá uma resistência crescente
ao ministério com homens cada vez mais difícil de ser superada.
• "Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” As três
dobras da liderança necessárias ao seu ministério são: o envolvimento
entusiasmado do pastor sênior, um líder com o coração ardente e
uma equipe de liderança comprometida.
• O apoio implícito do pastor não significará muita coisa, seu suporte
ativo é bom, porém seu envolvimento entusiasmado é ainda melhor.
• O líder do ministério de homens deve ter o coração voltado para
Deus e para os homens, bem como possuir os dons necessários para
liderar outros líderes.
• A altura de seu ministério com homens será determinada pela
profundidade de sua liderança.
• Os homens que constituem a sua equipe de liderança deveríam
ser uns para com os outros o que desejam que os demais homens da
igreja se tornem.
• Os líderes precisam ser polidos e não esculpidos. Eles não necessitam
de alguém que os “incendeie", pois já possuem a chama em
seus corações. Apenas descubra um meio de jogar um pouco de
combustível neles e, então, saia da frente!
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

F a le s o b r e is t o :

1. Como foram as antigas experiências do ministério com homens em


sua igreja? Quando você diz “ministério com homens”, que impressão
isso dá às pessoas que não estão envolvidas? Como pode uma boa
liderança ajudá-lo a superar ou fortalecer essa impressão?
2. O seu pastor acredita que os homens de sua igreja —ou, pelo menos,
os líderes de homens —o apoiam e o amam? O que você estaria
disposto a fazer para demonstrar ao seu pastor que o apoia totalmente?
3. Sente-se um pouco desanimado com o ministério com homens?
Começou a perceber o mesmo sentimento nos demais líderes ou até
já perdeu alguns? Por que acha isso? O que pode fazer a respeito?
4. Separe alguns minutos e faça uma lista com os nomes dos homens
atualmente envolvidos em sua equipe de liderança. Escreva uma ou
duas coisas pelas quais cada um de vocês é apaixonado. Em oração,
considere se são esses os itens que Deus deseja que o seu ministério
com homens foque agora.
5. No capítulo 12, você desenvolverá um plano para recrutar novos
líderes. Passe alguns minutos em reflexão e, então, faça uma lista de
homens com os quais gostaria de estabelecer uma conexão.

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos, como equipe de liderança...

• para que o seu pastor não apenas apoie o seu ministério, mas se
envolva pessoalmente
• pedindo a Deus que abençoe os esforços de seu pastor para
alcançar homens
• para que Deus levante um homem, se é que ele já não o fez, que
esteja compromissado de coração a conceder a cada homem de
sua igreja a oportunidade de tornar-se um discípulo de Jesus Cristo
• para que Deus ajude cada membro de sua equipe de liderança a
discernir o papel para o qual ele os chamou naquele ministério
7
U m m in is t é r io a b r a n g e n t e
COM HOMENS

tp.
Se há cem homens em sua igreja, qual o tamanho de seu
ministério? Algumas vezes, nossas presunções e paradigmas
nos impedem de ver o todo. Certamente, isso se aplica ao
ministério com homens^Este capítulo abordará alguns de
nossos paradigmas mais comuns, ajudando-o a entender como
a sua igreja pode maximizar o impacto do Reino em cada
inter-relação que você tenha com as pessoas ^

Certa igreja c o m a qual trabalham os, estava realizando o seu


retiro anual de h om en s, ü m su b co m itê foi fo rm a d o p or alguns in­
tegrantes da equ ip e d e liderança c o m a tarefa d e organizar aqu ele
evento. A lgu m a s m etas foram estabelecidas:

• A lcan çar h o m en s qu e tradicion alm en te não frequ en tam os


even tos da igreja.

• Ajudar o s participantes a se c o n h e c e re m m elh or no retiro.

• D esen volver um a estratégia d e a c o m p a n h a m e n to que


m antenha o en volvim en to d os h o m en s ap ós o retiro. in

Eles trabalharam ardu am en te na divu lgação d o even to e o i­


tenta inscrições foram feitas, incluindo d o ze h o m en s sem en vol­
vim en to na igreja e qu e jam ais estiveram e m um retiro antes. O
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

preletor era um h o m e m d e n e g ó c io s qu e falou, d e form a m uito


prática, c o m o ser um cristão afeta a nossa vida diária. A s pales­
tras foram breves, segu idas d e intensa discussão. C o m o intuito de
m anter o s visitantes confortáveis, foi p erm itid o qu e se sentassem
o n d e qu isessem durante as sessõ es e discussões.

T od o s desfrutaram d e muita diversão e atividades com petitivas.


E organizaram ta m b é m um a atividade d efolloLV-up para os h om en s
- p eq u e n o s gru p o s d e h om en s qu e se encon trariam durante seis
m eses para discutir m ais profu n d am en te as q u estõ es levantadas
n aqu ele even to.

Durante o retiro, parecia qu e o s participantes estavam real­


m en te se c o n h e ce n d o . O p eríod o de d iscu ssões era sólido, as ati­
vidades eram divertidas e aquele fim d e sem a n a foi p erm ea d o de
risadas e brincadeiras. A o final do even to, sessen ta h o m en s assina­
ram o p ro gra m a follow-up, inclusive o ito d os d o ze “ n o va to s” .

UM RETIRO BEM-SUCEDIDO... OU NÃO?


ü m a ou duas sem an as m ais tarde, tod a a equ ip e de liderança
se reuniu, inclusive aq u eles d o c om itê d e p lan eja m en to d o retiro. O
líder d o m inistério d e h o m en s abriu a reunião c o m um te m p o para
analisar o retiro. A equ ip e qu e organizou o eve n to estava ansiosa
para falar s ob re o su cesso d o even to e ávidos p or tapinhas nas c o s ­
tas. O qu e ouviram a seguir o s n ocau teou :

“ B e m ” , disse um d os líderes, a c o m o d a n d o -s e na cadeira, “A ch o


que vou com eçar. O qu e tenho a dizer é qu e fiquei profundam ente
d esap on tad o c o m o retiro deste ano. Sinto c o m o se h ouvéssem os
d esperd içado um a boa oportunidade” .

“ Eu ta m b é m ” , acrescentou outro líder. “ Por exem plo, o pales­


trante p o u co falou sobre coisas realm ente espirituais. Ele não ensi­
nou da Bíblia, preferindo falar c o m base nas próprias experiências”.

“ E o s m o m e n to s d e d iscu ssões” , interveio outro h o m em . “A


cada vez estávam o s c o m h om en s diferentes. D everiam os ter o rga n i­
za d o g ru p o s fixos d e quatro h om en s para a discussão. D everiam os
ter o ra d o ju n tos e, então, pod er aprofundar alguns te m a s.”
Um m in is t é r io a br a n g en te c o m h o m en s

H ou ve ainda outros com en tá rio s sob re o palestrante, m e ­


m orização da Bíblia, d evocion ais privadas e outras “oportu n idades
d esp erd iça d a s” no retiro. O tim e d e plan ejam en to estava atônito.
Eles alcan çaram cad a alvo qu e haviam d eterm in a d o para aqu ele
fim d e sem ana. M es m o assim, a equ ip e de liderança d eton ou o
even to. O qu e deu errado?

A mplo P rofundo

H omens que pre ­


cisam de C risto

^ | H ° mens j | j j ^ j V <■ - :|H| H omens j|| H omens


/

A LINHA CONTÍNUA ENTRE AMPLO-PROFUNDO


Fazer d iscíp u lo s sign ifica a lc a n ç a r h o m e n s q u e n ão c o n h e ­
c e m a C risto, a u x ilia n d o -o s a se to rn a rem m a d u ro s e d e v o ta d o s
s e g u id o re s d e J esu s. Essa jo rn a d a p o d e ser re p res en ta d a p or
um a con tin u id a d e:

H omens sem C risto D iscípulos maduros

O seu m inistério c o m h o m en s precisará ajudar h o m en s p o si­


cion a d os e m qualquer está gio dessa jornada. D e n o m in a m o s esse
c o n c eito d e continu idade am p lo -p ro fu n d o

A mplo P rofundo

Cada h o m e m e m sua igreja p o d e estar p osicion ado em


algum lugar desta jornada e isso irá determ inar as ofertas qu e o
atrairão. À m edida qu e sua fé am adurece, ele se m overá cada
vez mais para a direita na continuidade.

115
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

C o m o o c o n h e c im e n to dessa con tinu idade pod eria ter ajuda­


d o a equ ip e d e liderança m en cion ad a n o exe m p lo d o retiro? Antes
d e tudo, o c o m itê de p lan ejam ento p od eria ter com p a rtilh ad o suas
m eta s c o m o s d em a is integrantes da liderança, re ce b en d o o ap oio
e o c o m p ro m is s o d o s d em ais' T o d o o d esa p o n ta m en to é resultan­
te d e expectativas n ão alcançadas. A equ ip e d e liderança possuía
um con ju n to d e expectativas sobre o p ú b lico-alvo d o retiro; o gru­
p o d e p lan ejam ento, outro. 77

P erceba qu e nenhum a das s u ge stõ es feitas p elos dem ais


m e m b ro s da equ ip e era ruim. Ensinar c o m base nas p assagen s
da Escritura, p erm a n ecer c o m o m e s m o gru p o para aprofundar as
d iscu ssões, observar p erío d o s d evo cio n ais m ais lo n g o s c o m Deus,
to d a s são excelen tes atividades para aprofundar a fé d o s partici­
pantes d o retiro.

Porém , igu alm en te n ão há nada errado c o m o tip o d e retiro


p lan ejado p elo c o m itê organizador. Tudo d ep en d e d e o n d e está a
sua m eta na continuidade.

APLICANDO 0 CONCEITO DE CONTINUIDADE


AMPLO-PROFUNDO
V ocê interagirá c o m h om en s p o s ic io n a d o s e m to d o s o s p o n ­
tos dessa jorn ad a contínua. Ma extrem idade à esquerda, ou lado
“ a m p lo ” , estão h o m en s qu e não p o ssu em qu alquer interesse em
coisas espirituais. Para alcançar o s h o m en s nesse lado v o c ê precisa
d e atividades qu e o s interessem . Tais atividades requ erem pou ca
ou nenhum a p rep aração e baixo nível d e co m p ro m is s o . Atividades
típicas d o lado esq u e rd o ou “ a m p lo ” são jo g o s d e futebol, churras­
cos, con fraternizações, pescarias ou caçadas, 'j

Para a lc a n ç a r o s h o m e n s p o s ic io n a d o s na e x tre m id a d e à
d ireita ou la d o “ a m p lo ” , s e rã o n e c e s s á ria s a tiv id a d e s q u e vã o ,
m a is d e lib e r a d a m e n te , a o e n c o n tro d e su as n e c e s s id a d e s e s p i­
rituais. P ro v a v e lm e n te , tais a tivid a d e s a p re s e n ta m u m a re g u la ri­
d a d e s e m a n a l, e x ig e m p re p a r a ç ã o p révia, a b o rd a rã o c o n c e it o s
b íb lic o s c o m m a io r p ro fu n d id a d e , o fe r e c e r ã o re s p o n s a b ilid a d e
e tra n s p a rê n c ia e seu f o c o esta rá v o lt a d o a o s c ris tã o s m ais
U m m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

m a d u ro s .''A tiv id a d e s típ ic a s p o d e m inclu ir p e q u e n o s g ru p o s ,


e s tu d o s b íb lic o s , tre in a m e n to e m lid era n ça , p ro je to s d e s e rv iç o
ou retiro s esp iritu ais. 7 ^

N en h u m a atividade qu e v o c ê p lan e­
A GRANDE IDEIA
je é cap az d e satisfazer as n ecessidades
de cada h o m e m d e sua igreja. Em nossa Desenvolva um
ilustração anterior d o retiro, o c o m itê de
processo contínuo
p lan ejam ento estava fo c a d o e m alcançar
h o m en s p osicion a d o s m ais à esqu erda na
para mover os
continuidade, en qu an to o s d em ais m e m ­ homens através
bros da liderança esp eravam a lg o qu e al­ da jornada entre o
can çasse h o m en s m ais à direita.
am plo e o profundo
rr *
’ A o planejar um even to, certifique-se -
de estar o fe re c e n d o diferentes tipos d e atividades para alcançar os
diferentes tipos d e h o m en s e m sua igreja'. D esen volva um p ro ce ss o
contínuo para m o ver h o m en s através da jorn ada entre o a m p lo e
o profundo.

Igu alm ente, assegu re-se d e qu e seus líderes saibam qual é


o p ú b lico -a lv o ' S e deixad os sem essa in form ação, naturalm ente
p rogram arão even to s c o n fo rm e sua paixão e ch a m ad o . A ju d e -o s a
com p re e n d e r o p ropósito d o even to d e m o d o qu e p ossam apoiar a
agen d a correta proposta pela equipe.

EQUIPES DE LIDERANÇA E A CONTINUIDADE


D iferentes líderes terão seus c o ra ç õ e s volta d o s a atingir d ife­
rentes tipos d e h om en s. C o m o exem p lo, con sid ere esta hipotética
situação e m sua igreja, num d o m in g o d e m anhã.

A sua equ ip e d e liderança d o m inistério c o m h o m en s acab ou


d e finalizar um p erío d o d e o ra ç ã o antes d o culto. O p orteiro da
igreja se aproxim a e inform a qu e há dois h o m en s na entrada da
igreja p ed in d o para falar c o m eles.

ü m d os h o m en s está an d an d o de um lado a o outro na cal­


çada. Ele não tem certeza da razão d e estar lá, m as p arece um
p o u co d ep rim id o e diz qu e está procu ran do respostas. Ele deseja
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

saber m ais sob re essa coisa ch a m a d a cristianism o. O segu n d o h o ­


m e m já está en volvid o na igreja há algu m te m p o , p o rém d evid o a
circunstâncias e m seu c a sa m en to e trabalho, ele realm en te deseja
levar seu relacio n a m en to c o m Cristo a o p róxim o nível. Ele quer
con versar c o m a lg u é m s ob re c o m o estudar a Bíblia e orar.

R ápido! V o cê d eve esco lh er ap enas um deles. C o m qual d a­


qu eles h o m en s v o c ê gostaria d e falar?

A lgu n s d e v o c ê s qu e estão len d o este livro tê m o c o ra ç ã o no


eva n gelism o . O seu d es ejo é alcançar as alm as perdidas e e n c a m i­
nhá-las à cruz. O u tros p referem ajudar cristãos a edificar o Reino
d e Deus. V o cê se sen te à von ta d e auxiliando h o m en s a c o m p re e n ­
der o qu e significa estudar a Palavra d e D eu s e orar. Q u a n d o ap re­
sen ta m o s esse cen ário e m n osso C en tro d e Treinam ento, cerca
da m e ta d e d o s líderes presen tes preferiu falar c o m o h o m e m que
estava b u scan do Cristo pela prim eira vez, en q u a n to a outra m eta d e
sentiu-se atraída e m falar c o m o h o m e m qu e desejava aprofundar
seu relacio n a m en to c o m Cristo. Ji

Pense n ovam en te naquela linha contínua. O s h om en s


à esquerda são o s qu e buscam encontrar o seu cam in h o até
Cristo. Na extrem idade direita, estão o s líderes, h om en s que
anseiam seguir a Cristo mais d e perto e servi-lo. A maioria
d os líderes prefere trabalhar c o m h om en s qu e estejam e m
certo p on to entre o a m p lo e o profundo. A com p reen sã o
desse con ceito p o d e ajudar a evitar m uitos problem as e
m al-entendidos.

A p ó s c o m p a rtilh a r e s s e c o n c e ito , du ran te u m d e n o ss o s


c u rso s n o C T L , u m p a s to r e o líder d o m in istério d e h o m e n s
d e sua igreja le v a n ta ra m -s e e d issera m : “ V o c ê p o d e ter sa lvo o
n o s s o r e la c io n a m e n to ” .

O pastor, então, explicou qu e costu m ava ir à com u n id a d e


encon trar n o vo s h o m en s para c o n v en c ê-lo s a dar um a ch a n ce à
igreja. Porém , tod a a vez qu e um visitante adentrava a igreja, o líder
U m m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

d o m inistério c o m h o m en s o abordava, c o n v id a n d o -o a juntar-se a


um p eq u e n o gru p o e explican do a im portância d o c om p ro m isso.

“ T ã o rápido qu an to eles en travam ” , o pastor prosseguiu, “ eles


saíam ” . A c o m p re e n s ã o da con tinu idade aju dou -os a p erceb er qu e
seus c o ra ç õ e s ardiam p or h o m en s e m diferentes p osições.
Cf
O líder aprendeu qu e to d o h o m e m te m q u e passar por um
p rocesso. N e m sem p re eles estão prontos para um c o m p ro m is s o
e transparência. Assim , ele e o pastor c on co rd a ra m e m d es en v o l­
ver um p ro ce ss o a d e q u a d o para m over h o m en s a o lo n g o da linha
contínua entre o a m p lo e o profundo.

A mplo P rofundo

A CONTINUIDADE AMPLO-PROFUNDO
E SUA ESTEIRA ROLANTE
° A esteira tra n sp o rta d o ra e m n o ssa im a g e m inclui to d a s as
a tivid ad es e in te ra ç õ e s q u e sua igreja o fe r e c e a o s h o m e n s . E ssas
a tivid ad es e in te ra ç õ e s é q u e m o tiv a m o s h o m en s , a ju d a n d o -o s
a p ro g re d ire m e m sua jo rn a d a espiritual. C o n tu d o , é um a falácia
p en sar q u e to d a s essa s in te ra ç õ e s d e v e m ser a tivid a d e s s o m e n ­
te para h o m e n s m o v id a s p ela tra d icio n a l id eia d e u m m in istério
d e h o m en s . ^

Quantos homens fazem parte do


seu m inistério de homens?
Por uns m o m en to s, p en se e m sua igreja. N o s e s p a ç o s a s e ­
guir, escreva as respostas a estas duas qu estões:
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

- Q u an tos h o m en s há e m sua igreja?

- Q u a n tos h o m en s estão en volvid os e m seu m inistério c o m


h om en s?

Fazem os essas perguntas em tod os os cursos de treinam ento


que realizamos. Em bora as respostas possam variar, receb em os tipi­
cam en te respostas co m o : quinhentos hom ens, cinquenta e m nosso
ministério c o m hom ens; c em homens, vinte e m nosso ministério; 75
h om en s e nem m e sm o tem os um ministério c o m homens.

Q u e m são o s h om en s qu e v o c ê pensa estarem envolvidos “e m ”


seu ministério d e h om en s? S ã o aqueles qu e m ensalm ente c o m p a re ­
c e m ao seu café da m anhã para o s h om en s? O s d oze rapazes que se
reúnem às quartas-feiras, às seis da manhã, para o estudo bíblico?
O últim o gru po d e h om en s que participou d o retiro?

r G ostaríam os qu e v o c ê considerasse este con ceito de


m o d o diferente: Tudo o qu e sua igreja faz e qu e toca qualquer
h o m e m é ministério c o m hom ens. Tudo. Portanto, se há c e m
h om en s e m sua igreja, então o tam an h o d e seu ministério é
cem . A única qu estão é: “O ministério é eficiente ou não?” >>

C o m o afirm am os, “O seu sistem a é p erfeitam en te projetad o


para produzir o s resultados que v o c ê está o b te n d o ” . T a m b ém dis­
s e m o s qu e o m inistério d e sua igreja c o m o s h o m en s é p erfeita­
m en te p ro jetad o para produzir os h o m en s qu e estão - e o s qu e não
estão - sen ta d os e m seus bancos.

O qu e aco n teceria se v o c ê c o m e ç a s s e a pensar n o seu m inis­


tério c o m h o m en s nos term o s a seguir:

• Cada h o m em da igreja faz parte d o ministério de hom ens.

• Tudo o qu e sua igreja faz por e através d e um h o m em é


m inistério c o m h om en s. ^

120
U m m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

Clm ministério abrangente tenta maximizar o im pacto d o Reino


e m cada h o m em por m eio de toda e qualquer atividade seja qual for
o cenário. Q uer cantando no gru po de louvor, estacion ando carros,
trabalhando c o m os jovens, fazen do serviço voluntário ou participan­
do d o culto dom inical, tudo isso é ministério realizado para e por h o ­
mens. O trabalho de um líder é determ inar c o m o ajudar os h om en s
a serem discipulados e m cada um desses contextos.

Uma mentalidade abrangente soluciona problemas típicos


ü m a visão ab ran gen te d e seu m inistério c o m h o m en s ajuda a
elim inar a m en talidade “ nós contra e le s ” que, por vezes, se d e s e n ­
volve entre o s h o m en s da igreja. Q u alqu er igreja e m crescim en to
tem m uitos h o m en s qu e estão fiel e ardu am en te trabalhando todas
as sem an as e m um ministério. S im p lesm en te, m uitos d esses h o ­
m ens estão in capacitad os d e ta m b ém se envolver c o m as ativida­
des de seu m inistério. É tolice im aginar qu e um d iá c o n o qu e passe
três horas instalando um a nova lava-louça para um a m ã e soltei­
ra não faça parte d o m inistério c o m h o m en s ap enas p orqu e ele
não acord a às 6:30h da m anhã segu inte
para participar d o estu do bíblico. É exata­ A GRANDE IDEIA
m ente esse tipo d e h o m e m qu e esta m o s Um ministério
tentando produzir e eles são parte vital do
abrangente maximiza
que D eus está realizando por m e io d os
h om en s d e nossas igrejas. í> o im pacto do Reino
Certa igreja, na qual David trabalhou
de c a d a homem
durante um a consultoria, com partilhou por meio de toda e
um de seus “ p ro b lem a s” . A igreja deles qualquer atividade
estava alcan çan d o m uitos pais jo ven s
seja qual for o
na c om u n id a d e por in term édio d e seu
p rogram a d e esp ortes e m família. C o m
cenário
frequência, esse era o p on to d e partida
para o s pais se en volverem nas atividades para o s casais e even tos
para o s filhos. A lgun s d esses h o m e n s esta v a m p a s s a n d o p o r um
trein a m en to estru tu ra d o e m lid era n ça e c o m e ç a v a m a servir
c m p o s iç õ e s e s tra té g ic a s na igreja. O s líderes, en tã o , d isseram :
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

“ T e m o s u m p ro b le m a c o m ess es jo v e n s pais e m n o ssa igreja qu e


fo r a m a lc a n ç a d o s p o r m e io d e n o s s o s p ro g ra m a s e sp o rtivo s.
A g o r a e le s e s tã o s erv in d o c o m o d iá c o n o s e p resb ítero s, p o ré m
ja m a is p a rticip a ra m d e qu a lq u er a tivid a d e d e n o s s o m in istério
com h om en s” .

D avid repetiu para eles. “ C erto, d eix e -m e ver se entendi c o r­


reta m en te. H avia h o m e n s na c o m u n id a d e q u e nunca tiveram um
re la c io n a m e n to c o m Cristo. A sua igreja o s a lc a n ç o u p or m e io de
seu m in istério d e e sp o rte s para as crianças. E sses h o m en s e suas
e s p o s a s c o n e c ta ra m -s e c o m outras fam ílias e a igreja. Eles e stã o
c re s c e n d o c o m o cristãos, assu m in d o c a rg o s d e lideran ça e, ver­
d a d eira m en te, servin do c o m o líderes. E o p ro b le m a é ...? ”

Juntos eles foram capazes de ver qu e isso não significava


problem a algum . O único problem a é que, c o m o líderes, eles
possuíam um a visão estreita d o que constituía um ministério
c o m hom ens.

S e qu alquer coisa qu e a igreja faz, im p acta n d o h om en s, é


m inistério d e h om en s, então, v o c ê d eve ser o m aior in teressado em
ajudar to d o s o s m inistérios a progredirem . O s d em a is m inistérios
da igreja deveríam acreditar qu e o s h om en s, b e m c o m o seus líde­
res, estão a o lad o deles, a p o ia n d o -o s para qu e c o n s ig a m cum prir
a m issã o qu e D eus lhes te m c o n c ed id o , y

(i ü m m inistério c o m h o m en s ab ra n gen te irá apoiar o s esfo rço s


d os outros m inistérios da igreja, visando b en eficiar o s próprios e s ­
fo rç o s n o discipu lado d e hom ens. A o invés d e to d a vez reinventar
um a atividade d irecion ada apenas aos h om en s, aproveite alguns
even to s qu e sua igreja já p rogram ou cap azes d e atingir ta m b ém os
homens'. N ã o é co rreto dizerm os ao s h om en s: “ N ó s o s discipulare-
m o s se v o c ê s c o m p a re c e re m a to d as as n ossas atividades” . Jesus
não disse: “ V enham e sejam discipu lados” . Ele disse: “ Vão e façam
d iscípu los” . D eus está nos ch a m an d o para irm os o n d e n ossos h o ­
m en s estão e o s discipularm os lá.

122
Um m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

C o m o p arte d e um a e q u ip e d e lid era n ça d e h o m e n s , v o c ê


n ão p rec is a fazer to d o o tra b a lh o p e s a d o . P ro v a v e lm e n te , sua
igreja já esteja rea liza n d o c o is a s q u e e s tã o o p e ra n d o para d isci-
pular h o m e n s . L e m b re -s e , to d a e qu a lq u er a tivid ad e q u e a lc a n ç a
o c o r a ç ã o d e um h o m e m é m in istério c o m h o m en s . A p ro v e ite
as aulas, g ru p o s e p ro c e s s o s q u e e s tã o c o n trib u in d o para fo r ­
m ar d iscíp u lo s e m sua igreja. Au xilie o s líd eres e h o m e n s n esses
cen á rio s a v er to d a s as ativid ad es c o m o o p o rtu n id a d e s d e disci-
pular h o m en s .

A p oie outros eventos e ministérios em sua igreja,


assum indo-os c o m o parte de seu ministério entre homens. Por
exemplo, c o m o ministério c o m homens, fique responsável pela
m on tagem e d esm on tagem de toda a estrutura da próxima
grande atividade patrocinada pela equipe de expansão. Ofereça-se
para recrutar voluntários para o piquenique d o ministério infantil
ou escola bíblica. Arregim ente seus hom ens para ajudar no
próxim o acam pam en to d o ministério de adolescentes.

NÃO FAÇA OUTRA DEMANDA SOBRE 0 SEU PASTOR


A m en talid ad e d o m in istério a b ra n g en te alavan ca o trabalho
e a con trib u içã o d e seu pastor. P en se a resp eito disso. S e tu d o o
qu e o s h o m e n s d e sua igreja realizam é parte d e seu m in istério
c o m h o m en s, e n tã o o seu p astor é a “ p on ta d e la n ça ” , p or assim
dizer, d e seus e s fo rç o s n o d iscipu lad o d e h o m en s. S erá um alívio
para o seu p astor sab er qu e v o c ê n ão precisa inventar um n o vo
con ju n to d e p ro g ra m a s para d es en v o lve r um m in istério c o m h o ­
m ens. A ju d e -o a c o m p re e n d e r q u e a sua in ten çã o é usar to d o s
os eve n to s e p ro g ra m a s q u e sua igreja já está realizan do c o m a
p articip ação d e h o m en s, visa n d o tornar-se m ais e fic ie n te ) Reflita
c o m ele c o m o tornar a igreja m ais atraen te a o s h o m e n s e c o m o
■ipoiar o s líderes d o s d em a is m inistérios. Incentivar o seu p astor a
pensar c o m o discipular h o m e n s e m sua igreja p o d e ser um fator
sim ples, p orém , crucial para o s u c es so d e seu m inistério. ) )

123
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

LÍDERES INESPERADOS
N ã o é ap en as o seu pastor qu e é b en eficia d o c o m a ab ord a­
g e m d o m inistério c o m h om en s a b ra n g e n te ? T ã o im portante quan­
to, é inspirar outros líderes na igreja a ver ca d a interação qu e têm
c o m outros h o m en s c o m o uma oportu n id ad e d e discipulado.

Por exem plo, quase todas as igrejas p ossu em pessoas na re­


cep çã o . S e v o c ê perguntasse ao líder d o gru po d e recep çã o em sua
igreja, “ Q ual é o p ropósito d e seu gru po? Qual a razão de haver h o ­
m en s (e/ou m ulheres) na recep çã o?” , talvez ouvisse coisas positivas
c o m o , “Servir as pessoas c o m in form ações úteis e auxiliá-las a en ­
contrarem um assen to” ou “Ajudar a m anter a atm osfera de adora­
ç ã o durante o culto, enquanto as pessoas entram e sa e m ” . N o final,
sua resposta irá resumir-se a entregar boletins e arrumar assentos
para as p essoas qu e estão e m p é - quanto m ais rápido, melhor.

E se v o c ê incentivasse o líder d o gru p o d e re c e p ç ã o a ter um a


nova visão: Q ual a razão para haver h o m en s na re ce p çã o ? “ Para se
torn arem discípu los d e Jesu s C risto.” O q u e aco n teceria se aquele
líder p u d esse enxergar o seu papel prim ário c o m o sen d o o de disci-
pular o s d em a is in tegrantes do gru po, fica n d o a ajuda para arrumar
lugar c o m o secu n d ário? Aqui está um exem p lo d e c o m o v o c ê p o d e
fazer isso:^

Sem ana um: O líder da re c e p ç ã o avisa o s d em ais integrantes


d o gru p o qu e gostaria q u e to d o s c h e g a s s e m cin c o m inutos mais
c e d o na próxim a sem an a, pois te m a lg o a com partilhar. Clm dia
antes, ele liga a to d o s, le m b ra n d o -o s d e c h e g a re m m ais ced o .

Semana dois: C in co m inutos antes d o usual, ele reúne to d o s


e, a cad a um, e n trega dois cartões, um e m b ran co e outro c o m um
versículo bíblico. Ele lê o versículo e lhes diz p or qu e aqu ele texto é
significativo: Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o m esmo. E há
diversidade de realizações, mas é o m esm o Deus quem realiza
tudo em todos ( I C o 12.4-6). “ Rapazes, esta p a s sa g em m ostra que
to d o s aq u eles q u e servem estão d e s em p e n h a n d o um papel sign i­
ficativo. O pastor serve a Deus c o m sua p reg a ç ã o , e nós estam os
servindo ao m e sm o Deus, auxiliando pessoas a encontrarem assentos

124
U m m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

na igreja e en tregan d o boletins. T od o s nós exerc em o s um im p o r­


tante papel na experiência d e a d o ra ç ã o das p esso a s.” >>

“ G uarde esse cartão e m sua carteira e, durante esta sem an a,


leiâ-o sem p re qu e tiver um a chan ce. Talvez v o c ê s queiram m e m o ­
rizar esta p a s s a g e m .”

“ Eu ta m b ém gostaria de orar p or vocês. Assim , no cartão e m


branco escreva seu n o m e e algu m p ed id o p elo qual v o c ê d eseja
qu e eu ore durante a sem an a. Irei fazer um a breve o ra çã o a g o ra e
recolherei os seus cartões lo g o d ep o is.”

Querido Senhor, m uito obrigado pela oportunidade de ser-


ui-lo nesta manhã. Obrigado p o r usar estes homens e mulheres
que estão desejosos de doar parte de seu tem po recepcionando
as pessoas que chegam a esta igreja. Ajude-nos a lembrar de ti
durante nossos afazeres da semana. Abençoe nossas famílias e
nossa igreja para a tua glória. A m ém !

*í> Semanas três e quatro: Ele faz a m esm a coisa, p orém passa
a perguntar se o s d em ais têm algu m a reflexão sob re o s versículos
e se há algu m p ed id o qu e gostariam d e com partilhar c o m o grupo.

Semana cinco: N esta sem an a o líder ap enas dá a cad a p e s ­


soa o cartão c o m o versículo bíblico. A seguir, ele fala sob re a pas­
sagem , iniciando um a breve reflexão. Então, p e d e a cad a um que
escreva seu n o m e e p ed id o d e o ra ç ã o no verso d o cartão, trocan ­
d o -o uns c o m o s outros.

À m edid a qu e as sem an as passam , eles c o m e ç a m a se e n ­


contrar m ais c e d o para continuar as d iscu ssões iniciadas antes.
Pessoas diferentes c o m e ç a m a orar. O líder não p o d e estar p resen ­
te e m um a reunião e d ele g a a outro a tarefa d e preparar o s cartões
c o m o versículo. Outra p esso a se voluntária para trazer o versículo
da sem an a seguinte. Por fim, alguns deles desfrutam tanto d a q u e­
las reuniões qu e d e c id e m iniciar ou unir-se a um p eq u e n o grupo.

Q uan do com eçara m na recepção, eles imaginaram que estavam


lá apenas para entregar boletins e conduzir as pessoas aos assentos
vagos. Mediante esse processo é provável que Deus os auxilie a
progredir, deixando de servir por um senso de obrigação (ou para evitar

125
H o m en s ... A lém do c h u rra sc o e fu teb o l

o culto) e passando a servir c o m o expressão d o superabundante


relacionam ento c o m Cristo e c o m o s outros. Este é um passo
adiante e m suas respectivas jornadas espirituais, m o v en d o -o s na
linha contínua. Eles estão se tornando discípulos m elhores.

Pare um instante e p en se em to d o s o s h o m en s en volvidos na


igreja, seja na equ ip e d e som , no coral ou louvor, nos p rogram as
para ad olescen tes, nas classes d e esco la dom inical, no berçário,
no estacion a m en to. C o m o v o c ê p o d e inspirar o s líderes a alcançar
esses h o m en s o n d e eles estão, aju dan do-os a serem m elh ores dis­
cípu los d e Jesu s Cristo? Ti

CADA HOMEM É PARTE DE SEU MINISTÉRIO COM HOMENS


Finalm ente, um m inistério ab ra n gen te auxilia cada h o m em
na igreja a se sentir parte d e algo m aior qu e ele m esm o . Isso per­
m ite qu e cad a um esteja envolvido e m sua igreja qu alquer qu e seja
a área na qual ele sinta o ch a m a d o d e Deus. \y

S e cad a h o m e m na igreja faz parte d e n o sso m inistério c o m


h om en s, então, d e v e m o s pensar e m m e io s criativos e eficientes de
com u n ica r essa m e n s a g e m a to d o e qu alquer h o m em ! (Eis p or que
o s c o n c eito s d e resson ân cia e lem a externo, a b o rd a d o s no capítulo
8, s ã o tã o im portantes.)

Por exem p lo, certa igreja c o m a qual trabalh am os den om in a


seu m inistério c o m h o m en s de H o m e n s d e Ferro. Para fazer que
cad a h o m e m na igreja sinta-se parte d esse m inistério, eles sem p re
se referem a o s h o m en s da igreja c o m o h o m en s d e ferro. S e v o c ê
for àquela igreja, m e s m o qu e um a única vez, v o c ê é um h o m e m
d e ferro. Q u a se s em p re qu e um aviso é dirigido para os hom ens,
seja no culto ou e m outro evento, a segu in te afirm a çã o é feita:
“ C ada h o m e m e m nossa igreja é um h o m e m d e ferro ” . H ão p arece
p ositivo? Talvez, m as qu an d o v o c ê observa o c o m p o rta m e n to dos
h om en s, p erc e b e qu e eles até se endireitam na cadeira to d a vez
q u e essa a firm a çã o é feita.

O n d e qu er q u e o s h om en s esteja m envolvidos, v o c ê d eve


“ reivindicá-los” para o seu m inistério c o m h o m en s d e um a form a

126
Um m in is t é r io a br a n g en te c o m h o m en s

qu e ap o ie e honre o s d em a is m inistérios da igreja. Auxilie esses


h om en s fieis qu e assum iram esse c o m p ro m is s o a enten der qu e
participar d o retiro anual, d o café da m anhã m ensal ou d o estu do
bíblico sem an al n ão é um pré-requisito para fazer parte d o m inisté­
rio c o m h om en s. A q u eles qu e trabalham c o m as crianças precisam
ver a si m e s m o s c o m o um h o m e m d o ministério. P roviden cie aven ­
tais nas classes infantis c o m o lo g o d e seu m inistério c o m h om en s.
Isso propicia um b en eficio duplo. Prim eiro, o h o m e m olha para
aqu ele lo g o e pensa con sigo : O s homens desta igreja consideram-
m e co m o participante do m inistério deles. Eles veem o que estou
fazendo pelas crianças co m o a lgo importante. Tenho o avental
para provar isso! S eg u n d o, a m ã e qu e leva sua criança para a clas­
se vê o lo g o e pensa: Puxa, os homens desta igreja estão dispostos
a fazer o que for preciso. Eles trabalham até no berçário!

Auxilie o s h o m en s qu e trabalham no e sta cion a m en to a ver a


si m e s m o s c o m o h o m en s no ministério. D ê-lhes cartões d e o ra çã o
a cada d o m in g o , c o m o lo g o d o m inistério c o m h om en s, um versí­
culo bíblico e um p ed id o d e o ra ç ã o pela igreja. Peça-lh es para usar
o cartão sem p re qu e tiverem um a ch a n ce d e orar.

Em qu e outras áreas v o c ê e o s outros h o m en s já estão e n ­


volvidos? C o m o p o d e engajá-los no discipulado e ajudá-los a sentir
que fazem parte d o m inistério c o m h o m en s e m sua igreja? Pense
nos h o m en s qu e servem ou participam das segu in tes form as:

• Lid eran do um a classe d e crianças na esco la dom inical

• Trabalhando na equ ip e d e s o m

• Participando d e p eq u e n o s gru p os d e casais

• A ju dan do no m inistério d e ad o lescen tes

• E nvolvidos e m p rojetos d e reform a da igreja

• C antan do n o coral ou na equ ip e d e louvor

• Treinando a equ ip e de b asqu ete infantil

• O rga n izan d o a ca m p a m en to s d e jo ven s

127
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

N ão há um fim para as singulares e criativas form as pelas


quais é possível auxiliar os hom ens a entender que fazem parte
d o que Deus está realizando e m sua igreja por m eio deles. A o
final, a m en sa gem deve com unicar que v o c ê não deseja que os
h om en s se juntem a um program a. Aju de-os a sentir que sua
igreja valoriza e alm eja qu e cada h o m em aprenda a experimentar
o am or de Deus e a com un h ão c o m os outros homens. ^

O ob jetivo d o seu m inistério c o m h o m en s d eve ser criar um


sistem a q u e m o va h o m en s d o a m p lo a o profundo, da esquerda
para a direita, na linha da jorn ada espiritual. V ocê possui e m seu
arsenal tod a e qu alquer interação qu e sua igreja em p ree n d e c o m
cad a h o m em . N o s capítulos seguintes, o rga n izarem o s esses c o n ­
c eito s ju n tos e m um sistem a q u e m o vim en ta a esteira rolante e
c o n e c ta essas atividades d e m o d o qu e cad a h o m e m e m sua igreja
p ossa tornar-se um verd ad eiro discípulo d e Jesu s Cristo.

128
Um m in is t é r io a b r a n g en te c o m h o m en s

L em bre-se d is t o :

• Nenhuma atividade isolada pode satisfazer as necessidades


de cada homem em sua igreja. A posição em que um homem
se encontra em sua jornada espiritual determinará o tipo de
participação a que ele se dedicará.
• Líderes precisam concordar sobre o público-alvo de uma atividade
ou programa do ministério.
• Possuir a mentalidade de um ministério com homens abrangente
significa que:
Tudo que a sua igreja faz e que toca o coração de um
homem é ministério com homens. Tudo, sem exceção. ~P
O tamanho de seu ministério com homens é igual ao
número total de homens em sua igreja, mais todo homem
que você gostaria de ter em sua igreja. >>
- Você deve incentivar os esforços dos demais
ministérios, ajudando a si mesmo a alcançar o propósito
de discipular homens.
• Inspire outros lideres da igreja a ver cada interação que eles
empreendem com homens como uma oportunidade de discipulado. 7>
• Forneça aos homens que estão trabalhando em outros ministérios
algo que os identifique como participantes do ministério com homens,
ainda que estejam ajudando no berçário, na recepção ou no
estacionamento da igreja. >\

129
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

F ale s o b r e is t o :

1. Onde você está em sua jornada espiritual? Conceda alguns minutos


para que cada membro de sua equipe compartilhe a sua história.
2. Que grupo de homens você se sente mais atraído a discipular?
Quanto aos demais líderes em sua equipe de liderança, eles parecem
atraídos em discipular algum tipo específico de homens? Que diferença
isso fará na decisão de onde focar seus esforços como líder?
3. Reflita sobre algumas atividades nas quais os homens em sua igreja
estão envolvidos que não fazem parte do “ministério com homens”.
Em sua igreja há uma atitude "nós contra eles” com os demais
ministérios? Se a resposta é positiva, como superar isso?
4. Faça uma lista com alguns passos concretos que o seu ministério
com homens pode adotar para apoiar os demais ministérios da igreja.
Como poderia ajudá-los a discipular os homens mais efetivamente?
Há algum “líder inesperado” que você poderia encorajar com a visão
do discipulado de homens?

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos como equipe de liderança...

• pedindo a Deus que auxilie cada homem de sua igreja a progredir


em sua jornada espiritual
• para que Deus ajude a cada um a encontrar a sua vocação,
a maneira singular de trabalhar com homens para a qual Deus o
chamou, e maximizar o impacto que você exerce sobre eles
• para que os demais ministérios da igreja consigam enxergar que o
ministério com homens está tão compromissado com o sucesso deles
quanto eles próprios yj
• para que seu pastor abrace a mentalidade de um ministério
abrangente e passe a ver seu papel como sendo a “ponta de lança"
do ministério com homens de sua igreja.
P arte três
— i?

PLANBANDO E EXECUTANDO
O SEU MINISTÉRIO COM HOMENS
8
V is ã o :
U m a r a z ã o ir r e s is t ív e l p a r a
QUE HOMENS SE ENVOLVAM

Toda e qualquer esteira rolante possui um motor que a mantém


em movimento. O poder de seu ministério de discipulado com
homens é a estratégia Visão-Criar-Capturar-Sustentar. Vamos
lidar com esses conceitos nos quatro capítulos seguintes.
Iniciaremos, ajudando-o a instilar um senso de missão e visão
nos homens de sua igreja

Podería nos fazer um favor? Bata ritm adam en te seu p é no


ch ão en qu an to lê esta s e ç ã o d o livro.

S ério. Isto não é apenas um exercício a c a d ê m ic o d e m o d o


que v o c ê com p re e n d e rá este p o n to in d ep en d en tem en te se v o c ê
fizer ou não o qu e esta m o s lhe ped in do. R ealm ente, q u erem o s qu e
v o c ê bata o p é en qu an to lê as p ágin as d este capítulo. Vá e m frente.
Sinta-se livre para fazê-lo discretam en te se achar qu e as p essoas ao
redor irão ach á-lo estranho. Está b aten d o o p é? M uito b em .

S e v o c ê ab ord asse um h o m e m e m sua igreja no d o m in g o de


m anhã e lhe perguntasse o m otivo d e ele estar lá, o qu e ele respon ­
dería? Provavelm ente, ouviria frases c o m o : “ Porque é a coisa certa
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

a fazer” ; “ G o s to d e trazer minha fam ília à igreja"; “ Porque ap recio


o louvor desta igreja” ou, ainda, “ Porqu e g o s to da palavra d o pas­
tor” . Clm h o m e m particularm ente transparente diria: “Minha e s p o ­
sa qu er q u e eu venha e n ão qu ero contrariá-la” .

E qu an to a o s h o m en s que estão m ais envolvid os? S e v o c ê


perguntasse ao h o m e m qu e está na rece p çã o , o m otivo d e ele ser­
vir lá, o qu e ele respon dería? E a q u ele qu e serve no esta cion a m en ­
to? Q u e canta no coral? Q u e lidera um p eq u e n o gru po de h om en s?
Q u e trabalha c o m o s jo ven s?

(N ã o pare d e bater o p é ainda. C on fie e m nós.)

E m g e ra l, o s h o m e n s v ã o à ig re ja s e m um s e n tid o real
d e p ro p ó s ito . E les p a rticip a m d a s a tiv id a d e s p o r q u e a c h a m
q u e d e v e m p r o c e d e r a ssim ou p o r q u e a lg u é m o s c o n v id o u ,
m as, na re a lid a d e , e le s n ã o s a b e m p o r q u e e s tã o e n v o lv id o s .
A m a io ria d e le s ja m a is re c e b e u u m a ra zã o in c o n te s tá v e l d e o
p or q u e a ig re ja d e v e ser p rio rid a d e e m su as vid a s. N u n c a o u v i­
ram - n u m a lin g u a g e m c o m p r e e n s ív e l - q u e unir-se a C ris to na
tr a n s fo rm a ç ã o d o m u n d o é a a ven tu ra p e la qu al seu s c o r a ç õ e s
s e m p re an siara m .

POR NENHUMA RAZÃO APARENTE


V o cê ainda está b a ten d o o seu p é? S uporrdo q u e o capítulo
fo s s e lo n g o e n ão fa lá s s e m o s a v o c ê para in terrom p er o exercício,
p or qu an to te m p o p erm an ecería b a te n d o o p é? S e v o c ê fosse
um a p e s s o a cética , talvez desistisse su b itam en te, a p ó s algu n s m i­
nutos. S e fo s s e particu larm en te d iligen te, talvez fica sse b aten d o
o p é p or c in c o ou d ez m inutos. P orém , c e d o ou tarde, to d o s qu e
lerem este livro a c a b a rã o desistin do. Por q u ê? P orqu e to d o s per­
c e b e r ã o q u e e stã o b a te n d o o p é p or n en h u m a b oa razão.

E se eu d issesse “ Bata o seu p é p or d ez m inutos e eu lhe darei


d ez mil dólares? É claro qu e to d o s estariam d isp ostos a fazê-lo. Por
qu ê? P orqu e en ten d em o objetivo qu e estão ten tan d o alcançar (n ós
n ão lhe p ro m e te m o s dinheiro algum , portanto, se ainda estiver b a­
te n d o o pé, p o d e parar agora).

136
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q ue h o m en s se en v o lv a m

Muitos h om en s na igreja estão “ baten do o p é ” sem


qualquer ideia d o m otivo. E possível qu e prossigam por algum
tem p o, mas, c o m o passar d o tem p o, se sentirão cansados,
desiludidos e desencorajados. E, então, seus cora ções
c o m eç a rã o a esfriar, definhar e, por fim, m orrerão.

B e m lá no fundo, esses h o m en s sab em qu e foram feitos para


a lg o maior.

0 PODER DA VISÃO
O primeiro passo na construção da estratégia correta é formular
a sua visão. A vontade de Deus é qu e a igreja alcance hom ens c o m o
evangelho e ajude-os a crescer em maturidade. Na Grande Com issão
(Mt 28.18-20), Jesus nos conclam a a fazer discípulos ao com parti­
lhar sua m en sagem . Em Efésios 4.11-13, Paulo nos ensina que Deus
con ced e a algum as pessoas habilidades especiais para equipar outros
para o serviço. O s líderes, então, são cham ados a discipular e equipar
as pessoas de m o d o que possam cumprir o trabalho real d o ministé­
rio, am adurecendo para ser o que Deus planejou que fossem .

H omens que pre­


cisam de C risto

i
l...... H omem

--------
M inistério com homens

CRIAR •
AJ_
TO
n
SUSTENTAR
* ■
I \
V/irZ
isãoA 1

CAPTURAR

Z
z —
AS TRÊS DOBRAS DA LIDERANÇA

O CÓDIGO DO HOMEM

Portal prioritário

137
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

N o s éc u lo 4 a.C., Felipe da M a c ed ô n ia assum iu o c o n tro ­


le d e in ú m eras c id a d e s d o norte da G récia. E m Aten as, o s dois
m a io res o ra d o re s p o lítico s da é p o c a , lsócra tes e D em ó sten es,
falaram s o b re o p e rig o q u e se avizinhava. E les d eb a tera m se os
aten ien ses d evería m atacar Felipe
A GRANDE IDEIA ou agu ardar e ver se e le atacaria
Aten as, lsócra tes, um professor,
Idéias são mais
certifico u -se de apresen tar b em
poderosas que suor. o s fatos. E ntretanto, D e m ó sten e s
Idéias colocam forças c o n s id e ro u -s e n ão ap en a s c o m o

em movimento que, a q u e le q u e estava c o m a “v erd a ­


d e ” , m a s ta m b é m c o m o o q u e d e ­
uma vez tiradas da
tinha aqu ilo q u e p od eria “ ser feito
inércia, não podem v e rd a d e ” p elas a ç õ e s d efen d id a s
mais ser contidas p or ele.

Precisa-se: Mais homens como Demóstenes


Am bos expressaram a a m ea ça qu e Felipe representava.
Q u a n d o lsócrates finalizou sua exp lan ação d o m o tivo qu e o s ate­
nienses deveríam esperar, as pessoas com en ta ram : “ C o m o ele fala
b e m !” Porém , qu an d o D em ó sten es falou sob re a a m ea ça d e Felipe,
o s cid a d ã os exclam aram : “M arch em os contra Felip e!” 1

P recisa m o s d e m ais “ D e m ó sten e s ” e m nossas interações


c o m o s h o m en s na igreja. N ó s o s te m o s e n g a n a d o a o ob scu recer a
incrível aventura d e transform ar o m u n d o p or in term édio d e Jesus
Cristo, e s c o n d e n d o -a c o m p rogram as e atividades.

Idéias são m ais p od erosa s qu e suor. Idéias c o lo c a m forças


e m m o v im en to que, um a vez tiradas da inércia, n ão p o d e m mais
ser contidas. A qu i estão alguns exem p lo s d e idéias im portantes ex­
pressas d e m aneira pod erosa, y j

• “ C o lo c a re m o s um h o m e m na lua antes d o fim da d écad a."


- Joh n F. K en n edy

• “ U m com p u ta d o r e m cada lar e e m cad a m e sa .” - Bill Gates

138
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q u e h o m en s se en v o lv a m

• “ Durante a minha vida, qu ero tornar possível a qualquer


p essoa no m u n d o p od er provar um a C o c a -C o la .” - R obert
W oodru ff, CEO, C o c a -C o la Com pany, an os 50.

Idéias fa zem d iferen ça? H o je é possível a scen d er a o to p o


das m ais altas m on tan h as d o N ep a l ou d es ce r à m ais baixa re g iã o
da terra, o Vale da M orte, e en con trar o qu ê? Latas d e C o c a -C o la
f jr '
va zia s.'C o m u n ic a r a ideia correta d e um m o d o irresistível é um a
força p od e ro sa . V?

S e o s seus anú ncios afirm am qu e o “ m inistério c o m h om en s


irá se encontrar no sáb ad o d e m anhã, às 7h, para o desjeju m e
c o m u n h ã o ” , isso é um a inverdade. P od e ser precisa, tecn icam en te,
m as é m entirosa n o tocan te a o qu e realm en te im porta. O seu m i­
nistério c o m h o m en s não é u m arreunião para cum prir um a agen d a
de atividades, m as parte d o qu e D eus está realizando para transfor­
mar vidas hum anas p or m e io d os h o m en s d e sua igreja. >>

Tp
O s h om en s estão can sados de fazer as coisas “apenas
porque é o qu e se espera d eles” , sem nenhum a razão aparente.
Eles, especialm en te os mais jovens, d esejam participar de algo
m aior qu e eles m e s m o s .? )

TORNANDO-O RESSONANTE
E se d isséssem o s “ Tem 1001 utilidades” , qu e im a gen s vêm
à sua m en te? E qu anto a “ Isso é qu e é !” ? A m b o s o s slogans
funcionam p orqu e as em p resas e as o rga n iza çõ es p or trás deles
investiram gran de qu antidade de tem p o , e s fo rç o e dinheiro,
refo rça n d o -o s ju n to ao s n ossos c o ra ç õ e s e m entes. A s palavras
entram e m “ resson ân cia” c o n o s c o .

Considere a primeira frase. O Bombril já virou expressão idiomáti­


ca para demonstrar alguém ou alguma coisa versátil. Essa frase estará
para sem pre conectada ao mais fam oso produto de limpeza brasileiro,
produzido com lá de aço. E a segunda frase rem ete ao mundialmente

139
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

conhecido refrigerante, Coca-Cola (não ganham os nada para citar estes


produtos, que foram utilizados, simplesmente, c o m o exemplos).

Tais frases ressoam em m ilhões d e p essoas no mundo.


E quanto aos seus hom ens? V ocê está se com u n ican do de
m o d o a con ectar-se em ocion alm en te c o m eles? E preciso ir
além d e apenas transmitir inform ação. N a maioria d os casos,
justam ente o qu e eles não necessitam é d e m ais inform ação;
eles precisam ter o s cora ções d espertados por Deus. N ossa
m issão é com un icar fielm ente d e m aneira a sensibilizar os
c o ra ç õ e s d os h om en s para a sua glória.

UM PROCESSO PARA DESENVOLVER A SUA VISÃO


A visão d e seu m inistério c o m h o m en s precisa estar alinhada
c o m a visão e o p ro p ó sito particular d e sua igreja. Ela possui um
p ropósito, m issão ou d eclara çã o d e visão? C a so tenha, escreva-a
nas linhas a seguir ou e m outra folh a d e papel.

A g ora , v a m o s ajudá-lo a form ular a visão d e seu ministério


c o m h o m en s e m três etapas: através d e um a d ecla ra çã o interna de
propósito, um slogan externo e um discurso de elevador.

Etapa um: Uma declaração interna do propósito para o


seu m inistério com homens
^ O seu m inistério possui um a visão ou d eclara çã o d e p rop ósi­
to? V am os investir algu m te m p o a gora para rever ou form ular uma,

140
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q u e h o m en s se en v o lv a m

refletindo sob re algu m as ideias-chave qu e d everiam ser incluídas.


C h a m a m o s isso d e d eclara çã o interna de p rop ósito p orqu e d eve
ser usada principalm ente c o m sua equ ip e d e liderança c o m o um
auxílio e m m o m e n to s d e o ra ç ã o e plan ejam en to estratégico.

D ois d e n ossos princípios fundam entais são particularm ente


im portantes e m sua reflexão sob re a visão d e seu m inistério c o m
h om en s. Prim eiro, lem bre-se d e qu e form ar um discípulo requer
m uito tem p o . Tenha um a perspectiva d e lo n g o prazo. N ã o se a te ­
nha a s o lu çõ es rápidas d e curto prazo. Em vez disso, o re e planeje
qu anto a o qu e D eus quer realizar nos próxim os cin co ou d ez anos.

S eg u n d o, as m u danças m ais significativas o co rrem n o c o n ­


texto d e relacionam entos. H o m e n s m u dam qu an d o suas vidas se
c o n e cta m c o m as vidas d e outros hom en s. 7\ visão d e seu m inis­
tério d eve incluir auxiliar h o m en s a d esen volver relacion am en tos
significativos uns c o m o s outros. >7

_p> É possível qu e v o c ê queira ter tem a s e frases bíblicas refletidas


em sua d eclara çã o interna d e p ropósito. C on sid ere as segu intes
passagen s das Escrituras (e outras). A n o te as idéias e tem a s chave
que gostaria d e considerar e m sua d eclaração: P rovérbios 27.17;
Mateus 28.18-20; G álatas 6.1-2; E fésios 4.11-16; C o lo ssen ses
1.28, 29; C o lo ssen ses 3 .19,21; 2 T im ó te o 2.2.

V ocê n ão apenas d eve ter ciência d o qu e a Bíblia ensina sobre


ministrar a h om en s, c o m o ta m b ém d eve co n h e ce r as n ecessida­
des d o s h o m en s e m sua igreja ou com u n idade. Será inútil se v o c ê
projetar e d esen volver um m inistério qu e não alcan ce qu alquer um
d os h o m en s da sua com u n id a d e e igreja.

Faça um a b reve pausa e g a ste cerc a d e vinte m inutos ao


telefo n e. L igu e para um, dois, três h o m en s represen tativos d e sua

141
H o m en s ... A lém do c h urra sc o e fu teb o l

igreja e com u n id a d e. D escubra suas n ecessid a d es a o fazer per­


guntas c o m o as exem plificadas, a seguir:

• E m qu e área d e sua vida sen te-se m ais p ression ado?

• S e a sua igreja p u desse fazer algu m a coisa p or vo c ê , o que


gostaria qu e ela fizesse?

• Qual a experiên cia mais valiosa q u e v o c ê vivenciou na igreja


nos últim os d o ze m eses?

• Q ual a pior experiência qu e passou na igreja nos últim os


d o ze m eses?

A n o te as respostas n o e sp a ç o a seguir.

Agora, ore e concentre-se e m com binar os pensam entos e idéias


geradas por esse material e m um a declaração de propósito interna
para o ministério c o m hom ens de sua igreja. Lem bre-se, uma declara­
ç ã o de propósito basicam ente expressa o que será feito e com o.

S eja m quais fo rem as palavras qu e v o c ê usará, o p ropósito


d eve possuir e m seu â m a g o a o rd e m d e Jesu s d e fazer discípulos.

Aqui está um exem plo de declaração interna de propósito:


“Alcançar h om en s c o m um a oferta crível d o evangelho e equipá-los
c o m o líderes transform adores de suas famílias, igreja, trabalho e m un­
d o ” (veja apêndice B para mais exem plos de declaração de visão).

S e o seu m in is té rio c o m h o m e n s te m u m a d e c la r a ç ã o d e
p ro p ó s ito , e s c re v a -a aqu i. C a s o c o n trá rio , e s c re v a u m a frase

142
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q u e h o m en s se en v o lv a m

q u e c a p tu re a e s s ê n c ia d o q u e v o c ê c rê q u e D eu s d e s e ja para
o m in istério.

Etapa dois: Um s lo g a n externo para desafiar


seus homens
T am b ém é útil ter um a “ c h a m a d a ” ou slogan qu e repercuta
no interior d os h o m en s d e sua igreja. E nquanto a sua d eclara çã o
interna d e p rop ósito expressa o cam in h o, o slogan externo ajuda
a recrutar a sua equipe, ou seja, o s seus “ D e m ó s te n e s ” ! Ele não
acrescen ta ou m od ifica a sua d ecla ra çã o d e p ropósito, m as a “ refi­
na” e m um a m e n s a g e m sim ples e, a o m e s m o tem p o , im pactante,
torn an d o-a clara e, m e s m o p od ero sa , aos h om en s. Foi assim que
Kennedy, G ates e W o o d ru ff capturaram a im a gin a çã o das pessoas.

Q u a n d o h o m e n s o u v em o seu slogan, v o c ê qu er re lem b rá —


-los d e m o d o irresistível d e q u e o m in istério d ev e ser realizado
para e p or eles. CJm lem a é c o m o um a sacola d e su p erm erca d o .
V ocê n ão vai lá para c o m p ra r a sacola; m as ela p erm ite q u e v o c ê
ca rregu e to d o s o s p ro d u to s q u e c o m p ro u para casa. ü m slogan
ou frase q u e repercuta in tim a m en te é c o m o um s a c o vazio no
qual v o c ê c o lo c a o c o n te ú d o e as exp eriên cias q u e su p ortam a
visão e a m issã o d e sua igreja. A p ó s algu n s an os, o s h o m en s
qu e ou virem seu slogan serã o a u to m a tic a m e n te leva d o s a pensar
naquela incrível v ia g e m m issionária a o M éxico, n o incrível eve n to
qu e a gito u a sua co m u n id a d e, n o dia e m q u e h ou ve um m utirão
para refazer o telh a d o da casa da viúva ou ainda, na m aneira qu e
eles auxiliaram um d o s m e m b ro s durante um a crise con ju gal.

*.lohn Fitzgerald Kennedy, um dos mais famosos presidentes dos Estados Unidos na década
de 60; Bill Gates, o fundador da Microsoft, magnata, filantropo americano; Roberl Woodruff,
americano e o mais famoso dos presidentes da Coca-Cola, gênio de marketing que dirigiu a
empresa por sessenta anos e a tomou conhecida mundialmente.

143
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

C o m o v o c ê irá con cla m a r o s h o m en s a segu i-lo nessa aven ­


tura? Certa vez, Bruce Barton afirm ou: ‘Jesu s o b tev e o s m elh ores
e s fo rç o s d o h o m e m n ão c o m a p ro m essa d e gran des re c o m p e n ­
sas, m as d e gra n d es o b stá cu lo s” .

D e s e n v o lv a u m a frase ou slogan im p a c ta n te q u e faça


seu s h o m e n s s a b e re m qu e v o c ê te m p ro p ó s ito s sérios.
C o n v o q u e - o s a se u n irem a um a g ra n d e v is ã o d o q u e D eu s
p o d e fazer e m seu m e io . In sp ire-o s a ab ra ça r um a causa
q u e lite ra lm en te s ig n ifiq u e a d ife re n ç a en tre a vida etern a
e a m o rte d e c e n te n a s ou m ilh ares d e h o m e n s e suas
re sp e ctiva s fam ílias.

P rocu re elaborar um a breve d eclara çã o, con creta, visual e


m em o rá v e l d e m o d o a e co a r no íntim o d o s h om en s. E m elh or que
seja orientada para a a ç ã o e m vez d e descritiva. Im agin e o que
significou para aq u eles p esca d o res ouvir o c h a m a d o d e Jesu s para
fazer discípu los d e tod as as n açõ es (Mt 28.18 -2 0).

A p ó s participar d e n osso curso, no C en tro d e Treinam ento,


certo líder trabalhou e m sua detalhada, precisa e co m p leta m en te
en fad on h a d eclara çã o, tran sform ando-a na frase, Treinando ho­
mens para a batalha. D eus tem u sado esta verdade, b em c o m o
outras qu e ele aprendeu, para fortalecer e am pliar o im p acto d e seu
m inistério entre o s h om en s.

Aqui estão outros exem p los d e frases: Desenvolvendo homens


de ferro-, Irmãos na grande aventura-, Cada hom em um discípulo-,
Alcançando homens; Exaltando a Cristo. Veja m ais exem p lo s no
A p ê n d ic e B.

Cise o e s p a ç o a segu ir para form ular diversas frases. Então,


provisoriam en te esco lh a a m elhor delas.

144
à
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q ue h o m en s se en v o lv a m

Ainda, muitos líderes têm con siderado de extrem a utilidade ter


um n o m e im pactante para o seu ministério c o m hom ens. O n o m e
ad equ a d o c o n c e d e ao ministério um a identidade vibrante e atraente.
Aqui estão alguns exem plos d e n o m es para o ministério: H o m en s de
Fé; H o m en s de Ferro; G rupo de Irm ãos; H o m en s de Valor.

ü s e o e s p a ç o a seguir para elaborar diferentes n o m es a par­


tir d o slogan escolh id o. Por exem p lo: “ H o m e n s d e fé - Irm ãos na
gran de aventura” (v o c ê irá finalizar seu n om e, frase e d eclara çã o
interna d e p rop ósito no exercício d o capítulo 12).

Etapa três: Um d is c u rs o d e e le v a d o r
Treine seus líderes d e m o d o a com partilh arem c o m outros
h om en s a paixão qu e sen tem p elo ministério. A ju d e-o s a d e s e n ­
volver um a exp licação d e quatro ou cin co frases sob re a razão de
estarem entu siasm ados sob re o qu e D eus está realizando p or m e io
d os h o m en s d e sua igreja.

A isto d en o m in a m o s de discurso de eleuador. Im agin e qu e


esteja e m um elevad or e um d o s h o m en s d e sua igreja entre nele
qu an do as portas estão se fech an do. Ele o cu m prim en ta e, então,
pergunta: “Sei qu e está en volvid o no m inistério c o m h o m en s da
igreja e andei pen san do, se eu n ão deveria m e envolver mais. A s e ­
guir, ele aperta o b o tã o d o quinto andar e v o c ê tem m e n o s d e um
m inuto para con ven cê-lo . O qu e diria?

C o m e c e treinando seus líderes a forn ecer seu discurso de


eleuador, trabalhando e m um breve roteiro qu e contenha:

• A introdução - Por exem p lo , “ Edu, eu adoraria c o m p a rti­


lhar ra p id am en te o q u e D eus está realizan do e m n o ss o m inistério
c o m h o m e n s ...”

145
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

• A visão - “ C o m o v o c ê deve saber, trein am os h o m en s para a


batalha. N ada possui p o d e r m aior de transform ar o m u n d o d o que
alcan çar h o m en s ...”

• U m a história de sucesso - “ Eu não sei se v o c ê já con h eceu


o J o s é Aguilar, m as ele te m um gran de testem un h o de c o m o Deus
está trabalhando. O R od rigo Paes o con vidou para a participar de
n osso alm oço, no outono. Ele veio e participou d e um p equ en o gru­
po. U m d os h om en s apresentou-lhe o eva n gelh o e ele se entregou
a Cristo. A gora, J o s é e sua esposa c o m e ç a ra m a frequentar a nossa
igreja. M eu c ora çã o vibra só e m pensar qu e seus três p reciosos filhos
a gora têm um n ovo futuro pela frente c o m um pai renascido.”

• U m próxim o passo - “T em os alguns m inistérios m aravilho­


s os se d es en v o lve n d o agora, c o m o p eq u e n o s gru pos, projetos de
serviço e n o sso retiro anual. Igu alm ente, se v o c ê quiser participar
d e um a d e n ossas reuniões d e liderança, fica rem os h onrados em
re ce b ê-lo c o m o n o sso con vidado. N o ssa próxim a reunião a c o n te ­
cerá na sexta-feira. V ocê não gostaria d e ir?”

Aqui está um exe m p lo real. Brett con vid ou um h o m e m para


participar da equ ip e d e liderança d e seu m inistério. A p ó s a primeira
reunião, esse a m ig o d e Brett expressou sua dúvida sob re se real­
m en te gostaria d e se envolver. A q u ilo lhe p areceu c o m o um a su­
c e s s ã o d e reuniões e atividades. O qu e o m inistério c o m h om en s
estava realm en te ten tan d o alcançar?

A m b o s haviam a c a b a d o de testem un h ar um h o m e m d e seu


p eq u e n o gru p o ab an d on ar a esp osa e três filhos ad o lescen tes por
outra mulher. Brett já tinha um discurso de elevador pronto:

- Bill, lem b ra-se d o q u e a c o n te c e u c o m o R ob ? Eu e v o c ê


n os s en ta m o s a o lad o d ele e m n o s s o p e q u e n o gru p o p or m ais de
seis m eses. V o cê tinha algu m a ideia d o q u e estava a c o n te c e n d o
c o m ele?

- N en hu m a, resp on deu ele, tristem ente.

-E u ta m b é m não. Eis p or q u e n e c e s s ita m o s d e um m i­


n istério c o m h o m en s . C a d a h o m e m d e n o ssa igreja p recisa de

146
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q ue h o m en s se en v o lv a m

o u tro irm ã o q u e p o s s a o lh á -lo n o o lh o e c o n fro n tá -lo q u a n d o há


a lg o errad o.

Isso bastou para Bill com preen d er. Ele, literalm ente deu um
m urro na m esa e disse: “ Eu qu ero fazer parte d iss o !”

ü s e algu n s m in u tos a g o ra e escreva, n o e s p a ç o a seguir,


um discurso de elevador qu e ra p id am en te exp liqu e a sua visã o
para o m in istério c o m h o m en s d e sua igreja, ütilize a s e q u ê n ­
cia “ In trod u ção, V isão, H istória d e S u cesso, P ró xim o P asso".
C ro n o m e tre a sua a p resen ta çã o, c ertific a n d o -se d e p o d e r con tar
a história e m cerc a d e sessen ta segu n d o s.

C om partilh e o seu discurso c o m outros h o m en s o m ais


freq u en tem en te qu e puder. O b serve outros discursos. CJse o seu
discurso a o con vidar algu m h o m e m para atividades, even to s ou
grupos. Da m esm a form a, u se-o qu an d o encontrar líderes e m p o ­
tencial. M antenha sua visão diante d o m aior n úm ero d e h o m en s e
durante o m á xim o d e te m p o possível.

TENHA A VISÃO COMO FOCO E NÃO OS EVENTOS


ü m slogan externo o auxiliará a s em p re lem brar o s seus
lid era d os qu e v o c ê faz o q u e faz p or um a razão. Via d e regra, os
m in istérios das igrejas loca is s ã o im p u lsion a d os p elo s e ve n to s ao
invés da visão. E s ta b e le c e m o s um a p ro g ra m a ç ã o , c o m o o café
da m anh ã m ensal d e h o m en s ou o retiro anual, e lo g o o s h o m en s

147
H o m en s ... A lém do c h u r ra sc o e fu teb o l

p e rc e b e m q u e o s e v e n to s s ã o o m inistério. F ic a m o s d e s e n c o ra ­
ja d o s q u a n d o a p a rticip a çã o nos e v e n to s é p eq u en a p orqu e, na
verd ad e, esta é a m a n eira p ela qual a valia m o s a eficácia d e n osso
m inistério. P orém , e m geral, os h o m e n s n ão participam p orqu e
p a re c e haver p o u c o ou nenhu m p ro p ó s ito n aq u eles even tos.

S e n ão tiv e rm o s cu idado, p o d e m o s “ c o m e ç a r ” s em real­


m e n te sab er o n d e q u e re m o s c h e g a r". E fácil ficar p reso n o rit­
m o a c e le ra d o d o m in istério c o m h o m e n s e a m e d io c rid a d e d os
“ e v e n to s ” .

C ada even to q u e v o c ê p rogram ar c o m o parte d e seu m inis­


tério d eve se encaixar à visão geral. N o even to, com u n iqu e explici­
ta m en te ao s participantes c o m o aqu ela p ro g ra m a ç ã o está inserida
no con texto m aior d e seu m inistério e na visão da igreja. Explique
o q u e espera alcan çar e c o m o isso contribuirá para as suas m etas
m ais abrangen tes. Faça u so d e seu slogan externo repetidas vezes,
visand o reforçar essa visão.

SEJA POSITIVO, NÃO NEGATIVO


O s h o m en s qu erem respon der a um desafio, m as não d e ­
sejam ser força d os. A ssegu re-se d e form ular um a visão c o m um a
a g en d a positiva s o b re o q u e D eus p o d e fazer ao invés d e um a ad-
m o e s ta ç ã o negativa, reforçan d o o qu e o s m aus estão fazen do. O s
h o m en s n ão re a g e m b em qu an d o o s d ep recia m os, ütilize um a
a b o rd a g e m positiva para atraí-los a o gran de c h a m a d o qu e Deus
lhes te m c o n c e d id o e m vez d e adverti-los para deixar coisas m en os
im portantes para trás.

Seria im possível enfatizar e m e xcesso a im portância d e d e ­


sen volver e com partilhar a visão para o seu m inistério c o m h om en s
(u san d o a d ecla ra çã o interna de p ropósito, o slogan externo e o
discurso de elevador). Esse é o m ais im portante in gredien te para
se criar o tipo d e atm osfera que D eus usa para transform ar o c o ra ­
ç ã o d o s hom en s.

A m aioria d o s h o m en s hoje se sen te ab orrecida e a b a n d o ­


nada e m suas respectivas igrejas. Eles estão b aten d o o pé sem

148
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l pa ra q u e h o m en s se en v o lv a m

propósito. Isso o co rre c o m seus h om en s? Por qu e não c o n v o cá -lo s


a a lg o su p rem o e ver c o m o eles rea gem ?

L e m b r e -se d is t o :

• Os homens estão cansados de fazer as coisas "apenas porque é o


que se espera deles” ou sem qualquer motivo aparente. Eles desejam
envolver-se em algo maior que eles mesmos.
• A sua visão deve ser um impactante chamado à ação, um desafio
irresistível e a promessa de chegar a um lugar valioso.
• Sua visão para o ministério com homens possui três componentes:
- Uma d e c la ra ç ã o interna d e propósito. Ela expressa o que você
irá fazer e como irá fazê-lo.
Esta é a face pública de seu ministério e
- Um s lo g a n externo.
deveria levar os homens a dizer: “Eu quero fazer parte disso”.
Cada líder deve estar equipado
- Um d is c u rs o d e e le v a d o r.
com uma explanação de cerca de um minuto sobre a visão do
ministério, sobre a razão por que um homem deveria desejar
envolver-se e um convite a realizar algo.
• Todo e qualquer evento que você programar como parte de seu
ministério deve servir à visão geral. Se este não for o caso, cancele-o.

14 9
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

F ale s o b r e is t o :

1. Os homens desejam sentir-se parte de algo que possui um objetivo.


Como você frustrou-se no passado ao participar de um grupo que
parecia não ter visão e direção?
2. Você está apresentando aos homens de sua igreja uma
oportunidade de pertencer a algo maior que eles mesmos? Pense
a respeito dos últimos eventos que sua igreja realizou para os
homens. Eles foram realizados no contexto de uma visão maior?
Essa visão foi comunicada aos homens quando o evento foi
divulgado ou os homens foram convidados? Como pode melhorar
isso nas próximas atividades?
3. Em um quadro ou outra superfície, rascunhe ou refine a declaração
interna de propósitos baseada em uma palavra de seu pastor. Use o
trabalho que fez enquanto lia este capítulo. Esboce uma declaração
interna como grupo e escreva-a no espaço a seguir.

4. Conclamar efetivamente os homens a participar do processo de


discipulado exigirá que você atraia a atenção deles e os desafie
a crescer. Selecione uma de suas frases, refine-a e escreva a
declaração no espaço a seguir. Então, faça o mesmo com o nome de
seu ministério. Utilize algum tempo para discutir como irá usá-los.

5. Permita que cada homem de sua equipe de liderança compartilhe


seu discurso. Faça sugestões de como começar a compartilhar tais
discursos com outros homens.

150
V is ã o : U m a ra zã o ir r e s is t ív e l p a r a q ue h o m en s se en v o lv a m

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos como equipe de liderança...

• pedindo a Deus que inspire a sua equipe e conceda-lhe uma visão


irresistível para compartilhar com os homens
• por direção no desenvolvimento das ferramentas certas para
divulgar essa visão
• para que Deus ajude os homens a claramente ver a grande
aventura que envolve seguir a Jesus Cristo

151
\
____________________________ ?
C r ie m o m e n t u m '

VALORIZANDO

Após definir uma visão e passar a divulgá-la de modo frequente


e consistente, como levar os homens a sair da inércia e começar
a mover-se em suas respectivas jornadas espirituais? A chave
para ajudar um homem estagnado a sair da inércia é criar valor
para ele. Procure conhecer seus homens e, então, alcance-os por
meios e formas que sejam relevantes às suas vidas. Este capítulo o
auxiliará a entender como iniciar efetivamente esse movimento
na jornada espiritual de seus homens

U m d os passeios im perdíveis para q u em vai à Flórida é visi­


tar o C a b o Canaveral, base d e lan çam en to d e naves espaciais. É
im pressionante ver essa m áquina giga n tesca equ ipada c o m p ro ­
pulsores externos e um en o rm e tan qu e d e com bu stível, c o m sua
ponta d irecion ada para o céu. A s vozes d os con trolad ores são cal­
m as e con troladas en qu an to eles c h e c a m o s instrum entos durante
a c o n ta g e m regressiva.

“ Ign ição!” O s vap ores c o m e ç a m a escapar e a fum aça se e s ­


palha. A esp açon ave trem e por um m o m e n to e, então, quase im per­
ceptível m ente, c o m e ç a a se elevar na plataform a. O m ovim en to de
ascen são é tão lento qu e o fo g u e te parece que não está saindo do
lugar. Afinal, um a vez que deixa a plataform a, o fog u ete é sustentado
apenas pelos gases quentes provenientes d os m otores. E, então, “O

** Nota editor: momentum é um termo utilizado pela física, filosofia e pelas ciências exa­
tas. Cada área o utiliza em seu contexto, mas a essência é a mesma - propulsão que leva
um corpo a movimentar-se, a sair da imobilidade.
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

fo g u e te deixou a plataform a” . A gora, aquele c o lo s so está definitiva­


m en te subindo, cada vez mais rápido. E m qu estão d e minutos, está
viajando a 27 mil qu ilôm etros por hora. Centenas d e quilôm etros
distantes, esp ecta d ores p o d e m ver a cham a brilhante enquanto a
esp açon a ve so b e d esen h an d o um arco rum o à órbita espacial.

O tan qu e d o fo g u e te é en orm e, c o m c a p a cid a d e para arm a­


zenar qu ase d ois m ilh ões d e litros d e com bu stível, volu m e qu e é
totalm en te q u eim a d o e m cerca d e cin c o m inutos. Então, a e sp a ­
ço n a ve viaja m ais 6,5 mil qu ilôm etros ap enas c o m um a p equ en a
qu an tidade d e com bu stível.

A m aior qu an tidade d e energia requ erida na natureza é a q u e­


la con su m id a para superar a inércia e c o lo c a r um o b je to e s ta c io ­
nário, c o m o um a nave espacial, e m m o vim en to. Superar a inércia
espiritual é um p ro c e s s o parecido. E stam os cerc a d o s de h om en s
qu e estão espiritualm ente estacion ados.

DUAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS HOMENS


O s h o m en s exib em duas características: A lgu n s s ã o o c u p a ­
d o s d em ais e outros can sados dem ais. A m aioria exibe as duas.

N o ssa s vidas s ã o m arcadas p or intenso barulho. V ivem o s em


um m u n d o d e rápida ascen sã o profissional, c o n e x õ e s d e alta v e lo ­
cid a d e e créd ito fácil. T od o s os dias o s h o m en s são b om b a rd e a d o s
pela mídia, por seus c o le g a s de trabalho, p or seus ch efes, p or suas
famílias. T od o s d eseja m algo.

N ã o é d e surpreender que o s hom en s, e m geral, raram ente


se p reocu p am e m analisar-se espiritualmente. Muitos vão à igreja
apenas por um sen so d e obrigação, se tanto. Outros investem seu
te m p o na igreja na esperança de sentirem -se necessários e bem -su ­
cedidos. Veja se v o c ê recon h ece alguns desses h om en s hipotéticos.

L e o frequenta a igreja porque sente ser algo que deve fazer por
sua família. Sua esposa realmente deseja que ele vá e ele concorda
que é um a boa maneira d e seus filhos receberem algum a instrução
moral e religiosa. Ele segu e o fluxo, indo aos cultos, m andando seus
filhos à escola dominical, fazendo sua contribuição financeira, porém

I SA
C rie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

ele não está consciente e ativamente buscando um relacionam ento


c o m Jesus Cristo. Então, ele frequenta a igreja apenas para observar,
não para participar. L e o é um turista religioso, ou seja, ele aprecia a
experiência enquanto está lá, m as depois retorna para a sua casa e a
vida retom a o curso normal.

Júlio, entretanto, am a a igreja. A q u ele lugar o faz sentir-se útil,


c o m o qu ando faz um a contribuição. Ele vai aos cultos dom inicais
fielm ente e participa de inúm eros com itês e conselhos. Ele sem p re
diz qu e gostaria de estar m ais envolvido c o m o ministério c o m h o ­
mens, m as não está e m um p eq u en o gru po e, tam p ou co, parece
ter a m igo s verdadeiros na igreja. Q u an do é con vidado a participar
da classe de h om en s ou d e um retiro, ele, pesarosam ente, recusa,
alegando estar “ m uito o cu p a d o ” .

L e o e Júlio são cristãos culturais. Ainda qu e p areçam d ife­


rentes exteriorm ente, eles são p raticam en te idên ticos no interior.
A m b o s estão espiritualm ente estacion ados, fo c a d o s apenas e m si
m esm os. A lcan çar o c o ra ç ã o d e h o m en s c o m o eles e fazê-los sair
dos p ad rões con fortáveis qu e utilizam para m anter D eus afastado,
constitui um e n o rm e d esafio para o s líderes. (C laro qu e enfren ta­
m os um gran de d esafio tão gran de qu an to esse c o m o s h o m en s
que go staríam o s d e atrair e qu e estão fora da igreja.)

Ironicam ente, tanto L e o qu an to Júlio p rova velm en te resp o n ­


deríam p ositivam en te c a so fo s s em desafiados.

O discipulado é um a jornada espiritual, e c o m o diz o ditado:


“Um a jornada de mil quilôm etros c o m eç a c o m o primeiro passo” .
Assim, c o m o fazer os hom ens darem o primeiro passo ou, para alguns,
o próxim o passo em suas jornadas espirituais? N o capítulo anterior
discutimos o passo um, ou seja, com unicar claram ente uma visão
irresistível para o seu ministério c o m hom ens. Qual será o próxim o?

OFERECENDO ALGO DE VALOR


Atraia a a ten çã o d e um h o m e m o fe re ce n d o -lh e a lg o qu e ele
julgue valioso. H o m e n s can sa d os precisam acreditar qu e seu en ­
volvim en to valerá a pena. H o m e n s o cu p a d o s precisam crer qu e de

155
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

tod as as oportu n id ad es qu e clam a m p or seu tem p o , aquela qu e


v o c ê está o fe re c e n d o é a m ais im portante. Em resu m o, v o c ê d eve
m ostrar-lhes o valor d o en volvim en to deles.

Q u a n d o v o c ê cria valor a g re g a d o a um a atividade, cria m o v i­

1
m en to, a prim eira m arch a qu e m o vim en ta a esteira rolante de seu
p ro ce ss o d e discipulado.

Com frequência, valorizam os o s h o m en s por interm édio


d e algu m tipo de experiência ou atividade: um a con ferên cia dos
M an ten ed ores da P rom essa, um retiro d e h om en s, um en con tro
inform al ou um churrasco. Porém , n ão há n ecessid a d e d e ser um
gra n d e even to. E m geral, a coisa m ais valiosa para o h o m e m é
algu m te m p o pessoal, c o m o con vidá-lo para um ca fé da m anhã
ou a lm o ç o . Procu re o fe re ce r a lg o qu e o m o tive a dar um passo
adiante e m sua jorn ad a espiritual.

Há muitas atividades que c h a m a m a a ten çá o d os hom ens,


ü m a breve análise lhe forn ecerá algu m as o p ç õ e s para atraí-los.
R espon d a a estas duas perguntas:

• Q u e tipo d e h o m en s v o c ê está ten tan d o alcançar?

• Q u e tipo d e coisa p od erá interessá-los?

CONHEÇA SEUS HOMENS: CINCO TIPOS


À m edida qu e prepara uma estratégia para colocar os hom ens
da sua igreja e m m ovim en to, v o c ê p od e querer separar um tem p o

156
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

para colocar os h om en s da sua igreja e m algum as categorias - tal­


vez pela idade ou situação de vida. A seguir está a tipologia qu e o
H o m e m no espelh o usa e que muitas igrejas usam para ajudar a
direcionar os seus esforços. C ada h o m e m na sua igreja p o d e ser
classificado e m um a ou mais das seguintes categorias:

T ip o 1: H o m en s qu e necessitam d o relacionam ento c o m


Cristo - R om an os 6.23; lJ o ã o 5.11, 12.

T ip o 2: H o m en s que são cristãos culturais (h om en s na


“periferia”) - Mateus 13.22.

T ip o 3: H o m en s que são (ou d esejam ser) cristãos


bíblicos - Mateus 13.23.

T ip o 4: H o m e n s q u e s ã o (o u d e s e ja m s e r) líd eres -
2 T im ó t e o 2.2.

T ip o 5: H o m en s que estão sofren do - Gálatas 6.2.

Tipo 1: Homens que necessitam de Cristo


Esses são o s qu e n ão são cristãos e têm con sciên cia disso. A
maioria não vai a nenhum a igreja. V o cê precisará alcan çá-los fora
da igreja e, então, levá-los para lá.

Passe alguns m inutos p en san d o e m possíveis h o m en s c o n e c ­


tados, d e algu m a form a, c o m sua igreja e qu e p o d e m n ão c o n h e ­
cer a Cristo. C o m o pod eria caracterizá-los?

• ü m h o m e m qu e o ca sio n a lm en te v em à igreja c o m sua fa ­


mília e m datas c o m o Dia das M ães ou P áscoa.

• ü m vizinho ou c o le g a d e trabalho qu e a lg u ém con vidou


para um churrasco ou um p eq u e n o gru p o d e hom en s.

• H o m e n s qu e a p a rec em para jo g a r futebol d e salão ou bas­


qu ete na quadra da igreja.

• ü m h o m e m qu e ap arece ap enas para ver a p eça de Matai


ou a cantata d e Páscoa.

157
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

Pense: quem são esses homens? A g o ra , escreva seus n om es.


C o m o v o c ê o s d escrevería?

Tipo 2: Homens cristãos culturais


E sses h o m en s p o d e m ser represen tad os d e duas form as: L e o
e Júlio (d e nossa história anterior, neste m e s m o capítulo). S e v o c ê
é um líder, são esses o s qu e p rovavelm en te m ais o frustrarão. C o m
frequên cia, esse tipo d e h o m e m p a rece en tu siasm ad o a se en vo l­
ver, d izen d o-lh e o qu e v o c ê d eseja ouvir, m as, então, lo g o d ã o um
p asso para trás.

L e o tipifica aqu ele h o m e m qu e fica na periferia da igreja. Ele


até frequenta o s cultos c o m regularidade, p o rém jam ais vai além .

Há m uitos h o m en s assim tanto den tro qu an to fora d os limi­


tes da igreja. B iblicam ente, h o m en s d esse tip o p erm item qu e as
p reo c u p a ç õ es d este m u n d o e o e n g a n o d o dinheiro obstruam a
a ç ã o da Palavra, torn an d o-a infrutífera (M t 13.22). Ainda, deixam
qu e o ferm en to da cultura levede tod a a m assa (G1 5.9). Eles têm
feito o qu e é perm itido, p orém n ão b en é fic o ( I C o 6.12); estão su­
jeito s a um gran de acidente, pois tê m ed ifica d o sob re a areia e não
sob re a rocha (M t 7.24-27).

Júlio, entretanto, é muito en volvid o na obra, m as ele usa seu


ativism o na igreja para m anter o s d em a is a distância. E possível
qu e algu m dia a sua fé tenha sido vibrante, m as as o c u p a ç õ e s e ati­
vidades da igreja su focaram seu am o r p or Cristo (Ap 2.2-4). Muitas
p esso a s p o d e m c o n h e ce r Júlio, p o rém nenhum a delas o c o n h e ce
c o m o ele realm en te é.

A única form a qu e c o n h e c e m o s para alcançar h o m en s c o m o


L e o e Júlio é p or in term édio d e outros h o m en s qu e assu m em um
interesse pessoal p or suas vidas. P od e ser um p ro ce ss o difícil,

158
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

p orqu e h o m en s c o m o Júlio, p rovavelm ente, resistirão nas prim eiras


tentativas d e aproxim ação. N ã o se frustre, continu e tentando. N o
d evid o tem p o , q u an d o estiverem prontos, eles abrirão a porta para
um relacion a m en to m ais profundo. A ssegu re-se d e haver algu ém
por perto qu an d o essa oportu n id ad e surgir.

Pense: c o m o são esses h o m en s? Agora, escreva seus n o ­


mes. C om o você os descrevería?

Tipo 3: Homens cristãos bíblicos


Esses h o m en s são o “ p ão c o m m a n teig a ” d e seu ministério.
E sp ecialm en te aq u eles qu e estão n o início da jorn ada espiritual são
ávidos para desen volver sua fé. A lgun s já estão ativam ente e n v o l­
vidos, en qu an to outros estão à espera d e algu ém qu e lhes d iga o
que fazer.

Esse tipo d e h o m e m é atraído p or três coisas: aprendizado,


serviço e liderança. Prim eiro, eles ap ren d em ap roveitan do as o p o r­
tunidades d e estudar a Bíblia e d esen volver a fé. Eis p or qu e os
p eq u en os gru pos e classes d e esco la dom inical estão repletos de
h om en s assim. S eg u n d o, assim qu e esses cristãos bíblicos sen tem
o go stin h o d e servir - no ab rigo para o s s em -teto ou num retiro de
velhinhas - aca b a m fazen d o d isso um a rotina. Por fim, esses são
os can didatos c o m o s quais v o c ê p o d e c o m e ç a r a explorar a sua
liderança. Eles frequ en tarão um a aula d e trein am en to ou estarão
d ispostos a suprir a ausência d e um recepcion ista ou um professor
de esco la d om inical en ferm o.

É fácil contar c o m h om en s assim. Afinal, eles, e m geral, fa­


zem tu do o que lhes for solicitado. Eles respon dem aos anúncios,
se inscrevem nas m esas localizadas fora d o salão de cultos e apare­
c em para a reunião no sábado d e manhã. Claro qu e eles perfazem a

159
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

m aioria d os h om en s qu e frequentam as atividades de seu ministério.


Porém , tenha cuidado, pois d eve desafiá-los a continuar crescendo.
H o m en s aborrecidos, m e s m o o s cristãos bíblicos, são alvos fáceis
da distração e d o p ecad o. Mantenha a vigilância sobre h om en s que
estão “ baten do o s p és” .

Ao ler sobre os cristãos bíblicos, alguns homens uêm à sua


m ente? Pense neles. Quais são seus nom es? Descreua-os com
suas palavras.

Tipo 4: Homens líderes


M este m o m e n to v o c ê d eve estar pen san d o: C om o eu gos­
taria que tivéssemos mais líderes! Talvez haja m ais d o qu e v o c ê
im agina. ÍJm líder é aqu ele qu e assu m e a respon sabilidade d e g a ­
rantir a realização d e algo, influenciando outros a se unirem a ele
nessa tarefa, ü m a vez qu e ele passa a se p reocu p ar e m alcançar e
discipular ou tros h om en s, ele já se torn ou um líder.

C laro qu e o s h o m en s d e suas e q u ip e s e c o m itê s são líde­


res, b em c o m o o s qu e lideram p e q u e n o s g ru p o s e en sin am nas
cla sses d e e s c o la d om in ical. P orém , igu a lm en te é líder o c h e fe da
e q u ip e d e re c e p ç ã o , o cap itão da e q u ip e d e b asqu ete, a q u ele que
atua c o m o m e n to r d e um jo v e m ó rfã o , o h o m e m q u e arrum a as
cad eira s n o te m p lo to d o s o s d o m in g o s e ou tros líderes invisíveis
e in esp era d os.

Talvez ach e qu e n ão seja n ecessário valorizar esses hom ens,


p ois “eles já estão envolvidos. Já estão in teressados nos alvos que
a igreja está ten tan d o alcan çar” . Sim , é verd ad e. Porém , eles tam
b é m se s en tem p ression ados e can sados. Esses h o m en s precisam
qu e v o c ê o s lem bre, sem p re, da razão pela qual decidiram se e n ­
volver no m inistério d e hom ens.

160
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

Quem são os líderes em sua igreja? Escreva os nomes dos


líderes “esperados”, bem co m o dos “inesperados”. C om o os des­
crevería? Eles se mostram entusiasmados? Cansados? Quais são
suas necessidades?

Tipo 5: Homens que estão sofrendo


In d ep en d en te da m aturidade espiritual, to d o s os h o m en s
passam p or dificuldades e m diversos m o m e n to s d e suas vidas.
E possível que, e m d eterm in ado m o m e n to , m eta d e d o s h o m en s
de sua igr-eja esteja p assando p or p rob lem as conjugais, qu estões
financeiras, lidando c o m filhos rebeldes, en volvim en to c o m p or­
nografia na internet, enfren tan do o d e s e m p re g o ou viven cian d o a
en ferm id ad e d e algu m ente querido.

Q uais são os dois ou os três m aiores problem as que os h o ­


m ens de seu ministério estão enfrentando? Eles poderíam conseguir
a ajuda necessária em sua igreja? Assegu re-se d e estar dan do ap oio
suficiente de m o d o que eles se sintam à von tade para pedir ajuda.
Certa vez, colo cara m um anúncio n o boletim de um a igreja qu e dizia:

“Homens, vocês estão lutando contra sentimentos de depressão


devido a conflitos conjugais ou problemas financeiros? Algumas
vezes, ajuda ter alguém com quem conversar sobre suas
dificuldades. Ligue para a Susan” .

E m bora ten h am sido criativos, creio qu e p o u co s h o m en s se


arriscariam a ligar para um a estranha ch a m ad a Susan.

V ocê se lem bra das estatísticas citadas no capítulo 2? D e 108


m ilh ões d e h o m en s nos E stados Clnidos, 66 m ilh ões n ão p ro fes­
sam a fé e m J esu s Cristo. Isso sign ifica q u e 60% d o s h o m en s

161
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

p recisa m d e Cristo. D o s 42 m ilh ões restantes qu e expressam al­


g u m tip o d e fé e m Jesus, estim a-se qu e ap en as seis m ilh ões estão
en volvid os e m algu m tipo d e d esen vo lvim en to espiritual contínuo
(u m e m cad a sete). Isso qu er dizer qu e cerca d e 36 m ilh ões de
h o m en s am erican o s são cristãos culturais. O s seis m ilh ões de cris­
tã o s bíblicos p erfazem um total estim ad o d e 5,5% d e toda a p op u ­
lação. Em nossa experiência, cerca d e 20% d e cristãos bíblicos são
líderes (veja figura 8).

N ív e l d e d e s e n v o l v im e n t o e s p ir it u a l e n t r e h o m e n s a m e r ic a n o s

Números nos EUA Percentual do


total de Homens

Homens sem Cristo 66 milhões 61%


Cristãos Culturais 36 milhões 33%
Cristãos Bíblicos 5 milhões 5,5%
Líderes 1 milhão <1%
Fontes: The Barna Group, www.barna.org: Man in the mirror leadership training conferences.
Orlando, Flórida, Estados Unidos.

Figura 8

E m n ossos cursos, no Centro d e Treinam ento, p ed im o s aos


h o m en s qu e c o n sid erem a p ro p o rç ã o d esses gru p o s e m suas res­
pectivas igrejas. Incluím os a g a m a básica d e respostas na tabela a
seguir. E qu an to à sua igreja? Estim e o s seus núm eros, tanto em
percentual qu an to e m núm eros reais. A o final d o capítulo, v o c ê
utilizará esta in fo rm a çã o para avaliar o s seus e s fo rç o s atuais para
alcan çar o s h om en s.

N ív e l d e d e s e n v o l v im e n t o e s p ir it u a l e m s u a ig r e ja

M inha Igreja Total d e Homens % Demais Igrejas

Homens sem Cristo 1-15%


Cristãos Culturais 35-70%
Cristãos Bíblicos 10-40%
Líderes ______ 5-15%
Figura 9

162
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

OS CINCO TIPOS DE HOMENS DISTRIBUÍDOS NA LINHA


CONTÍNUA DA JORNADA ESPIRITUAL
V am os con siderar n ova m en te aquela linha contínua entre o
am plo e o profu ndo, abord ad a n o capítulo 2. S e fô s s e m o s distri­
buir cad a tipo de h o m e m a o lo n g o d aqu ela linha, na p o s iç ã o qu e
m elhor o d escrevesse, o resultado seria a lg o assim:

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4

P recisam de C risto C ristãos culturais C ristãos bíblicos L íderes

A mplo P rofundo

Nota: Tipo 5: Homens que estão sofrendo estão presentes em todos os grupos

E ssa linha c o n tín u a s e rv e c o m o m e tá fo ra para o d e s e n ­


v o lv im e n to esp iritu al d e u m h o m e m . A m e d id a q u e e le p r o g r i­
de e m sua jo rn a d a esp iritu al ru m o a C risto, ig u a lm e n te a v a n ç a
na linha con tín u a .

Essa m etáfora gráfica é um a ferram enta de planejam ento


extrem am ente útil. N ã o existe um a atividade qu e atinja tod os
os tipos d e hom ens. Assim, é im portante considerar que tipo
de h o m em v o c ê está tentando alcançar e m to d o e qualquer
even to qu e estiver organizando para o seu ministério.

Escolhendo atividades ao longo da linha contínua


A figura 10 m ostra um qu ad ro c o m o s quatro tipos d e h o ­
m en s citados, de m o d o a form ar quatro colunas. L em b re-se de
qu e há h o m en s sofren d o e m cada um a delas. A tabela é intitula­
da “A tividades do ministério de homens por tipo ”. N a s resp ectiva s
colu n as, e s c re va as a tivid a d es q u e v o c ê im a gin a q u e p o s s a m

163
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

agra d a r e atrair a cad a tipo. Para auxiliá-lo nessa tarefa, an tecip a­


m o s alguns exem p los. A crescen te as suas idéias nos e sp a ç o s em
b ran co reservados.

A t iv id a d e s d o m in is t é r io c o m h o m e n s p o r t ip o

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4


P recisam de C risto C ristãos culturais C ristãos bíblicos Líderes

A mplo P rofundo

Esportes Seminário Retiro Treinamento


/ Eventos
Externos
Eventos com Escola Pequeno Grupos de
Família Dominical Grupo Respon­
sabilidade

Projetos Viagem
Sociais Missionária

Figura 10

Gerenciando suas expectativas


A linha c on tín u a ta m b é m p o d e aju d á -lo a g e re n c ia r suas
exp ectativas. A n o s atrás, um a igreja, c o m c e rc a d e o ito c e n to s
m e m b ro s , n o s c o n v id o u para c o n d u z irm o s um s em in á rio inti­
tu la d o O sucesso que im porta (S u c c e s s T h a t M atters). P o u co
m a is d e 120 h o m e n s c o m p a r e c e r a m a o e v e n to . O reto rn o foi
m u ito b o m e as a tivid a d es realizad as du ran te o s e m in á rio p r o ­
duziram m u ita d in â m ica .

164
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

N o a n o s e g u in te , a ig re ja o rg a n iz o u o u tro sem in á rio , s e n d o


q u e d e s ta v e z B rett fo i c o n v id a d o a c o n d u zir o te m a Liderando
uma vida m ovid a para m issão (L e a d in g a M issio n D riven L ife ).
B rett e n c o n tr o u -s e c o m a e q u ip e d e lid era n ça , c u jo s m e m b r o s
e s ta v a m um p o u c o d e s a p o n ta d o s , p o is h avia a p e n a s 75 in s c ri­
ç õ e s e e le s n ã o s a b ia m ex p lic a r tã o baixa a d e rê n c ia . C o n tu d o ,
tu d o tra n sc o rre u m u ito m e lh o r d o q u e im a g in a ra m .

Brett e s b o ç o u a linha contínua no qu ad ro e ap ós um a breve


explan ação d os tipos d e h o m en s retratados, ele perguntou a o s lí­
deres qu an tos d e seus h o m en s se en qu adravam e m cad a grupo.
Eles escreveram suas respostas ao lado da figura, d eterm in an do
que d os cerca d e 3 50 h o m en s d e sua igreja, 230 ou precisavam de
Cristo ou eram cristãos culturais. O s 120 restantes eram ou cris­
tãos bíblicos ou líderes.

Então, Brett explicou a o s líderes q u e o sem in á rio d o an o


anterior era d irec io n a d o a o s h o m e n s qu e n ecessita va m d e Cristo
ou à q u eles q u e estavam à m a rg e m na igreja. O m aterial d e divul­
g a ç ã o fo c a v a h o m en s qu e estavam ten ta n d o equilibrar vida c o n ­
jugal, filhos, finanças, in teresses p esso a is e recrea cion ais. N ele,
havia um a pergu n ta: “A lg u m dia v o c ê já p en sou : A vida n ão d eve
se resum ir a isso. T em qu e haver a lg o m a is?’ ” D o s 120 h o m en s
qu e p articiparam d a q u ele even to, c e rc a d e oiten ta p recisa va m d e
Cristo ou eram cristãos culturais. O s d em a is eram líderes ou cris­
tãos bíblicos.

C o n tu d o , o s em in á rio q u e e le con d u ziría era m ais fo c a d o


e m c ristã o s b íb lic o s e líderes. A ssim , se c o lo c a d o s na linha c o n ­
tínua, o s em in á rio d o a n o an terior estaria m ais à e x tre m id a d e
esq u erd a , p ró x im o d o la d o a m p lo , e n q u a n to a q u e le sem in á rio
estaria p ró x im o a o la d o p ro fu n d o . A ssim , o s 75 h o m e n s qu e
p articip aram d o s em in á rio c o n d u z id o p o r B rett rep resen tara m
m e ta d e d o to tal p la n eja d o para o e v e n to ! E m ou tras palavras,
ainda q u e o n ú m ero total d e h o m e n s q u e c o m p a r e c e r a m tenha
sid o m e n o r q u e o e s p e ra d o , o p ercen tu a l d e h o m e n s n o gru p o
alvo foi, na v erd a d e , m aior.

165
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

A o final da reunião, o qu ad ro ficou m ais ou m e n o s assim:

800 P essoas e 350 H omens

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4

P recisam de C risto M argem/C ulturais C ristãos B íblicos Líderes

5% = 20 homens 60% = 210 homens 25% = 85 homens 10% = 35 homens

A mplo P rofundo

230 DO TOTAL DE 350 HOMENS 120 DO TOTAL DE 350 HOMENS

A no U m A no Dois
“ O sucesso que im p o rta ” “ Liderando um a vida m ovida à
m issão"
Alvo: Homens sem Cristo Alvo: Cristãos bíblicos e líderes
Público: 120 homens Público: 75 homens
Público-alvo: 80 Público-alvo: Quase todos
Aprox. 25% do público-alvo Cerca de 50% do público-alvo
inicial inicial

O sem in ário d e Brett alcan çou um percentual m ais elevad o


d o público-alvo. Portanto, p o d e ter sido irrealista esperar 120 h o ­
m en s no sem in ário d o seg u n d o an o e, q u em sabe, deveríam ter
tido um público m aior qu e o previsto n o an o anterior. Esta análise
aju dou -os a geren ciar suas expectativas s ob re qu an tos h o m en s d e ­
veríam c o m p a re c e r a d eterm inadas atividades. Igualm ente, ta m ­
b é m p o d e lhe ajudar.

SE VOCÊ DESEJA QUE OS HOMENS


COMPAREÇAM, CONVIDE-OS
P rep a re-s e. V o c ê lerá a seguir, um “ p la n o d e m arketing"
a to d a p rova, v isa n d o atrair os hom en s de sua igreja ao
p ró x im o e v e n to . Está p ro n to ? E ntáo, aqui vai: Prim eiro, crie
um folh eto c o lo rid o d e ótim a qu alidade d e im p ressão para o seu
even to, e n tre g a n d o -o a to d o s o s h om en s. A seguir, produza uma

166
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

ap resen tação an im ada n o Pow erPoint a ser apresen tada n o telão


da igreja e m to d o s o s cultos, iniciando dois m e se s antes d o even to.
Talvez seja possível anunciar nas rádios cristãs locais. Então, alugue
pelo m e n o s um outdoor e m cad a rua principal qu e leve à sua igreja
para divulgar o even to. Vá ao aeroclu b e local e p agu e para qu e
na sem an a antes d o even to, o s h o m en s da cid a d e p ossam olhar
para cim a e ler “ Churrasco para h o m en s na sexta-feira” escrito n o
céu. Por fim, p eça a o seu pastor para qu e ele anuncie o even to d o
púlpito. T od o s sa b em qu e se o pastor reco m en d a r um a atividade
aos h om en s, eles a farão.

C reio qu e v o c ê já p erceb eu qu e o plano citad o não so m en te


é d ispen dioso, m as, p rovavelm ente, ta m b ém p o u c o eficaz. E a p e ­
nas um a fórm ula para atrair aq u eles qu e acabariam a p a recen d o ao
even to d e qualquer jeito.

0 poder do convite pessoal

Se você deseja qu e visitantes com p a reçam , deve


acrescentar um a estratégia às suas p ro m o çõ es: convites
pessoais. T od os os folhetos, anúncios e apresen tações
resultam apenas nisto: aum entarão a probabilidade de um
h o m em responder sim quando alguém o convidar para ir.

Isso faz sentido, n ão? Pense a respeito d e c o m o a m aioria d os


h om en s c o n h e c e a Cristo. D ecerto, isso n ão o co rre q u an d o estão
dirigindo pelas ruas e v e e m um d aqu eles “O u td o o rs d e D eu s” , res­
p on d en d o: “ C aram ba! Eu p reciso pedir para Cristo ser m eu S en h or
e S alvad or” . Claro qu e não. A lg u é m precisa investir te m p o expli­
can d o o eva n g elh o a eles e, então, co n v id a n d o -o s a aceitarem a
Cristo.

Pesquisas realizadas pela Religion in Am erican Life, ap on tam


qu e ap enas 2% ou 3% das p essoa s q u e v ã o a o s e v e n to s da igreja,
v ã o e m virtu de d o s an ú n cios, e n q u a n to q u e 85% v ã o a p ó s s e ­
rem c o n v id a d a s p or um a m ig o ou p aren te. O s h o m e n s p recisa m

167
H o m en s ... A lém d o c h urra sc o e fu teb o l

ser c o n v id a d o s - p essoa lm en te. T en d o a com p a n h ia d e um am i­


g o eles irão a qu alquer even to qu e jam ais iriam sozinhos.

D avid faz parte da e q u ip e d e lid eran ça d e sua igreja. Esta


d ecid iu organ izar in ú m eros e ve n to s e ativid ad es visa n d o d e s e n ­
v olver e solidificar a c o m u n h ã o entre o s h o m e n s da igreja. O pri­
m e iro p ro g ra m a foi um dia d estin a d o a pais e filhos. A d ivu lgação
foi feita p or m e io d o s boletin s da igreja, d e e-m ails e até p elo
p astor durante o s cultos. Q u a n d o o s á b a d o c h e g o u , a e q u ip e de
lideran ça reuniu-se para cu m p rim en tar e servir o s pais e filhos
q u e lo g o c h ega ria m .

De zero a cinquenta
E n tão , e le s e s p e ra ra m . E e s p e r a ra m m a is u m p o u c o . N o
final d as c o n ta s , fo ra e les , e x a ta m e n te n in g u é m , n en h u m pai
c o m seu filh o, a p a r e c e u p o r lá (D a v id e sta v a p e n s a n d o e m e s ­
c re v e r a o Guirmess p ara c o n c o r ­
A GRANDE id e ia rer c o m o o e v e n to d e h o m e n s d e
ig re ja m a is fr a c a s s a d o ).

Dê aos homens o O p ró xim o e ve n to p ro g ra ­


que precisam no m a d o era um a n oite d e b olich e
e m jan eiro. E m b o ra um p o u c o d e ­
contexto daquilo
san im ad os, os líderes d ecidiram
que desejam levar o p lan o adiante, ü m deles
sugeriu fazer da n oite d e b olich e
um a c o m p e tiç ã o . A ssim , recruta­
ram o n ze cap itães q u e seriam resp o n sá veis e m con vid a r outros
qu atro h o m en s para form a r o seu tim e. N a n oite d a q u ele even to,
54 h o m en s ap a recera m , o m aior gru p o q u e haviam c o n s e g u id o
reunir para ess e tip o d e ativid ad e e n v o lv e n d o o s h om en s. (Eles
o fe re c e ra m p inos extras para o s m e m b ro s d o s d iversos tim es que
n ão freq u en ta va m a igreja regu la rm en te. Isso resultou e m on ze
visitantes a o e v e n to .)

Por qu e deu certo? Eles ap enas tiveram o trabalho d e arre­


gim en tar o n ze h o m en s para aqu ele p rogram a. Então, esses on ze

168
C r ie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

recrutaram p esso a lm en te o s outros 43. S e v o c ê d eseja qu e o s h o ­


m en s c o m p a reç a m , con v id e -o s p essoalm en te.

DÊ AOS HOMENS 0 QUE PRECISAM


NO CONTEXTO DAQUILO QUE DESEJAM

C o m o alcançar o s h o m en s qu e estão à m a rg e m sem ser


“ch a to ” ?

ü m m o d e lo d e ensin o b íblico é “O qu e o s h om en s
p recisam fazer?” O m o d e lo d e n osso instituto tem sido “O
qu e o s h o m en s precisam e o qu e estão disp ostos a fazer?”
Em outras palavras, se um h o m e m precisa con siderar vinte
áreas, m as está distante o suficiente e m sua p eregrin a çã o
espiritual para dedicar-se a três d essas áreas, não faz sentido
falar das outras d ezessete. A o invés disso, con cen tre-se
nas três, con d u za-o adiante e, só então, a crescen te outros
assuntos en qu an to ele cresce.

A m a ioria d o s h o m e n s estará m ais fo c a d a , p e lo m e n o s


in icia lm en te, a p e n a s e m suas n e c e s s id a d e s im ed ia ta s, c o m o
carreira, d in h eiro, fam ília, a d m in is tra çã o d o te m p o e assim p or
diante. N ã o há q u a lq u er p ro b le m a nisso. In stru a-os s o b re fin an ­
ças e m o s tre -lh e s o q u e J esu s te m a dizer s o b re essa área, ou
seja, d ê a o s h o m e n s o q u e n e c e s s ita m no c o n te x to d a q u ilo q u e
e les d es eja m .

Pelo fato d e a nossa m e n s a g e m ser fun dam entada na ver­


dade das Escrituras, d e v e m o s ser relevantes, p o rém s em jam ais
c o m p ro m e te r o qu e é real. Francis S ch a effer afirm ou: “ C ada g e ra ­
ç ã o da igreja e m to d o e qualquer lugar tem a respon sabilidade de
transmitir o e va n g elh o e m term o s com preen síveis, respeitan do a
lin gu agem e form a d e p en sam en to d e cad a a m b ien te” .1 D e ve m o s
com u n icar a verd ad e d e D eus aos h o m en s por in term édio de uma
lin gu agem qu e eles c om p reen d a m .

169
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

For exem p lo, se v o c ê está ten tan d o alcan çar h o m en s sem


Cristo, c o n v id a n d o -o s para um estu d o bíblico d e lon ga duração
s ob re disciplinas espirituais m ais com plexas, o m ais provável é re­
c eb er um a resposta negativa deles. Entretanto, é qu ase im possível
ver crescim en to espiritual e m seus h o m en s se tu do o qu e v o c ê lhes
o fe re c e são p ro gram as esportivos e chu rrascos d e confraternização.

ALGUMAS DIRETRIZES FINAIS


Q u a n d o se trabalha c o m h om en s, e m qu alquer nível d e m a ­
turidade espiritual, um a b oa regra é: N ã o ten te en gan á-los! N ã o use
atividades divertidas para atraí-los para, então, o fe re c e r atividades
espirituais com plexas. S e v o c ê está ten ta n d o alcançar o s h om en s
para Cristo, jam ais incorra nesse erro.

Aqui estão algu m as diretrizes qu an to a atividades qu e atrairão


o s h o m en s sem Cristo e o s qu e estão à m a rg e m da igreja:

F aça N ão F aça

• Eventos focados em suas • Confiar somente em eventos


necessidades: finanças, casamento, focados em necessidades
carreira, recreação. puramente espirituais: oração,
• Incorporar recreação e interesses jejum, hora silenciosa.
pessoais: esportes, carros, filmes. • Incorporar atividades que deixarão
• Divulgar os eventos com os não-cristãos extremamente
honestidade: sim, esta é uma igreja. desconfortáveis: longas orações,
Sim, falaremos em Deus durante estudos intermináveis, pregadores
o evento. Sim, será divertido e inflamados ou de çòntato físico.
incentivador. • Atrair e só então revelar intenções:
• Eventos que tragam diversão aos "Antes de jogar basquete,
homens. queremos que assistam a um filme
evangelístico de 35 minutos".
• Eventos que facilitem os
relacionamentos entre os homens • Eventos que levem a um
de modo natural. sentimento de culpa.
• Apresente-lhes o passo • Eventos que ignorem visitantes ou
seguinte. Convide-os a alguma os forcem a falar.
atividade. • Deixe-os decidir o que devem fazer
• Faça que os visitantes desejem a seguir se estiverem interessados.
voltar. • Afaste-os sendo muito “carola".
• Planeje a longo prazo, sem muita • Esqueça que formar um discípulo
pressão. requer longo tempo.
C rie m o m en tu m v a l o r iz a n d o

Para o bter idéias m ais esp ecífica s visand o alcançar o s d ife ­


rentes tipos d e h om en s, vá a o a p ên d ice C: “ Criando m om entum
para o s cin c o tipos de h o m en s ” .

Muitas igrejas realizam um excelen te trabalho na criação d e


program as. O capítulo segu in te o auxiliará a garantir qu e essas
atividades aproxim arão o s h o m en s d e Cristo e m vez de ap enas ser
mais um a experiência e m o cio n a lm e n te satisfatória. Na m an u ten ­
ç ã o d o p ro gresso d os h o m en s e m suas jorn ad as espirituais, um a
ideia faz tod a a diferença: é absolu tam en te essencial qu e e m cad a
situação nós fa ç a m o s a c o m p a n h a m e n to d o s frutos e ap recia çã o
de cada even to realizado.

L em bre-se d is t o :

• Em geral, um dos maiores desafios que enfrentamos é fazer os


homens saírem de suas zonas de conforto, deixando os padrões de
comportamento que usam para manter Deus à distância.
• Para que os homens decidam se envolver em uma atividade de
discipulado, é preciso convencê-los do valor disso.
• Pode ser de extrema utilidade considerar os cinco tipos de homens
citados: homens sem Cristo, cristãos culturais, cristãos bíblicos, líderes e
os que estão sofrendo.
• Para agregar valor, busque os homens onde eles estão. Diferentes
atividades atraem diferentes tipos de homens.
• Convites pessoais constituem o segredo para obter uma resposta
positiva. Todos os esforços promocionais tornarão mais provável obter
um sim quando alguém convidá-los.
• Ofereça aos homens o que eles necessitam no contexto em que
desejam.

á 171
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

F a le s o b r e is t o :

1. Quando foi a última vez que você fez algo positivo fora da sua
“zona de conforto"? O que o motivou a dar esse passo? Como essa
experiência pode ajudá-lo em sua reflexão sobre como fazer novos
homens se envolverem?
2. Pense no último grande evento de homens que o seu ministério
realizou. Qual foi seu grupo alvo? O evento ajudou no alcance dos
propósitos? Como as pessoas ficaram sabendo do evento? Quantos
participantes foram pessoalmente convidados por outros homens?
3. Pense a respeito dos homens em sua igreja que são cristãos culturais.
Quais são algumas coisas que poderão levar esses homens a sair da
arquibancada e participar do jogo?
4. Como equipe, use o quadro da linha contínua na página seguinte
para compilar a tarefa que você previamente realizou neste capítulo.
Escreva os tipos de homens ao longo da parte superior e o percentual
estimado em sua igreja. Nas linhas a seguir, escreva as atividades
presentes em sua igreja agora, sejam ou não só para os homens,
posicionando-as no local aproximado da linha que representa os
grupos de homens que elas atingem.
5. Considere o percentual de cada tipo de homem presente em sua
igreja. Há grupos que você está “focando demais”? Existem grupos
que estão sendo negligenciados por seus esforços atuais? Como
poderia ajustar os seus presentes esforços, visando atingir todos os tipos
de homens em sua igreja?

____________________________________________
O r e s o b r e is t o :

Orem juntos como equipe de liderança

• Para que os homens de sua igreja percebam a necessidade por


Deus e vejam seus programas de discipulado como ferramentas para
estarem mais perto dele.
• Pelos diferentes grupos de homens em sua igreja. Pense em alguns
nomes em cada categoria e ore por eles.
• Por líderes com um coração inflamado em alcançar outros homens
em cada estágio de suas jornadas espirituais.

772
<
LINHA CONTÍNUA ENTRE O AMPLO E O PROFUNDO E O SEU MINISTÉRIO

4
o_
C
r ie

■■■■■■
m o m en tu m

173
v a l o r iz a n d o
10
C apture o m o m e n tu m com o
PRÓXIMO PASSO CORRETO

Muitas igrejas enfrentam problemas com um ministério com


homens que parece uma monfanha-russa. Um evento atrai
novos homens. Quatro meses depois, a liderança fica se
perguntando onde eles foram parar. Esse capífulo trata sobre
os dois erros em manter os novos homens, e fornece dicas
práticas sobre como estimulá-los de forma consisfente em
direção a um discipulado

V o cê já ouviu um a história c o m o esta?

“ N ó s tivem o s um retiro d e h o m en s m aravilhoso n o an o pas­


sado. O palestrante desafiou pra valer os rapazes. Ele com partilhou
sobre c o m o seu relacion a m en to c o m o pai era m uito ruim e c o m o
isso o afetou na vida adulta. D e fato, ele con segu iu criar um a c o ­
nexão verdadeira c o m n ossos h om en s. C o m o resultado, to d o s se
em o cio n a ra m ; gru pos d e h o m en s oraram juntos p or seus relacio ­
n am en tos c o m o s filhos e pelas m á g o a s p roven ien tes d e seus rela­
cion a m en tos c o m o s pais. H ou ve alguns c o n s a gra n d o n ovam en te
suas vidas a Cristo. Foi d em a is.”

Pausa... “M as m uitos d os h o m en s qu e fo ra m n este retiro


n ão e stã o m ais e n vo lvid o s c o m a n ossa igreja. O q u e a c o n te ce u
c o m to d o s a q u e les qu e estavam o ra n d o e c h o ra n d o jun tos? Talvez
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

ten h am sido leva d o s pela e m o ç ã o d o m o m e n to . Na verdade,


p e rg u n to -m e se alguns experim entaram a lg o au tên tico” .

O u q u em sab e sua história seja m ais c o m o esta: “ C in co


an os atrás, oco rreu um gran de eve n to para h o m en s na cidade.
A lu g a m o s um ônibus e 93 h o m en s se inscreveram . Foi e x c e p c io ­
nal! Então, três an os depois, o local d o retiro era m ais distante
e fora p ro g ra m a d o para um final d e sem a n a p éssim o. Por c o n ­
seguinte, h ouve ap en as cinquenta inscrições. N o an o passado, o
local era, de n ovo, m ais perto, e p en s a m o s qu e haveria m uito mais
h o m en s inscritos. P orém , a duras pen as c o n s e g u im o s 23 partici­
pantes. A c a b a m o s viajan do em p o u co s carros e sim p lesm en te não
foi a m e sm a c o is a ” .

Então, su rgem as esp ecu la çõ es: “O pastor n ão deu o ap oio


n ecessário d o púlpito” . “ Foi num final d e sem an a p éssim o p or cau­
sa da final d o c a m p e o n a to .”

UM MINISTÉRIO COM HOMENS ESTILO MONTANHA-RUSSA


E m um en co n tro da C oalizão N acion al d e M inistérios c o m
H o m en s, o pastor Sid W o od ru ff com partilh ou um a ótim a ilustração
sob re estar an d an d o e m um a m ontanha-russa num parque tem áti­
co. Por m orar na Flórida, c o n h e ç o algu m a coisa sob re brinquedos
d e parques tem á ticos. Vam os expandir a m etáfora d e Sid sobre
m ontanha-russa.

Im a gin e-se estar e m um a m ontanha-russa d e última geração,


c o m gra n d e expectativa. A p ro te çã o d e s c e sob re o seu o m b ro e
um a d es ca rga d e adrenalina p ercorre o seu corp o. V o cê olha a
descid a à frente e se dá conta qu e não p o d e passar vergon h a sain­
d o d o b rin qu ed o no últim o m inuto c o m o um a criança apavorada
- ainda m ais q u an d o ta m b ém há várias delas na m ontanha-russa e
elas não p a re ce m tã o apavoradas qu an to v o c ê !

O carrinho deixa a plataform a inicial, faz um a curva e c o m e ç a


um a subida con stante. Click, click, click... V o cê c h e g a a um quarto
da subida, alto o bastante para to d o s o s carros estarem vertical­
m en te suspensos, m al ap oiad os no trilho e, então, ele para. Sera

176
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

qu e qu ebrou ? Será qu e o o p era d o r viu o terror no seu rosto e d e c i­


diu m ostrar com p a ixã o, p arando o brin quedo?

Claro qu e não.

Pelas caixas de s o m que v o c ê não havia reparado antes, c o m e ­


ça um a c o n ta g e m regressiva. A o ouvir zero, v o c ê é catapultado e m
direção ao céu. A m edida qu e o carrinho se aproxim a d o top o, v o c ê
rapidam ente p ed e a D eus que to m e conta d e sua mulher e filhos e,
então, tenta decidir se quer m orrer de olh os abertos ou fechados.

A parte d e trás cai, ou melhor, v o c ê é em pu rrado para baixo


n ovam en te. A s leis da física foram superadas! A m ontanha-russa
não saiu d os trilhos! A g o ra , a brincadeira c o m e ç a para valer. V ocê
é a rrem essa d o contra as curvas, e s m a g a d o nas subidas, m e rg u ­
lhado e m ravinas m etálicas e vê o m u ndo d e ca b eç a para baixo
algu m as vezes.

O qu e antes era assustador rapidam ente se transform a


em diversão. A s atrações d o parque passando rapidam ente, o
estardalhaço d os com pan h eiros d o brinquedo, gritando e berrando
a plenos pulm ões, sua própria alegria ao perceber qu e “ não vai
m orrer” . A lgu m as curvas são d e acabar c o m o s o sso s e, então,
surge outra volta de p on ta-cab eça inspirada na hélice dupla d o DNA.
V ocê ouve a própria voz, gritando alegrem en te: “ Isso é tudo o que
v o c ê tem ? A p o sto que p o d e fazer m elhor d o qu e isso!” Então, o
brinquedo ven ce outra curva e... v o c ê para.

V ocê volta à plataform a inicial. O s o p era d o res da m o n ta n h a -


-russa o lh am -n o c o m o m e s m o olhar desin teressad o d e qu an do
v o c ê partiu. H á um a m assa d e visitantes ansiosos, esp eran d o para
tom a r seu lugar. Q u a n d o v o c ê se levanta e sai, olha para trás e
pensa: Estou saindo do brinquedo no m esm o lugar onde entrei.
Na verdade não fui a lugar nenhum.

Essa história c on tém m uitos paralelos c o m o ministério


c o m hom ens. O gran de evento, o retiro-aventura, o apelo do
púlpito. Realizados da form a correta, esses even tos p od em

177
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

catapultar seu ministério. Porém , m uito frequentem ente, muitos

I
m eses d epois ou até m e s m o um an o ou dois mais tarde, os
líderes olh am e m volta e se d ão conta de qu e seu ministério está
d e volta a o lugar d e o n d e partiu. Em vez d e ter um ministério
qu e progride, apesar d os p icos e vales, ele estagna. O s líderes
não c o n s eg u e m capturar e sustentar o m ovim en to. Possuem
um ministério d e h om en s estilo montanha-russa.

S e v o c ê fizer um grá fico sob re esse tipo d e m inistério d e h o ­


m ens, ele p rova velm en te seria m ais ou m e n o s assim:

E quanto a o seu ministério c o m hom ens? Sente-se tão frustrado


que está prestes a gritar: “Pare esse brinquedo! Eu quero descer!” Você
enxerga mais os vales d o que os picos? O seu ministério assem elha-se
mais a um a série de altos - grandes eventos de hom ens, experiências,
avivam entos - em bora não haja nenhum a diferença real no c o m p ro ­
m isso espiritual d os seus hom ens? N o s últimos anos, testemunhou
um aum ento substancial no núm ero d e hom ens buscando o discipu-
lado? S e não gosta de suas respostas, v o c ê p od e descer da m onta­
nha-russa e com eçar a levar seus h om en s para um n ovo destino.

DUAS ARMADILHAS NO MINISTÉRIO COM HOMENS


Porém, antes de descer da montanha-russa, você precisa saber
c o m o entrou nela. S e um ministério com hom ens estilo montanha-russa
é o problema, qual é a causa? De acordo c o m nossa experiência, exis­
tem duas armadilhas nas quais os ministérios c o m hom ens podem cair.

178
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

Armadilha 1: 0 ministério com homens movido


por uma pessoa
A lgu m a s igrejas p ossu em m inistérios c o m h o m en s qu e v ã o
m uito b em durante alguns an os e d ep o is sa e m d os trilhos. Há di­
versos even to s a cad a ano, p eq u e n o s gru pos regulares, gran des
gru p os qu e v ã o a o s M an ten ed ores da Promessa***, retiros eva n ge-
lísticos b em -su ced id os. A c h o qu e v o c ê já enten deu a ideia.

H o entanto, então, c o m o passar d os m eses, tudo p arece


c o m e ç a r a morrer. C h ega o próxim o retiro d e h o m en s e ele n ão é
m uito b em organizado. A p en a s m eta d e d os participantes d o ano
anterior. O s p eq u e n o s gru p os d es a p a re c em e o respon sável por
tom a r con ta deles p arece ter p erd id o o interesse. D e m aneira geral,
as atividades e p ro gram as definham .

Esse é o principal sintoma de um ministério c o m hom ens liderado


por uma pessoa. Hesse cenário, um líder dinâmico e experiente reúne
um grupo de hom ens ao seu redor e organiza o ministério. Ele possui o
respeito de seu pastor e da liderança da igreja, b em c o m o os recursos
necessários para fazer as coisas acontecerem . Sua organização ajuda a
garantir os eventos de alta qualidade que os hom ens tanto apreciam.

Infelizmente, um dia esse líder ganha um a p ro m o çã o e pre­


cisa viajar mais. Seu braço-direito tem qu e reduzir o envolvim ento
qu ando a m ãe enfrenta um a crise d e saúde e se m uda para a casa
dele. Eles não haviam recrutado nenhum líder a mais, d e form a que
não há m ais ninguém pronto ou se voluntariando. É c o m o acabar
a gasolina enquanto um carro corre por um a estrada. Ele continua
durante um m o m e n to d e transição, p orém lo g o encosta, inerte.

Armadilha 2: 0 ministério com homens movido a eventos


É provável q u e seu m inistério c o m h o m en s passe p or um a
série d e altos e baixos diversas vezes a cad a ano: v o c ê passa al­
gu ns m eses divu lgan do o chu rrasco e a c o m p e tiç ã o d o s h om en s

*** Organização americana interdenominacional, conservadora cujo objetivo é apresen­


tar Jesus Cristo aos homens de forma a receberem-no com o seu único e suficiente salvador,
e orientá-los pura que cresçam na vida cristã. Atualmente, essa organização existe em vários
países.

___
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

qu e a c o n te c e m , d iga m o s, d ep o is d o Dia d o Trabalho. O s h om en s


d e sua igreja se an im am . Eles se in screvem na re c e p ç ã o da igreja
c o m m e se s d e an teced ên cia. T o d o m u n d o c o m en ta sob re o ano
anterior, qu an d o assaram um p o rc o inteiro no esp eto. G ro tesco e
fascinante a o m e s m o te m p o . O even to c h e g a e há um a trem en da
participação. T od o s estão an im ados c o m a possibilidade d e c o m e ­
çar b em o n ovo an o da igreja para o s h om en s.

E, então... B om , a c h o m elh or c o m e ç a rm o s a nos preparar


para o even to d e en cerra m en to d o ano, s em e sq u e ce r o retiro de
carnaval, e m fevereiro. Então, v e m o c a m p e o n a to interno d e fu­
teb ol de salão, a sem an a d o s h om en s, na prim avera. D epois, o
c a m p e o n a to d e p esca e assim p or diante.

Para essa igreja, o m inistério c o m h o m en s é um a série de


p o n to s no radar. A cad a ano, a c o n te c e m três ou quatro even tos
qu e deixam to d o s an im ados. P orém , n esse ínterim, a igreja ainda
luta para con segu ir h o m en s qu e aju dem na enferm aria, nas aulas
da esco la dom in ical qu e sem p re co n ta m c o m as m e sm a s pessoas,
e o c a fé da m anhã c o m p an qu ecas m en sal é a única atividade
m asculina disponível.

E sse é um m in istério c o m h o m e n s m o v id o a even to s. E ó b ­


vio q u e e ve n to s para h o m e n s s ã o im p ortan tes. P rec is a m o s de
variadas fo rm a s d e a c e s s o s para q u e o s h o m e n s se en vo lva m na
vida da igreja e, p or c o n s eq u ê n cia , e m c o n ta to c o m o eva n g elh o .
P orém , se tu do o q u e há s ã o e ven to s, um a hora o s h o m e n s não
a p a re c e m m ais.

V ocê p o d e escap ar da arm adilha d o m inistério c o m h om en s


m o v id o a um a p essoa, con tin u am en te recrutan do p essoas e dan do
p o d e r à liderança, tem a já a b o rd a d o e m d etalh es n o capítulo 7.
Sinta-se a von tad e para rever a gora as estratégias e s u ge stõ es para
renovar sua liderança.

E c o m o e sc a p a r d e um m in istério c o m h o m e n s m o v id o a
e ve n to s? Tenha um a estratégia para capturar o m o v im e n to criado
p e lo s e ve n to s e u s e -o s para fo rn e c e r a to d o s o s h o m en s o p róxi­
m o p asso a d e q u a d o .

180
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

V o cê ligaria o a r-co n d ic io n a d o na sua casa no m e io d o v e ­


rão e, en tão, deixaria p ortas e jan elas abertas? C laro qu e não. D o
m e s m o jeito , é p reciso um a gra n d e d o s e d e trabalh o e en ergia
para s o b re p o r a inércia n os h o m en s crian d o valor e m o v im en to .
N ã o faz sen tid o ter um p lan o c o n c re to a fim d e aproveitar o clim a
e m anter o s h o m en s e m d ireç ã o a um rela c io n a m e n to m ais p r o ­
fu n do c o m D eus?

SUPERANDO UM MINISTÉRIO ESTILO ARRANHA-CÉU


Im agin e qu e v o c ê esteja visitando a cid a d e d e N ova Iorque e
um a m ig o o leve ao to p o d e um arranha-céu. E nquanto v o c ê a d ­
mira a bela m etróp ole, ele aponta um prédio d o outro lad o da rua
e lhe con ta sob re o excelen te restaurante na cobertura: “ Por qu e a
gen te não pula daqui m e s m o e v a m o s alm oçar?” V ocê olharia para
o prédio e d ep o is para a rua, con clu in d o qu e seu a m ig o deveria
estar m aluco. É um absurdo pensar qu e seria possível pular para o
outro prédio.

C o m frequência, o s m inistérios e p rogram as d e n ossas igre­


jas são c o m o esses arranha-céus e m N o va Iorque. C ada um deles
existe sem um a liga çã o clara c o m o s d em ais p rogram as da igreja,
ü m a p esso a está envolvida na escola d om inical e/ou na equ ip e de
o ra ç ã o e/ou na m issão d e curto-prazo, p orém não há um a clara
con ex ã o entre as iniciativas. Assim , fazer um h o m e m qu e frequ en te
o culto se juntar a um p eq u e n o gru p o d e casais ou a um estudo
bíblico para h o m en s é c o m o pedir-lhe para pular d e um prédio ao
outro, c o m o no exem plo.

A ironia é qu e algu m as p essoas estão dispostas a pular.


S em p re há aqu eles p o u co s c o m p ro m e tid o s d isp ostos a dar esse
salto d e fé e m ergulhar d e ca b eç a na primeira oportunidade. Na
verdade, e m gran de parte das igrejas, muitas p essoa s d ã o esse sal­
to para evitar qu e veja m o s qu ão p o u c o há d e um p ro ce ss o crível de
discipulado. Porém , a m aioria das p essoas ficará exatam en te o n d e
está, no to p o d o arranha-céu, a m e n o s qu e con stru am os pontes
c o n e cta n d o as diversas oportunidades, torn an d o ó b v io c o m o se
m o ver d e um a outro. Isso é o qu e significa capturar o m ovim en to.

181
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

DOIS ERROS COMUNS APÓS CRIAR O MOVIMENTO

Existem dois erros com u n s qu e ten d em o s a com eter

1
d ep ois d e criar a lg o d e valor c o m um h o m em : fazem os muito
p ou co, ou ten tam os fazer demais.

E m prim eiro lugar, fa zem o s m uito p o u co . Q uantas vezes v o c ê


não viu um líder gastar to d as as suas en ergia s p lan ejan do “ o gran ­
de e v e n to ” e, então, arrumar suas coisas e ir para casa d ep ois do
“a m é m ” d e e n cerra m en to ? Esse é o clássico m inistério c o m h o ­
m en s m o v id o a eventos.

O rga n iza m os um retiro de h o m en s ou um sem inário; o h o ­


m e m te m um “d espertar” . N o an o seguinte, o c o n vid a m o s n o va­
m en te... há ou tro “ d espertar” , ü m an o d ep o is? N o v o “ despertar".
A p ó s alguns anos, te m o s m uitos h o m en s “ d esp erta d os” , p orém
nenhum d esen vo lvim en to espiritual e m p rogresso.

S e n ão fo rm o s c u id a d oso s, o s h o m e n s p en sa rã o qu e isso é
o q u e sign ifica ser um b o m cristão. O u en tão, p erd e rã o o in teres­
se p o rq u e n ão re c e b e m nenhu m im p a c to e m suas vidas, ü m m i­
nistério c o m h o m e n s estilo m on tanh a-ru ssa cria um a resistência
n os h o m e n s d e m o d o a im pedir o e n v o lv im e n to d eles. Afinal de
con tas, e les sa b em , e m seu s c o ra ç õ e s , q u e aqu ilo n ão vai levar
a nada. C o m o resu ltado, o s h o m en s (e o seu p astor) se torn am
“v a c in a d o s ” con tra um p ro c e s s o real d e d iscipu lad o.

E m s e g u n d o lugar, tentar fazer c o is a s d em a is p o d e acab ar


s im p le s m e n te n ão d a n d o resultado. Por ex em p lo , v o c ê con vida
o s h o m e n s para um gra n d e chu rrasco n o dia da final d o c a m p e ­
o n a to d e fu teb ol c o m m uita carne e um a televisã o e n o rm e. V ocê
o s e n c o ra ja a trazerem seus vizinhos e a m ig o s , e vários h o m en s
q u e ra ram en te a p a re c e m na igreja vão. Então, n o intervalo v o c ê
se levanta e lhes o fe r e c e um a o p o rtu n id a d e d e se juntar a um
estu d o b íb lico d e 45 sem a n as s o b re o livro d e A p o ca lip s e , no
origin al g r e g o . S ei q u e exa gerei um p o u c o , m a s v o c ê en ten d eu o
q u e eu quis dizer.

182
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

Portanto, c o m o o bter o equilíbrio entre esses dois extrem os?


D an d o um p róxim o passo ad equ a d o.

)
"1
L_

"
*
4 ,
CRIAR

I VlSÃO J
X/
M L
SIISTFNTAR CAPTURAR ^
/

OFEREÇA AOS HOMENS 0 PRÓXIMO PASSO ADEQUADO

A o planejar um even to ou atividade para hom ens, faça das


atividades posteriores parte d o planejam ento d o seu evento.
Em outras palavras, não crie m ovim en to sem ter um plano de
c o m o irá aproveitá-lo (jam ais!). Irem os ver detalhadam ente
todas as chaves para aproveitar o m ovim en to c o m sucesso,
porém , por ora, aqui está a lista:

• P rogram e atividades posteriores adequadas a o evento.

• Tenha a n o ç ã o exata d o c o m p r o m is s o q u e
está a ssu m in d o.

• S em p re saiba o n d e v o c ê quer chegar.

• Escolha um b o m material “d e segu n da m archa” .

• C o m e c e n ovos grupos para h om en s novos.

• Ajude os hom ens a darem o próxim o passo - sem demora.

Programe atividades posteriores adequadas ao evento


E nquanto estiver p lan ejan do o even to , d eterm in e o s tipos
d e h o m en s qu e irá focar. S erá n ecessá rio con sid era r isso qu an d o

183
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

planejar a estratégia a seguir. O tip o d e e v e n to qu e v o c ê e m p r e e n ­


derá lhe ajudará a determ inar o tip o d e uso qu e irá fazer.

Veja algu m a s idéias na figura 12.

T ip o d e h o m e m T ip o d e E ven to Id é ia s p a r a F o llo w -u p

Homens sem Cristo Churrasco Inscrições para o time


de basquete; viagem
de aventura; pequenos
grupos para iniciantes

Cristãos culturais Trocar o telhado da Reunião informativa


casa de uma viúva sobre viagem
missionária; formação
de equipes de serviço

Cristãos bíblicos Retiro de homens Pequenos grupos;


oportunidades de servir

Líderes Almoço para discutir Orar pelos homens;


visão frequentar reunião de
líderes como convidado
Figura 12

Tenha a noção exata do compromisso


que está assumindo
N ã o p e ç a a o s h o m en s q u e assu m a m um c o m p ro m is s o além
d e suas possibilid ad es, a p ro v e ita n d o -s e d o en tu siasm o d eles ao
final d o even to. E m princípio, um h o m e m p o d e ficar a n im a d o
c o m o estu d o b íb lico e m 45 s em a n a s s o b re o te m a santidade.
S ó q u e na segu n d a -feira o s clien tes d ele c o m e ç a m a reclam ar, na
terça, ele se lem bra q u e o p a g a m e n to d e sua h ip o teca está quinze
dias atrasad o e, na quarta, a q u e le en tu siasm o inicial passa a ser
um a pálida lem bran ça.

V o cê estava d irig in d o u m carro e a c id e n ta lm e n te m u da u


m a rch a da p rim eira para a qu arta. O q u e a c o n te c e ? É a m e sm a
c o is a q u a n d o p e d im o s a o s h o m e n s para fazer m u ito e m p o u c o
te m p o . E les travam . A m a ioria d o s visitan tes n ão d es eja fazei

L. 184
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

m uita p rep a ra ç ã o . T a m p o u c o , a p re c ia m ler um livro d e d u zen ta s


p á gin a s. E ntão, o p ró x im o p a s so te m d e gritar para o h o m e m :
“ V o c ê c o n s e g u e fazer is s o !” D e ve ser a lg o q u e e le re a lm e n te
c o n s ig a ver-se fa ze n d o - c o m en tu sia sm o . D e ve ser um a id eia
d e s eg u n d a m arch a.

Sempre tenha um objetivo


Igu alm en te, p o d e m o s pedir d em ais, se exig irm o s d o s h o ­
m en s, um c o m p ro m is s o in con d icion al. C o n sid ere um h o m e m
q u e viven cie um a exp eriên cia q u e o inspire a buscar u m nível m ais
p ró xim o d e Deus. Ele se une a um estu d o bíblico sem a n al para
h om en s. P o u co te m p o d ep o is, seja p or m u d a n ça s nas circunstân
cias d e sua vida ou talvez d ev id o a o seu c o m p ro m e tim e n to inicial
excessivo, sua p a rticip ação no gru p o c o m e ç a a ser preju dicada.
Ele falta um a sem a n a aqui e outra acolá. D epois, duas sem a n as
s egu id a s e, então, três sem an as. Por fim , s im p le s m en te s o m e . Ele
a b a n d o n a o estu d o a o s p o u co s , q u ase sorrateiram en te, s e n tin d o —
-se c u lp a d o p or ter d e c e p c io n a d o o gru po, d e ix a n d o -o d e m a n ei­
ra tã o dissim ulada.

A g o ra , im a gin e o m e s m o h o m e m c o m p ro m e te n d o -s e a se
en con trar durante seis sem a n a s c o m um gru p o d e h o m en s. Se
as circu n stân cias m u d a rem , e le sab e q u e terá d e “ dar um je ito "
p or m ais a lg u m a s sem a n a s para term inar o q u e iniciou. Assim ,
ele deixa o gru p o n ão c o m o fracassa d o, m as c o m um sen tim en to
d e sa tisfa çã o e con qu ista. Q u e h o m e m estará m ais p ro p e n so <1
participar d e um p e q u e n o g ru p o na próxim a o p o rtu n id ad e?

Para re fo rç a r e s s e c o n c e it o , v o c ê p o d e a té c e le b ra r o final
d e c a d a c ic lo . Essa p o d e ser a o p o rtu n id a d e d e v o c ê s parti­
lh a rem h istórias s o b re c o m o D eu s tra b a lh o u na vida d e to d o s
a o lo n g o d as seis s e m a n a s a n terio re s , a ssim c o m o dar um a
d e s p e d id a fo rm a l a o s h o m e n s c u jo s o u tro s c o m p r o m is s o s não
lh es p e rm itirã o m a is con tinu ar. O g ru p o p o d e a té “ e n v iá -lo s "
para o n o v o e m p r e e n d im e n to , fa z e n d o - o s se s en tirem c o m is ­
s io n a d o s para a p ró x im a m is sã o , e m v ez d e s e n tire m c o m o se
e s tiv e s s e m a b a n d o n a n d o -o s .

185
H o m en s ... A lém d o c h u rra sc o e fu teb o l

Escolha um bom material de segunda marcha


P rocu re p or b on s m ateriais qu e levan tem q u estõ es im portan ­
tes e lidem b iblicam en te c o m elas. O s h o m en s farão um único c o m ­
p rom isso d e cu rto-prazo para a lg o qu e p areça valer o “sacrifício” .

O estu d o d e c a s o qu e s eg u e ilustra dois outros erros com u n s


que, e m geral, c o m e te m o s . V ocê é cap az d e identificá-los?

E rros c o m e t i d o s e m m in is t é r io s c o m h o m e n s : Um estu d o d e ca so

Uma igreja que chamaremos de “Igreja Gpmunitária” compartilhou que


havia alcançado um “teto” com o númeròde participantes em seus
pequenos grupos. Ao perguntarmos o que estavam fazendo para atrair
mais homens, sua estratégia em princípio nOs pareceu muito boa. Eles
realizavam eventos que tinham grande apelo junto aos homens. Todo
programa atraía muitas pessoas. A cada evento, a igreja oferecia uma
oportunidade para participar de um grupo de estudo. Na verdade, eles
estavam usando um bom material de segunda marcha, pedindo apenas
um compromisso de curto prazo. Tudo parecia em perfeitas condições.
Então, fizemos a seguinte pergunta: Como vocês estão dividindo os
homens nos pequenos grupos? "Simples”, responderam. “Listamos
todos os grupos em um pedaço de papel. Cada grupo coloca o nome
do líder, quando e onde eles se encontram, e quantos lugares há
disponíveis para fechar o grupo. Então, os interessados escolhem um
grupo que lhes seja conveniente, escrevendo o nome e demais dados.
Mais tarde, o líder os procura. Porém, só alguns visitantes se inscrevem. E
mesmo esses, quase nunca aparecem.”

Comece grupos novos para homens novos


O primeiro equívoco com etido por essa igreja foi listar grupos
c o m o número de lugares disponíveis. ü m h om em que olha para a lista
rapidamente percebe que está entrando e m um grupo já estabelecido.
Q u em mais faz parte d o grupo? Há quanto tem po se reúnem? Com
certeza, ele será o “cara novo". Se você alguma vez trocou de escola na
infância, decerto se lembra de co m o era a hora do recreio na primeira se­
mana. Todo mundo já tinha “sua” turma e você não sabia ao certo quão
receptíveis seus colegas seriam com o aluno novo sentado ao lado deles.

S o m o s adultos agora, p orém a q u ele m e d o d e rejeição nunca


vai em bora. S em p re inicie n ovos gru p o s para seu folloiv-up.

186
C a p tu r e o m o m en tu m c o m o p r ó x im o pa sso c o r r eto

Ajude os homens, de imediato, a darem o próximo passo...


V o cê d escobriu o s egu n d o erro? Mão faça interessados e s c re ­
verem seus n o m es num a lista, d izendo-lh es qu e “ irá entrar e m c o n ­
ta to ” . O objetivo é qu e eles saiam c o m o sen tim en to d e já h averem
se c o m p ro m e tid o . Portanto, qu alquer qu e seja o p asso seguinte,
sem p re p eça para qu e se c o m p ro m e ta m ali m e sm o .

Aqui está um m é to d o c o m p ro v a d a m e n te eficaz, no sentido


d e fazer qu e dois terço s d os h o m en s d e sua igreja participem d e
p eq u en os grupos.

Realize um even to qu e alcan ce um gru p o e sp ec ífico d e h o ­


m ens, c o m o um sem inário. P ro m o va o even to p or m e io d e - repita
agora c o n o s c o - con vites pessoais. A n tes da atividade, recrute lí­
deres qu e se c o m p ro m e ta m a conduzir um gru p o d e seis sem anas;
defina um líder para cad a oito ou n ove h o m en s participantes d o s e ­
minário. (S e houver dois terço s d os h o m en s inscritos, isso resultará
e m gru pos d e cin c o ou seis para cad a líder.)

Mo c o m e ç o ou na m eta d e d o even to, anuncie qu e há um


“próxim o p a s so ” para to d o s a p ó s aqu ele sem inário. M ostre-lhes o
material qu e irão usar e certifique-se d e qu e eles en ten d am d e qu e
se trata d e um c o m p ro m is s o d e curto-prazo. Isso lhes dará te m p o
para absorver o con ceito.

C o m frequência, o Brett usa a segu inte ilustração, durante


um sem inário, para explicar o s b en efícios d os gru pos d e folloiv-u p :

“ S e v o c ê m e der 100 d ólares agora, eu lhe darei 200 dólares


no final d este sem inário. Q u an tos d e v o c ê s aceitariam essa oferta?”
Em geral, tod as as m ã o s são erguidas c o m veem ên cia.

“A g o r a , d e ix e m -m e o fe r e c e r a v o c ê s um a c o r d o d iferen te.
S e v o c ê s m e d e re m 2 0 0 d óla res, eu lh es darei m il d ó la re s e m
seis sem a n a s. O d o b ro d o in ve s tim e n to da prim eira p ro p o sta,
p o ré m c in c o v e z e s o reto rn o . Q u a n to s d e v o c ê s a c e ita ria m ? ”
G e ra lm e n te , n essa hora, a lg u é m se levanta e jo c o s a m e n te c o ­
m e ç a a p e g a r sua carteira.

“Muito bem , hom ens, isso é exatam ente a proposta qu e eu


estou fazen do a vocês. S e m e d erem mais ou m en os oito horas

187
H o m e n s ... A lém d o churrasco e futebol

d o seu te m p o am anhã nesse evento, v o c ê s irão receber um bom


retorno d e seu investim ento. Porém , se dobrarem esse investim ento
c o m m ais oito horas durante as próxim as seis sem anas e m reuniões
c o m alguns h om en s d esse grupo para seguir esse guia de estudos
qu e estam os lhes dando, v o c ê s ganharão cin co vezes mais d o que
se ficassem apenas m e ouvindo falar.

“A verdade é qu e eu só p osso dar a v o c ê s in form ações que os


farão refletir durante esse seminário. S e realm ente qu erem ver c o m o
isso se aplica a sua vida, usem um te m p o adicional, indo mais fundo
nesses problem as c o m alguns h om en s qu e vivem a o seu redor.”

D ê várias oportunidades para discussões em grupos m enores du­


rante o evento. Isso ajuda a dar form a aos pequenos grupos e faz que
os hom ens troquem idéias. É com u m ouvirmos igrejas que tiveram de
interromper essas discussões para seguir para a próxima sessão.

Passados cerca d e três quartos da p ro gra m a çã o , e m vez de


p rop or outra d iscussão e m grupos, in form e a o s participantes que
eles form arã o o s gru p o s que darão con tinu idade ap ós o even ­
to. Faça qu e cad a líder se levante, ap resen te-se e diga qu an d o e
o n d e seu gru po se encontrará. “O lá, m eu n o m e é Daniel Fisher.
M eu gru po se reunirá no restaurante localizado na esquina da Rua
Quinta c o m a Centenário, às quintas, a partir d e 6 :3 0h .” E assim
p or diante.

A p ó s to d o s o s líderes te re m se ap resen ta d o , in fo rm e aos


h o m e n s q u e para o p róxim o p e río d o d e discu ssão, d e v e m e s ­
c o lh e r um g ru p o n o qual eles g o s ta ria m d e con tinu ar d ep o is do
even to. L e m b r e -o s d e q u e se trata ap en a s d e um c o m p ro m is s o
d e seis sem an as. D iga-lh es qu e m e s m o q u e n ão p lan ejem fre­
qu en tar um g ru p o p o sterio rm en te, eles d e v e m e sc o lh e r um para
o te m p o d e d iscu ssão.

M esse m o m e n to , to d o s o s h o m e n s na sala e s tã o o lh a n d o
para v o c ê , e v o c ê d e v e dizer, “ M u ito b e m ! A g o r a , e s c o lh a a l­
g u é m para fo rm a r o g ru p o ! V a m o s lá !” E les s ã o h o m e n s , le m ­
b ra-se? Por fim , e le s v ã o c o m e ç a r a se m o v im e n ta r e, an tes qu e
p e rc e b a , c a d a h o m e m estará s e n ta d o num círcu lo c o m ou tros
h o m en s . P a re c e b a g u n ç a d o e d e s o rg a n iz a d o , m as fu n cio n a de

t 188
C apture o momentum com o p r ó x im o passo co rreto

v e rd a d e ! Isso n ós g a ra n tim o s ! O s e g r e d o é q u e o s h o m e n s s ã o
e s p e r to s e lo g o e n ten d erã o . V o c ê n ão p recisa ad m in istrar c a d a
d eta lh e d o p ro c e s s o . N a v e rd a d e , ten tar g e re n c ia r ca d a d e ta lh e
reduzirá sua e ficá cia .

A n tes d os gru pos c o m e ç a re m a discutir, o s líderes p assam


um a folha d e papel para coletar o n om e, te le fo n e e e-m ail d e cad a
integrante. Então, con firm am a hora e o local d o prim eiro e n c o n ­
tro - faça qu e seja den tro da sem an a segu in te - e ajuste-a, se for
preciso, às n ecessid a d es d os participantes. Eles, então, o lh am ra­
p idam en te para o m aterial qu e utilizarão. S e houver te m p o , eles
passarão a discutir as qu estõ es para a sessão.

M es m o um h o m e m qu e talvez tenha relutantem ente id o se


sentar e m um grupo, d e algu m m o d o se sentirá incluído, s a b en d o
qu an d o e o n d e o gru p o irá se encontrar, sob re o qu e v ã o falar e
q u em estará lá.

Isso funciona? E m even tos o n d e igrejas usaram esse m é to d o ,


c o m o está descrito aqui, m ais d e dois terço s d o s h o m en s indica­
ram qu e haviam d ecid id o se juntar ao s p eq u e n o s gru pos. Talvez
ainda m ais animador, a p o rc e n ta g e m de h o m en s qu e nunca esti­
veram e m um p eq u e n o gru po antes e qu e esco lh era m participar d e
um PG a p ó s o even to é ainda maior.

A MENTALIDADE DO “PRÓXIMO PASSO”


V o cê p o d e fazer tu do o m ais corretam en te, m as se continuar
falhando e m capturar o m o v im en to qu an d o c o n s e g u e criá-lo, en ­
tão, n ão construirá um m inistério sustentável.

Em toda interação que v o c ê tem c o m um h o m em , seja


individualmente, e m um alm oço , no início d e um p equ en o
grupo, e m um retiro, sem inário para hom ens, ou qualquer
atividade, v o c ê d eve estar sem p re pensando: Qual seria o
próxim o passo razoável a ser dado ? E, então, com un iqu e
sem p re esses passos aos hom ens.

18 9
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

T o d o líder d eve m anter sua m en te e m con stan te reflexão s o ­


bre c o m o aproveitar o m o vim en to para o p róxim o passo. S em p re
m ostre a o s h o m en s o p asso a d eq u a d o a ser d a d o por eles. Levá-
los a dar o p rim eiro p asso e não lhes m ostrar o qu e v e m d ep ois é
c o m o levar um h o m e m a Cristo e, então, ab an d on á-lo a viver no
m u n d o s e m discipulado. S e v o c ê n ão vai dar segu im en to, talvez
fo s s e m elh or para o R ein o d e Cristo d e s d e o princípio não alim en ­
tar-lhes as expectativas.

Capturar o m o v im en to elim inará o s altos e baixos d o seu m i­


nistério c o m h o m en s? N ão. V ocê ainda terá h o m en s indo e vindo
e even to s e atividades atraindo ou tros tan tos q u e d ep o is desistirão.
Porém , c o m o te m p o , a sua linha c o m e ç a rá a aumentar, indicando
um m inistério sustentável qu e continua a produzir discípulos d ed i­
c a d o s (veja a figura 13).

Figura 13
Ministério sustentável com homens
(Tendência geral crescente no discipulado de homens)

Cirna das m issõ es primárias d e um ônibus espacial é c olo ca r


um satélite no esp a ço . O ônibus entra e m órbita e, d epois, um as­
tronauta usa um b ra ço m e câ n ico para c o lo c a r o satélite n o esp aço,
o n d e ele ganh a a velo c id a d e e a trajetória d o p róprio ônibus. Tudo
c o n fo rm e planejado.

L em b ra-se da Skylab? (Q u e m te m m e n o s d e quarenta anos


p o d e m procurar n o G o o g le .) Era um a e sta ç ã o espacial en o rm e
precursora da E stação Espacial Internacional. O s E stados ü n id os
a c o lo c a ra m e m órbita, e m 1973, p lan ejan do ir a o e s p a ç o e m um

190
C apture o momentum c o m o p r ó x im o passo co rreto

ônibus espacial, e m 1979, para colo cá -la num a órbita m ais alta.
Infelizm ente, o ônibus espacial n ão ficou pron to até 1981 e a Skylab
não teve um m o v im en to suficiente para se m anter e m órbita p or
tanto tem p o , cain d o na terra ao final de 1979. Felizm ente, a única
vítim a foi um a vaca australiana.

T o m e cu id ad o para n ão deixar o s h o m en s d e sua igreja p e n ­


durados. A o usar um even to para incentivar um h o m e m a um a
experiência espiritual qu e o aproxim e de
Deus, não esp ere qu e ele c o n s iga m a n ­ A GRANDE IDEIA
ter sua órbita. Q u a n d o um h o m e m cai no
chão, há sem p re m ais c o m qu e se p re o ­ Ao criar movimento,
cupar d o qu e um a vaca. sempre mostre
A té aqui, discutim os c o m o edificar aos homens o
seu m inistério a o redor d e um a visão, próximo passo
c o m o c o lo c a r o s h om en s e m m o v im en ­
to e, agora, c o m o capturar a q u ele m o vi­
m en to criado. N o capítulo segu in te discutirem os c o m o sustentar
as m u dan ças nos h o m en s qu e adentraram o p ro ce ss o d e discipu­
lado. N o capítulo 12, o aju darem os a construir um plano c o n c re to
para alcançar o s h o m en s d e sua igreja.

191
H o m e n s ... A lém d o c h u r r a s c o e futebol

L e m b r e - s e d is t o :

• Evite um ministério com homens movido por uma única pessoa,


recrutando e renovando a sua liderança constantemente (veja o
capítulo 7).
• Evite um ministério movido a eventos, aproveitando os momentos
neles criados.
• Não faça os homens "saltarem” de uma oportunidade para a outra.
Construa pontes que tornem mais fácil e intuitivo ao homem progredir
em sua jornada espiritual.
• Sempre forneça aos homens um próximo passo que seja adequado.
• Lembre-se destas dicas ao definir o planejamento estratégico:
- Torne o próximo passo uma sequência natural e adequada ao
evento.
-Tenha uma noção correta do compromisso que você está
assumindo.
- Sempre saiba onde quer chegar. Escolha um bom material de
“segunda marcha”.
- Inicie novos grupos para novos homens.

- Ajude os homens a dar o próximo passo, imediatamente após os eventos.


C apture o momentum c o m o p r ó x im o passo co rreto

F ale s o b r e is t o :
1......... .. ............................ .....................................

1. Você se sente como se estivesse em uma montanha-russa em sua


vida espiritual? Qual seria a causa para os seus altos e baixos?
2. A imagem de uma montanha-russa serve para representar o seu
ministério com homens? Se este for o caso, você sente que caiu
na armadilha do ministério movido a eventos? Movido por uma
única pessoa? Ambos? Que impacto isso causou em sua energia e
compromisso com o discipulado dos homens de sua igreja?
3. Faça uma lista de eventos ou atividades que você promoveu para
homens em sua igreja nos últimos meses. Houve uma estratégia para
aproveitar o movimento resultante desses eventos? Se não, o que
você poderia ter feito para aproveitar o movimento criado? Se sim,
como poderia ter melhorado?
4. Qual é o próximo evento planejado para os homens? Faça uma
reunião com sua equipe para decidir como aproveitar o movimento a
ser criado nessa atividade.

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos como equipe de liderança...

• para que Deus conceda aos homens de sua igreja um desejo


renovado de conhecê-lo
• pedindo que seu ministério sempre ofereça um caminho claro para
os homens, guiando-os de uma oportunidade a outra
•para que Deus continue a unir sua equipe de liderança como um grupo
de irmãos focados em cumprir a Grande Comissão entre os homens

193
11
M an ten h a o m o m e n t u m por

MEIO DE RELACIONAMENTOS

Do evento ao próximo passo... E depois? Ao retirar os


homens e seu ministério da montanha-russa, como prover
sustentabilidade ao progresso espiritual? Se nada for feito,
aquele entusiasmo espiritual do início, logo se reduzirá a boas
intenções apenas. Um fato é certo: os homens não irão fazer
isso por conta própria. No entanto, juntos poderão se tornar
discípulos autênticos, capazes de mudar o mundo

Para sustentar o m o vim en to c o m o s h om en s, le ve -o s a rela­


cion a m en tos reais c o m outros h o m en s que, c o m o eles, ta m b ém
estão b u scan do a Cristo. N ã o é possível p ro m o ver isso s em p e q u e ­
nos gru pos e con tatos pessoais. Por qu e isso é tã o im portante?

Prim eiro, v o c ê d eseja auxiliar o s h o m en s a m anter o p ro gresso


espiritual qu e lograram até então. Isso é particularm ente im portante
no c a s o d e h om en s qu e estão no início d e suas carreiras espirituais,
ou seja, aqu eles s em Cristo e o s cristãos culturais. Ainda, v o c ê
alm eja q u e eles d esen volva m o hábito da o ra ç ã o con stan te e
estu do regular da Bíblia. Este é o fo c o para h o m en s qu e já são
cristãos bíblicos e líderes ou qu e d eseja m ser. D esen volver os
relacion am en tos o auxiliará a alcançar esses d ois objetivos.
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

MANTENDO O TERRITÓRIO CAPTURADO


A história militar é rech ead a d e relatos sob re sold ad os lu­
tan do para m anter um território e m cuja captura eles verteram o
próprio san gue. “ C o n qu istem aquela colin a !” , são as orden s re c e ­
bidas. “ Ela é im portante para a nossa estratégia.” Eles p ersegu em
esse objetivo, lutando valen tem en te para derrotar o in im igo e c a p ­
turar a q u ele p e d a ç o d e terra, ap enas para aban d on á-lo tã o lo g o o
c o m a n d o geral d ecid a por outra estratégia. N ã o tarda m uito para
o s s o ld a d o s p erd erem a con fian ça e m seus com an dan tes, passan­
d o a duvidar qu e haja algum plano traçado. O custo é m uito alto e
a re co m p e n s a m u ito duvidosa.

T o d o e qu alquer e sfo rço qu e v o c ê realiza para im pulsionar


um h o m e m para frente, em sua jorn ad a espiritual, possui um custo
a g re g a d o : o te m p o , a energia e o fo c o d os líderes qu e o planejaram
e participaram e m sua execu ção, b em c o m o o custo da op ortu ­
n idade para o h o m e m qu e d ec id e participar nessa atividade em
detrim en to d e a lgu m a prioridade e m sua vida. S e v o c ê trabalhar
c o m afin co para ganh ar terren o na batalha p elo te m p o e aten ção
d aqu ele h o m em , p o rém n ão descob rir m e io s d e sustentar tal e s ­
forço, sim p lesm en te se encontrará c o m e ç a n d o n ovam en te. E os
próprios h o m en s c o m e ç a rã o a perder o en can to a o não con stata­
rem n enhu m a m u dança significativa. C o m o líderes, d e v e m o s apli­
car um e s fo rç o consistente, um a vez qu e o p ro gresso na jornada
espiritual d e um h o m e m é m e d id o e m p eq u en os passos ao lo n g o
d e sua vida.

196
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

UMA PERSPECTIVA DE LONGO ALCANCE


ü m m inistério c o m h o m en s d eve ser m ais d o qu e um a su­
c es sã o d e eventos, ele d eve envolver o auxílio a h o m en s para qu e
se torn em m adu ros e m Cristo. C o m o já d issem os, é p reciso te m p o
para se form ar um discípulo. Q u a se sem pre, o discipu lado o c o rre
durante um p erío d o d e an os n o con texto d e relacion am en tos sign i­
ficativos c o m outros hom en s.

A p ren d em o s c o m n osso a m ig o Chris W hite a im portância


de um a ab o rd agem “ d e lo n go prazo e baixa pressão” . N ã o existe
algo c o m o um crescim en to espiritual rápido e sistem ático.
D evem o s permitir qu e fiquem ao lado enquanto trabalham os
c o m os h om en s no ministério e apenas observem . E necessário
deixar qu e eles cam in h em co n fo rm e as próprias pernas e
subam a b ord o de aco rd o c o m o próprio nível d e envolvim ento.

S e v o c ê d eseja ajudar outros h o m en s a crescer e m Cristo,


c o m frequên cia sentirá qu e alm eja o su cesso deles m ais qu e eles
próprios. E m uito fácil fica rm os im p acien tes c o m h o m en s n ovos
qu e não apresen tam o nível d e m aturidade qu e idealizam os. N ã o
os faça sentirem -se cu lp ad os p orqu e náo estão se torn ando tão
“espirituais” qu an to gostaria.

Esse é um d os m aiores problem as qu e v e m o s nos líderes de


ministérios, pois eles se frustram, ficam irritados e até m e s m o am ar­
gurados c o m seus liderados porque não v ee m neles o com p rom isso
esperado e planejado. Certa vez, David participou d e um retiro c o m o
palestrante no qual o líder da viagem missionária levantou-se e disse:

“A v ia g e m m issionária ocorrerá e m m en os d e um m ês e ap e­
nas quatro h o m en s se inscreveram . S ei qu e num a igreja desse por­
te há m uitos h o m en s qu e p od eríam participar dessa viagem . Vocês
fazem ideia d o qu anto são afortu nados? A s p essoa s qu e irem os
servir nada possu em . Francam ente, eu m e pergu n to se alguns de
v o c ê s n ão deveríam considerar seriam ente o nível d e seu c o m p ro ­
m isso c o m Jesus C risto.”

197
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

A p ó s alguns m inutos desse rom pan te, David sentiu von tad e
d e se levantar e dizer: “O lhe, eu irei nessa m issão, d esd e qu e v o c ê
fiqu e e m sua casa. N e rv o s o e irritado c o m o está, creio não ser uma
ideia razoável p erm a n ecer ao seu lado durante um a sem an a".

O s h o m en s p o d e m sentir a sua ira e frustração e, claro, eles


não d es eja m se envolver c o m isso. N o s s o trabalho não é produzir
resultados, m as ap enas serm os fiéis.

MOSTRE CRISTO AOS HOMENS V E R S U S


CORRIGIR 0 COMPORTAMENTO DELES
E m geral, p ed im o s aos h om en s para se co n fo rm a rem à n o s­
sa subcultura m asculina cristã c o m o um a prova d e espiritualidade,
“ ü s e essas frases d e e fe ito ” ; “ ore c o m essa postu ra.” Q u a n d o isso
a c o n te ce , a c a b a m o s p ed in d o qu e eles sejam “ religio so s” ao invés
d e espirituais.

O u , p e d im o s q u e e x e c u te m
c e rta a tiv id a d e v is a n d o verifica r
P ergu n ta & R espo sta
o c o m p r o m is s o d e le s c o m D eus.
O QUE FAZER Q U AN D O ELES N ÃO
“Se você am a D eu s, esta rá na
" entendem ” ? ig re ja na q u a rta -feira à n o ite .” O
h om em resp on de p ro n ta m e n te
Você tem dedicado seu
tempo para mostrar Cristo a u m c ris tia n is m o b a s e a d o em
a certo homem por meses “ d e s e m p e n h o ” p o r q u e esta é a
a fio. No entanto, parece
n atu reza d e seu re la c io n a m e n to
que ele faz questão de
fumar e usar palavreado c o m o p ró p rio pai, q u e s e m p re
pesado sempre que d e m o n s tro u u m a m o r c o n d ic io ­
seus amigos cristãos se
nal, b a s e a d o n o s a to s e c o n q u is ­
aproximam. Sabe de uma
coisa? Ele está apenas ta s d o filh o.
verificando se você
agirá como um juiz. Ao É pura ironia. Q u an to mais
invés disso, ame-o. Leve ten ta m o s influenciar o “ c o m p o r­
seus amigos a também ta m e n to ” , tanto m e n o s m udanças
agirem assim. Rodeie-o
com homens devotados duradouras o b tem o s . Tal aborda
e, no devido tempo, ele gem sim p lesm en te pressionará c
decidirá que deseja o d esgastará o s h om en s.
mesmo para si.

198
M antenh a o momentüm por m e io d e r e l a c io n a m e n t o s

Q u a n d o o s h o m en s c o m p a re c e m a um a reunião d e oração,
con ferên cia, a um estu do bíblico ou m e s m o a o culto, eles a g e m
assim m o v id o s por um a n ecessid a d e n ão atendida, um “va zio ” a
ser p reen ch ido. Eles se aproxim am e m busca d e um p e d a ç o de
p ã o qu e irá m atar a fo m e d e suas alm as. C h e g a m sed en tos pela
águ a viva.

E m vez d e m ostrar ao s h o m en s um a lista d e “ fa ç a ” e


“ não fa ç a ” , d e v e m o s m ostrar-lhes Cristo. N o s s o trabalho
não é corrigir o c o m p o rta m e n to deles, m as tornar Cristo
m ais atraente d e m o d o qu e ele p ossa realizar sua obra
tran sform adora na vida deles. A graça de D eus é o qu e m udará
o ser hum ano, não e sfo rço s d e nossa parte, visando ser bons.
Q u a n d o aju dam os o s h o m en s a se c o n e cta re m c o m Cristo,
ele trabalha a m u dança de c o m p o rta m e n to d e dentro para
fora. Jesu s transform a o s d esejo s d o h o m em . Tudo o qu e
p o d e m o s dar é um livro de regras. Cristo, p o rém p o d e lhes
dar um n o vo coração.

HOMENS QUE NECESSITAM DE CRISTO


E m nenhum a situação esse fo c o no exterior é m ais prejudicial
d o qu e nos qu e estão s e m Cristo. Q ualqu er h o m e m qu e participe
regu larm en te d os even tos esportivos na igreja, c o m o o s jo g o s de
b asqu ete ou futebol, é facilm en te afastado por algu ém qu e o advir­
ta p or ele não estar se c o m p o rta n d o d e m o d o “a d e q u a d o ” .

Por vezes, é difícil aos líderes c o m p re e n d e r c o m o d ev em apli­


car um p asso “ sustentável” no ca so d e h o m en s qu e estão n o c o ­
m e ç o da carreira espiritual. Afinal, v o c ê n ão d eve esperar qu e um
h o m em , cuja experiência c o m sua igreja esteja restrita a o s even tos
esportivos, se inscreva e m um estu d o bíblico d e seis m eses.

Sustentar a m u dança e m um h o m e m qu e está apenas se tor­


nan do con scien te d e sua n ecessid a d e p or Cristo significa m uito
m ais m anter “o território co n q u ista d o ” d o qu e forçá-lo a d ev o cio -
nais diárias e um gru p o d e apoio.

199
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

Para h o m en s n esse estágio, sustentar o m o vim en to p o d e


o co rrer c o m oportu n id ad es m uito p arecid as às d o prim eiro p asso
de “ criar” m o v im en to qu e o envolveu e m princípio. Lem b re-se qu e
o s e g re d o s ã o o s relacionam entos.

Pense no tim e de basquete, por exem plo. CJm de seus líderes,


“Sam u el” , tem um vizinho ch am ad o “ Pedro” . A p ó s trocarem inúme­
ros favores, c o m o emprestar ferramentas e assistir a um jo g o de fute­
bol juntos, Sam uel m enciona que está no tim e de basquete da igreja.
Q u an do Pedro dem onstra interesse, Sam uel o convida para um jo g o .

A tem p o ra d a s e g u e m uito boa. T od o s no tim e se divertem


m uito. N in gu ém leva aquilo m u ito a sério, em b o ra nin guém g o s ­
te d e perder. Ped ro c o n h e c e alguns rapazes d o tim e. A o final d o
ano, eles realizam um churrasco para c o m e m o ra r a tem p orad a, e
o pastor ap arece para a g ra d ecer a to d o s p or d ed ica rem seu tem p o,
represen tan do a igreja c o m um espírito esportivo.

O p asso “ c ria d o ” foi o con vite inicial para Pedro unir-se ao


tim e d e b asqu ete. A “ captura” foi o chu rrasco a o final da te m p o ra ­
da. O qu e v e m agora?

Primeiro, Pedro realm ente progrediu e m sua jornada espiritual?


C ertam ente! Durante dez sem anas seguidas, ele passou um a noite
na com pan h ia d e um grupo form a d o e m sua maioria por cristãos.
Antes e d ep ois das partidas sem p re havia um a oração. Pedro teve a
oportunidade d e constatar qu e aqueles h om en s eram “ norm ais” . E,
ainda, houve alguns qu e ganharam seu respeito e adm iração.

A g o ra , é n ecessário estab elecer um m o d o d e Pedro m anter os


relacion a m en tos qu e c o m e ç a ra m a ser construídos. P od e ser um a
nova tem p o ra d a d e b asqu ete ou o a lm o ç o sem an al d os h o m en s de
n e g ó c io s q u e alguns com p a n h eiro s d o tim e frequen tam . A m e d i­
da qu e aq u eles relacion a m en tos c o m e ç a re m a crescer, Pedro terá
m ais oportu n id ad es d e ver Cristo na vida d aqu eles h om en s.

SUSTENTE CRIANDO UMA CULTURA DE ORAÇÃO


C erto dia, Mario, cuja e sp o sa havia recen tem en te m orrido,
vitim ada d e câncer, estava c on versa n d o c o m Pat, cujo am igo , Elton

200
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

sofria de leucem ia. Pat disse: “ Ele está m uito d oen te. A c h o q u e a
única coisa qu e p o d e m o s fazer é orar p or e le ” .

M ario olh ou fixam ente para Pat e afirm ou: “ N ã o! O q u e nós


p o d e m o s fazer é orar” .

N ada p o d e m o s fazer s em a b ên ç ã o d e Deus, p o rém p o d e ­


m o s fazer tod as as coisas qu an d o nos p osicion a m o s no cen tro de
sua von tade. A o ra ç ã o é a m aneira design ad a por D eus d e liberar
sua von tad e nas vidas d os seres hum anos. Ela é a m o e d a d e n osso
relacion a m en to pessoal c o m Jesus. N ã o nos fará nenhum b em
guardá-las e m um a pou pança. D e v e m o s fazer retiradas con sta n ­
tes, investindo essa m o e d a nas alm as d os h om en s. O rar é o qu e
p o d e m o s fazer, sem con train dicações.

Faça da o ra ç ã o parte perm an en te d e tu do o qu e for feito e m


b en efício d os h o m en s d e sua igreja. Treine seus líderes d e m a n ei­
ra qu e eles in tegrem a o ra ç ã o e m tod a e qualquer atividade qu e
em p reen d erem . N en hu m participante d e um even to relacion a d o à
igreja d eve sentir-se surpreso pela inclusão d e um a o ra ç ã o durante
o program a.

Da m e sm a form a, a sua equ ip e d e liderança d eve ser edifica-


da ten d o p or alicerce a oração. Porém , não ro gu e sim plesm en te
para qu e D eus seja parte d o qu e v o c ê alm eja realizar e m sua igreja
e cidade. A o invés disso, ore para qu e v o c ê se torne parte d os pla­
nos qu e D eus tem para a sua igreja e com u n idade.

AUXILIE HOMENS A DESENVOLVER AMOR


PELA PALAVRA DE DEUS
D iscípulos são “ pupilos” , ou seja, alunos d e Jesu s Cristo. Eles
são h o m en s qu e d eseja m tornar-se m ais p a recid os c o m Cristo.
Para isso, d ev em prim eiro con h ecê-lo .

P od em o s dizer c o m confiança que jam ais con h ecem o s

I
um h o m em cuja vida tenha sido transform ada d e maneira
significativa sem um estudo regular da Palavra d e Deus.
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

A lgu n s gru p o s estudam livros cristãos, c o m o aqu eles o fe re ­


c id o s pela o rga n iza çã o Man in the M irror (H o m e m no esp elh o), à
qual s o m o s gratos. N o entanto, livros d e estudo, gru pos d e o ra ­
ç ã o e a p o io não d e v e m substituir o co n ta to direto c o m o S en h or
Ressurreto, por m e io d e sua Palavra Viva.

T od o s o s h o m en s são afetad os pela Palavra de D eus qu ando


são exp o sto s a ela d e form a regular. V o cê já p erceb eu qu e qu an do
está con sisten tem en te e m con tato c o m a Bíblia c o m e ç a a e n te n d ê -
-la m elh or? Q u a n to m ais interagir c o m as Escrituras tanto mais
seu d es ejo e m estudá-las crescerá. Infelizm ente, o o p o s to ta m b ém
é verdadeiro. Q u a n d o um h o m e m n ão m a n tém con tato frequente
c o m a Bíblia, seu d es ejo e m estudá-la definha.

DESENVOLVENDO FORMADORES DE DISCÍPULOS


PARA SUSTENTAR 0 SEU MINISTÉRIO
E m seu livro, The lost art o f disciple m aking (A arte perdi­
da de form ar discípulos), L ero y Eim s relata a história d e um m is­
sionário c h a m a d o John, qu e investiu a m aior parte d e sua vida
reun in do-se com alguns jovens.
Abru ptam en te, seu trabalho foi in­
A GRANDE IDEIA
terro m p id o qu an d o to d o s o s m is­
Jamais conhecem os sionários foram o b rig a d o s a deixar
aqu ele país.
um homem cuja
A n o s m ais tarde, um o b ser­
vida tenha sido
vad or qu e olhara para o m inistério
transformada de d e J oh n c o m ceticism o, exclam ou:
m odo significativo sem “ P osso ver a g o ra o resultado da
um estudo regular da vida d e John. ü m d os h o m en s com
o s quais ele se reunia, tornou-se
Palavra de Deus
um p rofessor p o d ero sa m en te usa­
d o p or D eus para alcançar e treinar
m u itos estudantes universitários. O u tro está lid era n d o um a equ ip e
d e d iscip u lad o fo rm a d a p or qu aren ta p esso a s, entre h o m en s e
m u lheres. H á ou tro q u e está e m um a c id a d e vizinha, lideran do
u m gru p o d e 35 discípu los. Três ou tros atuam c o m o m ission ários

2 0 2
M antenha o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

e m países estran geiros. D eu s está a b e n ç o a n d o ricam en te o tra­


b alh o d e le s ” .

M antenha seus olh os ab ertos para h o m en s qu e d eseja m fazer


discípulos. O b viam en te, é p reciso qu e v o c ê esteja envolvid o c o m
h o m en s e m to d o s os níveis. Porém , p o d e haver dúvida? O m aior
retorno d e seu te m p o virá d o investim ento e m h o m en s qu e sejam
fiéis, disponíveis e ensináveis, c o n fo rm e 2 T im ó te o 2.2.

O fo c o d o líder d e um m inistério de h o m en s d eve ser for­


m ar discípulos que, p or sua vez, irão discipular outros, e assim por
diante. Esse foi o m é to d o utilizado p or Jesus. O seu m inistério d e
h o m en s crescerá p ro p o rcio n a lm en te à sua cap acid a d e e m form ar
não ap enas discípulos, m as form a d o res d e discípulos.

RECRUTE PASTORES, NÃO PROFESSORES


Possivelm ente, o m ais im portante a sp ecto na sustentação d o
m o vim en to é certificar-se d e qu e cad a um d e seus h o m en s real­
m en te sinta qu e algu ém se im porta c o m ele. Busque líderes qu e
estejam ávidos e m m ostrar aos d em ais o am or d e Cristo, n ão o
próprio c o n h e cim e n to bíblico. Clark Cothern traça a distinção e n ­
tre o s dois tipos d e líderes d e p eq u e n o s grupos: um é “ qu estio-
n ad or” , o outro, “ re sp o n d e d o r” . ü m é “ guia d e g ru p o ” , o outro,
“ narrador sab e-tu d o ” . ü m é “incentivador d o d iá lo g o ” , o outro é
“ doutrinário” .1

O s h o m en s resp on d erão m elh or a líderes qu e o s aju dem a


encontrar as respostas s em forn ecê-las prontas, qu e o s gu iem sem
exibir o próprio c o n h e cim e n to e qu e o s auxiliem a desen volver dis­
cu ssões vividas, e m vez d e apresentar h o m en s cuja te o lo g ia ainda
está e m desen volvim en to.

E m um a igreja d e cin co mil p essoas, na Califórnia, W es Brown,


ministro d e h o m en s (te m p o integral), vivenciou um avan ço notável
na eficiência, qu an d o alterou o seu m o d e lo d e liderança d e “p ro ­
fessoral” para “ pastoral” . N o princípio, ele recrutou “ p ro fesso res”
para liderar o s p eq u en os grupos, p orém o su cesso foi m od esto.
A p ó s o n ze anos, havia 137 h o m en s en volvid os nos gru pos. Então,

203
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

ele p erceb eu que, na verdade, o qu e o s h o m en s n ecessitavam era


d e a lg u ém q u e se im p ortasse c o m eles d e m aneira pessoal. Assim ,
ele ad otou um m o d e lo “ pastoral” qu e resultou no explosivo n ú m e­
ro d e 750 h o m en s e m apenas quatro anos, ou seja, um au m ento
d e 550% !

AME OS FRACOS, DISCIPULE OS FORTES


O texto d e Zacarias 11.15, 16, explica o papel d e um pastor:

Então o S enhor me disse: Toma ainda para ti os instrumentos


de um pastor insensato. Pois convocarei um pastor na terra que
não cuidará das que estão morrendo, não procurará as perdidas,
não curará a ferida, nem alimentará a sadia; mas comerá a
carne das gordas e lhes arrancará as unhas.

P o d e m o s definir o quádruplo papel d e um pastor a o olhar­


m o s para o o p o s to d o pastor insensato, d escrito nesta passagem :

• Ele se p reocu p a c o m as jo ven s ovelh as desgarradas.

• Ele cura as q u e estão feridas.

• Ele se im porta c o m as ovelh as q u e estão p erecen d o.

• Ele alim enta as famintas.

Essa p a s sa gem ilustra a regra básica d o discipulado: Ame


os fracos e discipule os fortes. CIm b o m pastor busca as ovelhas
a m ea ça d a s d e m orte. Isto p o d e ser aq u eles s em Cristo, ou h om en s
qu e estão para c o m e te r o s m aiores erros d e suas vidas. Ele cria um
am b ien te segu ro o n d e o s h om en s c o m asas qu ebradas p o d e m ser
restaurados - h o m en s destruídos pela crise financeira, p elo divór
cio, p elo luto, vícios e qu estõ es em o cio n a is. O pastor cuida das
ovelh as m ais jo ve n s tanto física qu an to espiritualm ente.

S em p re haverá alguns h o m en s qu e, d e m o d o constante, dre­


nam sua en ergia e m o cio n a l e espiritual. O s pastores d e D eus são
c o m p ro m e tid o s e m am ar o s h o m en s fracos.

204
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

Ao m e s m o tem p o , D eus deseja qu e v o c ê invista e m h o m en s


fiéis qu e p ossam discipular outros. O pastor fiel alim enta as o v e ­
lhas sadias. C o m o saber qu an d o se d eve parar d e investir te m p o e
recursos c o m um h o m e m qu e p arece n ão ir a lugar algu m ? Esta
d eve ser um a qu estã o a ser tratada e m o ra ç ã o c o m Deus. M ão d e ­
sista d e h o m e m nenhum , m as seja sem p re am igável, in teressado e
disponível. N o entanto, p o d e c h ega r a hora e m qu e Deus o oriente
a investir sua en ergia e seu te m p o e m outros h om ens.

Há dois erros qu e o s líderes p o d e m com eter: em purrar o s h o ­


m en s para fora d o ninho c e d o d em a is e, igu alm ente, n ão d esafiá—
-los a sair d o ninho no m o m e n to ad equ a d o. “ Discipular o s fortes”
significa h o m en s qu e precisam crescer. S e v o c ê não o s ajudar, eles
sairão e m busca d e outra igreja. T od o s nós já ouvim os, ou m e s m o
já d issem os a segu in te frase: “ Sinto qu e não estou sen d o alim en ta­
d o aqui” , ü m b o m pastor irá “ ap ascen tar” as sãs.

Fora alim entar as sãs, um b o m pastor incentiva h o m en s


fortes a d arem o s próxim os passos. Ele não perm ite qu e seus
liderados torn em -se c o m p la ce n te s c o m o p ro gresso espiritual. A o
contrário, ele o s desafia a encarar n ovas oportunidades, o s encoraja
a aprofundar a fé e o s con cla m a a servir o s dem ais.

UM INVESTIMENTO PESSOAL EM CADA HOMEM


A sua igreja já p ro m o v e m uitas atividades nas quais o s h o ­
m en s p o d e m se envolver. Mão é n ecessá rio qu e seja um a ativi­
d a d e exclu sivam en te “ m ascu lin a” para q u e o s h o m en s c res ç a m
espiritu alm ente. L e m b ra -s e d o s c in c o tip os d e h o m en s e m sua
igreja e c o m u n id a d e ?

S e v o c ê alm eja sustentar o m ovim en to c o m cada tipo de


h om em , algu ém tem de con h ecer cada h o m em e m sua igreja
o suficiente para saber o n d e cada um está p osicion ado e m sua
respectiva peregrin ação espiritual, b em c o m o para determ inar
o qu e ele precisa para dar o próxim o passo.

205
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

V o cê d eve d esen volver líderes qu e p ossam assumir um inte­


resse pessoal e m cad a h o m em . Então, será n ecessário criar o p o r­
tunidades qu e o s auxiliem a progredir, o n d e qu er qu e estejam esta­
cion ados. Aqui surge o trabalho duro, pois não há atalhos.

O s h o m en s são m uito b on s na arte d e m anter os d em ais a


um a distância confortável. E p reciso passar bastante te m p o juntos
para d esen volver um relacion a m en to m ais profundo.

Já a b o rd a m o s esse tó p ic o e m detalhes, p o rém aqui está um a


lista parcial das form as de envolver o s h o m en s e m relacionam entos:

• E studos bíblicos

• Projetos ministeriais contínuos, c o m o mentoria de adolescentes

• A b o rd a g e m d e tem as orien tad os aos h o m en s (fam ília, c a ­


sam en to, trabalho etc.)

• G rupos d e responsabilidade

• D esen volvim en to da liderança e m reuniões m atinais c o m


o pastor

• G rupos de o ração

• G ru pos d e a p o io orien tad os p or tem as, c o m o recu p era çã o


d e u m divórcio, lidar c o m a d or e o sofrim en to etc.

O b v ia m e n t e , h a verá s o b r e p o s iç ã o . O s e s tu d o s b íb lic o s
e n v o lv e r ã o p e r ío d o s d e o r a ç ã o . O e s tu d o d e liv ro s irá tratar d e
q u e s tõ e s atu ais q u a n d o o s p a rtic ip a n te s a p lic a m as E scrituras.
G ru p o s d e re s p o n s a b ilid a d e s p o d e r ã o estu d ar livros cristãos.
A c h a v e é e n v o lv e r o s h o m e n s d e fo r m a q u e e s te ja m lig a d o s
a o lu g a r o n d e m o ra m , o tr a b a lh o q u e tê m e su as p r e fe r ê n c ia s
d e lazer.

Crie para eles um a v a ried a d e d e op o rtu n id ad es q u e a p r o ­


fu n d em a fam iliaridade c o m Cristo, para q u e seja m m o tiva d o s
a c o n h e c ê -lo d e inúm eras fo rm a s distintas. Clm restaurante qu e
o fe r e c e ap en a s um prato e m seu card áp io, lo g o estará fe c h a n d o
as portas. Q u a n to m aior for a va ried a d e q u e v o c ê oferecer, tanto

206
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

m ais fa cilm en te um h o m e m en con trará a lg o qu e o atraia o n d e


ele cam inhar.

SUSTENTE ALCANÇANDO AS MENTES, CORAÇÕES


E MÃOS DOS HOMENS
N o cap ítu lo 2, in trod u zim os o c o n c e ito d e q u e a v erd a d e
d ev e ser c o m p re e n d id a , crida e viven ciada, utilizando as palavras
m en te, c o ra ç ã o e m ã os. E ste é um e x celen te p a ra d igm a q u e o
ajudará a determ in ar o “ c o n te ú d o ” d e seu p ro g ra m a d e discipu-
lado. E m outras palavras, exam in e o q u e v o c ê qu er q u e o s h o ­
m en s saibam , creia m e fa ça m , e d eterm in e o n d e, e m sua igreja,
um h o m e m possui a o p o rtu n id a d e d e aprender, edificar sua fé e
c o lo c á -la e m prática.

A U niversidade da Igreja Presbiteriana, e m O rlando, Estados


Unidos, utilizou este paradigm a para criar um qu adro (veja “ C o m o
um discípulo se p arece?” , na página segu inte). Aqui está a qu estão
crucial: S e v o c ê p u desse discipular um h o m e m p or ap enas cin co
anos, quais as coisas qu e v o c ê desejaria qu e ele con h ecesse, a c re ­
ditasse e fizesse e m relação às quatro principais áreas d o relacio ­
n am en to - Deus, sua família, a igreja e o m u n d o - para confirm ar
qu e v o c ê efetivam en te o discipulou?

Por e x e m p lo , v o c ê d eseja ria q u e e le c o n h e c e s s e o s atribu­


to s e o cará ter d e D eus, c re s s e q u e D eu s o a m a e m o rreu p or ele,
b e m c o m o s o u b e s s e c o m o orar e estu d ar a Bíblia. Veja o qu ad ro
(F igu ra 14) c o m s u g e s tõ e s nas qu atro e sfera s relacion ais.

V o cê p o d e adaptar esse qu adro c o n fo rm e o s objetivos d o dis-


cipu lado d e sua igreja. U s e -o para verificar as atividades e eventos
d o m inistério de hom en s. C o lo q u e um X ao lad o d e cad a item que
sua igreja está atualm ente d es em p e n h a n d o b em . Isso o ajudará
a identificar b u racos ou lacunas o n d e as iniciativas “apenas para
h o m en s ” p od eríam ter seu im p acto am pliado. Então, é possível
explorar áreas qu e não estão sen d o lem bradas p elo s d em ais minis­
térios da igreja. U m qu adro e m bran co está disponível a o fim deste
capítulo para adaptá-lo às n ecessid a d es d e sua igreja.

i 207
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

Com quem um discípulo se parece?


S e v o c ê sou besse que iria discipular um h o m e m por apenas cinco
anos, quais as idéias e experiências que gostaria qu e ele tivesse e
vivenciasse para considerar seu alvo d e discipulado alcançado?

E sfera R e l a c io n a l

A specto D eus Família I greja M undo

M ente Teologia Papéis de Visão, Missão, Missão


(O que marido/pai Valores
você Escritura Cosmovisão
sabe?) Família como Dons
aliança / espirituais
Significado no
plano de Deus Eclesiologia

M ãos Adoração Comunicação Ministério Vocação


(O que
Disciplinas Disciplina Mordomia Missões
você
espirituais
faz?) Liderança Liderança Evangelismo
Sacrifício Responsabili­ Justiça social
dade
Comunidade

C oração Amar a Deus Amar a família Amar a Amar os que


(O que sobre todas mais que a si família da estão sem
você as coisas / mesmo igreja mais Cristo
ama) sem ídolos que a si
mesmo Amar os
que estão
sofrendo a
devastação
do pecado

Baseado em um quadro desenvolvido pela liderança da Universidade da Igreja


Presbiteriana, em Orlando, Flórida, Estados Unidos.
Figura 14

208
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

AS SETAS TAMBÉM SÃO IMPORTANTES


Sustentar o m o v im en to é a terceira “ m a rch a” no m o to r qu e
m ovim en ta a sua esteira rolante. Em geral, é a parte m e n o s en-
tusiasm ante das três qu e c o m p õ e m a estratégia Criar-Capturar-
Sustentar. C on tu do, é aqui qu e gra n d e parte d o crescim en to esp i­
ritual a c o n te c e e o n d e v o c ê p o d e assegurar qu e nenhum h o m e m
deixe d e ser en volvid o nesse ministério.

Tenha certeza de qu e v o c ê explicou para os líderes


responsáveis p elos passos de captura qu e a tarefa deles é
auxiliar os h om en s a ob terem um a transição natural às suas
atividades de sustentação. N ã o basta indicar a direção que os
h om en s d evem seguir e dizer-lhes: “ B oa sorte!” D evem o s ter
e m m en te qu e é nossa responsabilidade conduzir os h om en s
ao próxim o passo. Dois exem plos dessa m entalidade são os
convites pessoais (capítulo 9) e a o b ten çã o d o com p rom isso
sem d em ora (capítulo 10).

C on sid ere o segu in te cenário: O seu passo d e captura após


um a atividade é um gru p o d e folloiv-u p d e seis sem an as; o seu
passo de su stentação é levar os h o m en s e suas esp o sa s a um a
classe d e casais qu e se reún em aos d o m in g o s na igreja. N a terceira
ou quarta sem an a d o folloiv-up, o s líderes c o m e ç a m a introduzir
a ideia a o s h o m en s d e frequ en tarem as classes nas m anhãs de
d o m in g o c o m suas respectivas esposas.

2 0 9
H o m e n s ... A lém do c h u r r asc o e futebol

N a últim a reunião, o líder p o d e dizer a lg o assim : “ Rapazes,


este p e río d o c o m v o c ê s te m sid o d e gra n d e alegria e satisfação.
C o m o já disse, n o ss o p róxim o p a sso é a classe d e casais a o s d o ­
m in g o s na igreja. O líder desta classe é o J o ã o C arlos q u e realiza
um gra n d e trabalho. N a s próxim as três sem an as, ele ministrará
s o b re c a s a m e n to s à p rova de d ivórcios. M inha e sp o sa e eu g o s ­
ta ríam os d e con vid á -lo s, b em c o m o às suas esp o sa s, a participa­
rem d esta classe e, a p ó s a igreja, n os reu n irem os e m nossa casa
para o a lm o ç o . N ó s n os e n c o n tra rem o s às 9 h l0 d este d o m in g o
na igreja, c e rto ? ” P erc e b e c o m o esta é um a op o rtu n id ad e c o n ­
creta e crível q u e ajuda o s h o m en s a d es eja re m dar o próxim o
p a sso ? O s seus líd eres p recisam p astorear o s seus lid era d os um
p a s so d e ca d a vez.

A s setas n o ciclo Criar-Capturar-Sustentar são im portantes!


Elas represen tam um a parte crítica d o sistem a. D e v e m o s d esen vo l­
ver um p ro c e s s o natural, s em atalhos, a fim d e conduzir os h om en s
a o lo n g o da linha contínua.

MANTENHA A ESTEIRA ROLANTE EM MOVIMENTO


A esteira n ão p o d e p erm an ecer parada, m as precisa estar
e m con stan te m o v im en to para m anter o s h o m en s e m p rogresso
con tínu o e m suas jorn ad as espirituais. Q u a n d o eles p assam pelo
p ro ce ss o Criar-Capturar-Sustentar, lo g o haverá a n ecessid a d e de
criar outra oportun idade. Gm gru p o d e estu d o bíblico d e d oze ou
d ezoito sem an as é m uito b om , m as essa atividade d e sustenta
ç ã o precisa im pulsionar o s h o m en s ru m o à próxim a fase d e seus
c rescim en tos espirituais. H o m en s c o m p la ce n te s lo g o se sentirão
a b orrecid os e, p or fim, deixarão o gru po.

In corpore o c o n c e ito da resson ân cia e m suas atividades


d e su sten tação para ajudar a atrair o s h o m en s às novas e conti
nuas oportu n id ad es d e crescim en to. Por exem plo, o n o m e “ Classe
d e E scola D om in ical para H o m e n s ” , provavelm en te, não pare
cerá m uito atraente à m aioria d o s h om en s. Porém , se adotar o
n o m e d e “ Círculo d e H o m en s V e n c e d o re s ” ou “ Trein am en to de
S o b revivên cia ” , c o m certeza, elevará o nível d e atração. O n om e

210
M antenh a o momentum po r m e io d e r e l a c io n a m e n t o s

expressa a segu in te m e n sa gem : “ Esta atividade é diferente d aqu ela


sua p reco n ceb id a ideia d e qu e tod as as aulas d e escola dom inical
são en fad on h as” .

Por fim, le m b re-s e d o portal prioritário. C ertifiqu e-se d e qu e


to d a s as atividades con tínu as q u e está o fe r e c e n d o a o s h o m e n s
o s a ju d em n o p ro c e s s o d e se to rn a rem discípu los. N ã o perm ita
qu e elas se to rn e m um m e io d e m anter o s h o m e n s o cu p a d o s .
M an ten h a-se a ten to para garantir qu e to d o s o s seus e s fo rç o s e s ­
tejam con tribu in do para alcan çar o p ro p ó s ito d e seu m in istério
de h om en s.

DESENVOLVER UM MINISTÉRIO COM HOMENS


DE LONGO PRAZO E SUSTENTÁVEL
Perseverança e paciência são necessárias
A d m in istre as suas exp ectativas e as d e sua e q u ip e d e lid e­
rança. N ã o e sp ere m ais d o q u e a Bíblia p ro m ete. A o utilizar a e s ­
tratégia Criar-Capturar-Sustentar, a c e ite o fa to d e q u e o s h o m en s
p o d e rã o se afastar cad a vez q u e lhes p edir para ap rofu n d a rem
seus níveis d e c o m p ro m is s o . Por qu ê? P orqu e a o rd e m para fazer
d iscípu los está ju sta p osta a o prin cípio da parábola d o sem ead or.
Em outras palavras, e n q u a n to v o c ê lança a sem e n te , um a cairá
à beira d o cam in h o, outra definhará e outra ainda será su focad a
p elos esp in h eiros d esta vida.

N ã o d e v e m o s esperar qu e um h o m e m o u ça um s erm ã o s o ­
bre “ as d ez coisas qu e to d o o h o m e m p ied o so c rê ” e o “ c o m p re ­
en d a” totalm ente.

Alguns h om en s necessitarão de inúm eros ciclos da


estratégia Criar-Capturar-Sustentar antes de estarem prontos
para um crescim en to espiritual duradouro e sustentável. N o
entanto, a o final de cada ciclo v o c ê tam b ém terá n ovos hom ens
envolvidos e m seu p rocesso de discipulado.
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

P orém , igu alm en te, n ão alim en te expectativas m en o res do


qu e a Bíblia p ro m ete (veja J o 3.16; l T m 1.15; Lc 19.10; Mt 13.24;
J o 15.9; J o 14.12). O p roblem a n ão é qu e n ossos planos sejam
m u ito gran diosos, m as p eq u en os dem ais. Eleve as suas expectati­
vas. Instrua a liderança (e v o c ê m e s m o ) sob re o qu e realm ente está
a c o n te ce n d o . H á um a batalha espiritual e m an d am en to pelas al­
m as d o s seres h um anos. O s sintom as seculares qu e testem u n h a­
m o s c o m o crim inalidade, d ivórcio e c o m p u lsã o ao trabalho são,
na realidade, resultantes dessa guerra travada n o âm b ito espiritual.
D eus qu er qu e e d ifiq u em o s o reino d e Cristo.

A figura 15 m ostra o efeito ab ran gen te d e seu m inistério, ou


seja, crescim en to sustentável e duradouro. Perceba o au m en to no
n ú m ero d e discípulos a o lo n g o d o tem p o .

E v en to F o l l o w -up

Figura 15
O impacto acumulativo de uma estratégia contínua

2/2
M antenh a o momentum por m e io de r e l a c io n a m e n t o s

Em geral, não é um processo linear


G ráficos c o m o o s da figura 15 passam a im pressão d e um
p ro ce ss o orga n izad o e b em com p o rta d o. Criar sem p re con d u z à
captura e, então, à sustentação. A realidade, no entanto, é qu e
esses p rocessos, e m geral, apresen tam inconstâncias e variáveis.
Q u a n d o o h o m e m é iniciante e m sua jorn ada espiritual, é p reciso
criar sucessivas razões para qu e ele p erm an eça en volvid o e m seu
p ro ce ss o d e discipulado. L em bre-se, o seu m inistério c o m h o m en s
e o s cam in h os qu e o s h o m en s to m a rã o rum o à m aturidade espiri­
tual jam ais serã o lineares.

O p asso d e criação para um h o m e m p od erá ser o d e susten­


ta çã o para outro. Para a lgu ém fora da igreja, estar n o tim e d e b as­
qu ete foi um p asso de criação. Ele realm en te go sto u d o churrasco
d e final d e ano, qu an d o teve a oportu n idade d e c o n h e ce r o pastor
(p asso d e captura). Para ele, a próxim a tem p o rad a d e b asqu ete
será um p asso d e sustentação. Porém , para outro h o m e m n o tim e
d e basquete, dar seu testem u n h o no churrasco d e con fraternização
foi o passo d e criação e m seu d esen volvim en to rum o à liderança.
A o m e s m o tem p o , outro integrante d o tim e con vidou seu c o le g a a
participar d e um n ovo p eq u e n o gru po (um p asso d e captura).

Sustentar o m o vim en to é o últim o p asso no sistem a. A gora,


v o c ê já possui um qu adro c o m p le to d o M o d e lo Homens... Além do
churrasco e futebol. Porém , apenas c o m p re e n d e r o s c o n c eito s não
será suficiente para fazer a diferença real e m sua igreja. Portanto, o
capítulo 12 o auxiliará a m apear c o m o deverá ser esse m o d e lo em
sua igreja.

2 1 3
I
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

L em bre-se d is t o :

• Os dois objetivos para sustentar o movimento em seu ministério são


incentivar os homens a desenvolver relacionamentos e unir-se a um
grupo de estudo bíblico.
• O processo de formação de um discípulo é longo e árduo. Não se
irrite com homens por estar mais interessado no sucesso espiritual deles
que eles próprios.
• Ao invés de mostrar aos homens uma lista de “faça" e “não faça”,
mostre-lhes Cristo.
• Edifique tudo, a sua equipe de liderança, seu ministério, seus
programas de discipulado e qualquer atividade para homens, em um
alicerce de oração.
• Jamais conhecemos um homem cuja vida tenha sofrido uma
mudança significativa sem haver o estudo regular da Palavra de Deus.
• Recrute pastores - líderes que estejam ávidos por mostrar o amor de
Deus aos homens - e não professores - homens que estejam ávidos
apenas em mostrar o conhecimento bíblico que possuem.
• Empregue o conceito da "ressonância” em todas as suas atividades
de sustentação. Não se trata de uma “escola dominical para
homens”, mas de “Treinamento de Sobrevivência”.
• O seu ministério com homens e os caminhos que eles tomarem rumo
à maturidade espiritual não serão lineares. A estratégia Criar-Capturar-
Sustentar é uma mentalidade.

2/ 4
M antenha o momentum po r m e io de r e l a c io n a m e n t o s

F a le s o b r e is t o :

1. Que atividades o ajudam a manter o seu crescimento espiritual?


O que as torna eficazes? Um bom currículo de estudo? Disciplina
pessoal? A companhia de outros homens na jornada? O que mais?
Quais são as implicações para os demais homens de sua igreja?
2. Que tipos de atividades mais o atraem? As que tocam o seu
intelecto (mente), as suas emoções e crenças (coração) ou o que o
envolve em algo físico (mãos)? Considerando esses três tipos, em qual
deles a sua igreja é melhor? Em qual deles é pior?
3. Por vezes, um passo de criação para um pode ser um passo de
sustentação para outro homem. Descreva uma situação parecida em
seu ministério.
4. Reveja os pontos chave ao final do capítulo e discuta aqueles que
você sente que promoverão um maior impacto em seu ministério.
5. Como equipe, use o quadro da página seguinte para conduzir uma
“auditoria" daquilo que seu ministério oferece aos homens. Comece
listando todas as idéias e verdades que você deseja que um homem
tenha em cada área. Assinale cada item que sua igreja já fornece aos
membros. Circule qualquer item que ainda não esteja disponível.

O r e s o b r e is t o :

Orem juntos como equipe de liderança...

• para que Deus lhes conceda sabedoria e paciência enquanto


buscam conduzir homens para mais perto de Cristo
• pedindo que Deus leve os homens a relacionamentos sadios onde
possam buscá-lo juntos
• para que haja fome pela Palavra de Deus
• solicitando sabedoria durante a jornada enquanto prossegue em
seu compromisso de discipular homens em sua igreja

1 215
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

COMO UM DISCÍPULO DEVERIA SER EM SUA IGREJA?


S e sou b esse qu e v o c ê te m apenas cin co an os para disci-
pular um h o m em , quais s ã o as idéias e experiências qu e gostaria
qu e ele d esen vo lvesse e viven ciasse para p od er se considerar um
“s u c es so ” ?

E sfera R e l a c io n a l

A specto D eus Família I greja M undo

M ente

(O qu e
você
sab e?)

M ãos

(O qu e
você
faz?)

C oração
(O que
você
am a)

Baseado em um quadro desenvolvido pela liderança da Universidade da Igreja


Presbiteriana, em Orlando, Flórida, Estados Unidos.

216
12
D esen volva o seu p la n o :
C o m o im p l e m e n t a r o m o d e l o
EM SUA IGREJA

V o cê con segu iu ! N o s s o objetivo era qu e a essa altura v o c ê


estivesse c o m tantas idéias qu e m al p u d esse esperar para com eçar.
Na verdade, já c o m e ç o u .

Contudo, antes de ir lo n ge dem ais, talvez v o c ê queira imaginar


e m sua m en te c o m o poderá, futuramente, avaliar se os seus alvos
foram atingidos e se ob teve sucesso e m sua em preitada. Será que
sucesso é um a igreja cheia de h om en s profundam ente envolvidos
e m p eq u en os grupos? Será a ausência de divórcios entre os m e m ­
bros? ü m calendário repleto de atividades o n d e o s h om en s possam
participar in depen den tem en te da maturidade espiritual deles?

“ISSO É TÃO... NATURAL”


Im agin e esta cena: ü m h o m e m está sen d o o rd en a d o ou c o ­
m ission ad o c o m o presbítero e m sua igreja. A família está ao lado
dele. A esp o sa está tão orgu lh osa d o m arido qu e é possível p erce­
ber sua fa c e iluminada. Entre o s qu e assistem à o rd en a çã o está um
gru po d e h om en s qu e exerceu um trem en d o im p a cto na sua vida
a o lo n g o d os últim os anos, b em c o m o h o m en s qu e ele influenciou.
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

O pastor cam in h a na d ireção d ele e diz: “ C om partilh e c o n o s ­


c o c o m o D eus o trouxe até este p on to e m sua jorn ada espiritual” .

Então, ele resp on de: “ Para dizer a verdade, não ten h o certeza.
A única d ecisã o qu e m e lem bro d e fazer foi qu an d o m eu a m ig o m e
con vidou a participar das partidas d e futebol, seis an os atrás. A p ó s
esse convite, p a receu -m e qu e cad a p asso qu e dei foi tão... natural.
C o m o se n ão tivesse qu e decidir o q u e fazer a seguir. O próxim o
p asso sem p re surgiu qu an d o estava p ron to para e le ” .

V ocê já esteve e m um aero p orto c o m aquelas interm ináveis


esteiras rolantes, ü m rapaz pisa no c o m e ç o da esteira e lá vai ele.
C laro qu e ele p o d e sair p or um lado ou andar para trás, m as o
m e c a n is m o naturalm ente o leva para a frente, para o seu destino.

É a ssim q u e um p ro g ra m a d e d isc ip u la d o para h o m e n s d e ­


veria funcionar, ü m h o m e m to m a a d e c is ã o d e pisar na esteira e
vai s e n d o c a rre g a d o . Isto é criar m o v im e n to . E para o h o m e m ,
isso é natural.

ENTÃO, 0 QUE VEM A SEGUIR PARA VOCÊ?


A leitura d este livro busca dar um a visão e criar o s passos
para v o c ê e sua equ ip e d e liderança. A s qu estõ es nesta obra e os
exercícios presen tes neste últim o capítulo o auxiliarão a capturar o
m o vim en to. Q u ã o b em aqu ele m o m e n to é sustentado será defini­
d o pelas d ec isõ e s qu e v o c ê fizer a o final d este capítulo, b em c o m o
as a ç õ e s qu e realizará durante o s p róxim os d o ze m eses.

Então, o qu e v e m a seguir? V am os rever n osso cam in h o


p elo sistem a e m a p ear alguns passos para introduzir O M od elo
Homens... Além do churrasco e futebol.

In iciarem os c o m o exercício d o Teste do guardanapo, ü s e -o


para rever o m o d e lo geral. Então, con cen tre-se nos oito c o m p o ­
nentes para d esen volver o seu plano. Para cad a con ceito , um a lista
d e passos c o n c re to s ou a ç õ e s é forn ecida para ajudar a introdução
e m seu m inistério. D ividim os as atividades d e curto prazo - durante
os p róxim os três m e se s - e lo n g o prazo - durante o próxim o ano.

2/8
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

N ã o q u erem o s induzi-lo p or in term édio disso (p orqu e d e s e ja ­


m o s exem plificar o qu e esta m o s lhe p ed in d o para fazer c o m seus
h om en s). Contu do, ta m p o u c o q u erem o s ab an d on á-lo à própria
sorte. Assim , ap resen tam os algu m as form as d e v o c ê com p leta r o
seu plano sustentável d e m inistério c o m h om en s.

Oito sessões
Pelo fato deste capítulo lhe dar passos con cretos, v o c ê não
d eve esperar com p le tá -lo e m apenas um en co n tro ou reunião c o m
sua equ ip e d e liderança. N ossa su gestã o é realizar quatro ses sõ e s
para trabalhar as atividades d e curto prazo ou “ durante o s p róxim os
três m e s e s ” e quatro s es sõ e s para focar as d e lo n g o prazo ou “ du­
rante o próxim o a n o ” .

S e as reuniões d e sua equ ip e o c o rre m regularm ente, use o s


p róxim os qu atro en con tros para trabalhar neste capítulo. (Instrua
cad a h o m e m a realizar o Teste do guardanapo antes da prim ei­
ra reunião.) Em cada um a delas, trabalhe p or m e io d e dois c o m ­
pon en tes, c o m p le ta n d o os exercícios “durantes o s próxim os três
m e s e s ” . D e três a seis m eses, realize a segu n da série d e quatro
reuniões para concluir as atividades “ durante o próxim o a n o ” para
cad a c o m p o n en te. Isto lhe p roporcionará te m p o para realm ente
im plem en tar o s planos qu e tiver feito.

Retiro de planejamento
V o cê p o d e usar um retiro d e p lan ejam ento para definir as
duas séries d e atividades. Planeje realizar quatro ses sõ e s durante o
retiro, ab o rd an d o dois d os c o m p o n e n te s durante cad a sessão. Em
geral, será n ecessário dar s egu im en to c o m um a série d e reuniões
para refinar e solidificar o s planos e s b o ç a d o s n o retiro.

D ecerto , n o p ró xim o ano, v o c ê d esejará rever esses planos


n o va m en te para aju dá-lo a p erm a n ec e r no cu rso traçad o. E nquanto
faz ess es exercícios, d igite o seu trabalh o e m um co m p u ta d o r
ou diário. E sse d o c u m e n to será um registro d e suas d ecisõ es,
b em c o m o facilitará o c o m p a rtilh a m en to d e in fo rm a ç õ e s c o m o

i 2/9
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

seu p astor e o s seu s n o vo s líderes q u a n d o eles se unirem à sua


equ ip e.

A o final, inclu ím os um a lista útil d e verifica ção c o m o um


exe m p lo d e agen d a, visando facilitar o seu con trole sob re o térm ino
d e to d o s o s exercícios presentes n o capítulo.

Então, lá v a m o s nós...

0
A m p l o .................................................................................................................................................................. P r o f u n d o

H o m e n s q u e pre­
c is a m de C r is to

M in is t é r io c o m h o m e n
J ^ H om em H om em H om em
ABRANGENTE

©
C R IA R
01
O O
I V isão I
JT

A s TRÊS DOBRAS DA LIDERANÇA
TA R V i i / CA
D is c íp u l o

O C Ó D IG O DO HOMEM
D is c íp u l o D i s c íp u l o
■J
P o r t a l p r io r it á r io
D iscí p u l o D is c íp u l o Disc

O m odelo H o m en s ... A lém d o ch urr asco e futebol

Um sistema projetado para produzir grandes resultados

0 TESTE D O G U A R D A N A P O

Ma in trodu ção d o livro, exp licam os qu e d esejá va m o s criar um


m o d e lo qu e fosse ap ro vad o no teste do guardanapo. Em outras
palavras, v o c ê seria cap az d e en qu an to to m a um lanche c o m um
am igo , explicar esse m o d e lo de m inistério c o m h o m en s apenas
c o m um gu ard an apo e um a caneta?

O lh an d o a ilustração anterior, aqui está um a breve sinopse


sob re c o m o dar essa explicação:

220
D esenvo lva o seu p la n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

1. C o m e c e c o m o s três alicerces d e seu ministério. D esen h e


apenas a base e m seu gu ardan apo, m ostran d o o s três b loco s: o
portal prioritário, o c ó d ig o d o h o m e m e as três dobras da liderança.
R apidam ente, explique cad a um deles.

2. Então, adicione a linha contínua e c o m o isso representa a


jornada espiritual rum o à con d içã o de discípulo. E sb oce a esteira
rolante c o m alguns tijolos d en om in ad os “ h o m en s” na parte superior
da linha, escreven do “a m p lo ” na extrem idade esquerda e “profu ndo”
na direita. A seguir, fale sobre c o m o v o c ê está tentando levar os h o ­
m ens na esteira a cam inharem ao lo n go da linha, ou seja, a jornada
espiritual, on d e cada even to e atividade e m sua igreja é parte inte­
grante de um ministério abrangente c o m hom ens, qu e visa ajudá-los
em suas respectivas espiritualidades.

3. A gora , d esen h e o m e ca n ism o acion ad or da esteira, ou


seja, a estratégia Visão-Criar-Capturar-Sustentar. Retrate a e n g re ­
n a gem “visã o ” , m ostran d o o s d em a is com p o n en tes.

4. Por fim, m ostre qu e o resultado d o m o d e lo é m o ver h o ­


m ens d e o n d e qu er qu e estejam n o início d e suas jorn ad as espiritu­
ais para se torn arem discípulos qu e aju dem na ed ifica çã o da igreja.
N ã o esq u eça d e desenhar o s “tijolos” discípulos, saindo da esteira.

N o s próxim os três m eses, con vid e um a m ig o para um café


ou alm oço , apan h e um gu ard an apo e tente explicar o m o d e lo ! Cise
o e sp a ç o a seguir para praticar.

UM PLANO PARA 0 PRÓXIMO ANO


1. Explicando o portal prioritário
O livro c o m e ç a exp on do sua filosofia de ministério, ou seja, o
discipulado c o m o portal prioritário. Ele é a lente qu e fo ca todas as

22/
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

diferentes atividades da igreja para alcançar o s resultados traçados


(veja capítulo 4). S e não houver esse fo c o na form a çã o de discípu­
los c o m o o portal prioritário da igreja, ele resultará e m dizimistas,
cantores e entusiasm ados voluntários, não m ord om os, adoradores
ou servos. E m resum o, as pessoas irão se con form ar ao am biente
da igreja e exibirão o c om p o rta m en to correto, p orém seus corações
não serão transform ados (R m 12.2). Controles externos não detêm
p od er algum para m udar o coração de um h om em , m as o discipu-
lado transform a os h o m en s d e dentro para fora.

Aqui está um esboço do portal prioritário

Literatura
Pregação Ensino
cristã

............................. 1. . .

Treinamento Famílias \ Serviço/ Estudos


de liderança devotas \ Missões Culto bíblicos

Com panheirism o Evangelismo

Conversas Justiça Estudo


Liderança Vocação
informais social individual

Pequenos
Seminários Mentoria
grupos

Faça um novo quadro do portal prioritário para a sua igreja.


Revise os resultados (dentro d o quadro pontilhado) c o m o necessários
para os alvos que sua igreja está procurando. C o m o sua igreja atinge
tais objetivos? Revise o s m étod os (fora d o quadrado pontilhado), subs­
tituindo-os c o m as diversas atividades disponíveis aos hom ens em sua
igreja. Aqui está um planejam ento de três a seis m eses para fazer isso.

222
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

Durante os próxim os três meses:


• Identifique dois líderes qu e representem o s esforços na for­
m a çã o de discípulos e m sua igreja; o pastor d e p equ en os gru pos e
um professor de destaque da escola dom inical, por exem plo. Inicie
um a discussão c o m eles sobre o portal prioritário. Registre os teste­
m unhos deles quanto aos m éto d os de discipular h om en s e mulheres.

Durante o próxim o ano:


• P rocu re identificar um a oportu n id ad e d e com partilhar o
portal prioritário c o m to d o s o s líderes d e sua igreja, talvez e m um
retiro da liderança, e m um a reunião d e n e g ó c io s ou administrativa.
Claro qu e precisará da anuência prévia d e seu pastor.

2. Modificando o seu código de homens


T o d o h o m e m qu e adentra a sua igreja te m um a im p ressão
qu ase instantânea da form a c o m o a igreja olha para o s hom en s.
D esd e a d ec o ra ç ã o , p assan d o p elo b oletim e até a qu alidade de
liderança, o s h o m en s rapidam en te c o m p re e n d e rã o o qu e significa
ser um h o m e m e m sua igreja (veja capítulo 5). A q u estã o é: C o m o
ajudar a igreja a estab elecer um c ó d ig o d e h o m en s correto?

Durante os próxim os três meses:


• Procu re identificar nas d ep en d ên cias d e sua igreja qualquer
e lem e n to de d e c o ra ç ã o qu e faça o s h o m en s se sentirem acolhidos.
N ã o c o n s e g u e ver nenhum ? Faça algu m as s u ge stõ es às pessoas
responsáveis, visando deixar o s h o m en s m ais con fortáveis e m sua
igreja. C o m e c e falan do c o m seu pastor e siga adiante. S e tiver
c o n d iç õ e s financeiras, o fe re ça -se para custear as d esp esas das
m udanças. Revise o seu trabalho n o capítulo 5 e liste algum as
m u danças qu e gostaria d e sugerir.

Durante o p róxim o ano:


• Reúna um gru p o d e h o m en s para discutir a m u dança do
am bien te d e sua igreja visando torná-lo m ais atraente ao s hom ens.
A n o te as idéias e esco lh a a(s) m elh or(es) para im plem entar. Aqui
estão algu m as idéias para fazer v o c ê c o m e ç a r a pensar:

2 2 3
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

- Crie um a s e ç ã o para os h o m en s e m seu boletim . N ã o use


o e s p a ç o c o m anú ncios en fad on h os. Incentive diversos h o m en s a
escrever um breve testem u n h o para o boletim , um a vez por m ês.
Faça parecer desafiante e divertido ser um h o m e m e m sua igreja.

- R efo rm e o banheiro m asculino. C o lo q u e um qu adro d e


avisos sob re cad a m ictório, u san d o -o s para c o lo c a r “ desafios ex­
tern o s” , anú ncios sob re o m inistério d e h om en s, a o lado de piadas
e notícias esportivas.

Q u e outras idéias v o c ê tem ?

3. Desenvolvendo as três dobras da liderança


A corda de três dobras não é facilm ente rompida. As três dobras
da liderança para o seu ministério c o m h om en s são: o seu pastor
sênior, um líder entusiasm ado e uma equipe de liderança com prom is­
sada (para um a discussão detalhada, reveja o capítulo 6).

Durantes os próxim os três meses:


• O re por seu pastor regularm ente, seja a sós ou c o m outros
líderes. Cultive o hábito de incluir o seu pastor e m todas as c o m u ­
n icações sobre o ministério c o m h om ens. Discuta c o m sua equipe
de liderança m aneiras de se tornarem con h ecid o s c o m o veem en tes
apoiadores d o pastor. Escreva algum as form as d e v o c ê e sua equipe
de líderes serem um encorajam ento para o pastor. (C o m e c e aqui ou
use um com p u tad or ou outro m eio para registrar as suas respostas.)

224
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

• H á e m sua equ ip e um líder ap aixon ado p elo m inistério c o m


h om en s? S e houver, escreva seu n o m e o n d e estiver registrando
suas respostas. C aso contrário, escreva o s n o m es de possíveis h o ­
m ens. C o m e c e a orar a D eus para qu e levante esse h o m em .

• Cise as duas colu nas a segu ir (ou reproduza-as e m seu c o m ­


putador ou diário). Ha primeira, liste o s m em b ro s d e sua equipe.
Eles represen tam o s cin co tipos d e h o m en s e m sua igreja o s quais
visa alcançar? S e não, na segu n da coluna, escreva o s n o m es d os
qu e v o c ê p ossivelm en te recrutará para a sua equ ip e d e liderança.
H os próxim os três m eses, procu re um d esses h o m en s e com p a rti­
lhe a sua visão qu anto a o discipulado.

H o m e n s n a e q u ip e d e l id e r a n ç a C a n d id a t o s p a r a a e q u ip e d e l id e r a n ç a

Durante o próxim o ano:

• Planeje um a expressão pública d e ap recia çã o p or seu pas­


tor. O rgan ize um jantar d e casais ou d e h o m en s c o m a presença
d e seu pastor c o m o c on vid a d o d e honra; arrum e voluntários para
cuidar d o jardim da casa pastoral durante o verã o ou con siga um a
casa n o c a m p o o n d e o casal pastoral possa deixar suas resp on ­
sabilidades d e lado e descansar p or alguns dias. Escreva a seguir
algu m as idéias e selecio n e um a ou duas.

225
H o m e n s ... A lém do c h u r r asc o e futebol

• V ocê precisa recrutar m ais h o m en s para a sua equ ip e de


líderes? C on vid e para um ca fé ou a lm o ç o m ensal um líder em
p oten cial durante um ano. H abitue-se a sem p re estar alerta para
identificar o p róxim o h o m e m c o m q u em p ossa com partilhar a sua
visão. P eça à sua equ ip e qu e faça um a lista d e h o m en s atuantes
nos quais p ossa se espelhar.

• O s m e m b ro s d e sua equ ip e d e liderança d ev em tornar-se


uns para o s outros o m e s m o qu e a lm eja m qu e o s h o m en s d e sua
igreja se torn em . S e le c io n e um currículo d e discipu lado para a sua
equ ip e de liderança estudar e m conju nto. Há m aterial disponível
e m sua d en o m in a ç ã o e nas livrarias cristãs.

4. Desenvolvendo um ministério com homens abrangente


Tudo o qu e sua igreja realiza e sensibiliza o s h o m en s faz parte
d o m inistério c o m h om en s, m e s m o qu e não seja um p rogram a
d irecion ad o apenas a o s hom en s. O seu m inistério é constituído
por to d o s o s h o m en s da igreja, a crescid os d os qu e v o c ê gostaria
d e alcançar. (Para m ais detalhes, reveja o capítulo 7.) Identifique
oportu n idades para o seu m inistério auxiliar o s d em a is m inistérios
d e sua igreja. Igu alm en te, p rocu re m aneiras d e c o n e c ta r m ais
h o m en s às diferentes iniciativas usadas para discipular o s hom ens.

226
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

Durante os próxim os três meses:

• Liste alguns m inistérios existentes e m sua igreja e qu e n ão


sejam tradicion alm en te con sid era d o s “ m inistério c o m h o m e n s ” .
C o m o poderia ajudá-los de form a con creta a alcançar o s h o m en s
d e form a m ais efetiva?

Durante o próxim o ano:

• Auxilie cad a h o m e m d e sua igreja a c o m p re e n d e r q u e ele


faz parte d o seu m inistério. C o m o fazer isso? Liste o ito ou d ez
form a s principais d e c o m o o s h o m en s c o s tu m a m se reunir e m
sua igreja. A o lad o d e ca d a um a, escreva um ou d ois p a sso s para
fazê-lo s sentir q u e são parte d o qu e D eu s está fa ze n d o p or inter­
m é d io d o s h o m e n s da igreja.

E xem plo:

H o m e n s trabalhando no berçário.

Providencie aventais com o logo do ministério com homens


H o m e n s aju dan do na liga d e esp ortes juvenis.

D ê um ja n ta r em hom enagem aos técnicos e auxiliares.

227
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

5. Esclarecendo a sua visão


A ju de o s h o m en s a resp on der a pergunta: “ Por qu e estou fa ­
ze n d o isso?” T od o s d eseja m sentir qu e são úteis, qu e estão con tri­
buindo e realizando algo. U m m inistério qu e esteja restrito apenas
a um a série d e atividades d escon exa s lo g o sairá d os trilhos.

N o capítulo 8, v o c ê trabalhou em uma declaração interna de pro­


pósito, um cham ado externo e um discurso de elevador. Possuir uma
visão clara ajuda a focar sua energia no alcance de objetivos de valor:

• A sua d ecla ra çã o interna d e p ro p ó sito auxilia a equ ip e de


liderança a decidir o qu e deve, ou não fazer.

• O seu slogan externo precisa encontrar ressonância nos


hom ens, con c la m a n d o -o s a ser parte de a lg o m aior que eles
m esm os.

• O discurso de elevador explica a sua visão e m p o u ca s e


b reves frases, s e n d o p articu larm en te útil n o recru ta m en to
d e n o vo s líderes.

Durante os próxim os três meses:


• D esen volva um ch a m a d o externo para o s e sfo rço s d e seu
m inistério. E screva algu m as idéias (aqui, e m seu com p u ta d o r ou
a g e n d a ) discutindo-as c o m o equipe. O b ten h a a a c eita çã o e o ap o io
d e seu (s) p astor(es) e d em ais líderes.

Durante o p róxim o ano:


• D esen volva um a nova d eclara çã o interna de p ro p ó sito para
o seu m inistério. N ã o esq u eça qu e sua d eclara çã o d e p ropósito
d ev e ser dinâm ica, ou seja, p o d e m udar d e um an o para o outro

22 8
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

c o n fo rm e seus objetivos. Porém , certifique-se d e qu e ela esteja e m


sintonia c o m a m issão da igreja.

R eveja o trabalho qu e v o c ê realizou n o capítulo 8 e rascunhe


um a d eclara çã o nas linhas a seguir. Tenha m ais h o m en s en volvid os
na revisão e ap ro vação dessas prioridades.

• A ju de cad a h o m e m e m sua equ ip e d e liderança a d esen vo l­


ver um discurso de elevador, constituído d e três ou quatro frases
qu e expliqu em a visão para o s h o m en s d e sua igreja. V ocê p o d e
c o m e ç a r a partir d e seu e s b o ç o n o capítulo 8, o b ten d o a opin ião
d os outros h om en s. Então, distribua o seu rascunho final a o s d e ­
m ais líderes, p ed in do-lh es para personalizar o discurso para o uso
próprio c o m outros hom ens.

6. Criando valor
C riam os m o vim en to ao atrair h o m en s para o p róxim o nível.
F a zem os isso, dan do-lh es a lg o d e valor. Para o s qu e estão no início
da jornada, isso p o d e ser diversão e com pan h eirism o. C on tu do, à
m edid a qu e p rogrid em , é n ecessário qu e suas n ecessid a d es espiri­
tuais sejam atendidas m ais diretam ente.

O b servação : Para o s exercícios d e criar e capturar, a seguir,


lem bre-se d e revisar a tarefa feita nas qu estõ es d o b lo c o “ Fale s o ­
bre isto” , d o s capítulos 9 e 10.

Durante os próxim os três meses:

• Há eventos planejados para um futuro próxim o? Escreva-os a


seguir. Então, indique quais d os cin c o tipos d e h o m en s cad a even to
irá foca r e c o m o v o c ê irá p esso a lm en te convidar m ais h o m en s a
com parecer. O qu e v o c ê poderia m udar nesses even tos c o m base
no qu e já leu?

229
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

Durante o próxim o ano:


• ü s e um a folha d e papel sep ara d o para planejar um calen ­
dário d e d oze m e se s visand o criar op ortu n id ad es para o s h om en s
d e sua igreja (lem b re-se d e qu e n ão é ob rigatório qu e sejam ativi­
d ad es exclusivas aos h o m en s e, c o m o já afirm am os, ta m p o u c o é
n ecessário qu e ten h am sido planejadas p or sua equ ip e d e lideran­
ça). Tente se certificar d e haver, p elo m en os, um a oportu n idade
para cad a tipo d e h o m e m e m sua igreja durante o ano. Igualm ente,
assegu re-se d e qu e as suas atividades a p o iem o p rop ósito geral do
m inistério c o m h om en s.

7. Capturando o movimento
N ã o há s e n tid o e m dar a o h o m e m a lg u m tip o d e e le v a ­
ç ã o espiritual ou e m o c io n a l s e m lhe fo r n e c e r o p a s so seg u in te
a ser d a d o para m a n ter o p ro g re s s o o b tid o . J a m a is crie esse
m om en tu m , seja um g ra n d e e v e n to ou um la n ch e rápid o, sem
p ossu ir um p la n o para o q u e v e m a seguir. A d o te a m e n ta lid a d e
d o “ p ró x im o p a s s o c o r r e t o ” para evitar d e s p e rd íc io d e e s fo rç o s .
O p ró x im o p a s so c e rto é s e m p re c o n c r e to e a lca n çá vel, ü m h o ­
m e m parte já te n d o a s s u m id o o c o m p r o m is s o e s a b e n d o o qu e
fará a seguir.

Durante os próxim os três meses:


• F iq u e aten to a o s eve n to s e o p o rtu n id a d es já a g e n d a d o s
para o s h o m en s. C a d a atividade possui um p ró xim o p a sso c la ­
ro e a d e q u a d o para o s participantes? R eveja sua lista anterior e
escreva qual será o p róxim o passo para cad a atividade ou even to
q u e o c o rre r n os p ró x im o s seis m eses. C o m e c e a d esen vo lver um
qu adro q u e m ostre o s “trajetos” p or in term édio d e seus p rogram as

2 3 0
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

d e d iscipu lado. Veja o s e x e m p lo s a segu ir e use o qu ad ro a p re se n ­


ta d o a o final d o capítulo.

C r ia r C aptu r ar S u s t e n t ar

Grupos de
acompanhamento
de seis semanas

L em b re-se: É possível haver m ais d e um a oportu n idade para


capturar e m cada atividade d e criação. Por exem plo, se v o c ê está
crian do o m o vim en to para um líder m edian te um c a fé da m anhã
para discutir a sua visão qu an to a o discipu lado d e h om en s, v o c ê
ta m b ém p o d e con vidá-lo a orar por algu m as n ecessid a d es e s p e ­
cíficas e p or m aneiras d e envolver-se. C o n vid e-o para a próxim a
reunião da equ ip e d e liderança. O u ainda, c o m b ase no interesse
dele, e n c o ra je -o a participar d e um a classe d e trein am en to d e lí­
deres. Q ualqu er um a dessas possibilidades constitui um excelen te
p asso para capturar.

Durante o próxim o ano:


• A d o te a m en talidade d o p róxim o p asso co rreto e m todas
as suas in terações c o m o s h om en s. A g o ra qu e v o c ê aprendeu
essa técn ica d e p lan ejam en to d e atividades, tod a vez qu e planejar
um a atividade ou p rogram a d e qu alquer tipo, e s b o c e um “trajeto”
para o participante e m ostre qual será o passo d e captura para ele.
D esign e cad a atividade a um líder qu e deverá garantir a realização
d e cad a p asso d o aco m p an h am en to .

231
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

8. Sustentando o m o m e n tu m
A tran sform a çã o d e lo n g o prazo qu ase sem p re o co rre no
con texto d e relacion am en tos. C o m o p od erá engajar o s h o m en s na
igreja e m op ortu n id ad es d e discipu lado b aseadas nos relaciona­
m en to s? Sustente a m u dan ça nas vidas d o s h o m en s fo c a n d o e m
seus c o ra ç õ e s , n ão e m seus com p o rta m e n to s. (R eveja o capítulo
11.) N ã o perm ita qu e seus h o m en s p areça m b on s exteriorm ente,
m as estejam o c o s e m o rtos p or dentro. D esafie as m o tiva çõ es d os
h o m en s m ais qu e o c o m p o rta m e n to deles.

Durante os próxim os três meses:

• E labore um a lista d e tod as as diferentes oportu n idades de


discipu lado e m sua igreja, c o n fo rm e o s cin c o tipos de h o m en s d e s ­
critos n o capítulo 11. Por exem plo, inclua as classes d e esco la d o ­
minical, o s p eq u e n o s gru p os e oportu n id ad es d e serviço.

H O M EN S SEM CRISTO

H O M E N S C RISTÃO S CULTURAIS

H O M E N S CRISTÃO S BÍBLICOS

232
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

HOMENS LÍDERES

HOMENS QUE ESTÃO SOFRENDO

• C o m o v o c ê irá con ectar esses h o m en s a essas atividades?


Cltilize o qu adro a o final d o capítulo para m apear c o m o p od erá
con ecta r o s h o m en s no p asso da captura às oportu n id ad es d e dis­
cipu lado con tínu o listadas anteriorm ente. Aqui está um exem p lo de
um trajeto “ finalizado” :

C r ia r C apturar S u s t e n t ar

Seminário de Grupos de
Homens acompanhamento
O sucesso que de seis semanas
importa"

O b serva çã o : Igualm ente, há m últiplas oportu n id ad es d e sus­


tentar a p ó s o p asso d e capturar. Por exem p lo, é possível o fe re ce r
a o s h o m en s presentes ao s p eq u e n o s gru pos d e seis sem an as, um a
esco lh a entre p erm an ecer nos respectivos gru pos p or m ais seis ou

2 3 3
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

d o ze sem an as, frequentar um p eq u e n o gru p o de casais, ou parti­


cipar d e um a classe regular d e esco la dom inical. Lem b re-se q u e o
líder d o p asso d e captura d eve ser p esso a lm en te responsável p elo
p astoreio d o s h o m en s na atividade d e sustentá-los.

Durante o próxim o ano:


• R eveja o seu qu adro “ m e n te -c o ra ç ã o -m ã o s ” d o capítulo
11. V o cê vê algu m as lacunas nas ofertas d e sua igreja aos h om en s?
Planeje d esen volver novas oportu n id ad es de discipulado d e lo n ­
g o prazo qu e p ossam preen ch er esses buracos. Será n ecessário
introduzi-las a o lo n g o d o s p róxim os anos. N o e sp a ç o a seguir, faça
um a lista d e duas ou três oportu n id ad es distintas de sustentar o
m o vim en to, atualm ente n ão disponíveis, m as qu e v o c ê gostaria de
o fe re c e r ao s h om en s. C o m e c e o ran d o sob re o s passos necessários
para colo cá-la s e m prática.

N ã o se e sq u e ça d e repetir o c iclo c o m o s h om en s. Esta é a


ch ave para m an tê-los e m con stante p ro g re ss o na “esteira” .

SUA LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES


DE CURTO E LONGO PRAZO
Aqui está um a lista das atividades d e curto e lo n g o prazo
com p ila d a s d o s exercícios anteriores.

Durante os próximos três meses


Sessão um:
• Faça o teste do guardanapo c o m um a m ig o
• Discuta o portal prioritário c o m d ois líderes fo rm a d o res de
discípulos e m sua igreja. Por exem p lo, o pastor de p eq u e n o s gru ­
p os e um p rofessor da esco la dom inical.

234
D esenvo lva o seu p la n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

• Elabore um a lista d e m u danças sutis na d e c o ra ç ã o qu e p o ­


deríam tornar o am bien te d e sua igreja m ais atraente ao s h om en s.
Discuta essa qu estã o c o m o seu pastor.

Sessão dois:

• Faça da o ra ç ã o por seu pastor um hábito tanto individual


qu an to c o m outros líderes.

• E labore um a lista d e m aneiras esp ecífica s d e encorajar e


apoiar o seu pastor.

• S e n ão houver um líder d e m inistério c o m h o m en s no geral,


faça um a lista d e h o m en s apaixon ados p elo discipu lado e ore para
qu e D eus c h a m e algu ém , esp ecia lm en te para liderar o m inistério.

• Faça um a lista de h o m en s d e sua equ ip e d e liderança. Faça


um a segu n da lista d e h o m en s qu e v o c ê poderia recrutar visando
o b ter ajuda para alcançar o s cin co tipos d e h o m en s descritos no
capítulo 11.

• E labore um a lista d os m inistérios existentes e m sua igreja


qu e tradicion alm en te não são con sid era d os m inistérios c o m h o ­
m ens. B u sque form as con cretas d e auxiliá-los a alcançar o s h o ­
m en s d e form a m ais eficaz.

Sessão três:

• D esen volva um c h a m a d o externo para o s e sfo rç o s d e seu


m inistério.

• Para um a próxim a lista, defina esp ecifica m en te, quais d os


c in c o tipos d e h o m en s cad a even to focará e c o m o os h o m en s s e ­
rão con vid a d o s d e form a p essoal para cada program a.

Sessão quatro:

• D eterm in e o (s ) p asso(s) d e captura para cad a lista qu e for


criada e c o m e c e um qu adro qu e m ostre os “trajetos” a serem s e ­
gu id o s p elo s hom en s.

• Faça um a lista de tod as as diferentes oportu n id ad es d e dis­


cipu lado con tín u o d e sua igreja, organizadas c o n fo rm e o s cin co
tipos d e h o m en s (sustentar).

235
H o m e n s ... A lém do c h u r r asc o e futebol

• Para ca d a tra jeto criar-capturar, m a p e ie o s p a s so s d e sus­


ten tar q u e u m h o m e m p o d e trilhar a o final d o p a s so capturar.

Durante o próximo ano


Sessão um:
• C o m p a rtilh e o portal prioritário c o m to d o s o s líderes de
sua igreja.

• Reúna um gru po d e h o m en s para discutir m eio s de tornar


o a m b ien te d e sua igreja m ais atraente ao s h om en s, d esd e a d e ­
c ora çã o , p assan d o p elo boletim , até o culto. C o m e c e introduzindo
algu m as idéias.

Sessão dois:
• Planeje um a exp ressão pública d e ap recia çã o p elo seu pas­
tor. S eja criativo.

• C om p artilh e sua visão qu an to a o discipu lado d e h om en s


c o m um líder e m p oten cial a cada m ês. Incentive o s m e m b ro s de
sua equ ip e d e liderança a fazer o m e sm o .

• In icie um c u rríc u lo d e d is c ip u la d o c o m sua e q u ip e de


líd eres.

• Elabore um a lista das form as p or m e io das quais o s h om en s


estão en volvid os e m sua igreja. Projete um p asso c o n c re to para os
h o m en s sen tirem -se en volvid os na obra qu e D eus está realizando
por m e io d o s h o m en s da sua igreja.

Sessão três:
• D esen volva um a nova d ecla ra çã o interna d e propósito.
• A ju de cad a líder d e sua equ ip e a d esen volver o próprio dis
curso de elevador.
• Defina um calendário anual para as oportu n idades d e criar.
C o m e c e c o m as atividades já planejadas p or sua igreja nas quais
o s h o m en s p o d e m participar. Então, a crescen te apenas even to s de

2 3 6
D esenvo lva o seu p l a n o : C o m o im p l e m e n t a r o m o d e lo em sua ig r e j a

h o m en s para garantir qu e to d o s o s cin co tipos sejam alcan çad os


p elo m e n o s um a vez.

Sessão quatro:
• D eterm in e o passo d e capturar para cad a oportu n id ad e d e
criar e m seu calendário, m e s m o aquelas qu e não sejam ap enas
destinadas a h om en s. M apeie as sequ ên cias d e criar-capturar para
construir o s trajetos a serem s egu id o s p elo s hom en s.

• Para cad a trajeto criar-capturar, defina o s passos d e sus­


tentar e m p oten cial que um h o m e m p o d e trilhar a o final d e cada
p asso d e capturar.

• Cisando o qu adro “ m e n te -c o ra ç ã o -m ã o s ” , procu re identificar


“ lacunas” nas oportu n idades d e discipulado con tínu o oferecid as
p or sua igreja. E stabeleça planos d e lo n g o prazo para desen volver
oportu n idades d o tipo sustentar, visando p reen ch er tais “ lacunas” .

2 3 7
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

CItilize o q u a d ro a segu ir (o u fa ç a o s eu ) para m a p e a r os


“tra je to s ” d es tin a d o s, a o s h o m en s, a o lo n g o d e seu s p ro g ra m a s
d e d iscip u la d o .

CAMINHOS POR MEIO DO DISCIPULADO


C riar C apturar S ustentar
E pílogo

L evan tan d o l íd e r e s
DA BOA TERRA

V ocê gostaria de ser um líder da boa terra?

N a parábola d o semeador, Jesus descreveu quatro tipos dife­


rentes de solo. S obre o quarto tipo, ele falou: Mas o que foi semeado
em boa terra, esse é o que ouue a palavra e a entende; e dá fm to; e
produz a cem , outro, sessenta, e outro, trinta (Mt 13.23).

Esse tipo d e líder é a lg u ém qu e “ a p reen d e” o eva n gelh o, sen ­


te-se cad a vez m ais favorecid o pela graça d e D eus e vive da abun­
dância d e um vibrante relacion a m en to c o m Jesus. Líderes assim
sen tem qu e v ã o explodir a não ser qu e levem outros a Jesu s Cristo,
a ju d a n d o -o s a crescer na vida cristã.

O s líderes d o quarto tipo de terreno, da boa terra, necessitam


compartilhar o Evangelho, caso contrário sentem-se infelizes. Eles al­
mejam: Meu Pai é glorificado nisto: em que deis m uito fruto; e assim
sereis meus discípulos (Jo 15.8). Quanto fruto? Pode ser cem , sessenta
ou trinta vezes o que foi sem eado.
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

ONDE ESTÃO OS LÍDERES DA BOA TERRA?


C o m o previam ente citado, há, nos Estados Clnidos, cerca de
350 mil igrejas (c o m um com p a recim en to m éd io d e c e m p e s s o ­
as por culto) e 108 m ilhões de h om en s c o m mais d e quinze anos.
E stim am os que 1% d e tod os os h om en s am erican os sejam infla­
m a d o s e m alcançar h om en s para Jesus Cristo. Isso totalizaria cerca
d e um m ilhão d e hom en s, aproxim adam ente três por igreja. Muitas
m ulheres ta m b ém sen tem a m esm a paixão e m alcançar pessoas
para Cristo.

PRECISA-SE: MAIS LÍDERES DA BOA TERRA?


Alguns líderes sentem -se contentes e m alcançar um círculo d e três,
seis ou m e sm o dez pessoas. S em dúvida isso é digno de aplausos,
pois é m elhor salvar seis almas d o que nenhuma, c o m o é o caso de
muitos cristãos. Contudo, para alcançar a visão de Cristo de tornar
tod os os hom ens, mulheres e crianças discípulos, é necessário haver
líderes que son h em alto, pensem à frente e assum am riscos. Você é
um líder que alm eja alcançar toda a sua igreja, a sua cidade e todos
os seus sem elhantes? E um líder que deseja alcançar trinta, sessenta,
c e m ou mais alm as para Jesus Cristo? Você está com prom issado com
a visão d e hom ens b em equipados para a sem eadura? Gostaria de
ver Deus fazendo algo realmente extraordinário por intermédio da sua
vida? S e sua resposta for sim, seja bem -vindo à batalha pela alma dos
hom ens, v o c ê é um líder consciente e responsável para a semeadura.

N o ssa o ra ç ã o é qu e este livro p ossa equ ip á-lo para introduzii


um sistem a d e discipu lado e m sua igreja e reproduzir-se c o m o o
quarto tipo d e terren o na parábola d e Jesus. O ra m o s para que
ta m b ém lhe seja útil para levar outros líderes a se unirem a você.

POR QUE H O M E N S ... A L É M D O C H U R R A S C O E F U T E B O L ?


D eu s n os te m c o n c e d id o o p rivilégio e a resp on sabilid ad e
da lid eran ça espiritual. Ele nos cham ou para discipular cada h o m em
e m nossas igrejas e com unidades. O s frutos são tão im portantes
para nós qu e não nos resta outra coisa a não ser dar o n osso melhor.

240
Ep íl o g o : Le v a n ta n d o l íd e r e s d a b o a terra

A c im a d e tudo, a liderança é um c h a m a d o divino, ü m c h a ­


m a d o d e Deus. Sua vida e m inistério p o d e m ser um p osto espiritual
para o s h om en s, um a m issão d e resgate, um local d e d esca n so du­
rante a jornada, um hospital para h o m en s c o m “ asas qu eb ra d a s” .
E stam os aqui para ajudar o s h o m en s a transform ar as a fe iç õ e s
m ais íntim as d e seus c o ra ções, auxiliá-los a crer qu e o e va n g elh o
p o d e m udar suas vidas, para m ostrar-lhes um exem p lo vivo (e m b o ­
ra im p erfeito) d e um h o m e m ou m ulher qu e s egu e a Deus.

J esu s Cristo nos con fio u o s h om en s. Ele afirm ou:

Depois de muito tempo, o senhor daqueles seruos voltou para acertar


contas com eles. Então, chegando o que havia recebido cinco talentos,
apresentou-lhe mais cinco talentos e disse: Senhor, entregaste-me
cinco talentos; aqui estão mais cinco que ganhei. E o senhor lhe disse:
Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel sobre pouco; sobre muito te
colocarei; participa da alegria do teu senhor! (Mt 25.19-21).

N ã o s o m o s resp on sá veis p e lo s resu ltados c o m o s h om en s,


d e n ossas igrejas, m as s o m o s resp on sá veis p ela nossa fid elid a d e
c o m eles.

R espon sabilidade requer c om p ro m isso. Meus irm ãos, m ui


tos de vós não deveis ser mestres, sabendo que serem os julgad os
de form a m ais severa (T g 3.1). L e m b re m o -n o s qu e o s riscos sao
elevados.

Isso ta m b ém exige um e s fo rç o coletivo, da equipe. S e v o c ê


ler este livro sozinho, c o m e c e a roga r a D eus para qu e outros h o ­
m en s p ossam unir-se a v o c ê e m seus e sfo rço s d e discipular os
h om en s. C o m o verá, nenhum líder c o n s e g u e fazer a obra sozinho.

Liderar h o m en s ta m b ém é um privilégio raro e santo. Ju n tam o-


-nos ao p róprio D eus e m sua obra. E stam os en volvid os e m uma
batalha pelas alm as d os seres hum anos. D eus está c o n o s c o nessa
guerra; juntos nós p o d e m o s vencer. N ã o p o d e m o s, n áo d ev em o s
e, pela graça d e Deus, náo falharem os!

241
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

Portanto, ro g u e m o s para serm os en co n tra d o s fiéis.

Deus, nós oramos por força, sabedoria e tempo, necessários


para produzir uma colheita - cem, sessenta ou trinta vezes mais
do que plantaste em nós. Ajude-nos a cumprir fielmente as
responsabilidades de discipular os homens, às quais nos entregamos
agora. Que tu possas usar este livro nas vidas de muitos líderes para
garantir que cada homem se tome eficaz, envolvido e atuante em
sua igreja. No poderoso nome de Jesus Cristo, amém.

V ocê é um líder da b o a terra? Gostaria d e com unicar-


-se c o m outros líderes c o m o v o c ê , visando en corajam en to,
com p a rtilh am en to de idéias e ap ren dizado m útuo? No
Brasil, o m inistério H om ens de valor (da M o cid a d e Para
Cristo), dirigido p elo pastor N é lio DaSilva, o fe re c e idéias,
dicas e respaldo bíblico aos h o m en s cristãos e às s ocied a d es
m asculinas das igrejas e m geral ( http://www.homensdevalor.
com / qu em so m o s/ l.h tm l). V o cê obterá a c e ss o a recursos
esp eciais e estará na vanguarda da liderança d o m o vim en to
d e discipu lado d e h om en s.

2 4 2
AS GRANDES IDÉIAS

R eu n im os A S G R A N D E S idéias d e cad a capítulo e m um a s e ­


ção, ob jetivan d o auxiliá-lo a rever o s c o n c eito s principais d este li­
vro. (Isto d eve ajudá-lo a passar no teste do guardanapo^)

1. O sistem a de discipu lado d e sua igreja é perfeitam en te p ro ­


je ta d o para produzir o tipo de h o m e m qu e o cu p a os seus bancos.

2. ü m a reform a espiritual da s o c ie d a d e c o m e ç a c o m um a
reform a espiritual d os h o m en s qu e a c o m p õ e .

3. ü m discípulo é c h a m a d o a andar c o m Cristo, cap acitad o a


viver c o m o Cristo e en viad o a trabalhar por Cristo. (D iscípu lo)

4. Cristianism o não é sob re m o d ific a ç ã o exterior d e c o m p o r­


tam en to; é sob re tran sform ação d e coração.

5. Em p ou cas sem anas, o frequ en tador c o m p re e n d e o que


significa ser um h o m e m e m sua igreja. (O c ó d ig o d o h o m e m )

6. A s três dobras da liderança para o seu m inistério são o


pastor sênior, um líder principal e um a equ ip e d e liderança. (A s três
d obras da liderança)
H o m e n s ... A lém do c h u r r asc o e futebol

7. D esen volva um p ro ce ss o con tínu o para m o ver o s h om en s


pela jorn ada entre o a m p lo e o profundo.

8. ü m m inistério ab ran gen te m axim iza o im p acto d o Reino


e m cad a h o m e m p or in term édio d e tod a e qu alquer atividade, seja
qual for o cenário. (CIm m inistério c o m h o m en s abran gen te)

9. Idéias são m ais p od ero sa s qu e a ação. A s idéias c o lo c a m


força s e m m o v im en to que, um a vez livres, n ão p o d e m m ais ser
contidas. (V isão)

10. D ê aos h o m en s o qu e eles precisam n o con texto daquilo


qu e eles desejam . (Criar)

11. Q u a n d o criar m om entum , s em p re m ostre ao s h o m en s o


p róxim o passo. (Capturar)

12. Jam ais c o n h e c e m o s um h o m e m cuja vida foi m odificada


d e form a significativa s em o estu do regular da Palavra de Deus.
(Sustentar)

244
N o tas

NOTAS

C apítulo 1: O m inistério co m hom ens constitui-se em um g ra n ­


de desafio
1. F O S T E R , Richard, Celebração da disciplina, S ã o Paulo,
Vida, 1978 - I a ed ição.

2. M ost adults feel accepted by God, but lack a biblical


LUorlduieLü (A m aioria d os adultos se sente aceita por Deus, m as
possui d e fa s a g e m bíblica), The Barna (Jpdate, 9 d e a g o s to de
2005, disponível n o e n d e reç o w w w .barn a.org.

3. Yearbook o f american and canadian churches (Livro d o


an o das iqrejas am erican as e can ad en ses). Nashville: Ab in qd on ,
2003, p. 386.

4. ü. S. Census Bureau; W ade F H om e Tom Sylvester, Fatherfacts;


4a. edição. Gaithersburg, MD: National Fatherhood lnitiative, 2002.

Capítulo 2: Nenhum hom em falha de propósito

1. Am erican A cad em y o f Pediatrics, Family pediatrícs report ofthe


task force on the family (Academ ia americana de pediatria (Relatório
dos pediatras familiares), 2003, Pediatrics 111 (6): p. 1541-71.

2. D O B S O N , Jam es, Educando meninos. S ã o Paulo: M undo


Cristão, 2003.

3. Su)im with the Sharks (and suruive) (N adar c o m tubarões


[e sobreviver]), Reuista G ol, um a publicação da North Am erican
Mission Board, [versão eletrônica], http://www.go.studentz.com/my_
life/swim_with_the_sharks.htm, extraído e m 12 d e fevereiro d e 2004.

4. M A T T S O N , Ralph e M1LLER, Arthur, Finding a jo b you


can loue (E n con tre o e m p re g o qu e v o c ê am a). Nashville: T h o m a s
N elson, 1982, p. 123.

5. D A Y T O N , H oward, presiden te da Crow n Financial Ministries,


corresp on d ên cia pessoal, jan eiro d e 2004.

245
H o m e n s ... A lém d o churrasco e futebol

6. Family Safe Media (M ídia fam iliar segu ra), extraído em


12 d e fevereiro d e 2 0 0 4 d o e n d e re ç o http://www.fam ilysafem edia.
com / porn ograph y_statistics.h tm l.

7. A m erican A c a d e m y o f Pediatrics, Family pediatrics report


(A c a d e m ia am erican a d e pediatria [R elatório d os pediatras fam ilia­
res]) , p. 1541-71.

8. M ost adults feel accepted by God, but lack a biblical


w oddview (A m aioria d o s adultos se sen te aceita p or Deus, m as
possui d e fa s a g e m bíblica), The Barna CJpdate, 9 d e a g o s to de
2005, disponível n o e n d e re ç o w w w .barn a.org.

9. Estatísticas da População: Mo. 14, Residente Population


Projections by Sex and Age: 2000 to 2050, Ü.S. Census Bureau,
National Populations Projections — Sum m ary Tables; publicada
e m 13 d e jan eiro d e 2000; extraído e m fevereiro d e 2003 d o site
ww w.census.gov/population/www/projections/natsum -T3.htm l. Em
2005, a p op u la çã o m asculina c o m m ais d e quinze an os totalizava
110.545.000. U tilizam os a idade d e quinze an os p orqu e essa é a
idade e m q u e o s a d o lescen tes te n d e m a con segu ir um e m p r e g o e
as chaves d o carro n os E stados Unidos. G anhar dinheiro e dirigir
um a u to m ó vel é um a b o a form a d e determ inar “ fase adulta” .

10. Estim ativa b aseada e m 39% in dican do qu e são “ nascidos


d e n o v o ” ; extraído d o Barna Group, http://www.barna.org/cgi-bin/
P a g e C a teg o ry .a sp ? C a te g o ry lD = 19.

11. C o n fo rm e Barna G roup (2 0 0 0 ), d o s 16% d e m em b ro s


adultos das igrejas en volvid os c o m discipulado, 69% con fiam nos
p eq u en os gru p o s para o bter crescim en to, e um quinto (2 0 % ) na
esco la dom in ical e 11% e m outras form as d e ap ren dizado para p ro ­
m o ver o c res c im en to espiritual; www.barna.org/Flex-Page.aspx2Pa
g e = B arn aU p d ate& B arn aU p d atelD = 6 1 .

A s estatísticas segu in tes n ão levaram e m con sid era çã o c o m o


a p articipação n o discipu lado p o d e variar entre o s dois sexos:

• 16% d os 3 8 .8 8 0 .0 0 0 de h o m en s a m erican os qu e frequen


tam a igreja no discipulado = seis m ilhões.

2 4 6
N o tas

• 69% d os seis m ilh ões e m p eq u en os gru p o s = três m ilh ões


e m eio.

12. U. S. Congregational Life Surveg: What Are the M ajor


Challenges That U.S. Congregations Face? (Levantamento da
vida congregacional americana: quais são os maiores desafios
enfrentados pelas igrejas dos Estados Clnidos?), 26 d e outubro de
2002, w w w .u scon grega tion s.org/ k ey.h tm # con gregation s.

Capítulo 3: O que é um discípulo?

1. BAXTER, Richard, The refined pastor (O pastor), cap. 2,


sec. 1, 4.4. O pastor depurado.

Capítulo 8: Visão: Um a razão irresistível para que os homens se


envolvam

1. S A G N D E R S , N. W., trad. Greek p olitica l oratory (O ratória


política gre g a ), N e w York: Penguin, 1970. Pat e David recon taram a
história d e D e m ó sten e s e Isócrates p reviam en te no livro The dad in
the m irror (O papai no esp elh o), G rand Rapids, Zondervan, 2003.

Capítulo 9: Crie m ovim ento valorizando

1. S C H A E F F E R , Francis, M orte da Razão, Editora Fiel.

Capítulo 11: Mantenha o m o m e n tu m p or intermédio de


relacionamentos

1. Discipleship Journal's 101 Best Sm all Groups Ideas,


(Revista D iscipleship - 101 idéias para p eq u e n o s gru p os) D een a
Davis, c o m p . C o lo ra d o Springs: NavPress, 1996, p. 22-23.

2 4 7
1
A p ê n d ic e A

APÊNDICE A
Vinte e cinco maneiras de estabelecer uma conexão com
o seu pastor

S e qu iserm os nos con ecta r c o m o n osso pastor, a ideia princi­


pal é não c o lo c a r m ais d em a n d a s sob re ele. A o contrário, d e v e m o s
ajudá-lo a cum prir sua m issão. D essa form a, to rn a m o -n o s parte
d e seu m inistério e m vez d e ser o o b je to d esse ministério. A seguir,
su gerim o s 25 idéias adicionais para nos con ecta r c o m o pastor:

FAÇA
1. E screva ao seu pastor um a nota assertiva, e lo g ia n d o um
b o m trabalho realizado. Pense e m a lg o m uito e sp ecífico qu e ele faz
c o m m aestria (p or exem plo, suas palavras a o batizar algu ém ).

2. C o n vid e seus vizinhos à igreja e a p resen te-os a o pastor


ap ós o culto.

3. D iga a o seu pastor qu e está oran d o por ele e seja fiel nisso.
S e houver intim idade suficiente, p ergu n te por p ed id o s esp ecíficos.

4. S em p re fale coisas positivas sob re seu pastor. P equ en os


pássaros inevitavelm ente trinam qu an d o v o c ê fala negativam en te.

5. S em p re d efen d a seu pastor. O princípio a segu ir é: “ Eu


a p o io o s m eu s a m ig o s ” .

6. Pergunte ao seu pastor quais são as suas m etas e c o m o


v o c ê p o d e ajudá-lo.

7. Seja voluntário e m sua igreja.

8. O fere ç a -s e para cuidar d os filhos d e seu pastor d e m o d o


qu e ele possa sair c o m a esp osa num a noite ou num fim d e sem ana.

9. D escubra o restaurante favorito d ele e o fe re ça um jantar


para qu e ele vá c o m a e sp o sa (A certe c o m o geren te e p agu e p os­
teriorm ente, ou c o m b in e a lg o c o m o um cu p om ).

2 4 9
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

10. Inicie um p eq u e n o gru po para discipular alguns d os h o ­


m en s da igreja.

11. Peça a op in iã o d e seu pastor sob re m ateriais d e discipu-


lad o qu e v o c ê deveria usar.

12. A ssegu re-lh e um b o m salário e auxilie-o a fazer um plano


d e aposen tadoria.

13. S eja um h o m em , m arido e pai equilibrado e d evotad o.


S eja um a b ê n ç ã o e m vez d e um fardo para o seu pastor.

14. S eja um dizimista fiel.

15. Participe d e um p eq u e n o grupo.

16. O re c o m sua esp osa. (Isso irá reduzir a carga d e a c o n s e ­


lh am en to d e seu pastor.)

17. M antenha um a leitura diária da Bíblia. Preen ch a-se c o m


a Palavra d e Deus. Ela transbordará d e form a s visíveis aos outros,
p o rém p rova velm en te n ão para vo c ê .

18. L eve o s seus filhos à esco la dom inical. Eles serão um a


b ên ç ã o e m sua igreja.

NÃO FAÇA
19. N ã o con vid e seu pastor para um a lm o ç o , visando expres­
sar seu am or e ap recia çã o. A p en as diga, ou melhor, fa ç a -o por
escrito. R espeite o fato d e qu e te m p o é o recu rso m ais e sca sso que
ele possui.

20. N ã o o fe re ç a um a crítica construtiva até qu e tenha a n g a ­


riado esse direito (d ez e lo g io s antes d e p od er se qualificar a um a
crítica construtiva).

21. N ã o critique o seu pastor pelas costas. S e v o c ê aprecia o


qu e ele está fazen do, com partilh e c o m o s seus a m igo s. S e n ão for
este o caso, fale diretam en te a o pastor (p orém , leia o item anterior).

22. N ã o alim en te gran des expectativas c o m relação a o seu


pastor. Talvez ele n ão seja n ecessariam en te um “ Billy G ra h a m ” .

250
A p ê n d ic e A

23. N ã o o pressione para c o lo c a r recursos e m seu p rogram a.


A o contrário, apenas c o m e c e a discipular h o m en s e, à m edid a qu e
seu m inistério for crescen d o, co n te ou envie ao seu pastor as histó­
rias d e tran sform ação. Resultados vêm prim eiro e, então, s eg u e-s e
o apoio.

24. N ã o se irrite c o m seu pastor p or ele ser apenas hum ano.

25. Seja sensível e não c o lo q u e pressão sob re ele. Já pensou


se cad a m e m b ro o pressionasse? Isso certam en te colocaria e m
risco sua saúde, casam en to, filhos ou finanças.

A d a p ta d o d e The weekly briefing (O resu m o da sem an a), de


Patrick Morley, volu m e 126. Disponível no e n d e reç o www.manin-
th em irror.org.

25/
H o m e n s ... A lém d o churrasco e futebol

APÊNDICE B
Exemplos de declaração de visão

O s c om p o n en tes da visão - d eclarações internas de p ro p ó ­


sito, slogans externos e n o m es d e ministério - citados a seguir, fo ­
ram enviados por inúmeras igrejas c o m as quais nós trabalhamos.
A p recia m os a disposição dem on strada e m com partilhá-los con o sco .

Declarações internas de propósito


1. O p rop ósito d o M inistério H o m e m d e Ferro é auxiliar o s h o ­
m en s d e nossa igreja a se torn arem discípulos qu e são ch a m ad o s
a cam inhar c o m Cristo, e q u ip a d o s a viver c o m o Cristo e enviados
a trabalhar para Cristo (2 T m 3.15-17).

F arem os isso, aju dan do o s h o m en s a d esen volver relaciona­


m en to s gen u ín os c o m outros cristãos q u e o s auxiliarão a:

• Encontrar o verd ad eiro sign ificad o d o eva n g elh o m edian te


o ensin o relevante e o com p a rtilh am en to d e experiências.

• Tornarem -se líderes e m seus lares e igrejas.

• S erem exem p lo s vivos d o e va n g elh o na localidade, na c o ­


m u nidade e no m undo.

2. [N o s s o p ro p ó sito é] D esen volver h o m en s e líderes d ev o ta ­


dos, por in term édio d e trein am en to nas a p lica ções práticas e c o ti­
dianas da Palavra d e D eus e m edian te o servir, visan d o atender as
várias n ecessid a d es da com u n idade.

3. Edificar h o m en s d ev o ta d o s p or m e io d o discipu lado rela­


cionai e d o p od er d o Espírito Santo.

4. Construir relacion a m en tos c o m h om en s, en corajá-los e


trazê-los m ais p erto d e Cristo m edian te o com p a n h eirism o, a m en-
toria e o discipulado.

5. Form ar um a com u n id a d e d e h o m en s tran sform ados qu e


d eixem um últim o le g a d o para a honra d e Jesu s Cristo.

252
A p ê n d ic e B

6. Encorajar e equipar to d o h o m e m a ser c om p ro m issa d o,


c om p eten te, criativo e co m p a ss ivo no serviço a o próxim o para a
glória d e Deus.

7. O p rop ósito d e n osso m inistério c o m h o m en s é...

• auxiliar a con ex ã o entre eles visando aprofundar o s rela cio ­


n am en tos c o m outros cristãos a fim d e qu e en corajem , a p o iem e
o re m uns p elos outros e m suas lutas contra to d o s os tipos d e p e ­
cad os. C o m o se afia o ferro com outro ferro, assim o hom em afia
seu a m igo (P v 27.17).

• ajudar hom ens a iniciar ou prosseguir em suas jornadas espiri­


tuais rum o à estatura de um cristão autêntico que segu e os passos de
Jesus Cristo. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, bati­
zando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19).
• equipar h om en s para o serviço espiritual nos lares, locais de
trabalho, na com u n id a d e e, a o m e s m o tem p o, estab elecer o equilí­
brio a d e q u a d o qu anto aos seus c o m p ro m is s o s en vo lven d o família,
trabalho e fé. Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em
prosperidade e os seus anos em prazer (J ó 3 6.11).

Slogans Externos
D iscipulando h o m en s para transform ar o m u ndo

Irm ãos na gran de aventura

Treinando h om en s para a batalha

Prim eiro a entrar... Ú ltim o a sair... H om en s... A lém d o chur­


rasco e futebol

M u dan do o s c o ra ç õ e s d os h om en s, um por vez.

Sua obra e m p ro gresso

Tran sform an do nossa com u n idade, h o m e m a h o m e m

R O D A (R esponsabilidade, O ra çã o, D iscipulado e A p o io )

P reparan do h o m en s - p ro cla m a n d o a Cristo

253
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

Nomes de Ministérios
H o m e n s d e ferro

G ru po d e irm ãos

P esca d ores d e h o m en s

H o m e n s d o AMI (A çã o , M aturidade, In tegrid ad e)

Prim eira busca

H o m e n s d e aventura

H o m e n s na jorn ada

254
A p ê n d ic e C

APÊNDICE C
Criando o m o m e n tu m para os cinco tipos de homens
(Q uarenta idéias a o lo n g o da linha contínua)

A mplo P rofundo
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
S em C risto C ristãos C ristãos Líderes S ofredores
CULTURAIS BÍBLICOS

Time basquete Seminários - Pequenos grupos Treinamento Grupos de apoio


Sucesso que
Liga de futebol importa Estudo bíblico Oficinas de Seminário
líderes de PG's financeiro Crown
Pescaria Seminário de Retiro de homens
finanças Grupos de Escola de pais
Trilha Classe de escola responsabilidade
Piquenique da dominical Grupo de
Clube de carros Igreja Conceitos de separados
clássicos Viagem liderança cristã
Projeto social missionária Grupo de terapia
Dia de Curso de para vícios sexuais
manutenção Retiro de Serviço externo liderança
de carros para aventura (asilo ou orfanato) Aconselhamento
mulheres Curso de oração conjugal
Churrasco de Rito de passagem
Jantar dançante homens para os jovens Cursos de vida
Pais e filhas (atinge pais cristã
Gincana também) Como
Eventos esportivos uma geração
Masculinidade escolhida
Paintball autêntica
Treinamento
Corrida de Kart básico da
aviação

Competição dos
mantenedores da
promessa

Observação: Lembre-se que o quinto tipo, homens que estão sofrendo, pode ser encontrado nas
demais categorias. Portanto, quando você estiver cuidando dos primeiros quatro tipos, também
estará ministrando a este quinto tipo.

255
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

APÊNDICE D
Estudo bíblico do ministério com homens

Pat tem en sin ad o esse estu do bíblico e m W inter Park, Flórida,


p or m ais d e vinte anos. A seguir, a p resen ta m os um a d escriçã o d o
trabalho qu e ele usa para a sua tabela d e líderes. Pat estuda e pre­
para um a lição a cad a sem an a. P ro vid en cia m o s um local, ca fé e
salgados, b em c o m o o s h om en s. Tudo o qu e o s líderes têm de
fazer é estar p rep arad os para facilitar um a discussão ap ós a palavra
d e Pat.

S e v o c ê participa d e um gru po d e estu d o bíblico sem anal,


isto p o d e lhe ser útil q u an d o recrutar líderes. Sinta-se livre para
adaptá-lo à sua situação específica.

DESCRIÇÃO DO TRABALHO DO LÍDER DE GRUPO

•Visão: C om u n icar a cada h o m e m a m e n s a g e m da salvação


e m Jesus, b em c o m o o s recursos para qu e p ossa m crescer.

• Missão: Equipar o s líderes q u e estão trabalhando c o m e s ­


ses h om en s.

• Missão do estudo bíblico: E nvolver o s h o m en s c o m um a


oferta crível d e Jesu s Cristo, b em c o m o o fe re c e r o s recursos para
cres c ere m n o c o n h e c im e n to e am o r d e Cristo e equ ipá-los para
servir a D eus no lar, na igreja, e m seus locais d e trabalho, na c o ­
m u nidade e n o m undo.

• Focando idéias: M o d e lo do pastor (e m o p o s iç ã o ao


m o d e lo do professor). Som os um m inistério form a d o r de
discípulos. Auxiliam os h o m en s a m udar suas vidas, c o n ecta n d o -a s
c o m a Bíblia. M ed im o s n ossos lucros e m vidas transform adas. O
que ouviste de m im diante de muitas testemunhas, transmite a
homens fiéis e aptos para também ensinar os outros (2 T m 2.2).
Faça d e seu estu d o bíblico um “ porto s e g u ro ” para qu e m ais h om en s

2 5 6
A p ê n d ic e D

p ossam vir e investigar o ensino d o cristianism o. N ã o pression e ou


constranja h om en s a segu irem certo tipo d e c o m p o rta m e n to ou
atitude. Em vez disso, m ostre-lh es Jesu s Cristo.

• Liderança: A liderança con siste d e dois c o m p o n e n te s


igu alm en te im portantes: Prim eiro, a participação no gru po d e dis-
cipu lado d o líder. S egu n d o, sua reunião passa a ser um a porta para
o m inistério pessoal.

• Qualificações: A m o r p or Cristo, fidelidade (2 T m 2.2), um


c o ra ç ã o d e pastor, cren te gen u ín o na visão e m issão, alm eja um
p rop ósito m aior qu e si m e sm o , ativo na igreja, dizimista regular
(ou algu ém qu e está se e sfo rça n d o para ser), gan h ador d e alm as,
c o m p ro m e tid o à d eclara çã o de fé, recruta líderes assistentes para
chefiar a reunião em sua ausência, m en tor para se tornar um líder
no futuro.

• Mensagem: A m aior con tribu ição qu e p o d e m o s dar a um


h o m e m é auxiliá-lo a transform ar o s sen tim en tos m ais íntim os de
seu coração . Isso não significa tentar corrigir o c o m p o rta m e n to
externo. Cristianism o não é m o d ific a ç ã o d e co m p o rta m en to , m as
tran sform a çã o d e coração . A o b ed iên cia con d u z à tran sform ação e
isso nada m ais é qu e o resultado da abundância d o ser na presença
d e Jesus.

SEU OBJETIVO PARA 0 ANO DE REUNIÕES:

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES:
_1. Santidade pessoal: Eu c o n c o rd o e m m e esforçar c o m
o auxílio d o Espírito a viver d e m o d o con d izen te c o m a m inha m en ­
s a gem . S e a qualquer instante eu estiver trilhando cam in h os outros
qu e não sejam o s d e retidão d o Senhor, a ceito discutir isso c o m o
líder da S o c ie d a d e d e h o m en s ou c o m o m eu pastor. V ocê deve

2 5 7
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

estar ativam ente en vo lvid o na igreja para ser um líder. (E n coraje os


seus liderados a estarem d in a m icam en te c o n e c ta d o s a um a igreja
qu e crê na Bíblia.)

__2. Liderar as reuniões: R e c o n h e ç o q u e o s relacion a m en ­


tos c o m o s d em a is participantes s ã o fun dam entais para a continui­
d a d e e o su cesso d e n osso estu do bíblico. Assim , eu c o n c o rd o em
frequentar as reun iões d e estu do bíblico, b e m c o m o participar d o
retiro anual d e líderes.

_ 3 . Formar discípulos: M inha m issão é o m eu m inistério


pessoal (c in c o horas p or sem an a). C o n c o rd o e m adotar um a ab or­
d a g e m b asica m en te form ad o ra d e discípulos c o m m eu s liderados
(con tra com p a n h eirism o, eventos, a co n selh a m en to ). Procurarei
liderar cad a h o m e m a um a fé p essoa l e m Jesu s Cristo e a um
relacion a m en to m adu ro c o m ele. Eu forn ecerei um relatório anual
para a equ ip e d e liderança sob re o p ro g re ss o espiritual d os m eus
liderados, utilizando a folha de avaliação. “ D ed iq u e te m p o a to d o
h o m em , a cad a s em a n a ” ; “ L o n g o prazo, baixa p ressão ” . Hospital
para h o m en s c o m asas quebradas. Facilitadores d e discu ssões e
pastores, n ão “ p ro fe ss o re s ” . Fale m e n o s qu e 25% d o tem p o.

_ 4 . Fatores para o sucesso: E ncontrar-m e c o m o s par­


ticipantes e m am bien tes e o ca siõ e s fora d o con texto d o estudo
bíblico, conduzir d iscu ssões significativas, telefon ar para eles re­
gularm ente, orar p or eles, criar um a m b ien te segu ro. Eu assu m o
o c o m p ro m is s o d e orar e telefon ar (o u providen ciar a lgu ém para
isso) a cada h o m e m d o gru po sem a n a lm en te (p or suas n ecessi­
dades, trabalho, família, vida cristã, salvação pessoal, crescim en to
espiritual). Expresse aos seus liderados qu e está oran d o p or eles.

_ 5 . Disciplinas espirituais: R eco n h ecen d o qu e isso não m e ­


lhora a minha ficha c o m Cristo, c o n c o rd o e m desenvolver as cinco
disciplinas espirituais e m minha vida, b em c o m o na força de m eu
exem plo desafiar, encorajar e motivar o s h o m en s d o gru po a fazer o
m esm o, m otivados por um coração transbordante de gratidão.

• H ora silenciosa con sisten te (M t 14.23; Js 1.8)

• Estudo bíblico orga n izad o (P v 4.23; Rm 12.2; 2 T m 3 .1 6-1 7 )

258
A p ê n d ic e D

• E nvolvim ento ativo na Igreja (H b 10.24, 25)

• R elacion am en tos responsáveis (G1 6.1, 2; T g 5.16)

• M inistério pessoal (E f 2.10; 2 T m 2 .2 ; !P e 4 .1 0 , 11)

_ 6 . Construir relacionamentos: Eu c o n c o rd o e m visitar


cada h o m e m d o grupo, p elo m e n o s um a vez a o ano, para um
desjejum , a lm o ç o ou café.

__ 7. Desenvolvimento da liderança: Eu m e c o m p ro m e to a
identificar líderes espirituais e m poten cial dentre o s participantes
d o estu do bíblico, b em c o m o investir neles e d esen volvê-los para
o trabalho espiritual, re co m e n d a n d o o s m ais p rom issores c o m o
líderes ou assistentes d e n ovos grupos.

__ 8. Pontualidade: Eu c o n c o rd o e m c h ega r no horário m ar­


c a d o e não esten d er a reunião p or m ais d e 1h 15.

__9. Visitantes: C o m p ro m e to -m e a ser sensível e ajudar os


“ n ovos h o m e n s ” qu e estão visitando n osso gru p o d e estu d o a sen ­
tirem -se a colh id os (T g 2.1-4). Estacionarei m eu carro distante, d ei­
xan do as vaga s próxim as para o s visitantes. Eu m e esforçarei para
fom en ta r um a cultura d e trazer con vidados.

A liderança é um privilégio e uma grande responsabilidade


con ced id a por Deus aos que a aceitam . Há um p reço que eu c o n ­
cord o e m pagar. A pergunta no ju lgam en to final será: “Você foi fiel?”

• A p resen te seus liderados diante d e Deus

• M eç a -o s pela m edid a d e Cristo

• A m e -o s p elo exem p lo d e Cristo

• F aça-os crescer no padrão e sta b elecid o p or Cristo

• E nvolva-os na obra d e Cristo

Eu, c o m isso, aceito os term os desta descrição de trabalho pelo


período d e um ano. S e por qualquer razão algo precisar mudar em
m eu com prom isso com unicarei im ediatam ente ao m eu líder (T g 3.1).

2 5 9
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

S e v o c ê atuou no an o anterior c o m o líder, preencha o esp aço


antes da d escrição d e cada responsabilidade da lista anterior e clas­
sifique a sua fidelidade durante aquele período. Peça, tam bém , que
a graça d e Deus o capacite para exercer as novas responsabilidades
qu e lhe cou b erem ( 4 = m uito fiel; 3 = quase sem p re fiel; 2 = por v e ­
zes fiel; 1 = infiel).

N om e:

Assinatura:

Data:

260
A p ê n d ic e E

APÊNDICE E
Homens de Valor

A o s leitores deste excelen te livro, qu e d es eje m ajuda efe ti­


va e m suas socied a d es m asculinas, ap resen tam os o m inistério
H O M E N S D E VALO R.

OS HOMENS ESTÃO EM PERIGO!


O s riscos são altos dem ais, a batalha m uito intensa, o inim i­
g o extrem am en te persistente, e o custo da derrota é im en sa m en te
severo para qu e um h o m e m enfrente as suas batalhas espirituais
solitariam ente.

Gary Yagel

T odo h om em cristão enfrenta enorm es batalhas e m função da


sua natureza pecam inosa. Cobiça, ira, egoísm o, orgulho, ressenti­
m ento, inveja, impaciência, descontentam ento e idolatria são apenas
algum as das forças que estão prontas, posicionadas e direcionadas
c o m o objetivo de nos derrotar c o m o hom ens. Muitas vezes perdem os
essas batalhas por uma sim ples razão - tentam os vencê-las sozinhos!

S old a d os e m c a m p o s de batalha sab em qu e a sua sobrevivên­


cia depen de, e m grande escala, d e outros soldados; eles sabem que
m orrerão rapidam ente se lutarem sozinhos. O m e s m o princípio se
aplica às batalhas travadas e m n osso interior. Infelizmente, porém ,
são m uitos os h om en s cristãos qu e estão lutando as suas batalhas
espirituais com p leta m en te solitários. Há p o u co tem p o, nos Estados
ünidos, um a pesquisa foi feita entre 120 mil h om en s cristãos e a eles
foi perguntado: “V ocê tem um a m ig o qu e podería qualificar d e am i­
g o próxim o?” Surpreendentem ente, 95% d os entrevistados respon­
deram “ N ã o ” . Isso significa qu e dezenove, entre vinte hom ens, estão
d esco n ecta d o s e sem um a m igo c o m qu em possa ser ele m esm o.
Sinceram ente, creio que esses m e sm o s núm eros p o d e m ser en co n ­
trados no Brasil, independente das diferenças culturais.

20/
H o m e n s ... A lém d o c h u r r asc o e futebol

A s Escrituras revelam essa profunda verdade: Um hom em so­


zinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cor­
dão de três dobras não se rompe com faciiidade (Eclesiastes 4.12).
F o qu em os, rapidam ente, a realidade d e um h o m e m típico
d os dias atuais.

Sua vida:

• É con su m id a pela pressa num a avassaladora velocidade;


todavia, s em um a clara e fo c a d a direção.

• P arece estar, c o m frequência, fora de con trole. C o m o um a


bola d e p ebolim , e le se m o v e e m d ireção a tu do qu e está a c o n te ­
c e n d o a o seu redor.

• Focaliza 98% d o seu te m p o e en ergia n o m u n d o exterior,


ign o ran d o sign ificativam en te o m u ndo interior.

• E extrem am en te ocu p a d o, fica exaurido pelas d em a n d a s da


vida, todavia s em experim entar satisfação interior genuína.

• Tem p o u c o ou nenhum sen so d e m issão nos p o u co s an os


qu e lhe são d ad os para viver esta vida.

• N ã o é eficiente c o m o líder espiritual de sua família. N ã o tem


definido e m qu e term os a esposa e o s filhos precisam dele e, m uito
m enos, diretrizes para avaliar regularm ente sua liderança e con d u ­
ç ã o da família.

C o m e s s e c o n te x to e m m e n te a p re s e n to -lh e s “ H O M E N S
DE V ALO R ” :

H O M E N S D E V A L O R é um m inistério qu e visa alcançar os


h om en s, e m geral. N ossa proposta ministerial está fu ndam entada
no acróstico da palavra O R E :

O - O ra çã o

R - R ela cion am en to

E - Estudo da palavra

262
A p ê n d ic e E

E stam os con scien tes d o d esafio m on u m en tal qu e está à n o s ­


sa frente! A fé fundada p or um H o m e m e seus d oze discípu los
tem se torn ado extrem am en te popular entre as m ulheres, m as tem
exp erim en tad o um a resistência crescen te p or parte d os h om en s.
Basta ver e com parar o n ú m ero d e m ulheres c o m o n ú m ero d e
h o m en s sen tados nos b an cos das nossas igrejas. Essa, p orém ,
não era a realidade d o prim eiro século, qu an d o o s h o m en s eram
atraídos c o m o im ãs a o m a gn etism o d e Jesus. Clm breve s erm ã o
de Pedro - d e apenas cin c o m inutos - resultou na con versã o d e
três mil h om en s!

C o m o objetivo d e reverter a ten dên cia da hora presente,


H O M E N S DE V ALO R o fe re c e m e m p o lg a n te s retiros e valiosos
w orkshops, c o m trein am en tos d in âm icos esp ecifica m en te para
h om en s. Esse trein am en to visa:

• Edificar um forte m inistério para o s h o m en s c o m o objetivo


d e levá-los à jorn ada d o discipulado

• D esen volver even to s qu e p ossam alcançar h o m en s ainda


s em en volvim en to c o m o C o rp o d e Cristo.

• Ajudar o s h o m en s a d esen volver relacion am en tos profun­


d os d e tal m aneira qu e eles não ven h am a se sentir isolados e m sua
batalha espiritual.

• Ajudar a construir um m inistério d e h o m en s qu e venha a


m udar o s c o ra ç õ e s d os h o m en s e não apenas o c om p o rta m en to ,
ou seja, m u danças de den tro para fora.

• P roporcion ar ferram entas ad equ ad as qu e p ossam ir ao en ­


con tro das n ecessid a d es m asculinas.

Seu, pelas alm as d os hom en s,

N élio Da Silva

Coordenador N acional - Homens de Valor


[um ministério da M PC - Brasil],
n e lio @ h o m e n s d e v a lo r.c o m - w w w .h om en sdevalor.com

263
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Esta obra foi impressa na


Imprensa da Fé.
São Paulo, Brasil.
Inverno de 2014
O contexto deste livro são os Estados
Unidos. Culturalmente, difere do
Brasil, porém, o anseio do coração
masculino é o mesmo. Os autores são
homens que experimentaram os dois
lados: primeiramente o da inércia
e, depois, o do envolvimento em um
ministério com homens efetivo.

E possível, necessário e urgente a


implementação de uma Sociedade
de homens que funcione, para
que o Corpo de Cristo receba
além da ampliação decorrente,
um maior suprimento funcional,
emocional e espiritual!

Este livro é uma grande


alavanca nesse sentido.

Quer ver os homens de sua igreja


envolvidos? Leia este livro.
D A V I D M U R R O W , autor de W hy men hato going
to church (Por que os homens odeiam ir à igreja)

Compre este livro, leia-o, conheça-o


e pratique-o - funciona realmente!
LARRY M A L O N E , diretor do Ministério
de homens da Igreja Metodista Unida,
Comissão geral da Sociedade Masculina.
eúna alguns homens da igreja. Marque um churrasco, acrescente um testemu­

R nho, faça uma oração, comecem uma partida de futebol e - v o ilà - nasce um
ministério de homens. Certo? Será?! Podemos dizer, sem medo de errar, que
se quisermos uma reforma da sociedade em que vivemos será necessário começar com
uma reforma espiritual dos homens que a compõem. Porém, fazer discípulos - homens
que andam com Cristo, que vivem como Cristo e trabalham para Cristo - constitui uma
árdua tarefa e um passo além. Se você, líder, tem lidado com as agruras de envolver
os homens de sua igreja, esta obra Homens... além do Churrasco e Futebol, pode re­
direcionar seus esforços. Alicerçados em trinta anos de pesquisa e trabalho com mais
de 2.500 igrejas, os autores deste livro oferecem uma comprovada estratégia de ajuda
no discipulado de cada homem de sua igreja.

D E S C U B R A C O M O ...
... Mudar o paradigma de um ministério de homens para
um ministério abrangente a todos os homens.
... Identificar o "código de homens" não verbal que sua
igreja transmite aos homens que lá adentram.
... Garantir um sucesso duradouro ao recrutar aliados que
trabalharão com você na formação de discípulos.
... Desenvolver um processo concreto e contínuo que auxilie os homens
que não conhecem a Cristo para que se tornem discípulos dedicados.

• E possível alcançar os homens.


• E possível levá-los a um nível de maior intimidade e compromisso com Cristo.
• Eles podem ajudá-lo a transformar o mundo.
• Este livro ensina como!

UNITED PRESS
Categoria: Liderança

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