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Campus Chapecó
Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão
Curso Técnico em Segurança do Trabalho
Semestre I:
Segurança e Higiene do Trabalho 1
SEMESTRE: I
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
UNIDADE CURRICULAR: SEGURANÇA E
CAMPUS CHAPECÓ
HIGIENE DO TRABALHO 1
DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROF. RICARDO LUIZ ROMAN, MSC.
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
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SEMESTRE: I
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
UNIDADE CURRICULAR: SEGURANÇA E
CAMPUS CHAPECÓ
HIGIENE DO TRABALHO 1
DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROF. RICARDO LUIZ ROMAN, MSC.
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO
Segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do
trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, equipamentos e instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças
do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e
Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e
Gerência de Riscos.
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por
Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho
compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como
portarias e decretos e também as convenções internacionais da OIT – Organização Internacional do Trabalho,
ratificadas pelo Brasil; e ainda pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
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HIGIENE DO TRABALHO 1
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HIGIENE DO TRABALHO 1
DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROF. RICARDO LUIZ ROMAN, MSC.
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Enquanto o número de acidentes totais diminui ao longo do tempo, o número de mortes reduzem a uma taxa bem
menor, mantendo-se constante durante diversos anos. Uma das principais hipóteses para esse padrão, é que isso seja
devido à possibilidade de não se registrar os acidentes de trabalho, enquanto que as mortes não podem permanecer sem
registro.
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DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
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CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
No gráfico de tendência das doenças ocupacionais é bastante pronunciado a alta elevação de casos a partir do
início dos anos 90. Isso se deve de forma muito provável a mudanças no mercado de trabalho com a adoção e
popularização de novas tecnologias. A partir de 2005 observa-se uma queda brusca e depois uma redução que se
mantém de forma persistente até os últimos anos. Esta redução proeminente aparenta ser fruto das normas e programas
de manutenção da saúde do trabalhador que foram sendo implementadas pelas empresas e indústrias na última década.
O gráfico que mostra os acidentes de trajeto, possui um declínio observável no período de 1986 a 1994. Essa
tendência de redução é bastante provável que seja devido às interpretações jurídicas que envolvem as caracterizações de
um determinado acidente, sendo classificado como "de trajeto", uma vez que as dimensões da malha viária nacional não
reduziram ao longo do tempo considerado.
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PROF. RICARDO LUIZ ROMAN, MSC.
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CAPÍTULO 2
NORMAS REGULAMENTADORAS
Portaria N.º3.214, de 08 de Junho de 1978.
O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no art. 200, da
Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977, resolve:
Art. 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras (NR’s) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho,
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:
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CAPÍTULO 4
ACIDENTES DE TRABALHO
Toda atividade apresenta riscos, conhecê-los é o primeiro passo para adotar comportamentos e
atitudes que evitem a ocorrência de acidentes. Porém, normalmente, em situações de acidente, há
uma tendência de apresentá-lo como “fatalidade”, o que acaba por inviabilizar seu estudo. Para a
obtenção de resultados positivos nesta área, deve-se sempre considerar que:
Todo Acidente é Causado, Ele Nunca Acontece!
FALHAS ACIDENTE
HUMANAS
ATOS E
PERSONALIDADE CONDICÕES LESÃO
INSEGURAS
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ATOS INSEGUROS
1 - FÍSICOS
radiações ionizantes XXX radiações ionizantes
radiações não ionizantes X XXX XX radiações não ionizantes
frio frio
calor XX calor
pressões anormais pressões anormais
umidade X X X X XX XX umidade
2 - QUÍMICOS
fumaça fumaça
névoas XX névoas
neblinas XX neblinas
gases gases
vapores vapores
substâncias químicas XX XX XX XX XX XX XX substâncias químicas
3 - BIOLÓGICOS
bactérias X XXX XXX XX bactérias
protozoários protozoários
fungos fungos
parasitas parasitas
lixo dejetos orgân. lixo dejetos orgân.
bacilos bacilos
4 - ERGONÔMICOS
treinamento inad./inexistente treinamento inad./inexistente
trabalho turno/noturno X X XX X XX XX X trabalho turno/noturno
atenção e responsabilidade X X X X X X X X X X X X XX XX X atenção e responsabilidade
monotonia X X XX X X monotonia
ritmo excessivo X X X X XX X X X X ritmo excessivo
outros X X X X outros
5 - MECÂNICOS
eletricidade X eletricidade
sinalização X X X sinalização
perigo incêndio/explosão perigo incêndio/explosão
transp. materiais X X X X X X X transp. materiais
edificações edificações
armaz. inadequado X X X armaz. inadequado
Trabalho em altura XX XX Trabalho em altura
EPC`S
CONE DE SINALIZAÇÃO
EPC`S
BANQUETA
ISOLANTE
COBERTURA
ISOLANTE
MANTA
ISOLANTE
CAPÍTULO 6
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
É todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador destinado a proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
OBRIGATORIEDADE
Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II da CLT, estabelecendo uma série de disposições quanto à
segurança e medicina do trabalho.
Portaria n.º 3214 / 78 aprova as Normas Regulamentadoras – NR do mesmo Capítulo.
NR-06 - Equipamentos de Proteção Individual.
LEGISLAÇÃO
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou
de doenças profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender situações de emergência.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
Adquirir o adequado ao risco da atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente;
Orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso, guarda e conservação;
Substituir imediatamente quando extraviado ou danificado;
Responsabilizar-se por sua manutenção e higienização;
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Recibo de entrega ao fornecer um EPI, ao empregado deve ser efetuado o registro formal desta entrega.
O formulário deve conter no mínimo os seguintes dados: Nome, Data da entrega do EPI, Tipo de EPI e
respectivo número do CA, e Assinatura do empregado.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
Cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.
Óculos para proteção dos olhos: Proteção contra partículas, luz intensa, radiação, respingos de produtos químicos;
Óculos para proteção do rosto: Óculos de segurança para proteção lente incolor ou lente com tonalidade escura.
PROTEÇÃO AUDITIVA
1 - Circum-Auriculares 2 - De Inserção:
com peças laváveis e de reposição - moldáveis (espuma de expansão graduada não-lavável);
- pré-moldados (silicone ou pvc laváveis).
Observações:
Algodão não é EPI;
Quando houver, o cordão não deve ser utilizado pela frente do pescoço.
PROTEÇÃO DA PELE
Creme protetor para a pele
Classificação:
Grupo 1 – resistente à água;
Grupo 2 – resistente à óleo;
Grupo 3 – indicação específica pelo fabricante
PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
Luvas de proteção, Mangas, Mangotes, Dedeiras: Proteção de mãos, dedos e braços de riscos mecânicos, térmicos e
químicos.
● Luva de cobertura para proteção da luva isolante de borracha, Luva de proteção em raspa e vaqueta,
● Luva de proteção tipo condutiva, Luva de proteção em borracha nitrílica, Luva de proteção em PVC (hexanol)
● Luva isolante de borracha para trabalhos em eletricidade ● Manga de proteção isolante de borracha
Inspeções:
É recomendada a seguinte seqüência para inspeções e testes elétricos de luvas e mangas e isolantes:
Lavagem e exame preliminar;
Ensaios elétricos;
Secagem;
Inspeção final;
Marcação;
As luvas e mangas isolantes devem ser inspecionadas visualmente, verificando possíveis defeitos causados pelo uso; se
defeituosas ou com suspeita de defeitos, não usá-las, mas inspecioná-las minuciosamente em toda a superfície e enviá-las
para ensaio elétrico. Nos trabalhos de campo, recomenda-se insuflar as luvas e mangas com ar antes do uso cotidiano.
Registro e Identificação:
Deve-se manter registro das luvas e mangas isolantes, que especifiquem a tensão de teste para cada classe e a data do
último teste ou re-teste. As luvas e mangas isolantes que apresentarem cortes, saliências, rachaduras, marcas de
queimaduras, protuberâncias ou perda de sua elasticidade normal, devem ser rejeitadas.
Proteção de pés, dedos dos pés e pernas contra riscos de origem térmica, umidade, produtos químicos, quedas, etc...
Calçado de proteção tipo botina de couro, tipo bota de couro (cano médio), tipo bota de couro (cano longo)
Bota de borracha (cano longo), Bota de proteção tipo condutivo e perneira de segurança
Dispositivos trava-quedas
Talabarte de segurança tipo regulável Talabarte de segurança tipo Y com absorvedor de energia
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
2. Quanto à fabricação:
1/4 facial – cobre nariz e boca;
1/2 facial – cobre nariz, boca e queixo;
Facial total – cobre toda a face (com visor);
Com capuz – cobre toda a cabeça e face;
Com capacete ou elmo – acoplado a um protetor facial, com suprimento de ar através de traquéia ou de cortina;
Com blusão – cobre toda a face, cabeça e tronco;
Com macacão – cobre todo o corpo.
3. Quanto à concepção:
Purificadores: possuem elementos chamados de filtros, que retém partículas (sólidas e líquidas) e/ou gases e vapores.
– Retenção de partículas (sólidas/líquidas) – Feita pelo emaranhado de fibras reticuladas ou por ação eletrostática;
– Retenção de gases e vapores – feita por grãos de carvão ativado ou substâncias especiais raptoras de moléculas.
Respirador com ar natural: possui uma mangueira com no máximo 24 metros que capta o ar de um ambiente não
contaminado.
– Provedores de Linha de Ar Comprimido: o ar é fornecido por uma mangueira conectada a uma linha de ar
comprimido (com compressor de ar); devem ser providos de unidade de tratamento, que regula a pressão, retira
óleo e partículas vindas do compressor e repõe a umidade, evitando ressecamento das vias respiratórias do
usuário; o compressor deve ser localizado de tal forma que capte ar não contaminado para a linha.
Respirador Autônomo; possui cilindro de ar comprimido acoplado às costas ou à cintura do usuário; pode ser
construído nos seguintes tipos:
a) Circuito Aberto - o ar exalado da boca do usuário sai direto para o ambiente;
b) Circuito Fechado - o ar exalado da boca do usuário é recirculado para o mesmo, após a remoção do dióxido de
carbono.
VESTIMENTAS DE SEGURANÇA
Blusão em tecido impermeável, Calça em tecido impermeável Vestimenta de proteção tipo condutiva