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Eric Liddell era um devoto cristão e missionário em sua Igreja. Além disso,
tinha o talento para a corrida, gostava de correr nas horas vagas. No decorrer
do filme, Eric passou a sentir que agradava a Deus com a sua corrida, que
praticar esse esporte era uma maneira de louvar a Deus, e essa crença passou
a servir de grande motivador para continuar a correr e para vencer. Para ele, se
dedicar à corrida era dar testemunho de fé, pois várias características do
esporte que praticava se assemelhavam com a caminhada na fé.
O atleta Eric Liddell era conhecido por sua forte fé cristã e por suas
convicções religiosas inegociáveis. No filme, isso é retratado num momento
chave de sua vida, em sua recusa de competir nos 100 metros rasos durante
os Jogos Olímpicos de Paris de 1924, devido a prova ocorrer num domingo,
considerado um dia reservado para Deus em sua fé.
Eric nasceu na China em 1902, mas tem grande amor pela Escócia. Os
seus pais eram missionários escoceses e ele também viveu grande parte de
sua vida em terras escocesas. Ele afirma que é e sempre será escocês. Liddell
então, tendo o patriotismo como uma de suas características, competiu
representando a Escócia nas Olimpíadas, que era parte da Grã-Bretanha, e
isso era também parte de sua motivação. Eric, sendo um corredor escocês,
carrega consigo um senso de patriotismo e orgulho de suas origens. Ele é
mostrado como alguém que está disposto a representar sua nação e suas
crenças. Porém, a sua fé estava acima do seu patriotismo. Ao ser confrontado
pelas autoridades de seu país, que o queriam convencer a correr os 100
metros rasos no domingo, dia santo para ele, e o hostilizaram, ele se manteve
firme na sua decisão, que era baseada em seus princípios.
Na corrida final do filme, que Eric compete os 400 metros na quinta feira, os
outros competidores comentam entre si: “Cuidado com o Liddell. Ele tem algo
pessoal a provar. Algo que o treinador nunca entenderá.”
Logo, fica claro que o esporte para Liddell era uma extensão de sua vida e
de seus princípios. A sua religião ser honrada entrava como condição para
todas as outras áreas de sua vida, assim também foi com o esporte. Logo, a
sua corrida era motivada pela sua fé em Deus. Assim ele disse: “Creio que
Deus me criou para um propósito, para a China. Mas ele também me criou
veloz. E quando corro... sinto o prazer dele. Abandonar isto seria menosprezá-
lo. Não é apenas diversão. Vencer é honrá-lo.”
O pai de Eric também foi uma pessoa de influência em sua vida. A irmã
comenta que ele era também um missionário cristão, o qual Eric estava
seguindo e buscando como inspiração e referência. O pai de Liddell o
influenciou e o apoiou a usar os seus talentos no esporte, dizendo que a
missão religiosa dele iria se beneficiar com a corrida, o incentivando a correr
em nome de Deus.
A igreja também foi um meio social que deu amparo e incentivo a Eric. E
acabou sendo o grande fator motivador do atleta em sua vida esportiva. Eric
uniu a sua missão cristã ao seu talento como velocista, usando a corrida como
um modo de honrar a Deus. Essa sua postura nas Olimpíadas, de colocar a
sua fé acima de qualquer coisa, acabou tendo um efeito missionário também,
pois divulgou mundialmente a sua fé, servindo de inspiração a outras pessoas.
Logo no início do filme fica evidente a vida religiosa de Eric Liddell. Há uma
cena em que, após sair da igreja num domingo, Eric chama a atenção de um
garoto que estava jogando bola, o incentivando a respeitar o dia sagrado, e
depois combina de jogarem em outro dia, para que ele também não cresça
achando que Deus é um “estraga prazeres”. Numa outra cena é mostrado Eric
fazendo uma pregação após uma corrida na chuva, dizendo aos fiéis: “Quero
comparar a fé com competir numa corrida. É difícil. Requer concentração e
vontade. Energia da alma. Vocês experienciam exultação quando o vencedor
rompe a fita, mas por quanto tempo isso dura? Gostaria de dar-lhes algo mais
permanente, mas apenas posso indicar o caminho. Não tenho fórmulas para
ganhar a corrida. Cada pessoa corre do seu próprio modo. E de onde vem o
poder de assistir a corrida até o fim? De dentro. Jesus disse: ‘Eis que o reino
de Deus está dentro de vocês. Quando me buscarem de todo o seu coração,
certamente me acharão’. Se se comprometerem com o amor de Cristo, é esse
o modo de correr em linha reta”.
Eric parece pertencer a classe média, e morava em regiões mais rurais das
terras altas escocesas, o que talvez contribuiu para a sua intensa vida religiosa.
Logo nos primeiros minutos de filme, Harold mostra o quanto ele se importa
com a vitória, pois fica nervoso e estressado quando perde algum jogo. Ele
deixa claro que joga para ganhar, e não consegue aceitar as perdas na
esportiva. O filme tenta criar a identidade de Abrahams como um homem
arrogante, competitivo e defensivo.
Uma outra característica em Eric foi notada, que foi o seu jogo limpo e justo,
assim como o respeito e espírito esportivo com os seus adversários. Em
diversas competições, Eric abordou os adversários, cumprimentando-os e os
desejando boa sorte. Na competição final, em que Abrahams vence, Eric fica
genuinamente feliz pela vitória dele, e o cumprimenta parabenizando-o pela
vitória.
Harold, logo no início do filme, mostra como ele se importa muito com a
vitória, ficando nervoso e estressado quando perde algum jogo. Ele deixa claro
que joga para ganhar, e não consegue aceitar as perdas na esportiva.
Na primeira competição contra Eric, há uma cena no filme em que Harold,
após a derrota, fica sentado por horas no banco revivendo a derrota
mentalmente, até que a sua namorada conversa com ele. Nessa cena ele diz
“eu não corro para perder. Eu corro para vencer. Se eu não posso vencer, eu
não correrei.”