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RESUMO DO FILME
CRÍTICAS
Em Raça, a única maneira de garantir espaço ao sol num mundo cada vez mais assolado
por intolerância e belicosidade é com medalhas de ouro, na seara esportiva, ou sendo o
mais correto possível, na esfera privada. Hopkins não permite que as incoerências e os
lados menos heroicos das pessoas ameacem o caráter celebratório predominante. As
zonas sombrias até são colocadas na mesa, mas como partes menores das circunstâncias,
que cedem facilmente ante a força (aqui artificial) da perseverança e do amor.
O potencial de Owens é lapidado por um homem fraturado pela vida, que faz da disciplina
sua bússola. Larry Snyder (Jason Sudeikis) incentiva seu pupilo como que para resgatar
um pouco da própria autoestima, realizando-se num nível projecional a cada marca batida.
Essa relação estabelecida entre os dois pilares de Raça é recorrente nas cinebiografias
esportivas, sobretudo naquelas em que o primordial segue pelo caminho de uma
açucarada superação atlética e sentimental.
A fragilidade da dimensão sócio-política também pouco colabora para deslocar esta
realização de seu eixo simplista. Avery Brundage (Jeremy Irons), empresário que luta
pela participação norte-americana nas Olimpíadas, a despeito do clamor dissonante, é
desenhado parcialmente como um símbolo corajoso da retidão estadunidense, que
vocifera na presença de Goebbels (Barnaby Metschurat), impondo uma moral que os
EUA não sustenta. As falhas dele, vistas mais adiante, são minimizadas, seguindo a lógica
instituída, avessa a contradições.
O título Raça pode ser visto com dois olhares: raça no sentido de ter força para fazer algo,
e raça no conceito de características físicas. O filme vai além do esporte pois sua
abordagem política e social é muito forte, e ainda assim o foco não é perdido.
No IMBd, também conhecida como internet movie database, que é uma base de dados
online de informação sobre cinema TV, música e games, o filme recebeu classificação de
7,1, sendo bem recebibo pelo público em geral.
Ou seja, é muito interessante e muito bom que o filme retrate a vitória de um negro, por
causa que isso mostra coragem, força, talento, e mostra que não é a cor da pele que define
o potencial, e tudo mais. Como o próprio personagem fala: “Lá naquela pista, estamos
livres disso tudo, nada pode me segurar, nem cor, nem dinheiro, nem medo, nem ódio,
não existe preto nem branco, só existe rápido e lento.” Porque o filme no geral fala das
dificuldades, mas também fala do êxito, da vitória, e precisamos falar sobre os dois, e não
só da parte dolorida.