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A Unidade Entre o Casal
A Unidade Entre o Casal
Muitos casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus
idealizou. Brigas constantes, desrespeito mútuo e distância entre o
casal, são vistos em muitos lares. E além da infelicidade que isto produz
em seus corações, ainda há a questão do mal testemunho dado e da
vida espiritual que é prejudicada. Penso que este é um assunto que
merece nossa atenção, pois o princípio de viver em unidade é algo que
não apenas produzirá maior realização emocional no relacionamento,
como também liberará sobre o casal as bênçãos de Deus.
COMPREENDENDO A UNIDADE
A unidade ainda traz consigo outras virtudes. Podemos ver isto numa
das figuras bíblicas do Tabernáculo. O propiciatório da arca da aliança
figura este princípio. O Senhor disse que ali Ele viria para falar com
Moisés. O propiciatório (ou tampa da arca) era o lugar onde a glória e a
presença de divina se manifestava. E nas instruções para a confecção
desta peça, vemos o simbolismo da unidade. Deus disse que os dois
querubins deveriam ser uma só peça de ouro batido; com isto falava
simbolicamente de unidade entre seus adoradores (Ex 25.17-19). Os
querubins deviam estar com as asas estendidas um para o outro (Ex
25.20), o que fala de cobertura recíproca. A falta de unidade nos leva a
agir com o espírito de Caim que disse ao Senhor: “Acaso sou eu
guardador de meu irmão?” (Gn 4.9). Mas quando estamos em unidade
com alguém, cobrimos e protegemos esta pessoa! Esta é uma virtude
que acompanha a unidade.
Jesus disse que os olhos são a candeia do corpo. Eles refletem o que
está dentro de nós. E a unidade é a capacidade de olhar olho no olho e
estar bem. Particularmente, eu não posso concordar com casais que
escondem coisas um do outro, seja no que diz respeito à sua vida
passada (erros e pecados) ou presente (como nas questões financeiras,
por exemplo).
Contudo, quero ressaltar que ser franco não significa ser grosseiro, pois
a Bíblia nos ensina a falar a verdade em amor. O conselho dado a
Timóteo na hora de corrigir os que opunham, foi o de usar de mansidão
(2 Tm 2.25). A unidade manifesta a verdade (dolorosa às vezes) de
forma bem mansa.
O PRINCÍPIO DO ACORDO
“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis
lugar ao diabo”. (Efésios 4.26,27)
Precisamos considerar ainda que ser líder não significa ser autoritário.
Quando o apóstolo Pedro escreveu aos presbíteros (que compõem o
governo da Igreja Local), disse em sua epístola que eles não deveriam
ser “dominadores do povo” (1 Pe 5.3). Isto mostra que autoridade e
autoritarismo são duas coisas distintas. Vejo muitos maridos dizerem
que suas esposas TÊM que obedecê-los! Mas ao dizer que as esposas
devem ser submissas, Deus não estava instituindo o autoritarismo no
lar. Vale ainda lembrar que Jesus declarou que “aquele a quem muito foi
dado, muito lhe será exigido” (Lc 12.48). Os homens precisam se
lembrar de que em matéria de responsabilidade do lar, terão que
responder a Deus numa medida maior que as mulheres. Mas não é
preciso que o homem carregue o peso desta responsabilidade sozinho.
“Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja
pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. (Tiago 1.19)
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua
oferta”. (Mateus 5.23,24)
Acredito, ainda, que atenção especial deve ser dada à forma de falar.
Talvez esta seja uma das áreas que mais sensíveis sejam nos
desentendimentos que surgem no relacionamento, uma vez que a
“comunicação” no lar não é só o que um fala, mas também a forma que
o outro entende! As conversas não devem ser exaltadas ou em tom de
briga. E quando um dos cônjuges se perde numa explosão emocional, é
importante notar que a Bíblia não nos ensina a “jogar o mesmo jogo”. O
que lemos nas Escrituras é justamente o contrário:
Os maridos devem ter cuidado redobrado, pois por natureza são mais
racionais do que emocionais e suas palavras tendem a ser mais duras e
grosseiras. Por isso a Bíblia nos adverte: