Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANO DE AULA Simbolismo 2 Ano
PLANO DE AULA Simbolismo 2 Ano
I – IDENTIFICAÇÃO
II – OBJETIVOS
Geral:
Ler, interpretar poemas de Cruz e Sousa e produzir um comentário com base nas
reflexões.
Específicos:
Ler os poemas: “Caveira”, “Acrobata da dor”, “Ironia de lágrimas” e “Cavador
do infinito”, de Cruz e Sousa;
Analisar as temáticas dos poemas;
Investigar o gênero poema;
Debater a respeito da vida e morte;
Discutir sobre contexto histórico do simbolismo
Conversar sobre a distinção poema/poesia;
Produzir um texto (comentário) acerca do poema “Ironia de lágrimas” ou
“Acrobata da Dor”.
III – CONTEÚDO
IV – HABILIDADES
Leitura;
Oralidade;
Escrita.
V – CRONOLOGIA
VI – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
2. As duas aulas posteriores serão destinadas para a leitura dos poemas de Cruz e
Sousa (Caveira, Acrobata da Dor, Ironia de Lágrimas, Cavador do Infinito). No
primeiro momento, o professor retomará a discussão da aula passada para
realizar o encadeamento entre o momento da motivação e introdução com este
que será de leitura.
Após a leitura de cada poema, serão realizadas discussões partindo de uma
impressão de leitura de cada aluno para uma discussão mais aprofundada.
Demonstrar-se-á, também, questões ligadas ao movimento simbolista e questões
mais formais, como: aliteração, assonância que imprimem musicalidade ao
texto, a partir dos poemas.
Observar-se-á com os alunos as temáticas e impressões (sensações) que causam
esses poemas para discutir acerca do momento histórico de produção (período
pré-guerra).
Assim, rememorar os períodos literários anteriormente estudados (realismo,
naturalismo e parnasianismo) para contrastá-los.
Num último momento, apresentar e conversar, minimamente, sobre a história de
Cruz e Sousa.
3. O professor começará entregando um comentário feito sobre o poema “Cavador
do Infinito”. Alunos e professor relembrarão o poema para depois lerem o
comentário e discutir sobre poema/comentário.
Inicia-se, então, a aula sobre o gênero textual comentário. O professor
perguntará se eles já leram algum comentário além do entregue e, desse modo,
realizará o diagnóstico do que eles entendem por comentário. A partir dessa
definição primeira, eles construirão um conceito acerca do gênero mais sólido
por meio de exemplos que serão levados.
O professor relatará que o comentário, apesar de ser amplamente conhecido
pelas redes sociais, é um gênero muito presente em textos jornalísticos e sempre
ligados a um fato. Por exemplo, um comentário de futebol virá junto à seção de
esportes, já um comentário político virá, certamente, após alguma notícia
política e, geralmente, lhe estará vinculado.
Diante disso, os alunos produzirão um comentário sobre um dos poemas de Cruz
e Sousa (Acrobata da Dor ou Ironia de Lágrimas), haja vista que este é o
assunto atual de nossa aula.
6. A última aula será para a entrega dos textos conversa sobre todo o conteúdo,
esclarecimento de dúvidas e feedback.
VII – AVALIAÇÃO
O processo avaliativo se dará de modo processual durante a leitura e as
discussões, bem como por meio dos textos por eles produzidos.
VIII – REFERÊNCIAS
LEMINSKI, Paulo. Cruz e Sousa: o negro branco. In: _______. Vida: Cruz e Sousa,
Bashô, Jesus e Trótski. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 15-77.
PAZ, Octavio. O arco e a lira. São Paulo: Cosac Naify, 2012. 352 p.
SOUSA, Cruz e; JUNKES, Lauro (Org.). Cruz e Sousa simbolista: Broquéis, Faróis,
Últimos sonetos. Jaraguá do Sul, SC: Avenida, 2008. 339 p.
IX – ANEXOS
CAVEIRA
I
II
III
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Ironia de Lágrimas
Cavador do Infinito
Não é de hoje que o ser humano procura sua essência e sua transcendência. No poema
“o cavador do Infinito”, de Cruz e Sousa, o eu lírico está a realizar essa procura. A ânsia
tão almejada e não alcançada se faz visível no poema pelo uso de maiúsculas ao
escrever “Sonho”, “Infinito” e “Desejos”. O único aparato que leva esse cavador (eu
lírico) é a “lâmpada do Sonho” (verso 1) e ele termina o poema (verso 14) com o verbo
cavar no presente, ou seja, sua tarefa se finda em eternas ânsias. O poema nos lembra do
mito de Sísifo, isto é, a inutilidade da vida que nada mais é que um simples rolar de
pedras infinito. “O cavador do Infinito” afronta-nos, pois, mesmo em meio a tantas
tecnologias, nossas ânsias mais íntimas ainda não conseguiram ser supridas.