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REVISÃO
O objetivo desse capítulo é relembrar aos alunos, alguns dos principais conceitos
básicos sobre as estruturas isostáticas e sobre a resistência dos materiais, sendo de
grande importância a utilização desses para o perfeito andamento da disciplina de
Estruturas Metálicas ou Estruturas de Madeira.
Para que um determinado problema seja considerado como uma estrutura isostática,
observa-se que o número de reações de apoio não pode ser superior ao número de
equações algébricas de equilíbrio.
Para calcular as reações de uma viga isostática, por exemplo, determinamos as três
equações de equilíbrio: H = 0 ; V = 0; Mapoios = 0 .
Exemplos de estruturas isostáticas, são mostradas na Figura 2.1, como vigas bi-apoiadas
(A) e vigas em balanços (B). Todos esses dois tipos de estruturas apresentam três
reações de apoio. No caso da viga bi-apoiada tem-se HA , VA e VB enquanto na viga em
balanço tem-se HA , VA e MA.
MA
HA
HA
VA VB VA
(A) (B)
Figura 2.1 – Estruturas isostáticas
Para uma determinada viga com um carregamento qualquer mostrado na Figura 2.2,
tem-se:
P q
HA X
L
VA VB
Figura 2.2 – Viga isostática
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Exercício resolvido 1:
Calcular as reações de apoio da estrutura da Figura 2.3A:
(A) (B)
Figura 2.3 – Exercício resolvido 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
EX.1 : Calcular as reações da viga sobre dois apoios da Figura 2.4.
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EX.2: Calcular as reações da viga sobre dois apoios da Figura 2.5.
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O esforço cortante máximo geralmente está no apoio. Fazendo o somatório das forças
verticais ao longo do comprimento da viga determinamos o diagrama dos esforços
cortantes.
Considerando uma viga bi-apoiada com uma carga concentrada no meio da viga,
conforme mostrado na Figura 2.8 A , pode-se determinar o diagrama do esforço cortante
( Figura 2.8 B) obtendo os valores desses esforços em cada ponto da viga.
P
P/2
HA = 0
L P/2
VA = P/2 VB = P/2
(A) (B)
Figura 2.8 – Viga bi-apoiada com carga concentrada no meio do comprimento da viga e
seu diagrama de esforços cortantes.
PL/4
Figura 2.9 – Diagrama de momentos fletores para uma viga bi-apoiada com carga
concentrada no meio da viga.
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Exercício resolvido 2:
Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da estrutura da Figura 2.10.
Solução:
Figura 2.11: Diagramas de esforços de uma viga bi-apoiada com carga concentra
assimétrica.
Exercício resolvido 3:
Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga da Figura 2.12.
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Figura 2.12: Viga bi-apoiada com carga uniformente distribuída
Solução:
Figura 2.13: Diagramas de esforços para uma viga bi-apoiada com carga uniformente
distribuída.
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Exercício resolvido 4:
Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga em balanço mostrada na
Figura 2.14.
Solução:
De uma forma genérica, o momento fletor em uma seção genérica ,S, é dado por:
M = p (L – x)2 / 2
Portanto:
Figura 2.15: Diagramas de esforços cortantes para uma viga em balanço com carga
distribuída uniformemente.
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Exercício resolvido 5:
Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga em balanço mostrada na
Figura 2.16:
Solução:
Figura 2.17: Diagramas de esforços para uma viga em balanço com carga concentrada.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
EX.5: Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga mostrada na Figura
2.18.
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EX.6: Determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga mostrada na Figura
2.19.
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2.2.2 – Estruturas treliçadas
(A)
(B)
Figura 2.22: Estruturas isostáticas treliçadas.
Existem vários processos de resolução para o cálculo de treliças, como por exemplo o
processo dos nós, que será estudado aqui, pela simplicidade e facilidade, o processo dos
coeficientes de forças, o processo de Maxwell-Cremona e o processo das seções.
Nesse estudo , será abordado o cálculo de uma treliça utilizando o processo dos nós,
relebrando seus principais conceitos.
Para o cálculo dos esforços das barras de uma treliça utilizando o processo dos nós, é
necessário respeitar três regras básicas:
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1) Isolar cada nó, aplicando todas as cargas externas e as reações das barras que
chegam nele.
2) Para as reações das barras, pode-se considerar cargas saindo do nó (o que
significa carga de tração), para simplificar o cálculo. A princípio todas as barras
estariam tracionadas, o que nem sempre é verdade. Portanto toda vez que o
esforço da barra for positivo essa estará sendo tracionada e toda vez que o
esforço for negativo essa estará sendo comprimida.
3) Fazer o equlíbrio de forças em cada nó. V = 0 e H = 0.
É importante sempre iniciar com um nó que tenha apenas duas barras, pois teria duas
incógnitas para as duas equações de equilíbrio.
Exercício resolvido 6:
Calcular as forças normais N nas barras da viga treliçada sobre dois apoios representada
na Figura 2.23.
Solução:
A primeira coisa a ser feita é determinar as reações de apoio da estrutura da Figura 2.23.
H = 0 : HA – 4000 cos 60o = 0 HA = 2000 kg
MI = 0 : 16 VA – 1000x12 – 2000x8 – (4000 sen60o) x 4 – ( 4000 cos60o) x 3 =0
VA = 2991 kg
V = 0 : VA + VI – 1000 – 2000 – 4000 sen60o = 0 VI = 3473 kg
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Isolando cada nó e aplicando todas as forças externas e internas em cada um deles,
conforme mostrado na Figura 2.24, pode-se escrever as equações de equilíbrio indicadas
na Tabela 2.1. Considerando essas equações na ordem em que foram escritas , obtem-se
os valores dos esforços das barras indicadas na Tabela 2.1.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
EX.9: Determinar os esforços das barras da treliça da Figura 2.25.
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EX.11:
Determinar os esforços das barras da treliça da Figura 2.27.
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2.3.3 – Peças fletidas ( vigas ):
Para verificação do momento fletor:
Em uma viga bi-apoiada qualquer com vão L e com uma determinada carga, conforme
mostrada na Figura 2.28, tem-se o seguinte diagrama de momento fletor:
Mmax
Para determinar a tensão máxima nessa viga na fase elástica, tem-se o seguinte
diagrama de tensões:
Y c
h X
t
b
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Particularmente nesse caso, tem-se tensões de compressão nas fibras superiores e
tensões de tração nas fibras inferiores, apresentando valores máximos nas fibras
externas.
Dada uma seção retangular conforme mostrado na Figura 2.30, obtem-se as seguintes
propriedades geométricas:
y
h X
x d
A=bh
IX = bh3 /12
IY = hb3 /12
I1 = IX + A d2
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WX = IX / y = b h2 /6
WY = IY / x = h b2 /6
rX = (IX / A)
rY = (IY / A)
Exercício resolvido 7:
Determinar as propriedades geométricas do perfil mostrado na Figura 2.31:
Y
10
300 20 X
10
200
medidas em mm.
Figura 2.31: Exercício resolvido 7
Como o perfil apresentado na Figura 2.31 é um perfil simétrico, pode-se deduzir que o
centro de gravidade encontra-se exatamente no meio do perfil nos dois sentidos.
Portanto:
A = (20 x 1) x 2 + (30 - 2 x 1) x 2 = 96 cm2
IX = [20 x 13 /12 + 20 x 1 + (15 – 0,5)2 ] x 2 + 2 (30 – 2 x 1)3 / 12 = 12072 cm4
IY = [1 x 203 /12 ] x 2 + 23 x ( 30 – 2 x 1)/ 12 = 1557 cm4
Wx = Ix / y = 12072 / 15 = 805 cm3
Wy = Iy / x = 1557 / 10 = 156 cm3
rx = (Ix / A) = (12072 / 96) = 11,21 cm
ry = (Iy / A) = (1557 / 96) = 4,03 cm
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Exercício resolvido 8:
Determinar as propriedades geométricas do perfil mostrado na Figura 2.32:
Y elemento 1
10
elemento 3
300 20 X
yC.G.
20
1 200 1
elemento 2
medidas em mm.
Figura 2.32: Exercício resolvido 8
Já nesse caso o perfil apresentado na Figura 2.32 não é mais um perfil simétrico. Para
determinar o centro de gravidade do perfil, será necessário considerar um eixo qualquer
paralelo ao eixo x ( que é o eixo de assimetria). Para facilitar cálculos foi considerado o
eixo 1 –1 de referência passando na face inferior da seção transversal do perfil para a
determinação da posição do centro de grvidade (yC.G.). Portanto é necessário calcular o
seguinte quadro:
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Na segunda coluna , deve-se determinar as áreas de cada elemento separadamente e
posteriormente calcular a somatória .
A terceira coluna será a distância do centro de gravidade de cada elemento até o eixo de
referência 1-1.
A sétima coluna será a soma da quinta com a sexta coluna e posteriormente o somatório
de todas as parcelas.
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IY = (1 x 203 /12 ) + ( 2 x 203 / 12) + 23 x ( 30 – 2 -1)/ 12 = 2018 cm4
Wy = Iy / x = 2018 / 10 = 202 cm3
rx = (Ix / A) = (16391 / 114) = 11,99 cm
ry = (Iy / A) = (2018 / 114) = 4,21 cm
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
EX.12: Determinar as propriedades geométricas do perfil mostrado na Figura 2.33:
Y
9,5
400 6,3 X
9,5
200
medidas em mm.
Figura 2.33: Exercício EX.12
400 6,3 X
12,5
300
medidas em mm.
Figura 2.34: Exercício EX.13
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EX.14: Determinar as propriedades geométricas do perfil mostrado na Figura 2.35:
250
Y
16,0
300 9,5 X
300
medidas em mm.
Figura 2.35: Exercício EX.14
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RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
Ex.1: HA = 2000 kg; VB = 4486 kg; VA = 6978 kg.
Ex.2: HA = 0000 kg; VB = -250 kg; VA = 6750 kg.
Ex.3: HA = 0000 kg; VA = 2800 kg; MA = 4400 kg.
Ex.4: HA = -3000 kg; VA = 2000 kg; MA = 8000 kg.
Ex.5:
Ex.6:
Ex.7:
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EX.8:
EX.9:
EX.10:
EX.11:
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EX.12:
A=62,0 cm2; Ix=17390 cm4; Wx=870 cm3; rx=16,7 cm; Iy=1270 cm4; Wy=127 cm3; ry =
4,52cm.
EX.13:
A=89,81 cm2; Ix=27476 cm4; Wxsup.=1257 cm3; Wxinf.=1514 cm3; rx=17,49 cm; Iy=4951
cm4; Wy=331 cm3; ry = 7,42cm.
EX.14:
A=66,98 cm2; Ix=5447 cm4; Wxsup.=796 cm3; Wxinf.=235 cm3; rx=9,02 cm; Iy=2085 cm4;
Wy=167 cm3; ry = 5,58cm.
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