PREFEITURA DE
OCARA
LEIN® 1.130/2021, OCARA (CE), em 18 de junho de 2021,
INSTITU! A POLITICA MUNICIPAL DE BEM-ESTAR E
PROTECAO ANIMAL NO AMBITO DO MUNICIPIO DE
OCARA, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS.
A PREFEITA MUNICIPAL DE OCARA, Amélia Lopes de Sousa, no uso de suas atribuigdes legais
conferidas pelo art. 62, inciso Il, da Lei Organica do Municipio de Ocara, FAZ SABER QUE A
CAMARA MUNICIPAL DE OCARA, aprovou e que sanciona e promulga a seguinte Lei:
Art. 1°, Fica instituida, no ambito do Municipio de Ocara, a Politica Municipal de Bem-estar ¢
Prote¢ao Animal, que consiste no conjunto de ades e servicos promovidos por pessoas fisicas ou
pessoas juridicas de direito piiblico ou privado, que se destinem promogao do bem-estar ¢ a
prote¢ao dos animais, observados os objetivos e diretrizes estabelecidas nesta Lel,
TITULOI
DAS DISPOSICOES GERAIS
Art. 28, A promogao do bem-estar animal é um dever de todos, do responsavel pelo animal,
assim como de todas as pessoas, familias, empresas e demais membros da sociedade em geral,
competindo a0 municipio promover as condigdes indispensaveis ao pleno exercicio dos direitos
dos animais, garantindo-lhes especial protegao.
Art. 3%. A Polftica Municipal de Bem-estar e Protecao Animal caracteriza-se pelo universo de
ages, executadas isolada ou conjuntamente, destinadas 4 promogao do bem-estar dos animais,
bem como a sua protecéo e a garantla dos seus direitos legitimamente institu(dos pelas
legislagdes nacionais e internacionais, além das convengées, declaragdes ou tratados dos quais 0
Brasil seja signatario.
Art. 42. 0 érgdo gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protecao Animal é a Secretaria da
Agricultura e Melo Ambiente ~ SEAGRI, competindo ao municfpio de Ocara proporcionar as
condigdes necessdrias para o exercicio de suas atribuigées legais.
Art. 5®. Sao objetivos da Politica Municipal de Bem-estar e Protegao Animal:
| - Identificar e divulgar fatores condicionantes e determinantes da satide e bem-estar animal;
ll - Estabelecer politicas de satide e bem-estar animal destinados a promover o desenvolvimento
de protesao e respeito aos direitos dos animais;
III - Proporcionar assisténcia aos animais e aos seus responsavels, por intermédio de agdes de
promogao, protecao e recuperacao da satide animal;
IV - Buscar o maior equilfbrio na populacao animal, diminuindo 0 indice de abandono e maus-
tratos de modo a prevenir agravos satide publica e as agressdes a0 meio ambiente;
V - Desenvolver agées de educacao ambiental sobre a fauna junto a sociedade, buscando-se criar
consciéncia sobre a responsabilidade da guarda dos animais e a necessidade de conservacao e
respeito a fauna urbana e rural;
a i SE TET. |PREFEITURA DE
OCARA
VI - Instituir um sistema de identificagao e cadastramento de animais no municipio;
Vil - Fomentar agdes para a adocao responsdvel de animais abandonados na cidade;
VIII - Instituir mecanismos de coergao e de fiscalizacao das acdes dos cidadaos em relacdo aos
seus animais, por meio do respeito legislacao aplicavel, especialmente os estabelecidos em
Ambito internacional;
IX - Estabelecer critérios para a comercializagao e o transito de animais na cidade, em agdes
planejadas com a iniciativa privada, sociedade civil organizada, bem como os profissionais das
mais diferentes reas;
X - Elaborar e desenvolver projetos de investigacao, em parceria com instituigdes de ensino,
pesquisa e de protecdo aos animais, para a busca de alternativas ao controle populacional da
fauna na cidade, entre outras agdes destinadas 4 promogao dos direitos dos animais e & sua
protecao.
TITULO It
DAS DIRETRIZES
Art. 62. A Politica Municipal de Bem-estar e Protecdo Animal funda-se nas diretrizes insculpidas
na Declaragao Universal dos Direitos dos Animais, segundo a qual se pode extrair que:
1 - Todos os animais nascem iguais diante da vida e tem 0 mesmo direito a existéncia;
11 - Cada animal tem direito ao respeito;
1-O homem, enquanto espécie animal, nao pode atribuir-se o direito de exterminar os animais,
ou explora-los, violando esse direito, devendo colocar a sua consciéncia a servigo dos outros
animais;
IV ~ Cada animal tem direito a consideragao, a cura e a prote¢io do homem;
V = Nenhum animal deverd ser submetido a maus-tratos e a atos cruéis;
VI ~ Nos casos em que a morte de um animal se tornar necessdria, esta deve ocorrer de forma
instantdnea, sem dor ou angustia;
VII - Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu
ambiente natural terrestre, aéreo e aquético, devendo ser garantido o seu direito dos animais;
Vill ~ a privagao da liberdade, ainda que para fins educativos, viola os direitos dos animals;
IX ~ Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no 4mbito do homem, tem
direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condigdes de vida e de liberdade préprias de sua
espécie;
X- Toda modificacao imposta pelo homem para fins mercantis fere os direitos dos animais; Dp
eS TEEPREFEITURA DE
OCARA
XI - Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duracao de vida
conforme sua longevidade natural;
XII - 0 abandono de um animal é considerado um ao cruel e degradante;
XIII - Cada animal que trabalha tem a uma razoavel limitagao do tempo e intensidade do
trabalho, bem como a uma alimentagao adequada e ao repouso;
XIV - A experimentacao animal, que implica em sofrimento fisico, é incompativel com os direitos
do animal, que seja uma experiéncia médica, cientifica, comercial ou qualquer outra, devendo ser
primado pela utilizagao ou desenvolvimento de técnicas substitutivas;
XV - Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem, sendo a exibi¢ao dos animais,
assim como os espetaculos que os utilizem, incompativeis com a dignidade do animal,
TITULO IT
DOs PRINCiPIOS
Art. 72. A Politica Municipal de Bem-estar e Protegao Animal deverd ser desenvolvida com base
nos princfpios:
| ~ Da universalidade: os animais devem ter acesso aos servicos de bem-estar em todos os niveis
de assisténcia;
Il ~ Da integralidade: entendido como 0 conjunto articulado e continuo das acées e servicos
Preventivos ¢ curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os niveis de
complexidade;
Ill ~ Da igualdade: a assisténcia ao bem-estar animal deve ser oferecida sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie;
IV = Da informacao: os servigos de bem-estar e proteso animal devem ser amplamente
divulgados;
V - Da particlpagao comunitaria e democrética: as agdes e servicos destinados ao bem-estar e
protecdo animal devem ser executados de forma conjunta pelo municipio e a comunidade, para
uma efetiva defesa dos interesses ambientais e para o desenvolvimento de uma politica
ambiental adequada & protecdo animal;
Vi - Da subsisténcia: o animal deve ter assegurado o direito de nascer, de alimentar-se, e de ter
garantidas as condigdes basicas de sobrevivencias.
VII - do respeito integral: impde exigéncias éticas em relacéo ao tratamento dispensado pelo
homem em relago ao animal nao humano, devendo ser repudiado qualquer tratamento que
exponha 0 animal a exploracéo ou aos maus-tratos que possam afetar a integridade fisica,
psiquica ou o seu bem-estar.
‘TITULO IV ®
ome une TeePREFEITURA DE
OCARA
DO PROGRAMA DE BEM-ESTAR ANIMAL
Art. 8°. O Programa de Bem-estar Animal faz parte da Politica Municipal de Bem Estar e
Protecao Animal, e visa o desenvolvimento de acdes objetivando 0 bem-estar animal, o controle
populacional e ces e gatos, o estimulo & posse responsdvel, o incentivo a adogao de animais e
protecao de animais domésticos, em especial Aqueles em condicées de maus-tratos e abandono.
Art. 98. 0 Programa de Bem-estar Animal deve primar pela execugao das seguintes aces:
I~ Adotar medidas que envolvam a esterilizagdo, identificacao e animais apreendidos e
campanha permanente para a posse responsavel dos animais;
Il ~ Verificar dentincias relativas a maus-tratos, auséncia de higiene, auséncia do animal no
domicitio, orientagdes ao proprietério e, conforme o caso, encaminhar as mesmas aos 6rgaos
piiblicos responsaveis para providéncias cabiveis;
{Il - conscientizar a comunidade sobre posse responsavel, coibir maus-tratos, orientar sobre
encaminhamento de dentincias para os érgaos publicos responsdveis e estimular 0 respeito e
solidariedade 4 questao animal;
IV - Promover feiras de adocao;
V ~ Em parceria com a Fiscalizacao Municipal, Forcas de Seguranca do Municipio, Policia Militar,
Polfcia Civil e Ministério Pdblico, receber animais recolhidos por maus-tratos, realizar
tratamento veterinario necessario, Identificar, se necessario, e promover a adocao;
VI - Aumentar o nivel dos cuidados para com os animais, diminuindo as taxas de abandono,
natalidade, morbidade, mortalidade e de renovagao das populagdes animais;
Vil - Prevenir, reduzir e eliminar as causas de sofrimento fisico e mental dos animais de forma a
assegurar e promover 0 bem-estar animal, conforme dispée a legislacao federal, estadual e
municipal sobre a matéria;
Vill ~ Registrar e identificar animais domésticos;
IX - Controlar a reproducao das populagdes de cies e gatos, baseado em métodos de
esterilizacao permanente;
X - Realizar o recolhimento de animais em situagao do abandono.
Art. 10. As aces € servigos de bem-estar animal inseridos no Programa de Bem-estar Animal
devem ser organizados de forma regionalizada em niveis de complexidade, seja diretamente
pelo municipio ou mediante o estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada,
Art. 11, Quando as disponibilidades técnicas e ou financeiras do municipio forem insuficientes
Para garantir a cobertura assistencial aos animais de determinada area, poderao ser realizadas
agoes com a iniciativa privada, com 0 fito de ofertar os servicos necessarios.
Ww
cocaine siPREFEITURA DE
OCARA
§1*. A participacao complementar da iniciativa privada na prestacdo dos servicos destinados a
assegurar o bem-estar animal sera formalizada mediante contrato, convénio ou outro
instrumento congénere, observadas as normas de regéncia aplicavels.
§28. Na hipétese prevista neste artigo, terd preferéncia para entidade filantrépica que jé atuem
na defesa e protegao dos direitos dos animais.
§3%, Fica vedada a contratacao ou a celebragao de parceria, de forma financiada, de empresa ou
entidade cujos proprietarios, administradores ou dirigentes exercam cargo de provimento em
comissao ou funcao de confianca em érgao ou entidade do municipio de Ocara,
Art. 12. 0 municfpio de Ocara poder compor consércios para desenvolver em conjunto agdes ¢
servigos de satide e bem-estar animal.
TITULOV
DO PROGRAMA DE PROTECAO ANIMAL
Art. 13, O Programa de Protecdo Animal tem por objetivo promover a protesdo, defesa
preservacao dos animais do municfpio de Ocara.
Art. 14, Para efeitos deste Titulo, consideram-se animals:
| = Silvestres: aqueles encontrados livres na natureza, pertencentes as espécies nativas,
migratérias, aquaticas ou terrestres, que tenham o ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
territério brasileiro, ou aguas jurisdicionais brasileiras ou em cativeiro sob a competente
autorizacao federal;
IL Exéticos: aqueles ndo originarios da fauna brasileira;
IIL - Domésticos: aqueles de convivio do ser humano, dele dependentes, e que nao repelem o
jugo humano;
IV ~ Domesticados: aqueles de populagdes ou espécies advindas da sele¢io artificial imposta
pelo homem, a qual alterou caracteristicas presentes nas espécies silvestres originais;
V ~ Em criadouros: aqueles nascidos, reproduzidos e mantidos em condigdes de manejo
controladas pelo homem, e, ainda, os removidos do ambiente natural e que ndo possam ser
reintroduzidos, por razées de sobrevivéncia, em seu habitat de origem;
VI - Sinantrépicos: aqueles que aproveitam as condigdes oferecidas pelas atividades humanas
para estabelecerem-se em habitats urbanos ou rurais.
CAPITULO I
DAS CONDUTAS VEDADAS >
Art. 15. Sdo condutas vedadas no trato dos animais:PREFEITURA DE
OCARA
| ~ Ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-se a qualquer tipo de experiéncia,
pratica ou atividade capaz de causar-lhes sofrimento ou dano, bem como as que provoquem
condigées inaceitaveis de existéncia;
Il - Manter animais em local desprovido de asseio ou que Ihes impeca a movimentacdo, 0
descanso ou privem de ar e luminosidade;
Ill ~ Obrigar os animais a trabalhos excessivos ou superiores as suas forgas e a todo ato que
resulte em sofrimento, para deles obter esforgos que nao se alcancariam senao com castigo;
IV ~ Nao propiciar morte répida e indolor a todo animal cujo abate seja necessdrio para
consumo;
V ~ Nao propiciar morte rapida e indolor a todo animal cuja eutanasia seja recomendada;
VI - Vender ou expor a venda animais em Areas ptiblicas se ma devida licenga de autoridade
competente;
VII - Enclausurar animais em areas piblicas sem a devida licenca de autoridade competente;
VIII Exercitar cdes conduzindo-os presos a veiculo motorizado em movimento;
IX ~ Qualquer forma de divulgaggo e propaganda que estimule ou sugira qualquer pratica de
maus-tratos ou crueldade contra os animais;
X ~ A introdugao de animais pertencentes a fauna silvestre exética dentro do territério do
municipio.
XI ~ A pratica de sacrificio de caes e gatos em todo o municipio de sobral, por métodos cruéis,
consubstanciados em utilizagao de cdmaras de descompressao, camaras de gis, eletrochoque e
qualquer outro procedimento animais em vias e logradouros ptiblicos e privados.
XII - soltar ou abandonar animais em vias e logradouros piiblicos e privados.
Segaol
Da Caga
Art. 16. Sio vedadas, em todo territério do municipio de Ocara, as seguintes modalidades de
caga:
1 ~Profissional: aquela praticada com o intuito de auferir lucro como produto de sua atividade.
Ul ~ Amadora ou esportiva: aquela praticada por prazer, sem finalidade lucrativa ou de cardter
competitivo ou simplesmente recreativo.PREFEITURA DE
OCARA
Pardgrafo tinico. O abate de manejo ou controle populacional, quando tinico ¢ dltimo recurso
viavel, so podera ser autorizado por érgao governamental competente e realizado por meios
préprios ou por quem o érgio eleger.
Sesao II
Da Pesca
Art. 17. Para efeitos desta Lei define-se por pesca todo ato tendente a capturar ou extrair
elementos animais ou vegetais que tenham na 4gua seu retorno ou mais freqiente meio de vida.
Art. 18. £ vedado pescar em épocas e locais do municipio interditado pelo érgio competente,
além das demais proibigdes previstas na legislagao estadual e federal.
CAPITULO II
DOS ANIMAIS SILVESTRES
Art. 19. Os animais silvestres deverao, prioritariamente, permanecer em seu habitat natural.
§1°. Para a efetivacao deste direito, seu habitat deve ser 0 quanto possivel, preservado e
protegido de qualquer violacdo, interferéncia ou impacto negativo que comprometa sua
condigdo de sobrevivéncia.
§28. As intervengdes no meio que provoquem impacto negativo devem ser reparadas ou
compensadas por melo de indenizacao.
Art. 20. As pessoas fisicas ou juridicas mantenedoras de animais silvestres e exdticos, mantidos
em cativeiro clandestinos, residentes ou em transito, no municipio, que coloquem em risco a
seguranga da populacdo, deverao obter a competente autorizagio Junto ao Poder Publico
Municipal, sem prejuizo das demais exigéncias legais, sob pena da aplicagdo das sancées
cabiveis.
Art.21. 0 municipio de Ocara, por meio de projetos especificos, deverd:
I~ Atender as exigencias legals de protegao a fauna silvestre;
Il ~ Promover a integrasdo dos servigos de normatizacao, fiscalizagao e de manejo da fauna
silvestre no munic{pio;
Ill - Promover o inventario da fauna local;
IV - Promover parcerias e convénios com universidades, associagdes de protecao animal e coma
iniciativa privada;
V- Elaborar plano de manejo de fauna, principalmente para as espécies ameacadas de extingso;
VI - Elaborar campanhas de combate ao trafico de animais silvestres, DPPREFEITURA DE
OCARA
Art. 22. 0 municipio de Ocara poderd viabilizar a implantagio de servigo de triagem de animais
silvestres, diariamente ou por meio de parceria com drgios e entidades piblicas ou privadas,
Pardgrafo tinico. No caso de implantaco do servico de que trata o caput deste artigo, caberd a0
Chefe do Poder Executivo Municipal regulamentar, por Decreto, a forma de execucao do servico,
especialmente as questdes atinentes ao recebimento, registro, triagem, avaliago, manutengao e
destinagao dos animais silvestres.
CAPITULO IIL
DOS ANIMAIS DOMESTICOS
Art. 23. £ livre a criagao, propriedade, guarda, uso e transporte de ces e gatos de qualquer raca
ou sem raga definida no municfpio de Ocara, desde que obedecida a legislacio municipal,
estadual e federal vigente.
Segao1
Do Controle de Zoonoses e de Natalidade de CAes e Gatos
Ar. 24, 0 municipio de Ocara deve manter programas permanentes de controle de zoonoses,
através de vacinagao e controle de reprodugao de caes gatos, ambos acompanhados de agoes
educativas para a guarda responsdvel, ou manter convénios com associagdes de protecdo de
animais e afins,
Art. 25. Para prética de eutandsia em animais com doencas infectocontagiosas que ponham em
risco a satide publica, obrigatorlamente, devera ser realizada a prova e contraprova em prazo
habil para esclarecimento sobre o estado de satide do animal.
§12. No perfodo de prova final e conclusiva, poder ser autorizada a permanéncia do animal em
clinica médico veterindria, mediante avaliacdo e autorizaco da Unidade de Vigilancia de
Zoonoses.
§2°. Considera-se método aceitavel de eutandsia a utilizagao ou emprego de substancia apta a
produzir a insensibilizarao e inconscientizag4o antes da parada cardiaca e respiratéria do
animal,
Sesao Il
Da Vacinacao
Art. 26. 0 responsavel pelo animal € obrigado a vacinar seu cio ou Gao contra a raiva,
observando para a revacinaao anual, sob pena de aplicagaio das penalidades previstas nesta Lei,
Pardgrafo Unico, A vacinacao de que trata o caput deste artigo podera ser feita gratuitamente
nna Unidade de Vigilancia de Zoonoses ou durante as campanhas anuais promovidas pelo 6rgao
municipal responsavel.
Art. 27. 0 comprovante de vacinagao fornecido pelo érgao municipal responsdvel como também
a carteira emitida por médico veterindrio particular, poderao ser utilizados para comprovacéo
da vacinagao anual.PREFEITURA DE
OCARA
Sesao III
Da Responsabilidade no Trato com os Animais
Art. 28, Todo animal, ao ser conduzido em vias e logradouros piiblicos, deve obrigatoriamente
usar coleira e guia, adequadas ao seu tamanho e porte e ser conduzido por pessoa com idade e
forca suficiente para controlar os movimentos do animal, sob pena de aplicacao das sangées
previstas nesta Lel,
Art. 29. 0 condutor de um animal fica obrigado a recolher os dejetos fecais eliminados pelo
mesmo em vias e logradouros ptiblicos, em caso de inobservancia, 0 responsdvel pelo animal
estard sujeito as sangdes previstas nesta Lei.
Art. 30. Ao responsavel pelo animal caberé a sua manutencao em condigdes adequadas de
alojamento, alimentacao, satide, higiene e bem-estar, bem como a destinacdo adequada dos
dejetos.
§18. Os animais devem ser alojados em locais onde fiquem impedidos de fugirem e agredirem
terceiros ou outros animais.
§28. Os responsaveis de animals deverdo manté-los afastados de portées, campainhas,
medidores de luz e agua e caixas de correspondéncia, a flm de que funcionarios das respectivas
empresas prestadoras desses servi¢os possam ter acesso sem sofrer ameaca ou agressao real
por parte dos animais, protegendo ainda os transeuntes,
§3®. Em qualquer imével onde permanecer animal bravio, dever ser afixada placa comunicando
0 fato, com tamanho compativel a leitura a distancia, em local visivel ao ptiblico.
§4°. Constatado o descumprimento do disposto neste artigo, o responsdvel pelo animal sera
Intimado para a regularizacao da situacao no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de aplicaco das
sangées previstas nesta Lei.
Art. 31. Todo responsdvel por animal, pessoa fisica, que criar ces e gatos com finalidade
comercial, constituira a existéncia de um criadouro, independente do total de animais existentes,
além de submeter seu comércio a todas as outras exigéncias impostas por normas legais
municipais, estaduais e federais.
Art. 32. £ proibida a permanéncia de animais soltos, bem como a pratica de adestramento em
vias e logradouros puiblicos ou locais de livre acesso ao piiblico.
§12. 0 adestramento de cies deve ser realizado com a devida contencdo em locais particulares e
somente por adestradores devidamente cadastrados por um dos clubes cin6filos autorizados
pelo drgio municipal competente,
§22. Se a pratica de adestramento exigir contato com o meio externo em vias e logradouros
ptiblicos ou locais de livre acesso ao publico e ou fazer parte de alguma exibicdo cultural e ou
educativa, o evento deverd contar com prévia autorizacio do érgio municipal competente, salvo
b
y
’PREFEITURA DE
OCARA
quando ago estiver sendo promovida pelas Forgas de Seguranga e Fiscalizago do Municfpio de
Ocara ou Policia Militar do Estado do Ceara.
§32. Ao solicitar a autorizagao de que trata o pardgrafo anterior, o responsdvel pelo evento e ou
adestramento, pessoa fisica ou juridica, deveré comprovar as condigdes de seguranca para os
freqlientadores do local, condigdes de seguranga e bem-estar para os animais, e apresentar
documento com prévia anuéncia do érgao ou pessoa Juridica responsavel pela area escolhida
para a apresentacao.
§42, Em caso de Infracao ao disposto neste artigo, os responsdvels sujeitar-se-do as penalidades
previstas nesta Lei,
Art, 33, Em estabelecimentos comerciais de qualquer natureza, a proibigao ou liberacdo da
entrada de animais fica a critério dos proprietdrios ou gerentes dos locais, obedecidas as leis e
normas de higiene e satide.
§1°. 0 cdo guia para deficientes visuais tem livre acesso a qualquer estabelecimento, bem como
aos meios de transporte alternativo do municipio.
§22. 0 deficiente visual deve portar, sempre, documento original ou sua c6pia auténtica,
fornecido por entidade especializada no adestramento de ces condutores habilitando o animal e
seu usuario,
Art. 34. Os animals acometidos por enfermidades de importancia a satide publica ou
comprovadamente agressivos poderao ser encaminhados a Unidade de Vigilancia de Zoonoses,
Art. 35. Os eventos onde sejam comercializados cées e gatos deverao receber autorizacao do
6rgio municipal competente antes de iniciarem suas atividades.
Art. 36. Todo e qualquer cio ou gato, encontrado solto em vias e logradouros piiblicos seré
apreendido e imediatamente encaminhado ao 6rgao competente,
§1%. Se 0 cdo ou gato apreendido estiver devidamente registrado ¢ identificado, o responsavel
pelo animal seré notificado para retiré-lo no prazo de 05 (cinco) dias.
§22. 0 no cumprimento do prazo previsto no parégrafo anterior configuraré abandono do
animal, incidindo as hipéteses previstas no §5° deste artigo.
§38. Caes e gatos nao identificados deverao ser mantidos no érgio municipal responsdvel pelo
prazo de 03 (trés) dias,
$42. Todos os animais apreendidos deveréo ser mantidos em recintos higienizados, com
protegao contra intempéries naturais, alimentacao adequada e separados por sexo e espécie.
§5*, A destinagao dos animais nao resgatados deverd obedecer as seguintes prioridades:PREFEITURA DE
OCARA
1 - Adogao por particulares ou doagio para entidades protetoras de animais devidamente
cadastradas no érgao municipal competente;
Il - Encaminhamento para o Programa de Controle de Natalidade de Animais Domésticos, desde
que seja obedecida rigorosamente a legislagao municipal, estadual e federal vigente.
§68. No caso de animais portadores de doengas e ou ferimentos considerados graves ¢ ou
clinicamente comprometidos, caberé ao médico veterinério do érg4o municipal competente,
apés avaliacao e emissao de parecer técnico, decidir o seu destino, mesmo sem esperar o prazo
estipulado nos §§1? e 3° deste artigo.
Art. 37. Quando um animal nao identificado for reclamado por um suposto responsdvel, o rgio
municipal competente exigiré a apresentacao de prova que comprove a guarda.
Pardgrafo tinico. 0 cao ou gato apreendido sem registro seré imediatamente registrado no ato
do resgate.
Segao IV
Dos Maus Tratos aos Animais
Art. 38. S4o considerados maus-tratos contra ces ¢ ou gatos, sem prejuizo de outras condutas
previstas na legislacao estadual e federal:
a) Obrigé-los a trabalhos excessivos ou superiores as suas forcas, ou castigs-los, ainda que para
aprendizagem e ou adestramento;
b) Transporté-los em vefculos ou gaiolas inadequadas ao seu bem-estar;
c) Utilizé-los em rituais religiosos, e em lutas entre animais da mesma espécie ou espécies
diferentes;
4) Abaté-los para consumo.
SegaoV
Da Fiscalizagao
Art. 39. Todo responsavel pelo guarda de um animal é obrigado a permitir p acesso de agente
piiblico, quando no exercicio de suas fungdes, as dependéncias do alojamento do animal, sempre
que necessdrio, bem como acatar as determinacdes emanadas.
Art. 40. 0 desrespeito ou desacato ao agente ptiblico, ou ainda, a obstaculizagao ao exercicio de
suas fungdes, sujeita o infrator as sangdes previstas nesta Lei,
Secao VI
Do Controle de Natalidade de Caes e Gatos
Art. 41. Caberd ao érgao gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protecao Animal a executar
agGes de Controle de Natalidade de Caes e Gatos,
Art. 42. Para o controle de natalidade, deverao ser observadas as seguintes aces: aPREFEITURA DE
OCARA
1 ~ Identificar o registro da populacao de cdes e gatos;
Il - Promosao de esterilizacao cirirgica;
II - Incentivo a adocao de cies e gatos abandonados;
IV - Realizagao de campanhas de conscientizacao piiblica sobre a relevancia do controle da
populagao de ces e gatos e de sua vacinac&io periddica.
Segao VII
Da Educagao para a Guarda Responsavel
Art. 43. 0 Grgdo gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protecdo Animal deveré promover
programa de educagao continuada de conscientizacao da populacdo a respeito da guarda
responsavel de animais domésticos, podendo, para tanto, realizar parcerias com universidades,
organizages ndo governamentais, empresas piiblicas e ou privadas (nacionais ou
internacionais) e entidades de classe ligadas 4 drea.
Pardgrafo tinico. Na execucao das acdes continuadas, deverd primar-se pela utilizagao de melos
de comunicagao variados, alem do material educativo impresso.
Art. 44, O material do Programa de Educacio Continuada deverd conter, entre outras
informagdes, o seguinte:
a) A importancia da vacinagao e da vermifugacao de caes e gatos;
b) Zoonoses;
c) Cuidados e manejo dos animais;
4) Problemas gerados pelo excesso populacional de animais domésticos e importancia do
controle de natalidade;
e) Castracao;
£) Legislacao;
8) llegalidade e ou inadequagao da manutengao de animais silvestres com animais de estimagao.
Se¢do VII
Das Doagées
Art. 45. Nos estabelecimentos devidamente legalizados, sera permitida a realizagao de eventos
de doacao de caes e gatos.
§1%. 0 evento de doagées s6 poderd ser realizado sob a responsabilidade de pessoa jur{dica, de
direito puiblico ou privado, sem fins lucrativos mantenedoras de ces € gatos.
§22. Os animais adotados devem ser devidamente esterilizados e submetidos a controle de
endoparasitas e ectoparasitas, bem como submetidos ao esquema de vacinagao contra a raiva e
doengas espécies-especificas, conforme respectiva faixa etdria, sob responsabilidade do
adotante,PREFEITURA DE
OCARA
Art. 46, As doagdes serao regidas por contrato especifico, cujas obrigacées previstas, por escrito,
devem contemplar os dados qualificativos do animal, do adotante e do doador, as
responsabilidades do adotante, as penalidades no caso de descumprimento, a permisséo de
monitoramento pelo doador e as condigdes de bem-estar e manuten¢do do animal.
Pardgrafo Gnico, Antes da consumagio da doag&o e da assinatura do contrato, o potencial
adotante deve ser amplamente informado e conscientizado sobre a convivéncia da familia com
um animal, nogdes de comportamento, expectativa de vida, provavel porte do animal na fase
adulta (no caso de filhotes), necessidades nutricionais e de satide.
Art. 47, No ato da doagio deve ser providenciado o Registro Geral do Animal (RGA), em nome do
adotante.
Segao IX
Do Registro de Canis e Gatis
Art. 48. Os canis e gatis comerciais estabelecidos no municipio de Ocara sé poderdo funcionar
mediante alvard de funcionamento expedido pelo érgio competente do Poder Executivo
Municipal.
Art, 49. A concesséo de auto do Alvard de Funcionamento pelos érgios competentes da
Administragao Publica Municipal estd condicionada ao prévio cadastramento do interessado no
Cadastro Municipal de Vigilancia Sanitaria (CMVS),
Art. 50. Os canis e gatis comerciais devem registrar-se gratuitamente no érgao gestor da Politica
Municipal de Bem-estar e Prote¢o Animal, sob pena de sofrer a aplicacao de sangdes previstas
nesta Lel.
Pardgrafo tinico. Todo canil ou gatil deve possuir médico-veterindrio como responsdvel técnico,
devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinaria do Estado do Cearé
(MRMV/CE).
Art. 81, A inspegao sanitéria inicial do estabelecimento realizar-se-4 depois de requerido o
cadastramento no CMYS e, mediante laudo favordvel.
Art. 52. Os responsaveis pelos canis e gatis devem apresentar, no ato da inspego sanitéria
Iniclal, visando o cadastramento no CMVS, os seguintes documentos:
| ~ Cépia do contrato social devidamente registrado na Junta Comercial ou em cartério de
registro de titulos e documentos;
Il ~ Cépia da declaragao de firma individual registrada na Junta Comercial, no caso de
microempresa ou empresa de pequeno porte;
IIl ~ Manual de boas praticas operacionais, procedimentos operacionais-padrdes ou manuals de
rotinas e procedimentos, conforme as atividades desenvolvidas;PREFEITURA DE
OCARA
IV - Cépia do contrato de servigos terceirizados, registrados em cartério de registro de titulos e
documentos, do qual constem cléusulas que definam, clara e detalhadamente, as acdes
necessarias a garantia da qualidade do produto, do equipamento ou do servico prestado, bem
como dos amblentes interno € externo, sem prejutzo da responsabllidade da empresa
contratante;
V - Cépia do documento de comprovagao de habilitagao profissional e vinculo empregaticio do
médico veterindrlo responsavel técnico pelo canil ou gatil;
VI - Listagem de todo o plantel, se j4 existente, ou especificacdo do plantel que se pretende
abrigar no local;
VII - Projeto arquitetdnico e executivo de todas as instalagdes, incluindo os alojamentos dos
animais (canis ou gatis), sistema de tratamento dos efluentes, bem como protocolo das medidas
€ procedimentos sanitarios;
VILL - outros documentos caso o érgio competente julgar necessério,
Art. 53. Os canis e gatis devem atualizar seu cadastramento no CMVS, por meio de formulario
préprio, sob pena de cancelamento do respectivo niimero cadastral,
Art. 54, Quando da atualizagao do cadastramento, o érgio responsdvel poderd proceder a
vistoria sanitaria no estabelecimento.
CAPITULO IV
DOs ANIMAIS NAO DOMESTICOS
SegaoI
Das Atividades de Tragao e Carga
Art. 55. S6 é permitida a tracdo animal de veiculo ou instrumentos agricolas e industriais, por
bovinos e eqiifdeos, que compreende os eqilinos, muares ¢ asininos,
Pardgrafo tinico. Para fins de preservacdo do bem-estar animal, deverdo ser realizadas ages
pelo 6rgao gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protecdo Animal visando orientar e
capacitar os carroceiros que atuam no municipio de Ocara.
Art. 56, Nas atividades de trago animal e carga, fica vedado:
| Utilizar, para atividade de tracdo, animal cego, ferido, enfermo, extenuado ou desferrado, bem
como castigé-lo sob qualquer forma ou a qualquer pretexto;
Il - Fazer animal descansar atrelado ao vefculo, em aclive ou declive, ou sob o sol ou chuva;
Ill ~ Fazer 0 animal trabalhar fraco, ferido ou estando com mais da metade do period de
gestacao;
IV - Atrelar, no mesmo vefculo, animais de diferentes espécies; ‘a
a asa aE |OCARA
V - Atrelar animais a vefculos sem os apetrechos indispensdveis ao seu correto deslocamento, ou
com excesso daqueles indispensaveis.
Seco I
Do Transporte de Animais
Art, 57, No transporte realizado por animals, fica vedado:
I~ Fazer viajar um animal a pé mais de 10 (dez) quilometros, sem Ihe dar descanso, 4gua e
alimento;
I—Conduzir, em qualquer meio de locomogao, animais colocados de cabega para baixo, de maos
€ pés atados, ou de qualquer modo que Ihe produza sofrimento ou estresse;
Mil - Transportar animais em cestos, gaiolas ou vefculos sem as proporgdes necessarias ao seu
tamanho e nimeros de cabecas, e sem que o meio de conclusao em que esto encerrados esteja
protegido, que impega a safda de qualquer parte do corpo do animal;
IV - Transportar animal fraco, doente, ferido ou que esteja com mais da metade do periodo
gestacional, exceto para atendimento médico veterinario;
V - Transportar animals de qualquer espécle sem condicées de seguranga para quem os
transporta.
Sedo Ill
Das Atividades de Diversio, Cultural e Entretenimento
Art. 58. E vedado realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies
diferentes, touradas, simulacros de tourada, rinha de galo, rinha de ces, rinha de candrios, em
locais piiblicos ou privados, sob pena de aplicagao das penalidades nesta Lei.
Art. 59, Fica igualmente vedada a apresentacdo ou utilizagio de animals em espetdculos
circenses.
CAPITULO V
DAS PENALIDADES
Art. 60. As infragdes as disposi¢6es desta Le! importarao na aplicagio das seguintes penalidades:
1 - Adverténcia;
I Multa;
Ill - Interdigao temporaria;
IV - Interdigao definitiva
V~Apreensio do animal;
VI Retengo do animal para regularizacao;
Vil - Perda da posso do animal;
VIII - Suspensao do alvaré de funcionamento expedido pelo érgio competente;
IX Interdigao de produtos, equipamentos, utensilios e recipientes;
X~ Inutilizagao de produtos, equipamentos, utenstlios e recipientes;
XI ~ Interdigao parcial ou total do estabelecimento, sesdes, dependéncias e veiculos; D
XII - Proibicao de propaganda; }
aaa nian TSE |OCARA
XIII - Cassagdo de licenga de funcionamento
XIV -Cancelamento do cadastro do estabelecimento;
XV ~ Fechamento administrativo;
§12. Também responded pela infracao quem, por qualquer modo, a cometer, concorrer para sua
pratica ou dela se beneficiar.
§28, As sanges previstas nesta Lei nao excluem eventual apuragao da responsabilidade civil ou
penal.
§38, A autoridade, funciondrio ou servidor que deixar de cumprir a obrigagao de que trata esta
Lei ou agir para impedir, dificultar ou retardar 0 seu cumprimento, incorrerao nas mesmas
responsabilidades do infrator, sem prejuizo das demais medidas administrativas e penais.
Art. 61. Constitui infracdo, para os efeitos desta Lei, toda aco ou omisséo que importe na
inobservancia de preceitos estabelecidos ou na desobediéncia as determinacdes de cardter
normativo dos 6rgios das autoridades administrativas competentes.
Art, 62. Na aplicagdo das penalidades serio levadas em consideracao pela autoridade
competente, as causas atenuantes e agravantes da conduta, tais como:
I~ A intensidade do dano, efetivo ou potencial;
Il - As circunstancias atenuantes ou agravantes;
Ill - Os antecedentes do infrator;
IVA capacidade econ6mica do infrator:
§1®. Nos casos de reincidéncia, caracterizados pelo cometimento de nova infragéo da mesma
hatureza_e gravidade, a multa corresponderé ao dobro da anteriormente imposta,
cumulativamente,
§28. As multas poderdo ter sua exigibilidade suspensa, a critério da autoridade competente,
quando 0 infrator se obrigar & adogio de medidas especificas para fazer cessar e corrigit a
infragao, nos termos e condigées aceltas e aprovadas pelo 6rgao gestor da Politica Municipal de
Bem-estar e Protecao Animal.
§38. 0 no pagamento da multa sujeltaré o infrator a inscri¢ao em Divida Ativa do Municfpio de
Ocara.
§42.0 valor da multa serd calculado utilizando-se o valor de 50 € 1,000 UFIRM/CE, por infracao,
JA devidamente convertido em real do dia do pagamento.
Art, 63. A notificagao da infragao se dard na seguinte ordem:
1 ~ Pessoalmente, mediante aposigio de data e da assinatura do infrator, seu representante ou
preposto;
Il- Por correio, mediante aviso de recebimento;
Ill ~ por edital publicado no Didrio Oficial do Municipio, ou em outro veiculo de grande
divulgagio;
crim Sue |OCARA
Art. 64, Considerar-se-4 como efetuada a notificagao da infragao:
1 ~ Pessoalmente, na data da respectiva assinatura;
Il ~ Por meio de duas testemunhas que assinardo pelo infrator, se ele ndo souber assinar ou se
negar a fazé-lo, comprovando a ciéncia do ato;
ll - Por devolugao do aviso de recebimento devidamente cumprido;
IV - Por edital, desde que nao efetivada nos temos dos incisos |, Ile Ill, cinco dias apés a data da
publicagao,
Art. 65. A aplicaco das penalidades previstas nesta Lei ndo exclui a imposigao de outras
penalidades decorrentes de eventuais casos de maus tratos contra animals, nos termos da
legistagao Federal, Estadual e ou Municipal vigente,
TITULO VI
DAS DISPOSICOES FINAIS
Art. 66. Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente (FMMA) podero ser aplicados nas
ages da Politica Municipal do Bem-estar e Protecao Animal,
Art. 67. 0 Srgio gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protec4o Animal devera dar a
devida publicidade a esta Lei, bem como desenvolver agdes de incentivo aos estabelecimentos
veterinarios para registro de animais, podendo contar, para tanto, com 0 apolo das entidades de
prote¢ao aos animais domésticos.
Art. 68. 0 Chefe do Poder Executivo poder editar normas complementares a esta Lei, com
vistas a sua fiel execucao.
Art. 69. Os casos omissos sero resolvidos pela Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente,
enquanto gestor da Politica Municipal de Bem-estar e Protecao Animal.
Art. 70, Esta Lel entra em vigor em 45 (quarenta e cinco) dias apés a sua publicago, revogadas
as disposigdes em contrario,
PACO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE OCARA, em 18 de junho de 2021,
Prefeita MunicipalOCARA
SUMARIO
‘TITULO I - DISPOSIGOES GERAIS
‘TITULO II - DAS DIRETRIZES
‘TITULO In - DOs PRINCIPIOS
‘TITULO IV - DO PROGRAMA DE ESTAR ANIMAL
TITULO V - DO PROGRAMA DE PROTEGAO ANIMAL
CAPITULO I - DAS CONDUTAS VEDADAS
Segao I - Da Caga
Segao Il - Da Pesca
CAPITULO II - DOS ANIMAIS SILVESTRES
CAPITULO III - DOS ANIMAIS DOMETICOS
Segdo I - Do Controle de Zoonoses e de Natalidade de Cies e Gatos
Segao Il - Da Vacinagio
Segao III - Da Responsabilidade no Trato com os Animais
Sedo IV - Dos Maus Tratos aos Animais
Segao V - Da Fiscalizagao
Segao VI - Do Controle da Natalidade
Segao Vil - Da Educagao para a Guarda Responsavel
Seco VIII - Das Doagées
Segao IX - Do Registro de Canis e Gatis
CAPITULO IV - DOS ANIMAIS NAO DOMESTICADOS
Segdo I - Das Atividades de Tragao e Carga
Sesao Il - Do Transporte de Animais
Segao Ill - Das Atividades de Diversao Cultural e Entretenimento
CAPITULO V - DAS PENALIDADES
TITULO VI - DAS DISPOSIGOES FINAISPREFEITURA DE
EXTRATO DE PUBLICACAO
Na forma que disciplina o art. 138, § 1° da Lei Organica Municipal de Ocara -
CE, a Prefeita Municipal, Excelentissima Sra. Amdlia Lopes de Sousa, PUBLICA no
flanel6grafo proprio do Pago Municipal a Lei n° 1.130/2021, de 18 de junho de 2021.
EMENTA: INSTITUI A POLITICA MUNICIPAL DE BEM-ESTAR E PROTECAO
ANIMAL NO AMBITO DO MUNICIPIO DE OCARA, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS.
Ocara - CE, em 18 de junho de 2021,
mee a Ryaahlen Wap
_ AMALIA LOPES DE SOUSA
Prefeita Municipal
Seve e—
Lt
Ct