Você está na página 1de 40

Estudo Textual: 1 Timóteo 1:1-20

"Combate o Bom Combate"


Saudação (1:1-2). Ao escrever para encorajar o jovem
Timóteo, Paulo assume os dois papéis de apóstolo e de
"pai" espiritual. Como apóstolo "pelo mandato de
Deus", suas palavras carregam a autoridade da
revelação divina, e devem ser obede-cidas como sendo
de Deus (veja 1 Coríntios 14:37). Como "pai"
escrevendo para seu "verdadeiro filho na fé", suas
palavras têm um tom de afeição e oferecem conforto.

Contra doutrinas falsas (1:3-11). Paulo lembra


Timóteo do propósito do seu trabalho como evangelista
em Éfeso: a correção do erro. "Certas pessoas"
estavam deixando de ensinar a doutrina de Cristo em
favor de "outra doutrina" e "fábulas e genealogias sem fim". Por causa destas
coisas, alguns não estavam crescendo no "serviço de Deus", mas estavam se
perdendo em discussões inúteis (1:3-4). Timóteo precisava exortar a igreja
acerca de "amor... de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem
hipocrisia" (1:5). Onde não há amor pela verdade de Deus e pelas pessoas que
precisam da salvação, a consciência se engana, e ao seguir e ensinar com
fervor as doutrinas de homens, a fé e as obras se tornam vãs e hipócritas (1:6-
7; veja 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 4:1-4; Mateus
15:7-20).

O uso legítimo da lei (doutrina) de Deus é a correção dos que erram, e não a
criação de polêmicas e discussões (1:8-11; veja 2 Timóteo 3:16; Romanos 7:7;
Gálatas 3:19). Quem discute a doutrina de Deus sem primeiramente ouvi-la e
obedecê-la comete um grande erro (veja Mateus 22:23-33)! Com muito cuidado
devemos compreender, falar e praticar ousadamente somente a doutrina que o
Senhor nos revelou no seu evangelho.

O poder do evangelho (1:12-17): Ninguém sabia mais sobre engano do que o


próprio apóstolo Paulo. Ele acreditava estar fazendo o que era reto perante
Deus, mas na sua ignorância e incredulidade, ele perseguia com fervor a igreja
do Senhor (1:12-13; veja Atos 8:1-3; 9:1-2). Porém, pela graça de Deus através
do evangelho, até este "principal" dos pecadores recebeu perdão quando creu
"para a vida eterna" (1:14-17). O evangelho que salvou Paulo não incluiu a
doutrina de "certas pessoas" em Éfeso! Era este o evangelho que Timóteo
precisava pregar, confiante no poder dele tanto para corrigir erro como salvar
os que nele crêem (veja Romanos 1:16-17).

O bom combate (1:18-20). Timóteo precisava ficar firme na luta contra falsa


doutrina (1:18-19; veja Judas 3-4). Hoje há muitos que têm "rejeitado a boa
consciência" e ensinam como doutrina coisas que não fazem parte do
evangelho do Senhor (1:19; veja 1 Timóteo 4:1-3; 2 João 8-9). Devemos
manter a fé assim como Timóteo, pregando fielmente a palavra do Senhor para
corrigir os que "blasfemam" com doutrinas falsas (1:20).
Perguntas para mais estudo:

Qual o resultado quando pessoas deixam de ensinar a doutrina de Cristo?


(1:3-11)

O fervor de alguém prova que a doutrina é de Deus? Qual a prova certa?


(1:3-17)

O que é necessário para não "naufragar" na fé? (1:18-20)

-por Carl Ballard

Lutar ou Fugir
A resposta "lutar ou fugir" é uma reação instintiva acionada quando uma
pessoa enfrenta perigo. Vem uma explosão de adrenalina enquanto o coração
bate mais rápido, capacitando a pessoa a ficar firme e lutar ou a virar as costas
e correr. Independente da decisão instantânea, seja lutar ou fugir, o resultado
desejado é a sobrevivência.

Esta reação é dada para a nossa segurança física. E como fica a segurança
espiritual? Através da Bíblia, Deus mostra ocasiões em que se deve ficar firme
e lutar, e outras situações em que se deve sair correndo o mais rápido
possível.

A luta. Paulo disse para Timóteo: "Combate o bom combate da fé" (1


Timóteo 6:12; 1:18). A batalha de Paulo, porém, não foi com espadas e lanças.
Ele lutou contra "muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as
quais afogam os homens na ruína e perdição" (1 Timóteo 6:9). Esta é uma
batalha mental e espiritual. A chave para vencer esta guerra é controlar todos
os desejos, pensamentos e atos.

A fuga. Quando é a hora de fugir? Cada um tem suas próprias fraquezas.


Deve-se fugir das situações que conduzem às tentações nas áreas mais
vulneráveis na própria vida. Paulo disse a Timóteo: "Foge, outrossim, das
paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de
coração puro, invocam o Senhor" (2 Timóteo 2:22). Em tais situações, deve
se salvar e, às vezes, salvar a própria família da maldade, da mesma maneira
que Ló escapou de Sodoma. Infelizmente, ele não fugiu a tempo para salvar
sua mulher, que olhou para trás com saudades da cidade, a cidade perversa e
corrupta, e perdeu a sua vida.

Essa é uma guerra para a sobrevivência espiritual. É uma batalha em que não
há desgraça em fugir do adversário. Porém, devemos ser leais ao vencedor.
Este é o fato maravilhoso sobre esta guerra: ela já foi vencida!

- por Timothy Richter


Como Jesus Venceu a Tentação
Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a
tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as
tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi
tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós
podemos triunfar sobre Satanás (note Hebreus 2:17-18; 4:15). É
essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma
Jesus venceu.

Embora Jesus foi tentado várias vezes, ele enfrentou um teste


especialmente severo logo depois que foi batizado. Lucas recorda
este evento (Lucas 4:1-13), mas seguiremos a história conforme
Mateus a conta: "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao
deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta
dias e quarenta noites, teve fome" (Mateus 4:1-2). Pelo fato que foi
o Espírito que levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia
que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação. Note estas
três tentativas de Satanás para seduzir Jesus.

Primeira Tentação

A afirmação do diabo: "Se és o Filho de Deus, manda que estas


pedras se transformem em pães" (4:3). O diabo é um mestre das
coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder
para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu
que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua
necessidade imediata.

As questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para


sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que
foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo
aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus
próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus ou
se alimentará a seu próprio modo? Há  aqui, também, uma questão
mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que
Jesus tinha seria usado como uma lâmpada de Aladim, para gratificar
seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios
de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua
humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus
enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente
os recursos que todos nós temos a nossa disposição.

A resposta de Jesus: "Está escrito: Não só de pão viverá o


homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (4:4).
Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando um meio
que nós também podemos empregar para superar a tentação. A
passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No
contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no
deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir
alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se
sustentarem.

Lições: 1. O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em


provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, Jesus
estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não
autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos
mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são
freqüentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos. 2. A tentação
parece razoável. O errado freqüentemente parece certo. Um homem
"tem que comer" . Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais
as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de
Deus. 3. Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento,
sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É
sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus
proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor
morrer de fome do que desagradar ao Senhor.

Segunda Tentação

A afirmação do diabo: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa,


colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de
Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos
ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão
nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (4:5-6).
Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em
cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia
tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele
realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho
das Escrituras.

As questões: A questão é: Jesus confiará sem experimentar? Desde


que Deus prometeu preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só
para ver se Deus realmente fará como disse?

A resposta de Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o


Senhor, teu Deus" (4:7). A confiança verdadeira aceita a palavra de
Deus e não necessita testá-la.
Lições: 1. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os
versículos da Bíblia. Pessoas freqüentemente aceitam qualquer
ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos.
Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo
celestial (2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as
Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos:
Primeiro, não tomou todas as Escrituras. Jesus replicou com:
"Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz;
por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a
respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente
a vontade de Deus. Segundo, ele tomou a passagem fora do contexto.
O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do
Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é
prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada
literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas
uma espiritual. 2. Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área,
então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em
guarda (1 Pedro 5:8). 3. A confiança não experimenta, não continua
pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo
mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é
perverso pedir a Deus para fazer algo mais para dar prova de si.

Terceira Tentação

A afirmação do diabo: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito


alto, mostrou- lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe
disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (4:8-9). Que
tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de
reinar sobre todos os reinos do mundo.

As questões: A questão aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um


rei (Deus já lhe tinha prometido isso Salmo 2:7-9; Gênesis 49:10), mas
de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de
seu sofrimento (Hebreus 2:9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa
sem a cruz. Era um compromisso. Ele poderia governar todos os
reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se
tornaria impuro. Então as questões são: Como Jesus se tornaria rei?
Você pode usar um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem?

A resposta de Jesus: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao


Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(4:10). Nada é
bom se é errado, se viola as Escrituras.

Lições: 1. Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo


para "comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual você
desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. (Leia
Mateus 16:26). 2. O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o
mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho;
Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje
Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter
pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho
(Romanos 1:16). Exatamente como ele tentou Jesus para corromper
sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta
nestes dias. 3. O diabo oferece compromissos por bons propósitos.
Ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar
erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma
mentira de modo a atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o
que é errado.

Conclusão

Nesta batalha entre os dois leões (1 Pedro 5:8; Apocalipse 5:5), Jesus
ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós
temos que fazer. Confiou em Deus (1 João 5:4; Efésios 6:16). Usou as
Escrituras (1 João 2:14; Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago
4:7; 1 Pedro 5:9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele
sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1
Pedro 2:21).
O Problema do Pecado
Desde Adão e Eva, o pecado tem corrompido nosso mundo e
manchado nossas vidas. Deus ofereceu aos homens inúmeras
oportunidades para serem limpos do pecado, mas as pessoas,
egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é tão
difundido que Paulo afirmou:"Pois todos pecaram e carecem da
gloria de Deus" (Romanos 3:23) e "...assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos
5:12). Na verdade, aqui temos um problema.

A Culpa do Homem Pelo Pecado

O mais completo argumento da Bíblia sobre o assunto da culpa


humana é encontrado nos capítulos da abertura do livro de Romanos.
Paulo principia com a mensagem do evangelho da salvação para os
judeus e gentios (Romanos 1:16). O fato que os homens precisam de
salvação implica em que eles estão perdidos, separados de Deus pela
barreira do pecado (veja Isaías 59:1-2). Paulo desenvolve sua tese
muito claramente, começando pelos gentios e então voltando para os
judeus.

Paulo disse que os gentios eram culpados porque tinham fechado


seus olhos à evidência da existência e justiça de Deus. Eles não
glorificavam a Deus, em vez disso adoravam a criatura antes que o
Criador (Romanos 1:25). Tal rejeição da pessoa de Deus levou
rapidamente à rejeição de seus princípios: "Por causa disso, os
entregou Deus a paixões infames, porque até as mulheres
mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,
contrário à natureza; semelhantemente, os homens também,
deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens
com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do
seu erro" (Romanos 1:26-27). Não somente tais pessoas começaram
a practicar o homossexualismo, mas também acrescentaram malícia,
avareza, homicídio, desobediência aos pais e vários outros pecados
dignos de morte (Romanos 1:28-32). É com tristeza que vemos este
antigo cenário sendo repetido hoje em dia. Numa época em que a
evolução nega a existência de Deus, religiões politeístas e místicas
estão se tornando crescentemente proeminentes e homens estão
defendendo como "normal" toda a perversão da lei de Deus, desde a
desonestidade à homossexualismo e ao adultério.

Pessoas religiosas, freqüentemente, acham muito fácil condenar tais


horríveis pecados. Mas Paulo não parou depois de definir o mal dos
gentios. Ele imediatamente voltou sua atenção para aqueles que
deveriam ser considerados o povo mais espiritual de sua época, os
judeus. Estes descendentes de Abraão conheciam a lei e aborreciam
a carnalidade dos gentios. Mas seriam eles melhores por isso? Paulo
não deixou espaço para auto-justificação quando se voltou para os
judeus e perguntou: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus
pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de
Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa" (Romanos
2:23-24).

Finalmente, Paulo mostrou que os dois grupos gentios e judeus


tinham uma coisa em comum: "Pois todos pecaram e carecem da
gloria de Deus" (Romanos 3:23). Muitas outras passagens ilustram
este ponto e, muito significativamente para nós, demonstram
claramente nossa própria culpa. Se todos pecaram, então eu tenho
pecado. Eu o desafio a ler as passagens do Novo Testamento que
relacionam os pecados, considerando cuidadosamente sua própria
vida. Dê uma olhada cuidadosa a 1 Coríntios 6:9-11; Gálatas 5:19-21;
Efésios 5:3-7; Colossenses 3:5-11; 2 Timóteo 3:1-5 e Apocalipse 21:8.
Toda pessoa honesta e responsável perceberá, por estas passagens,
que está condenada pelo pecado. Quando Deus relaciona tais
pecados, está claramente pronunciando nossa culpa. Fazer o que
Deus proibiu é pecado (1João 3:4). Não fazer o que ele exigiu é
pecado (Tiago 4:17). A conseqüência do pecado é a eterna separação
de Deus (Romanos 6:23; 2 Tessalonicenses 1:8-9). Eu tenho pecado.
Você tem pecado. Necessitamos do perdão misericordioso de Deus.

A Culpa dos Pecadores e a Inocência das Crianças

Não é facil encarar nossa culpa. Algumas pessoas têm feito esforços
dramatícos para minimizar esta culpa. Dois esforços destes merecem
nossa atencão.

1. O esforco para redefinir o pecado. "Ai dos que ao mal chamam


bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz,
escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por
amargo!" (Isaías 5:20). Algumas pessoas, por exemplo, defendem a
mentira comum que o comportamento homossexual é um resultado
incontrolável da genética, em vez de uma decisão de pecar. Deus, que
criou o homem e projetou a genética da reprodução, disse que o
comportamento homossexual é desobediência à sua vontade
(Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-11). Outros definem o pecado
divulgando o mito amplamente aceito de que "todos" têm relações
sexuais antes do casamento. Muitas igrejas emprestam seu apoio à
imoralidade sancionando casamentos que Deus não autorizou e
recusando identificar claramente e condenar qualquer forma do
pecado (1 Tessalonicenses 5:21-22). Deus, através de Jeremias, falou
dos falsos mestres que davam um falso sentido de segurança,
deixando de pregar as terríveis conseqüências do pecado: "Como,
pois, dizeis: Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Pois,
com efeito, a falsa pena dos escribas a converteu em mentira...
Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz;
quando não há paz" (Jeremias 8:8,11).

2. A afirmação de que herdamos a culpa pelo pecado. Se a herdei,


não é minha falta. Muitas igrejas ensinam que a mancha do pecado é
herdada, assim removendo a responsabilidade do pecador e atirando-
a nas costas dos seus ancestrais, e por aí a fora até Adão. Para
defender esta idéia, eles freqüentemente apelam para tais passagens
poéticas como o grito por misericórdia de Davi, cheio de remorso, no
qual ele se sentia tão longe de Deus que era como se nunca o tivesse
conhecido (Salmo 51:5). Enquanto o contexto está claramente falando
da própria culpa de Davi por causa de seu adultério com Bate-Seba e
o assassinato de Urias, há quem tente usar esta passagem para negar
outras claras afirmações da Escritura. Por exemplo, Deus disse: "A
alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do
pai, nem o pai a iniqüidade do filho; a justica do justo ficará sobre
ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este" (Ezequiel
18:20). Jesus nunca ensinou que as crianças fossem pecadoras. Em
contraste, ele disse que precisamos tornar-nos como crianças para
entrar no reino do céu (Mateus 18:3-4; 19:14). Estará ele dizendo que
precisamos tornar-nos pecadores para entrar no reino? Certamente
que não! Precisamos tornar-nos humildes e sem pecado como
crianças inocentes para entrar no seu reino. Meu pecado não é falta
dos meus pais, ou avós, ou Adão e Eva. Meu pecado é minha falta!

Conclusões Doutrinárias e Práticas

Um entendimento correto da doutrina bíblica do pecado nos permitirá


evitar muitos erros perigosos na doutrina e na prática. Pense nestas
implicações do fatos bíblicos que temos examinado.

1. Maria não era sem pecado. A doutrina da Imaculada Conceição,


junto com idéias relacionadas com ela, como a Perpétua Virgindade
de Maria, são meros mitos construídos pelos homens sobre a
fundação falsa da doutrina do pecado herdado. Maria está incluída em
Romanos 3:23 ("Todos pecaram") justamente como eu estou. Ela
nasceu pura e inocente. Todos os seus filhos nasceram puros e
inocentes. Mas Maria pecou, e todos os seus filhos (exceto um)
pecaram. Somente Jesus conseguiu resistir às tentações deste mundo
(1 Pedro 2:21-22).

2. Jesus não herdou a mancha do pecado porque nenhuma


criança herda o pecado. A pureza de Jesus, quando nasceu, nada
tinha a ver com qualquer Imaculada Conceição de sua mãe para
quebrar a maldição herdada do pecado. A culpa não é herdada, nem
por Jesus, nem por nossos filhos ou netos. É por isto que não existe
nenhuma razão bíblica para se batizarem as crianças. A Bíblia nunca
ordena isso e não fornece nenhum exemplo de batismo de crianças. A
prática de batizar recém nascidos é de origem humana, e não de
Deus.

3. Eu pequei, e preciso do perdão de Deus. Lembre-se da tese dos


primeiros capítulos de Romanos. O evangelho é o poder de Deus para
salvar. Os gentios pecaram e por isso precisavam da salvação. Os
judeus pecaram, e por isso precisavam do perdão. Todos pecaram.
Todos nós precisamos do perdão misericordioso de Deus para
escapar da eterna conseqüência de nosso pecado (Romanos 6:23)

4. O homem criou a barreira do pecado; somente Deus pode


removê-la. O grito terrível de Paulo em Romanos 7:24 sugere a
intransponível barreira do pecado: "Desventurado homen que sou!
Quem me livrará do corpo desta morte?" Eu criei minha própria
situação, mas não tenho poder para libertar-me Precisamente no
próximo versículo, Paulo responde sua própria pergunta: "Graças a
Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor." Todas as boas obras que
um homen possa fazer não são suficientes para saldar a dívida do
pecado. Somente o sangue de um sacrifício sem pecado poderá fazer
isso (Efésios 2:7-9)

Deus quer remover a barreira do pecado e restaurar a camaradagem


da qual nos privamos por nosso pecado. Mas ele não nos forçará a
voltar. Ele oferece a oportunidade, e temos que responder. Temos que
mostrar que o amamos bastante para obedecer a sua palavra (João
14:15,23). Isso significa que admitiremos humilde e voluntariamente
nossos pecados e nos afastaremos deles, confessaremos nossa fé em
Jesus como o Filho de Deus e permitiremos que ele nos lave desses
pecados no batismo (Atos 2:38; Romanos 10:9-10; Atos 22:16;
Colossenses 2:11-13).

Depois de tudo o que fizemos contra Deus, que maravilhoso privilégio


é que ele ainda nos permita a oportunidade de obedecê-lo e de
sermos chamados seus filhos.
Momentos na vida de Cristo

Para o deserto

Desde o êxodo, o deserto simboliza tentação e prova. Para em tudo


ser semelhante a seus irmãos, Jesus teve um confronto com o diabo
no deserto (estude Mateus 4:1-11; Lucas 4:1-13; Hebreus 2:14-18).
Embora Jesus tenha sido tentado em tudo, nenhuma vez se rendeu.
Seu exemplo nos mostra de que forma podemos vencer o diabo.

Satanás usou uma estratégia tríplice. Primeiramente, ele adequou as


suas tentações àquilo em que Cristo pudesse mostrar-se vulnerável.
Ele tentou a Jesus no seu ponto mais fraco -- tentou levá-lo a usar
indevidamente o seu poder para fazer pão num momento em que se
achava faminto. Em segundo lugar, Satanás citou as Escrituras. Isso
revestia a tentação com uma camada fina de virtude. Sendo o próprio
diabo um citador experimentado das Escrituras, devemos acautelar-
nos de ingenuamente acreditar em qualquer pessoa só porque ela
"conhece a Bíblia". Em terceiro lugar, na "tentação do reino", Satanás
mostrou que estava disposto a oferecer qualquer coisa para ganhar a
alma de Jesus. Se você tiver um preço pelo qual você venderia a sua
alma, Satanás terá prazer em pagá-lo.

Jesus mostrou como vencer a tentação. Em primeiro lugar, ele citou a


própria Escritura cada vez que deu uma resposta. Em tempos de
crises, ter a palavra de Deus em nosso coração é que faz a diferença
entre a vitória e o fracasso (Salmo 119:11). Em segundo lugar, Jesus
não cedeu. Ele jamais fez o que sabia ser errado. Uma vez que Jesus
em todo momento se recusou a pecar, Satanás decidiu por fim deixá-
lo por um tempo. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7).

Jesus mostrou o caminho à vitória sobre a tentação. Vamos segui-lo?


A Estratégia de Satanás
As táticas do diabo para incitar ao primeiro pecado do mundo oferecem um
valioso  discernimento de nossa luta contra a tentação. Observe as técnicas
que Satanás   usou para seduzir Eva:
  
Sutileza: Satanás começou com uma pergunta, uma sugestão, e não um
argumento. De fato, ele nunca disse diretamente à mulher que fizesse alguma
coisa. Ele estava meramente conduzindo-a com perguntas e insinuações. O
diabo quer que convençamos a nós mesmos a pecar.

Desconfiança: O diabo semeou dúvidas sobre os motivos de Deus na mente


de Eva. Ele ensinou que a palavra de Deus é sujeita ao nosso julgamento.
Exagerando a proibição, ele criou a impressão de que Deus era despeitado,
ciumento e egoísta. Ele incitou Eva a suspeitar do Senhor e seus motivos. O
diabo procura levantar dúvidas sobre Deus.

Promessas: Depois de negar categoricamente que Deus levaria adiante o


castigo que tinha ameaçado, Satanás prometeu sabedoria e progresso
espiritual. O diabo sempre pinta um lindo quadro do resultado do pecado. Ele
prometeu dar a Jesus todos os reinos do mundo. O diabo procura afastar
nosso medo do castigo e substituí-lo por miragens atraentes.

Subversão: A ordem do Senhor tinha sido: primeiro ele, depois o homem, a


mulher e o animal. Satanás inverteu esta hierarquia fazendo com que a mulher
ouvisse a serpente, o homem ouvisse a mulher e ninguém ouvisse a Deus.

Eva caiu. Ela começou ouvindo Satanás, então conversou com ele. Ela cobiçou
o fruto, olhou, pegou e comeu. Aquele que brinca com a tentação logo
descobre que o pecado é mais poderoso do que ele. Depois de comer, ela
repartiu o fruto com Adão. Que queda! Ela caiu de defensora do Senhor a
advogada do diabo. O pecador usualmente se sente mais à vontade se outros
participarem. E assim o pecado se espalhou.
Libertação Espiritual: Derrotando Satanás em Nossas Vidas

Há milhares de anos, Satanás entrou no belo jardim de Deus, na


forma de uma serpente, e pegou Adão e Eva em sua armadilha.
Desde aquele dia até agora, Satanás tem sido o principal inimigo do
homem. Até mesmo nestes dias, o diabo anda rugindo como um leão
que nos quer devorar (1 Pedro 5:8). Ele emprega muitos métodos.
Usando vários disfarces, ele tenta, seduz e engana (2 Coríntios 11:14-
15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Coríntios 7:5). Ele também aflige,
persegue e ataca (2 Coríntios 12:7; Apocalipse 2:10; 1
Tessalonicenses 2:18). Ele usa aliados tais como principados e
poderes, e o próprio mundo (Efésios 2:1-2; 6:11-12; 1 João 5:19).
Muitos dos que enfrentam esta batalha espiritual poderiam
prontamente fazer eco à exclamação de Paulo: "Desventurado
homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos
7:24).

A Vitória de Cristo sobre Satanás

No próprio jardim onde o homem primeiramente sucumbiu à armadilha


do diabo, Deus prometeu um libertador. "Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá
a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15). É muito
incomum ver na Bíblia uma referência ao descendente de uma mulher.
Quase sempre a linhagem foi contada através do pai. Em toda a
história humana depois de Adão, só houve um que não teve um pai
humano: Jesus Cristo. E assim este texto fala do conflito entre Jesus e
Satanás. Mantendo a imagem da serpente, o texto fala de Jesus
pisando nele, por assim dizer. Fazendo isto, ele teria seu calcanhar
ferido (um dano relativamente pequeno), mas também esmagaria a
cabeça do tentador (um ferimento mortal). Através do Velho
Testamento, a humanidade permaneceu amarrada por Satanás,
aguardando o cumprimento desta promessa gloriosa.

Finalmente nasceu o Salvador. Ele passou alguns anos "curando a


todos os oprimidos do diabo" (Atos 10:38). Olhe especialmente para
os exemplos em que Jesus expulsou demônios (note Marcos 1:23-28;
5:1-20; 9:14-29; Mateus 9:32-37; 12:22; Lucas 13:10- 17). É notável
que Jesus subjugou os demônios com autoridade. Ele não gritou, não
lutou, não usou nenhum encantamento ou instrumento mágico. Ele
simplesmente disse uma palavra, e os demônios saíram. Jesus ligou
sua expulsão de demônios a seu trabalho maior de esmagar
Satanás."Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus,
certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode
alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro
amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:28-29). Jesus
veio ao mundo para roubar do diabo as almas que tinham estado sob
seu domínio. Mas primeiro ele teve que amarrar Satanás, o que ele
estava fazendo ao expulsar demônios. Então o cenário estaria
preparado para que ele tomasse o domínio do diabo, o domínio que
este exercia sobre os homens.

Em repetidas ocasiões, especialmente próximo do fim do seu


ministério, Jesus indicava que a crise estava se aproximando. "Eu via
Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lucas 10:18). "Chegou
o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será
expulso"(João 12:31). "Do juízo, porque o príncipe deste mundo já
está julgado" (João 16:11, veja também 14:30).

Textos incontáveis, escritos depois da ressurreição de Cristo,


mostram-no como o vencedor que derrotou a Satanás. Jesus
afirmou: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus
28:18). "O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os
mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima
de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome
que se possa referir não só no presente século, mas também no
vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés . . ." (Efésios 1:20-
22). ". . . Por meio da ressurreição de Jesus Cristo; o qual, depois de ir
para o céu, está a destra de Deus, ficando-lhe subordinados os anjos,
e potestades, e poderes" (1 Pedro 3:21-22). "E, despojando os
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz"(1 João 3:8). Apocalipse apresenta esta
grande vitória de Jesus sobre o diabo em forma simbólica (capítulo
12). Nosso Senhor Jesus Cristo derrotou totalmente o antigo inimigo
do homem. O Senhor seja louvado!

Nossa Libertação

Nossa própria vitória sobre Satanás está intimamente ligada com o


triunfo de Cristo. "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de
carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que,
por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o
diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à
escravidão por toda a vida" (Hebreus 2:14:15). Jesus veio para
destruir o diabo e libertar seus súditos. Depois de descrever sua
batalha sem sucesso contra a lei do pecado e da morte em Romanos
7, Paulo mostrou que, em Cristo, somos libertados da escravidão
(Romanos 7:25; 8:1-4). Cristo é nosso meio de vitória nesta luta
aparentemente sem esperança: "Em todas estas cousas, porém,
somos mais que vencedores, por meio daquele que nos
amou" (Romanos 8:37). Ele continuou citando principados e poderes
como duas forças que não podem separar-nos do amor de Deus em
Cristo (Romanos 8:38-39). "E o Deus da paz, em breve, esmagará
debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus
seja convosco"(Romanos 16:20). Gálatas 4 e Colossenses 2 também
mostram como Cristo nos liberta do domínio do diabo.

Isto não significa, obviamente, que derrotamos o diabo em Cristo, sem


esforço. Lutamos contra "principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Mas apesar da ferocidade
do oponente, o Senhor dá a força do seu poder, com a qual podemos
resistir firmemente ao diabo. Ele também nos diz exatamente que
armadura usar na batalha: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus,
para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo- vos com a
verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a
preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da
fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do
Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e
súplica . . ." (Efésios 6:13-18). Note, por favor, que a armadura é
especificada. Freqüentemente, nestes dias, as pessoas tentam travar
batalhas espirituais contra o diabo e seus servos com outros
instrumentos, que a palavra de Deus nunca menciona. Neste texto, é
a própria Escritura que recebe a principal atenção: "a verdade", "o
evangelho", "a palavra de Deus".

Conceitos Errados Sobre a Libertação

Algumas pessoas põem demasiada ênfase no poder de Satanás. Nos


seus cultos eles dão mais atenção aos demônios do que ao próprio
Cristo. Deste modo, eles minimizam a responsabilidade humana e
oferecem desculpas para o pecado. O diabo não pode ser culpado
pelo pecado. Ele de fato tenta, mas o pecado ocorre quando nos
permitimos ser seduzidos pelos nossos próprios desejos (Tiago 1:14-
15). Somos capazes de resistir ao diabo e, se o fizermos, ele fugirá
(Tiago 4:7). Deus não permitirá que sejamos tentados acima de
nossas forças para resistir; para cada tentação há uma maneira de
escapar que é dada pelo Senhor (1 Coríntios 10:13). É um erro sério
dedicar mais atenção ao diabo do que ao Senhor. É errado pensar
que, em certos casos, somos impotentes para resistir a algum tipo de
força superior que o diabo emprega. Eu sou responsável por minhas
ações, e quando eu peco não tenho ninguém a quem culpar senão a
mim mesmo.
Outro ponto de vista errado é que palavras mágicas ou objetos
especiais são necessários para expelir o poder de Satanás da vida de
uma pessoa. A feitiçaria nos dias do Novo Testamento se apoiava na
repetição de palavras especiais para superar a influência do diabo,
mas Jesus condenou esta idéia (Mateus 6:7). A repetição até mesmo
do nome de Jesus, de modo supersticioso, virou contra aqueles que o
tentaram (Atos 19:13-16). É o poder de Cristo, não a mágica de
alguma frase ou objeto que supera Satanás.

Também não podemos superar o diabo através da obediência a


regras e leis humanas. Este foi, basicamente, o problema sobre o qual
Paulo escreveu em Colossenses 2. Ele falou de regras que os homens
inventam para tentarem ser mais espirituais, e disse que elas não dão
certo. Através dos séculos, homens têm tentado repelir o diabo
através de ascetismo. Jejum, auto-flagelação, e a negação de
prazeres lícitos são freqüentemente vistos como maneiras de superar
o diabo. Mas o argumento de Paulo em Colossenses 2 é que Cristo e
seus mandamentos são tudo o que necessitamos para superar "todo
principado e potestade"(Colossenses 2:10, veja 16-23).

Finalmente, o diabo não é superado por espetáculos teatrais.


Confrontos verbais com o diabo e gritaria não têm base na Bíblia.
Cristo e os apóstolos tinham poder especial para ordenar aos
demônios que saíssem das pessoas, mas ordenavam calma e
deliberadamente. As Escrituras que Jesus e seus discípulos nos
deixaram nos ensinam a usufruir de seu poder em nossas vidas pela
submissão a ele e pelo uso da armadura que ele nos deu.

Jesus venceu Satanás. Em Cristo, nós também podemos vencer.


Roubando a palavra de Deus
Roubar é um pecado lamentoso, citado com outros pecados lamentosos.
Aqueles que cometem tais pecados não herdarão o reino de Deus. 

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados,
nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-
10). 

Uma pessoa pode roubar de Deus segurando aquilo que é de Deus por direito
– negligenciando dar conforme prosperou (1 Coríntios 16:1-2; Malaquias 3:8-
10). 

Uma pessoa pode até roubar a palavra de Deus. Deus fez esta acusação
contra os profetas de Judá. “Portanto, eis que eu sou contra esses
profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu
companheiro” (Jeremias 23:30). Eles roubaram a palavra de Deus ensinado a
sua própria palavra ao povo em vez de ensinar a palavra de Deus. 

Isso continua hoje. Cristo, com toda a autoridade na terra e no céu, claramente
disse, “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será
condenado” (Marcos 16:16). Quando alguém ensina a salvação pela fé
somente, ele rouba das pessoas aquilo que Jesus realmente falou. Jesus
disse, “Quem crer ...” [mas ele não parou aqui] “... e for batizado será
salvo.” Ensinar que o batismo não é essencial para a salvação é cometer o
mesmo erro pelo qual Deus condenou os profetas de Judá. 

A carta de Tiago, no Novo Testamento, apresentou dificuldades enormes para


Lutero, devido ao conceito dele de salvação pela fé somente. Ele chamou-a de
uma epístola de palha. Ela ainda dá enormes problemas aos advogados da
doutrina de Lutero, pois Tiago disse, “Verificais que uma pessoa é
justificada por obras e não por fé somente” (Tiago 2:24). 

Paulo disse, “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo
com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao
necessitado” (Efésios 4:28). Se isso é um bom conselho em relação a
assuntos materiais, quanto mais em assuntos espirituais quando milhões e
milhões de pessoas em cada geração precisam da salvação! 

Não roube dos perdidos no mundo a palavra do Filho de Deus que lhes conta o
que devem fazer para serem salvos dos pecados e das suas conseqüências
horríveis. 

Não esqueça o que Deus disse aos falsos profetas de Judá: “Portanto, eis
que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas
palavras, cada um ao seu companheiro” (Jeremias 23:30).
Mantendo a igreja pura
Um dos maiores desafios que os irmãos enfrentam hoje é de manter a igreja
pura. Por mais que tentamos, parece que algo sempre passa, e fica bem
abaixo dos nossos narizes por períodos de tempo, até alguém notar. Eu me
lembro de um homem do sul dos Estados Unidos que disse,
“Copperheads (uma cobra venenosa comum na América do Norte) são o tipo
de cobra que podem entrar escondido na sua casa e ficar lá por um bom tempo
antes de serem notados.” Que pensamento assustador! É assim com o pecado.

Todos os cristãos pecam de vez em quando. A Bíblia diz isso (1 João 1:8). Mas
precisamos ficar de olho por aqueles que são facciosos e escondem seus
pecados, mas ainda querem fazer parte da igreja local (Atos 20:28-31). É
incrível saber que alguns praticarão o pecado, o esconderão e ainda buscarão
refúgio em uma igreja local (Atos 5:1-11; 2 Coríntios 11:26). Como diz o velho
ditado, “Quem saberá que mal habita nos corações dos homens?”

Sim, até o dia em que o Senhor voltar, haverá sujeira entre o povo de Deus,
mas não vamos nos desanimar. Vamos, em vez disso, continuar tentando
expor o errado. Aqui tem algumas coisas que podemos fazer.

Se você sabe que algo está errado, lide com isso! Ter medo, ignorar, ou
esperar que algo suma sozinho não é a resposta para lidar com o pecado entre
cristãos. Lembre-se de que Deus disse a Josué após o pecado que Acã. Ele
disse que tinha que ser resolvido ou Israel continuaria a cair perante seus
inimigos (Josué 7:7-13). Se não for resolvido, ainda está lá (João 9:41;
Romanos 6:12-13; Efésios 4:27).

Não fique ansioso pelo crescimento numérico da igreja. É melhor ter uma igreja
com apenas seis pessoas, do que uma igreja de setecentas e trinta pessoas,
com maioria delas praticando o pecado (Mateus 18:20; Deuteronômio 7:7; 1
Samuel 14:6; Juízes 7:7; 1 Pedro 3:20; Gênesis 18:32). Quando o interesse em
números é maior do que o interesse na verdade, os irmãos deixarão passar
coisas, ou as esconderão debaixo do tapete, para que a lista de chamada não
diminua por ter que se livrar dos pecadores (1 Coríntios 5:7; Provérbios 22:10).
Não vamos esquecer que quando a verdade é ensinada e executada, não
teremos as massas a nossa volta, porque apenas alguns serão salvos (Mateus
7:13-14).

Conheça todos! Quando os irmãos não investem tempo uns com os outros,
nunca se conhecerão bem. Em Atos 2:42-46, podemos ver que a igreja passou
bastante tempo junto, e que ao fazer isso tiveram a oportunidade de se
conhecerem melhor. Conhecendo os gostos e desgostos uns dos outros,
podemos saber se um cristão está entrando no pecado, ou vivendo com um
pecado (Hebreus 3:12-13).

Ensine o conselho integral de Deus. A palavra de Deus é viva e eficaz,


perfurando até os pensamentos e os propósitos do coração (Hebreus 4:12;
Atos 2:37; Atos 24:24-25). Com uma arma tão poderosa em nossas mãos,
precisamos usá-la, porque é a única coisa que pode jogar luz no homem e
alertar-lo e o direcionar a correção (1 Coríntios 1:17-21). Paulo reconheceu isso
porque ele disse que não havia falhado em proclamar todo o desígnio de Deus
(Atos 20:27). Quando os irmãos falham em ensinar tudo que o Senhor disse,
ficam lacunas, nas quais o pecado reinará e crescerá. Não vamos evitar mexer
nos assuntos importantes que a Bíblia ensina; vamos ensinar o evangelho
sobre todos os assuntos para que os homens cumpram ou faça um favor à
igreja e a deixem (1 João 2:19; João 6:64-66; 1 Timóteo 4:1-5; Mateus 19:16-
24).

–por James Baker


Quem é o seu pastor?
Tenho procurado participar de várias reuniões para estudos da Bíblia com
cristãos que procuram ser fiéis ao Senhor, seguindo somente o que Deus
revelou nas escrituras sagradas.

Sabedor de que esses estudos são de grande proveito para aqueles que estão
buscando conhecer melhor a vontade do Senhor para aplicar em suas vidas,
tenho incentivado algumas pessoas “evangélicas” a participar dos mesmos, e
por diversas vezes tenho me entristecido com as justificativas de algumas
dessas pessoas para não participar dos estudos da palavra do Senhor. Por
muitas vezes as justificativas que tenho ouvido são:

·     Vou pedir permissão para o meu pastor, se ele deixar, eu irei.

·     Não posso ir, pois o meu pastor não me deixa participar de estudos


que não seja na nossa igreja.

·     Tenho vontade de participar e aprender mais. Mas se eu for, tem que


ser escondido do meu pastor.

Em 1 Coríntios 7:23 a palavra do Senhor diz àqueles que pertencem a Ele para
não se fazerem escravos de homens, pois foram comprados por um alto preço,
o sangue de Cristo (I Pedro 1:18-19). Os que pertencem a Cristo foram
chamados para fora da escravidão ao pecado e da escravidão à vontade de
homens (João 8:34-36; Atos 5:29).

Todo aquele que julga pertencer a Cristo deve avaliar muito bem a sua vida
espiritual perante Deus, pois pode estar confiando em pastores humanos que
em muitos casos nem estão qualificados conforme a palavra do Senhor para
exercer essa função (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9), colocando assim sua vida
espiritual e salvação em grande risco. Já há muito tempo os servos do Senhor
vêm alertando para o perigo de desprezar os mandamentos de Deus e confiar
em príncipes e meros homens (Salmos 118:9; 146:3). Há sempre uma
asseveração constante e crescente nas escrituras quanto a confiar
completamente em guias humanos, pois os mesmos podem se tornar falhos e
conduzir as ovelhas para longe do caminho do Senhor (Atos 20:28-30),
tornando-se assim maldição para si próprio e para quem os segue, privando
ambos das bênçãos do Senhor (Jeremias 17:5-6). Porém, em contraste,
aqueles que confiam no Senhor e fazem dele o seu braço forte, o seu leme, a
sua bússola, tem a segurança e garantia de bênçãos não somente nesta vida
mas no reino eterno por vir (Jeremias 17:7-8; Apocalipse 2:7,10).

Jesus disse claramente que a verdadeira liberdade e o livramento da perdição


eterna é encontrado não por uma obediência cega a líderes religiosos, mas por
observar e praticar as palavras de vida que Ele próprio proferiu e
posteriormente incumbiu aos apóstolos de pregar (João 8:31-32; Marcos 16:15-
16). Contudo, isso não quer dizer que nunca devemos obedecer aos pastores
(presbíteros, bispos) que servem entre nós em nossas congregações, sabemos
que o trabalho desses servos nas igrejas é necessário e devemos obedecê-los
e imitá-los quando estiverem de fato seguindo a Jesus (Hebreus 13:17; I
Coríntios 11:1). As escrituras deixam bastante claro que a maneira correta de
pastorear o rebanho não é com domínio ditatorial, autoridade humana ou
arrogância, mas com a autoridade e persuasão que emana da palavra de
Cristo (I Pedro 5:1-3). Também não devemos esquecer a liberdade e a
responsabilidade que o Senhor nos dá de verificar todas as coisas por nossa
própria conta, e ficar com o que é bom, justo e correto e rejeitar toda forma de
mal (I Tessalonicenses 5:21-22; Atos 17:10-11).

Sejamos como Paulo que após conhecer a vontade do Sumo Pastor não teve
medo de desistir do seu judaísmo inútil e de mostrar sua fé em Jesus
abertamente, pregando nas sinagogas o puro evangelho de Cristo (Atos 9:18-
22). No cristianismo atual não há mais espaços para os Nicodemos, para
aqueles que querem buscar a Cristo sob a proteção das sombras noturnas
(João 3:1-2) por temer aos homens e não a Deus. Os covardes não terão lugar
no reino de Jesus e dos seus santos (Apocalipse 21:8), pois quando o Sumo
Pastor se manifestar a coroa imarcescível da glória (I Pedro 5:4) será dada
àqueles que “...lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do
Cordeiro” (Apocalipse 7:14).
Crianças perpétuas em Cristo
É devastador ver uma criança que é subdesenvolvida física ou mentalmente.
Mas o que é pior é ver cristãos ficando mais velhos, mas que não crescem na
fé. Por que é pior? Porque é uma condição por escolha; é uma condição auto-
imposta. Este foi o problema na igreja em Corinto que deixou mais complexo,
se é que não causou, muitos outros problemas. Paulo chama tais cristãos de
“crianças em Cristo.” Ele diz: “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento
sólido: porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis.” (1
Coríntios 3:2). Ser “crianças em Cristo” não é o problema; continuar sendo
crianças em Cristo é.

Crianças perpétuas são o resultado de negligência. O crescimento espiritual


não é um acidente. Requer nutrição espiritual e não é menos importante que a
física. Deus diz que devemos “desejar o genuíno leite espiritual” para que por
ele possamos crescer (1 Pedro 2:2). O crescimento no conhecimento é
essencial para o crescimento na fé (Romanos 10:17). Aqueles que continuam a
negligenciar oportunidades de conhecer e crescer prejudicam a si mesmos e
atrapalham sua utilidade no serviço do Senhor. Mas não é só isso.

A falta de conhecimento também torna crianças perpétuas presas fáceis para


Satanás. A palavra de Deus no coração do homem fornece uma defesa muito
necessária contra o pecado. O salmista diz, “Guardo no coração as tuas
palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119:11). Além disso, a palavra de
Deus fornece a armadura que precisamos para enfrentar as astúcias do diabo
(Efésios 6:10-20). Pedro relata Satanás como um leão que ruge andando
buscando quem poderia devorar, e nos diz a resistir a ele “firmes na fé” (1
Pedro 5:8-9). Obviamente, aqueles que são fracos na carne serão mais
vulneráveis.

Finalmente, a criança perpétua em Cristo sempre será prejudicando em ensinar


a outros o evangelho que ele não aprendeu. Deus disse que devemos estar
prontos a dar uma resposta àqueles que buscam um motivo para nossa
esperança (1 Pedro 3:15). Podemos? Crescemos como devemos? Se não, por
que não começar agora?
Já é tempo de construir?
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o
tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada. Veio, pois, a
palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é
tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa
permanece em ruínas?...por causa da minha casa, que permanece em
ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria
casa” (Ageu 1:2-4,9b).

Estas palavras foram ditas por Deus a seu povo através do profeta Ageu (Ageu
1:1), num contexto onde Israel tinha voltado para Jerusalém do cativeiro
babilônico, do qual o Senhor os havia resgatado (Esdras 2:1-2). Foi devido a
constante desobediência de Israel, que ele havia sido levado cativo
(Deuteronômio 28:49-52; 30:17-18). E agora, mesmo tendo retornado, tudo
ainda estava em ruínas, inclusive o templo do Senhor (2 Reis 25:8-9), que
representava a habitação de Deus no meio deles (1 Crônicas 22:19; 2 Crônicas
5:7; 6:1-11). O povo resgatado daquele cativeiro deveria priorizar a
reconstrução do templo, pois desta forma é que agradariam o Senhor e o
glorificariam (Ageu 1:8). Eles até iniciaram a reconstrução (Esdras 1: 1-11, 3:8),
porém depois de um tempo a interromperam (Esdras 4:24). Eles estavam
desanimados e parados com respeito a obra da Casa do Senhor. Dentre os
vários motivos que os levaram a interromper este trabalho (Esdras 4), o Senhor
destacou o contraste entre a indisposição do povo em reconstruir o seu
Templo (“...Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor
deve ser edificada...”) e a disposição em construírem para si mesmos belas
casas: “Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece em ruínas?. A presença do Senhor no meio
deles era o mais importante. Reconstruir a Casa do Senhor deveria ser sua
prioridade.

Sabemos que o Senhor não nos ordena reconstruir para ele um templo físico
hoje, pois os seus próprios servos, na Nova Aliança, são a sua habitação (João
14:23; Atos 17:24; 1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 3:16-17). Mas podemos tirar
algumas lições desta afirmação do Senhor a respeito da atitude do seu povo:

Frequentemente imaginamos que ainda não é tempo de servir a Deus. Nós


nos preocupamos em primeiro resolver nossas vidas aqui, enquanto as coisas
de Deus ficam para depois. Pessoas vivem uma vida regalada durante toda a
juventude, imaginando que só quando velhas, próximas da morte, precisarão
buscar a Deus. Assim como os Israelitas, esquecemos que só temos
verdadeira vida e liberdade quando Deus habita em nós (Marcos 8:36; João
3:16; Colossenses 1:13). Esquecemos que o Senhor já resgatou a humanidade
pagando um alto preço pela salvação do homem (1 Pedro 1:17-21; 2 Coríntios
5:18-19) e que deixar para buscá-lo depois pode ser mais difícil e até tarde
demais (Eclesiastes 12:1-8; Isaias 55:6; Hebreus 3:12-13). Somos chamados
no tempo que se chama hoje, para edificar a Casa do Senhor, não depois (Atos
17:30-31).
Dentre outras coisas, servir o Senhor exige negação (Marcos 8:34-35),
mudança de mentalidade (Romanos 12:2), mudança de vida (Romanos 6:1-4).
Enquanto o foco de nossas vidas for “construir nossas próprias casas” não
vamos agradar o Senhor, não edificaremos “a Casa do Senhor”. O próprio
Jesus afirma que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24). Ele
desafiou o jovem rico a se desligar totalmente de seus bens, de tudo aquilo que
ele havia construído e mais valorizava na vida, para seguí-lo (Marcos 10:21-
22). Não devemos ignorar as ordens e advertências do Senhor a respeito do
perigo de sermos iludidos pela nossa própria cegueira. Ele nos adverti a
respeito do cuidado exagerado pelas coisas desta vida (Marcos 4:7,18-19;
Mateus 6:19-21). É possível estarmos parados na obra principal e nem nos
darmos conta? Sem negar as responsabilidades e necessidades que temos na
vida aqui, devemos ter o cuidado de que estas coisas não nos atrapalhem na
meta principal, não venham a se tornar para nós motivo de não edificar “a Casa
do Senhor” (Mateus 6:32-33; Eclesiastes 12:13).

Nos dias do profeta Ageu, não muito tempo depois de ouvirem sua mensagem,
os Israelitas deram ouvidos a sua voz, temeram ao Senhor e retomaram a
construção do Templo (Esdras 5:2; Ageu 1:12-15).

Que assim, também nós, ao ouvirmos hoje a voz do “profeta dos profetas”, do
filho de Deus (Hebreus 1:1-2), nos empenhemos com toda perseverança na
obra principal que ele nos confiou (Hebreus 12:1-3).

Já é tempo de construir! Qual casa você tem edificado?


Uma mudança na organização de igrejas locais
No Novo Testamento aprendemos que congregações do povo de Deus eram
lideradas por homens conhecidos como presbíteros. Ao escrever próximo ao
fim de sua vida, o apóstolo Paulo instruiu a Timóteo e Tito a respeito das
qualificações de tais homens, mas Lucas registra que a igreja em Jerusalém já
tinha presbíteros em Atos 11:30 (i.e. até mesmo antes da primeira viagem
missionária de Paulo). No contexto da primeira viagem missionária de Paulo,
presbíteros foram escolhidos nas novas congregações em Pisídia (Antioquia),
Icônio, Listra e Derbe (Atos 14:23).

Lemos novamente sobre presbíteros na igreja em Jerusalém em passagens


como Atos 15 e 21. A igreja em Éfeso tinha presbíteros que encontraram com
Paulo na volta de sua terceira viagem missionária (Atos 20:17). Resumindo, a
organização da congregação local com a pluralidade de presbíteros como
“supervisores” não era apenas para Jerusalém nem se limitava aos dias
primitivos da igreja (veja Filipenses 1:1).

No entanto, até a época do Concílio de Nicéia (325 d.C.) se tornou comum para
cada congregação ter um bispo que era superior em autoridade ao grupo de
presbíteros. A organização das igrejas locais e da igreja universal mudaria mais
ainda com o tempo, mas como esta mudança básica aconteceu?

Houve vários passos pequenos e aparentemente inocentes que levaram a esta


mudança na organização da igreja local. Aparentemente, em muitas das
congregações primitivas era comum para os presbíteros da congregação
escolherem um dentre eles para presidir sobre suas reuniões. Este presbítero,
às vezes, era chamado de “presidente” nas escritas de cristãos primitivos e
também presidiam sobre o culto da congregação (por exemplo, Justino o Mártir
[c. 150 d.C.], Apologia). Também parece que, com o tempo, o termo “bispo”
com sua ênfase etimológica em “supervisão”, começou a ser aplicado mais
exclusivamente a este “presidente”. Também é fácil entender como um
presbítero, devido às suas qualidades de liderança ou à sua personalidade
dominante, poderia ficar com este papel numa base mais permanente.

Em aproximadamente 150 d.C., Inácio de Antioquia escreveu uma série de


cartas às igrejas enquanto estava sendo transportado a Roma onde
subsequentemente seria martirizado. Nestas cartas ele encorajou os
“presbíteros de uma congregação local a se submeterem ‘ao bispo’”. É possível
que Inácio estava descrevendo a organização que ele preferia em vez da que
era comum nas igreja locais nos seus dias, mas as igrejas caminhavam
naquela direção. Inácio aparentemente achou que os falsos ensinamentos
poderiam ser enfrentados com mais eficácia com tal organização.

No Novo Testamento, as palavras “bispo” e “presbítero” foram aplicadas aos


mesmos homens sem distinção nos seus papéis (veja Atos 20:17, 28; Tito
1:5,7; 1 Pedro 5:1-2). Aos poucos, os homens se afastaram desta verdade,
talvez com uma motivação louvável (de resistir ao erro eficazmente) e para
propósitos apropriados, mas ninguém pode servir a Deus e ter êxito se alterar o
padrão divino para a igreja local!
Adoração aceitável
Uma boa parte do livro de Êxodo é composta por instruções sobre a construção
do tabernáculo, seus móveis e as construções resultantes. Foi ordenado a
Moisés, “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado
no monte” (Êxodo 25:40; veja também 25:9; 26:30). Desde as cortinas da
tenda até os móveis de dentro, instruções específicas foram dadas sobre como
tudo deveria ser feito. Quando o tabernáculo foi montado por Moisés, uma
nuvem o cobriu e a glória do Senhor o encheu (Êxodo 40:33-35). Era uma
época emocionante para o povo de Israel.

Instruções detalhadas foram dadas sobre o processo elaborado para consagrar


Arão e seus filhos como sacerdotes (Êxodo 29). Arão e seus filhos foram
lavados com água e vestidos com roupas especiais feitas para eles. Foram
ungidos com óleo e sacrifícios foram oferecidos. Sangue foi colocado na ponta
de suas orelhas direitas, no dedão das suas mãos direitas e dos seus pés
direitos. Durante sete dias Arão e seus filhos ficaram na porta do tabernáculo
(Levítico 8).

No oitavo dia, ofereceram holocaustos no altar no pátio do tabernáculo e no


final dos holocaustos, a glória do Senhor apareceu ao povo e fogo veio do
Senhor e consumiu o que estava sobre o altar, causando uma grande
impressão no povo (Levítico 9:23-24).

Até este ponto, tudo foi feito de acordo com as instruções do Senhor.
Infelizmente, dois dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, decidiram, por algum
motivo, colocar fogo nos seus incensários e incenso no fogo que era um
holocausto ao Senhor. Fogo veio do Senhor novamente, mas desta vez matou
estes dois homens (Levítico 10:1-2).

Que castigo severo! Nadabe e Abiú não eram culpados de idolatria ou feitiçaria.
Não eram culpados de imoralidade sexual ou violência, nem mesmo de
assassinato. Todavia, morreram rapidamente na mão do Senhor. O que
poderia ser tão terrível sobre oferecer fogo e incenso ao Senhor? Não é este o
papel dos sacerdotes, oferecer sacrifícios?

O autor Moisés informa-nos que estes dois homens estavam oferecendo “fogo
estranho”, que o Senhor não havia ordenado (Levítico 10:1). Claramente, o
Senhor não aceitou este fogo, independente do quanto eram sinceros,
entusiasmados ou bem intencionados no que possam ter feito. O Senhor disse
a Arão através de Moisés que aqueles que chegam a ele tem que ver a sua
santidade. O Senhor deve ser glorificado perante o povo por aqueles que
chegam a ele (10:3).

Não é pouca coisa ignorar as instruções do Senhor sobre a adoração ou sobre


qualquer coisa! Deus não é glorificado quando eu o adoro de acordo com meus
próprios desejos. Nadabe e Abiú aprenderam tarde demais que Deus não
aceita adoração qualquer que lhe oferece. Nossa adoração deve ser de acordo
com o “padrão” que ele tem revelado na sua palavra.
Jesus usou métodos carnais para atrair as
multidões?
Muitos grupos religiosos usam uma variedade de apelações carnais para atrair
pessoas às suas reuniões. Por exemplo, fazem jantares ou dão sorvete, têm
jogos ou eventos divertidos, etc. Quando é pedido que justifiquem estas
atividades, geralmente citarão os episódios onde Jesus alimentou as multidões.
Alguns dizem, “Se você alimentar primeiro o corpo, depois terá a chance de
alimentar a alma”. Vamos ver se sua referência às atividades de Jesus
realmente apóia suas práticas.

Houve duas vezes diferentes em que Jesus alimentou, de maneira miraculosa,


multidões enormes com quantidades pequenas de comida. Uma vez havia
5.000 homens, mais as mulheres e crianças (Mateus 14:15-21; Marcos 6:30-
44; Lucas 9:10-17; João 6:1-14). Em uma outra ocasião havia 4.000 homens,
mais as mulheres e crianças (Mateus 15:32-38; Marcos 8:1-9).

Nestas duas ocasiões, as pessoas tinham seguido Jesus para ouvir seu ensino
maravilhoso e para ver seus milagres surpreendentes. Nunca houve uma
promessa de comida para atraí-los. Na verdade, os dois acontecimentos
mostraram as pessoas seguindo por longas distâncias e por muito tempo antes
de receberem comida. Por exemplo, em Mateus 15:32 nós lemos: “E,
chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta
gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que
comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo
caminho.” Você viu? As pessoas não foram seduzidas a seguir devido a uma
oferta de comida. A comida veiomais tarde, como um ato de compaixão. As
pessoas não foram esperando receber comida.

Nós temos uma referência onde Jesus suspeitou que as pessoas, de fato,
foram com o desejo de receber comida (João 6:22 em diante). Nessa ocasião
ele não as alimentou!

Aqueles que usariam o exemplo de Jesus alimentando as multidões para


justificar suas práticas carnais h
Mateus 16 e as autoridades religiosas
É impossível ler muitas das fontes católica romanas sobre a igreja sem enfrentar Mateus 16:18-
19. “O que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá
sido desligado nos céus.”  Isso quer dizer, dizem algumas pessoas, que o céu aceitará e
aprovará aquilo que os homens ligam ou desligam aqui na terra. O mesmo elemento de tempo
é ligado com João 20:23, “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados”,  isto
é, as decisões dos homens receberão finalidade divina.

Este conceito é crucial para o sistema sacerdotal, pois torna certos homens em vigários
(representantes e substitutos) para Cristo. Vemos o mesmo princípio (apesar de certamente
não ser levado ao mesmo extremo) quando os presbíteros pensam que suas decisões foram
sancionadas por Deus e que desobedecê-los é desobedecer a Deus. Os efeitos prolongados
de um erro assim são assustadores.

Mas a gramática de A. T. Robertson cita o tempo futuro perfeito em Mateus 16:19 e 18:18 e diz
“no indicativo a forma perifrástica é o comum para o futuro perfeito, tanto ativo ... quanto
passivo” (p. 361,373). Wilber T. Dayton, na sua dissertação de doutorado em teologia,
apresentou um estudo completo do tempo perfeito do grego em relação a João 20:23, Mateus
16:19 e Mateus 18:18. Ele diz sobre o tempo futuro perfeito: “É o futuro de um tempo perfeito e
por isso refere-se a um ato como já completado no tempo futuro considerado, e como tendo
resultados permanentes.” Conformemente sua tradução de Mateus 16:19 – o que você ligar na
terra terá sido ligado no céu....”. A tradução Williams lê-se, “...deve já ter sido proibido no céu”.
Todos estão dizendo que os apóstolos apenas ligariam e desligaram aquilo que já tinha a
aprovação do céu.

Você diz, “Nós (você e eu) não somos estudiosos do grego.” É verdade! Mas o princípio deste
assunto é provado pelo contexto geral das Escrituras. Há apenas um legislador (Tiago 4:12), e
Deus não renunciou esse direito. Até na comissão limitada o “Espírito de vosso pai”  falou
nos discípulos (Mateus 10:19-20). Como foi ordenado aos apóstolos “permanecei...até que
do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:48-49) e Jesus lhes disse,  “...quando vier,
porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ... e vos anunciará as
coisas que hão de vir”  (João 16:12-13). Os apóstolos foram ligados e desligados pela
inspiração – ou seja, como vasos de barro (2 Coríntios 4:7) eles passaram adiante aquilo que
receberam do céu.

Então, em harmonia com a verdade como algo completo, Jesus disse que quando os apóstolos
ligassem alguma coisa nesta nova revelação, seria aquilo que já havia sido ligado no céu.
Seria a mensagem de Deus, revelada pelo Espírito, que eles estariam ligando na terra. “Terá
sido ligado” (sendo futuro perfeito perifrástico) carrega este sentido. Eles não fariam leis, não
poderiam (com direito inerente) perdoar ou retirar pecados, mas apenas declarariam o que
Deus já havia determinado sobretal assunto.
Lidando com os desanimados e os fracos 
Em 1 Tessalonicenses 5:14 Paulo diz aos cristãos: “Consoleis os desanimados, ampareis
os fracos”. A tradução literal da palavra “desanimados” seria “de alma pequena”, assim
sugerindo desânimo ou timidez. Seja qual for o caso do desânimo e da fraqueza, os cristãos
devem consolar os desanimados e amparar os fracos.

Na prisão em Roma, Paulo podia ter ficado desanimado; em vez disso ele escreveu e
encorajou a igreja de Filipos: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-
vos”  (Filipenses 4:4). Ele havia aprendido que, qualquer que fosse a situação, ele devia estar
contente (Filipenses 4:11).

Para a igreja em Roma ele escreveu:  “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para
discutir opiniões” (Romanos 14:1). “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as
debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos” (Romanos 15:1). Paulo estava
bem equipado para encorajar os outros devido à força que ele encontrou em Cristo. “Tudo
posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Educação espiritual
Há algo bem agradável sobre uma pessoa simples — e com “simples” não
quero dizer burra; quero dizer, sem complicações. É principalmente
agradável ver um homem de fé simples (sem complicações). Um homem
de fé simples não é ignorante. Sua fé é baseada em evidência sólida e
acreditável. Mas ele não discute com Deus, e ele não discute sobre o
óbvio. Quando a evidência está na sua frente para ver, ele simplesmente
crê – sem duvidar.

Todos os verdadeiros crentes em Jesus devem ser pessoas de fé simples. Para tais pessoas,
todas as suas perguntas já são potencialmente respondidas; tudo que precisam fazer é
aprender o que Jesus pensa sobre a pergunta, e aí sabem o que eles devem pensar ... e
acreditam. Isso é fé simples!

Mas, às vezes, as pessoas interpretam mal o que queremos dizer quando falamos sobre fé
simples. Elas pensam que estamos elogiando a falta de educação ou de capacidade. E pior,
parece que acreditam que, entre cristãos, é de alguma maneira elogiável ser iletrado e faltar
capacidade – afinal, falaram que até os apóstolos eram“iletrados e incultos”! (Atos 4:13).

Mas, por favor, não se confunda com isso: os apóstolos não eram homens ignorantes! É claro
que eles não tinham muita educação formal — no modo de ver dos líderes judaicos. Eles não
freqüentaram nenhuma escola religiosa, nem sentaram aos pés de algum rabino judeu popular.
Mas não eram ignorantes sobre as coisas religiosas, e com certeza não eram incultos em
assuntos espirituais. Para dizer a verdade, eles foram treinados pelo maior professor que já
viveu; eles foram treinados por Jesus Cristo, e foram guiados (até inspirados) pelo Espírito
Santo de Deus.

“Então, qual é o seu ponto?” Meu ponto é: precisamos ver que não há uma virtude especial em
ser simples – não se com isso queremos dizer alguém que é ignorante e iletrado. Não é “tudo
bem” ser ignorante ou iletrado na Vontade de Deus! Claro, a pessoa não precisa de muita
educação formal, se é que precisa de alguma, para ser um discípulo fiel de Jesus. Mas isso
não significa que podemos ser ignorantes da vontade de Deus e iletrado na sua palavra.

Faremos bem se lembramos que são os “indoutos e inconstantes” (RC), ou os “ignorantes


e os fracos na fé” (NTLH), que “deturpam” as Escrituras “para a própria destruição
deles” (2 Pedro 3:16). Pode ter bons irmãos em Cristo que são verdadeiramente limitados no
seu conhecimento das Escrituras, e eles podem até ser limitados na sua capacidade de
aprender o que a Bíblia diz. Mas nenhum de nós pode se contentar com nossa falta de
educação na Palavra de Deus. Temo que alguns de nós usamos “simples” para disfarçar nossa
própria preguiça.

Deus não pede a ninguém para fazer mais do que tem capacidade. Mas quando temos a
capacidade de melhorar – de nos educarmos mais na palavra de Deus – temos que fazer isso
(2 Timóteo 2:15; 2 Pedro 3:18)! Se queremos que a igreja do Senhor cresça nos anos que vêm,
então teremos que nos desafiar a nos esticarmos. Temos que nos exercitar – se não a igreja de
amanhã será ainda mais fraca do que a igreja de hoje. Visão do futuro requer que nós nos
esforçermos a uma educação espiritual maior!
O que é "a igreja"?
Uma pergunta simples deveria ter uma resposta simples, e esta tem. A igreja é
o povo de Deus. A palavra "igreja" vem da palavra grega ekklesia, a qual
significa "convocado", e foi aplicada, no grego secular primitivo, às pessoas
"convocadas" com fim político ou outro, um tipo de conselho municipal.
Aplicada ao povo de Deus em Cristo, tendemos a pensar neles como
"convocados" pelo evangelho, o que é verdade; contudo, o conceito de
"evangelho" não é inerente à palavra. O dicionário Aurélio diz: "Comunidade
dos cristãos. O conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé...." Esta é uma
definição surpreendentemente boa, vindo de uma fonte secular. Primeiro e
básico conselho: pense em povo quando você disser igreja."

"Igreja" é bem semelhante a "manada" ou "rebanho" ou "ninhada": um


substantivo coletivo. Ela reúne ou considera suas unidades com uma só coisa.
Uma vaca não poderia fazer um rebanho, mas muito gado é considerado como
uma coisa quando chamado "rebanho". O criador pode vacinar seu rebanho,
bastando vacinar seu gado. "Rebanho" não é algo à parte de gado: é gado.
"Igreja" não é algo à parte de seus santos. Cristo comprou a igreja morrendo na
cruz por quaisquer e todos que vierem a ele para a remissão dos pecados
(Atos 20:28). Ele pagou o preço por pessoas, sejam elas Samuel, Ana, Nair,
Tiago, Odair, Selma. Ele purifica a igreja purificando essas pessoas, lavando-a
com água pela palavra (Efésios 5:25-26). Revestimo-nos de Cristo em fé
obediente (Gálatas 3:26-27); e somos acrescentados aos que foram salvos
(Atos 2:47).Porque "a igreja" é o povo (aprovado) de Deus, "igreja" pode ter um
sentido qualitativo: o povo de Deus em contraste como o povo de Satanás; ou,
a igreja contra o mundo. "E sobreveio grande temor a toda a igreja, e a
todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos" (Atos 5:11), ou
seja, sobre os santos e sobre alguns que não eram santos. Isto também é um
exemplo de "igreja" no sentido distributivo: santos considerados
individualmente. Era o povo que temia (Samuel temia, Ana temia, etc.); não há
referência a uma institituição que temesse. Em Atos 9:31, "A igreja, na
verdade, tinha paz...." Robertson diz que o singular é, sem dúvida, a leitura
verdadeira aqui; e "Lucas ou considera os discípulos na Palestina como sendo
ainda membros de uma grande igreja em Jerusalém... ou ... num sentido
geográfico ou coletivo, cobrindo toda a Palestina." Não creio que as Escrituras
justifiquem a primeira alternativa, e a segunda poderá ser melhor entendida
considerando "igreja" distributivamente: os santos na Palestina, assim como
podemos falar da "igreja em Minas Gerais".

A igreja é composta de pessoas que mantêm um relacionamento aceitável com


Deus através de Cristo; e este relacionamento é descrito por figuras diferentes.
Os santos são assemelhados a cidadãos de um reino, com Cristo como Rei.
Eles são comparados aos filhos de uma família, com Cristo como o irmão mais
velho; com membros de um corpo, sendo Cristo a cabeça; com ramos,
brotando da videira, Cristo; com pedras viventes, construídas sobre Cristo, a
fundação; etc. A figura do reino ressalta o "domínio" de Cristo; a figura da
família ressalta características de família de Deus; o corpo, unidade (1
Coríntios 12), ou primazia da cabeça (Efésios 1:22-23); ramos têm que
permanecer e dar fruto; e Deus habita na casa construída sobre Cristo. Em
todas estas figuras (há quinze ou mais) a unidade é um cristão individual. "A
igreja" é uma irmandade, e não uma "igrejadade". É composta de santos
individuais, e não de congregações. Viemos a Cristo como indivíduos, somos
individualmente responsáveis pela adoração e o serviço, e seremos julgados
como indivíduos (Romanos 14:12; Apocalipse 3:4-5).

O plano divino convoca todos para trabalhar com outros santos, e para esse
fim dá instruções para a organização, a adoração e o trabalho da igreja local. A
palavra "igreja" é aplicada a esta "equipe" de santos, e porque eles adoram e
trabalham juntos (via um tesouro comum e supervisores/bispos) eles
freqüentemente providenciam o local de encontro fixo e se tornam identificados
com essa localização. Santos que assumem um compromisso para trabalhar
como uma equipe devem desenvolver laços de intimidade, uns com os outros,
e de fato se tornam uma entidade organizada. Cada membro tanto deve como
aceita obrigações com a equipe e, assim fazendo, abandona alguma
independência. Mas a nossa primeira fidelidade tem que permanecer com
Deus! Precisamos aprender, e ensinar aos novos convertidos, a ser fiéis ao
Senhor, antes que "à igreja". Se a igreja local for o que deveria ser, e se formos
fiéis ao Senhor, seremos um crédito para aquela igreja local (Atos 11:20-24).

É lógico que um assunto tão grande não poderia ser discutido aqui, em seus
pormenores; e para economizar espaço eu limitei as citações bíblicas. Mas
este é um assunto sempre novo, e sua importância continuará. Dê-lhe atenção
com oração, e sem preconceitos doutrinários. A "igreja" é gloriosa porque é a
culminância do plano de Deus para salvar todos que vierem a ele através de
Jesus Cristo (Efésios 3).
O rebanho de Deus
Poucos animais são tão indefesos como as ovelhas. Com
muito pouca defesa contra inimigos naturais, pouco senso de
direção e nenhuma capacidade para encontrar seu próprio
alimento, elas são muito dependentes do homem para prover
suas necessidades. No tempo em que não havia cercas, os
proprietários de ovelhas tinham que ficar com elas no deserto,
algumas vezes durante meses de uma só vez.
O pastor tinha que providenciar para as ovelhas tudo que elas não podiam
providenciar para si mesmas. Ele procurava pastos verdes onde pudessem
encontrar comida (1 Crônicas 4:39-40) e as conduzia gentilmente para lá,
sempre cuidadoso com as que estavam com filhotes (Isaías 40:11). Ele as
protegia até com sua própria vida. O jovem Davi relatou a Saúl como tinha
arrancado um cordeiro da boca de um leão e tinha matado tanto leões como
ursos (1 Samuel 17).
  
Dando tanto de si mesmos ao cuidado das ovelhas e estando tão
freqüentemente sem companhia humana, o pastor desenvolvia uma íntima
amizade com as ovelhas. Ele dava um nome a cada uma; as ovelhas
conheciam sua voz e vinham quando ele as chamava (João 10:3-4). Ele as
contava todas as noites para ter certeza de que estavam todas a salvo no
aprisco (Jeremias 33:13). Se ao menos uma estivesse faltando, ele
esquadrinhava o campo para encontrá-la (Lucas 15:4).

O desamparo das ovelhas, sua total dependência do pastor e do amor dele por
elas tornavam esta relação uma das mais finas e a figura da relação de Deus
com seu povo mais freqüentemente usada. Somos tão parecidos com ovelhas,
que bênção é ter um Deus amoroso, que tudo conhece, todo poderoso e todo
sábio como nosso pastor! Davi, o pastor, expressou isso tão lindamente
naquelas palavras familiares: "O SENHOR é meu pastor; nada me
faltará" (Salmo 23). Davi, contudo, não podia conhecer a absoluta perfeição do
Divino Pastor como podemos, depois de tê-lo visto na cruz, entregando sua
vida pelas ovelhas.
  
Proprietários de ovelhas algumas vezes tinham problemas quando o número
delas ficava tão grande que já não podiam mais atendê-las pessoalmente.
Afortunado, na verdade, era qualquer homem como Jessé, que tivesse um filho
como Davi, que pudesse amar e cuidar das ovelhas como se fossem dele.
Freqüentemente, as ovelhas tinham que ser divididas em rebanhos e deixadas
sob os cuidados de empregados. Jesus explicou: "O mercenário, que não é
pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as
ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa" (João 10:12). Jesus
estava realmente descrevendo os sacerdotes e mestres de Seu tempo que,
como pastores de Israel, tinham mostrado uma total despreocupação com as
ovelhas na sua perseguição egoísta de riqueza pessoal e glória.
  
Hoje em dia, cada congregação local é um rebanho de ovelhas de Deus. Os
presbíteros são aqueles que estão encarregados: "Pastoreai o rebanho de
Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente,
como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem
como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos
modelos do rebanho" (1 Pedro 5:2-3)
  
É freqüente demais o quadro que temos de presbíteros "dois ou três homens
de pé num canto tomando decisões pela igreja" ou sentados em volta de uma
mesa entrevistando um candidato a pregador ou trabalhando num orçamento.
Muitas das nossas orações pedem que eles presidam bem (1 Timóteo 5:17),
mas isto não é sua função maior. Os pastores tomam certas decisões e
supervisionam o rebanho, mas a maior parte do seu tempo é gasto com as
ovelhas, provendo suas necessidades e cuidando delas individualmente.

O "Supremo Pastor" tem todo direito a esperar que os pastores das igrejas
locais reflitam Seu próprio amor e cuidado pelas ovelhas. Eles, também,
precisam defender o rebanho (Tito 1:9-11); eles precisam alimentar as ovelhas
labutando "na palavra e no ensino"(1 Timóteo 5:17); e precisam conduzir
sendo exemplos para o rebanho (1 Pedro 5:3). Para cumprir tudo isto, eles
precisam conhecer o rebanho, fazendo um esforço para conhecer cada ovelha
pelo nome e ser conhecido por elas. Eles precisam contar o rebanho, não por
orgulho, mas para saber exatamente quantas ovelhas estão sob sua
responsabilidade. Se uma estiver faltando (não apenas à assembléia, mas à
fidelidade diária), eles precisam estar prontos a ir e encontrá-la para que
possam admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os
fracos, e ser longânimes para com todos (1 Tessalonicenses 5:14). Eles
deverão estar dispostos a sacrificar até suas vidas.
  
Os pastores de um rebanho local têm que dar conta de cada ovelha (Hebreus
13:17). Considere o julgamento de Deus sobre os pastores de Israel: "Ai dos
pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! ... Comeis a gordura,
vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A
fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a
desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas
dominais sobre elas com rigor e dureza. ... as minhas ovelhas andam
espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as
busque" (Ezequiel 34:2-6).
  
Considerando a temerosa inevitabilidade de tal relato, quem aspiraria ao
episcopado? A resposta: somente aqueles que amam as ovelhas tão
sinceramente que não podem suportar vê-las sem pastores. Estes são os
únicos homens a quem Deus daria tal trabalho, e para eles é a
promessa: "Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a
imarcescível coroa da glória" (1 Pedro 5:4)
As igrejas de Deus têm problemas
"Nenhum problema interno", o homem disse. E nossa primeira reação
foi de admiração por esta igreja "ideal" que não conhecia nenhum
problema. Mas com mais observação, nosso pensamento mudou.

A Bíblia fala de uma igreja que não tinha "nenhum problema". A igreja
de Laodicéia era rica e abastada, e não precisava de coisa alguma
(Apocalipse 3:17). Por outro lado, a igreja de Jerusalém estava
enfrentando diversos problemas. Eles tiveram que testemunhar a
morte de um casal hipócrita e mentiroso (Atos 5:1-11). Havia
murmuração por causa da negligência das viúvas gregas (6:1-7).
Havia problemas doutrinários sobre a questão da circuncisão (11:1-8;
15:4-5). Jerusalém tinha seus problemas enquanto Laodicéia estava
"sem problema"; contudo cada estudante da Bíblia sabe que
Jerusalém era a igreja aprovada, enquanto Laodicéia era nauseante
para o Senhor.

E mais, quando se observa os problemas da igreja de Jerusalém,


reconhece-se que eram conseqüência direta da obra e atividade
daquela congregação. Se não tivesse havido o espírito de
benevolência que prevalecia entre seus membros, não teria havido
ocasião para a mentira de Ananias e Safira ou para as queixas de
negligência. Se não tivesse havido evangelização de gentios não teria
havido problemas com circuncisão. Jerusalém tinha problemas porque
era uma igreja ativa e dedicada que crescia. E, é bem possível que a
ausência de problemas em Laodicéia fosse uma conseqüência direta
de sua falta de fervor e de vitalidade.

Concluímos que uma igreja preguiçosa, que nada faz, pode bem ficar
livre de dificuldades, mas uma igreja ativa e operosa pode esperar
certos problemas. Uma igreja que consegue converter alcoólatras,
viciados em drogas, divorciados; que busca uma "mulher samaritana",
ou um "Simão, o mágico",  ou uma "Maria Madalena", pode esperar
alguns problemas. Mas aquela igreja que escolhe a alternativa de
pregar e converter somente os que são moralmente bons e que se
ajustem bem em seu próprios círculos sociais e econômicos, enquanto
evita alguns problemas, enfrenta o maior de todos eles em seu
fracasso em obedecer o mandamento do Senhor (Marcos 16:15) e em
seguir o próprio exemplo pessoal dele. Uma igreja que desenvolve
pessoas pensantes que estudam objetivamente cada questão bíblica
pode esperar que algumas diferenças apareçam em sua sincera
busca da verdade. Uma igreja hospitaleira precisa estar preparada
para acusações de negligência em sua mostra de hospitalidade. O
verdadeiro zelo pelo Senhor gerará problemas, mas ai daquela igreja
que negligencia a obra do Senhor para evitar questões. O anátema do
Senhor está sobre essa igreja.

Não é a existência ou não existência de problemas, então, que


determina a força de uma igreja, mas como lida com as suas
dificuldades. Amor de uns pelos outros, cuidado mútuo,
longanimidade, humildade, amor à verdade, determinação em fazer a
vontade de Deus-- estas são as qualidades que fazem uma igreja
forte. Elas não podem impedir que problemas se desenvolvam, mas
podem capacitar uma igreja a levar seus problemas a soluções
aprovadas por Deus.
A edificação da igreja do Senhor

Construa compromisso total com Cristo, não


com os homens

Dois apêndices ao livro de Juízes (capítulos 17-21) ilustram a treva


moral e espiritual do período. A iniqüidade desses tempos está
repetidamente relacionada com a falta de um rei em Israel (17:6; 18:1;
19:1; 21:25). Esta parte do livro começa e termina com a mesma
explicação: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o
que achava mais reto" (17:6; 21:25).

Mas, por que era necessário um rei? Não havia Deus tomado
providências para capacitar os israelitas tanto a conhecer como fazer
sua vontade? Claro que sim. Ele tinha dado a lei e estabelecido um
sacerdócio para ensinar, e festas de comemoração para relembrar o
povo. Mas o problema era que Israel não era um povo espiritual. Era
uma nação física muito parecida com a nossa própria: um povo que,
com poucas exceções, não tinha desejo de aprender e fazer a vontade
de Deus. A ordem só poderia ser mantida com um forte regente no
trono, impondo a lei com mão firme.

Josias foi o último rei forte em Judá. Ele era um homem temente a
Deus que dirigiu um grande movimento de reforma em Judá,
esforçando-se por trazer a nação de volta a Deus. Ele insistiu que o
povo cumprisse a lei. Ele ordenou ao povo que guardasse a Páscoa.
Ele destruiu os altares idólatras e, enfim, fez um grande esforço para
livrar o país da idolatria e das abominações associadas a ela. O relato
em 2 Reis 22-23 pode levar-nos a pensar que Judá tinha sido
totalmente limpo da apostasia. Surpreende-nos descobrir que, não
obstante, a ira de Jeová ainda estava dirigida contra a nação, por
causa das abominações trazidas por Manassés (23:26-27; veja 24:3-
4).

Jeremias dá a explicação. Sua avaliação da reforma de Josias é


resumida numa simples sentença: "Não voltou de todo o coração para
mim a sua falsa irmã Judá, mas fingidamente, diz o SENHOR"
(Jeremias 3:10). Jeremias percebeu que, na maior parte, Judá não
estava realmente convertido. A idolatria e a descrença ainda estavam
nos corações do povo. O abandono de Jeová tinha sido apenas
exteriormente restringido pelo poder do trono. Como Isaías havia
escrito sobre um tempo anterior, o "temor" exterior de Jeová era
somente "em mandamentos de homens, que maquinalmente
aprendeu" (Isaías 29:13). O povo não amava Deus. Tão logo um mau
rei chegasse ao trono, a idolatria que enchia os corações irromperia e
o julgamento viria nas mãos dos babilônios. A pregação de Jeremias
foi um esforço para mudar os corações do povo. Mas ele não era
capaz de impedir a maré.

A nova aliança predita em Jeremias 31:31-34 não seria uma aliança


nacional, mas uma feita com indivíduos espirituais (veja 31:29-30 e
Ezequiel 18) de cada nação, cujos corações tinham sido ganhos para
Jeová, um povo penitente passando por uma experiência de
conversão tão drástica que seria chamada um novo nascimento e ele
seria uma nova criação (2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15). O Espírito do
próprio Jeová habitaria nos seus corações (Ezequiel 36:26-27) por
intermédio da lei que Jeová escreveria sobre seus corações (Jeremias
31:33). Jeová realizaria tal efeito, não por alguma experiência
irracional, "melhor sentida do que falada"; mas, as pessoas eram
"ensinadas por Deus" (João 6:44-46), o mesmo método que Jesus
estava usando quando ele explicava isso. Assim, a lei não seria
simplesmente gravada em pedras; estaria nos corações do povo que
amava Deus e obedecia a lei pela reverência e devoção real que está
em seus corações.

Cometemos um grave erro quando abandonamos os métodos de


Jeremias por aqueles de Josias. O que Deus quer cumprido pelo povo
não pode ser cumprido através de táticas de coerção ou pressão, isto
é, pressões duras a cumprir cotas; embaraço; operações policiais
utilizando-se de informações secretas para manter o povo na linha;
"parceiros de oração" que se tornam mais parecidos com cães de
guarda para impor a conformidade; qualquer coisa que ponha o livre
arbítrio fora de serviço. O trabalho de Deus somente pode ser feito
através do ensinamento, persuasão, e mudança dos corações do
povo. Nós, que nos dedicamos ao trabalho do evangelho, precisamos
ler as cartas de Paulo sobre o ministério do evangelho (especialmente
2 Coríntios) até que seus métodos se tornem inteiramente nossos. Ele
tinha renunciado qualquer vestígio dos métodos de manipulação dos
falsos mestres e adotado o único método pelo qual o trabalho de Deus
poderia ser feito: "...nos recomendando à consciência de todo homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Coríntios
4:2). Quando ele ensinou os coríntios sobre o dar, ele não falou "na
forma de mandamento" --pois o que Deus queria realizar não poderia
ser feito desse modo-- mas usou de um exemplo persuasivo para
trazer os coríntios a uma demonstração do amor deles (2 Coríntios
8:8). Ele tinha confiança em que podia lidar com eles desse modo,
pois tinham aprendido a dar ao pé da cruz (2 Coríntios 8:9).

E, assim, quando hoje nossos irmãos não quiserem dar ou, de outro
modo, responder, não temos que tentar imaginar um modo de forçá-
los a obedecer. Devemos sentá-los ao pé da cruz e deixar o sacrifício
de nosso Salvador fundir os corações duros.

Você também pode gostar