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O uso legítimo da lei (doutrina) de Deus é a correção dos que erram, e não a
criação de polêmicas e discussões (1:8-11; veja 2 Timóteo 3:16; Romanos 7:7;
Gálatas 3:19). Quem discute a doutrina de Deus sem primeiramente ouvi-la e
obedecê-la comete um grande erro (veja Mateus 22:23-33)! Com muito cuidado
devemos compreender, falar e praticar ousadamente somente a doutrina que o
Senhor nos revelou no seu evangelho.
Lutar ou Fugir
A resposta "lutar ou fugir" é uma reação instintiva acionada quando uma
pessoa enfrenta perigo. Vem uma explosão de adrenalina enquanto o coração
bate mais rápido, capacitando a pessoa a ficar firme e lutar ou a virar as costas
e correr. Independente da decisão instantânea, seja lutar ou fugir, o resultado
desejado é a sobrevivência.
Esta reação é dada para a nossa segurança física. E como fica a segurança
espiritual? Através da Bíblia, Deus mostra ocasiões em que se deve ficar firme
e lutar, e outras situações em que se deve sair correndo o mais rápido
possível.
Essa é uma guerra para a sobrevivência espiritual. É uma batalha em que não
há desgraça em fugir do adversário. Porém, devemos ser leais ao vencedor.
Este é o fato maravilhoso sobre esta guerra: ela já foi vencida!
Primeira Tentação
Segunda Tentação
Terceira Tentação
Conclusão
Nesta batalha entre os dois leões (1 Pedro 5:8; Apocalipse 5:5), Jesus
ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós
temos que fazer. Confiou em Deus (1 João 5:4; Efésios 6:16). Usou as
Escrituras (1 João 2:14; Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago
4:7; 1 Pedro 5:9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele
sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1
Pedro 2:21).
O Problema do Pecado
Desde Adão e Eva, o pecado tem corrompido nosso mundo e
manchado nossas vidas. Deus ofereceu aos homens inúmeras
oportunidades para serem limpos do pecado, mas as pessoas,
egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é tão
difundido que Paulo afirmou:"Pois todos pecaram e carecem da
gloria de Deus" (Romanos 3:23) e "...assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos
5:12). Na verdade, aqui temos um problema.
Não é facil encarar nossa culpa. Algumas pessoas têm feito esforços
dramatícos para minimizar esta culpa. Dois esforços destes merecem
nossa atencão.
Para o deserto
Eva caiu. Ela começou ouvindo Satanás, então conversou com ele. Ela cobiçou
o fruto, olhou, pegou e comeu. Aquele que brinca com a tentação logo
descobre que o pecado é mais poderoso do que ele. Depois de comer, ela
repartiu o fruto com Adão. Que queda! Ela caiu de defensora do Senhor a
advogada do diabo. O pecador usualmente se sente mais à vontade se outros
participarem. E assim o pecado se espalhou.
Libertação Espiritual: Derrotando Satanás em Nossas Vidas
Nossa Libertação
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados,
nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-
10).
Uma pessoa pode roubar de Deus segurando aquilo que é de Deus por direito
– negligenciando dar conforme prosperou (1 Coríntios 16:1-2; Malaquias 3:8-
10).
Uma pessoa pode até roubar a palavra de Deus. Deus fez esta acusação
contra os profetas de Judá. “Portanto, eis que eu sou contra esses
profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu
companheiro” (Jeremias 23:30). Eles roubaram a palavra de Deus ensinado a
sua própria palavra ao povo em vez de ensinar a palavra de Deus.
Isso continua hoje. Cristo, com toda a autoridade na terra e no céu, claramente
disse, “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será
condenado” (Marcos 16:16). Quando alguém ensina a salvação pela fé
somente, ele rouba das pessoas aquilo que Jesus realmente falou. Jesus
disse, “Quem crer ...” [mas ele não parou aqui] “... e for batizado será
salvo.” Ensinar que o batismo não é essencial para a salvação é cometer o
mesmo erro pelo qual Deus condenou os profetas de Judá.
Paulo disse, “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo
com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao
necessitado” (Efésios 4:28). Se isso é um bom conselho em relação a
assuntos materiais, quanto mais em assuntos espirituais quando milhões e
milhões de pessoas em cada geração precisam da salvação!
Não roube dos perdidos no mundo a palavra do Filho de Deus que lhes conta o
que devem fazer para serem salvos dos pecados e das suas conseqüências
horríveis.
Não esqueça o que Deus disse aos falsos profetas de Judá: “Portanto, eis
que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas
palavras, cada um ao seu companheiro” (Jeremias 23:30).
Mantendo a igreja pura
Um dos maiores desafios que os irmãos enfrentam hoje é de manter a igreja
pura. Por mais que tentamos, parece que algo sempre passa, e fica bem
abaixo dos nossos narizes por períodos de tempo, até alguém notar. Eu me
lembro de um homem do sul dos Estados Unidos que disse,
“Copperheads (uma cobra venenosa comum na América do Norte) são o tipo
de cobra que podem entrar escondido na sua casa e ficar lá por um bom tempo
antes de serem notados.” Que pensamento assustador! É assim com o pecado.
Todos os cristãos pecam de vez em quando. A Bíblia diz isso (1 João 1:8). Mas
precisamos ficar de olho por aqueles que são facciosos e escondem seus
pecados, mas ainda querem fazer parte da igreja local (Atos 20:28-31). É
incrível saber que alguns praticarão o pecado, o esconderão e ainda buscarão
refúgio em uma igreja local (Atos 5:1-11; 2 Coríntios 11:26). Como diz o velho
ditado, “Quem saberá que mal habita nos corações dos homens?”
Sim, até o dia em que o Senhor voltar, haverá sujeira entre o povo de Deus,
mas não vamos nos desanimar. Vamos, em vez disso, continuar tentando
expor o errado. Aqui tem algumas coisas que podemos fazer.
Se você sabe que algo está errado, lide com isso! Ter medo, ignorar, ou
esperar que algo suma sozinho não é a resposta para lidar com o pecado entre
cristãos. Lembre-se de que Deus disse a Josué após o pecado que Acã. Ele
disse que tinha que ser resolvido ou Israel continuaria a cair perante seus
inimigos (Josué 7:7-13). Se não for resolvido, ainda está lá (João 9:41;
Romanos 6:12-13; Efésios 4:27).
Não fique ansioso pelo crescimento numérico da igreja. É melhor ter uma igreja
com apenas seis pessoas, do que uma igreja de setecentas e trinta pessoas,
com maioria delas praticando o pecado (Mateus 18:20; Deuteronômio 7:7; 1
Samuel 14:6; Juízes 7:7; 1 Pedro 3:20; Gênesis 18:32). Quando o interesse em
números é maior do que o interesse na verdade, os irmãos deixarão passar
coisas, ou as esconderão debaixo do tapete, para que a lista de chamada não
diminua por ter que se livrar dos pecadores (1 Coríntios 5:7; Provérbios 22:10).
Não vamos esquecer que quando a verdade é ensinada e executada, não
teremos as massas a nossa volta, porque apenas alguns serão salvos (Mateus
7:13-14).
Conheça todos! Quando os irmãos não investem tempo uns com os outros,
nunca se conhecerão bem. Em Atos 2:42-46, podemos ver que a igreja passou
bastante tempo junto, e que ao fazer isso tiveram a oportunidade de se
conhecerem melhor. Conhecendo os gostos e desgostos uns dos outros,
podemos saber se um cristão está entrando no pecado, ou vivendo com um
pecado (Hebreus 3:12-13).
Sabedor de que esses estudos são de grande proveito para aqueles que estão
buscando conhecer melhor a vontade do Senhor para aplicar em suas vidas,
tenho incentivado algumas pessoas “evangélicas” a participar dos mesmos, e
por diversas vezes tenho me entristecido com as justificativas de algumas
dessas pessoas para não participar dos estudos da palavra do Senhor. Por
muitas vezes as justificativas que tenho ouvido são:
Em 1 Coríntios 7:23 a palavra do Senhor diz àqueles que pertencem a Ele para
não se fazerem escravos de homens, pois foram comprados por um alto preço,
o sangue de Cristo (I Pedro 1:18-19). Os que pertencem a Cristo foram
chamados para fora da escravidão ao pecado e da escravidão à vontade de
homens (João 8:34-36; Atos 5:29).
Todo aquele que julga pertencer a Cristo deve avaliar muito bem a sua vida
espiritual perante Deus, pois pode estar confiando em pastores humanos que
em muitos casos nem estão qualificados conforme a palavra do Senhor para
exercer essa função (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9), colocando assim sua vida
espiritual e salvação em grande risco. Já há muito tempo os servos do Senhor
vêm alertando para o perigo de desprezar os mandamentos de Deus e confiar
em príncipes e meros homens (Salmos 118:9; 146:3). Há sempre uma
asseveração constante e crescente nas escrituras quanto a confiar
completamente em guias humanos, pois os mesmos podem se tornar falhos e
conduzir as ovelhas para longe do caminho do Senhor (Atos 20:28-30),
tornando-se assim maldição para si próprio e para quem os segue, privando
ambos das bênçãos do Senhor (Jeremias 17:5-6). Porém, em contraste,
aqueles que confiam no Senhor e fazem dele o seu braço forte, o seu leme, a
sua bússola, tem a segurança e garantia de bênçãos não somente nesta vida
mas no reino eterno por vir (Jeremias 17:7-8; Apocalipse 2:7,10).
Sejamos como Paulo que após conhecer a vontade do Sumo Pastor não teve
medo de desistir do seu judaísmo inútil e de mostrar sua fé em Jesus
abertamente, pregando nas sinagogas o puro evangelho de Cristo (Atos 9:18-
22). No cristianismo atual não há mais espaços para os Nicodemos, para
aqueles que querem buscar a Cristo sob a proteção das sombras noturnas
(João 3:1-2) por temer aos homens e não a Deus. Os covardes não terão lugar
no reino de Jesus e dos seus santos (Apocalipse 21:8), pois quando o Sumo
Pastor se manifestar a coroa imarcescível da glória (I Pedro 5:4) será dada
àqueles que “...lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do
Cordeiro” (Apocalipse 7:14).
Crianças perpétuas em Cristo
É devastador ver uma criança que é subdesenvolvida física ou mentalmente.
Mas o que é pior é ver cristãos ficando mais velhos, mas que não crescem na
fé. Por que é pior? Porque é uma condição por escolha; é uma condição auto-
imposta. Este foi o problema na igreja em Corinto que deixou mais complexo,
se é que não causou, muitos outros problemas. Paulo chama tais cristãos de
“crianças em Cristo.” Ele diz: “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento
sólido: porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis.” (1
Coríntios 3:2). Ser “crianças em Cristo” não é o problema; continuar sendo
crianças em Cristo é.
Estas palavras foram ditas por Deus a seu povo através do profeta Ageu (Ageu
1:1), num contexto onde Israel tinha voltado para Jerusalém do cativeiro
babilônico, do qual o Senhor os havia resgatado (Esdras 2:1-2). Foi devido a
constante desobediência de Israel, que ele havia sido levado cativo
(Deuteronômio 28:49-52; 30:17-18). E agora, mesmo tendo retornado, tudo
ainda estava em ruínas, inclusive o templo do Senhor (2 Reis 25:8-9), que
representava a habitação de Deus no meio deles (1 Crônicas 22:19; 2 Crônicas
5:7; 6:1-11). O povo resgatado daquele cativeiro deveria priorizar a
reconstrução do templo, pois desta forma é que agradariam o Senhor e o
glorificariam (Ageu 1:8). Eles até iniciaram a reconstrução (Esdras 1: 1-11, 3:8),
porém depois de um tempo a interromperam (Esdras 4:24). Eles estavam
desanimados e parados com respeito a obra da Casa do Senhor. Dentre os
vários motivos que os levaram a interromper este trabalho (Esdras 4), o Senhor
destacou o contraste entre a indisposição do povo em reconstruir o seu
Templo (“...Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor
deve ser edificada...”) e a disposição em construírem para si mesmos belas
casas: “Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece em ruínas?. A presença do Senhor no meio
deles era o mais importante. Reconstruir a Casa do Senhor deveria ser sua
prioridade.
Sabemos que o Senhor não nos ordena reconstruir para ele um templo físico
hoje, pois os seus próprios servos, na Nova Aliança, são a sua habitação (João
14:23; Atos 17:24; 1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 3:16-17). Mas podemos tirar
algumas lições desta afirmação do Senhor a respeito da atitude do seu povo:
Nos dias do profeta Ageu, não muito tempo depois de ouvirem sua mensagem,
os Israelitas deram ouvidos a sua voz, temeram ao Senhor e retomaram a
construção do Templo (Esdras 5:2; Ageu 1:12-15).
Que assim, também nós, ao ouvirmos hoje a voz do “profeta dos profetas”, do
filho de Deus (Hebreus 1:1-2), nos empenhemos com toda perseverança na
obra principal que ele nos confiou (Hebreus 12:1-3).
No entanto, até a época do Concílio de Nicéia (325 d.C.) se tornou comum para
cada congregação ter um bispo que era superior em autoridade ao grupo de
presbíteros. A organização das igrejas locais e da igreja universal mudaria mais
ainda com o tempo, mas como esta mudança básica aconteceu?
Até este ponto, tudo foi feito de acordo com as instruções do Senhor.
Infelizmente, dois dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, decidiram, por algum
motivo, colocar fogo nos seus incensários e incenso no fogo que era um
holocausto ao Senhor. Fogo veio do Senhor novamente, mas desta vez matou
estes dois homens (Levítico 10:1-2).
Que castigo severo! Nadabe e Abiú não eram culpados de idolatria ou feitiçaria.
Não eram culpados de imoralidade sexual ou violência, nem mesmo de
assassinato. Todavia, morreram rapidamente na mão do Senhor. O que
poderia ser tão terrível sobre oferecer fogo e incenso ao Senhor? Não é este o
papel dos sacerdotes, oferecer sacrifícios?
O autor Moisés informa-nos que estes dois homens estavam oferecendo “fogo
estranho”, que o Senhor não havia ordenado (Levítico 10:1). Claramente, o
Senhor não aceitou este fogo, independente do quanto eram sinceros,
entusiasmados ou bem intencionados no que possam ter feito. O Senhor disse
a Arão através de Moisés que aqueles que chegam a ele tem que ver a sua
santidade. O Senhor deve ser glorificado perante o povo por aqueles que
chegam a ele (10:3).
Nestas duas ocasiões, as pessoas tinham seguido Jesus para ouvir seu ensino
maravilhoso e para ver seus milagres surpreendentes. Nunca houve uma
promessa de comida para atraí-los. Na verdade, os dois acontecimentos
mostraram as pessoas seguindo por longas distâncias e por muito tempo antes
de receberem comida. Por exemplo, em Mateus 15:32 nós lemos: “E,
chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta
gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que
comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo
caminho.” Você viu? As pessoas não foram seduzidas a seguir devido a uma
oferta de comida. A comida veiomais tarde, como um ato de compaixão. As
pessoas não foram esperando receber comida.
Nós temos uma referência onde Jesus suspeitou que as pessoas, de fato,
foram com o desejo de receber comida (João 6:22 em diante). Nessa ocasião
ele não as alimentou!
Este conceito é crucial para o sistema sacerdotal, pois torna certos homens em vigários
(representantes e substitutos) para Cristo. Vemos o mesmo princípio (apesar de certamente
não ser levado ao mesmo extremo) quando os presbíteros pensam que suas decisões foram
sancionadas por Deus e que desobedecê-los é desobedecer a Deus. Os efeitos prolongados
de um erro assim são assustadores.
Mas a gramática de A. T. Robertson cita o tempo futuro perfeito em Mateus 16:19 e 18:18 e diz
“no indicativo a forma perifrástica é o comum para o futuro perfeito, tanto ativo ... quanto
passivo” (p. 361,373). Wilber T. Dayton, na sua dissertação de doutorado em teologia,
apresentou um estudo completo do tempo perfeito do grego em relação a João 20:23, Mateus
16:19 e Mateus 18:18. Ele diz sobre o tempo futuro perfeito: “É o futuro de um tempo perfeito e
por isso refere-se a um ato como já completado no tempo futuro considerado, e como tendo
resultados permanentes.” Conformemente sua tradução de Mateus 16:19 – o que você ligar na
terra terá sido ligado no céu....”. A tradução Williams lê-se, “...deve já ter sido proibido no céu”.
Todos estão dizendo que os apóstolos apenas ligariam e desligaram aquilo que já tinha a
aprovação do céu.
Você diz, “Nós (você e eu) não somos estudiosos do grego.” É verdade! Mas o princípio deste
assunto é provado pelo contexto geral das Escrituras. Há apenas um legislador (Tiago 4:12), e
Deus não renunciou esse direito. Até na comissão limitada o “Espírito de vosso pai” falou
nos discípulos (Mateus 10:19-20). Como foi ordenado aos apóstolos “permanecei...até que
do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:48-49) e Jesus lhes disse, “...quando vier,
porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ... e vos anunciará as
coisas que hão de vir” (João 16:12-13). Os apóstolos foram ligados e desligados pela
inspiração – ou seja, como vasos de barro (2 Coríntios 4:7) eles passaram adiante aquilo que
receberam do céu.
Então, em harmonia com a verdade como algo completo, Jesus disse que quando os apóstolos
ligassem alguma coisa nesta nova revelação, seria aquilo que já havia sido ligado no céu.
Seria a mensagem de Deus, revelada pelo Espírito, que eles estariam ligando na terra. “Terá
sido ligado” (sendo futuro perfeito perifrástico) carrega este sentido. Eles não fariam leis, não
poderiam (com direito inerente) perdoar ou retirar pecados, mas apenas declarariam o que
Deus já havia determinado sobretal assunto.
Lidando com os desanimados e os fracos
Em 1 Tessalonicenses 5:14 Paulo diz aos cristãos: “Consoleis os desanimados, ampareis
os fracos”. A tradução literal da palavra “desanimados” seria “de alma pequena”, assim
sugerindo desânimo ou timidez. Seja qual for o caso do desânimo e da fraqueza, os cristãos
devem consolar os desanimados e amparar os fracos.
Na prisão em Roma, Paulo podia ter ficado desanimado; em vez disso ele escreveu e
encorajou a igreja de Filipos: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-
vos” (Filipenses 4:4). Ele havia aprendido que, qualquer que fosse a situação, ele devia estar
contente (Filipenses 4:11).
Para a igreja em Roma ele escreveu: “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para
discutir opiniões” (Romanos 14:1). “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as
debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos” (Romanos 15:1). Paulo estava
bem equipado para encorajar os outros devido à força que ele encontrou em Cristo. “Tudo
posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Educação espiritual
Há algo bem agradável sobre uma pessoa simples — e com “simples” não
quero dizer burra; quero dizer, sem complicações. É principalmente
agradável ver um homem de fé simples (sem complicações). Um homem
de fé simples não é ignorante. Sua fé é baseada em evidência sólida e
acreditável. Mas ele não discute com Deus, e ele não discute sobre o
óbvio. Quando a evidência está na sua frente para ver, ele simplesmente
crê – sem duvidar.
Todos os verdadeiros crentes em Jesus devem ser pessoas de fé simples. Para tais pessoas,
todas as suas perguntas já são potencialmente respondidas; tudo que precisam fazer é
aprender o que Jesus pensa sobre a pergunta, e aí sabem o que eles devem pensar ... e
acreditam. Isso é fé simples!
Mas, às vezes, as pessoas interpretam mal o que queremos dizer quando falamos sobre fé
simples. Elas pensam que estamos elogiando a falta de educação ou de capacidade. E pior,
parece que acreditam que, entre cristãos, é de alguma maneira elogiável ser iletrado e faltar
capacidade – afinal, falaram que até os apóstolos eram“iletrados e incultos”! (Atos 4:13).
Mas, por favor, não se confunda com isso: os apóstolos não eram homens ignorantes! É claro
que eles não tinham muita educação formal — no modo de ver dos líderes judaicos. Eles não
freqüentaram nenhuma escola religiosa, nem sentaram aos pés de algum rabino judeu popular.
Mas não eram ignorantes sobre as coisas religiosas, e com certeza não eram incultos em
assuntos espirituais. Para dizer a verdade, eles foram treinados pelo maior professor que já
viveu; eles foram treinados por Jesus Cristo, e foram guiados (até inspirados) pelo Espírito
Santo de Deus.
“Então, qual é o seu ponto?” Meu ponto é: precisamos ver que não há uma virtude especial em
ser simples – não se com isso queremos dizer alguém que é ignorante e iletrado. Não é “tudo
bem” ser ignorante ou iletrado na Vontade de Deus! Claro, a pessoa não precisa de muita
educação formal, se é que precisa de alguma, para ser um discípulo fiel de Jesus. Mas isso
não significa que podemos ser ignorantes da vontade de Deus e iletrado na sua palavra.
Deus não pede a ninguém para fazer mais do que tem capacidade. Mas quando temos a
capacidade de melhorar – de nos educarmos mais na palavra de Deus – temos que fazer isso
(2 Timóteo 2:15; 2 Pedro 3:18)! Se queremos que a igreja do Senhor cresça nos anos que vêm,
então teremos que nos desafiar a nos esticarmos. Temos que nos exercitar – se não a igreja de
amanhã será ainda mais fraca do que a igreja de hoje. Visão do futuro requer que nós nos
esforçermos a uma educação espiritual maior!
O que é "a igreja"?
Uma pergunta simples deveria ter uma resposta simples, e esta tem. A igreja é
o povo de Deus. A palavra "igreja" vem da palavra grega ekklesia, a qual
significa "convocado", e foi aplicada, no grego secular primitivo, às pessoas
"convocadas" com fim político ou outro, um tipo de conselho municipal.
Aplicada ao povo de Deus em Cristo, tendemos a pensar neles como
"convocados" pelo evangelho, o que é verdade; contudo, o conceito de
"evangelho" não é inerente à palavra. O dicionário Aurélio diz: "Comunidade
dos cristãos. O conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé...." Esta é uma
definição surpreendentemente boa, vindo de uma fonte secular. Primeiro e
básico conselho: pense em povo quando você disser igreja."
O plano divino convoca todos para trabalhar com outros santos, e para esse
fim dá instruções para a organização, a adoração e o trabalho da igreja local. A
palavra "igreja" é aplicada a esta "equipe" de santos, e porque eles adoram e
trabalham juntos (via um tesouro comum e supervisores/bispos) eles
freqüentemente providenciam o local de encontro fixo e se tornam identificados
com essa localização. Santos que assumem um compromisso para trabalhar
como uma equipe devem desenvolver laços de intimidade, uns com os outros,
e de fato se tornam uma entidade organizada. Cada membro tanto deve como
aceita obrigações com a equipe e, assim fazendo, abandona alguma
independência. Mas a nossa primeira fidelidade tem que permanecer com
Deus! Precisamos aprender, e ensinar aos novos convertidos, a ser fiéis ao
Senhor, antes que "à igreja". Se a igreja local for o que deveria ser, e se formos
fiéis ao Senhor, seremos um crédito para aquela igreja local (Atos 11:20-24).
É lógico que um assunto tão grande não poderia ser discutido aqui, em seus
pormenores; e para economizar espaço eu limitei as citações bíblicas. Mas
este é um assunto sempre novo, e sua importância continuará. Dê-lhe atenção
com oração, e sem preconceitos doutrinários. A "igreja" é gloriosa porque é a
culminância do plano de Deus para salvar todos que vierem a ele através de
Jesus Cristo (Efésios 3).
O rebanho de Deus
Poucos animais são tão indefesos como as ovelhas. Com
muito pouca defesa contra inimigos naturais, pouco senso de
direção e nenhuma capacidade para encontrar seu próprio
alimento, elas são muito dependentes do homem para prover
suas necessidades. No tempo em que não havia cercas, os
proprietários de ovelhas tinham que ficar com elas no deserto,
algumas vezes durante meses de uma só vez.
O pastor tinha que providenciar para as ovelhas tudo que elas não podiam
providenciar para si mesmas. Ele procurava pastos verdes onde pudessem
encontrar comida (1 Crônicas 4:39-40) e as conduzia gentilmente para lá,
sempre cuidadoso com as que estavam com filhotes (Isaías 40:11). Ele as
protegia até com sua própria vida. O jovem Davi relatou a Saúl como tinha
arrancado um cordeiro da boca de um leão e tinha matado tanto leões como
ursos (1 Samuel 17).
Dando tanto de si mesmos ao cuidado das ovelhas e estando tão
freqüentemente sem companhia humana, o pastor desenvolvia uma íntima
amizade com as ovelhas. Ele dava um nome a cada uma; as ovelhas
conheciam sua voz e vinham quando ele as chamava (João 10:3-4). Ele as
contava todas as noites para ter certeza de que estavam todas a salvo no
aprisco (Jeremias 33:13). Se ao menos uma estivesse faltando, ele
esquadrinhava o campo para encontrá-la (Lucas 15:4).
O desamparo das ovelhas, sua total dependência do pastor e do amor dele por
elas tornavam esta relação uma das mais finas e a figura da relação de Deus
com seu povo mais freqüentemente usada. Somos tão parecidos com ovelhas,
que bênção é ter um Deus amoroso, que tudo conhece, todo poderoso e todo
sábio como nosso pastor! Davi, o pastor, expressou isso tão lindamente
naquelas palavras familiares: "O SENHOR é meu pastor; nada me
faltará" (Salmo 23). Davi, contudo, não podia conhecer a absoluta perfeição do
Divino Pastor como podemos, depois de tê-lo visto na cruz, entregando sua
vida pelas ovelhas.
Proprietários de ovelhas algumas vezes tinham problemas quando o número
delas ficava tão grande que já não podiam mais atendê-las pessoalmente.
Afortunado, na verdade, era qualquer homem como Jessé, que tivesse um filho
como Davi, que pudesse amar e cuidar das ovelhas como se fossem dele.
Freqüentemente, as ovelhas tinham que ser divididas em rebanhos e deixadas
sob os cuidados de empregados. Jesus explicou: "O mercenário, que não é
pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as
ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa" (João 10:12). Jesus
estava realmente descrevendo os sacerdotes e mestres de Seu tempo que,
como pastores de Israel, tinham mostrado uma total despreocupação com as
ovelhas na sua perseguição egoísta de riqueza pessoal e glória.
Hoje em dia, cada congregação local é um rebanho de ovelhas de Deus. Os
presbíteros são aqueles que estão encarregados: "Pastoreai o rebanho de
Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente,
como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem
como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos
modelos do rebanho" (1 Pedro 5:2-3)
É freqüente demais o quadro que temos de presbíteros "dois ou três homens
de pé num canto tomando decisões pela igreja" ou sentados em volta de uma
mesa entrevistando um candidato a pregador ou trabalhando num orçamento.
Muitas das nossas orações pedem que eles presidam bem (1 Timóteo 5:17),
mas isto não é sua função maior. Os pastores tomam certas decisões e
supervisionam o rebanho, mas a maior parte do seu tempo é gasto com as
ovelhas, provendo suas necessidades e cuidando delas individualmente.
O "Supremo Pastor" tem todo direito a esperar que os pastores das igrejas
locais reflitam Seu próprio amor e cuidado pelas ovelhas. Eles, também,
precisam defender o rebanho (Tito 1:9-11); eles precisam alimentar as ovelhas
labutando "na palavra e no ensino"(1 Timóteo 5:17); e precisam conduzir
sendo exemplos para o rebanho (1 Pedro 5:3). Para cumprir tudo isto, eles
precisam conhecer o rebanho, fazendo um esforço para conhecer cada ovelha
pelo nome e ser conhecido por elas. Eles precisam contar o rebanho, não por
orgulho, mas para saber exatamente quantas ovelhas estão sob sua
responsabilidade. Se uma estiver faltando (não apenas à assembléia, mas à
fidelidade diária), eles precisam estar prontos a ir e encontrá-la para que
possam admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os
fracos, e ser longânimes para com todos (1 Tessalonicenses 5:14). Eles
deverão estar dispostos a sacrificar até suas vidas.
Os pastores de um rebanho local têm que dar conta de cada ovelha (Hebreus
13:17). Considere o julgamento de Deus sobre os pastores de Israel: "Ai dos
pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! ... Comeis a gordura,
vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A
fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a
desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas
dominais sobre elas com rigor e dureza. ... as minhas ovelhas andam
espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as
busque" (Ezequiel 34:2-6).
Considerando a temerosa inevitabilidade de tal relato, quem aspiraria ao
episcopado? A resposta: somente aqueles que amam as ovelhas tão
sinceramente que não podem suportar vê-las sem pastores. Estes são os
únicos homens a quem Deus daria tal trabalho, e para eles é a
promessa: "Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a
imarcescível coroa da glória" (1 Pedro 5:4)
As igrejas de Deus têm problemas
"Nenhum problema interno", o homem disse. E nossa primeira reação
foi de admiração por esta igreja "ideal" que não conhecia nenhum
problema. Mas com mais observação, nosso pensamento mudou.
A Bíblia fala de uma igreja que não tinha "nenhum problema". A igreja
de Laodicéia era rica e abastada, e não precisava de coisa alguma
(Apocalipse 3:17). Por outro lado, a igreja de Jerusalém estava
enfrentando diversos problemas. Eles tiveram que testemunhar a
morte de um casal hipócrita e mentiroso (Atos 5:1-11). Havia
murmuração por causa da negligência das viúvas gregas (6:1-7).
Havia problemas doutrinários sobre a questão da circuncisão (11:1-8;
15:4-5). Jerusalém tinha seus problemas enquanto Laodicéia estava
"sem problema"; contudo cada estudante da Bíblia sabe que
Jerusalém era a igreja aprovada, enquanto Laodicéia era nauseante
para o Senhor.
Concluímos que uma igreja preguiçosa, que nada faz, pode bem ficar
livre de dificuldades, mas uma igreja ativa e operosa pode esperar
certos problemas. Uma igreja que consegue converter alcoólatras,
viciados em drogas, divorciados; que busca uma "mulher samaritana",
ou um "Simão, o mágico", ou uma "Maria Madalena", pode esperar
alguns problemas. Mas aquela igreja que escolhe a alternativa de
pregar e converter somente os que são moralmente bons e que se
ajustem bem em seu próprios círculos sociais e econômicos, enquanto
evita alguns problemas, enfrenta o maior de todos eles em seu
fracasso em obedecer o mandamento do Senhor (Marcos 16:15) e em
seguir o próprio exemplo pessoal dele. Uma igreja que desenvolve
pessoas pensantes que estudam objetivamente cada questão bíblica
pode esperar que algumas diferenças apareçam em sua sincera
busca da verdade. Uma igreja hospitaleira precisa estar preparada
para acusações de negligência em sua mostra de hospitalidade. O
verdadeiro zelo pelo Senhor gerará problemas, mas ai daquela igreja
que negligencia a obra do Senhor para evitar questões. O anátema do
Senhor está sobre essa igreja.
Mas, por que era necessário um rei? Não havia Deus tomado
providências para capacitar os israelitas tanto a conhecer como fazer
sua vontade? Claro que sim. Ele tinha dado a lei e estabelecido um
sacerdócio para ensinar, e festas de comemoração para relembrar o
povo. Mas o problema era que Israel não era um povo espiritual. Era
uma nação física muito parecida com a nossa própria: um povo que,
com poucas exceções, não tinha desejo de aprender e fazer a vontade
de Deus. A ordem só poderia ser mantida com um forte regente no
trono, impondo a lei com mão firme.
Josias foi o último rei forte em Judá. Ele era um homem temente a
Deus que dirigiu um grande movimento de reforma em Judá,
esforçando-se por trazer a nação de volta a Deus. Ele insistiu que o
povo cumprisse a lei. Ele ordenou ao povo que guardasse a Páscoa.
Ele destruiu os altares idólatras e, enfim, fez um grande esforço para
livrar o país da idolatria e das abominações associadas a ela. O relato
em 2 Reis 22-23 pode levar-nos a pensar que Judá tinha sido
totalmente limpo da apostasia. Surpreende-nos descobrir que, não
obstante, a ira de Jeová ainda estava dirigida contra a nação, por
causa das abominações trazidas por Manassés (23:26-27; veja 24:3-
4).
E, assim, quando hoje nossos irmãos não quiserem dar ou, de outro
modo, responder, não temos que tentar imaginar um modo de forçá-
los a obedecer. Devemos sentá-los ao pé da cruz e deixar o sacrifício
de nosso Salvador fundir os corações duros.