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Introdução
De uma maneira muito clara, a vinda de Jesus ao mundo foi para trazer de volta
a comunhão com Deus, a vida plena que havíamos perdido, desde o Éden. Ele disse:
“Eu vim para que vocês tenham vida e vida plena” (Jo 10.10). A expressão “vida plena”
significa viver todo o potencial da vida e a realização ofertada por Deus. O propósito de
Deus é que seus filhos vivam em vitórias constantes. A vitória é uma experiência que
os filhos de Deus podem e devem desfrutar sempre.
Na plenitude dos tempos, Deus enviou Jesus Cristo, que na pureza de sua vida,
derrotou o Diabo, a tentação e o pecado. Jesus veio para isso. O episódio vivido por ele
na tentação do deserto nos mostra um Cristo grandioso vencendo a tentação, não
usando seus super-poderes, mas fazendo menção da poderosa Palavra de Deus. O
texto registra que “passadas que foram as tentações de sorte, apartou-se dele o Diabo,
até momento oportuno” (Lc. 4.1-13). Em razão desse fato, somente pela fé em Cristo –
ou por meio de sua graça – o ser humano tem a condição de vencer diariamente a
tentação.
1 – O que é tentação?
O dicionário Silveira Bueno, define tentação como sendo: “disposição ou ânimo
para a prática de coisas sedutoras ou censuráveis; desejo veemente; provocação ou
impulso que nos leva a fazer uma coisa má”, mas esse “impulso” ou “desejo mau”
encontra força por meio daquilo que nos atrai: “Cada um é tentado pelo sua própria
cobiça, quando essa o atrai e seduz” (Tg 1.14). Existe uma fonte externa da tentação
que procura estimular o ser humano ao pecado justamente naquilo em que ele é mais
vulnerável, por exemplo, na área sexual (1Co 7.5).
A Bíblia identifica o Diabo como “tentador” (Mt 4.3; 1Ts 3.5), ou seja, ele é a
origem externa da tentação. Em momentos de provocação ou lutas, Satanás surge
para nos induzir ao pecado, desobedecer aos mandamentos que Deus nos ordena em
Sua Palavra. Procura nos levar a questionar a ordem bíblica – como fez a Eva (Gn 3.1-5)
– ou duvidar do cuidado de Deus, exatamente como tentou o patriarca Jó (Jó 2.7-10).
A fonte interna da tentação é conhecida como “carne” ou “velho homem”, e o
objetivo do discipulado de Jesus Cristo é justamente o de neutralizar essa fonte por
meio da santificação (1Ts 5.23). Assim, precisamos ter compromisso com certos
hábitos ou exercícios espirituais para que consigamos “matar” ou “crucificar” essas
inclinações naturais para o pecado que existe em cada um de nós (Cl 3.5). Precisamos
entender que Deus e o Diabo buscam a nossa lealdade, mas devemos responder a nós
mesmos: a quem devemos atender? Podemos não estar sendo observados pelos lados,
mas se “olharmos para cima”, constataremos um Deus que nos vê a todo instante (Pv
5.21).
Conclusão
O alvo da tentação é a nossa completa destruição, pois Satanás tem total
interesse em nosso fracasso espiritual. Ele é cruel e “veio para matar, roubar e
destruir” (Jo 10.10). Para garantir a nossa vitória, precisamos seguir fielmente as
instruções que o Espírito Santo nos dá para cada dia. Obediência, fidelidade em seguir
o que Deus ordena em Sua Palavra é outra forma de derrotarmos a tentação. Josué e
Calebe preferiram caminhar pela fé – a despeito das aparências – por esse motivo a
Bíblia relata que eles foram os únicos daquela geração que deixaram o Egito e
tomaram posse da Terra Prometida (Dt 1.35-38). Toda a nação de Israel poderia ter
entrado na terra, mas cedeu à tentação de seguir líderes humanos rebeldes (Nm
13.31-33). Em razão da desobediência à Palavra de Deus foi impedido de viver as
delícias daquilo que Deus havia prometido quando tomasse posse daquela terra.