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KNOX, John The first temptation of Christ. In: FULLER, D. O. A Treasury of evangelical writings. 2nd ed. Michigan, USA: Kregel
Publications, 1991, p.165-178.
A primeira tentação de Cristo, assim, foi Deus quem a fez, e isso para
demonstrar a competência daquele que, humilhado, era o Filho do Altíssimo (Lc
1.32), aquele que tinha o Espírito sem medida (Jo 3.34), o filho de mulher que
esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Ali estava o homem que venceria o
mundo (Jo 16.33) – e, a ressurreição o demonstra, o venceu (Mc 16.6).
Como isso pode ser aplicado aos crentes de todos os tempos? Cada cristão é
exposto às tentações do maligno para satisfazer as suas necessidades mais
básicas (Mt 4.3), para fazer-se grande diante de Deus (Mt 4.5-6) e para fazer-se
grande diante dos homens (Mt 4.8-9).
Os homens caídos sucumbem a cada um desses tipos de tentação e confirmam
a sua morte perante Deus, pois confiam em si mesmos e nos deuses que fabricam
para si. Escravos que são, seguindo ao pai da mentira todos os dias, querem viver,
querem ter e querem poder. Estão sempre prontos a declarar a sua
independência de Deus, mesmo que tragam palavras piedosas em seus lábios.
Mentem a si mesmos, ao mundo e a Deus – imitam a seu pai.
O cristão, por sua vez, antes de se considerar como uma vítima exposta ao
mundo, deve recordar da sua nova vida em Cristo, da habitação do Santo Espírito
em seu ser e das promessas feitas pelo Deus fiel. Armado espiritualmente (Ef
6.13-18), dependendo do Senhor (Jo 15.5), o cristão buscará, antes e acima de
tudo, o reino de Deus e a Sua justiça (Mt 6.33) e entenderá que, frente a
tentação, vive para a glória de Deus e, por Seu poder, crescerá em santidade,
vencendo do mesmo modo que o Senhor Jesus o fez.
O Senhor nos tenta (prova) para mostrar, em nós, a Sua vitória. Aleluia!