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CONFRONTOS EM NÍVEIS MAIS ABRANGENTES

Já estudamos o tema libertação e, desta forma, aprendemos princípios práticos para


confrontarmos demônios e libertarmos vidas de sua influência e domínio. Entretanto, há
níveis mais abrangentes e profundos da disputa entre o império das trevas e o reino de
Deus, nos quais a presença e a ação da igreja são fundamentais.

Vamos investigar a Palavra em relação ao tema "guerra espiritual". Perceberemos que o


nosso confronto com as forças das trevas não se dá apenas ao nível rasteiro da
possessão ou influência sobre indivíduos, mas chega a envolver nações e grandes áreas
de poder.

Este assunto tem tomado vulto especial na nossa geração. Alguns o têm como mais um
modismo e afirmam que muitas das ênfases atuais não são encontradas em gerações
passadas da igreja. No entanto, esta não é uma leitura correta dos fatos. Se é verdade
que hoje exploramos com muito maior profundidade o tema, é verdade também que em
todas as épocas crentes praticaram e falaram sobre confronto com o império das trevas.
Basta dar uma olhada nos velhos hinários e perceber que, na luz que tinham, os antigos
cristãos visualizavam um inimigo a ser vencido e tinham consciência das armas
espirituais. Eis um exemplo no clássico de Martinho Lutero, Castelo Forte: "Castelo Forte
é nosso Deus, Espada e Bom Escudo. Com seu poder defende os seus em todo transe
agudo... Sim, que a Palavra ficará, sabemos com certeza; e nada nos afligirá, com
Cristo por defesa. Com fúria pertinaz, persegue
Satanás, com artimanhas tais e astúcias tão cruéis que, iguais, não há na terra...
" Se uma letra como essa não indicar consciência de guerra espiritual, então o que mais
poderá indicar?

O texto de Efésios 6:10-20 é talvez a maior fonte de revelação bíblica sobre esse
assunto. Nele, Paulo demonstra com muita destreza a realidade da guerra e a
necessidade de que a igreja se envolva profundamente nela, mas com conhecimento de
causa e armas apropriadas. É desse texto que vamos partir para um estudo
esclarecedor do que as Escrituras nos dizem sobre o assunto.

UMA REALIDADE DA QUAL NÃO PODEMOS FUGIR


A guerra espiritual não é um ministério de alguns crentes ou uma escolha que podemos
ou não fazer. Nós estamos nela e não há como escapar! Paulo diz: "Não temos que lutar
contra carne e sangue, mas (sim) contra principados, potestades, dominadores deste
mundo tenebroso, hostes espirituais da maldade..." (Efésios 6:12a). Ele está afirmando
que temos que combater contra o reino das trevas em todas as suas manifestações. Não
é uma opção, é uma necessidade!

1. UMA GUERRA QUE COMEÇOU NO CÉU - Houve um momento da história


eterna em que uma rebelião aconteceu no céu, antes mesmo que o homem fosse
criado. Um querubim chamado Lúcifer se rebelou contra Deus e seduziu um terço dos
anjos ao mesmo pecado. Embora esteja envolvida em muitos mistérios, esta verdade
está exposta em textos bíblicos como Ezequiel 28:11-19; Isaías
14:12-20 e Apocalipse 12:3-4, que precisam ser entendidos na sua linguagem figurada
e profética. Não é nosso objetivo, aqui, estudar profundamente a queda de Lúcifer (que
se transformou em Satanás) e dos seus anjos, mas demonstrar que o império das
trevas faz oposição ao reino de Deus antes mesmo que Adão fosse criado, e que o ser
humano, de uma forma ou de outra, está envolvido por esta guerra.

2. A IGREJA TEM A MISSÃO DE GOVERNAR NO ÂMBITO DA TERRA

Desde o Éden, o Senhor manifestou o propósito de estabelecer o homem como


representante legal da sua autoridade sobre a terra. Pelo pecado, Adão deixou que
Satanás lhe usurpasse esse direito e, por isso, ele tem estabelecido caos no planeta,
geração após geração. Entretanto, o homem Jesus derrotou Satanás e todos os seus
comandados na cruz (Colossenses 2:15). Ali foi restabelecida a autoridade do homem,
especificamente daqueles que se identificam com Cristo em sua morte, os crentes,
nascidos de novo.

Entre os muitos propósitos para os quais Deus levantou a igreja, está a missão de
confrontar o império das trevas e conquistar o espaço que ele usurpou, libertando os
homens da sua tirania. Paulo diz que "a multiforme sabedoria de Deus precisa ser
conhecida agora, dos principados e potestades, nos lugares celestiais" (Efésios 3:10).
Essa sabedoria já foi sacramentada por Cristo, mas o propósito eterno de Deus é que
ela seja manifestada pelo seu povo (Efésios 3:11). Portanto, a igreja tem uma vocação
dada pelo seu Senhor de fazer valer a vitória de Cristo diante do reino das trevas e,
embora haja crentes que tendam a viver na covardia, como refugiados sem uma causa
a defender, nosso papel é assumir a posição de guerreiros do Senhor e lutar. E à
medida que avançamos na guerra, que podemos tornar prática a realidade de reinar
com Cristo, não só na eternidade, mas agora, como indicam as Escrituras: "Porque, se
pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a
abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo"
(Romanos 5:17).
CONHECENDO O CARÁTER DA GUERRA
O mundo é como um território tomado por demônios, que mantém os homens como
reféns e escravos. Para libertá-los, conforme o propósito de Deus, precisamos vencer a
guerra espiritual, reconquistando para o reino de Deus os espaços que
Satanás usurpou. Entretanto, esta é uma tarefa complexa. Paulo fala do caráter
traiçoeiro do inimigo ao advertir sobre "as astutas ciladas do diabo" (Efésios 6:11). Não
é à toa a repetitiva ordem da Palavra: "Vigiai". Há sempre campos minados e
armadilhas preparadas contra nós, além de uma grande quantidade de espíritos com
armas sujas, para nos impedirem de retomar o domínio para o nosso Deus.

1. A GUERRA É ESPIRITUAL E NÃO NATURAL - Paulo diz que temos que lutar "nos
lugares celestiais" (Efésios 6:12b). Esta expressão pode soar estranha, mas traz para
nós uma grande revelação. Os lugares celestiais se referem a uma dimensão espiritual e
não material. Isso quer dizer que, para confrontar o império das trevas, temos que
possuir conhecimento espiritual (revelação), discernimento espiritual e armas
espirituais. Não conseguimos vitória nesta guerra a partir de recursos humanos (como
influência, inteligência, força física, política, etc.). Embora Deus possa usar tais
recursos, não é deles que depende o nosso êxito na guerra contra Satanás.

2. ESTAMOS NUMA POSIÇÃO DE SUPERIORIDADE - A igreja do Senhor está revestida de


poder e possui armas espirituais inigualáveis. Sua posição é de superioridade em
relação ao reino das trevas. Segundo a Bíblia, após ressuscitar, Cristo "assentou-se à
direita do Pai nas regiões celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e
domínio e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também
no vindouro" (Efésios 1:20-21). Esta é a sua posição de completa autoridade. Mas a
Bíblia também diz que Deus "nos ressuscitou juntamente com Ele, e com Ele nos fez
sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus" (Efésios 2:6). Portanto, nós estamos
também numa posição de superioridade em relação a Satanás e seu império. Temos que
aprender a tratar com ele de cima para baixo, como quem está em vantagem. Nossas
armas são "poderosas em Deus" (II Coríntios
10:4), temos os anjos ao nosso serviço (Hebreus 1:13-14), em quantidade dobrada
(somente um terço rebelou-se com Lúcifer) e uma autoridade diante da qual os
demônios tremem: o nome de Jesus.

3. A GUERRA É UMA SUCESSÃO DE BATALHAS E ESTRATÉGIAS - A guerra espiritual


acontece todo o tempo e cessará no último dia, quando Satanás e seus seguidores serão
lançados no lago de fogo eternamente (Apocalipse 20:10).
Enquanto isto não ocorrer, a guerra persistirá. Entretanto, uma guerra é feita através de
uma sucessão de batalhas. Temos períodos de menor confronto espiritual e períodos de
grande confronto. Paulo aconselha-nos: "Tomai toda a arma. dura de Deus para que
possais resistir no dia mal, e havendo vencido tudo, permanecer firmes" (Efésios 6:13).
Entenda "dia mau" aqui como tempo de fortes confrontos espirituais, quando
precisamos de vigilância redobrada e de grande esforço para fazer prevalecer o reino de
Deus.
Há ocasiões em que a atitude da Igreja é uma atitude de vigilância para apenas
preservar o espaço conquistado. Isso pode acontecer em todos os níveis (pessoal,
familiar, congregacional, a igreja numa localidade ou nação, etc.). Em outras ocasiões,
somos atacados pelo inimigo e temos que nos defender com esforço. Em outras
situações, estaremos avançando como reino de Deus e teremos que provocar batalhas,
anulando posições em que os demônios mantêm controle.

4. O PODER DA RESISTÊNCIA - O reino das trevas não consegue nos atacar ou impedir
indefinidamente. Sua munição e força são limitadas. Por isso, Paulo diz que, se
atacados, devemos resistir até que passe o "dia mau" (e ele passará).
Tiago assegura: "Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós"
(Tiago 4:7). Isso deve nos levar a entender que um dos segredos para a vitória é a
perseverança. Sem ela, podemos sucumbir diante de ataques adversos ou desistir de
conquistas possíveis.
OS VÁRIOS NÍVEIS DA GUERRA ESPIRITUAL

Há uma impressionante organização hierárquica no exército inimigo. Paulo afirma que


temos que combater em vários níveis: "contra os principados, contra as potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as hostes espirituais da maldade
nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Poderíamos dizer que nossa missão não é apenas
anular "soldados rasos", sem muito poder de fogo, mas capturar poderosos
comandantes do mal, no mundo espiritual.
Certa vez, os discípulos de Jesus foram por Ele enviados e, depois de algum tempo,
voltaram, cheios de entusiasmo, dizendo: "Senhor, pelo teu nome, até os demônios se
nos submetem! Disse-lhes Jesus: Eu via Satanás, como um raio, caindo do céu. Eis que
vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e toda força do inimigo, e nada
vos fará dano algum" (Lucas 10:17-19). O que Jesus está afirmando é que temos poder,
não apenas para dominar espíritos rastejadores, demônios de menor escalão, mas para
vencer qualquer nível de poder maligno, inclusive abalar Satanás, o maioral dos
demônios.
Paulo citou quatro níveis ou hierarquias de poder maligno. A igreja deve atuar, não
apenas nos níveis mais baixos, como acontece com a libertação de indivíduos, mas nos
níveis superiores, que envolvem guerra espiritual por territórios e nações.
Vamos procurar entender cada um dos termos usados pelo apóstolo

1. PRINCIPADOS - Paulo expõe a hierarquia demoníaca em ordem decrescente de poder


neste texto bíblico. O nível mais elevado citado é o dos "principados" São espíritos
malignos de grande poder, verdadeiros governadores das trevas, responsáveis por
comandar as forças do mal sobre nações ou grandes áreas geográficas. O termo grego
no original ("arché") traz o sentido de começo, origem, causa ativa, pessoa ou coisa que
começa algo. Isso nos faz pensar que os principados são comandantes sobre os demais
demônios numa determinada nação ou grande área e estão sob comando direto de
Satanás.
Temos uma clara visão sobre o assunto quando estudamos o capítulo 10 de
Daniel. O profeta estava orando e jejuando por uma causa havia vinte e um dias,
quando um anjo do Senhor lhe chegou com a resposta. Suas palavras são reveladoras:
"Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a
compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e,
por causa das tuas palavras, é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu
por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e
eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. Agora, vim para fazer-te entender o que há de
suceder ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda distantes"
(Daniel 10:12-14). Perceba que este "príncipe da Pérsia" não poderia ser um homem,
uma vez que teve o poder de deter um anjo de Deus por vinte e um dias!
Tratava-se, na verdade, de um governador espiritual, um espírito maligno de grande
poder que comandava o plano satânico na Pérsia. Isto nos leva a entender que há
principados sobre as diversas nações, que precisam ser discernidos e confrontados pela
Igreja. O mesmo anjo que falou a Daniel, referiu-se ao "príncipe da Grécia" (Daniel
10:20), confirmando esta ideia de governadores territoriais que envolve os principados.

2. POTESTADES - As "potestades" ("exousia" no grego), são espíritos investidos de


grande poder para coordenarem as ações do mal em relação a um assunto específico.
Enquanto principados dominam áreas geográficas ou territoriais, potestades comandam
determinados tipos de ação. Por exemplo, uma potestade de violência comandaria
grandes quantidades de espíritos malignos na fomentação da violência em um lugar.
Potestades de perversão sexual fariam o mesmo em relação à imoralidade e assim por
diante.

3. DOMINADORES DO MUNDO TENEBROSO - Imaginamos que os "dominadores do


mundo tenebroso" a que Paulo se refere sejam demônios envolvidos diretamente com
missões entre os homens, espíritos que obedecem a comandos de potestades e mantêm
sob suas ordens outros subordinados malignos.

4. HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE - As "hostes espirituais da maldade" são os


espíritos que perturbam e dominam a vida de muitos homens. Jesus os chamava de
"espíritos imundos" (Mateus 12:43), talvez pelo seu caráter rasteiro.
É, provavelmente, neste nível que milita a maioria dos espíritos que provocam
endemoninhamento em pessoas.
NOSSA POSTURA PARA A VITÓRIA

lá sabemos que estamos envolvidos numa grande guerra espiritual e que avançamos de
batalha em batalha, nos diversos níveis em que os confrontos são travados. Precisamos
agora compreender a nossa postura adequada, como exército de Deus, para
avançarmos em vitória.
Uma batalha não é vencida apenas no momento do conflito. A preparação é uma grande
chave. Tropas mal preparadas serão facilmente abatidas. Por isso, Paulo diz, no texto
que temos usado como base para estes estudos: "No demais, irmãos meus, forta-lecei-
os no Senhor e na força do seu poder" (Efésios 6:10). É no relacionamento com Deus
comunhão, adoração, consagração, etc.) que ganhamos estruturas espirituais para
suportar a pressão dos confrontos com o império das trevas. Além disso, devemos ser
for-Falecidos no poder do Senhor. Isso fala de uma vida cheia do Espírito Santo,
operante no sobrenatural. E no exercício dos dons espirituais que ganhamos
equipamento.

[15:16, 22/05/2023] Jones Benjamim:

O SEGREDO DA COMUNICAÇÃO COM O CÉU

O exército de Deus tem atitudes alinhadas com a Palavra de Deus. Paulo, no seu
«gratado sobre guerra espiritual", ordena: "Orai em todo o tempo, com toda oração
esupli ano Espírito. Vigiai nisto com toda perseverança e súplica por todos os santos.
arai também por mim, para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com
confianca a territtos
618.192). Perceba que, na conclusão do tema, o apóstolo estabelece uma ênfase toda
especial no papel da oração. Sem ela, a igreja não avança Ele fala sobre orar se toda o
tempo". Assim como um pelotão militar precisa de comunicação ininterrupta com seu
comando central, quando avança numa batalha, o crente não pode prescindir da prática
da oração, pela qual contata o trono de Deus, o Senhor dos Exércitos.
[15:17, 22/05/2023] Jones Benjamim: 1. A ESTRATÉGIA DO ORAR NO ESPÍRITO -
"Oração e súplica no Espírito" é uma referência ao orar em línguas estranhas. Esta é
uma estratégia poderosa na guerra espiritual. Sua prática fortalece o nosso homem
interior Judas 1:20) e comunica ao céu nossas necessidades no campo de batalha, sem
interferência do inimigo. Os demônios não entendem a oração em línguas. A Bíblia diz
que
"o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende;
porque em espírito fala mistérios" (l Coríntios 14:2). Trata-se de uma comunicação
absolutamente sagrada, codificada para ser entendida apenas pelo Senhor e pelos que
Ele a quiser revelar. Provavelmente por isso, o reino das trevas trabalha tanto para que
o crente não exercite esse dom, tentando cortar a comunicação espiritual através de
dúvida, desinteresse, cansaço e outras artimanhas demoníacas.

2. INTERCEDENDO POR NOSSOS IRMÃOS - Um exército vencedor tem que lutar em


espírito de unidade. Não há lugar para individualismo no campo de batalha. Somos
dependentes uns dos outros, assim como somos responsáveis uns pelos outros. Já disse
alguém que "nenhum exército vencedor abandona os seus feridos na zona de combate".
Por isso, Paulo ordena vigilância, perseverança e súplica "por todos os santos". Assim,
ele está se referindo ao papel fundamental da intercessão na guerra espiritual.
Interceder, como já vimos detalhadamente em outro estudo, é pleitear a causa de
outros perante o Senhor. Segundo a Palavra, a abrangência dessa responsabilidade para
nós é imensa: todos os santos!

3. COBRINDO NOSSOS COMANDANTES - Ao pedir, "orai também por mim",


Paulo destaca a responsabilidade especial da igreja de cobrir de oração os seus líderes.
Como sabemos que, para avançar contra o reino de Satanás, temos que anular seus
comandantes (principados, potestades, dominadores...), o inimigo também sabe que,
"quando o pastor é ferido, as ovelhas se dispersam" (Mateus 26:31).
Por isso, os líderes da igreja tornam-se seu alvo preferencial. Comandantes precisam
estar protegidos de maneira especial. Isso acontece também através da intercessão. Eis
um exemplo, quando Pedro enfrentava problemas, devido à pregação do evangelho,
tendo sido preso: "Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a igreja orava com
insistência a Deus por ele" (Atos 12:5). Esta atitude de responsabilidade do povo para
com seu líder fez com que o poder de Deus se manifestasse e ele fosse milagrosamente
liberto. Isso é o que poderíamos chamar de uma "missão de resgate", por meio da
oração.

TOMANDO TODA A ARMADURA DE DEUS


Muitos crentes pensam que o segredo para a vitória nas batalhas espirituais está em
posicionamentos místicos. Assim, confiam em armas ineficazes. Simplesmente, dizer a
um principado: "Está amarrado"; ou deixar uma Bíblia supersticiosamente aberta no
Salmo 91 não tem nenhum poder contra os demônios. O que nos respalda para a vitória
nos confrontos espirituais é a prática correta de princípios da vida cristã. Quando Paulo
fala "tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de
terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Efésios 6:13), está de fato apontando
posturas fundamentais que devem ser vividas em conjunto (não
aduanta comas batalha asportura, mas "toda" ela), para que o soldado de Crato
gentia éxito nas batalhas espirituais.
A ilustração quanapóstolo propõe é a de uma armadura usada em seus dias pelos
soldado belico posoar. Livanse, na epoca da artadura usado em seus dias.
polipaments para que sereh tele usa Cada poca para lisa palavra em letras de
império das trevas.
Aspensavel trevas: ue o crente esteja habilitado a vences tras posturas Práticas ino
4, O CINTA DO C OVE A DOMADE - Diz o texto sagrado: "Estai pois, firmes, cingindo os
passos lombos com a verdade.." (Efésios 6:14a). O escritor se retere a o cinto que leve
segurar e ajustar a armadura de Deus à vida do crente, Sem ele, todas as demais peças
se tornam vulneráveis. Esse cinto se chama "verdade. Isso traz.
implicações muitos práticas para nos.
• JESUS É A VERDADE - Em primeiro lugar, a verdade se refere ao próprio Cristo. Ele
mesmo disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" João 14:6). Sem uma experiência
real com Ele, ninguém pode se apropriar do poder de Deus. A armadura é sustentada
por uma aliança. O crente nominal, mero religioso, aquele que não fez uma entrega
absoluta de sua vida a Jesus, recebendo-o como Senhor de sua vida, não tem nenhuma
chance de prevalecer contra o inimigo.
o A Ras Savadas, A VERDADE - Em segundo lugar, verdade fala das Escrituras
Sagradas, a sã doutrina (I Timóteo 1:10; II Timóteo 4:3; Tito 2:1). Jesus, na sua
oração sacerdotal, disse ao Pai: "Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade"
(João 17:17). Esse é um aspecto muito importante. Não podemos enfrentar o reino das
trevas baseados em crendices ou racionalizações humanas. A Bíblia é a única base
realmente confiável para a postura do cristão.
Portanto, todas as nossas ações na guerra espiritual precisam estar respaldadas pelos
princípios eternos de Deus, estabelecidos em sua Palavra.
a MINHA VIDA É UM REFLEXO DA VERDADE - O terceiro aspecto do cinto da verdade diz
respeito à nossa própria conduta. Falar a verdade e ser verdadeiro são requisitos
imprescindíveis na vida de todo soldado de Cristo. Isso significa que a nossa palavra
tem que ser firme, absolutamente confiável. Segundo Jesus, tem que ser "sim, sim;
não, não. O que passa disso vem do maligno" (Mateus 5:37). Significa também que
nossa vida precisa estar sempre na luz, sem áreas ocultas e comprometidas com o
pecado. Ao usar da mentira ou viver uma vida sem transparência, a pessoa dá
legalidade a Satanás, o "pai da mentira" João 8:44) e imperador das trevas
(Colossenses 1:13).

2. A COURAÇA DA JUSTIÇA - A "couraça da justiça" (Efésios 6:14b) é o segundo


equipamento necessário na vida do guerreiro cristão. A couraça era a peça que protegia
os órgãos vitais de um soldado romano (coração, pulmões, fígado, etc.). Como Paulo
está falando do homem interior (espírito), a couraça da justiça é aquilo que preserva as
fontes da vida de Deus em nós. Justiça, no Novo Testamento, é sinônimo quase sempre
de santidade (Efésios 4:24) ou de fidelidade (Gálatas 3:6). Isso nos leva a entender que
há necessidade de uma vida separada do pecado para obtermos éxito na guerra
espiritual. O crente que mantém pecados não confessados, que se rende à iniquidade,
torna-se uma pessoa descoberta diante do inimigo. Sua vida espiritual estará exposta,
se ele prescindir da couraça da justiça.

3. OS CALÇADOS DO EVANGELISMO - Se queremos avançar contra o inimigo,


precisamos ter os nossos pés protegidos. A qualidade daquilo que protege os pés do
guerreiro determina a distância aonde ele poderá chegar. Paulo diz que o calçado do
soldado cristão é "a preparação do evangelho da paz" (Efésios 6:15).
Podemos entender com isto que o evangelismo, a proclamação das boas novas
("kerigma"), é tanto uma arma de conquista (com ela nós avançamos contra as trevas -
Isaías 52:7; Romanos 10:15), como uma arma de defesa (com ela, pisamos sobre o
inimigo - Lucas 10:19; Romanos 16:20). Enquanto estabelecemos a paz de Cristo no
coração de seres humanos, por meio do evangelismo, faze. mos guerra contra os
demônios. Aliás, conquistar vidas é o propósito central da guerra. Quando o fazemos,
estamos estendendo os limites do reino de Deus.

4. O ESCUDO DA FÉ _ "Tomando sobretudo o escudo da fé com o qual podereis apagar


todos os dardos inflamados do maligno" (Efésios 6:16). Com estas palavras, Paulo nos
apresenta a arma de defesa que traz consigo o poder da agilidade. Talvez por isso, ela é
colocada em destaque ("sobretudo"). Empunhado pelo guerreiro, o escudo tinha a
mobilidade necessária para desviar setas do adversário, não importando a direção da
qual viesse. Conforme vemos, no contexto espiritual, este escudo é a fé. Ela nos
defende contra as investidas do inferno, que vêm contra nós como se fossem flechas ou
dardos inflamados (enfermidades, confusão, medo, problemas financeiros, etc.). A única
coisa que precisamos fazer é estar atentos. O escudo, por si só, não pode nos guardar
plenamente. Ele tem que ser manuseado. Que sentido tem isto? A fé é a arma que
temos para desfazer as obras de Satanás contra nós. É na confiança absoluta no Senhor
e na sua Palavra que desfazemos todo tipo de veneno maligno. João confirma isto,
asseverando
"porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mun-do: a nossa fé" (I João 5:4).

5. O CAPACETE DA SALVAÇÃO - A mente do cristão é o alvo prioritário do ini-migo. Aí


reside o poder das decisões. Por isso, Satanás e seus demônios sempre trabalham para
nos atingir através de sofismas, dúvidas e acusações. Esta foi sua estratégia quando
enfrentou Jesus no deserto (Lucas 4:1-13) e na cruz (Mateus
27:40). Ele queria colocar em dúvida a identidade de Jesus como Filho de Deus.
Sua estratégia não mudou até hoje. Por isso, a Palavra nos fala da necessidade de
proteger a nossa cabeça com "o capacete da salvação" (Efésios 6:17a). O crente precisa
estar convicto de quem é, de sua posição em Cristo e de seus direitos como filho de
Deus. Sua mente tem que estar protegida com a certeza da salvação.

6. A ESPADA DO ESPÍRITO - Paulo termina a descrição das armas cristãs falando da


"espada do espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17b). Este é o nosso maior
instrumento de ataque, com o qual podemos realmente ferir o inimigo.
Não há nada mais temido no império das trevas do que a Palavra de Deus. Foi
[15:17, 22/05/2023] Jones Benjamim: com ela que Jesus rechaçou o diabo, na tentação
do deserto (Lucas 4:1-13). Por isto, o obreiro cristão precisa dedicar-se ao manuseio da
Palavra, como quem aprende a usar uma arma. Paulo orientou Timóteo com as
seguintes expressões:
"Procura apresentar-te como obreiro aprovado que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15). Agora leia este texto, mudando a
palavra "obreiro" para "soldado" e "palavra da verdade" para " espada do Espírito". Aí
está um segredo para a conquista! Quando abrimos a nossa boca e declaramos contra o
inimigo aquilo que Deus já decretou, ele tem que recuar!
Diante da Palavra de Deus, Satanás não tem como se defender!

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