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Este assunto tem tomado vulto especial na nossa geração. Alguns o têm como mais um
modismo e afirmam que muitas das ênfases atuais não são encontradas em gerações
passadas da igreja. No entanto, esta não é uma leitura correta dos fatos. Se é verdade
que hoje exploramos com muito maior profundidade o tema, é verdade também que em
todas as épocas crentes praticaram e falaram sobre confronto com o império das trevas.
Basta dar uma olhada nos velhos hinários e perceber que, na luz que tinham, os antigos
cristãos visualizavam um inimigo a ser vencido e tinham consciência das armas
espirituais. Eis um exemplo no clássico de Martinho Lutero, Castelo Forte: "Castelo Forte
é nosso Deus, Espada e Bom Escudo. Com seu poder defende os seus em todo transe
agudo... Sim, que a Palavra ficará, sabemos com certeza; e nada nos afligirá, com
Cristo por defesa. Com fúria pertinaz, persegue
Satanás, com artimanhas tais e astúcias tão cruéis que, iguais, não há na terra...
" Se uma letra como essa não indicar consciência de guerra espiritual, então o que mais
poderá indicar?
O texto de Efésios 6:10-20 é talvez a maior fonte de revelação bíblica sobre esse
assunto. Nele, Paulo demonstra com muita destreza a realidade da guerra e a
necessidade de que a igreja se envolva profundamente nela, mas com conhecimento de
causa e armas apropriadas. É desse texto que vamos partir para um estudo
esclarecedor do que as Escrituras nos dizem sobre o assunto.
Entre os muitos propósitos para os quais Deus levantou a igreja, está a missão de
confrontar o império das trevas e conquistar o espaço que ele usurpou, libertando os
homens da sua tirania. Paulo diz que "a multiforme sabedoria de Deus precisa ser
conhecida agora, dos principados e potestades, nos lugares celestiais" (Efésios 3:10).
Essa sabedoria já foi sacramentada por Cristo, mas o propósito eterno de Deus é que
ela seja manifestada pelo seu povo (Efésios 3:11). Portanto, a igreja tem uma vocação
dada pelo seu Senhor de fazer valer a vitória de Cristo diante do reino das trevas e,
embora haja crentes que tendam a viver na covardia, como refugiados sem uma causa
a defender, nosso papel é assumir a posição de guerreiros do Senhor e lutar. E à
medida que avançamos na guerra, que podemos tornar prática a realidade de reinar
com Cristo, não só na eternidade, mas agora, como indicam as Escrituras: "Porque, se
pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a
abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo"
(Romanos 5:17).
CONHECENDO O CARÁTER DA GUERRA
O mundo é como um território tomado por demônios, que mantém os homens como
reféns e escravos. Para libertá-los, conforme o propósito de Deus, precisamos vencer a
guerra espiritual, reconquistando para o reino de Deus os espaços que
Satanás usurpou. Entretanto, esta é uma tarefa complexa. Paulo fala do caráter
traiçoeiro do inimigo ao advertir sobre "as astutas ciladas do diabo" (Efésios 6:11). Não
é à toa a repetitiva ordem da Palavra: "Vigiai". Há sempre campos minados e
armadilhas preparadas contra nós, além de uma grande quantidade de espíritos com
armas sujas, para nos impedirem de retomar o domínio para o nosso Deus.
1. A GUERRA É ESPIRITUAL E NÃO NATURAL - Paulo diz que temos que lutar "nos
lugares celestiais" (Efésios 6:12b). Esta expressão pode soar estranha, mas traz para
nós uma grande revelação. Os lugares celestiais se referem a uma dimensão espiritual e
não material. Isso quer dizer que, para confrontar o império das trevas, temos que
possuir conhecimento espiritual (revelação), discernimento espiritual e armas
espirituais. Não conseguimos vitória nesta guerra a partir de recursos humanos (como
influência, inteligência, força física, política, etc.). Embora Deus possa usar tais
recursos, não é deles que depende o nosso êxito na guerra contra Satanás.
4. O PODER DA RESISTÊNCIA - O reino das trevas não consegue nos atacar ou impedir
indefinidamente. Sua munição e força são limitadas. Por isso, Paulo diz que, se
atacados, devemos resistir até que passe o "dia mau" (e ele passará).
Tiago assegura: "Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós"
(Tiago 4:7). Isso deve nos levar a entender que um dos segredos para a vitória é a
perseverança. Sem ela, podemos sucumbir diante de ataques adversos ou desistir de
conquistas possíveis.
OS VÁRIOS NÍVEIS DA GUERRA ESPIRITUAL
lá sabemos que estamos envolvidos numa grande guerra espiritual e que avançamos de
batalha em batalha, nos diversos níveis em que os confrontos são travados. Precisamos
agora compreender a nossa postura adequada, como exército de Deus, para
avançarmos em vitória.
Uma batalha não é vencida apenas no momento do conflito. A preparação é uma grande
chave. Tropas mal preparadas serão facilmente abatidas. Por isso, Paulo diz, no texto
que temos usado como base para estes estudos: "No demais, irmãos meus, forta-lecei-
os no Senhor e na força do seu poder" (Efésios 6:10). É no relacionamento com Deus
comunhão, adoração, consagração, etc.) que ganhamos estruturas espirituais para
suportar a pressão dos confrontos com o império das trevas. Além disso, devemos ser
for-Falecidos no poder do Senhor. Isso fala de uma vida cheia do Espírito Santo,
operante no sobrenatural. E no exercício dos dons espirituais que ganhamos
equipamento.
O exército de Deus tem atitudes alinhadas com a Palavra de Deus. Paulo, no seu
«gratado sobre guerra espiritual", ordena: "Orai em todo o tempo, com toda oração
esupli ano Espírito. Vigiai nisto com toda perseverança e súplica por todos os santos.
arai também por mim, para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com
confianca a territtos
618.192). Perceba que, na conclusão do tema, o apóstolo estabelece uma ênfase toda
especial no papel da oração. Sem ela, a igreja não avança Ele fala sobre orar se toda o
tempo". Assim como um pelotão militar precisa de comunicação ininterrupta com seu
comando central, quando avança numa batalha, o crente não pode prescindir da prática
da oração, pela qual contata o trono de Deus, o Senhor dos Exércitos.
[15:17, 22/05/2023] Jones Benjamim: 1. A ESTRATÉGIA DO ORAR NO ESPÍRITO -
"Oração e súplica no Espírito" é uma referência ao orar em línguas estranhas. Esta é
uma estratégia poderosa na guerra espiritual. Sua prática fortalece o nosso homem
interior Judas 1:20) e comunica ao céu nossas necessidades no campo de batalha, sem
interferência do inimigo. Os demônios não entendem a oração em línguas. A Bíblia diz
que
"o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende;
porque em espírito fala mistérios" (l Coríntios 14:2). Trata-se de uma comunicação
absolutamente sagrada, codificada para ser entendida apenas pelo Senhor e pelos que
Ele a quiser revelar. Provavelmente por isso, o reino das trevas trabalha tanto para que
o crente não exercite esse dom, tentando cortar a comunicação espiritual através de
dúvida, desinteresse, cansaço e outras artimanhas demoníacas.