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Introdução
Antes de avançarmos qualquer comentário sobre a Engenharia de Software é importante
comentar alguns conceitos sobre software e o seu desenvolvimento.
Softaware
Considera-se software ao conjunto de programas de computador e a documentação associada. O
software pode ser desenvolvido para um cliente específico ou para um mercado geral.
Na literatura existem várias definições para o termo software, mas o mais importante é perceber
que não se trata apenas de linhas de código escritas por um programador para executar em um
computador e realizar uma tarefa específica, pois, este abrange também a sua documentação tal
como: manuais de utilizador, especificações, planos de testes unitários entre outros.
Desenvolvimento de software
É o acto de elaborar e implementar um sistema computacional, isto é, transformar a necessidade
de um utilizador ou de um mercado em um produto software.
O desenvolvimento de software relaciona-se com a aplicação dos processos da Engenharia de
Software combinados com a pesquisa das necessidades do produto.
Engenharia de Software
É a disciplina da Engenharia relacionada com todos aspectos da produção de software, desde os
estágios iniciais de especificação do sistema até a sua manutenção, depois de entrar em operação.
É possível encontrar outras definições como a que diz:
Trata-se de uma área do conhecimento da informática voltada para a especificação,
desenvolvimento e manutenção de sistemas de software aplicando tecnologias e práticas da
ciência de computação.
A nível industrial:
Com o crescimento aumento dos de software (em relação aos de hardware) no custo total de um
sistema computacional, o processo de desenvolvimento de software tornou-se um item de
fundamental importância na produção de tais sistemas.
A nível industrial, algumas questões que caracterizam as preocupações com o processo de
desenvolvimento são colocadas frequentemente, das quais podem-se destacar as seguintes:
Porquê o software demora tanto a ser concluído?
Porquê os custos de produção têm sido tão elevados?
Porquê não é possível detectar todos os erros antes que o software seja entregue ao
cliente?
Porquê é tão difícil medir o progresso durante o processo de desenvolvimento de
software?
Estas são algumas das questões que a Engenharia de Software pode ajudar a resolver. Enquanto
não for possível responder definitivamente às questões acima, é possível descrever alguns
problemas que as originam. Um deles consiste no facto de o desenvolvimento ser efectuado na
base alguns princípios que na maioria dos casos não constituem realidade, conhecido como
Mitos de Software.
Mitos de software
Mito 1: se a equipa dispõe de um manual repleto de padrões e procedimentos de
desenvolvimento de software, então a equipa está apta a bem encaminhar o desenvolvimento.
Realidade 1: isto não constitui realidade pois, é necessário aplicar efectivamente os
conhecimentos apresentados no manual, e é necessário que o que consta no manual reflita a
moderna prática de desenvolvimento de software.
Mito 2: a obtenção de computadores de última geração implica que a equipa tem a sua
disposição ferramentas de desenvolvimento de software de última geração.
Realidade 2: isto também nem sempre constitui verdade, pois, ter a sua disposição o último
modelo de computador pode ser bastante confortável para o desenvolvedor, mas isto não garante
em momento nenhum a qualidade de software desenvolvido. É bom ter em mente que deve ser
dada prioridade a ferramentas para automação do desenvolvimento.
Mito 4: uma descrição breve e geral dos requisitos de software é o suficiente para iniciar o seu
projecto… maiores detalhes podem ser definidos posteriormente.
Realidade 4: este é um dos problemas que pode conduzir ao fracasso. O cliente deve procurar
definir o mais precisamente possível todos requisitos importantes.
Realidade 5: é verdade que o software é flexível, entretanto, não existe software, por mais
flexível que seja, que suporte alterações significativas sem que aumente os seus custos de
desenvolvimento.
Mito 6: após edição do programa e sua colocação em funcionamento, o trabalho está terminado.
Realidade 6: o que ocorre na realidade é completamente diferente disto. Segundo dados obtidos
a partir de experiências anteriores, 50% a 70% do esforço de desenvolvimento de um software é
despendido após a sua entrega ao cliente.
Mito 7: enquanto o programa não entrar em funcionamento é impossível avaliar a sua qualidade.
Realidade 7: na realidade, a preocupação com garantia de qualidade do software deve fazer
parte de todas as etapas de desenvolvimento, sendo que o fim de cada uma destas etapas, os
documentos devem ser revisados observando critérios de qualidade.