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Estimativas
As estimativas servem para dar uma imagem do trabalho a ser realizado, os recursos necessários,
a duração do projecto e por fim os custos do mesmo.
A pesar de as estimativas serem um pouco de arte e ciência, elas não devem ser conduzidas de
forma desordenada, porque elas é que ditarão o funcionamento das restantes actividades do
projecto.
Para alcançar boas estimativas de prazo, esforço e custos existem algumas técnicas.
Esta opção é atraente, mas não é prática, pois, as estimativas devem ser estabelecidas
logo no início do projecto. No entanto deve-se reconhecer que quanto mais tarde for feita
a estimativa, maior é o conhecimento do projecto e menores são as chances de se cometer
erros.
O ideal seria utilizar dados históricos da organização, mas na ausência destes, os modelos
empíricos têm se mostrado mais eficientes a pesar das suas limitações.
Estimativas de tamanho:
Existem vários estudos que demonstram a alta correlação entre esta métrica e o tempo para
desenvolver um sistema. Entretanto, o uso dessa métrica apresenta algumas desvantagens:
b) Pode ser difícil estimar essa grandeza no início do desenvolvimento, sobretudo quando
não há dados históricos relacionados com a linguagem de programação utilizada no
projecto.
A título de exemplo segue a tabela representando o número de linhas de código para cada ponto
de função de acordo com a linguagem de programação utilizada para o desenvolvimento:
LOC’s/PF 162 66 63 40
Estimativas de esforço:
Quando estimativas de tamanho são usadas como base, deve-se considerar um factor de
produtividade, indicando quanto em unidade de esforço é necessário para completar um projecto
ou módulo descrito em unidades de tamanho.
Quando uma organização não tem ainda dados suficientes para definir seus próprios factores de
produtividade, é aconselhável que se utilize modelos algorítmicos ou empíricos.
Existem vários modelos que derivam estimativas de esforço a partir de dados de LOC’s (Lines
Of Code) ou PF’s (Pontos de Função). De maneira geral, todos têm a seguinte estrutura:
Alocação de recursos
Quando falamos de recursos, estamos englobando pessoas, hardware e software. Em todos casos
é necessário observar a disponibilidade do recurso.
Assim, é importante definir a partir de que data o recurso será necessário, por quanto tempo ele
será necessário e qual é a quantidade de horas necessárias por esse período.
A partir da informação acima, observa-se que já está sendo tratada a estimativa de tempo. Assim,
a alocação de recursos e estimativa de tempo são actividades realizadas normalmente em
paralelo.
Estimativa de tempo
Se a estimativa de esforço tiver sido feita para o projecto como um todo, então ela deve ser
distribuída pelas actividades do projecto.
É importante recordar que dados históricos de projectos já concluídos são uma boa base para se
fazer essa distribuição. No entanto, muitas vezes, uma organização que ainda não tenha esses
dados disponíveis. Embora as características do projecto sejam determinantes para a distribuição
de esforço, uma diretriz inicial útil consiste em considerar a proposta de PRESSMAN para a
distribuição de esforço apresentada na tabela seguinte:
Estimativas de custos
Despesas gerais, incluindo gastos com água, luz, telefone, pessoal de apoio
administrativo, pessoal de suporte e outros.
Para a maioria dos projectos, o custo dominante é o que se refere ao esforço empregado
juntamente com as despesas gerais.
Sommerville sugere que, de modo geral, os custos relacionados às despesas gerais correspondam
a um valor equivalente aos custos relativos ao esforço empregado pelos membros das equipas no
projecto.
Os custos de material são menos influentes, mas não devem ser desconsiderados sob pena de
provocarem prejuízo no projecto.
Se o custo do projecto estiver sendo calculado como parte de uma proposta para o cliente, então
será preciso definir o preço cotado.
Uma abordagem para definir o preço cotado pode ser considera-lo como o custo do projecto mais
o lucro.
É um modelo desenvolvido para estimar o esforço, prazo, custo e tamanho da equipa para um
projecto de software.
COCOMO básico:
COCOCMO intermediário
Categoria Atributos
A tabela abaixo apresenta a classificação dos quinze atributos direccionadores de custo, para o
cálculo do factor de ajuste.
Atributo Valor
Produto
RELY 0,75 0,88 1 1,15 1,4 -
Hardware
TIME - - 1 1,11 1,3 1,66
Pessoal
Projectos Académicos – Engenharia de Software 7 de 9 Ag-17
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Projecto
MODP 1,24 1,1 1 0,91 0,82 -
COCOMO avançado
Modo orgânico
Equipas relativamente pequenas desenvolvem sistemas num ambiente familiar, a maior parte das
pessoas engajadas têm experiência prévia com sistemas similares e entendimento completo do
sistema, uso de algoritmos simples, pouca necessidade de inovação, requisitos não variam,
tamanho relativamente pequeno de até 50KLOC’s.
Modo semi-destacado
Projectos com características entre o orgânico e o embutido. As equipas podem ser constituídas
por pessoas com pouca assim como grande experiência, o tamanho do software pode ir até
300KLOC’s.
Modo embutido:
O produto a ser desenvolvido deverá operar dentro de um contexto complexo. São caracterizados
por serem relativamente grandes ultrapassando os 300KLOC’s, com muita necessidade de
inovação, altos custos de verificação e validação.
T C D E A B A B