Você está na página 1de 175

Manufatura Assistida

por Computador
CAM
Avaliação

PROVA P1: 00/00/2017 (XXXXX-feira)

PROVA P2: 00/00/2017 (XXXXX-feira)

PROVA P3 : 00/00/2017 (XXXXX-feira)

MF = P1 (0,3) + P2 (0,3) + P3 (0, 4)

2
Manufatura Assistida por Computador - CAM
Definição

A manufatura assistida por computador consiste no uso de um software para controlar


ferramentas de máquinas e equipamento relacionado ao processo de fabricação.

Não é tecnicamente considerado um sistema de programas de software de engenharia, mas


sim voltado para as máquinas na fabricação. CAM também pode referir-se a utilização de
um computador para ajudar em todas as operações de uma planta de fabricação, incluindo
planejamento, gestão, transporte e armazenamento.
Seu objetivo principal é criar um processo mais rápido de produção e componentes e
ferramentas com dimensões mais precisas e consistência material.

CAM é um processo assistido por computador subsequente ao CAD e, por vezes, posterior
à engenharia assistida por computador (CAE) - como um modelo gerado em CAD,
verificado em CAE e gerando a entrada para o software CAM , que controla máquina-
ferramenta.
http://www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a-diferenca
Definição de Projeto

Projeto, é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único.


Desta forma tem início e fim definidos e resulta em um produto ou serviço de alguma
forma diferente todos os outros interiormente produzidos (Project Management Institut).
Vem do latim pro-jicere que significa ação de lançar para frente, de se estender,
extensão.

4
5
Project Management Institute

6
Resultados Esperados

O resultado de um projeto pode ser:

7
Características

8
Anteprojeto

Antes do projeto, é comum ainda o trabalhador fazer a preparação de um Anteprojeto


que é o estudo preparatório do projeto.

Projeto Básico

Projeto básico é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão


adequado, para caracterizar um produto ou serviço, que assegurem a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto socioambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo e a definição dos métodos e do prazo de execução.

9
Fatores Fundamentais

A elaboração de qualquer projeto depende de dois fatores fundamentais:

➢ A capacidade de construir uma imagem mental de uma situação futura;

➢ A capacidade de conceber um plano de ação a ser executado em um tempo


determinado que vai permitir sua realização

10
5W2H

1. O que fazer? what 1. Como fazer? How many


2. Por que fazer? Why 2. Quanto custo? How much
3. Onde fazer? Where
4. Quem vai fazer? when

Ferramenta 5W2H

(what, why, where, who, when, how many e how much)

https://slideplayer.com.br/slide/295905/
11
O que Fazer? What

Definindo o tema e título

12
O que Fazer? What

Objetivos

13
Por Que Fazer? Why

Justificativa

14
Por Que Fazer? Why

Deve Enfatizar

15
Onde Fazer? Where

Ambiente onde será realizado o projeto.

Quem Vai Fazer? Who

Quem são os responsáveis pela condução do projeto. Pode incluir portfólio da empresa e
currículo vitae dos membros da equipe.

Quando Fazer? When

Cronograma

A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida em


partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Não
esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos vários
membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores. 16
Como Fazer? How Many

Método de trabalho

17
Quanto Custa? How Much

Orçamento

Respondendo à questão com quanto custa?, o orçamento distribui os gastos por vários
itens, que devem necessariamente ser separadas.

18
Quais são as características da Manufatura 4.0
➢ A manufatura avançada é caracterizada por sua comunicação ágil e simplificada. Para isso, ela utiliza
inovações tecnológicas que trabalham em conjunto, como:

➢ Automação industrial: aplicação de tecnologias de softwares, hardwares e equipamentos específicos em


processos produtivos, de modo a lhes dar autonomia e aumentar a produtividade;

➢ Big data: armazena grande volume de dados e fornece análises e relatórios;

➢ Cloud Computing: local seguro que permite o depósito de dados e o uso remoto de recursos de
computação;

➢ Internet das coisas (IoT): as máquinas recebem sensores e atuadores que coletam informações
monitoráveis à longa distância;

➢ Robótica colaborativa: possibilita a atuação simultânea de homens e robôs;

➢ Inteligência Artificial: capacidade das máquinas de realizar tarefas como a resolução de problemas; 19
Quais são as características da Manufatura 4.0
A manufatura avançada é caracterizada por sua comunicação ágil e simplificada. Para isso, ela utiliza inovações
tecnológicas que trabalham em conjunto, como:

➢ Realidade aumentada: atua simulando cenários para a identificação de inconsistências na cadeia produtiva;

➢ Impressão 3D: Produz peças necessárias aos processos industriais e protótipos, reduzindo o tempo de
desenvolvimento de novos produtos e colaborando com a redução de gastos, etc.

➢ Essas tecnologias diminuem os custos operacionais com matéria prima, fontes de energia, manutenção e mão
de obra e, ainda, elevam a produtividade.

20
Manufatura Assistida por Computador - CAM

Competências desenvolvidas neste componente (profissionais e socioemocionais)

➢ Conhecer os processos de montagens estruturais e de componentes, bem como os ferramentais de apoio


utilizados e as principais tecnologias e sistemas aplicados nestes processos de estruturas aeronáuticas;
➢ Conhecer os princípios básicos de funcionamento dos sistemas da aeronave, seus componentes e sua
integração

Objetivos de Aprendizagem

➢ Ter conhecimento básico de Manufatura Assistida por Computador e ter habilidades relacionadas com
projeto para fabricação e montagem de estruturas aeronáuticas.

Ementa

➢ Introdução aos sistemas CAD/CAM e sua estrutura de programação. Potencialidades e limitações.


Programação CAM. Simulação. Seleção de ferramentas. Formas de fixação da peça na máquina.
Aplicações práticas de programação.
22
Metodologias Propostas

➢ Aulas expositivas, dialogadas, contemplando ou não atividades. Sala de aula invertida, rotação por
estações, aprendizagem baseada em problemas, projetos, desafios, entre outras metodologias ativas, a
critério do docente.

Instrumentos de Avaliação Propostos

➢ As avaliações poderão ser realizadas através de provas escritas compostas por questões pertinentes à
disciplina, trabalhos individuais ou em grupos, seminários, exercícios para prática.

23
Bibliografia Básica

SILVA, S. D. Processos de programação, preparação e operação de torno CNC. Editora


Érica. 1ª Edição. 2014. ISBN 9788536514277;

VOLPATO, N. Manufatura Aditiva: Tecnologias e Aplicações da Impressão 3D. Editora


Blucher. 1ª Edição. 2017. ISBN 9788521211501;

ALMEIDA, P. S. Processos de Usinagem: Utilização e aplicações das principais


máquinas operatrizes. Editora Érica. 1ª Edição. 2014. ISBN 9788536514772.

Bibliografia Complementar

GROOVER, M. P. Fundamentos da Moderna Manufatura – Vol 1. Editora LTC. 5ª


Edição. 2017. ISBN 9788521633884;

GROOVER, M. P. Fundamentos da Moderna Manufatura – Vol 2. Editora LTC. 5ª


Edição. 2017. ISBN 9788521633891. 24
Bibliografia Básica

➢ Moacir Antonio de Oliveira Junior e Sidinei Domingues da Silva; Programação e


Operação de Centro de Usinagem; Senai Editora – 2016; ISBN 9788583935872

➢ P. Nageswara Rao; CAD/CAM: Principles and Applications; MacGraw-Hill; 3rd


Edition; 2010; ISBN(13): 978-0-07-068193-4

25
Manufatura Assistida por Computador - CAM

➢ Definição de CNC
➢ Programação
➢ Funções de Programação – CAD/CAM
➢ Análise Estrutural - CAE
➢ Processos de Fabricação
➢ Tecnologia CN/CNC
➢ Centro de Usinagem
➢ Outras Tecnologias de Processo
➢ Tendências Tecnológicas
➢ Bibliografia

26
Manufatura Assistida por Computador – CAM - Legislação

27
CAD, CAE e CAM: qual a diferença?

CAD (Computer-Aided Design)

CAE (Computer-Aided Engineering)


CAM (Computer-Aided Manufactuing)

Como CAD , CAE e CAM trabalham em conjunto


Um programa CAD é necessário tanto na fabricação - CAM, como nos softwares de engenharia - CAE, pois ambos os sistemas exigem um modelo, a
fim de executar qualquer análise ou fabricação. O CAE requer o modelo geométrico para determinar a rede nodal integrada a ser usada para a
análise. O CAM exige a geometria da peça para determinar as rotas das máquinas e os cortes. Ambos requerem o CAD , mas esse pode ser usado como
um sistema independente para a engenharia de modelos virtuais. O CAD é a espinha dorsal de qualquer CAM ou CAE e é necessário para que eles
funcionem corretamente. Os softwares atuais são ferramentas poderosas para engenheiros e técnicos tornarem seus trabalhos diários mais fáceis e
eficientes. Usados corretamente, proporcionam o melhor benefício possível para os indivíduos e empresas que os implementam.
E você, já usou alguma dessas plataformas de software? Se já, elas realmente facilitaram a sua vida no trabalho?

http://www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a-diferenca 28
Manufatura Assistida por Computador - CAM

Definição

A manufatura assistida por computador consiste no uso de um software para controlar ferramentas
de máquinas e equipamento relacionado ao processo de fabricação.

Não é tecnicamente considerado um sistema de programas de software de engenharia, mas sim


voltado para as máquinas na fabricação. CAM também pode referir-se a utilização de um computador
para ajudar em todas as operações de uma planta de fabricação, incluindo planejamento, gestão,
transporte e armazenamento.
Seu objetivo principal é criar um processo mais rápido de produção e componentes e ferramentas
com dimensões mais precisas e consistência material.

CAM é um processo assistido por computador subsequente ao CAD e, por vezes, posterior à
engenharia assistida por computador (CAE) - como um modelo gerado em CAD, verificado em CAE e
gerando a entrada para o software CAM , que controla máquina-ferramenta.

http://www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a-diferenca
29
Manufatura Assistida por Computador - CAM

Histórico

1940 – primeiro computador construído pela IBM e Harvard;


1949 – Contrato da Parson com a US Air Force para fabricarem maquinas com CN;
1952 - Demonstração com viabilidade técnica e geração de um protótipo (MIT);
1956 – desenvolvimento de bases para a linguagem APT para programação CN (MIT);
1957– Inicio da comercialização CN e desenvolvimento da linguagem APT
para computadores IBM;
1959 – primeira máquina com troca automática de ferramentas ;
1961- muitos fabricantes de M. F. ( 1ª norma RS244) ;
1962 - BENDIX desenvolve comando adaptativo;
1967 – CN chega ao Brasil ;
1970 – Primeiros comandos CNC ;
1971 – Romi fabrica o primeiro torno CNC;

30
Manufatura Assistida por Computador - CAM

Histórico

1977 – passa a ser usada a tecnologia de microprocessadores ;


1980 – utilização do conceito de FMS ;
1985 – a evolução dos computadores aumenta a eficiência das máquinas operatrizes;
1989 - abertura do mercado : entram no Brasil equipamentos de melhor
tecnologia;
1990 – lançado no Brasil comandos CNC para 3 eixos inteiramente programáveis;
1995 – deixam de ser usadas as fitas perfuradas;
2002 – queda do dólar - abertura do mercado: entram no Brasil
equipamentos da mais alta tecnologia;
2006 – transmissão de dados wireless; • .... • não parou não...não dá para elencar... pois é
muita inovação em pouco tempo...

31
Manufatura Assistida por Computador - CAM

Custo$ + lucro$ = Preço final


até a década de 80

32
Manufatura Assistida por Computador - CAM

33
Manufatura Assistida por Computador – CAM

Produção e Produtividade

Tipos de produção uma única peça, em lote e em massa.

34
Manufatura Assistida por Computador - CAM

O CAM usado em CNC

Computer-Aided Manufacturing é o código de software por trás das máquinas que fabricam os
produtos. Máquinas controladas por computadores numéricos são os dispositivos que utilizam
o código CAM para a fabricação dos produtos. Máquinas CNC incluem:

Fresadoras; tornos; gravadoras; lixadeiras; soldadoras e eletroerosão ou manufatura por descarga


elétrica

Tudo o que seria necessário ser feito por um operador com máquinas convencionais é programável
com máquinas CNC. O CAM fornece instruções passo-a-passo que as máquinas irão seguir para
concluir a fabricação do produto. Antes do software, o operador tinha de digitar manualmente o
código antes de implementar o programa e essa entrada manual pode ser trabalhosa, com base na
complexidade do produto final. O CAM faz isso se tornar mais simples através de um software
inteligente para desenvolver o código baseado na plataforma (Graphical User Interface - GUI). Isso fez
com que o código de fabricação se tornasse fácil de produzir, com pouco mais de um clique no
processo desejado, gerando o código para a máquina CNC.

http://www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a-diferenca
35
Manufatura Assistida
por Computador - CAM
• A linguagem G
• O código G é uma linguagem de “alto nível”
que realiza a interface de programação de uma
linguagem BASIC para um código binário de
controle e operação.
• Para cada código G existente há uma equação
matemática que realiza a interpolação entre
pontos determinados através de algoritmos
matemáticos.

• CAD/CAM e CNC
• Interpolação
• Motivação: Integração numérica

Figura 01 – Interpolação Matemática do Código G


36
Manufatura Assistida por Computador CAM

Área da função
t k
Z ( t ) =  p ( )d   pi t
0 i =1

Introduzindo zk como o valor de z em t=kΔt


k
Z k =  pi t + pk t = zk −1 + zk , zk = pk t
i =1

O integrador funciona a um ritmo f=1/Δt e a função p é aproximadoras por:

pk = pk −1  pk

Para que o integrador possa ser implementado com registros de n bits tem de ser
que pk  2
n

37
Manufatura Assistida por Computador CAM
A automação também será realizada pelo código G em linguagem binária e controle dos
elementos que compõem a automação do equipamento CAD/CAM e CNC

Controle de Máquinas CNC

Figura 02 – Controle Interno das Máquinas CNC.

38
Manufatura Assistida por Computador CAM

Figura 03 – Controle Interno das Máquinas CNC.


O que é o comando CN?

40
Manufatura Assistida por Computador CAM

O que é o Comando CNC?

CNC = CN + pós processadores

Microcomputadores e sistemas com C.I.

41
Comando CNC:

42
Vantagens do CNC
➢ Precisão;
➢ Repetibilidade;
➢ Redução dos tempos passivos;
➢ Versatilidade;

Redução dos custos de produção

Consequências

Máquinas mais robustas e de maior potência

Ferramental inadequado?!?!?!
43
Fluxo da Programação em Máquinas CNC

44
Operações de Torneamento – Exemplos de operações de torneamento de diversos tipos
Cinemática dos processos de usinagem
Os processos de usinagem necessitam de um movimento relativo entre peça e ferramenta.
Ferramentas Adequadas

➢ Suportar altas Vc;


➢ Temperatura de trabalho elevada
➢ Altíssima resistência ao desgaste;
➢ Suportar diversos tipos de cortes;
➢ Melhorar produtividade combinada com
o aumento dos lucros

47
Definição de Usinagem

Aplica-se a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco (De acordo com a
norma DIN 8580)

Usinagem Cavaco
Confere forma, dimensão e acabamento a peça através Porção irregular de material da peça que é
da remoção de material sob a forma de cavaco retirado pela ferramenta.

O estudo da usinagem é baseado na mecânica (atrito, deformação), na termodinâmica (calor) e nas propriedades dos
materiais
Ações dos fabricantes de fluidos de corte
➢ Corresponsabilidade pelo descarte e fim do produto.
➢ Maior eficiência e assistência técnica ao usuário.
➢ Integração com o fabricante de máquinas e ferramentas

49
Fabricantes de fluidos de corte

➢ Maior eficiência dos produtos


➢ Menor custo
➢ Proporcionar maior lucro para o usuário
➢ Ferramenta líquida

Descarte????????????

50
Manufatura Assistida por Computador CAM

Programação

Um programa de usinagem CNC é uma lista de instruções codificadas que descrevem como a peça
projetada será usinada. Cada linha do programa é chamado de bloco, e estes blocos são executados
sequencialmente. Nem todos os códigos estão ainda sob controle da norma internacional ISO. Por isso, o
mesmo código pode ter um significado diferente dependendo do comando (Siemens, Fanuc, Mach, etc.)
ou da mudança de máquinas (torno e fresa).

Tipos de Programação
Para saber como se dá o processo de geração de programas CNC e onde se encaixam as ferramentas
CAM, precisamos analisar alguns tipos de programação:

➢ Manual (já em desuso);


➢ Programação do tipo APT;
➢ Gráfica interativa.
➢ Sistemas CAD/CAM

51
Manufatura Assistida por Computador - CAM

➢ Programação Manual - A programação manual consiste da elaboração de um programa na


linguagem que o Comando Numérico Computadorizado entende. A linguagem de
programação é composta por um conjunto de códigos formados por letras e algarismos,
alguns parâmetros devem ser fornecidos em função do tipo de comando.
➢ Programação APT - Em função da extensão dos programas elaborados através da
programação manual para peças de geometria mais complexa e a dificuldade de sua
verificação, foram desenvolvidas linguagens programação de alto nível para facilitar o
trabalho de programação. Destas linguagens, a mais difundida foi a APT (Automatically
Programmed Tools), que passou a ser amplamente adotada, sendo criadas muitas outras
linguagens a partir desta.
➢ Sistemas Gráficos Interativos - Os sistemas gráficos interativos são sistemas
computacionais destinados à programação CNC que utilizam a interação homem-máquina
para determinar as condições desejadas na elaboração de um programa.
➢ Sistemas CAD/CAM - Os sistemas CAD e CAM são os meios mais modernos para a
elaboração de programas CNC. Tais sistemas permitem uma interpretação da geometria das
peças armazenadas em arquivo gráfico criado no CAD e a geração dos programas CNC de
acordo com algumas informações fornecidas pelo programador usuário do módulo CAM.

52
Manufatura Assistida por Computador CAM

Tabela 01 – Caracteres (siglas) presentes em programa CNC 53


Manufatura Assistida por Computador CAM

As funções G (preparatórias) e
M (miscelâneas) são funções
que compõem basicamente
um programa CNC.

Funções G – definem à
máquina o que fazer
preparando-a para executar
movimentos e reconhecer
unidades de medida.

Funções M – funcionam como


botões liga/desliga.

Exemplo: M08 liga o


refrigerante e M09 desliga.

Tabela 02 – Funções Preparatórias (Funções “G”)


54
Manufatura Assistida por Computador CAM

Funções G podem ser modais e


não-modais.

As funções modais, uma vez


programadas, permanecem na
memória do comando, valendo
para todos os blocos
posteriores.

As funções não-modais, todas


as vezes que requeridas, devem Tabela 03 – Funções Miscelâneas (Funções “M”)
ser programadas, ou seja, são
válidas somente no blocos que
as contêm.

55
Manufatura Assistida por Computador CAM

Figura 04 - Exemplo de Bloco de comando no Código G


56
Exemplo de um programa CNC

Figura 05 - Exemplo de uma peça usinada - Função G


57
Planes
Cutter Compensation
Cutter Compensation
Cutter Compensation
Hello World
Pattern Repeating Cycle
G73
G81 Standant Drilling Cycle
Cross Axis Drilling
Cross Axis Tapping
Face Tapping
Facing Cycle
Pattern Repeating Cycle
G73 Chip Peck Cycle
Screw Thread Cycle
Screw Thread Cycle – Single Line
G81 Standard Drilling Cycle
G82 Dwell Drilling Cycle
Face Drilling
G83 Peck Drilling Cycle
G84 Tapping Operation
G75 Groove Cycle
G75 Groove Cycle
Planes
Safety Line

G90 G97 G91.1 G40 G17 G21 G80


Safety Line

G90 G94 G91.1 G40 G17 G21 G80


G71 Roughing Cycle
Roughing Cycle
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
Roughing Operation
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
X40.0 Z-30.0;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
X40.0 Z-30.0;
Z-65.0 R5.0;
Roughing Operation

N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
X40.0 Z-30.0;
Z-65.0 R5.0;
X60.0;
Roughing Operation
N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
X40.0 Z-30.0;
Z-65.0 R5.0;
X60.0;
N200 G40 X70.0 Z5.0 F200;
Roughing Operation
N1 (Rough Turn);
G54 G40;
T0101 M06;
G50 S2500;
G96 S280 M03;
G00 X70.0 Z5.0 M08;
G01 Z0.1 F0.1;
X-0.2 F0.05;
G00 X70.0 Z2.0;
G71 U1.0 R1.0;
G71 P100 Q200 U0.2 W.05F0.2;
N100 G00 X19.0
G01 G42 Z0.0 F0.2;
X20.2 Z0.5;
Z-20.0;
X40.0 Z-30.0;
Z-65.0 R5.0;
X60.0;
N200 G40 X70.0 Z5.0 F200;
G53 X0.0 Z-210.0 M09;
M05;
G97;
M01;
Thread Turning Operation
The G83 & G73 Peck drilling cycles on a CNC
lathe or machining centre -Learn to program
Fanuc G-Code

https://gcodetutor.com/cnc-machine-
training.html
G83 Peck Drilling Cycle
G83 Peck Drilling Cycle
G83 Peck Drilling Cycle
G83 Peck Drilling Cycle
G73 Chip Peck Cycle
G73 Chip Peck Cycle
CNC milling machine
programming with G-Code

Introduction
Sentido do fresamento

Durante a operação de fresamento, a peça se desloca no mesmo sentido ou sentido contrário ao sentido
de rotação e isso afeta a natureza do inicio e final do corte.
Ângulo de posição

109
111
G01 Linear Interpolation
G02 Clockwise Radius
G03 Clockwise Radius
G90 Absolute
G91 Incremental
Safety Line

G90 G54 G91.1 G40 G17 G21 G80

G20 and G21 Imperial


and Metric Units
Planes
Planes

Setting the Datum

G54
G55
G56
G57
G58
G59
Setting the Datum
Setting the Datum

G10 L2 P__ X__ Y__ Z__


G54 G21 G90;
T0101; G10 – Set the workshift value
L2 tells the G10 we’re setting standat work offsets
M06;
G00 X10.0 Y20.0 Z10.0; P0 = Active coordinate system
; P1 = G54
; P2 = G55
P3 = G56
P4 = G57
P5 = G58
P6 = G59
X, Y, & Z = Position of Datum
G10 L2 P1 X15 Y30 Z0
Will set G54 to X15, Y30, and Z0
Helical Interpolation

N6 T0606 (40MM Endmill


M06
G90 G54 G21 G80 G42
S1000 M03
G00 X0.0 Y0.0
Z1.0 M08
G01 Z0.1 F200.0
Helical Interpolation
Part 1
G81 Drilling Cycle
G81 Drilling Cycle with G98 and G99
G82 Counter bore Cycle
G83 Peck Drilling Cycle
G83 Variable Peck Drilling Cycle
G84 Tapping Cycle
G85/G86 Boring Cycle
Metric Coarse Tapping Drill Sizes
G98 and G99 Object Avoidance
G98 and G99 Object Avoidance
G98 and G99 Object Avoidance
G98 and G99 Object Avoidance
G81 Drilling Cycle with G98 and G99
G28
G28
G28
The Bracket
Manufatura Assistida por Computador CAM

Tabela 04 – Processos de Fabricação 142


Classificação dos Processos de Usinagem

Figura 06 – Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida 143


Classificação dos Processos de Usinagem

Figura 07 – Usinagem com Ferramenta de Geometria Não Definida


144
Classificação dos Processos de Usinagem

Usinagem Não convencional

➢ Remoção térmica

➢ Remoção Química

➢ Remoção Eletroquímica

➢ Remoção por ultra-som

➢ Remoção por jato d’água

➢ outros

145
Tecnologia CNC – tornos e centros de usinagem

A máquina CNC é uma forma de


automação programável, baseada
em softwares e linguagem próprias.
O processamento é feito no envio e
retorno de informações, em malha
fechada.

➢ Comando (CNC)
➢ Conversor
➢ Tacômetro
➢ Servodrive
➢ Servomotor
➢ encoder

Figura 08 – Esquema de funcionamento de máquina CNC 146


Manufatura Assistida por Computador CAM

Centros de Usinagem

Características de um Centro de Usinagem:

➢ A versatilidade e flexibilidade que, devido ao alto grau de automatização, são capazes de executar
diferentes operações mecânicas em uma só peça;
➢ Proporciona um ótimo acabamento superficial (em comparação com as tradicionais – com os devidos
parâmetros ajustados corretamente), tornando-os adequados para a forma final das peças a serem
fabricadas em cada lote;
➢ Máquinas completamente reconfiguráveis, já que podem mudar rapidamente de configuração,
mesmo que se esteja já no meio do processo de execução da tarefa;
➢ Uniformidade atingida da produção, necessária e exigida para a produção em massa;
➢ Alta velocidade de produção, pois realizam uma série de operações concomitantes e
automaticamente.

147
Manufatura Assistida por Computador CAM

Figura 09– Centro de Usinagem Horizontal (KALPAKJIAN,2001)

148
Manufatura Assistida por Computador CAM

Tabela 05 – Comparação entre máquina convencional e máquina com CNC 149


Outros Tecnologias de Processo
Prototipagem Rápida – Técnica desenvolvida por Munz por volta de 1951 consistia de um sistema com
exposição seletiva de seções transversais do objeto a ser desenvolvido, sobre a emulsão foto transparente.

Figura a

Figura b

Figura 10– a) Crânio reproduzido pelo processo de Prototipagem Rápida e b) Exemplo de Máquina de
Prototipagem Rápida 150
Outros Tecnologias de Processo
Eletro erosão - A eletro erosão baseia-se na destruição de partículas metálicas por meio de descargas
elétricas. Também conhecida como usinagem por descargas elétricas, ou ainda EDM (Eletrical Discharge
Machining), é um processo indicado na usinagem de formas complexas em materiais condutores elétricos,
especialmente aqueles de alta dureza, e de dimensões diminutas, difíceis de serem usinadas por
processos tradicionais de usinagem.

O processo se dá da seguinte forma: aplica-se


uma diferença de potencial (em corrente
contínua) entre duas placas condutoras de
eletricidade, chamada de eletrodo e peça,
separados por uma pequena distância (de
0,012mm a 0,050mm) denominado GAP,
ocorrendo descargas elétricas entre elas.

Figura 11– Máquina de Eletro Erosão


151
Outros Tecnologias de Processo
Corte com Jato de Água – É um dos processos mais versáteis da indústria. Também conhecido como
jet-cutting, é uma das variações da hidro demolição, que conste em cortar materiais com água a extrema
pressão, entre 2.500 e 3.000 bar, com um fluxo de água entre 20 e 40 l.p.m., incorporando por efeito
Venturi um abrasivo ao jato de água.

Bem apropriada para cortar metais


com altíssimo desempenho, a
tecnologia de jatos de água, quando
utilizada com a adição de abrasivos,
produz cortes limpos, sem rebarbas,
que não requerem acabamentos
secundários e não permitem o
surgimento de regiões afetadas pelo
calor.

Figura 12– Corte a Água 152


Outros Tecnologias de Processo
Usinagem por Laser – Na usinagem por
laser, a fonte de energia é um laser (Light
Amplification by Stimulated Emission of
Radiation), que concentra energia luminosa
na superfície da peça. A energia altamente
concentrada funde e evapora pequenas
regiões do material de modo controlado.

Não necessita de vácuo, utilizado para usinar


uma grande variedade de materiais
metálicos e não metálicos.

Tipos de laser utilizados:


➢ CO2;
➢ Nd:YAG (neodímio: ítrio - alumínio
silicato);
➢ Nd: neodímio rubi; Figura 13– Representação esquemática da usinagem por
➢ Por excitação de moléculas. laser. [Kalpakjian, 2001]
153
Outros Tecnologias de Processo
Usinagem por Laser – Largamente utilizada na furação e corte de metais, não metais, cerâmicas e materiais
compósitos.

A usinagem por laser também pode ser utilizada para:


➢ Soldagem
➢ Tratamento térmico localizado
➢ Marcação de peças

Figura 14 – Operação de corte com laser e uma máquina de corte laser


da LMI 154
Outras Tecnologias de Processo
➢ Soldagem controlada por robôs - muito utilizado na indústria
automobilística; aplicação de selantes para fixação dos vidros e
➢ Visão Industrial na inspeção de montage na industria automotiva.

Figura 15 – Linha de montagem de uma indústria automobilística 155


➢ As condições de limpeza numa linha de montagem de carros
podem ser determinantes na hora de pintar um automóvel
novo. Manchas e imperfeições precisam de ser resolvidas
antes da entrega do carro. No início esta inspeção era
executada de forma manual, porém atualmente a inspeção é
realizada através de um complexo sistema de visão artificial
de alta resolução que é capaz de capturar até 3000 imagens
de um veículo para encontrar qualquer ponto de defeito ou
sujidade.

➢ Desde que foi instalado o sistema de câmaras em três de


suas fabricas, a Ford detectou um aumento considerável na
qualidade da pintura de seus automóveis.

Figura 16 – Utilização de sistemas de visão artificial


para detectar defeitos na pintura de automóveis.

156
Utilização de sistemas de visão artificial para detectar defeitos na pintura de automóveis.

157
Detecção de Defeitos
Detectar vários tipos de defeitos de superfície em peças virtuais. Você pode ver abaixo alguns exemplos usando a análise de
mapas de cores 2D e 3D.

158
Outros Tecnologias de Processo
Rebitagem em aeronaves;
Alinhamento de Fuselagem empregando GPS;
Junções das asas a fuselagem;

a b c

Figura 18 – a) projeto de pesquisa para utilizar robôs no alinhamento e rebitagem de seções de


fuselagem; b) rebitagem; c) alinhamento da fuselagem [Projeto ITA/Embraer]
159
Tendências Tecnológicas
• Composição da Tecnologia
•A usinagem em alta
velocidade (High Speed
Cutting – HSC e High Speed
Machinnig – HSM) é uma
tecnologia de usinagem que
ocorre em altíssimas
velocidades de corte,
normalmente entre 600
m/min e 1500 m/min.
• Ela permite que sejam
usinadas peças com altas
durezas e em um menor
período de tempo do que na
usinagem convencional. As
peças usinadas com esta
tecnologia possuem uma
superfície com alta qualidade,
o que diminui ou mesmo
elimina operações posteriores
para acabamento. Tabela 06 – Características, Propriedades e Aplicação
160
Tendências Tecnológicas
O emprego de HSM permite diminuir a cadeia de processo necessária a fabricação de um produto. O bom
acabamento superficial em muitos casos elimina a necessidade de retificação e reduz bastante o tempo de
polimento. A tecnologia HSM permite também a usinagem de peças com altas durezas eliminando a
necessidade de usinagem por eletro-erosão e de se efetuar têmpera após a usinagem.

Esta tecnologia é subdividida em:

➢ Usinagem com Altas Velocidades (HVM – High Velocity machining)

➢ Usinagem com Altas Velocidades de Corte (HSC – High Speed Cutting) - nesta categoria o fator principal
é a alta capacidade de remoção de material. Ela só deve ser efetuada no desbaste e acabamento de
metais leves, cobre, grafite e plásticos e para acabamento e pré-acabamento na usinagem de aços e
ferros fundidos.

➢ Usinagem com Altíssimas Velocidades (HSM – High Speed Machining) – possui capacidade de remoção
de metal menor do que a HSC e HVM, mas velocidades de corte bastante elevadas.

161
Tendências Tecnológicas

Comando Numérico para Máquinas de Alta Velocidade

➢ As altíssimas velocidades das máquinas HSM exigem uma alta eficiência de programação de
trajetória e de transmissão de dados entre o comando numérico e o sistema de acionamento
das máquinas. Isto obriga uma evolução não apenas em programação, mas também no “hardware”
envolvido em toda a cadeia. O desempenho do CNC é fundamental para que se obtenham altas
velocidades de avanço durante toda a usinagem da peça.

➢ Para a usinagem de peças complexas, que é quando a tecnologia HSM é indicada, é empregada uma
cadeia de programas eficientes para gerar a programação do CNC.

➢ Nestes casos programa CAD é o responsável pela modelagem (desenho) da peça. O programa CAM
recebe o modelo do sistema CAD e as informações sobre a matéria prima e os parâmetros de
usinagem. Com isso ele gera o percurso da ferramenta por meio de diversos pontos cartesianos. O
programa NC recebe os pontos cartesianos do sistema CAM e traduz para os comandos CNC da
máquina em questão.

162
Tendências Tecnológicas

Vantagens e Desvantagens (como nem tudo é perfeito)

➢ Positivamente

➢ Menor tempo de usinagem;


➢ Melhor acabamento superficial;
➢ Usinagem de produtos com alta dureza;
➢ Eliminação de várias etapas (retificação, eletro-erosão, tempera e etc).

➢ Negativamente

➢ Alto custo das máquinas. Investimento inicial.


➢ Relativamente pouca experiência na seleção de parâmetros de usinagem para diversos pares
material/ferramenta. Necessidade de fazer testes para se chegar aos parâmetros ideais.
➢ Sistemas CAM próprios

163
Tendências Tecnológicas

Aplicação na Indústria

Uma vez que a técnica de usinagem em alta velocidade esteja avançando na área de ferramentas e
em recursos de controle, está encontrando maior aceitação principalmente nas aplicações
aeroespaciais. Embora especialmente bom para o alumínio, a técnica vem encontrando e
estabelecendo sua posição também nos compósitos e nos metais duros.

Assim como na indústria aeroespacial, a Mecânica Fina também está entre as principais aplicações
da tecnologia. Tendo em vista que as pressões competitivas estão cada vez maiores, os fabricantes
de peças e máquinas necessitam de maior eficiência. A Usinagem de alta velocidade (HSM) pode
reduzir o tempo de ciclo e ao mesmo tempo permitindo que os fabricantes possam usinar com cada
vez mais precisão e menor rugosidade superficial.

164
Tendências Tecnológicas
Sistema de análise do nível de enchimento de garrafas,
capaz de inspecionar uma linha de engarrafamento
com uma cadência de até 8000 garrafas por hora.
Permite analisar diversos tipos de garrafas, com
diferentes graus de transparência e alturas.

Figura 19 – Sistema de análise do nível de enchimento de garrafas 165


Este software permite ao utilizador consultar
toda a informação guardada na base de dados.
Esta informação inclui datas, níveis de
enchimento, comprimento da rolha, headspace e
um conjunto de dados adicionais associados a
cada garrafa, tais como o número de lote de
produção, tipo de produto, tipo de garrafa, etc.

166
Figura 20 – Software central de gestão de informação
Tendências Tecnológicas
A inspeção de cores na impressão
representa uma das aplicações de visão
artificial mais exigentes, desde packaging a
documentos, passando por etiquetagem ou
notas de dinheiro. No nosso dia-a-dia existem
inúmeras ocasiões nas que é necessário
verificar a cor da impressão.

Aplicação na indústria farmacêutica, alimentar,


bebidas, publicidade ou marketing e finanças.

A maioria de fabricantes acabaram optando


pela inspeção de cores de impressão para
garantir que a qualidade de seus produtos
cumpra sempre os mais altos standards.

Figura 21 – Inspeção de cores na impressão 167


Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e
paíneis solares.

As células solares começaram a ser utilizadas na década de 60 para proporcionar


energia aos satélites. Atualmente encontram-se em plena difusão como fontes de
produção de energia alternativa ou energia verde. A redução dos preços dos novos
painéis solares transformou estes sistemas geradores de energia num método
realmente atrativo de produção de eletricidade, inclusive para uso privado.

O processo de fabricação das células solares baseadas no silício inicia-se a partir de


lingotes ou barras de silício, que se cortam em wafers, posteriormente dopadas para Painéis solares de visão artificial
criar uniões ativas. Em seguida, aplica-se um revestimento e acrescentam-se os
condutores metálicos na wafer. Na parte posterior são adicionadas as lâminas de
alumínio. Assim que a célula solar é testada, começa a produção do painel solar
onde se combinam múltiplas células através de um processo de soldadura. Por
último é sobreposto um cristal nos painéis que são emoldurados para a instalação.
Em cada um dos passos da produção das células e dos painéis, é necessário realizar
um exaustivo controlo de qualidade, que começa na avaliação do volume dos
lingotes de silício e termina na determinação da eficiência do painel completamente
terminado e instalado. A visão artificial desempenha um papel importante em cada
uma das fases de produção.

Figura 22 – fabricação de painéis solares 168


Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e
paínes solares.

No processo de corte podem surgir vários defeitos causados tanto pelo corte em
si, como pela própria estrutura do material. Entre os inúmeros defeitos que
devem ser controlados salientam-se: fendas ou micro-fendas, as marcas da serra
de corte, fraturas nas laterais da wafer, a presença de pó procedente do mesmo
corte e as marcas de impressão digital pelo manuseio deficiente.
Apesar deste processo de determinação de defeitos ser parecido ao que se utiliza
na indústria de semicondutores, a inspeção de células solares implica algumas
dificuldades adicionais. Nas células de silício monocristalino alguns destes
defeitos são menos complexos de determinar, entretanto o silício policristalino Processo de determinação de defeitos na
aumenta consideravelmente a dificuldade pela estrutura interna do material, o visão artificial
que torna difícil a localização das fendas ou das marcas de serra que
frequentemente se confundem com os cristais de silício. No caso das células
policristalinas, cada wafer possui uma estrutura cristalina distinta, o que exige
um sistema de visão capaz de distinguir entre a estrutura cristalina e os defeitos,
sendo necessário um controlo muito mais detalhado com campos de visão
menores. Com isso torna-se ainda mais impreterível a utilização de câmaras de
uma resolução muito maior.

Figura 23 – Controle das wafes e células solares 169


Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e paíneis solares.

Uma vez separadas as wafers em bruto, que sejam consideradas adequadas para utilização, continuam-se os distintos
processos, tais como o texturizado, a limpeza, o processo de gravação de sulcos geralmente através da tecnologia laser,
seguindo com o enxaguado. Posteriormente, realiza-se o revestimento com carga negativa às wafers em bruto que
apresentem uma carga positiva, podendo ser utilizado fósforo gasoso a altas temperaturas.
Este processo denominado “dopagem” cria duas capas separadas dentro da wafer, uma capa com carga negativa e outra
com carga positiva. Este campo positivo-negativo é o que permite à célula solar gerar eletricidade quando se expõe à
luz solar. Para obter uma separação entre as capas positivas e negativas, as orlas das wafers são isoladas utilizando
técnicas de gravação por plasma. Para que as células capturem a maior quantidade de luz solar incidente, é aplicado
um revestimento antirreflexos de nitrato de silício, reduzindo os índices de reflexão e aproveitando desta forma ao
máximo a radiação solar. Para capturar a energia elétrica criada pela célula solar, são fixadas capas (fibras) de contatos
elétricos, para permitir o fluído da corrente elétrica em direção ao interior e exterior da célula.

Em cada um destes processos anteriormente mencionados há uma intervenção de uma inspeção através de sistemas
de visão.
No texturado é feita uma inspeção das linhas que foram traçadas, tanto para ver a largura destas linhas como para
determinar a distância entre linhas. Este processo de inspeção é frequentemente realizado utilizando câmaras de alta
resolução, habitualmente superiores aos 4 megapixels, já que estas linhas não costumam ser superiores a uns poucos
microns.

170
Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e paíneis solares.

171
Figura 24 – Visão Artificial
Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e painéis solares.

Assim que a matriz completa está


montada sobre o painel de vidro, os
alinhamentos de células que formam a
matriz interconectam-se e preparam-se
as conexões externas. São depositadas
então uma capa adicional de filme de
selagem e uma lâmina protetora sobre a
matriz, com a finalidade de proteger a
unidade dos efeitos degradantes da
radiação ultravioleta.

Figura 25 – Inspeção informatizada da superfície


172
Visão Artificial - Um método muito eficaz no controle de qualidade das células e painéis solares.

Conclusão

Baseando-nos na informação apresentada, fica


claro que a procura de energias alternativas está
num processo de expansão superior aos dois
dígitos. Isto, evidentemente é uma boa notícia
para a indústria da visão artificial, já que está
comprovado que é praticamente imprescindível
em cada um dos processos de produção destes
elementos e essencial se o objetivo é aumentar
a produção ao nível que o mercado atual exige.
A visão artificial contribuirá com novos
produtos e novas tecnologias que permitem
aumentar a qualidade e efetividade dos sistemas
de produção de energia elétrica através da
radiação solar. Este é o momento onde os países
mais ricos em horas de exposição solar devem
apostar nesta tecnologia e desenvolver os seus
centros de produção próximos dos lugares de
máxima aplicação.
Figura 26 – Controle de painel a painel 173
Visão Artificial
As centrais solares recorrem a sistemas de
visão artificial para alinhamento de espelhos

Figura 27 – Controle de painéis solares 174


A VISÃO ARTIICIAL NA INDUSTRIA 4.0

Denominada como a ultima revolução industrial, a


INDUSTRIA 4.0 representa uma evolução nos
processos de fabricação ao incorporar as novas
metodologias digitais existentes na atualidade. Em
consequência, é indispensável para qualquer
companhia industrial participar nessa evolução
com o objetivo de não perder o nível de
competitividade e como resultado não estar fora do
mercado em breve.

A visão artificial representa uma das ferramentas


transversais mais relevantes dentro da INDUSTRIA
4.0, já que esta claramente integrada em cada uma
das etapas do processo produtivo em é um
elemento fundamental nos processos de
automatização industrial.

Figura 28 – Controle de painel a painel 175

Você também pode gostar