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por computador)
Uma vez que as especificações de um dado produto tenham sido criadas com o uso
de uma ferramenta de CAD e testadas ou simuladas numa ferramenta do tipo CAE,
entra em ação a ferramenta CAM que auxilia a definição de detalhes operacionais,
etapas de produção e seleção de ferramentas.
Com base nos modelos matemáticos fornecidos pelas ferramentas de CAD, um
software do tipo CAM pode gerar os passos necessários para a confecção das partes do
produto final, bem como a trajetória de ferramentas e o momento adequado de se
utilizá-las. Ela permite, também, selecionar as melhores técnicas e recursos para cada
operação específica e gerar uma sequência de comandos que podem ser des-
carregados em máquinas computadorizadas (CNC, Robôs, CMMs) para controlar os
procedimentos de fabricação e movimentos da máquina.
A integração entre softwares de CAD e de CAM de fabricantes diferentes é uma das
questões mais complicadas a se analisar na hora de escolher tais ferramentas,
principalmente porque não existe um consenso ou padrão de formato de arquivo que
seja adotado por todos os fabricantes. Para que haja total integração e eficiência na
troca de dados entre os dois sistemas, é necessário que os dados matemáticos
oriundos da modelagem geométrica do CAD sejam entregues ao CAM num formato de
fácil interpretação. É por essa razão que a maioria das ferramentas encontradas
comercialmente já traz os dois softwares em um pacote só.
Por outro lado, a saída de um software de CAM é normalmente um arquivo de texto
com comandos básicos de movimentação que são usados pelo controlador de um
robô ou de uma máquina CNC. Essa lista de comandos, que pode ser composta por
até milhares de linhas de acordo com a complexidade do projeto, é passada por um
outro tipo de software pós-processador que elimina redundâncias e otimiza o código
de acordo com rotinas específicas da máquina onde vai ser executado.
Os softwares pós-processadores podem ser fornecidos pelos próprios fabricantes das
máquinas e robôs, ou desenvolvidos com o uso de ferramentas de programação
específicas para esse fim. A principal vantagem de tais pós-processadores é a
otimização e a simplificação do código gerado, pois permitem substituir longas
sequências de movimentos simples por rotinas especializadas e mais eficientes.
Outra vantagem importante que os softwares de CAM proporcionam é a possibilidade
de se escolherem as ferramentas mais apropriadas para cada etapa do processo, a
sequência em que serão usadas e em que momento elas devem ser substituídas. Tal
tipo de conhecimento é altamente especializado, e na grande maioria dos casos
depende de intervenção humana. No entanto, atualmente já é possível se encontrarem
softwares com princípios de IA (Inteligência Artificial) incorporados que auxiliam
fortemente essa tarefa.
Alguns exemplos de softwares CAM encontrados comercialmente são: MasterCAM,
EdgeCAM, EzCAM, GibbsCAM, etc.
Os softwares de CAM auxiliam o controle da produção, permitindo a integração entre o
departamento de engenharia e as máquinas do chão de fábrica. No entanto, para
procedimentos mais abrangentes no que concerne à manufatura como um todo,
atividades de planejamento e controle de processos, existem ferramentas mais
especializadas para esse fim, como é o caso do CAPP (Computer Aided Process
Planning) que será analisado no tópico a seguir.
A figura a seguir exemplifica o uso de um software de CAM para planejar as etapas de
usinagem de uma peça:
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Fig. 2 – Gerando as etapas de usinagem com CAM.
CAPP – (Planejamento de
Processos auxiliado por computador)
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que introduziam as informações em sistemas PCP (Planejamento e Controle de
Produção).
Tal modo de planejamento possui uma baixa produtividade, pois a maior parte do
tempo é despendida com a redação do plano e posterior introdução dos dados no
sistema. No entanto, várias empresas de manufatura continuam a empregar essa
metodologia.
Muitos dos problemas que surgem no método convencional de planejamento de
processos podem ser resolvidos pelo uso do computador, pois as informações
geradas pelas ferramentas CAPP são mais padronizadas, o que elimina a incon-
sistência que pode surgir em planos elaborados por projetistas diferentes. A qualidade
da documentação enviada à planta de produção também se eleva, garantindo um
melhor controle do processo.
O uso de ferramentas CAPP proporciona um grande número de vantagens sobre o
método convencional de planejamento de processos:
Podem-se adicionar outros tipos de informações aos planos de processos, tais
como: fotos, desenhos, gráficos, esquemáticos, instruções detalhadas do pro-
cesso, listas de componentes e ferramentas usadas. Isso aumenta a qualidade do
plano de processos.
Permite a criação de uma base de dados de processos unificada que pode ser
consultada por outros setores e ferramentas. Além de que os dados se tornam
mais confiáveis por estarem automatizados com fórmulas de cálculos bem
conhecidas.
Garante a padronização da documentação de processos da fábrica, bem como da
terminologia empregada.
Aumento da produtividade do planejamento de processos, permitindo a redução do
tempo de planejamento.
A revisão de etapas do processo fica grandemente facilitada e mais rápida. Ainda é
possível se manter um histórico das revisões armazenado em uma base de dados,
o que permite o acompanhamento de todas as modificações.
Permite uma forte redução de papel impresso, aumentando a agilidade na
elaboração e alteração de uma especificação de projeto, diminuição de refugos,
diminuição do custo com ferramentas, diminuição de lead-time e criação de
padrões de engenharia.
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CIM –
(Manufatura Integrada por Computador)
Manutenção Eletromecânica 93
Fig. 1 – Profissionais em atividade em um CIM.
Há FMSs para os mais variados fins e eles podem ser integrados ao resto da empresa
por meio de redes de comunicação de dados, de modo a constituir os chamados
sistemas de manufatura integrada por computador.
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Segundo uma pesquisa do educador John Bessant (University of Brigton, 1991), as
principais vantagens de um FMS são:
redução do lead time e do tempo de travessia (porta a porta da fábrica);
economia de estoque (sobretudo de material em processo);
otimização da utilização dos recursos;
redução dos tempos de preparação;
número de máquinas e operações reduzidas;
aumento da qualidade;
economia de espaço;
dependência de subcontratados reduzida;
economia no uso de mão-de-obra especializada;
ciclos de inovação da produção mais rápidos.
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