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RESUMO
Este trabalho tem objetivo de demonstrar aplicação prática da migração de um
sistema de manutenção baseado em ERP tradicional que utiliza o módulo
Standard, para um modelo customizado dentro do próprio ERP, sem a
necessidade de buscar sistemas de informação externos a organização que
trazem em sua grande maioria novos custos, incerteza de receber uma boa
assistência técnica externa, bem como risco de não atendimento à todas as
plataformas de segurança de informação e padronização da companhia. O
grande ganho neste caso foi a possibilidade de modificar a estrutura dentro do
ERP de modo a facilitar apontamento de horas, criação e encerramento de
ordens de manutenção pelo próprio técnico, busca de relatório e informações
das atividades sem necessidade de deslocamentos. Também foram
disponibilizados “Tablets” permitindo utilização de ferramentas de troca de
mensagens, consulta a rede corporativa, fotos de peças e também
procedimentos. Contudo, como na maioria dos projetos, algumas dificuldades
em acompanhar os avanços tecnológicos geram novos questionamentos sobre
a longevidade da ferramenta, e a limitada e tão aclamada “interface amigável
com o usuário”, que traz à tona novos desafios as organizações no sentido de
se manterem competitivas e ao mesmo tempo atualizadas as novas e crescentes
demandas da Industria 4.0 nas grandes empresas.
1.INTRODUÇÃO
1
Robert Bosch, Planejador Técnico de Manutenção
2
Robert Bosch, Chefe de Engenharia de Manutenção
A necessidade de se integrar soluções da Industria 4.0, somada a necessidade
de se obter as informações de forma rápida e precisa, chamam a atenção para
a importância que o ERP tem, pois ele integra módulos de produção, RH,
logística e comercial, e que precisam estarem conectados ao software de
manutenção, o que se torna uma barreira para implantação em diversas
empresas, pois nem sempre a área responsável pela segurança da informação
permite a aplicação, devido aos rigorosos padrões para manter dados e
informações estratégicas da empresa livres de ataques de hackers.
O sistema implementado neste case, foi feito em linguagem ABAP, que roda
dentro do módulo Standard do ERP, o que permitiu ao setor de tecnologia de
informação uma solução dentro do próprio ERP da companhia, evitando
quaisquer questionamentos sobre a segurança da informação e padronização
dos dados, permitindo realizar aquilo que já vinha sendo feito de forma
corriqueira e pelo método mais comum, porém agora de uma forma mais ágil e
em tempo real.
Além dos próprios coletores, foi necessário implementar uma rede sem fio em
toda companhia, foram feitos testes de intensidade de sinal e banda morta por
toda planta que possui 86.700 M2 além é claro do televisor disponibilizado na
oficina central de manutenção o qual chamaram de “andom”.Para melhorar a
robustez e evitar desgaste dos equipamentos, também foram incluídos uma
proteção e um suporte para prender o equipamento ao corpo, indicados pelo
próprio fabricante, além da central para carregar as baterias para os mais de 70
equipamentos.
4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
3
Opções citadas serão vistas no Capitulo 4.
4.1 ENTRADA NO SISTEMA
Após entrar no sistema, o usuário terá algumas opções que permitirão executar
as funções:
Para executar essa função foi criada a tela Z22I100, onde é possível ver o status
das máquinas que possuem ordens de manutenção liberadas em tempo real.
Neste momento é possível verificar 4 status conforme tabela abaixo:
Figura 4.
Nessa tela geralmente é onde é feita a avaliação das prioridades pela liderança
e também o status de determinado chamado de manutenção.
Status:
Branco- aguardando atendimento.
Verde – Em atendimento.
Azul escuro – Standby (aguardando definição ou recurso).
Azul Claro com engrenagem – Standby por peça (aguardando compra ou
conserto de peça de reposição).
Para executar esta função, foi criada a tela Z22I101, onde é possível assumir,
devolver, encerrar, mudar status e escrever informações nas ordens de
manutenção, via coletor ou Tablet. Ao abrir a tela aparecerá como na figura
abaixo:
Figura 5.
Nesta primeira tela, é possível escolher entre visualizar ordens já abertas ou até
mesmo criar novas ordens de manutenção, para este case entraremos nas
opções de visualizar as ordens (opção 2) para ilustrar um pouco do
funcionamento do sistema.
Figura 6.
Na figura abaixo aparece várias opções para o técnico, como escrever novas
informações, devolver, colocar em Standby e também encerrar ordem de
manutenção.
Figura 7.
Figura 8.
Foi visto neste capítulo, inúmeros recursos existentes dentre os disponíveis para
este sistema, no entanto um estudo mais detalhado poderia mostrar todos os
recursos e funções, mas para isso seria necessário um case mais extenso e
aprofundado do sistema o que não é o foco deste artigo.
Nesse caso foi criada uma transação customizada representada pela sigla
Z22I142 (Balanceamento de Mão de Obra) e que permite que as ordens
disponíveis para programação sejam distribuídas por data permitindo o
nivelamento dos trabalhos planejados.
Nesta tela é possível fazer filtros para executar a programação, no caso abaixo
foram escolhidos centros de trabalho da mecânica, tipo de ordens planejadas e
datas das ordens a também do período especifico onde se quer fazer a
programação. Veja na figura a seguir:
Figura 9.
Após feitas as seleções e filtros necessários, aparecerá uma outra tela onde a
interface para a programação é mais amigável que o ambiente Standard do SAP,
e facilita em muito a vida do Planejador ou Programador.
Após mandar rodar esta tela (relógio SAP) a mesma aparecerá como na figura
abaixo e lá teremos as opções de visualizar as capacidades
Figura 10.
Neta tela é possível definir a data do trabalho baseada nas informações por ela
trazidas.
Para esta facilidade foi criada uma transação denominada Z22I130, onde é
possível visualizar as informações da figura abaixo:
Figura 11.
Figura 12.
As informações desta tela estão disponíveis tanto para visualização quanto para
programação e nesta tela é possível definir o responsável pela execução e
também a hora de início dos trabalhos. Com esta tela e a anterior já citada, é
possível realizar a programação sem sobrepor horários e responsáveis, tarefa
que antes era toda feitas em planilhas que muitas vezes não eram confiáveis.
Para esta função dos trabalhos planejados, foi criada uma transação com nome
de Z22I131, onde é possível fazer a conferencia individual (agenda) de cada
técnico responsável.
Figura 13.
A tela acima é mais simples a apenas mostra a carga programada num horizonte
semanal de cada técnico individualmente. Após rodar a mesma, a tela da figura
abaixo mostra o detalhe de cada técnico.
Figura 14.
É possível ver a figura acima qual a ocupação de cada técnico por dia, num
horizonte de até 10 dias, isso permite ao programador ter uma ideia do todo e
auxilia para evitar sobreposição de datas e pessoas.
Figura 15.
Figura 16.
As telas vistas até aqui, demonstram um parte dos recursos utilizados nesta
customização e não representam todo o conteúdo do projeto. Para uma
visualização completa dos recursos, seria necessário um estudo de caso mais
especifico dos trabalhos planejados e suas customizações utilizadas pela
empresa.
5. DESAFIOS PARA PRÓXIMAS “CUSTOMIZAÇÕES”
Para os temas citados, vale a pena citar que mesmo após terem ocorridas 3
atualizações do sistema, os usuários a cada dia propõe novas soluções como
por exemplo o formulário de análise de falhas que hoje ainda é no papel,
melhorias nas interfaces para diminuir o número de cliques, entre outras ideias
e sugestões um tema que se sobressai é a continuidade ou não do sistema,
tendo em vista que até o momento as soluções apresentadas no mercado não
atendem o grau de informação e facilidades que o sistema atual possui, sendo
portanto prudente avaliar novas soluções e entender a vida útil desse sistema
atual que opera na plataforma SAP-PM.
Muitas empresas (não temos dados em fontes confiáveis) optam por instalar
sistemas com interfaces diretas com o SAP-PM, porém não existe um estudo
que possa dar embasamento para as empresas avaliar as opções e verificar
retorno do investimento na plataforma objeto deste artigo. Em geral, a empresa
está satisfeita com as soluções apresentadas pelo próprio setor de Tecnologia
da Informação e ainda assim estamos avaliando novas possibilidade no futuro,
sem descartar até a migração para outros sistemas, desde que é claro, suplante
os custos e retornos apresentados pelo sistema atual.
6 CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que se faz necessário mais estudos no país sobre soluções
customizadas da plataforma ERP (nesse caso SAP-PM) para avaliar o quanto é
sustentável o desenvolvimento destas soluções dentro das organizações e seu
retorno, pois as mesmas são desenvolvidas em empresas de grande porte que
já possuem regras e padrões de softwares de gestão e ERP que muitas vezes
não levam em consideração a utilização deste pela área de manutenção.
Para enobrecer e dar a manutenção o valor que sabemos que ela tem nas
organizações, é preciso mudar o conceito de que manutenção é “despesa” e
tornar essa atividade um investimento, pois sabemos que traz sim retorno se
moldada pela liderança como tal, pois o aumento da eficiência traz maior
disponibilidade das máquinas e aumenta a competitividade das companhias, o
que também se justifica por si só sua importância e investimentos na área de
ERP’s com maior grau de aplicabilidade para área de manutenção. Temos como
opção para o não atendimento do último ponto a customização do ERP.
Enfim, este objeto de estudo é voltado para empresas que possuem sistemas
ERP’s instalados e sem grau de customização algum, e também empresas que
estão planejando o investimento em softwares de gestão da manutenção e que
por sua vez estão pesquisando a melhor forma de escolha do software. Este
estudo aparece como uma alternativa para as empresas e como contribuição
para tomada de decisão.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS