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CURSOS & CONCURSOS

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Concurso UFRRJ - 2023


Módulo Biblioteconomia
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Janeiro 2023

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CURSOS & CONCURSOS

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M1 - Fundamentos da Biblioteconomia, da Documentação e da Ciência da Informação. Bibliotecas e Sociedade: conceitos,
histórico e linhas de pensamento. Versão 10/01/23.
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Biblioteconomia
Conceito
Área que se destina ao estudo dos princípios racionais para realizar, com a maior eficácia e o menor esforço possível, os fins
específicos das bibliotecas. Buonocore (1963).
Para Miksa o paradigma de biblioteconomia está na visão de instituição social fundamentada no campo da sociologia e da
educação.
São fundamentos da biblioteconomia: livro, biblioteca, leitor e bibliotecário.
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Objetivos
Formação, informação e recreação através de todos os tipos de documentos.

Instrumentos: organização e administração de bibliotecas nacionais, públicas, infantis, escolares, universitárias e


especializadas; bibliografias nacionais; catálogo coletivo; intercâmbio nacional e internacional de publicações; ISBN.
(FONSECA, 2007, p. 11)
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Foco
→Nos acervos de livros (formação, desenvolvimento, classificação, catalogação, conservação)
→Na própria biblioteca como instituição organizada (regulamento, pesquisa, contabilidade, instalações,
infraestrutura.
→Nos leitores – os usuários (direitos e deveres, acesso ao acervo, empréstimos). (LE COADIC).
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Paradigma
→Visão da biblioteca como instituição social, fundamentando-se nos campos da Sociologia e da Educação, tendo
como foco a Biblioteca em si mesma (OLIVEIRA, 2005), ou seja, a biblioteca atua como fio condutor entre os indivíduos
e o conhecimento que eles necessitam

→A função mais importante da biblioteca é possibilitar o uso de sua coleção de documentos a um dado público, para
isso são desenvolvidas atividades de aquisição, organização, tratamento e disseminação desses documentos,
utilizando técnicas apropriadas e pessoal qualificado.
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Documentação
→ Surgiu no contexto da explosão documental, quando Paul Otlet e Henri La Fontaine criaram em 1895, na cidade de
Bruxelas, o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), que foi uma resposta à necessidade de novas técnicas para
organizar, analisar, descrever e resumir documentos, dando início à Documentação.

→ A Documentação foi sistematizada por Paul Otlet e Henry La Fontaine, a partir das técnicas bibliográficas. Para a
Documentação qualquer objeto ou registro do conhecimento pode ser considerado um documento. Esta ideia ampliou o
antigo entendimento, em que o conceito de documento era restrito ao suporte informacional.

→ Documentação - Processo que consiste na criação, coleta, organização, armazenamento e disseminação de


documentos ou informações. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 131). (mnemônico COCADA)

→ A documentação tem desde sua origem a característica de promoção e pluralização do acesso à informação. A disciplina
parte da ideia de que a unidade de informação, seja qual ela for, não está contida em si e tem função social na promoção
do conhecimento do usuário em uma abordagem que vai além de suas fronteiras.
(CUNHA; CAVALCANTI, 2008).

→ Classificar ou sistematizar o material reunido, obedecendo a algum tipo de controle bibliográfico que permita uma
análise profunda de seu conteúdo para colocá-lo à disposição dos interessados; (ROBREDO, 2005).
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Objetivos: apoio documental à pesquisa científica, humanística e tecnológica, através da indexação, tradução e resumo de
publicações primárias.

Instrumentos: organização e administração de serviços de documentação, publicações secundárias e terciárias, reprografia,


normas técnicas, bases de dados, disseminação seletiva, serviço de alerta, ISSN.
(FONSECA, 2007, p. 11)
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Foco
Outra relevante contribuição dos autores foi a concepção de documento, que deixava de estar restrito ao suporte ou
formato e passava a ser visto como um registro de um conhecimento.
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Paradigma
No final do século XIX, com o aumento da produção bibliográfica, da pesquisa científica e o surgimento de novos suportes
houve a necessidade do desenvolvimento de outras técnicas para organização e administração da informação. Nesse
contexto, Paul Otlet e La Fontaine, sistematizaram conceitos para Documentação a partir de estudos bibliográficos. A
Documentação tinha o papel de “acompanhar o documento desde o instante em que ele surgiu da pena do autor até o
momento em que impressionava o cérebro do leitor” (OTLET, 1997, p. 115).
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Ciência da Informação
Definição
Borko definiu a ciência da informação como uma disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da
informação, as forças que governam o seu fluxo e os meios de processamento para otimizar a sua acessibilidade e
utilização.
A ciência da informação relaciona-se com o corpo de conhecimento relativo à produção, coleta, organização,
armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão, transformação e utilização de informação.

Segundo Saracevic, há três características importantes na área: interdisciplinaridade, forte ligação com a tecnologia e
participação ativa na evolução da sociedade da informação.

Sua definição é muito controversa, mas uma das definições mais aceitas é a de BORKO, que diz “disciplina que investiga as
propriedades e o comportamento informacional, as forças que governam o fluxo de informação e os meios de
processamento da informação para uma ótima acessibilidade e usabilidade. [...] Ela tem componentes da ciência pura que
investiga o assunto sem se preocupar com suas aplicações, e da ciência aplicada que desenvolve seus serviços e
produtos”. (BORKO, 1968 apud CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 81)

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Objetivos: gênese e comunicação da informação, emergência de novas disciplinas, interdisciplinaridade.
Instrumentos: estatística da produção bibliográfica, bibliometria, índices de citações, colégios invisíveis.
(FONSECA, 2007, p. 11)
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Foco

Ciência interdisciplinar, relacionada ao campo da gestão.


Quanto à natureza social, o caráter interdisciplinar da Ciência da Informação ampliou o papel da informação na sociedade,
associando-a às novas tecnologias e necessidades das diversas áreas, diferente da Documentação que era vista como uma
prática de uso imediato (ORTEGA, 2008)

Acesso à informação/documentos é a questão básica de interesse da ciência da informação.

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Paradigma
Segundo Oliveira (2005) aCI tem sua gênese no cenário da revolução científica e técnica, que ocorre logo após a II Guerra
Mundial, tendo sofrido grandes influências da documentação e da Recuperação da Informação (RI). A primeira, pelo

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desenvolvimento de novos conceitos – como o de documento, por exemplo – e novas instituições na área – como o IIB –
IID – FID.
Outro marco no desenvolvimento da área da CI foi a criação do Institute of Information Scientists (IIS), em 1958, no
Reino Unido, que deu origem ao termo “cientistas da informação”.

Tem relação com a teoria matemática da informação (Shannon e Weaver)


Pinheiro (1997) ciência da informação está relacionada com RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Ciência da Informação: Explosão documental / Boom informacional / 2. Guerra Mundial
Propriedades gerais da informação (natureza, gênese, efeitos) e análise de seus processos de construção, comunicação e
uso.
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Ênfase
A consolidação da CI, no Brasil, se dá com a criação, em 1980, da ANCIB (Associação Nac. de pesquisa e Pós-Graduação
em CI).
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Referências

FONSECA, E. N. da. Introdução à Biblioteconomia. 2ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2007.

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CURSOS & CONCURSOS

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M2 - Modelos conceituais para a catalogação: FRBR, FRAD, FRSAD e LRM. Catalogação e padrões de metadados.
(Versão 30/01/23)
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FRBR
Um ponto decisivo para a elaboração do FRBR foi a questão dos custos com a catalogação que seria resolvida com a redução
de duplicatas de catalogação. A intenção da IFLA era a de propor um modelo que simplificasse a elaboração de códigos de
catalogação, o que atinge, consequentemente, o processo catalográfico, e que contasse com as transformações acarretadas
pela constante inovação nas tecnologias. (IFLA, 1998).

O modelo conceitual do tipo entidade-relacionamento (ER).


→ Não é um código de catalogação e, em consequência, não descrevem a forma de apresentação dos elementos
descritivos: trata-se de um modelo conceitual.
→ Utiliza-se o modelo E-R para o desenvolvimento de base de dados relacionais, em contraposição às bases de dados
hierárquicas.
→ O modelo E-R identifica entidades, atributos e relacionamentos.

Objetivos
→ Proporcionar um quadro estruturado e claramente definido para relacionar os dados contidos nos registros bibliográficos
às necessidades dos usuários.
→ Recomendar um nível básico de funcionalidades do registro criados pelas agências bibliográficas nacionais.
(IFLA, 2008).

Entidades – representam os principais objetos de interesse para os usuários de dados bibliográficos.


Atributos – são as características das entidades (título, autor...).
Relações – fundamentos dos catálogos e banco de dados.
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As entidades do FRBR se dividem em três grupos:

Obra – Machado de Assis (Conjunto completo de criação intelectual ou artístico)


Expressão – Texto em português, revisão, tradução.
Manifestação – Editora X, reprodução.
Item – Exemplar (concreto, mesmo que digital).
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→ o FRBR define quais são os elementos de dados que correspondem às necessidades dos usuários e propõe que esses
dados sejam estratégicos para a recuperação. (MACHADO; ZAFALON, 2020, p. 61).
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Segundo IFLA (1998, p. 82), o FRBR aponta quatro tarefas básicas a serem desenvolvidas pelos usuários na busca por
informação:
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→ Encontrar entidades que correspondam aos critérios de busca formulados pelo usuário (isto é, localizar tanto uma única
entidade quanto um conjunto de entidades em um catálogo ou base de dados como resultado de uma pesquisa que
empregue um atributo ou um relacionamento da entidade);

→ Identificar uma entidade (isto é, confirmar que a entidade descrita corresponde à entidade procurada, ou distinguir entre
duas ou mais entidades com características similares);
→ Selecionar uma entidade que seja apropriada às necessidades do usuário (isto é, escolher uma entidade que atenda aos
requisitos do usuário no que se refere ao conteúdo, formato físico etc., ou recusar uma entidade que seja inadequada para
as necessidades do usuário);

→ Adquirir ou obter acesso à entidade descrita (isto é, adquirir uma entidade por meio de compra, empréstimo etc., ou
acessar eletronicamente uma entidade por meio de uma conexão online com um computador remoto).

Estas quatro tarefas formam o ponto de partida usado pelo FRBR com o objetivo de tornar as informações recuperáveis de
forma simplificada e objetiva, uma vez que proporciona aos usuários satisfação em suas buscas.
→ São tarefas do usuário: encontrar → identificar → situar → adquirir/obter.
(MACHADO; ZAFALON, 2020, p. 61-62).
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FRAD
Tem ênfase nos dados de autoridade e apresenta, além das entidades pessoa e instituição, presentes no FRBR, a entidade
família. Assim como o FRBR, o FRAD apresenta entidades, atributos, relações e tarefas de usuários voltados aos dados de
autoridade, e, inclusive, repetem algumas das entidades presentes no FRBR. (MACHADO; ZAFALON, 2020, p. 63).

→ Descreve as entidades do Grupo 2 (pessoa física e entidade coletiva).


→ As entidades são conhecidas por nomes ou identificadores.
→ Identifica dois tipos de usuários: o usuário final e aqueles que o assiste, através da criação e manutenção de dados de
autoridades.
→ São tarefas do usuário: encontrar → identificar → situar → justificar.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 38).
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FRSAD
Ressalta que o objetivo do controle de autoridade “[...] é garantir consistência na representação de um valor – um nome de
uma pessoa, um nome de local ou um termo ou código que representa um assunto – nos elementos usados como pontos de
acesso na recuperação de informações.” (IFLA, 2010, p. 8).
→ São tarefas do usuário: encontrar → identificar → selecionar → explorar.
(MACHADO; ZAFALON, 2020, p. 61-62).
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LRM
O IFLA Library Reference Model (LRM) é um modelo de referência conceitual de alto nível desenvolvido dentro de uma
estrutura de modelagem entidade-relacionamento. É a consolidação dos modelos conceituais da IFLA desenvolvidos
separadamente: FRBR, FRAD, FRSAD. O IFLA LRM foi desenvolvido para resolver inconsistências entre os três modelos
separados. Cada tarefa do usuário, entidade, atributo e relacionamento dos três modelos originais foi examinado, as
definições tiveram que ser revisadas, mas também foi necessária alguma remodelação para desenvolver uma consolidação
significativa. O resultado é um modelo único, simplificado e logicamente consistente que abrange todos os aspectos dos
dados bibliográficos e que, ao mesmo tempo, atualiza a modelagem com as práticas atuais de modelagem conceitual.

→ São tarefas do usuário: encontrar → identificar → selecionar → obter → explorar.


Fonte: (IFLA, 2017, p. 16).
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Entidade-relacionamento
→ Nos modelos entidade-relacionamento, as entidades definem a estrutura do modelo e funcionam como nós, ao passo
que os relacionamentos conectam as entidades entre si. Os atributos dependem das entidades e fornecem informações
sobre elas. (IFLA, 2017, p. 18).
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Entidades
Cada entidade declarada no modelo [...] são numeradas sequencialmente de LRM-E1 a LRM-E11. (IFLA, 2017, p. 20).
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Atributos
Atributos caracterizam instâncias específicas de uma entidade. Nenhum dos atributos definidos no modelo são obrigatórios
para qualquer instância específica de uma entidade, mas os atributos podem ser registrados, se aplicáveis, e facilmente
determináveis quando os dados são considerados relevantes para a finalidade de uma aplicação. (IFLA, 2017, p. 38).
[...] cada atributo é simplesmente uma característica (título, forma, data, idioma edição, local publicador, suporte etc.)
associada com a entidade relevante. (IFLA, 2017, p. 85).
São os atributos que constituem o meio pelo qual os usuários elaboram as suas buscas, obtém e interpretam as respostas
quando procuram por uma informação.
São elementos da representação bibliográfica. (FGV 2012)
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Instância - Um exemplo específico de uma entidade. (IFLA, 2017, p. 104).
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Resumindo Tarefas do Usuário
FRBR – Bibliográficos
Encontrar → identificar → selecionar → obter
FRAD - Autor
Encontrar → identificar → situar → justificar
RLM
Encontrar → identificar → selecionar → obter → explorar
(OLIVER, 2011, p. 20-21).
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Catalogação
→ Representação [...] elaboração de conjuntos de informações codificadas para representar cada um dos registros do
conhecimento existentes em acervos. (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 2).

→ Informação – conjunto de signos (palavra, grupo de palavras, frases...) que tenham um sentido.
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Catalogação / Representação Descritiva – conjunto de informações que simbolizam o um registro do conhecimento.
Catalogação é o estudo, preparação e organização de mensagens codificadas, com base em itens existentes ou passíveis de
inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir interseção entre as mensagens contidas nos itens e as mensagens
internas dos usuários. (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 7).
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Características da Catalogação
→ Integridade – significa fidelidade, honestidade na representação.
Ex.: Rio de Janeiro: Editora Atlas, [1975?].
→ Clareza: mensagem compreensível aos usuários.
Ex.: Pássaros (e não Ornitologia)
→ Precisão: cada uma das informações só pode representar um único conceito.
Ex.: Rio de Janeiro: Editora Atlas, 1984.
→ Lógica: as informações devem ser organizadas de modo lógico.
Ex.: na descrição de um registro vai-se do mais importante (título e autor) para o mais detalhado (dados de publicação e
paginação, entre outros).
→ Consistência: a mesma solução deve ser sempre usada para informações semelhantes.
Ex.: pontos de acesso alternativos: Jorge Amado e Amado, Jorge.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 10).
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Declaração dos princípios Internacionais da Catalogação – 2009.
No que tange a elaboração de códigos, vários princípios direcionam a construção de códigos de catalogação. O mais
importante é a conveniência do usuário.

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Conveniência do usuário - as decisões relativas a descrições e formas controladas de nomes para acesso devem ser tomadas
tendo o usuário em mente.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 11).
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A prática da catalogação
→ A prática compreende três partes: descrição bibliográfica, pontos de acesso e dados de localização.
→ A descrição bibliográfica também chamada de representação descritiva, é a parte da catalogação responsável pela
caracterização do recurso bibliográfico.
(MEY: SILVEIRA, 2009, p. 94).

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Etapas da catalogação
Implícitas:
Análise preliminar – verificar se a manifestação já existe na biblioteca
Leitura técnica – levantar informação visando sua representação.

Explícitas:
Descrição bibliográfica/representação descritiva.
Determinar pontos de acesso e dados de localização

Etapas até a chegada de um registro do conhecimento nas mãos dos usuários são: (VUNESP 2014).
1) localização
2) seleção
3) Obtenção - registro pode ser real ou ciberespacial (estar no computador)
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 98).
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→ ISBD - Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada - é um padrão desenvolvido pela IFLA para a criação de
descrições bibliográficas [...] dividiu as informações descritivas em oito áreas [...] tais áreas são as mesmas para todos os
tipos de recursos. (Mnemônico: TED PUDESE NONU)
Área 1 - Título e indicação de responsabilidade
Área 2 - Edição
Área 3 - Detalhes específicos do material. (utilizada apenas materiais cartográficos, música impressa, publicações periódicas,
e recursos eletrônicos).
Área 4 - Publicação, Distribuição etc.
Área 5 - Descrição Física (número de páginas, volume).
Área 6 – Série

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Área 7 – Notas
Área 8 - Número normalizado (ISBN, ISSN).
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 105-109).
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PONTO DE ACESSO – é um nome, termo, título ou expressão, pelo qual o usuário pode procurar e encontrar, ou acessar, a
representação bibliográfica de um recurso, ou o próprio recurso eletrônico de acesso remoto.

O ponto de acesso principal é o que encabeça a entrada principal, isto é, a primeira informação registrada na ficha. (campos
100 do MARC21), acima da descrição bibliográfica.

Os pontos de acesso secundários são todos os demais pontos de acesso além do principal, indicados no último bloco de
informações da ficha (campos 600, 700 e 800-830 do MARC21), na chamada pista.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 145, 148).

Fonte: (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 148).

Fonte: (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 149).

A forma padronizada do ponto de acesso denomina-se cabeçalho, porque encabeçava o registro bibliográfico nos catálogos
manuais. [...] A Declaração dos Princípios passou a denominá-lo ponto de acesso autorizado, tanto para o essencial
(principal) como para os pontos de acessos adicionais (ou secundários).

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De acordo com as regras do Capítulo 21 do ACCR2, o ponto de acesso principal de uma obra será:
→ o nome de seu criador ou autor, sempre, quando há apenas um criador responsável por ela;
→ o nome do primeiro autor ou criador citado quando há até três autores ou criadores (a regra dos três);
→ o nome do autor ou criador indicado como principal, quando há quatro ou mais autores ou criadores;
→ o título da obra, quando há quatro ou mais autores ou criadores e nenhum destes é indicado como principal (a
denominada autoria difusa);
→ o título da obra, quando esta for anônima, isto é, não apresentar autor ou criador;
→ O título da obra, quando esta contiver várias obras independentes, de vários autores ou criadores, reunidas sob um título
geral, ou coletivo (isto é, quando se tratar de uma coletânea com título comum).
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 145, 150-152).
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As regras do Capítulo 22 das AACR2 trata de cabeçalhos de ponto de acesso para os NOMES PESSOAIS.
→ a forma do nome pela qual a pessoa é conhecida;
→ quando as formas do nome variam em diferentes manifestações, dar preferência a forma predominante;
→ quando as formas do nome variam e não há forma predominante, dar preferência a forma mais recente;
→ quando a pessoa usa o nome ou vários pseudônimos, sem haver forma predominante, fazer o cabeçalho conforme o
nome encontrado na fonte principal do item nas mãos;
→ quando duas ou mais pessoas usam um único pseudônimo para obras escritas em conjunto, escolher o pseudônimo.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 145, 154).
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Pontos de acesso de títulos


[...] se abrigam, não apenas os títulos próprios, ou principais da obra, como também outros títulos variantes, pelos quais a
obra pode ser procurada, e as séries.

Títulos uniformes
São títulos padronizados que visam a reunião de todas as expressões e manifestações de uma obra no catálogo [...] são
registrados entre colchetes, antes da descrição bibliográfica e após o ponto de acesso principal de autoria. Opcionalmente,
segundo as AACR2, podem-se retirar os colchetes do título uniforme que é ponto de acesso principal [...].

(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 157-158).


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Os princípios regem a criação e o desenvolvimento de códigos de catalogação, as decisões que tomam os catalogadores e
as políticas sobre o acesso e intercâmbio de dados. De todos os princípios, o principal deles é o Interesse do usuário.

→ Interesse do usuário. Interesse significa que se deve fazer todos os esforços para manter todos os dados compreensíveis
e adequados para os usuários. A palavra “usuário” compreende a qualquer indivíduo que busque no catálogo e utilize os
dados bibliográficos e/ou de autoridades. As decisões referentes a criação das descrições e as formas controladas dos
nomes para os acessos, devem ser decididas tendo em mente o usuário.

→ Uso comum. O vocabulário utilizado nas descrições e pontos de acesso devem estar em concordância com a maioria dos
usuários. (FGV 2021)

→ Representação. Uma descrição deve representar o recurso tal como aparece. As formas controladas dos nomes de
pessoas, entidades coletivas e famílias devem se basear na maneira como estas entidades se autodenominam. As formas
controladas dos títulos de obras devem se basear na forma com que aparece na primeira manifestação da expressão
original. Se isso não for possível, deve-se usar a forma comumente utilizada nas fontes de consulta. (FGV 2018)

→ Precisão. Os dados bibliográficos e de autoridades devem ser uma representação exata da entidade descrita.

→ Suficiência e necessidade. Se deverá incluir os elementos dos dados requeridos para: facilitar o acesso para todos os
tipos de usuários, incluindo aqueles com necessidades específicas; cumprir os objetivos e funções do catálogo e descrever
ou identificar entidades.

→ Significação. Os elementos dos dados devem ser relevantes para a descrição, dignos de menção e permitir a
diferenciação entre entidades.

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→ Economia. Quando existem diferentes vias para conseguir um objetivo, deve-se preferir o meio que melhor favoreça a
total conveniência e sentido prático (isto é, o menor custo e implementação mais simples).

→ Coerência e normalização. Devem-se normalizar as descrições e a criação de pontos de acesso até ao ponto em que seja
possível para possibilitar a coerência.

→ Integração. As descrições para todo o tipo de recursos e formas controladas dos nomes de qualquer tipo de entidade
deverão se basear o máximo possível em um conjunto de regras comum.

→ Interoperabilidade. Deve-se fazer todos os esforços possíveis para assegurar o intercâmbio e a reutilização dos dados
bibliográficos e de autoridade dentro e fora da comunidade bibliotecária. É extremamente recomendável o uso de
vocabulários que facilitem a tradução automática e a desambiguação, para o intercâmbio de dados e ferramentas de
descoberta.

→ Abertura. As restrições aos dados devem ser mínimas a fim de fomentar a transparência e cumprir com os princípios de
acesso aberto, como também é manifestado na Declaração da IFLA sobre o acesso aberto6 . Qualquer restrição de acesso
aos dados deve ser declarada explicitamente.

→ Acessibilidade. O acesso aos dados bibliográficos e de autoridade, assim como as funcionalidades dos dispositivos de
busca, devem cumprir as normas internacionais de acessibilidade, como se recomenda no Código de ética de la IFLA para
bibliotecarios y otros trabajadores de la información.

→ Racionalidade. As regras de um código de catalogação deverão ser defendíveis e não arbitrarias. Se, em situações
específicas, não é possível respeitar todos os princípios, então se deverá adotar uma solução prática e defendível e se
deverá explicar as razões.
(IFLA, 2016)
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Padrões de metadados
Este é o termo que vem sendo usado nas bibliotecas digitais para designar o trabalho de descrição física dos recursos
eletrônicos. Desse ponto de vista, cumpre, no contexto digital, função semelhante à da catalogação nas bibliotecas
tradicionais. Mas o conceito de metadados embute também um objetivo de normalização, necessidade que já era enfatizada
no âmbito das publicações impressas há bastante tempo. (DIAS; NAVES, 2007, p. 16).

Esses tipos de padrões, também chamados de formatos de metadados, apresentam as seguintes características:
a) Formatos simples: constituídos por metadados não estruturados, extraídos de forma automática por robôs, apresentam
na maioria das vezes uma semântica reduzida.
Ex.: MetaTag(s) e metadados utilizados na transferência de dados por meio do protocolo HTTP.

b) Formatos estruturados: constituídos por metadados mais estruturados, baseados em normas emergentes e que
proporcionam uma descrição mínima do recurso para sua identificação, localização e recuperação. A descrição geralmente é
feita em campos e nessa categoria começa a ser inserida a ajuda de especialistas em informação.
Ex.: padrão de metadados Dublin Core – DC.

c) Formatos ricos: também considerados padrões de metadados altamente estruturados, são constituídos por metadados
complexos, apresentam uma estrutura de descrição mais formal e detalhada. São baseados em normas e códigos
especializados de um domínio particular, possibilitam a descrição de um recurso informacional individual ou pertencente a
uma coleção e facilitam a localização, a recuperação, o intercâmbio dos recursos informacionais.
Ex.: padrão de metadados ou formato MARC 21, da área de Biblioteconomia.
(LOPES, FERNEDA, 2016, p. 154).

"Os denominados padrões de metadados, atualmente presentes no instrumental de software para criação de objetos
digitais, são considerados as linguagens de marca que, segundo Bax: 'identificam, de forma descritiva, cada 'entidade
informacional' digna de significado presente nos documentos, como por exemplo parágrafos, títulos, tabelas, gráficos. A
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partir dessas descrições os programas de computador podem melhor tratar ou processar a informação contida em
documentos eletrônicos'. (ALVARENGA, 2001, p. 10).
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Função
[...]. Os metadados exercem, de fato, uma função essencial no acesso à biblioteca digital, entendida essa função como
integração funcional de fases que atualmente são caracterizadas como: identificação, localização e acesso (inclusive fazer o
download, isto é, baixar um arquivo) de determinado recurso digital. (TAMMARO; SALARELLLI, 2008, p. 212).
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Metadados [...] "Os registros bibliográficos são um tipo de metadados. Cada vez mais, porém, eles vêm sendo empregados
no contexto mais especializado de dados que se referem a recursos digitais disponíveis numa rede. Os metadados também
diferem dos dados bibliográficos ou catalográficos porque a informação de localização acha-se contida no registro de modo
a possibilitar o fornecimento direto do documento a partir de programas aplicativos apropriados, ou, em outras palavras, os
registros podem conter informações detalhadas quanto ao acesso e endereços da rede. Além disso, os registros
bibliográficos são projetados para que os consulentes os utilizem não apenas quando estiverem avaliando a relevância e
decidindo se desejam localizar os recursos original, mas também como um identificador único do recursos, de modo que
possam solicitá-lo - recurso ou documento - numa forma que tenha sentido para a pessoa que fez a solicitação for entregue.
(CUNHA; CAVALCANTI, 2008).
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Classificação dos Metadados
[...]. Em relação ao agrupamento dos elementos de metadados de um recurso informacional, Day (2000) sugere uma
classificação, segundo o uso em:

a) dados administrativos - são aqueles que facilitam a organização e a administração do sistema de informações, como, por
exemplo: responsável pela manutenção do documento; data de adição do documento ao sistema; data da última
modificação; data de expiração (por exemplo, de um anúncio de conferência); catalogador do documento; origem do
registro; e proprietário dos direitos.

b) dados descritivos - são aqueles que contêm informação passível de utilização por sistemas de busca, como: título; título
abreviado; título alternativo (em outro idioma, por exemplo); subtítulo; descrição; URI; autor; idioma; codificação do
conjunto de caracteres; organização (de criação e de hospedagem do documento); formatos de arquivo (por exemplo, texto,
imagem, áudio, vídeo), meio físico, propriedade intelectual ou copyright, disponibilidade (por exemplo, indicação se o
acesso à informação é gratuito ou sujeito a registro); software requerido para aceso (navegadores específicos, software de
MIDI); e público alvo;

c) dados do assunto - são aqueles que descrevem o conteúdo do documento, como: palavras-chaves; código de
classificação; sistema de classificação; e termos do tesauro ou cabeçalho de assuntos;
(FEITOSA, 2006, p. 53).

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OAI-PMH → Protocolo para coleta de metadados em repositórios digitais. (SAYÃO, 2009, p. 59).
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Referências

ALVARENGA, L. A Teoria do Conceito Revisitada em Conexão com Ontologias e Metadados no Contexto das Bibliotecas
Tradicionais e Digitais. DataGramaZero, Revista de Ciência da Informação, v.2 n.6 dez/2001.

CUNHA, M. B. da; CAVALCANTI, C. R. de O. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos,
2008. p. 123

DIAS, Eduardo Wense; NAVES, Madalena Martins Lopes. Análise de assunto: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2007.

FEITOSA, A. Organização da informação da web: das tags à web semântica. Brasília: Thesaurus, 2006.

LOPES, Tatiane dos Santos de Feitas; FERNEDA, Edberto. Padrão especial de disseminação de dados (SDDS): uma
introdução. Pesq. Bras. em Ci. da Inf. e Bib., João Pessoa, v. 11, n. 1, p. 151-168, 2016.

MACHADO, Raildo de Sousa; ZAFALON, Zaira Regina. Catalogação: dos princípios e teorias ao RDA e IFLA LRM. João Pessoa:
Editora UFPB, 2020.

MEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2009.

SAYÃO, L et al. (org.). Implantação e gestão de repositórios institucionais: políticas, memória, livre acesso e preservação.
Salvador: EDUFBA, 2009.

TAMMARO, Ana Maria; SALARELLI, Alberto. A biblioteca digital. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2008.

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CURSOS & CONCURSOS

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M3 - Sistemas de Organização do Conhecimento: vocabulários e tecnologias semânticas para a web. Versão 02/02/23.
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SOC ou esquemas de representação do conhecimento são instrumentos que fazem a tradução dos conteúdos dos
documentos originais e completos, para um esquema estruturado sistematicamente, que representam esse conteúdo, com
a finalidade principal de organizar a informação e o conhecimento e facilitar a recuperação.
(BAPTISTA; ARAÚJO JÚNIOR; 2015).

→ Sistemas de Organização do Conhecimento (SOCs) ou Knowledge Organization Systems (KOS), os quais, em função da
variedade de padrões e modelos de representação e organização, constituem em si uma interessante convergência entre
linguagens documentárias e computacionais.
Ex.: esquemas de classificação; cabeçalhos de assunto; tesauros; taxonomias; folksonomia; antologias).
(BAPTISTA; ARAÚJO JÚNIOR; 2015, p. 26-28).

O SKOS é um modelo de dados para desenvolvimento de esquemas de conceitos tais como tesauros, listas de cabeçalhos,
taxonomias, sistemas de classificação, e outros vocabulários controlados, que segue o modelo Resource Description
Framework (RDF) e que por conseguinte permite que os esquemas de conceito sejam inseridos na proposta Web
Semântica.

Os signos para os SOC são descritores resultantes de uma construção pertinente para a significação, ou seja, formas
linguísticas que expressam conceitos que representam o conteúdo de documentos. (CARLAM; MEDEIROS, 2011).
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Fundamentos teóricos para elaboração de sistemas de organização do conhecimento
→ Sistemas de organização do conhecimento (SOC) são sistemas conceituais semanticamente estruturados que contemplam
termos definições, relacionamentos e propriedades dos conceitos.

→ Objetivo do SOC: padronização terminológica para facilitar e orientar a indexação e os usuários.

→ Funções: eliminação de ambiguidade, controle de sinônimos, estabelecimento de relacionamentos semânticos entre


conceitos.

→ Os SOCs são constituídos de termos, conceitos e relacionamentos.

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Web Semântica (WS)

Caracterização
[...] a ideia da web semântica foi levantada [...] na qual os computadores não apenas são capazes de apresentar a
informação contida nas páginas da web, mas, além disso, de compreendê-las. (FEITOSA, 2006, p. 16).

Objetivo
O principal objetivo da WS é habilitar os computadores a usarem as informações disponíveis não apenas com propósitos de
exibição, se não, também, com possibilidades de automação, integração e reuso de diferentes sistemas.
(FEITOSA, 2006, p. 120).
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Para Hyvonen (2002), a web semântica, ou internet de significados, é uma visão da próxima geração da web que poderá ser
utilizada não apenas por humanos, mas também por máquinas.

[...] duas tecnologias são chaves para o sucesso da web semântica: XML [arbitrária] e RDF [significado] [...] o terceiro
elemento fundamental para construção dessa web são as ontologias. (QUIVEY, 2002; BERNERS–LEE, 2001).
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Linguagem
Segundo Catarino e Souza (2012, p. 80):
Assim como as bases de dados tradicionais necessitam de linguagens específicas de consulta (por exemplo, a SQL para as
bases de dados relacionais, e o XQuery para as bases de dados em XML), a Web Semântica, com seus dados formatados em
RDF, necessita de uma linguagem própria, no caso, a SPARQL. Essa linguagem permite fazer buscas e receber os resultados
em Hyper Text Tranfer Protocol (HTTP) ou Simple Object Access Protocol (SOAP).
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[...]. A Rede semântica, ou Web 3.0, está em vias de desenvolvimento e se esforçará para oferecer conteúdo de informação
validados e pertinentes. A Web 3.0 recorre à inteligência artificial com o objetivo de encontrar a informação pertinente a
partir de consultas às vezes confusas. (ACCART, 2012, p. 188).
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A WS propõe:
→ uma sintaxe comum, XML, e a expressão de conhecimento em estruturas simples predefinidas (por ex. RDF);
→ Utilização de vocabulários de metadados e ontologias (SKOS, Simple Knowledge Organization System);
→ Referenciar os termos com recursos que expliquem seu conteúdo mediante a URI;
→ Utillização por processos e máquinas (RSS).
(GONZÁLEZ, 2011, p. 37).
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SKOS
→ O W3C desenvolveu um modelo e especificação, denominado Simple Knowledge Organizations System (SKOS), para dar
suporte aos tradicionais SOC de forma que sejam entendidos por máquina. SKOS usa uma sintaxe flexível XML/RDF que
fornece estrutura para publicações dos termos usados no SOC e seus relacionamentos para dar suporte às buscas,
mapeamentos e conexões entre os diferentes SOC.
(BAPTISTA; ARAÚJO JÚNIOR; 2015).

É uma das especificações da web semântica mais relevante para aplicar em arquivos, bibliotecas e centro de
documentação. Estabelece uma ponte [...] para o controle de vocabulário e a organização e representação do
conhecimento.
→ SKOS está orientado à indexação e a recuperação de informação [...].
→ Serve para codificar vocabulários controlados e linguagens de indexação em XML. Trata-se de um método para migrar, a
baixo custo, linguagens de indexação pré-existentes para a web semântica.
(GONZÁLEZ, 2011, p. 44-45).
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Vocabulários semânticos para a web
→ [...] o fim principal dos vocabulários para a web é possibilitar a busca por conceitos. (GONZÁLEZ, 2011, p. 9).

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Vocabulários RDF mais conhecidos:
FOAR (Fiend of a Friend) – permite criar páginas na web para descrever pessoas, vínculos entre elas e coisas que fazem e
acham [...] torna disponível informação pessoal que pode ser processada e reutilizada.

RSS (RDF Site Summary) – utilizado para publicação de notícias. [sua] função principal é avisar, de forma automática aos
usuários, que os recursos que eles relacionaram, mudaram, sem necessidade de comprovar diretamente a página.

DC (Dublin Core) – usado para catalogação e descrição de recursos (livros, imagens etc.). Seu propósito é descrever recursos
web sobre qualquer matéria. Baseia-se em 15 elementos que descrevem o conteúdo do site, atentando a três tipos de
informação: o conteúdo, a propriedade intelectual e a data e formato do documento, assim como sua identificação.

RDF-Shema – é uma linguagem para representar conhecimento na WWW. Estabelece os mecanismos descrever
vocabulários RDF. Por meio dela definem-se: Classes, sub-classes, propriedades, categorias e domínios dessas propriedades.
SKOS Core (Simples Knowledge Osganization System) – foi desenvolvido pelo W3C como um projeto baseado em RDF
Schema, para introduzir tesauros na WWW. È capaz de representar o conteúdo de outros vocabulários controlados , como
esquemas de classificação, cabeçalhos de assunto, taxonomias, glossários, vocabulários etc.
(GONZÁLEZ, 2011, p. 82).
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→ [...] a falta de instrumentos que permitam a padronização de metodologias de estruturação de páginas e sites motivou
diversas comunidades acadêmicas por todo o mundo ao estudo de alternativas de solução para esses problemas. Alguns
exemplos desses projetos são o *Dublin Core, o **TEI a ***XML e, mais recentemente, a Web semântica [...]. (FEITOSA,
2006, p. 15).

*Dublin Core Metadata Initiative– é uma organização dedicada a promover ampla adoção de padrões de interoperabilidade
de metadados e desenvolver vocabulários de metadados especializados para a descrição de recursos, de modo a habilitar a
descoberta inteligente de informações na web. [HTTP://dublincore.org].

**TEI – Text Encoding Initiative – é um projeto de pesquisa internacional, que tem desenvolvido, com base na Standard
Generalized Markup Language (SGML), uma codificação para muitos documentos em diversas extensões do conhecimento
humano.

***XML – Extensible Markup Language - é um formato de texto simples e muito flexível, derivado da SGML (ISO 8879) que
tem desempenhado importante papel no intercâmbio de grande variedade de dados na internet ou fora dela.
(FEITOSA, 2006, p. 16).

[...] o formato Dublin Core (DC) é um dos mais importantes meios de descrição de recursos na internet e é um exemplo das
iniciativas que se propõem a definir um core (núcleo) de metadados, isto é, um conjunto de dados essenciais que possam ser
utilizados como padrão para descrição de recursos na web.
[...] caracteriza-se:
→ pela sua utilidade e flexibilidade na apresentação de dados;
→ usado para complementar documentos;
→ todos os elementos são opcionais;
(FEITOSA, 2006, p. 54).
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Referências

ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2012.

BAPTISTA, D. M.; ARAÚJO JÚNIOR, R. H. (org.). Organização da informação: abordagens e práticas. Brasília: Thesaurus,
2015.

CARLAN, E; BRASCHER, M. Fundamentos teóricos parta elaboração de sistemas de organização do conhecimento. In:
BAPTISTA, D. M.; ARAÚJO JUNIOR, R.H. Organização da informação: abordagens e práticas. Brasília: Thesaurus, 2015.

CARLAN, E; BRASCHER, M. Sistemas de Organização do Conhecimento na visão da Ciência da Informação. RICI: R. Ibero-
amer. Ci. Inf., v. 4, n.º 2, p. 53-73, ago./dez./2011.

FEITOSA, A. Organização da informação da web: das tags à web semântica. Brasília: Thesaurus, 2006.

FONSECA, E. N. da. Introdução à Biblioteconomia. 2ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2007.

GONZÁLEZ, J. A. M. Linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web: elementos conceituais. Salvador:
EDUFBA, 2011.

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CURSOS & CONCURSOS

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M4 - Biblioteca Universitária: objetivos e características; coleções e seu desenvolvimento; serviços; ambiente físico; o
bibliotecário: habilidades e competências. Versão 23/01/23.
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Objetivos
→ O objetivo geral da Biblioteca universitária é [...] promover a interface entre os usuários e a informação [...],
direcionando suas atividades ao cumprimento dos objetivos da instituição. Desta forma, deve organizar as coleções
(seleção, coleta, representação descritiva e temática e armazenagem), disseminar a informação e orientar seu uso,
controlar operacionalmente o sistema de informações (do planejamento à avaliação). (MACEDO; DIAS, 1992, p. 43).

→ Agregadas a essas instituições surgem também suas bibliotecas. Mesmo ainda resultando de uma tradição monacal tendo
em vista o grande número de bibliotecas vinculadas aos mosteiros e às congregações religiosas, as bibliotecas universitárias
atendem diretamente às necessidades de bibliografia descrita nos currículos dos cursos superiores.
(NUNES; CARVALHO, 2016, p. 176).

→ [...]. Com isso, a biblioteca universitária extrapolará os assuntos técnico-científicos e poderá colaborar nas outras
necessidades informacionais diárias de sua clientela. (CUNHA, 2000).
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Características
→ Bibliotecas universitárias: devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão à
comunidade. Isto vai exigir, quase que necessariamente, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois atividades
de pesquisa exigem uma grande gama de materiais para que o pesquisador possa ter acesso a todos os pontos de vista
importantes ou necessários. (VERGUEIRO, 1989, p. 21).

→ Características da biblioteca universitária: Em âmbito universitário [...] é geralmente especializada (direto, história,
ciências, literatura etc.), e oferece especializadas para um público de estudantes, professores e pesquisadores. O serviço de
referência -- às vezes existe um por setor, o que implica uma política de coordenação -- é concebido como uma ajuda
fundamental ao ensino e à pesquisa... Isso não significa, entretanto, que o pessoal do serviço de referência em bibliotecas
universitárias realiza as pesquisas 'para ou em lugar de' [..] A biblioteca universitária, especializada numa área do
conhecimento ou que cubra várias áreas, é a estrutura que mais se parece com um serviço especializado de documentação.
(ACCART, 2012, p. 25).

→ A biblioteca universitária conforme Lück pode ser entendida como a instância que possibilita à universidade “atender às
necessidades de um grupo social ou da sociedade em geral, através da administração do seu patrimônio informacional e
do exercício de uma função educativa, ao orientar os usuários na utilização da informação”., ou seja, FAZ A MEDIAÇÃO OU
INTERMEDIAÇÃO ENTRE A INFORMAÇÃO E OS USUÁRIOS (em especial os alunos da graduação e da pós-graduação).
A principal função de um bibliotecário universitário – administrar o patrimônio informacional, ou seja, ele gerencia os
acervos físicos e digitais preocupando entre outras coisas com sua salvaguarda.
(LUBISCO, 2011 apud LUBISCO, 2011).

→ Projeto pedagógico de curso/Plano de ensino - refere-se à integração do trabalho da biblioteca do Projeto Pedagógico de
Curso. (LUBISCO, 2011, p. 58).

→ De acordo com a ALA, pode-se prever um conjunto de padrões qualitativos que devem nortear as bibliotecas
universitárias, quais sejam, as missões, as metas, os objetivos, os recursos humanos, a infraestrutura e equipamentos, os
serviços e orçamento. (GONÇALVES, 2013, p. 72).

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Coleções
→ As ações de desenvolvimento de coleção envolvem a elaboração de um documento de política para apoio às decisões de
seleção. Esse documento deve atender aos seguintes requisitos de simplicidade (ser de fácil utilização, clareza (ser
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facilmente e compreensível) e veracidade (corresponder à realidade da instituição à qual se aplica). (VERGUEIRO, 2010, p.
78)
→ Seleção de recursos informacionais - refere-se ao processo de escolha dos materiais de informações que serão
incorporados ou descartados, segundo as necessidades, a pertinência, a atualidade, a quantidade, tipo, suporte, o idioma,
tendo em vista os critérios estabelecidos na Política de Seleção e Aquisição. (LUBISCO, 2011, p. 58).

→ Aquisição de recursos informacionais - refere-se ao processo de obtenção dos materiais de informação por compra,
doação e permuta, segundo os critérios estabelecidos na Política de Desenvolvimento de Coleções. (LUBISCO, 2011, p. 63).

→ Tratamento da informação - refere-se ao processo de registro e indexação dos documentos adquiridos, com base nas
normas internacionais, de modo a assegurar a representação e a recuperação eficazes da coleção. (LUBISCO, 2011, p. 64).

→ Condições de acesso à coleção - refere-se às condições de controle quantitativo, de armazenamento e de acesso a todo
tipo de recursos informativos. (LUBISCO, 2011, p. 66).
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Desenvolvimento de coleções
→ A literatura da atualidade define desenvolvimento de coleções como um processo cíclico e ininterrupto
formado pelas seguintes etapas ou fases: estudo da comunidade (perfil da comunidade), políticas de seleção,
seleção, aquisição, desbastamento e avaliação (VERGUEIRO, 1989).

→ De acordo com Vergueiro (1989), Maciel e Mendonça (2006) e Evans (2000) desenvolvimento de coleções é
um processo composto por seis etapas interdependentes, são elas: Estudo da comunidade. Políticas de seleção.
Seleção, Aquisição, Avaliação, Desbastamento e descarte.

→ Em 2013, Weitzel lança a 2. edição da obra “Elaboração de políticas de desenvolvimento de coleções em


bibliotecas universitárias”, mas realiza uma importante atualização. A autora formalizou um detalhamento mais
profundo em relação ao processo e as políticas do desenvolvimento de coleções. Assim, o “guarda-chuva” passa
a ser composto por 9 varetas, que se caracterizam por serem interdependentes, isto é, não existe uma ordem
exata para as etapas serem executadas.
1.Estudo da comunidade;
2.Política de seleção;
3.Seleção;
4.Aquisição;
5.Política de aquisição;
6.Desbaste (incluindo o descarte);
7.Avaliação;
8.Política de avaliação.
9.Política de desbastamento

Tipo de Objetivos Tipo de coleções Ênfase no processo de DC


Biblioteca
Pública Democratização da informação Democratização da informação Análise da comunidade
para a comunidade local para a comunidade local Avaliação
Universitária Apoiar os programas de ensino, Livros e periódicos técnico- Avaliação Desbastamento.
pesquisa e extensão. científicos.
Especializada Objetivos e metas da instituição Normalmente material especial. Seleção, aquisição e
mantenedora Desbastamento
Fonte: Weitzel (2013, p. 24).

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Avaliação MEC
→ Na prática, a avaliação das bibliotecas universitárias brasileiras vem há algum tempo atrelada às avaliações oficiais do
Ministério da Educação, nas quais a biblioteca é vista, parcialmente, como um dos recursos de infraestrutura do processo
ensino-aprendizagem. (LUBISCO, 2011, p. 9).

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) se define como um sistema de avaliação global e
integrado das atividades acadêmicas promovidas pelas Instituições de Educação Superior (IES), instituído pela Lei
10.861/2004, e tem por objetivo, conforme disposto no seu art. 1°, "assegurar processo nacional de avaliação das
instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes, nos termos
do art. 9° , VI, VIII e IX, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996". (LUBISCO, 2011, p. 11).
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
Nesta Lei, a avaliação é concebida simultaneamente como um processo contínuo de aperfeiçoamento institucional e como
instrumento de política educacional voltada para a construção e consolidação da qualidade da educação superior no país.
(LUBISCO, 2011, p. 11).

→ De acordo com o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação do Ministério da Educação, para suplementar o
conteúdo administrado nas universidades, além dos livros das bibliografias básica e complementar, o acervo da biblioteca
deve contar com exemplares ou assinaturas de periódicos especializados. (INEP, 2017, p. 33).
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Serviços
→ Serviços – o desempenho destes serviços, no entanto, tem de ser constantemente avaliado, a fim de garantir sua
qualidade e a eficácia, na perspectiva da satisfação das necessidades do usuário, atendendo ao que diz Belluzzo (2005, p.
21): “no atual ambiente social em que as bibliotecas ou serviços de informação se inserem, alguns fatores são
fundamentais: inovação, qualidade, agilidade e atenção ao cliente, estão com certeza entre os principais”.
(LUBISCO, 2011, p. 92).

Web 2.0 - [...] a solução encontrada pelas unidades documentárias para se aproximar do usuário toma como base o uso da
própria tecnologia, ressignificando seus serviços e produtos e criando canais diretos de comunicação com o usuário, por
exemplo, com a aplicação de recursos da rede social ou da web 2.0, fomentando o que se tem convencionado chamar de
biblioteca 2.0. (LUBISCO, 2011, p. 92).

[...] gerenciar integralmente a operação de serviços da unidade de informação, submetendo-os aos processos
administrativos do planejamento, organização, execução e controle, num ciclo contínuo e interdependente, de
monitoramento dos objetivos traçados e de avaliação do alcance dos resultados pretendidos, conforme chama a atenção
Chanlat (1962, apud BELLUZZO, 2005, p. 22): “a gestão de uma biblioteca ou serviço de informação deve estar orientada
para o macroambiente com a clara definição dos resultados que se pretende alcançar [...]”.
(LUBISCO, 2011, p. 92).
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Ambiente físico
→ Refere-se aos espaços destinados aos usuários, à administração e aos materiais; inclui as condições de uso: capacidade de
ocupação simultânea, salas para trabalho individual e em grupo, acesso a deficientes físicos. (LUBISCO, 2011, p. 52).

→ Segurança e condições ambientais - refere-se ao ambiente da biblioteca em geral, relacionado com a segurança dos
bens e das pessoas, assim como ao conforto e à racionalidade de distribuição dos espaços, segundo seu uso.
(LUBISCO, 2011, p. 56).

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Bibliotecário: habilidades e competências
Habilidades
No Brasil, através ela Comissão de Especialistas do MEC, para a área de Ciência da informação, foram definidas algumas
competências e habilidades necessárias para o profissional ela informação:
→ Utilizar as metalinguagens pertinentes; demarcar campos específicos e integrar conteúdos de áreas correlatas em uma
perspectiva multidisciplinar;
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→ Produzir e divulgar conhecimentos;


→ Gerar produtos resultantes cios conhecimentos adquiridos;
→ Desenvolver e aplicar instrumentos de trabalho adquiridos;
→ Processar documentos, quaisquer que sejam os suportes, linguagens e formatos, de acordo com as teorias, paradigmas,
métodos e técnicas da área;
→ Gerenciar instituições, serviços e sistemas de documentação e informação;
→ Desenvolver ações expositivas, visando a extroversão dos acervos sob sua responsabilidade;
→ Desenvolver ações pedagógicas voltadas tanto para a melhoria do desempenho profissional, como para a ampliação do
conhecimento em geral;
→ Realizar atividades profissionais autônomas de modo a orientar, dirigir, assessorar, prestar consultoria, realizar perícias,
emitir e assinar laudos técnicos e pareceres;
→ Responder às demandas sociais determinadas pelas transformações tecnológicas que caracterizam o mundo
contemporâneo;
→ Refletir criticamente sobre sua prática profissional.
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Competências
→ Por competências profissionais se entende o conjunto ele habilidades, destrezas, atitudes e ele conhecimentos teórico-
práticos necessários para cumprir uma função especializada de um modo socialmente reconhecível e aceitável. Em suma, as
competências profissionais compreendem o conjunto de habilidades, destrezas e conhecimentos que um profissional de
qualquer área elo conhecimento humano precisa contar para cumprir as atividades especializadas, oferecendo o mínimo de
garantia sobre os resultados ele seu trabalho, tanto em relação ao seu público, quanto cm relação ao seu empregador; em
última instância, a sociedade da qual faz µarte" (Tradução livre) (Programa, 2000, p.6)

→ Valentim (2004) destaca as competências do bibliotecário em quatro categorias:


- Competências de comunicação e expressão;
- Competências técnico-científicas;
- Competências gerenciais e
- Competências sociais e políticas.
(VALETIM, 2002, p. 123)

→ De forma resumida, é o que pretendemos obter elo profissional da informação, ou seja, que suas competências e
habilidades permitam uma autonomia na produção de conhecimentos, tendo como hase o corpus teórico ela Ciência da
Informação, e que ele saiba coletivizá-los para a comunidade da área. (VALETIM, 2002, p. 130)
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Referências
ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2012.
CUNHA, Murilo Bastos da. Construindo o futuro: a biblioteca universitária brasileira em 2010. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 1, p.
71-89, jan./jun. 2000.
GONÇALVES, A. L. F. Gestão da informação na perspectiva do usuário: subsídios para uma política em bibliotecas
universitárias. Rio de Janeiro: Interciência, 2013.
LUBISCO, N. M. L. (org.). Biblioteca universitária: elementos para o planejamento, avaliação e gestão. Salvador: EDUFBA,
2011
NUNES, Martha Suzana Cabral; CARVALHO, Kátia de. As bibliotecas universitárias em perspectiva histórica: a caminho do
desenvolvimento durável. Perspectivas em Ciência da Informação, v.21, n.1, p.173-193, jan./mar 2016.

VALETIM, Marta Lígia (org.). Formação: competências e habilidades do profissional da informação. In: _________. Formação
do profissional da informação. São Paulo: Pólis, 2002. p. 117-132 (Coleção palavra-chave, v.13).

WEITZEL, S. da R. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. 2. ed. Niterói:
Intertexto, 2013.

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CURSOS & CONCURSOS

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M5 – Ação cultural e mediação. Versão 10/01/23.
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→ Ação cultural é um termo com muitos significados diferentes, que vai desde posse, domínio ou poder individual sobre
determinados objetos, obras ou manufaturas, até conceitos e sentidos representativos de práticas sociais ou visões de
mundo (FLUSSER, 1983; COELHO NETO, 1988).

→ A Ação cultural pressupõe a noção de cultura como processo contínuo.

→ O processo de ação cultural é a criação ou organização das condições necessárias para que as pessoas inventem seus
próprios fins e se tornem assim sujeitos da cultura e não seus objetos.

→ Conforme aponta Flusser (1983), a biblioteca passaria de uma depositária de acervo cultural para um núcleo cultural vivo,
passando a oferecer cultura através de uma dinâmica de ações culturais efetiva.

→ A biblioteca é também um local de cultura, principalmente, por causa dos usuários. Eles não apenas frequentam a
biblioteca, como também auxiliam com sugestões, participam como agentes culturais com apresentações ou como
membros de clubes de leitura. Além disso, a biblioteca também possui uma equipe. Estes profissionais conhecem o potencial
do acervo e os usuários das bibliotecas. Logo, podem tornar-se agentes culturais.

→ Mediação da informação é toda ação de interferência – realizada pelo profissional da informação -, direta ou indireta,
consciente ou inconsciente; singular ou plural; individual ou coletiva; que propícia a apropriação de informação que satisfaz,
plena ou parcialmente, uma necessidade informacional (ALMEIDA JÚNIOR, 2008, p.46). (FCC 2008).
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“Animação cultural” X “Ação cultural”

→ Animação cultural remete à ideia de implementação de atividades e eventos para atrair o público e chamar-lhe a
atenção para a biblioteca. Pode funcionar como um “marketing”, cujo objetivo é fazer com que o livro “desencalhe” da
prateleira.
Nesta perspectiva, o bibliotecário (como um animador cultural) seria um programador de atividades – exposições, cursos,
“shows” – um administrador de cultura, o que em si não é negativo.

→ A Ação cultural, na maioria das vezes, inclui uma animação cultural, até como veículo de divulgação. Mas a ação cultural
não se limita a mostrar os bens culturais, ela possibilita a participação das pessoas na produção destes bens, facilitando a
aglomeração de indivíduos e grupos que se apropriam dos espaços e equipamentos da biblioteca. Assim, o que ela faz é
tentar criar oportunidades para que o mero usuário, o espectador, possa também elaborar sua produção.

→ Segundo Almeida (1987, p. 34):


A ação cultural não está limitada a espaços específicos. No caso de biblioteca, ela pode ser uma ação cultural a partir da
biblioteca, mas nunca na biblioteca. É diferente da ideia de animação cultural; pode-se animar uma biblioteca ou se
planejar atividades de animação na biblioteca. A ação cultural não tem paredes: uma vez deflagrada poderá se multiplicar,
se modificar e tornar muito difícil o controle sobre ela. Os espaços são apenas pontos de partida. (VUNESP 2018).

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Conforme Dudziak (2007, p. 96):


O bibliotecário como mediador pedagógico e agente de transformação
Como agente educacional de transformação, o bibliotecário assume para si, além do papel de educador, renovação de sua
própria competência informacional, adotando e disseminando práticas transformadoras na comunidade: pratica o aprender
a aprender, difunde e populariza a ciência, explica as implicações da tecnologia, discute a realidade social e política, alerta
para a responsabilidade social e ambiental. É, antes de tudo, sua atuação como líder e cidadão que se sobressai. Como
consequência, o nível de abstração e complexidade de seu trabalho também aumenta. (COSEAC 2015, CCV-UFC 2019).
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→ A ação cultural conceituada por Paulo Freire, segundo Aragão (1988), é constituída de quatro ações básicas: o diálogo, a
conscientização, a atividade educativa e a libertação. O homem se transforma e evolui a partir dessas ações.

Diálogo - a partir do diálogo é que o indivíduo vai tomar conhecimento da sua realidade.
Conscientização - faz com que o sujeito reflita sobre si mesmo e sobre suas relações com o mundo.
Atividade educativa – o público se torna também ator da prática.
Libertação - faz o usuário interagir com a atividade e ter uma reflexão sobre o tema apresentado.

→ Freire (1982) afirma que a conscientização alcança o seu mais alto nível quando se dá a prática da transformação
libertadora, a comunhão com as massas populares.

→ O pensamento e a prática defendidos e aplicados por Paulo Freire na educação são por ele indicados como modelo para a
ação cultural, por ser essa uma atividade em que o público se torna também ator da prática.

→ A ação cultural deve apresentar ao seu público todas as informações sobre o assunto abordado por ela, para que os
atores possam a partir daí dialogar e cada um possa ter suas próprias conclusões sobre o tema apresentado em diversos
suportes, por isso se diz que a ação cultural tem início determinado, mas não tem fim previsto, pois cada um sai da atividade
com um pensamento final.
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Potencialidades

→ Segundo Coelho Neto (1988): “Cabe ao bibliotecário exercer a ação cultural – senão por natureza, pelo menos por
circunstância. ”

→ A realização da ação pode ser além do espaço da biblioteca. Com o objetivo de ir ao encontro de usuários potenciais e de
divulgar a biblioteca como espaço de cultura, o bibliotecário pode desenvolver uma ação cultural em locais acessíveis a
toda a comunidade (ALMEIDA, 1987).

→ A ação cultural não admite receitas – o aprendizado dá-se principalmente pela prática – o que de forma alguma exclui ou
invalida a necessidade de uma base teórica nos cursos de graduação, uma especialização em nível de pós-graduação, e o
acompanhamento da prática através de reflexões sistemáticas.

→ O bibliotecário deve associar os conhecimentos da área de biblioteconomia aos conhecimentos de cultura e organizar
como as informações culturais poderão ser apresentadas e discutidas pelos usuários. O profissional da informação precisa
“ser proativo, lidar com imprevistos, ter criatividade, cultura geral, sensibilidade, trabalhar com profissionais de outras
áreas, buscarem parceiros, ter uma equipe envolvida e altamente comprometida” (OLIVEIRA, 2010).

→ Flusser (1983) nomeia o bibliotecário responsável pela promoção de cultura de “bibliotecário-animador”. O autor
considera desnecessária a criação de uma disciplina voltada para a animação cultural. O autor sugere uma reformulação do
curso de graduação em biblioteconomia. Segundo ele, o bibliotecário deve possuir a formação técnica, humanística e
prática.
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Mediação
A mediação da informação em bibliotecas e unidades de informação é tanto um fenômeno quanto um requisito para que
essas instituições se preparem para atender às demandas de seus usuários e para que construam mecanismos que
possibilitem a estes uma apropriação da informação.

Em pesquisa acerca do processo de mediação da informação em bibliotecas universitárias, Novelli, Hoffmann e Gracioso
(2011, p. 7) concluem que “um componente essencial para facilitar a mediação da informação é conhecer os usuários, os
seus estilos de aprendizagem, suas atitudes e que as suas abordagens devem diferir de acordo com suas principais
características”. (DUARTE, 2012, p. 74).
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Estabelecimento do relacionamento entre mediação da informação e estudos de usuários


Silva (2010) busca conceituações de mediação em inúmeros dicionários e enciclopédias e apresenta desde o conceito
jurídico da mediação (procedimento para resolução de controvérsias, quando uma terceira pessoa – o mediador – assiste ou
conduz duas ou mais partes negociantes visando por fim a conflitos) até o conceito de mediação cultural (atividades de
aproximação entre indivíduos e obras de cultura). O mediador cultural nesse caso – função muitas vezes atribuída aos
profissionais de biblioteca e de museu – assume o papel de animador cultural (promotor de ações culturais).

[…] a mediação está presente em todos os fazeres do profissional da informação. Em algumas ações, no entanto, a mediação
está presente de forma implícita, muito embora dirigindo e norteando todas as atividades ali desenvolvidas. O
armazenamento de informações é alimentado a partir de interesses e demandas dos usuários. A política de seleção,
amplamente discutida no desenvolvimento de coleções, tem o usuário final como base de sustentação. O mesmo se dá com
os trabalhos de processamento das informações: têm suas ações voltadas para a recuperação de informações que atendam
e satisfaçam necessidades dos usuários. É inconcebível a ideia de trabalhos não voltados para o atendimento de
necessidades informacionais. Tais trabalhos seriam vazios e desprovidos de objetivos.

Esse, entre outros fatores, tornou possível (e quase inevitável) a distinção da mediação entre implícita e explícita. A primeira,
a mediação implícita, ocorre nos espaços dos equipamentos informacionais em que as ações são desenvolvidas sem a
presença física e imediata dos usuários. Nesses espaços, como já observado, estão a seleção, o armazenamento e o
processamento da informação. A mediação explícita, por seu lado, ocorre nos espaços em que a presença do usuário é
inevitável, é condição sine qua non para sua existência, mesmo que tal presença não seja física, como, por exemplo, nos
acessos a distância em que não é solicitada a interferência concreta e presencial do profissional da informação (ALMEIDA
JÚNIOR, 2009, p. 92-93).

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Mediação cultural (...) pode ser definida, sem dúvida, a nível funcional: visa fazer aceder um público a obras (ou saberes) e a
sua ação consiste em construir uma interface entre esses dois universos estranhos um ao outro (o do público e o, digamos,
do objeto cultural) com o fim precisamente de permitir uma apropriação do segundo pelo primeiro. (DAVALLON, 2007, p. 2).

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→ Segundo Almeida Junior (2009, p. 92-93), a mediação implícita, ocorre nos espaços dos equipamentos informacionais em
que as ações são desenvolvidas sem a presença física e imediata dos usuários. Nesses espaços, estão a seleção, o
armazenamento e o processamento da informação. A mediação explícita, por seu lado, ocorre nos espaços em que
a presença do usuário é inevitável, é condição sine qua non para sua existência, mesmo que tal presença não seja física,
como, por exemplo, nos acessos a distância em que não é solicitada a interferência concreta e presencial do profissional da
informação.
Exemplos:
Mediação Implícita - Critérios de processamento da informação; classificação, catalogação, indexação.

Mediação Explícita – Atendimento on-line ao usuário.

→ Mediação da informação é toda ação de interferência – realizada pelo profissional da informação -, direta ou indireta,
consciente ou inconsciente; singular ou plural; individual ou coletiva; que propícia a apropriação de informação que satisfaz,
plena ou parcialmente, uma necessidade informacional (ALMEIDA JÚNIOR, 2008, p. 46).

→ Os serviços de atendimento ao usuário incluem atividades de atendimento presencial ou virtual. Podemos dividir essas
atividades em dois níveis:
Interação direta – provoca o acesso as fontes de informação;
Interação indireta - orientação ao usuário, serviço de atendimento e antecipação da sua demanda.

→ A orientação ao usuário oferece elementos construtivos, possibilitando parcerias, melhorias e ampliação dos produtos e
serviços oferecidos pela biblioteca.

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→ O profissional da mediação da informação age, constrói e interfere no meio, portanto, é também um protagonista social,
e nessa condição se constitui em sujeito da estética, da ética e da produção humanizadora do mundo.
Considerando que o objetivo implícito da mediação da informação consiste no desenvolvimento do protagonismo social e
que esta é dependente do processo dialógico, conclui-se que a mediação representa uma ação também dependente do nível
de conscientização do agente que a realiza em relação a esse objetivo, como também quanto ao seu papel protagonista, que
nessa condição interfere no meio e se constitui em sujeito da estética, da ética e da humanização do mundo. (GOMES, 2014,
p. 55). (COSEAC 2015).

→ Para Vygotsky (1998) um elemento decisivo no desenvolvimento intelectual é a mediação, [...]meio onde a experiência se
realiza, ressaltando assim a mediação como elemento essencial no processo de desenvolvimento intelectual.

→ Processo dialético - forma de discurso entre duas ou mais pessoas que possuem diferentes pontos de vista sobre um
mesmo assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de argumentos fundamentados e não simplesmente
vencer um debate ou persuadir o opositor.

→ [...] a mediação da informação abriga uma comunicação centrada na relação dialógica, caracterizando-se como uma ação
compartilhada e colaborativa, na qual o profissional da informação desempenha o papel de agente mediador, mas não
representa o único agente desse processo de comunicação.

→ Segundo Peraya (1999), entende-se mediação como uma ação que se desenvolve na articulação de dispositivos de
natureza técnica, semiológica e pragmática.

→ Compreendendo o universo formativo que envolve a mediação da informação se compreende com maior clareza quando
Almeida Junior e Bortolin (2009) ressaltam que a mediação é uma ação de interferência do profissional da informação que
tem por objetivo satisfazer uma necessidade informacional, ressaltando ainda que essa mediação pode se caracterizar como
explícita ou implícita.
Explicita - quando a mediação é direta e, portanto, mais evidente porque ocorre nas relações diretas (presenciais ou virtuais)
com os sujeitos que buscam a informação.
Implícita - quando a mediação é indireta e menos evidente por se relacionar a ações de representação, organização, e
demais atividades meio que, enfim, se caracterizam como ações intermediárias das relações diretas com os usuários reais e
potenciais dos ambientes de informação.

→ [...] Nessa perspectiva percebemos que o serviço de referência ultrapassa a esfera de mero instrumento paliativo do
atendimento, função instrucional ou uma comodidade do usuário. A referência é muito mais que uma técnica especializada
de orientação bibliográfica, é antes de tudo uma atividade humana, que atende um anseio de alguém que tem alguma
lacuna em seus esquemas mentais, e que diante dessa impossibilidade de compreender busca a informação. (SIQUEIRA,
2010, p. 122)
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É preciso diferenciar o mediador do intermediário, como alerta Kuhlthau (1993), pois o intermediário pode atuar como um
elo entre a informação e o usuário, mas esta ação pode acontecer sem envolver qualquer interação humana. Utiliza-se
alguns pressupostos de Souto (2008) para esclarecer a relação entre intermediação, mediação e interação. Este autor cita
exemplos, tendo por base serviços de disseminação seletiva de informações:

a) a intermediação pode ocorrer adotando-se ou não a interação - um intermediário pode elaborar, mensalmente, uma
lista dos novos títulos de publicações recebidas, organizá-la por áreas temáticas e disponibilizá-la em um site ou deixá-la em
algum local físico de acesso público (bibliotecas, centros de pesquisa, corredores de universidades);

b) a presença da interação não pressupõe, obrigatoriamente, a existência da mediação - um intermediário pode interagir,
ocasionalmente, com outro indivíduo e identificar que ele trabalha em uma atividade que tem relação com uma das áreas
temáticas da lista organizada, contendo os novos títulos de publicações recebidas ao longo do mês. Assim, o intermediário
passa a enviar, mensalmente, ao usuário, via e-mail, a lista com os títulos das novas publicações recebidas naquela área
temática;

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c) a ação de interação pode estar focada na demanda ou na necessidade - um indivíduopode interagir com um
intermediário e representar para ele sua demanda. O intermediário, então, com foco na demanda, a partir da questão
apresentada pelo indivíduo, a representa em um serviço de alerta de uma base de dados.

d) o objetivo (intermediação ou mediação) da ação de interação tem relação direta com o foco (atender demanda ou
necessidade) - quando um indivíduo, por exemplo, no contexto de serviços de disseminação seletiva de informações, ao
desenvolver uma ação de interação, para identificar o perfil do usuário, está com foco no atendimento da demanda, ele está
atuando com o objetivo de intermediar. Se o foco estiver na necessidade, ele atuará com o objetivo de mediar.
(SOUTO, 2008, p. 62)

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Referências

ALMEIDA, M.C. B de. A ação cultural do bibliotecário: grandeza de um papel e limitações da prática. Revista Brasileira de
Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 20, n. 1/4, p. 31-38, 1987.

ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Mediação da informação e múltiplas linguagens. Tendências da Pesquisa Brasileira
em Ciência da Informação, Brasília, v. 2, n.1, p.89- 103, jan./dez. 2009.

COELHO NETO, José. T. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988.

DAVALLON, Jean. A mediação: a comunicação em processo? Prisma.com, n. 4, 2007. Disponível em


http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/645/pdf. Acesso em: 29 maio 2012.

DUARTE, A. B. S. Mediação da informação e estudos de usuários: interrelações. Ci. Inf. e Doc., Ribeirão Preto, v. 3, n.1, p. 70-
86, jan./jun. 2012.

DUDZIAK, E. A. O bibliotecário como agente de transformação em uma sociedade complexa: integração entre ciência,
tecnologia, desenvolvimento e inclusão social. Ponto de Acesso, Salvador, v. 1, n. 1, p. 88- 98, jun. 2007. Disponível em:
http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/05/pdf_3e167322e2_0010553.pdf

FIGUEIREDO, Nice. Metodologia conceitual para a prevenção de erros no serviço de referência. Ci. Inf. Rio de Janeiro, v. 6, n.
2, p. 87-98, 1977. Disponível em: http://www.brapci.inf.br/index.php/article/download/9742

FLUSSER, Victor. A biblioteca como instrumento de ação cultural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO, 16., 1991, Salvador. Anais... Salvador: Associação Profissional dos Bibliotecários do Estado da Bahia, 1991.

GARCIA, Luiza Salazar Garcia; ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de; VALENTIM, Marta Pomim. O papel da mediação da
informação nas universidades. Revista EDICIC, [S. l], v. 1, n. 2, p. 351-359, abr./jun. 2011. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/115176/ISSN2236-5753-2011-01- 02-351-
359.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

GOMES, H. F. A dimensão dialógica, estética, formativa e ética da mediação da informação. Informação & Informação, v. 19,
n. 2, p. 46-59, 2014.

SANTOS, J.M. Ação Cultural em Bibliotecas Públicas: o bibliotecário como agente transformador. Revista Brasileira de
Biblioteconomia e Documentação. São Paulo, v. 11, n. 2, p. 173-189, jun./dez. 2015.

SIQUEIRA, Jéssica Camara. Repensando o serviço de referência: a possibilidade virtual. Ponto de Acesso, Salvador, v. 4, n. 2,
p. 116-130, set. 2010. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/4238/3408
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CURSOS & CONCURSOS

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M6 - Gestão de Coleções (físicas e virtuais) e do Patrimônio. Versão 29/01/23.
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A biblioteca universitária tem como missão “atender as necessidades de estudo, consulta, pesquisa de professores e
alunos universitários” (ARAÚJO; OLIVEIRA, 2005, p. 37). A biblioteca universitária está para dispor de material
informacional para dá apoio a todas as atividades desenvolvidas pela universidade, que é ensino, pesquisa e extensão.
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Conceito
A gestão da coleção é fator fundamental à plena consecução dos objetivos das bibliotecas. A formação, desenvolvimento e
organização do acervo devem ser encarados como um processo permanente no qual as atividades de seleção, aquisição e
avaliação de materiais devem permanecer em contínua sintonia com as necessidades de informação da comunidade de
usuários. No caso, as bibliotecas especializadas devem atender às necessidades de informação das organizações ou
empresas às quais se encontram subordinadas. (MIRANDA, 2007, p. 87).

A Gestão de coleções é uma das atividades desenvolvidas nas bibliotecas, a qual tem por objetivo determinar critérios de
seleção para aquisição* de materiais bibliográficos, preocupa-se também com a preservação e manutenção dos acervos,
responsabilizando ainda pelo desbastamento do acervo, entre outros. (PESSOA, 2013, p. 21).
*A aquisição é o processo que implementa as decisões da seleção, esta função inclui todas as atividades inerentes aos processos de
compra, doação e permuta de documentos. O controle patrimonial do acervo - o registro das coleções - também é de sua alçada.
(MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 21).

[...] gestão de coleções agora é um conceito mais adequado, que vai além de uma política de aquisição de materiais,
políticas de armazenamento, preservação, desbastamento e descarte de estoque. Em vez da seleção e da aquisição, a
gestão de coleções enfatiza a manutenção e a gestão sistemáticas da coleção existente da biblioteca.
(SEETHARAMA, 1997, p.12).

Além da aquisição de materiais bibliográficos, gestão de coleções é responsável ainda pela conservação e preservação do
acervo, em busca estratégias para proporcionar melhores condições de acondicionamento destes materiais, em que
devem ser considerados fatores como: iluminação, temperatura, estrutura física, mobiliário; com o objetivo de garantir a
preservação dos documentos. [...] responde ainda pelo processo de desbastamento do acervo bibliográfico; [...] propicia a
seleção sistematizada e consistente para estruturação do acervo bibliográfico, proporcionando um crescimento racional
e equilibrado da coleção que irá dar suporte ao ensino e pesquisa.
(PESSOA, 2013, p. 24).

Johnson (2004) afirmou que o termo “gestão de coleções” foi proposto como um termo mais abrangente que incluiria o:
→ desenvolvimento de coleções;
→ desbastamento;
→ cancelamento de seriados;
→ armazenamento e preservação;
→ a organização e atribuição de responsabilidades para sua prática.
O termo “gestão de coleções” abrange “todas as decisões tomadas após um item fazer parte da coleção.

A “interação e estudo formal dos usuários da biblioteca e seus padrões de uso” são essenciais para a gestão de coleções
(COGSWELL, 1987, p. 270).
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Aquisição cooperativa
A falta de recursos financeiros, fator importante a ser considerado na gestão das coleções, alcança as bibliotecas e os
serviços de informação, e para amenizar seus efeitos, tem se buscado o compartilhamento racional indireto de recursos, por
meio da conjugação de recursos informacionais, onde podemos tomar como exemplo a aquisição cooperativa.
(MIRANDA, 2007, p. 92).
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→ Modelo Conspectus: os temas e os assuntos das coleções são determinados pela concentração de exemplares em classes
e subclasses de um esquema de classificação (IFLA, 2001).

→ Conspectus: uma visão geral ou um resumo da profundidade da coleção e da organização das coleções por matéria, por
sistema de classificação ou por combinação de ambos. O Conspectus inclui também os códigos padronizados para os níveis
de coleção e idiomas dos materiais adquiridos. (WEITZEL, 2013, p. 59).
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A gestão de coleções para formação e desenvolvimento de acervos deve estar baseada num crescimento qualitativo do
acervo, pensando em uma coleção que atenda aos objetivos da biblioteca e levando em consideração a preservação a
longo prazo, aspectos legais do acesso e uso de materiais de excelência no estoque informacional.
(MELLO; ALMEIDA, 2017).

A gestão de coleções para a formação e desenvolvimento de acervo acrescenta elementos como preservação a longo
prazo, aspectos legais do acesso e uso de materiais e excelência no estoque informacional. (FCC e VUNESP 2017)
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Desenvolvimento de coleções
O desenvolvimento de coleções é um processo cíclico, ininterrupto, com atividades regulares e contínuas, respeitando a
especificidade de cada tipo de unidade de informação em função de seus objetivos e usuários, sem que uma etapa chegue
a se distinguir das outras (VERGUEIRO, 1989).
Em Bibliotecas universitárias: devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão à
comunidade.

O processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias:


Objetivo - Apoiar os programas de ensino, pesquisa e extensão.
Tipos de coleções - Livros e periódicos técnico-científicos.
Ênfase - Avaliação, desbastamento
(VERGUEIRO, 1989).

Evans e Saponaro (2012) apresentam o desenvolvimento de coleções como parte da gestão de coleções.
(EVANS, SAPONARO, 2012, p. 36).

Mosher (1982), ressalta que o desenvolvimento de coleções é uma parte da gestão de coleções.

O desenvolvimento de coleções é, acima de tudo, um trabalho de planejamento [...] trata-se de um processo que ao
mesmo tempo, afeta e é afetado por muitos fatores externos a ele. (VERGUEIRO, 1989, p. 15).

O processo de desenvolvimento de coleções como uma “atividade de planejamento [que] exige comprometimento com as
metodologias” e ainda como um processo que afeta e é afetado por muitos fatores externos a ele.
(VERGUEIRO, 1989, p. 15).

A formação, desenvolvimento e organização da coleção devem ser encarados como um processo permanente no qual as
atividades de seleção, aquisição e avaliação de materiais permaneçam em contínua sintonia com as necessidades de
informação da comunidade de usuários. (MIRANDA, 2018, p. 95)

O desenvolvimento de coleções visa:


→ o controle patrimonial do acervo;
→ a aplicação e distribuição dos recursos financeiros;
→ o estabelecimento de critérios para seleção e aquisição de materiais bibliográficos;
→ determina critérios para aquisição a partir de doações;
→ estabelece formas de intercâmbio de publicações;
→ traça diretrizes para avaliação das coleções;
→ determina critérios em caso de duplicação de títulos (geralmente são doados);

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→ busca ainda, resguardar a produção intelectual da instituição a que pertence.


(PESSOA, 2013, p. 25).

Segundo Miranda (2007), é imprescindível a elaboração de um documento administrativo oficializado pelos dirigentes da
organização intitulado política de desenvolvimento de coleções para respaldar a tomada de decisão na gestão do acervo.
(MIRANDA, 2018, p. 101)
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Etapas do desenvolvimento de coleções
De acordo com Vergueiro (1989), Maciel e Mendonça (2006) e Evans (2000), desenvolvimento de coleções é um
“processo” composto por seis etapas interdependentes: Estudo da comunidade, Políticas de seleção, Seleção, Aquisição,
Avaliação, Desbastamento incluindo o descarte
(WEITZEL, 2013, p. 19).
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Diretrizes da ALA (American Library Association)
A American Library Association (2010, p. 98) apresenta diretrizes para um trabalho de relacionamento na gestão de
coleções:
a) reconhecer que alguns usuários têm necessidades e interesses especiais que exigem avaliação e gestão coleção
direcionada (Subseção 5.2.1);

b) envolver o cliente nos serviços e assuntos de coleção tanto quanto possível, a fim de assegurar que os materiais
atendam às necessidades dele, e que os clientes estejam cientes dos materiais e serviços disponíveis (Subseção 6.3.1);
c) as atividades formais sugeridas incluem, mas não se limitam a pesquisas de usuários de bibliotecas para avaliar a
satisfação com os recursos da biblioteca, reuniões regulares com o corpo docente para verificar os desenvolvimentos
planejados do currículo e identificar novos recursos, comunicação de materiais e serviços disponíveis e estabelecimento de
um processo pelo qual os usuários da biblioteca podem sugerir compras (Subseção 6.3.2);

d) as atividades informais sugeridas incluem, mas não se limitam a participar de organizações e atividades do campus,
monitorar os meios de comunicação do campus para atividades e eventos que afetem as coleções, e encorajem o uso das
bibliotecas (Subseções 6.3.3).
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Níveis de coleção da ALA: os temas e assuntos das coleções são agrupados em cinco níveis:
Completeza, pesquisa, estudo, básico e mínimo. (FIGIEIREDO, 1998).

Dimensões: os temas e os assuntos das coleções são agrupados em: coleção de referência, coleção de lastro, coleção
didática e literatura corrente (MIRANDA, 1980).
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O universo do conhecimento registrado tem, como suas características intrínsecas:


a) Imensurabilidade: a cada momento, novos itens são acrescentados a esse conjunto, seja em formato impresso ou de
forma manuscrita, eletrônica ou digital;

b) Desorganização: parcelas desse universo estão organizadas, especialmente a produção impressa de áreas que envolvem
o conhecimento técnico e científico, nas quais existem mecanismos ou normas para padronização de conteúdo, de
formato etc., que buscam garantir um mínimo controle sobre o que é disponibilizado. O restante é produzido de forma
totalmente desorganizada, existindo uma variedade imensa de formatos, tipologias e gêneros narrativos, que se
multiplicam e se mesclam, em infindável baderna ou aglomeração;

c) Descontrole: melhor seria talvez dizer “impossibilidade de controle”. Nesse conjunto, existe controle apenas parcial
sobre o que é produzido, e este ocorre, mais uma vez, primordialmente nas áreas técnicas e científicas e naquelas outras
em que existe maior preocupação com a qualidade do conteúdo disponibilizado;

d) Maior dificuldade de identificação e recuperação: o surgimento da informação eletrônica cria em todos a impressão de
que, contrariamente ao que antes ocorria, tudo pode ser localizado e obtido por meio de buscas na internet, mas isso é
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uma ilusão. O crescimento exponencial da informação registrada de forma eletrônica tornou ainda mais difícil o processo
de identificação de informações que atendam a necessidades específicas com o grau de confiabilidade e pertinência
desejado em buscas sérias.
(MELLO; ALMEIDA, 2017, p. 49-51).
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[...] a sociedade desenvolveu mecanismos que tornassem mais fácil a qualquer indivíduo encontrar a informação desejada
de forma mais segura e mais rápida. [...] formando conjuntos menor de publicações e o submetem a cuidados especiais,
que garantem que este tenha, pelo menos teoricamente, condições de responder à grande maioria das necessidades do
ser humano. A esse agrupamento denomino conjunto intermediário (bibliotecas). Ele tem as seguintes características:

a) Mensuralidade - para se obter a totalidade desse conjunto, bastaria fazer um levantamento de toda a produção do
conhecimento humano que esteja sob a égide de qualquer tipo de controle bibliográfico;

b) Organização: esse conjunto de documentos obedece determinadas regras de organização, constitui um todo que é
abrangido por determinadas formulações ou regulações, que visam garantir sua recuperação.

c) Controle: nas primeiras décadas do século XX, os belgas Paul Otlet e Henri de La Fontaine propuseram o que
posteriormente seria conhecido como controle bibliográfico universal;

d) Maior facilidade de identificação e recuperação: mecanismos variados do mundo da editoração possibilitam a mais fácil
identificação de materiais específicos e sua consequente recuperação (ISBN, ISSN e DOI), possibilitou que títulos
específicos de livros, folhetos ou artigos de periódicos sejam identificados e recuperados para os interessados em seu
conteúdo.
(MELLO; ALMEIDA, 2017, p. 52-53).
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Gestão de Coleções virtuais


Segundo Karmakar (2015) vários fatores tornaram o trabalho dos bibliotecários que lidam com recursos eletrônicos
extremamente desafiadores, tais como:
→ o incrível crescimento das coleções eletrônicas em bibliotecas, os grandes orçamentos envolvidos na sua aquisição,
→ a variação infinita nos pacotes oferecidos pelas editoras, provedores de interface e agências de assinatura,
→ as frequentes mudanças nos modelos de negócios e de preços, e
→ a falta de ferramentas automatizadas para lidar com a complexidade do gerenciamento de recursos eletrônicos.
(RIETJENS; KROEFF; PINHEIRO, 2019, p. 5).
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Os recursos eletrônicos apresentam peculiaridades e dinâmica diferente dos recursos tradicionais impressos, segundo
Pesch (2008) há muito mais etapas no ciclo de vida de um recurso eletrônico quando em comparação com os impressos e
muitas outras partes estão envolvidas. Na visão de Pesch (2008) afirmar que os recursos eletrônicos são desafiadores é um
eufemismo. Embora a tecnologia ofereça mais acesso e possibilidades, também torna mais complexo o desenvolvimento
da coleção de recursos digitais (FARMER, 2012).

As instituições precisam ter uma visão clara de suas necessidades e capacidades de informação, boas relações com os
afiliados e boas habilidades de negociação com os fornecedores (FARMER, 2012).
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Gestão de processos de aquisição de coleções digitais para bibliotecas acadêmicas:

→ Os principais modelos de negócios transitórios para a aquisição de coleções digitais são: aquisição orientada ao
usuário (DDA), empréstimo de curto prazo (STL) e aquisição orientada por evidência (EBS ou EBA).

→ Os contratos de licenciamento de livros digitais para unidades de informação podem ser realizados individualmente ou
em conjunto, por meio de pacotes de publicações previamente definidos pelos fornecedores.

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→ A oferta de livros digitais pelos fornecedores é realizada de forma segmentada e depende do tipo de unidade de
informação.

→ Roncevic (2013) destaca que nem sempre as diferenças entre editora, agregadores e distribuidores são claras no mercado
de livros eletrônicos. Alguns agregadores atuam também como editoras e distribuidoras, enquanto algumas editoras optam
por distribuir seus próprios livros eletrônicos e os tornam amplamente disponíveis em outras plataformas:
Editoras - Algumas editoras grandes possuem suas próprias plataformas tecnológicas e vendem diretamente para
bibliotecas, mas a desvantagem é que cada editora costuma oferecer apenas seus próprios títulos.
Agregadores de conteúdo - é uma organização que oferece livros eletrônicos por meio de uma plataforma tecnológica
única. Pode oferecer títulos individuais ou coleções de livros de várias editoras. Licenciam livros das editoras e vendem
diretamente para bibliotecas, hospedando livros eletrônicos numa plataforma computacional própria.
Distribuidor - também conhecidos como representantes, vedem livros eletrônicos em nome das editoras e oferecem tanto
ofertas de editoras individualmente quanto de coleções agregadas. O papel do distribuidor é fornecer apoio no momento da
venda e quando a compra é concluída o acesso é fornecida através da página da editora.
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Funções para a gestão de coleções
→ Lynden (1989):
a) seleção;
b) acesso;
c) aquisição;
d) manutenção de coleção/preservação;
e) orçamentação;
f) angariação de fundos;
g) análise das coleções;
h) descarte e armazenamento.

→ Cogswell (1987):
a) o planejamento e elaboração de políticas de gestão de coleções;
b) a “análise das coleções” deve captar as forças e as fraquezas da coleção;
c) a função de “seleção de materiais” é por natureza uma necessidade em bibliotecas acadêmicas e/ou de pesquisa;
d) a “manutenção de coleções”, que já era importante, agora passa a ter um papel fundamental na gestão de coleção;
e) a “gestão fiscal” deve incluir além da orçamentação, a busca por uma complementação do orçamento.;
f) a “gestão fiscal” deve incluir além da orçamentação, a busca por uma complementação do orçamento.;
g) compartilhamento de recursos”;
h) a “avaliação do programa” de gestão de coleções deve ser feita “regularmente”, “para garantir que todo o programa
continue a ser uma característica integral e dinâmica da biblioteca”.

→ Mosher (1982):
a) a preparação de um plano de gestão de coleções e uma declaração de política de desenvolvimento de coleções;
b) o desenvolvimento de um orçamento e alocação de forma a otimizar o seu efeito sobre as necessidades e demandas
dos usuários;
c) a análise das coleções de acordo com uso;
d) a realização de estudos de uso e usuário; e) a revisão das coleções para o planejamento e as decisões de gestão
(preservação, armazenamento, descarte, remanejamento);
f) o estudo da eficácia, economia e eficiência do desenvolvimento de coleções e programa de seleção;
g) a determinação da eficácia e da eficiência da aquisição;
h) o estabelecimento de atividades de compartilhamento de coleções.

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Política de gestão de coleções


A formalização da política reduz a propensão pessoal e pontual nas decisões (IFLA, 2001a; 2001b).

Segundo Cogswell (1987), deve ter as seguintes características:


a) ser formalizada em um documento, para ser uma ferramenta de padronização do trabalho da equipe;
b) ser parte integrante do planejamento estratégico da biblioteca;
c) ser redigida com a participação de toda equipe para uma melhor aceitação e execução;
d) estar publicizada, para ser instrumento de comunicação com a comunidade;
e) ser incluída, ao menos, em forma resumida, entre os documentos de planejamento formal da instituição mantenedora;
f) ter seu planejamento e revisão centrados nas necessidades informacionais do usuário, no cliente, nos objetivos da
instituição, para atendê-los.
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Gestão dos recursos eletrônicos
Exige dos responsáveis pela coleção, uma série de conhecimentos, atividades e atitudes diferenciadas, algumas das quais,
não eram necessárias para as obras impressas:
→ Selecionar;
→ Adquirir;
→ Prover acesso;
→ Gerenciar;
→ Arquivar e preservar;
→ Avaliar.
(RIETJENS; KROEFF; PINHEIRO, 2019, p. 9).
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Gestão de Estoque de Informação
Uma nova nomenclatura passou a ser utilizada “gestão de estoques de informação”, para se referir à formação e
desenvolvimento de acervos e/ou coleções. O termo Gestão de Estoques de Informação (GEI) corresponde à atividade de
Formação e Desenvolvimento de Coleções. Possui, no entanto, uma ênfase ainda mais evidente no caráter
administrativo atribuído às tarefas de gerenciamento dos acervos de bibliotecas, que pressupõem atividades de
planejamento, acompanhamento e avaliação. Essas, por sua vez, implicam na necessidade de definição e aplicação de
critérios pré-definidos para cada etapa dos processos de seleção, aquisição, avaliação e preservação dos estoques de
informação (CORREA, 2013).

A política para gestão desses estoques informacionais deve ser formada por um conjunto de diretrizes e políticas de
seleção, aquisição, avaliação, desbaste e preservação, entre outros processos pertinentes para a total formação do
estoque de informação de uma instituição. (MELLO; ALMEIDA, 2017).
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Referências

AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION (ALA). Reference & User Services Association (RUSA). Guidelines for Liaison Work in
Managing Collections and Services. Chicago, Illinois: ALA, 2010.

FONSECA, E. N. da. Introdução à Biblioteconomia. 2ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2007.

JOHNSON, P. Fundamentals of collection development and management. Chicago: American Library Association, 2004.

MELLO, Josiane; ALMEIDA, Josiana Florêncio Vieira Régis de. Gestão de coleções em unidades informacionais. Natal: IFRN,
2017. E-book.

MIRANDA, A. C. C. de. Formação e desenvolvimento de coleções em bibliotecas especializadas. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa,
v.17, n.1, p.87-94, jan./abr. 2007.

MIRANDA, A. C. C. de. Gestão de coleções para bibliotecas especializadas: uma perspectiva teórica para o planejamento de
recursos informacionais. Ci. Inf. Rev., Maceió, v. 5, n. 2, p. 95-105, maio/ago. 2018.

PESSOA, Suênia da Silva. O processo de gestão de coleções da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba –
Campus I. João Pessoa, 2013.

RIETJENS, M. H.; KROEFF, M. S.; PINHEIRO, L. V. Ciclo de vida de recursos eletrônicos: enfoque na gestão de coleções em
bibliotecas universitárias. Ponto de Acesso, Salvador, v.13, n. 1, p. 3-29, abr. 2019.
SANTOS, Ana Rosa dos. Subsídios para a elaboração de políticas de gestão de coleções de livros eletrônicos: Uma proposta
para as bibliotecas universitárias federais brasileiras. Rio de Janeiro, 2018.

VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis: APB,1989.

WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias.
2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2013.

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CURSOS & CONCURSOS

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M7 – Normalização bibliográfica. Versão 10/01/23.
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→ A necessidade de padrões internacionais de engenharia, no período pós-guerra levou à criação, em 1947, de um novo
organismo para facilitar a coordenação internacional e a unificação de padrões internacionais. Essa entidade foi denominada
ISO, tendo publicado seu primeiro padrão em 1951. ISO é um nome, e não a sigla, da Organização Internacional para que
está localizada em Genebra, na Suíça. [...] o objetivo da organização é padronizar as normas internacionalmente. O
propósito da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do
mundo de forma a facilitar o comércio internacional. Cada país membro da ISO é representado por uma das suas entidades
normativas (USP, 2016c).
→ No Brasil o representante é a ABNT, enquanto o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Inmetro) é o responsável pela fiscalização (credenciamento) dos organismos certificadores (ZACHARIAS 2001 apud USP,
2016c). A elaboração das normas internacionais é normalmente confiada aos comitês técnicos da ISO. Cada membro
interessado por um estudo tem o direito de fazer parte do comitê técnico criado para esse efeito (USP, 2016c).
ABNT
→ ABNT/CB-014 - Comitê Brasileiro de Informação e Documentação – Tem por âmbito a normalização no campo,
compreendendo as práticas relativas a bibliotecas, centros de documentação e informação, serviços de indexação, resumos,
ciência da informação e publicação.

→ Conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE);

→ São elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização.

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NBR 6023/18 – Referências


→ A NBR 6023 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT/CB-014), pela Comissão de Estudo
de Identificação e Descrição (CE-014:000.003).
→ Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento:
NBR 6028 (Resumo); NBR 10520 (Citações); NBR 10525 (ISSN); NBR ISO 2108 (ISBN).

→ Escopo - Esta Norma não se aplica às descrições usadas em bibliotecas, nem as substitui.

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Termos e definições
→ Separata - publicação de parte de um trabalho (artigo de periódico, capítulo de livro, colaborações em coletâneas entre
outros), mantendo exatamente as características tipográficas e de formatação da obra original, que recebe uma capa, com
as respectivas informações que a vinculam ao todo, e a expressão “Separata de” em evidência, utilizada para distribuição
pelo próprio autor da parte ou pelo editor.
→ Suplemento - documento que se adiciona a outro para ampliá-lo ou aperfeiçoá-lo, sendo sua relação com aquele apenas
editorial e não física, podendo ser editado com periodicidade e/ou numeração própria.
→ Editor - Indicar o responsável intelectual ou científico que atua na reunião de artigos para uma revista, jornal, entre
outros, ou que coordena ou organiza a preparação de coletâneas.
→ Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável pela produção editorial.
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Localização
A referência pode aparecer:  
a) no rodapé;
b) no fim de textos, partes ou seções;
 c) em lista de referências;  
d) antecedendo resumos, resenhas, recensões, conforme a ABNT NBR 6028, e erratas.
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Regras de Apresentação
→ Os elementos essenciais devem refletir os dados do documento referenciado. Informações acrescidas devem seguir o
idioma do texto em elaboração e não do documento referenciado.
→ As referências devem ser elaboradas em espaço simples, alinhadas à margem esquerda do texto e separadas entre si
por uma linha em branco de espaço simples. Quando aparecerem em notas de rodapé, devem ser alinhadas à margem
esquerda do texto e, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a
destacar o expoente e sem espaço entre elas.
→ Os casos omissos devem ser resolvidos utilizando-se o código de catalogação vigente.
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Indicação de responsabilidades
→ Pode-se usar o prenome por extenso ou abreviado:
FREIRE, Paulo
FREIRE, P.

→ 8.1.1.2 Quando houver quatro ou mais autores, convém indicar todos. Permite-se que se indique apenas o primeiro,
seguido da expressão et al.” (UERJ 2022)
URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.

TAYLOR, Robert; LEVINE, Denis; MARCELLIN-LITTLE, Denis; MILLIS, Darryl. Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos
animais. São Paulo: Roca, 2008.

→ 8.1.1.4 Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários autores, a
entrada deve ser feita pelo nome do responsável, seguido da abreviação, em letras minúsculas e no singular, →
Organizador, compilador, editor, coordenador ...
8.1.1.4 Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários autores, a
entrada deve ser feita pelo nome do responsável, seguido da abreviação, em letras minúsculas e no singular, do tipo de
participação (organizador, compilador, editor, coordenador, entre outros), entre parênteses. Havendo mais de um
responsável, o tipo de participação deve constar, no singular, após o último nome.
Exemplos:
FERREIRA, Léslie Piccolotto (org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991.
MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 1993.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Tradutor, revisor, orientador, ilustrador ...
→ 8.1.1.6 Podem ser acrescentados após o título, conforme aparecem no documento. Quando houver quatro ou mais
autores, convém indicar todos. Permite-se que se indique apenas o primeiro, seguido da expressão et al.
Exemplos:
LUJAN, Roger Patron (comp.). Um presente especial. Tradução Sonia da Silva. 3. ed. São Paulo: Aquariana, 1993. 167 p.
SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de geometria analítica. Tradução de Alfredo Alves de Faria.
Revisão técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. 2 v.
ALBERGARIA, Lino de. Cinco anos sem chover: história de Lino de Albergaria. Ilustrações de Paulo Lyra. 12. ed. São Paulo:
FTD, 1994. 63 p.
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→ Autor Entidade
→ 8.1.2 As obras de responsabilidade de pessoa jurídica (órgãos governamentais, empresas, associações, entre outros) têm
entrada pela forma conhecida ou como se destaca no documento, por extenso ou abreviada.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
RIO DE JANEIRO (Estado).
RIO DE JANEIRO (Município).
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil).
BRASIL. Constituição (1988).

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BRASIL. Ministério da Educação.

IBGE. Amparo: região sudeste do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1983.

→ “8.1.2.3 Quando for uma instituição governamental da administração direta, seu nome deve ser precedido pelo nome do
órgão superior ou pelo nome da jurisdição à qual pertence”.
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Manual da Lei de Acesso à Informação para estados e municípios. Brasília, DF: CGU,
2013.

Títulos e Subtítulos
→ 8.2.2 Em títulos e subtítulos longos, podem-se suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido.
A supressão deve ser indicada por reticências entre colchetes”.
SOUZA, A. L. V. de. Contas de governo e o déficit financeiro: peculiaridades das contas de governo [...]. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2018.

Documento sem título


8.2.7 Quando não existir título, deve-se atribuir uma palavra ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre
colchetes. Para obras de arte, deve-se indicar a expressão Sem título, entre colchetes.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife. [Trabalhos apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de
Ciências, 1980. ii, 412 p.
FERRARI, León. [Sem título]. 1990. Pintura, pastel e tinta acrílica sobre madeira, 160 × 220 × 5 cm.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ A Volta dos itálicos
Na versão anterior da norma, não se utilizavam itálicos para as expressões como In: que indica parte de uma obra, ou et al.
para indicação de mais de 4 autores. Isso foi revisto e agora as expressões são em itálico.

SANTOS, F. R. A colonização da terra do Tucujús. In: SANTOS, F. R. História do Amapá. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. p. 15-24.

DANTAS, José Alves et al.Regulação da auditoria em sistemas bancários: análise do cenário internacional e fatores
determinantes. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, v. 25, n. 64, p. 7-18, jan./abr. 2014.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Local
Utiliza-se a expressão sine loco, abreviada, entre colchetes [s. l.], caso não seja possível identificar o local de publicação. O s
de sine deve ser grafado em letra maiúscula quando for o primeiro elemento dos dados de publicação.
KRIEGER, Gustavo; NOVAES, Luís Antonio; FARIA, Tales. Todos os sócios do presidente. 3. ed. [S. l.]: Scritta, 1992. 195 p.
ALEXANDRESCU, D. T. Melanoma costs: a dynamic model comparing estimated overall costs of various clinical stages.
Dermatology Online Journal, [s. l.], v. 15, n. 11, p. 1, Nov. 2009. Disponível em: http://
dermatology.cdlib.org/1511/origInals/melanoma_costs/alexandrescu.html. Acesso em: 3 nov. 2009.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Editora
O nome da editora, da gravadora, entre outras instituições responsáveis pela publicação, deve ser indicado como aparece no
documento, suprimindo-se as palavras que designam a natureza jurídica ou comercial.
Para editora comercial homônima a uma instituição, deve-se indicar a palavra Editora ou a abreviatura, como consta no
documento.
DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1995. 167 p., il. Bibliografa: p.166-167. ISBN 85-
224-1256-1.
Na publicação: Editora Atlas S.A.
GUZZI, Drica. Web e participação: a democracia no século XXI. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.
Quando houver duas editoras com locais diferentes, indicam-se ambas, com seus respectivos locais, separadas por ponto e
vírgula. Se forem três editoras ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque.
ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria; MAIA, Carlos A. (coord.) História da ciência: o mapa do conhecimento. Rio de Janeiro:
Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP, 1995. 968 p. (América 500 anos, 2).

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Quando houver duas editoras com o mesmo local, indicam-se ambas, separadas por dois pontos.
FULD, Leonard M. Inteligência competitiva: como se manter à frente dos movimentos da concorrência e do mercado. Rio de
Janeiro: Elsevier: Campus, 2007
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Modelos de Referências
Tese / Dissertações / TCC
Exemplos com elementos complementares
MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) –Faculdade de
Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São Paulo, 1990.

ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para o conhecimento do
universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação Escola de Sociologia e Política de São
Paulo, São Paulo, 1986.

RODRIGUES, Maura Calixto Cecherelli de. Prematuros de muito baixo peso ao nascer: um estudo sobre seu
desenvolvimento cognitivo na idade escolar e fatores associados. 2011. 160 f. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e da
Mulher) - Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011.

SANTOS, Aderaldo Pereira dos Santos. Arma da educação: cultura política, cidadania e antirracismo nas experiências do
professor Hemetério José dos Santos. Orientadora: Irma Rizzini. Coorientadora: Alessandra Frota Martinez de Schueler.
2019. 429 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em:
https://ppge.educacao.ufrj.br/teses2019/tAderaldo%20Pereira%20dos%20Santos.pdf. Acesso em: 31 maio 2019

Exemplos sem elementos complementares


LIMA, Carolina Barreiros de. “Como você não é da casa, isso não te pertence, esse espaço não é seu...” ou seria?: sentidos de
inclusão em uma escola de governo. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em
Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em:
https://ppge.educacao.ufrj.br/dissertacoes2019/dCarolina%20Barreiros%20de%20Lima.pdf. Acesso em: 31 maio 2019.

EVENTOS
PARTE DE EVENTOS: foram adicionados colchetes nas reticências que indicam anais.
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais […]. São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

Parte de evento em meio eletrônico


GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10.,
1998, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-ROM.

EVENTO NO TODO
CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA, 6., 2018, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: Associação Brasileira de
Odontologia, 2018. Disponível em: http://icongresso.aboce.itarget.com.br/anais/index/index/cc/2. Acesso em: 17 jan. 2019.
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos [...]. Recife: UFPE, 1996. Disponível em:
http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm. Acesso em: 21 jan. 1997.

ARTIGO OU MATÉRIA DE JORNAL


Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria precede a data.

CRÉDITO à agropecuária será de R$ 156 bilhões até 2015. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, ano 97, n. 156, p. A3, 20
maio 2014. (UERJ 2001).

VERÍSSIMO, L. F. Um gosto pela ironia. Zero Hora, Porto Alegre, ano 47, n. 16.414, p. 2, 12 ago. 2010. Disponível em:
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jspx?uf=1&action=fip. Acesso em: 12 ago. 2010.

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OTTA, Lu Aiko. Parcela do tesouro nos empréstimos do BNDES cresce 566 % em oito anos. O Estado de S. Paulo, São Paulo,
ano 131, n. 42656, 1 ago. 2010. Economia & Negócios, p. B1.

PROFESSORES terão exame para ingressar na carreira. Diário do Vale, Volta Redonda, v. 18, n. 5877, 27 maio 2010. Caderno
Educação, p. 41. Disponível em: http://www.bancadigital.com.br/diariodovale/
reader2/Default.aspx?pID=1&eID=495&lP=38&rP=39&lT=page. Acesso em: 29 set. 2010.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atos administrativos normativos em meio eletrônico
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Conselho Universitário. Resolução nº 01/2007, de 29 de março de 2007. Dispõe
sobre a criação da modalidade Bacharelado do Curso de Graduação em Educação Física. Uberlândia: Conselho Universitário,
2007. Disponível em: http://www.reitoria.ufu.br/
consultaAtaResolucao.php?tipoDocumento=resolucao&conselho=TODOS&anoInicioBusca=2007&anoFimB
usca=2007&entrada=&pag=1. Acesso em: 20 set. 2007.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Relatório
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Relatório de atividades Pró-reitora de pós-graduação. [Florianópolis: UFSC],
2012.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Coleção de publicação periódica
A referência de toda a coleção de um título de periódico é utilizada em listas de referências e catálogos de obras preparados
por livreiros, bibliotecas ou editoras.
Os elementos essenciais são: título, subtítulo (se houver), local de publicação, editora, datas de início e de encerramento da
publicação (se houver), e ISSN (se houver). Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares para melhor
identificar o documento.
Exemplo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- . ISSN 0034-723X.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Coleção de publicação periódica em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para coleção de publicação periódica, de acordo com 7.7.1, acrescidas
do DOI (se houver), e de informações relativas à descrição física do meio eletrônico (CD-ROM, online e outros).

Elementos essenciais
ACTA CIRÚRGICA BRASILEIRA. São Paulo: Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia, 1997- . ISSN
1678-2674 versão online. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ serial&pid=0102-
8650&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 ago. 2013.

Elementos complementares
CADERNO BRASILEIRO DE ENSINO DE FÍSICA. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2008- . ISSN 2175-7941.
DOI 10.5007/2175-7941. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fsica/ index. Acesso em: 20 maio 2014.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Monografias
Os elementos essenciais para livro e/ou folheto são: autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e
data de publicação.
Exemplos:

Elementos essenciais
LUCK, Heloisa. Liderança em gestão escolar. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

Elementos complementares
LUCK, Heloisa. Liderança em gestão escolar. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. 165 p., 18 cm. (Cadernos de gestão, v. 4).
Bibliografa: p. 149-155. ISBN 978-85-3263-62-01.
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Patente
BERTAZZOLI, Rodnei et al. Eletrodos de difusão gasosa modificados com catalisadores redox, processo e reator
eletroquímico de síntese de peróxido de hidrogênio utilizando os mesmos. Depositante: Universidade Estadual de
Campinas. Procurador: Maria Cristina Valim Lourenço Gomes. BR n. PI0600460-1A. Depósito: 27 jan. 2006. Concessão: 25
mar. 2008.
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Correspondências
PILLA, Luiz. [Correspondência]. Destinatário: Moysés Vellinho. Porto Alegre, 6 jun. 1979. 1 cartão pessoal. Autografado.

LISPECTOR, Clarice. [Carta enviada para suas irmãs]. Destinatário: Elisa e Tânia Lispector. Lisboa, 4 ago. 1944. 1 carta.
Disponível em: http://www.claricelispector.com.br/manuscrito_minhasqueridas.aspx. Acesso em: 4 set. 2010.
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Documento sonoro
MOSAICO. [Compositor e intérprete]: Toquinho. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2005. 1 CD (37 min).

GOMES, Laurentino. 1822. Na voz de Pedro Bial. [S. l.]: Plugme, 2011. 1 audiolivro (CD-ROM).

TOQUE macio. Intérprete: Alcione. Compositor: A. Gino. In: OURO e cobre. Intérprete: Alcione. São Paulo: RCA Victor, 1988.
1 disco vinil, lado A, faixa 1 (4 min).
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Obras psicografadas
O primeiro elemento deve ser o nome do espírito.
EMMANUEL (Espírito). Alma e coração. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. São Paulo: Pensamento, 1976.
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Obras adaptadas
Devem ter o responsável pela adaptação como o primeiro elemento.
MOURO, Marco. A noite das camas trocadas. [Adaptado da obra de] Giovanni Boccaccio. São Paulo: Luzeiro, 1979.
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Entrada pelo título
Iniciado por artigo (definido ou indefinido), deve ter grafados em letras maiúsculas o artigo e a palavra subsequente.

OS GRANDES clássicos das poesias líricas. [S. l.]: Ex Libris, 1981. 60 f.

Títulos e subtítulos longos, podem-se suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido. A supressão deve
ser indicada por reticências entre colchetes.

A ARTE de furtar [...]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.


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Periódico com título genérico
Incorpora-se o nome da entidade autora ou editora, que se vincula ao título por uma preposição, entre colchetes.
Ex.: BOLETIM ESTATÍSTICO [DA] REDE FERROVIÁRIA FEDERAL. Rio de Janeiro, 1965- . Trimestral.
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Ano de Publicação
Se nenhum ano de publicação, distribuição, copirraite, impressão, entre outros, puder ser localizado no documento, deve
ser indicado um ano, entre colchetes.
[1971 ou 1972] um ano ou outro
[1969?] ano provável
[1973] ano certo, não indicado no item
[entre 1906 e 1912] usar intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960] ano aproximado
[197-] década certa
[197-?] década provável
[18--] século certo
[18--?] século provável

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Dia e hora
O dia deve ser indicado em algarismos arábicos e anteceder o mês, separado por um espaço. Se necessário, indicar a hora de
publicação e do acesso ao documento, após as respectivas datas.

RODRIGUES, Artur; MANSO, Bruno Paes; ZANCHETTA, Diego. As faces do movimento nas ruas. Estadão.com.br, São Paulo,
19 jun. 2013, 23:09. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/ cidades,as-faces-do-movimento-nas-
ruas,1044494,0.htm. Acesso em: 20 jun. 2013, 10:05.
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Rede Sociais
Para redes sociais, especificar o nome da rede e o perfil ou página acessados, separados por dois pontos.

PODCAST LXX: Brasil: parte 3: a república. [Locução de]: Christian Gutner. [S. l.]: Escriba Café, 19 mar. 2010. Podcast.
Disponível em: http://www.escribacafe.com/podcast-lxx-brasil-parte-3-a-republica/. Acesso em: 4 out. 2010.

DIRETOR do SciELO, Abel Packer, apresenta hoje palestra na 4ª edição dos Simpósios Temáticos do Programa de Pós-
Graduação em Química da UFMG. [São Paulo], 27 fev. 2015. Twitter: @redescielo. Disponível em:
https://twitter.com/redescielo/status/571261986882899969. Acesso em: 5 mar. 2015.

BAVARESCO, Agemir; BARBOSA, Evandro; ETCHEVERRY, Katia Martin (org.). Projetos de filosofa. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2011. E-book (213 p.) (Coleção Filosofia). ISBN 978-85-397-0073-8. Disponível em:
http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/projetosdeflosofa.pdf. Acesso em: 21 ago. 2011.
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NBR 6024/12: Numeração Progressiva
Escopo - Esta Norma especifica os princípios gerais de um sistema de numeração progressiva das seções de um documento,
de modo a expor em uma sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir sua localização.
Esta Norma se aplica à redação de todos os tipos de documentos, independentemente do seu suporte, com exceção
daqueles que possuem sistematização própria (dicionários, vocabulários etc.) ou que não necessitam de sistematização
(obras literárias em geral). (FCC 2012).
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Regras de apresentação
4.1 Seções
Devem ser conforme as alíneas a seguir:
a) devem ser utilizados algarismos arábicos na numeração;
b) deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária; (FCC 2010, CEPS 2014 e IADES 2018)
c) o título das seções (primárias, secundárias, terciárias, quaternárias e quinárias) deve ser colocado após o indicativo de
seção, alinhado à margem esquerda, separado por um espaço. O texto deve iniciar em outra linha; (CS-UFG 2017).
d) ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal não podem ser utilizados entre o indicativo da seção e seu
título; (CEPS 2014)
e) todas as seções devem conter um texto relacionado a elas; (CEPS 2014)
f) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1;
g) o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo número da seção primária a que pertence, seguido do número
que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relação às demais
seções;
h) errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos,
sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice devem ser centralizados e não numerados, com o mesmo destaque
tipográfico das seções primárias;
i) títulos com indicação numérica, que ocupem mais de uma linha, devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da
primeira letra da primeira palavra do título;
j) os títulos das seções devem ser destacados tipograficamente, de forma hierárquica, da primária à quinária. Podem ser
utilizados os recursos gráficos de maiúscula, negrito, itálico ou sublinhado e outros.
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DEFINIÇÕES
Alínea: Cada uma das subdivisões de um documento.
Subalínea: Subdivisão de uma alínea.
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Indicativo de Seção: Número ou grupo numérico que antecede cada seção do documento.
Seção: parte em que se divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada
do assunto.
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4.2 Alínea
a) os diversos assuntos que não possuam título próprio, dentro de uma mesma seção, devem ser subdivididos em alíneas;
b) o texto que antecede as alíneas termina em dois pontos;
c) as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em letra minúscula, seguida de parêntese. Utilizam-se letras dobradas,
quando esgotadas as letras do alfabeto;
d) as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo em relação à margem esquerda;
e) o texto da alínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula, exceto a última alínea que termina em
ponto final;
f) o texto da alínea deve terminar em dois pontos, se houver subalínea;
g) a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto da própria alínea.

4.3 Subalínea
a) as subalíneas devem começar por travessão seguido de espaço;
b) as subalíneas devem apresentar recuo em relação à alínea;
c) o texto da subalínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula. A última subalínea deve terminar
em ponto final, se não houver alínea subsequente;
d) a segunda e as seguintes linhas do texto da subalínea começam sob a primeira letra do texto da própria subalínea.
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NBR 6028/21: Resumos
→ Elaborada no Comitê Brasileiro de Informação e Documentação: ABNT CB-014, pela Comissão de Estudo de
Documentação (CE-014:000.001).
Recensão: análise crítica, descritiva e/ou comparativa, geralmente elaborada por especialista.

Resenha: análise do conteúdo de um documento, objeto, fato ou evento.

Resumo: apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento.

Palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em Vocabulário


Controlado.
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Tipos de resumo
Indicativo - trabalho que indica os pontos principais do documento sem apresentar detalhamentos, como dados qualitativos
e quantitativos, e que, de modo geral, não dispensa a consulta ao original.

Informativo - trabalho que informa finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que
possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.

Resenha. Quando analisa apenas uma edição entre várias chama-se recensão.
Nota: Resenha e recensão não estão sujeitas a limite de palavras.
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Regras gerais
→ 4.1.1 O resumo deve ressaltar sucintamente o conteúdo de um texto. A ordem e a extensão dos elementos dependem
do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original.
→ 4.1.3 Em documento técnico ou científico, recomenda-se o resumo informativo.
→ 4.1.4 Convém usar o verbo na terceira pessoa.
→ 4.1.5 O resumo, quando não estiver contido no documento, deve ser precedido pela referência.
→ 4.1.6 A referência é opcional quando o resumo estiver contido no próprio documento e deve ficar logo após o título da
seção (Resumo).
→ 4.1.7 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave, seguida de dois-
pontos, separadas entre si por ponto e vírgula e finalizadas por ponto. Devem ser grafadas com as iniciais em letra
minúscula, com exceção dos substantivos próprios e nomes científicos.
Exemplo: Palavras-chave: gestação; cuidado pré-natal; Aedes aegypti; IBGE; Brasil.
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Extensões
50 até 100 palavras: palavras nos documentos não contemplados nas alíneas anteriores;
100 até 250 palavras: palavras nos artigos de periódicos;
150 até 500 palavras: palavras nos trabalhos acadêmicos e relatórios técnicos e/ou científicos.
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NBR 10520/02: Citação
Definições
3.1 Citação: Menção de uma informação extraída de outra fonte.
3.2 Citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original.
3.3 Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado.
3.4 Citação indireta: Texto baseado na obra do autor consultado.
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5 Regras gerais de apresentação
A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz
(1982).
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).

5.2 As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas.
As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.
Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos [...]”
ou
“Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72).
Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de conversação’ que abrange tão extensa e significativa parte da
nossa existência cotidiana [...]”

5.3 As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda,
com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas.
5.4 Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, do seguinte modo: a) supressões:
[...]
b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.
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6 Sistema de chamada
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada: numérico ou autor-data.
6.1 Qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua
correlação na lista de referências ou em notas de rodapé. (UFRJ 2018).

6.2 Sistema numérico


Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à
lista de referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia
a numeração das citações a cada página.
6.2.1 O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé.
6.2.2 A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto
em expoente à linha dele, após a pontuação que fecha a citação.
Exemplos:
Diz Rui Barbosa: "Tudo é viver, previvendo.” (15)
Diz Rui Barbosa: "Tudo é viver, previvendo."15

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7 Notas de rodapé
Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas explicativas. As notas de rodapé
podem ser conforme 7.1 e 7.2 e devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da
primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor.
Exemplos:
_________________
1 Veja-se como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Netzer (1976).
2 Encontramos esse tipo de perspectiva na 2ª parte do verbete referido na nota anterior, em grande parte do estudo de Rahner (1962).

7.1 Notas de referência


A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada
capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.
7.1.1 A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Exemplo: No rodapé da página:
__________________
8 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994

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NBR 10525 – ISSN - Número Padrão Internacional para Publicações Seriadas.

ISSN - Identificador para individualizar o título de uma publicação seriada, tornando-o único e definitivo.

Baseada na ISO 3297/98 (a norma contém os anexos A e B, de caráter informativo).

O uso do ISSN não é obrigatório, entretanto como único identificador de padrão internacional, confere vantagens ao editor
uma vez que ele possibilita rapidez, produtividade, qualidade e precisão na identificação e controle da publicação seriada
nas etapas da cadeia produtiva editorial.

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Estrutura
Um ISSN é formado de 8 dígitos, em números arábicos de 0 a 9, à exceção do último dígito, que é o dígito verificador e que
pode às vezes ser uma letra X (ver anexo B). O ISSN não tem um significado intrínseco que identifique língua, país ou editor.

NOTA: A sigla ISSN deve ser utilizada tanto para o singular quanto para o plural.

O ISSN é composto por 8 dígitos distribuídos em dois grupos de quatro dígitos cada, ligados por hífen e precedido sempre
por um espaço e a sigla ISSN. Exemplo: ISSN 1018-4783 ou ISSN 1050-124X

Os ISSN são construídos e distribuídos pelo Centro Internacional do ISSN.


NOTA: No Brasil, o IBICT é o representante nacional da Rede ISSN.
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Título-chave: O título-chave é estabelecido pelo Centro ISSN responsável pelo registro do título da
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NBR 12676/92: Determinação de seus assuntos e seleção de termos de indexação.
Objetivo
1.1Destina-se aos estágios preliminares de indexação, não tratando das práticas de qualquer tipo de sistema de
indexação, pré ou pós-coordenado.
1.2 Esta Norma pode também orientar os resumidores durante a fase de resumos e auxiliar na tradução dos pedidos dos
usuários para os termos de uma linguagem de indexação.
1.3 Não se aplica a serviços que empregam técnicas de indexação automática [...].
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Definições
Conceito – qualquer unidade de pensamento.
Termo de indexação – representação de um conceito
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Estágios da indexação
Consiste basicamente em três estágios:
- Exame do documento e estabelecimento de seu conteúdo;
- Identificação de conceitos presentes no assunto;
- Tradução desses conceitos nos termos de uma linguagem de indexação.
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Controle de qualidade
A qualidade da indexação depende de fatores relativos a:
- Consistência na especificidade dos termos atribuídos a um documento e no nível de exaustividade atingido na indexação;
- Qualificação do indexador (imparcialidade, conhecimento etc.);
- Qualidade dos instrumentos de indexação.
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NBR 14724/11: Trabalhos acadêmicos – Apresentação
Termos e Definições
3.3 Anexo - texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração
3.4 Apêndice - texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da
unidade nuclear do trabalho.
3.14 Epígrafe - texto em que o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria
tratada no corpo do trabalho.
3.22 Índice - lista de palavras ou frases, ordenado segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações
contidas no texto.
3.31 Sumário - enumeração das divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria
nele se sucede.
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3.8 dados internacionais de catalogação-na-publicação registro das informações que identificam a publicação na sua
situação atual.
3.16 ficha catalográfica ver 3.8
Questão em concurso: AOCP 2013
Na ABNT NBR 14724, o uso do AACR é informado na produção da ficha catalográfica.
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4 Estrutura
A estrutura de trabalhos acadêmicos compreende: parte externa e parte interna.
Parte externa Capa (obrigatório)
Lombada (opcional)
Parte interna
Elementos pré-textuais
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)

Elementos textuais
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão

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Elementos pós-textuais
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)

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5.1 Formato
Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações. Se
impresso, utilizar papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm × 29,7 cm).

Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados internacionais de catalogação-na-
publicação que devem vir no verso da folha de rosto.

Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.

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5.2 Espaçamento
Todo texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5 entre as linhas, excetuando-se as citações de mais de
três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome
da instituição a que é submetido e área de concentração), que devem ser digitados ou datilografados em espaço simples. As
referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco.

5.3 Paginação
As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas.

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NBR ISO 2108 – ISBN - Número Padrão Internacional de Livro.

O sistema ISBN serve como elemento-chave em sistemas de pedido de inventário, para editores, vendedores de livros,
bibliotecas e outras organizações. É a base para coleta de dados em novas e futuras edições de publicações monográficas
para guias utilizados por todo comercio de livros. O uso do ISBN também facilita o gerenciamento de direitos e a
monitoração dos dados de venda para a indústria editorial.
Ex.: ISBN 978-85-65848-42-8.
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Anexos
Os anexos A, B, C e E, são de caráter normativos e os anexos D e F são de caráter informativo.
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Agência Nacional – Biblioteca Nacional – desde 1978.


Construção de um Número Padrão Internacional de Livro
Estrutura geral de um ISBN
A partir de 1 de janeiro de 2007, as agências do sistema ISBN só atribuirão ISBN que consistam em 13 dígitos compostos dos
seguintes elementos.

ISBN onde: 978 (prefixo) 90(pais); 70002(editora); 34(Título) – 3 (Dígito verificador)


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Termos e definições
. Recurso continuado – publicação editada periodicamente sem conclusão predeterminada e disponibilizada ao público sob
qualquer forma de produto, geralmente publicada em edições sucessivas ou integradas que costumam ter designações
numéricas e/ou cronológicas.
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. Recurso integrador – publicação finita ou sem conclusão predeterminada a qual se adiciona conteúdo ou que sofre
alterações por meio de atualizações que não permanecem discretas e são integradas ao todo e disponibilizadas ao público
sob qualquer forma de apresentação.
. Registrante – pessoa ou organização que solicitou e recebeu um ISBN.
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CURSOS & CONCURSOS

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M8 – Dados de pesquisa: gestão, ciclo de vida, política de acesso, compartilhamento e reuso. Versão 07/01/23.
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Dados de pesquisa - Definições


Dado de pesquisa é todo e qualquer tipo de registro coletado, observado, gerado ou usado pela pesquisa científica,
tratado e aceito como necessário para validar os resultados da pesquisa pela comunidade científica.
(SAYÃO; SALES, 2019). (COMVEST 2019).

O Relatório da OECD – sigla em inglês para Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - descreve a
expressão “dados de pesquisas” como “registros factuais usados como fonte primária para a pesquisa científica e que são
comumente aceitos pelos pesquisadores como necessários para validar os resultados do trabalho científico.
(SAYÃO; SALES, 2014, p. 81).

Tipos de dados
A constatação de que os dados são gerados para diferentes propósitos, por diferentes comunidades acadêmicas e científicas
e por meio de diferentes processos intensifica ainda mais essa percepção de diversidade. Tipos de dados podem incluir, por
exemplo, números, imagens, textos, vídeos, áudio, software, algoritmos, equações, animações, modelos, simulações.
(SAYÃO; SALES, 2014, p. 81).

Curadoria
A curadoria de dados é o coletivo de atividade de gestão que circunscreve a adição de valor e de enriquecimento dos dados,
bem como a promoção do seu uso. Para tal, a curadoria se inicia ainda no planejamento e criação dos dados e continua até o
seu arquivamento em ambientes de preservação confiáveis. A curadoria de dados tem como pressuposto básico assegurar
que os dados estejam prontos para os propósitos correntes e futuros, mantendo sua disponibilidade para descoberta e
reuso e as condições de proveniência e confiabilidade. (SAYÃO; SALES, 2018, p. 103).

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Gestão
Um sistema confiável de publicação de dados requer uma efetiva gestão de dados e uma robusta infraestrutura digital”
ratifica Claire Austin e seus colaboradores (2015, p. 1).

→ A gestão de dados de pesquisa começa pelo planejamento. Esta é uma fase essencial que deve se iniciar quando a
pesquisa ainda está sendo delineada e deve considerar como os seus dados serão cuidados durante o desenvolvimento do
projeto, como eles serão arquivados e preservados depois que o projeto estiver finalizado, e ainda, como eles serão
compartilhados, respeitando as condições do pesquisador, das instituições envolvidas e os padrões éticos e legais. (SALES,
2019).

→ O relatório da Knowledge Exchange (GRAFF et al., 2011) identifica quatro elementos-chave para a composição de uma
infraestrutura colaborativa de gestão de dados que envolvam todos os atores da comunidade científica:
1) incentivos para o pesquisador na qualidade de produtor dos dados, que incluem reconhecimento, reuso e citação,
exigências das agências de fomento e dos periódicos e códigos de conduta disciplinares;

2) capacitação voltada para o pesquisador e para os cientistas e bibliotecários de dados que apoiem a criação, organização,
manipulação, análise e a disponibilidade dos dados para compartilhamento e reuso;

3) Infraestrutura de dados capaz de apoiar a vasta gama de serviços e

4) financiamento contínuo da infraestrutura.

Esses elementos têm como objetivos estratégicos criar uma ecologia de dados que permita que o compartilhamento de
dados seja parte da cultura acadêmica; que a gestão dos dados se torne um componente integral da vida acadêmica
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profissional; e que a infraestrutura de dados permaneça sólida e sustentável tanto operacionalmente quanto
financeiramente.
(SAYÃO; SALES, 2018, p. 84).

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Plano de Gestão de Dados (PGD)
O planejamento tem outro objetivo: servir de base para a elaboração de um documento muito importante exigido pela
maioria das agências de fomento que vão financiar o seu projeto de pesquisa e às vezes pela sua instituição.

A ideia do PGD é planejar como gerar/coletar dados de alta qualidade e sustentáveis ao longo do tempo. A estrutura do
documento varia de acordo com o padrão adotado pela sua instituição e/ou pela agência de fomento que vai financiar o seu
projeto.

O Plano de Gestão de Dados é um elemento chave da boa gestão de dados (Comissão Europeia, 2016).

As principais razões para a criação de um PGD:


Ajustar o seu projeto de pesquisa às políticas mandatórias da sua instituição e/ou dos órgãos de fomento à pesquisa;
Assegurar a integridade da pesquisa e o seu potencial de replicação;
Assegurar que os dados e demais registros de pesquisa sejam acurados, completos, autênticos e confiáveis;
Aumentar a sua eficiência como pesquisador – um plano que organize os dados e seu armazenamento permite que você
foque na sua pesquisa;
Permitir que os seus dados sejam compreensíveis agora e no futuro;
Economizar tempo e recursos a longo prazo;
Aumentar a segurança dos dados e minimizar os riscos de perda;
EVITAR a duplicação de esforços na recoleta ou regeração dos dados, possibilitando que outros pesquisadores se beneficiem
dos seus dados e os intérprete em outros contextos e com novas visões;
Aumentar a visibilidade da pesquisa;
Tornar mais fácil a preservação e o arquivamento.
(SAYÃO; SALES, 2015). (UFV 2022).
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As coleções de dados de pesquisa, assim como os artigos de periódicos, podem ser identificadas por esquemas de
identificadores persistentes, padronizados e globalmente únicos
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Identificador persistente para os dados


Para que possam ser citadas corretamente, as suas coleções de dados precisam de um identificador persistente.
O DOI (Digital Object Identifier) usado com frequência para os artigos acadêmicos, e pode ser aplicado também aos dados.

Identificador persistente para o autor


Uma forma de ligar os seus dados a você é criar um identificador persistente pessoal. O ORCID é comumente usados,
permite que você seja distinguido de outros pesquisadores e conecta você as suas outras atividades de pesquisa.
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Copyright
É um direito de propriedade intelectual reconhecido internacionalmente e atribuído automaticamente a um autor de uma
obra original, como uma pesquisa científica. Entretanto, o copyright não se aplica a fatos, ideias e conceitos, mas na forma
particular como eles são expressos.
Por exemplo, no caso de dados de pesquisa em forma de planilhas, banco de dados, programas de computador, modelos,
relatórios etc. Portanto, copyright se aplica também a dados de pesquisa e é um item importante a ser considerado na
criação, compartilhamento e reuso de dados.
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Ciclo de vida
O ciclo se inicia no planejamento dos dados e continua no seu arquivamento por longo prazo, para as coleções de dados de
valor contínuo. No centro desse arcabouço estão os “repositórios online de dados de pesquisa que são grandes
infraestruturas de bases de dados desenvolvidas para gerenciar, compartilhar, acessar e arquivar coleções de dados dos

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pesquisadores” (UZWYSHYN, 2016, p. 1). [...] para cumprirem seus objetivos, os repositórios precisam estar inseridos em
ambientes multifacetados que definam seu modus operandi.

[...] quando falarmos de repositório de dados, estamos nos referindo a plataformas colaborativas de gestão de dados de
pesquisa que incluem processos e informacionais, computacionais em rede, conteúdos distribuídos, processos gerencias e
serviços, consubstanciando um ambiente interativo que chamamos de e-infraestrutura de pesquisa. [...] as plataformas de
gestão de dados rapidamente se tornam componentes essenciais da infraestrutura de informação científica mundial.
(SAYÃO; SALES, 2018, p. 82).
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Plataformas multidisciplinares - gerenciam coleções de dados de diversas áreas, estruturas e tipos, que implicam em
representação limitada e serviços básicos. Essas plataformas são essencialmente serviços de compartilhamento e não
repositórios de preservação. Elas estão abertas para publicar qualquer tipo de dados, e são especialmente desenvolvidas
para dar apoio à publicação de datasets produzidos no âmbito da ciência chamada de “cauda longa”. São poucos os
repositórios multidisciplinares, entretanto é necessário enfatizar que os repositórios institucionais de dados científicos se
enquadram, na maioria dos casos, como multidisciplinares posto que têm que abrigar dados de várias disciplinas que são
gerados/coletados no âmbito de instituições de pesquisa e ensino de pós-graduação, como as universidades, cujas pesquisas
tipicamente se enquadram na cauda longa da ciência.
(SAYÃO; SALES, 2019).

Plataformas disciplinares - se voltam para domínios específicos, ou para tipos particulares de dados. Em geral possuem
modelos de dados adequados à representação das coleções e sistemas de gestão voltados para as especificidades de suas
comunidades, e oferecem um elenco de serviços mais orientados a essa condição, como curadoria digital, processamento,
análises, modelagem, workflow e visualização. As plataformas especializadas nem sempre estão baseadas no conceito de
repositório, podem estar implementadas como centros de dados, bancos de dados ou arquivos de dados (THE ROYAL
SOCIETY, 2012).
(SAYÃO; SALES, 2018, p. 82).
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Política de acesso
Em termos práticos, a expectativa sobre os repositórios de dados é que eles ofereçam acesso aos seus ativos informacionais
para o público em geral sem a necessidade de registro do usuário, de autorização ou login. (SAYÃO; SALES, 2018, p. 102).

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Compartilhamento
Segundo Lopatenko, o compartilhamento de um padrão com três características essenciais:
1) fácil de implementar para qualquer participante;
2) flexível o suficiente para abraçar a diversidade, a estrutura e o significado dos dados em diferentes estados, organizações,
ou áreas da ciência;
3) poderoso para fornecer serviços sofisticados de recuperação de informações. Para isso, sugere o uso de ontologia e de
padrões sugeridos pelo W3C Consortiumx. (SAYÃO; SALES, 2014, p. 87).

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Reuso
O conceito de “reuso” torna-se de fundamental importância para a ciência aberta, sendo compreendido de maneira ampla
como o uso de dados - normalmente sem explícita permissão - para estudos, previstos ou não pelo autor original dos dados,
por outros pesquisadores. O reuso inclui processos de agregação em base de dados, parâmetros em simulação e
combinação de dados de diferentes fontes gerando novos insights. [...] o reuso dos dados de pesquisas está sujeito à sua
preservação e gestão, que podem ser feitas por meio das técnicas de curadoria digital de dados de pesquisas.
(SAYÃO; SALES, 2014, p. 82).

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Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable).


O FAIR é um Guia de Princípios para gerenciamento e administração de dados científicos. Os dados poderiam ser
considerados como a produção principal da pesquisa científica e sua publicação e reutilização é necessária para garantir sua
validade, reprodutibilidade e para conduzir novas descobertas. Os princípios FAIR atendem a estas necessidades, fornecendo
um conjunto preciso e mensurável de qualidades que uma boa publicação de dados deve apresentar – qualidades que
garantem que os dados são Encontráveis, Acessíveis, Interoperáveis e Reutilizáveis. (VUNESP 2019).

Métricas FAIR - devem definir, com certa precisão, um conjunto mensurável de propriedades e comportamentos que
avaliam o nível de FAIRness dos objetos digitais. O termo FAIRness, significa o grau em que um recurso digital adere aos
princípios FAIR.
Embora já estabelecidos conceitualmente, os princípios são relativamente difíceis de serem diretamente utilizados
porque não foram devidamente detalhados e explicados na sua publicação original (WILKINSON et al, 2016). Isto,
consequentemente, dificulta a medição do nível de FAIRness dos objetos digitais. (HENNING, P. C. et al., 2019).
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Classificação dos dados segundo a sua origem:
→ Dados observacionais - são dados obtidos por meio de observações diretas, que podem ser associadas a lugares e tempo
específicos, como por exemplo, a erupção de determinado vulcão numa data específica, a fotografia de uma supernova, o
levantamento das atitudes de uma comunidade; os dados observacionais – por sua natureza instantânea – guardam uma
importância crítica que os qualifica como registros históricos, pois não podem ser coletados uma segunda vez e, portanto,
devem ser submetidos a processos de curadoria que os preserve para sempre.
→ Dados computacionais - São resultados da execução de modelos computacionais ou de simulações, seja, por exemplo,
no domínio da física ou para a criação de ambientes virtuais culturais ou educacionais. Para esta categoria de dados a
preservação por longo prazo pode não ser necessária, posto que os dados podem ser replicados ao longo do tempo.
Entretanto, replicar o modelo ou a simulação no futuro pode exigir um grande número de informações que incluem
descrição das dependências de hardware, software e outras dependências técnicas, e ainda os dados de entrada. É preciso
notar que algumas vezes é mais conveniente preservar somente os dados de saída.
→ Dados experimentais - São provenientes de situações controladas em bancadas de laboratórios, como por exemplo,
medidas de uma reação química. Em tese, dados experimentais provenientes de experimentos que podem ser precisamente
reproduzidos não necessitam ser armazenados indefinidamente; porém, na prática, nem sempre é possível reproduzir
precisamente todas as condições experimentais, particularmente onde algumas variáveis experimentais não podem ser
conhecidas e quando os custos de reprodução do experimento são proibitivos.
(SAYÃO; SALES, 2015, p. 7-9). (COMVEST 2018)
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Classificação dos dados segundo a fase de pesquisa

→ Dados brutos, crus ou prliminares: (RAW DATA em inglês) São dados que vêm diretamente dos instrumentos científicos.

→ Dados derivados: São resultados do processamento ou combinação de dados brutos ou de outros dados.

→ Dados canônicos ou dados referenciais: São coleções de dados consolidados e arquivados geralmente em grandes
centros de dados, por exemplo, sequência genética, estrutura química etc.
(SAYÃO; SALES, 2015, p. 7-9). (UFSC 2019).
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Fontes

→ O IBICT disponibiliza um repositório de dados de pesquisa que cuida da preservação a longo prazo e de boas práticas de
arquivamento, para que os pesquisadores possam compartilhar, manter o controle e obter o reconhecimento de seus
dados. O repositório suporta o compartilhamento de dados de pesquisa com citação de dados persistentes, permitindo que
eles sejam reproduzidos. O Dataverse é um grande repositório aberto de dados de todas as disciplinas, criado pelo
Instituto de Ciências Sociais Quantitativas da Universidade de Harvard. O repositório Dataverse do IBICT fornece um meio
disponível gratuitamente para depositar e descobrir conjuntos de dados específicos arquivados por colaboradores das
instituições participantes da rede Cariniana. (VUNESP 2019 e VUNESP 2022).

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Referências

SALES, Luana Farias. Dados de pesquisa: quem ama cuida. Rio de Janeiro, 2019.

SALES, Luana Farias; SAYÃO, Luís Fernando. Uma proposta de taxonomia para dados de pesquisa. Conhecimento em Ação,
Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 31- 48, jan./jun. 2019. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rca/article/view/26337

SAYÃO, Luis Fernando; SALES, Luana. Guia de Gestão de dados de pesquisa para bibliotecários e pesquisadores. Rio de
Janeiro: CNEN, 2015.

SAYÃO, Luis Fernando; SALES, Luana. Subsídios para a construção de um modelo de avaliação de sistemas de gestão de
dados de pesquisa. Ponto de Acesso, Salvador, v. 12, n. 3, p. 80-108, dez. 2018.

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CURSOS & CONCURSOS

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M9 - Competência em informação: histórico, significado e dimensões. Versão 21/01/23.
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Histórico
A expressão information literacy apareceu pela primeira vez na literatura nos Estados Unidos em, em 1974, em um relatório
elaborado por Paul Zurkowsk, submetido a Comission Libraries Informations Science. O relatório sugeria ao governo que
começasse a se preocupar com o desenvolvimento da competência informacional da população, para poder potencializar a
utilização da variedade de produtos informacionais disponíveis no mercado norte-americano, bem como para promover a
sua aplicação na solução de problemas cotidianos, principalmente no trabalho. (CAMPELLO, 2003, p. 30).

Em 1976, o termo competência informacional apareceu em perspectiva diferente. Dois autores (Hamelink citado por
Behrens, 1997, p. 310; Owens, 1976, p. 27) usaram o termo vinculando-o à questão da cidadania: segundo eles, cidadãos
competentes no uso da informação teriam melhores condições de tomar decisões relativas à sua responsabilidade social.
(CAMPELLO, 2003, p. 30).

No campo da Biblioteconomia, a década de 1980 viu o aparecimento de novas diretrizes (e não mais padrões) da AASL,
denominadas Information Power: Guidelines for School Libraries Media Programs, que procuraram definir com mais clareza
a função pedagógica do bibliotecário, advogando a parceria entre professores, dirigentes escolares e bibliotecários no
planejamento do programa da biblioteca, de acordo com as necessidades específicas da escola.

A aprendizagem baseada em recursos, que enfatizava a utilização de uma variedade de fontes e de tecnologias de
informação, teve influência marcante nos trabalhos sobre competência informacional e até hoje é citada por autores que
tratam do assunto (LOERTSCHER; WOOLS, 1997, p. 337).

No Brasil, o termo está em fase de construção. Foi mencionado pela primeira vez por Caregnato (2000, p. 50), que o traduziu
como “alfabetização informacional” em um texto em que propunha a expansão do conceito de educação de usuários e
ressaltava a necessidade de que as bibliotecas universitárias se preparassem para oferecer novas possibilidades de
desenvolver nos alunos habilidades informacionais necessárias para interagir no ambiente digital. (CAMPELLO, 2003, p. 28).

Especificando as habilidades informacionais de maneira detalhada, o Information Power pode ser considerado o documento
que concretiza a assimilação do conceito de competência informacional pela classe bibliotecária.

(FARIAS; VITORINO, 2009)


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Significado
Competência informacional é um conceito que deriva do termo de língua inglesa Information literacy, que pode ser
basicamente definido como a “capacidade de um indivíduo encontrar, avaliar e usar a informação eficazmente na solução
de problemas e na tomada de decisão” (VITORINO; PIANTOLA, 2011).

Campello (2006) destaca que a reação dos bibliotecários culminou com o lançamento do relatório final do Presidential
Committee on Infomation Literacy da American Library Association (ALA), em 1989, que advogava a necessidade de
desenvolver nas pessoas a competência informacional. O documento inclui a descrição de competência informacional, que é
considerada uma das definições mais utilizadas até os dias atuais: para ser competente em informação, a pessoa deve ser
capaz de reconhecer quando precisa de informação e possuir habilidade para localizar, avaliar e usar efetivamente a
informação [...]. Resumindo, as pessoas competentes em informação são aquelas que aprenderam a aprender. Elas sabem
como aprender, pois sabem como o conhecimento é organizado, como encontram a informação e como usá-la de modo que
outras pessoas aprendam a partir dela (AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION, 1989, p. 1 apud FARIAS, 2009).

Um conjunto de competências que permite aos cidadãos acessar, recuperar, compreender, avaliar e usar, bem como criar e
compartilhar informações e conteúdo de mídia em todos os formatos, usando várias ferramentas, de forma crítica, ética e
eficaz, para participar e se envolver em atividades pessoais, profissionais e sociais (UNESCO, 2013, p. 29).
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A competência informacional pode ser definida como um "[...] processo contínuo de internalização de fundamentos
conceituais, atitudinais, de habilidades, necessários à compreensão e interação permanente com o universo informacional e
a sua dinâmica, de modo a proporcionar um aprendizado ao longo da vida" (DUDZIAK, 2003, p. 28).
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Dimensões
São quatro as dimensões da competência informacional: Técnica, estética, ética e política.
Técnica – O termo “técnica” indica o “conjunto de processos de uma arte” ou A “maneira ou habilidade especial de executar
ou fazer algo”, remetendo a um ensino técnico”. (CUNHA, 1982, p. 759).
Rios (2005) denomina a dimensão técnica de suporte da competência, uma vez que esta se revela na ação dos profissionais.
A técnica tem um significado específico no trabalho, nas relações, mas fica empobrecido na biblioteca, quando
consideramos a técnica desvinculada de outras dimensões.
Para que a práxis bibliotecária seja competente, , não basta o domínio de alguns conhecimentos e o recurso de algumas
técnicas. É necessário que a técnica seja fertilizada pela determinação autônoma dos objetivos e finalidades, pelo
compromisso com as necessidades concretas do coletivo e pela presença da sensibilidade, da criatividade (RIOS, 2005).

Estética – a intenção da dimensão estética e fazer menção a presença da sensibilidade e da beleza como elementos
constituintes do saber e do fazer do bibliotecário. [...] a sensibilidade está relacionada com o potencial criador e com a
atividade dos indivíduos, que se desenvolvem num determinado contexto.

Ética – a ética procura o nexo entre os meios e os fins dos costumes, é específica. Pode-se dizer que a ética é a ciência da
moral. Tem um caráter reflexivo, não normativo. Quando falamos da ética da competência do bibliotecário , fazemos
referência a um trabalho de qualidade, que se executa como deve ser, entendido como múltiplas significações, como se
verifica na moralidade, relativas ao bem comum.

Política – é a arte real ou arquitetônica que comanda todas as outras. É o espaço político que transita o poder, que se
configuram os acordos, que se estabelecem hierarquias, e que se assumem compromissos. Nesse ponto a dimensão política
se articula com a moral e com a ética.
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Referência
CAMPELLO, B. O movimento da competência informacional: uma perspectiva para o letramento informacional. Revista
Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 3, p. 28-37, set./dez. 2003.
DUDZIAK, E. A. Information literacy: princípios, filosofia e prática. Ciência da Informação, v. 32, n. 1, p. 23-35, jan./abr.
2003.
FARIAS, C. M.; VITORINO, E. V. Competência informacional e dimensões da competência do bibliotecário no contexto
escolar. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 14, n. 2, p. 2-16, maio/ago. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1413-9936&lng=en&nrm=iso

GARCIA, Leonardo Guimarães; PINHEIRO, Cintia Braga Ferreira. Desenvolvendo a competência em informação das
organizações por meio da gestão de pessoas por competências. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e
ciência da informação, v. 20, n. 43, p. 133-152, mai./ago., 2015. ISSN 1518-2924. DOI: 10.5007/1518-2924.2015v20n43p133.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2015v20n43p133

VITORINO, Elizete Vieira; PIANTOLA, Daniela. Dimensões da competência informacional. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 40 n. 1, p.99-
110, jan./abr., 2011.

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CURSOS & CONCURSOS

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M10 – Fontes de Informação: tipologia e critérios de avaliação. Versão 05/02/23.
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Fontes de Informação - Tipologia

PRIMÁRIAS (caráter de ineditismo):


Produzidas pelo autor da pesquisa, com informações novas ou interpretações de ideias já conhecidas.
Ex.: Congressos e conferências; Anais; Legislação; Nomes e marcas comerciais; Normas técnicas; Patentes; Projetos e
pesquisas em andamento; Relatórios técnicos científico; Teses e Dissertações; Traduções; Periódicos (publicam trabalhos
originais). Fotografias. Trabalhos de arte.

SECUNDÁRIAS (caráter consolidador):


Organizam e filtram a informação de forma definida de acordo com sua finalidade.
Bases de Dados e Bancos de Dados; Bibliografias e índices; Biografias; Catálogos de bibliotecas; Centros de pesquisa e
laboratórios; Decisões judiciais; Dicionários e Enciclopédias; Dicionários bilíngues e multilíngues; Feiras e exposições; Filmes
e vídeos; Fontes históricas; Índices; Livros; Manuais; Internet; Museus e correlatos; Prêmios e honrarias; Tabelas, unidades
estatísticas; Periódicos de Índices de Resumos e Sumários correntes; Siglas e abreviaturas. (primárias não podem ser
abreviadas).

TERCIÁRIAS (caráter orientador):


Têm função didática, ou seja, guiar o usuário facilitando a localização das fontes primárias e secundárias.
Bibliografias de Bibliografia; Bibliotecas e Centros de informação; Diretórios. Almanaques. Financiamento e Fomento à
pesquisa. Guias Bibliográficos. Revisão de Literatura. Repertórios. (2018).
(CUNHA, 2001, p. vi).
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Primários – documentos originais elaborados pelo autor;

Secundários – documentos que descrevem documentos primários, como por exemplo as bibliografias, os catálogos e os
resumos;

Terciários – documentos elaborados a partir de documentos primários ou secundários e que reúnem, condensam e
elaboram a informação original na forma mais adequada às necessidades de um usuário ou grupos de usuários.
(MULLER, 2000).
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Guia: são obras de referência contendo informações sobre instituições, produtos, publicações e serviços de uma
determinada área. São instrumentos fundamentais de apoio à atuação de centros referenciais, unidades de informação,
centros de documentação etc., facilitando a identificação de informações básicas para usuários do setor.
(LOBO; BARCELLOS, 1992).

Guia Bibliográfico: Recomenda material bibliográfico em uma determinada área.

Diretório fornece informações sobre a estrutura e atividades de uma instituição e seus membros (cadastro).

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BASES DE DADOS
Uma base de dados bibliográficos não pode ser avaliada de forma isolada, mas somente em função de sua utilidade ao
responder a várias necessidades de informações. [...], avalia-se uma base de dados de acordo com quatro critérios principais:
Cobertura, recuperabilidade, previsibilidade e atualidade.
(LANCASTER, 2004, p. 135).
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Lopes classifica as bases de dados em duas categorias:

→ Bases de Dados Referencias/Encaminhamento. As bases de dados de referências remetem ou encaminham o usuário a


outra fonte, como um documento, uma pessoa jurídica ou pessoa física, para que obtenha informações adicionais, ou o
texto completo de um documento.

Bases de dados bibliográficos, que incluem citações ou referências bibliográficas e, às vezes, resumos de trabalhos
publicados. Informam ao usuário sobre o que foi publicado e onde se publicou (por exemplo, em periódico, nos anais
de um congresso) e, na hipótese de a base conter resumos, apresentarão a síntese do conteúdo do documento
original.

Bases de dados catalográficos, que mostram o acervo de determinada biblioteca ou rede de bibliotecas.
Comumente, essas bases de dados relacionam quais os livros, títulos de periódicos e outros itens que a biblioteca
possui em seu acervo, porém não proporcionam informações adicionais sobre o conteúdo desses documentos.

Bases de dados referenciais, que referenciam informações ou dados, como nomes e endereços de instituições, e
outros dados típicos de cadastros." (ROWLEY, 2002, p. 109).

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Bases de dados Factuais - contém dados estatísticos, texto completo ou informação numérica. - Banco de dados factuais,
informação factual. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 42, 44).

Bases de dados Fatuais - fornecem respostas a perguntas que não visam a obter como resposta uma bibliografia. Muitas
delas são numéricas. Podem conter, por exemplo, listas de empresas ou informação financeira, como índices de inflação,
cotações de ações e de outros títulos mobiliários. As informações de bases numéricas podem, muitas vezes, ser
descarregadas em um arquivo de computador, para manipulação pelo usuário por meio de programas de planilhas ou
processadores de texto. (CENDÓN, 2002, p. 34).

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→Bases de Dados de Fontes: contém os dados originais e constituem um tipo de documento eletrônico. Os dados
encontram-se disponíveis quer em formato legível por computador, quer em formato impresso. As bases de dados de fontes
podem ser agrupadas, segundo seu conteúdo, em:

a) Base de dados numéricos: que contém dados numéricos de vários tipos, inclusive dados estatísticos e de resultados de
pesquisas;

b) Bases de dados de texto integral, que contém notícias de jornal, especificações técnicas, programas de computador, etc.;

c) Bases de dados textuais e numéricos, que contém uma mistura de dados textuais e numéricos.

d) Dados multimídia – incluem informações armazenadas numa mescla de diferentes tipos de meios, inclusive vídeo, textos
e animação. (ROWLEY, 2002, p. 110).
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Tipos Estruturais de bases de dados
Quando é preciso acessar uma série de arquivos interligados, como num sistema de gerenciamento de bibliotecas, deve-se
dispor de diretrizes para alocar dados e arquivos específicos no sistema da base de dados e definir os melhores ou chaves
entre os arquivos. São três os principais tipos estruturais de bases de dados e SGBD correlato: hierárquicas, em rede e
relacionais. (ROWLEY, 2002, p. 126).
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Web of Science - da Thomson Reuters, é a fonte mais conhecida de citações de trabalhos acadêmicos, e certamente a mais
utilizada em estudos bibliométricos.

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Scopus - é a maior base de dados de resumos e citações de literatura revisada por pares, com ferramentas bibliométricas
para acompanhar, analisar e visualizar a pesquisa" (USP, 2021).

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - é uma rede de gestão da informação, intercâmbio de conhecimento e evidência
científica em saúde, que se estabelece por meio da cooperação entre instituições e profissionais na produção, intermediação
e uso das fontes de informação científica em saúde, em acesso aberto e universal na Web.

WHOLIS - Sistema de Informação da Biblioteca da OMS - é uma base de dados bibliográfica que contém publicações da
sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Representações Regionais, artigos de periódicos, documentos técnicos e
políticos, e publicações da OMS em colaboração com outros editores e organizações internacionais.

MEDLINE - Literatura Internacional em Ciências da Saúde - é uma base de dados da literatura internacional da área médica
e biomédica, produzida pela NLM (National Library of Medicine, USA) e que contém referências bibliográficas e resumos de
mais de 4.000 títulos de revistas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países. Contém aproximadamente 11
milhões de registros da literatura desde 1966 até o momento, que cobrem as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem,
odontologia, veterinária e ciências afins. A atualização da base de dados é mensal.

LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - é uma base de dados cooperativa do Sistema
BIREME e que compreende a literatura relativa às Ciências da Saúde, publicada nos países da Região, a partir de 1982.
Contém artigos de cerca de 670 revistas mais conceituadas da área da saúde, atingindo mais de 350 mil registros, e outros
documentos tais como: teses, capítulos de teses, livros, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências, relatórios
técnico-científicos e publicações governamentais.

PAHO - Acervo da Biblioteca da Organização Pan-Americana da Saúde - é uma base de dados que contém referências
bibliográficas e resumos do acervo da Biblioteca da sede da Organização Pan-americana da Saúde em Washington, D.C.,
USA. Abrange a documentação sobre temas em Saúde indexada pela Biblioteca, que atende principalmente aos funcionários
da OPAS e aos consultores radicados em Washington, as Representações da OPAS nos países e aos Centros Pan-americanos.
Seu atendimento abrange também o público em geral por ser fonte de referência sobre o trabalho da Organização e conter
literatura sobre temas de saúde da América Latina e Caribe.

SciELO - Scientific Electronic Library Online - é uma publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos em texto
completo disponível na Internet.

OPAS - a Organização Pan-Americana da Saúde é uma organização internacional especializada em saúde. Criada em 1902, é
a mais antiga agência internacional de saúde do mundo.

UpToDate - é uma base de informações médicas, baseada em evidências, revisada por pares.
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VIAF - o Arquivo Virtual da Autoridade Internacional (pessoa, entidade, nome geográfico...)


→ É um consórcio de cooperação internacional oferecido pela cooperação entre agências e bibliotecas nacionais em
diversas localidades do mundo, na agregação de valores e disponibilização de arquivos de autoridade em Linked Open Data.

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WEBQUALIS - sistema de classificação de periódicos
A consulta ao pode ser realizada através:
Evento de Classificação, Área de Avaliação/Classificação, ISSN, Título.
sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf
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Plataforma Sucupira
É uma ferramenta para coletar informações, realizar análises e avaliações acerca da base de referência do Sistema Nacional
de Pós-Graduação (SNPG) do Brasil. A Plataforma disponibiliza em tempo real e transparência as informações, processos e
procedimentos que a CAPES realiza no SNPG para toda a comunidade acadêmica.

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A Plataforma Sucupira é fonte segura e transparente de dados sobre Avaliação Quadrienal, Coleta, APCN, Minter &
Dinter, Qualis, além de oferecer a lista de cursos avaliados e reconhecidos, informações e estatísticas da CAPES e da pós-
graduação.
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Repositórios Institucionais
De modo geral, repositórios digitais “são sistemas de informação que armazenam, preservam, divulgam e dão acesso à
produção intelectual de comunidades científicas” (IBICT, 2008a). São conjuntos de documentos coletados, organizados e
disponibilizados eletronicamente. Na conjuntura específica dos repositórios, os documentos adquirem novas
configurações e são denominados OBJETOS DIGITAIS ou estrutura de dados digitalmente codificados, composta pelo
conteúdo de informação, metadados e identificador. (BEKAERT; VAN DE SOMPEL, 2006).
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IBICT - Produtos e Serviços

→ Projeto PINAKES – Acesso por meio de plataforma única, recupera registro bibliográficos técnico científicos presentes nos
acervos das instituições brasileiras de ensino e pesquisa. Busca agregadora de conteúdo. (COMUT, CCN e BIBLIODATA)
Cada Sistema: Módulo Administração, Módulo de Cadastro e atualização e Módulo consulta.

→ BDTD – Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - integra e dissemina, em um só portal de busca, os textos
completos das teses e dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. O acesso a essa produção
científica é livre de quaisquer custos. Ao longo dos anos, o Padrão brasileiro também foi atualizado, acompanhando as
mudanças dos padrões internacionais, como o Electronic Thesis and Dissertations Metadata Standard (ETD-MS). Assim, hoje,
a BDTD utiliza a terceira versão do Padrão, o MTD3-BR.

Desde a sua criação, faz uso de soluções livres em toda a sua estrutura de funcionamento. Recentemente, passou a adotar o
coletador desenvolvido e utilizado pela Rede de Repositórios de Acceso Abierto a la Ciencia, denominado “LA Referencia”.

→ COMUT – Serviço de Comutação Bibliográfica. (AOCP 2020).

→ CCN - Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas – Fonte de informação de acesso público sobre as coleções de
publicações seriadas nacionais e estrangeiras disponíveis nas bibliotecas brasileiras e acervos automatizados. (CESPE/2018)

→ ISSN - Representante nacional da Rede.

→ SBTR – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – dedicado a microempreendedores.

→ CDU - A Classificação Decimal Universal

→ Portal do Livro Aberto - tem por objetivo reunir, divulgar e preservar as publicações oficiais em ciência, tecnologia e
inovação

→ PROSSIGA – Programa tem por objetivo promover a criação e o uso de serviços de informação na Internet voltados para
as áreas prioritárias do Governo Federal
.
→GT Bibliotecas Virtuais - Disponibiliza links de bibliotecas brasileiras, por categorias e por Estado.

→ Rede Cariniana - surgiu da necessidade de se criar no IBICT uma rede de serviços de preservação digital de documentos
eletrônicos brasileiros, com o objetivo de garantir seu acesso contínuo a longo prazo.

→ OJS - No Brasil, dentre as ferramentas desenvolvidas e mantidas pelo PKP, destaca-se o Open Journal Systems (OJS), que
foi traduzido para o português brasileiro como Serviço de Editoração Eletrônico de Revistas (SEER), pelo Instituto Brasileiro
de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Este nome foi dado durante a apresentação desta ferramenta aos usuários
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brasileiros, iniciada em 2005 pelo instituto. Desde então, o OJS tem sido amplamente utilizado no Brasil, especialmente
nas universidades, que o utilizam para criação de portais de periódicos. Em uma única instalação do OJS pode-se criar
várias revistas totalmente independentes, facilitando a gestão do sistema por parte da equipe de informática, e atendendo,
de forma simplificada, as necessidades da universidade. (BRITO et al, 2018, p.15)

Funcionalidades:
- Pode ser instalado e gerenciado localmente ou utilizado através do Periódicos em Nuvens, dando liberdade para os
editores
- Editores configuram os requisitos, seções, processo de revisão etc.
- Submissão é feita online pelos autores
- Suporte a revisão cega e duplo cega por pares
- Gerenciamento de conteúdo (site da revista)
- Indexação do conteúdo e mecanismo de busca
- Notificação por e-mail e sistema de comentários para leitores
- Sistema de ajuda online sensível ao contexto
- Suporta Acesso Aberto (recomendado) ou exclusivo para assinantes
- Diversas funcionalidades extras através de plugins

→ DSPACE – software de Repositório, traduzido e distribuído pelo IBICT.

→ SOAC – Sistema Online de Acompanhamento de Conferências.

→ VuFind - é uma ferramenta de descoberta e entrega em software livre de código aberto,

→ Biblioteca Digital Brasileira – Projeto desenvolvido pelo IBICT - A biblioteca digital assume a função de um laboratório ao
criar melhor infraestrutura para a comunicação de uma comunidade científica.

→ Diálogo Científico - É um software livre que favorece a comunicação entre pesquisadores.

→ Responde pela manutenção de bases de dados bibliográficos, que têm como produtos: "Bibliografia Brasileira de Ciência
da Informação", "Bibliografia Brasileira de Política, Ciência e Tecnologia".

→ B. Bice – Apoio e reforço às atividades de cooperação técnica em C & T e inovação entre o Brasil e a União Europeia.

→ Rede Antares – Articular instituições com potencial de informação, visando à manutenção e disponibilização de bases de
dados referenciais.

→ Sítio do Canal da Ciência – oferece diretório de links que inclui glossário, revistas e projetos educacionais.

→ RIDI (Repositório Institucional Digital do IBICT): o principal objetivo do RIDI é armazenar, preservar, divulgar, dar acesso
à produção intelectual do IBICT, proporcionando uma maior visibilidade e maximizando os impactos da pesquisa como parte
do movimento pelo Acesso Livre à informação.

→ OASISBR - O Portal brasileiro de publicações científicas em acesso aberto - oasisbr é um mecanismo de busca
multidisciplinar que permite o acesso gratuito à produção científica de autores vinculados a universidades e institutos de
pesquisa brasileiros (Revistas científicas, Bibliotecas digitais de Teses e Dissertações). Por meio do oasisbr é possível também
realizar buscas em fontes de informação portuguesas.

→ RCAAP – Portal Português, similar ao OASISBR.

→ TEMATRES - é um software livre, de código aberto, amplamente utilizado no mundo para atuar como vocabulário
controlado, desde listas de termos com estrutura simples a embriões de ontologias. O Ibict tem atuado no apoio a esse

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software, com vistas a integrá-lo a outros sistemas — como o DSpace — para bibliotecas digitais e sistemas de bibliotecas,
operando como base de autoridades.

Organizações educacionais de pesquisa


Universidades, centros ou institutos de pesquisa, bibliotecas, arquivos, museus e academias podem ser excelentes fontes de
informação, pois produzem um grande volume de documentos técnicos em suas especialidades.
→ A fonte mais tradicional para a identificação dessas organizações é o diretório The World of Learning, editado
anualmente desde 1950 pela Europa Publications®, tendo atingido em 1999 sua 49ª edição.
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Fontes de Informação - Critérios de avaliação


Principais critérios utilizados na avaliação:

→ Enciclopédia
Propósito, Alcance, Arranjo, Autoridade do editor/editora/autoria, Credibilidade, Data da publicação, Acesso, Formato físico,
Diagramação, Ilustrações, estampas e figura, Formas de atualização, Características especiais (usabilidade e pontos de
acesso, Animações e vídeos nas versões eletrônicas). (CUNHA, 2020, p. 17).

→ Dicionário
Principais critérios: Propósito da obra, Autoridade, Alcance da obra, Precisão, Arranjo, Tipos de dados incluídos, atualização,
Acesso, remissivas, índices, outras características especiais: verificar a existência de tabelas, listas de abreviaturas,
bibliografia. (CUNHA, 2020, p. 76).

→ Fontes biográficas
Propósito da obra, Alcance da fonte, arranjo, dados incluídos, acesso, formatos, atualização, precisão dos dados e
referências. (CUNHA, 2020, p. 97).

→ Fontes geográficas
Propósito, Alcance, escala e projeção, convenções cartográficas, arranjo, dados incluídos, autoridade da editora, atualização,
acesso, formato. (CUNHA, 2020, p. 127).

→ Fontes estatísticas
Propósito da obra, autoridade, alcance, arranjo, Informação que contém, Plano de amostragem, acesso, formato,
periodicidade, outras características especiais: verificar a existência de lista de abreviaturas, bibliografia.
(CUNHA, 2020, p. 151).

→ Fontes jurídicas
Propósito da obra, autoridade, alcance, arranjo, precisão, tipos de dados incluídos, atualização, Acesso: remissivas, índices,
formatos, outras características especiais: verificar se contém tabelas, listas de abreviaturas, bibliografia.
(CUNHA, 2020, p. 176).

→ Mecanismos de busca
Autoridade da fonte, Confiabilidade da instituição, Imparcialidade dos dados e Atualidade.
(CUNHA, 2020, p. 202).
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WEB
→ Rieh (2002) identificou 2 critérios, considerados como mais relevantes para avaliar a informação na web: a qualidade e
a autoridade [...] quando se trata de um vasto ambiente informacional, como é o caso da web. (TOMAÉL, 2008, p. 9).

→ Barnes e Vidgen (2004) apresentam um instrumento, denominado E-Qual, que foi desenvolvido para avaliar as
percepções do usuário em relação à qualidade de serviços eletrônicos. O instrumento permite avaliar três fatores:
usabilidade, qualidade das informações e qualidade da interação com o serviço. Embora o E-Qual seja a avaliação de
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serviços, os três fatores são passíveis de adaptação e aplicação como critérios para análise da qualidade de fontes de
informação na Internet. (TOMAÉL, 2008, p. 10).
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Escalabilidade – avalia a capacidade de crescimento do sistema por meio de adição de mais recursos (CPU, RAM etc.) para
gerenciar coleções crescentemente maiores e diversificadas de objetos digitais. Tendo em vista a perspectiva de crescimento
do repositório, este pode ser um critério crítico;

Extensibilidade – mede a capacidade do programa de integrar ferramentas externas no sentido de estender as


funcionalidades do repositório.

https://repositorio.ufba.br/bitstream/ufba/473/3/implantacao_repositorio_web.pdf

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Referência
BRITO, Ronnie Fagundes de et al. Guia do usuário do OJS 3. Brasília: IBICT, 2018.
CENDÓN, B.V. Ferramentas de busca na web. Ci. Inf., v.30, n.1. Brasília Jan./Apr. 2001.

CUNHA, M. B. da. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2008.

CUNHA, M. B. da. Manual de fontes de informação. 2.ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2020.

CUNHA, M. B. da. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos / Livros,
2016.

MUELLER, S. P. M. A ciência, o sistema de comunicação científica e a literatura científica. In: CAMPELLO, B. S.; CEDÓN, B. V.
Fontes de informação para profissionais e pesquisadores. Belo Horizonte: UFMG, 2000.

MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. A ciência, o sistema de comunicação científica e a literatura científica. In: CAMPELLO,
Bernadete Santos; CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Marguerite. (org.). Fontes de informação para
pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.

ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Brasília: Briquet de Lemos, 2002.

TOMAÉL, M. I. (org.). Fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2008.

TOMAÉL, M. I.; VALENTIN, M. L. P. (org.) Avaliação de fontes de informação na internet. Londrina: Eduel, 2004.

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CURSOS & CONCURSOS

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M11 – Gestão da Informação e do Conhecimento. Versão 09/01/23.
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INFORMAÇÃO
Para facilitar o entendimento do que venha a ser informação, Pinheiro (1997) extraiu dos escritos de vários autores os
seguintes atributos de informação:
- a informação tem o efeito de transformar ou reforçar o que é conhecido, ou julgado conhecido, por um ser humano;
- é utilizada como coadjuvante da decisão;
- é a liberdade de escolha que se tem ao selecionar uma mensagem;
- é algo necessário quando enfrentamos uma escolha (a quantidade de informação requerida depende da complexidade da
decisão a tomar);
- é matéria prima de que deriva o conhecimento;
- é trocada com o mundo exterior, e não meramente recebida;
- pode ser definida em termos de seus efeitos no receptor.
(OLIVEIRA, 2005)
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Moody e Walsh (1999), ao analisar a informação como um ativo organizacional, relaciona as seguintes leis que definem o
comportamento da informação como um bem econômico:

1ª Lei: A informação é (infinitamente) compartilhável;

2ª Lei: O valor da informação aumenta com o uso;

3ª Lei: A informação é perecível. Beal (2004, p. 25) infere que a informação perde parte do seu valor potencial à medida que
o tempo passa. Essa lei é facilmente compreendida na situação em que uma empresa tem acesso aos planos de marketing
de uma concorrente. Se essa informação for obtida com antecedência suficiente, a empresa pode adaptar suas estratégias
de marketing e de desenvolvimento de novos produtos para fazer frente à competição. À medida que o tempo passa e o
plano da concorrente vai sendo implementado, o valor da descoberta dos dados vai diminuindo, pois o potencial dessa
informação para afetar positivamente o processo decisório da organização sofre redução constante.

4ª Lei: O valor da informação aumenta com a precisão;

5ª Lei: O valor da informação aumenta quando há combinação de informações;

6ª Lei: Mais informação não é necessariamente melhor;

7ª Lei: A informação se multiplica.


(http://www.lyfreitas.com.br/ant/pdf/as%20leis%20da%20informa%C3%A7%C3%A3o.pdf).
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GESTÃO da INFORMAÇÃO
→ A gestão da informação é um conjunto de estratégias que visa identificar as necessidades informacionais, mapear os
fluxos formais de informação nos diferentes ambientes da organização, assim como sua coleta, filtragem, análise,
organização, armazenagem e disseminação, objetivando apoiar o desenvolvimento das atividades cotidianas e a tomada de
decisão no ambiente corporativo. (VALENTIM, 2004).

→ A gestão da informação apoia-se nos fluxos formais (conhecimento explícito) e a gestão do conhecimento nos fluxos
informais (conhecimento tácito). A gestão da informação trabalha no âmbito do registrado, não importando o tipo de
suporte: papel, disquete, CD-ROM, Internet, Intranet, fita, DVD etc., constituindo-se nos ativos informacionais tangíveis. A
gestão do conhecimento trabalha no âmbito do não registrado: reuniões, eventos, construção individual de conhecimento,
valores, crenças e comportamento organizacional, experiências práticas, educação corporativa, conhecimento de mundo
etc., constituindo-se nos ativos intelectuais (intangíveis). (VALENTIM, 2004).
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→ A gestão de informação define-se como a aplicação de princípios administrativos à aquisição, organização, controle,
disseminação e uso da informação para a operacionalização efetiva de organizações de todos os tipos. (WILSON, 1997), ou
como o gerenciamento de todo o ambiente informacional de uma organização (DAVENPORT, 1994, p. 84).

→ A Gestão da Informação “[…] busca explorar os recursos de informação para que a organização seja capaz de se adaptar
às mudanças do ambiente interno e externo.” (CHOO, 2003, p. 40).

→ A gestão do conhecimento tem seu foco no capital intelectual da organização. Trabalha com informações e
conhecimentos gerados pelas pessoas e que não estão consolidados em algum tipo de veículo de comunicação
(BAPTISTA; MUELLER, 2004).

→ Cada organização tem um fluxo de informação que lhe é peculiar e este fluxo é objeto importante da GI que deve mapeá-
lo, identificando pessoas, fontes de informação, tecnologia utilizada, produtos e serviços, compondo esse conjunto
estruturado de atividades relativas à forma como informação e conhecimento são obtidos, distribuídos e utilizados.

→ A gestão da informação, portanto, deve se preocupar com os documentos gerados, recebidos e utilizados para as
atividades do negócio corporativo. A gestão documental ou gestão de documentos faz parte desse processo.
(VALENTIM, 2004).
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GESTÃO DO CONHECIMENTO

→ A gestão da informação apoia-se nos fluxos formais (conhecimento explícito) e a gestão do conhecimento nos fluxos
informais (conhecimento tácito). A gestão da informação trabalha no âmbito do registrado, não importando o tipo de
suporte: papel, disquete, CD-ROM, Internet, Intranet, fita, DVD etc., constituindo-se nos ativos informacionais tangíveis. A
gestão do conhecimento trabalha no âmbito do NÃO REGISTADO: reuniões, eventos, construção individual de
conhecimento, valores, crenças e comportamento organizacional, experiências práticas, educação corporativa, conhecimento
de mundo etc., constituindo-se nos ativos intelectuais (intangíveis). (VALENTIM, 2004).

→ A gestão do conhecimento tem seu foco no capital intelectual da organização. Trabalha com informações e
conhecimentos gerados pelas pessoas e que não estão consolidados em algum tipo de veículo de comunicação.
(BAPTISTA; MUELLER, 2004).
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Para se ter maior clareza quanto aos aspectos inerentes a gestão da informação e a gestão do conhecimento, apresenta-se
um quadro que sistematiza alguns dos aspectos mais importantes:

Gestão da Informação Gestão do Conhecimento

Âmbito – Fluxos formais Âmbito – Fluxos informais

Atividades base: Atividades base:


- Identificar demandas necessidades de informação - Identificar demandas necessidades de conhecimento
- Mapear e reconhecer fluxos formais - Mapear e reconhecer fluxos informais
- Desenvolver a cultura organizacional positiva em relação - Desenvolver a cultura organizacional positiva em relação
ao compartilhamento/socialização de informação ao compartilhamento/
- Proporcionar a comunicação informacional de forma socialização de conhecimento
eficiente, utilizando tecnologias de informação e - Proporcionar a comunicação informacional de forma
comunicação eficiente, utilizando tecnologias de informação e
- Prospectar e monitorar informações comunicação
- Coletar, selecionar e filtrar informações - Criar espaços criativos dentro da corporação
- Tratar, analisar, organizar, armazenar informações, - Desenvolver competências e habilidades voltadas ao
utilizando tecnologias de informação e comunicação negócio da organização

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- Desenvolver sistemas corporativos de diferentes - Criar mecanismos de captação de conhecimento, gerado


naturezas, visando o compartilhamento e uso de por diferentes pessoas da organização
informação - Desenvolver sistemas corporativos de diferentes
- Elaborar produtos e serviços informacionais naturezas, visando o compartilhamento e uso de
- Fixar normas e padrões de sistematização da informação conhecimento
- Retroalimentar o ciclo. - Fixar normas e padrões de sistematização de
conhecimento
- Retroalimentar o ciclo.

Fonte: (VALENTIM, 2004).


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ABNT NBR 16167/20


Escopo
→ Esta norma estabelece as diretrizes para classificação, rotulação, tratamento e gestão da informação, de acordo com a
sua sensibilidade e criticidade para a organização, visando o estabelecimento de níveis adequados de proteção.

Referência normativa
→ ISO/IEC 27002/2013 – Tecnologia da informação – Técnicas de segurança – Código de prática para controles da segurança
da informação.
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→ Informação proprietária – qualquer informação criada ou recebida pela organização para efeitos de condução de seus
processos de negócios.

→ Informação não proprietária – informação que são ou podem ser genericamente conhecidas ou de domínio público,
produzidas por uma parte interessada pertinente ou pela própria organização.

→ Dado pessoal – informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável.

→ Dado pessoal sensível – dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a
sindicato, ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou vida sexual, dado genérico
ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural.

→ Classificação da Informação – Ação de definir o nível de relevância da informação, a fim de assegurar que a informação
receba um nível adequado de proteção, conforme seu valor, requisitos legais, sensibilidade, e criticidade para a organização.

→ Rotulação da informação – registro, nas informações, do nível de classificação e do grupo de acesso atribuído a essas
informações.

→ Gestão da Informação – Conjunto de ações referentes ao estabelecimento de diretrizes de tratamento e proteção da


informação, em função do seu nível de classificação, envolvendo todas as etapas do seu ciclo de vida.
→ Tratamento da Informação – toda operação realizada com a informação, incluindo a coleta, produção, recepção,
classificação, utilização, modificação, acesso, reprodução, transmissão, processamento, armazenamento, eliminação,
descarte, avaliação ou controle.

→ Ciclo de vida da informação – ciclo formado por todas as fases de tratamento da informação, desde a sua origem até a
eliminação, incluindo, mas não limitando, a coleta ou produção, recepção, utilização, acesso, reprodução, transporte,
transmissão, distribuição, processamento, modificação, arquivamento, armazenamento, descarte e eliminação.

→ Criticidade – Nível de impacto que pode advir da divulgação ou do uso indevido da informação.

→ Sensibilidade – grau de sigilo necessário para a informação.

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→ Proprietário da informação – pessoa responsável por assegurar que as informações e os ativos associados aos recursos
de processamento da informação estejam adequadamente classificados.

→ Custodiante da informação – pessoas, grupos de trabalho ou áreas delegadas pelo proprietário da informação para
cuidar da manutenção e guarda do ativo da informação no dia a dia.

→ Usuário – operador; pessoa autorizada a realizar o tratamento da informação.

→ Nível de classificação – categoria a ser definida para cada informação ou classe de informação, que estabelece a
sensibilidade da informação em termos de preservação de sua confidencialidade.

Níveis de classificação

Níveis de classificação Características básicas

Informações que podem ou devem ser divulgadas publicamente sem eu causem algum dano à
Nível 1 organização, incluindo funcionários, clientes, fornecedores ...
Ex.: informações divulgadas para mídias externas, mercado, sociedade etc.

Nível 2 Informações internas cuja divulgação pode causar pequeno constrangimento ou pequena
inconveniência operacional. Podem ser divulgadas a todos os funcionários, colaboradores...
desde que estejam comprometidos com a confidencialidade das informações.
Ex.: Normas corporativas, informações na Intranet, e campanha internas da organização.

Nível 3 Informações restritas que, quando divulgadas indevidamente, podem representar um impacto
significante a curto prazo nas operações ou nos objetivos táticos da organização.
Ex.: informações de projetos, procedimentos específicos das áreas, relatórios de desempenho
de processos, indicadores das áreas etc.

Nível 4 Informações de alto nível e sensibilidade e criticidade, cuja divulgação indevida representa um
sério impacto

São exemplos de titulação para representar os níveis de classificação que podem ser considerados pelas organizações:
1. Nível 1 – Pública, Externa.
2. Nível 2 – Interna, Uso interno.
3. Nível 3 – Restrita, Reservada, Setorial.
4. Nível 4 – Confidencial, Secreta.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Rotulação
→ Convém que todas as informações sensíveis e críticas da organização sejam rotuladas. Convém que os rótulos contenham
no mínimo o nível de classificação que foi atribuída à informação e o grupo de acesso às informações.
→ Convém que as saídas de sistemas de informação contenham o rótulo apropriado da classificação da informação. Itens que
convém que sejam considerados englobam: relatórios em tela ou impressos, telas de sistema de informação, mensagens
eletrônicas, transferência de arquivo.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Gestão da Informação
→ é o objetivo final do processo. Por meio da gestão adequada da classificação das informações, os controles e a proteção
adequadas são providos, visando assegurar sua confidencialidade, integridade e disponibilidade.

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→ Para viabilizar este processo, convém que sejam identificados os cenários de fluxo de informações que ocorrem no dia a dia
das organizações e, para cada cenário, convém que sejam estabelecidas as diretrizes básicas de gestão e tratamento em
função do nível de classificação da informação.
→ Convém que os cenários estejam baseados em todas as formas de tratamento da informação. Estes cenários e respectivas
diretrizes formam o “senso comum” para a gestão da informação, de modo que, independente de pessoas e áreas, o
tratamento seja o mesmo para as diversas situações.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tratamento e manuseio das informações
→ Convém que, no tratamento e manuseio das informações, sejam consideradas medidas de segurança proporcionais ao
nível de classificação.
→ Convém que o compartilhamento de informações seja monitorado por ferramentas de proteção específicas, com recursos
para identificar e bloquear o tráfego de informações que esteja em desacordo com as normas da organização.
→ Convém que as informações com nível de classificação 3 e 4 tenham seu tratamento, levando em consideração seu grau de
sensibilidade específico, incluindo seu armazenamento, manuseio, transporte, compartilhamento e descarte. Convém que
essas informações sejam armazenadas em locais seguros, com controles de acesso e registros passiveis dle identificação dos
acessos, como em cofres ou armários e gavetas com chave, em locais de acesso físico controlado e com monitoração por
CFTV.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A primeira edição da NBR 16.167 foi em 2013 e a Lei 13.709 em 2018 (lei geral de proteção de dados pessoais - LGPD); em
2020 foi lançada pela ABNT a segunda edição da NBR16.667 que foi tecnicamente revisada.
Para um melhor entendimento elaboramos uma tabela de alguns pontos similares:

Termo Lei 13.709 NBR 16.667


Escopo Art. 1º Dispõe sobre o tratamento de dados Estabelece diretrizes para classificação,
pessoais, inclusive nos meios digitais, por rotulação, tratamento e gestão da informação,
pessoa natural ou por pessoa jurídica de de acordo com a sua sensibilidade e criticidade
direito público ou privado, com o objetivo de para a organização, visando o estabelecimento
proteger os direitos fundamentais de de níveis adequados de proteção. (p. 1).
liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural.

Dado pessoal sensível Art. 5° I- Dado pessoal sobre origem racial ou Dado pessoal sobre origem racial ou étnica,
étnica, convicção religiosa, opinião política, convicção religiosa, opinião política, filiação a
filiação a sindicato ou a organização de sindicato ou organização de caráter religioso,
caráter religioso, filosófico ou político, dado filósofo ou político, dado referente a saúde ou
referente à saúde ou à vida sexual, dado vida sexual, dado genérico ou biométrico,
genético ou biométrico, quando vinculado a quando vinculado a uma pessoa natural. (p. 1).
uma pessoa natural.
Tratamento dos Dados Art. 5° X-Toda operação realizada com dados Tratamento e manuseio das informações,
pessoais, como as que se referem a coleta, sejam consideradas medidas de segurança
produção, recepção, classificação, utilização, proporcionais ao nível de classificação. (p. 9).
acesso, reprodução, transmissão,
distribuição, processamento, arquivamento,
armazenamento, eliminação, avaliação ou
controle da informação, modificação,
comunicação, transferência, difusão ou
extração.

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Compartilhamento de Art. 5° XI-Comunicação, difusão, transferência Convém que o compartilhamento de


dados internacional, interconexão de dados pessoais informações seja monitorado por ferramentas
ou tratamento compartilhado de bancos de de proteção específicas, com recursos para
dados pessoais por órgãos e entidades identificar e bloquear o tráfego de informações
públicos no cumprimento de suas que esteja em desacordo com as normas da
competências legais, ou entre esses e entes organização. (p. 9).
privados, reciprocamente, com autorização
específica, para uma ou mais modalidades de
tratamento permitidas por esses entes
públicos, ou entre entes privados.

Nível de proteção Art. 34° dados do país estrangeiro ou do Não menciona país estrangeiro.
organismo internacional [...]. Descreve e dá exemplos para representar os
níveis de classificação das informações, que
podem ser considerados pelas organizações:
Nível 1 – Publica, Externa.
Nível 2 – Interna, Uso Interno.
Nível 3 – Restrita, reservada, setorial.
Nível 4 – Confidencial, Secreta.

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Referências

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AMARAL, Sueli Angélica do. Marketing da informação: abordagem inovadora para entender o mercado e o negócio da
informação. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 40 n. 1, p. 85-98, jan./abr., 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0100-1965&lng=en&nrm=iso

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 16167: segurança da informação: diretrizes para classificação,
rotulação, tratamento e gestão da informação. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

BARRETO, Aldo de Albuquerque. Mudança estrutural no fluxo do conhecimento: a comunicação eletrônica. Ci. Inf., Brasília, v.
27, n. 2, p. 122-127, maio/ago. 1998.

BRASIL. Lei 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei geral de proteção de dados pessoas (LGPD). Disponível em:
www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 dez. 2020.

INOMATA, Danielly Oliveira; ARAÚJO, Wánderson Cássio Oliveira; VALVAKIS, Gregório. Fluxos de informação na perspectiva
organizacional. Inf. Inf., Londrina, v. 20, n. 3, p. 203 - 228, set./dez. 2015. http:www.uel.br/revistas/informacao/

KOBASHI, Nair Yumiko. Elaboração de informações documentais: em busca de uma metodologia. Tese (Doutorado em Ciência
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LE COADIC, Y. F. A Ciência da Informação. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2004.

LEITE, Fernando César Lima. Como gerenciar e ampliar a visibilidade da informação científica brasileira: repositórios
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MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
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OLIVEIRA, Marilene de (coord.). Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de atuação. Belo
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SÁ, Alzira Tude. Uma abordagem matemática da informação: a teoria de Shannon e Weaver: possíveis leituras. Logeion:
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VALENTIM Marta Ligia Pomim. Gestão da informação e do conhecimento: especificidades e convergências.


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2007.

VERGUEIRO, Waldomiro; VALLS, Valéria Martin. (org.). Tendências contemporâneas na gestão da informação. São Paulo: Ed.
Sociologia e Política, 2011.

TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Criação do conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

https://blog.scielo.org/blog/2016/03/16/principios-orientadores-fair-publicados-em-periodico-do-nature-publishing-
group/#.XkrxzChKjIU

https://publicient.hypotheses.org/1456

https://publicient.hypotheses.org/tag/dados-abertos-de-pesquisa

7
CURSOS & CONCURSOS

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M12 – Vigilância algorítmica e bolhas informacionais. Versão 20/01/23.
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Algoritmo como “um plano de ação pré-definido a ser seguido pelo computador, de maneira que a realização contínua de
pequenas tarefas simples possibilitará a realização da tarefa solicitada sem novo dispêndio de trabalho humano.”
(VALENTINI, 2017, p. 43).
Exemplo o algoritmo do Facebook. Ao criar uma conta no site, o usuário deve, inicialmente, relatar seus interesses em
filmes, música, jogos, times de futebol etc. Com isso, passa a curtir páginas referentes aos seus gostos. Com o tempo, o
algoritmo é configurado a partir das curtidas realizadas pelo usuário em seu feed de notícias. Dessa forma, é instaurado o
filtro bolha.

O filtro bolha funciona com base na mineração de dados, que é o processo de examinar grandes quantidades de dados para
encontrar padrões de preferência dos usuários. Com isso, as empresas conseguem evidenciar tendências de comportamento
dos usuários das mídias sociais. Essa grande quantidade de dados é denominada Big Data, que consiste na análise de um
grande volume de dados dos usuários e no principal modelo de negócios das grandes empresas de tecnologia atuais.
(PEDROSA; BARACHO JÚNIOR, 2021).
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Vigilância algorítmica
Google, Facebook, Amazon, Netflix, Spotify: é cada vez mais comum encontrarmos na internet plataformas digitais que
operam dentro da lógica da “cultura algorítmica”, monitorando, analisando e filtrando um grande volume de dados
(conhecido como big data) com o objetivo de oferecer uma experiência de navegação cada vez mais personalizada para seus
usuários. (BEZERRA, 2017, p. 70).

Nas últimas décadas, muitos pesquisadores da área da Ciência da Informação (CI) têm direcionado olhares investigativos
para as estruturas por onde circulam as informações na nossa sociedade, destacando os aspectos sociais que condicionam
não apenas a circulação, mas também a produção, o acesso e o consumo de tais informações. (BEZERRA, 2017, p. 70).

[...] quando pensamos sobre os fluxos de informação que giram em torno de nós, sejam culturais, acadêmicos, financeiros,
industriais, comerciais, institucionais ou seus muitos híbridos, percebemos que eles têm formas e estruturas específicas.
Vamos, portanto, chamar qualquer sistema ou rede mais ou menos estável em que a informação flui através de canais
determinados de produtores específicos, via estruturas organizacionais específicas, para consumidores ou usuários
específicos, de regime de informação. (FROHMANN, 1995)

Vigilância nas redes digitais


O monitoramento desses dados não é algo que disponha de uma neutralidade, ou que possua uma finalidade específica. A
compreensão da vigilância digital só é alcançada com base na sua efetiva operacionalização, e esta é utilizada não apenas
para fins de publicidade, mas também para fins políticos.
(BEZERRA, 2017, p. 76).

[...] a vigilância nas redes digitais é exercida de forma distribuída, ou seja, incorporada em diversos dispositivos, serviços e
ambientes que usamos cotidianamente, mas que se exerce de modo descentralizado, não hierárquico e com uma
diversidade de propósitos, funções e significações nos mais diferentes setores (BRUNO, 2013).
BEZERRA, 2017, p. 77)

No ambiente digital, privacidade, assim como invasões de privacidade, é na verdade uma questão matemática. Aqueles que
estão vigiando usam algoritmos para discernir padrões e relações pessoais que, por sua vez identificam alvos observacionais
específicos, e os algoritmos são utilizados novamente para rastrear todas as atividades, transações e comunicações de
indivíduos, uma vez identificadas como de interesse. Os esforços para iludir o panspectron, então, também devem ser
matemáticos, seja isso feito digitalmente (através, por exemplo, da criptografia ou de técnicas de anonimato) ou
comportamental (mediante agir de uma maneira em que o que se faz não seja perceptível pelos algoritmos usados para
finalidades de rastreamento e reconhecimento de padrões) (BRAMAN, 2006). (BEZERRA, 2017, p. 78).

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Bolhas informacionais
A popularização de Sites de Redes Sociais (SRS), no âmbito do uso comercial da internet, oportunizou a expansão de redes,
em que pessoas com opiniões ou interesses em comum se auto agrupam constituindo-se em comunidades virtuais. É nesse
ecossistema, tendo como pano de fundo as particularidades inerentes à ampla interatividade, à curadoria algorítmica e às
fracas estruturas de gerenciamento de identidade admitidas pelos Sites de Redes Sociais (SRS), que peças desinformativas
são amplificadas atingindo escala considerável.
[...] pessoas que pensam em comum são expostas com maior frequência a informações que reforçam seus vieses cognitivos,
sejam estas informações genuínas ou desinformação, originando bolhas de (des)informação.
[...] o Twitter como arena de análise neste estudo justifica-se por mais dois motivos:
o primeiro, por ter se tornado um canal de comunicação comum entre figuras políticas e o público, sendo o conteúdo
político parte majoritária das discussões da plataforma (HUSZÁR et al., 2021; GIGER et al., 2021).
O segundo, por concentrar milhões de usuários ativos em um amplo espectro de audiência, sendo o Brasil o quinto país no
ranking dos países com maior número de usuários, concentrando até outubro de 2021, pouco mais de 19 milhões de
usuários ativos, atrás apenas dos Estados Unidos da América, Japão e Índia (STATISTA, 2021).
(SANTOS; SANTOS, 2021, p. 2-3)
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Visibilidade
De marcadores e indexadores a agregadores de tópicos de conversação no ciberespaço, precedidas pelo símbolo “#”,
hashtags podem ser utilizadas para aumentar a visibilidade e o poder simbólico das informações (WANG; LIU; GAO, 2016).

Ao extrapolar a condição inicial de mero monitoramento midiático, hashtags tornaram-se “recursos semióticos importantes
na representação de posicionamentos comuns” (BICALHO, 2019, p. 25). Nesta arena, Recuero e Araújo (2012) identificam
dois tipos de hashtags: orgânica e artificial, sendo a primeira, criada a partir de uma pauta individual, sem esforço de
coordenação, e a segunda, parte de uma ação coletiva impulsionada intencionalmente para atingir os trending topics e
ganhar visibilidade.

[...] uma vez que as hashtags podem assumir diferentes papéis e funções nas mídias sociais. Jakobson (1960) explicita que
para que o processo de comunicação ocorra são necessários seis elementos, cujas funções de linguagens estão a eles
atrelados:
(a) contexto;
(b) remetente;
(c) destinatário;
(d) canal;
(e) código e
(f) mensagem.

Assim, para a categorização das funções das hashtags foram consideradas as seis funções do modelo:
(a) Referencial: seu enunciado centra-se no contexto, possuindo sobretudo uma função informativa objetiva;
(b) Emotiva: expressa a subjetividade, opiniões, pensamentos e sentimentos do emissor;
(c) Conativa: seu enunciado centra-se no receptor da mensagem, com vistas a influenciar ou chamar atenção;
(d) Fática: seu enunciado centra-se no canal, com vistas à verificação do funcionamento correto do canal de comunicação;
(e) Metalinguística: centra-se no código do enunciado para explicar o próprio código;
(f) Poética: o enunciado centra-se na própria mensagem
(SANTOS; SANTOS, 2021, p. 14-15)
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Em uma comparação com o uso de hashtags nos tweets, apesar das diferentes funções, notou-se que o compartilhamento
de URL é um recurso mais utilizado do que as hashtags.
Tipos das informações compartilhadas nesses URLs:
(a) Notícias genuínas: “reportagens verdadeiras [...] veículos [...] bem estabelecidos (por exemplo, www.nytimes.com,
www.bbc.co.uk, www.cbc.ca) ou blogs de jornalistas cidadãos respeitáveis com uma reputação estabelecida.

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(b) Notícias fabricadas: “reportagens fraudulentas” […], a imprensa marrom e os tablóides apresentam um amplo espectro
de notícias não verificadas e usam manchetes atraentes (“caça-cliques”), exageros, escândalos ou sensacionalismo para
aumentar o tráfego ou os lucros”
(c)Embustes: “fabricação deliberada ou falsificação na grande maioria das mídias sociais. Tentativas de enganar o público
disfarçadas de notícias, e podem ser coletadas e erroneamente validadas pelos meios de comunicação tradicionais.
(SANTOS; SANTOS, 2021, p. 17).
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Referências
BEZERRA, Arthur Coelho. Vigilância e cultura algorítmica no novo regime global de mediação da informação. Perspectivas
em Ciência da Informação, v.22, n.4, p.68-81, out./dez. 2017.
BRAMAN, S. Tactical memory: the politics of openness in the construction of memory. First Monday, Chicago, v. 11, n. 7,
2006.
BRUNO, F. Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2013.
FROHMANN, B. Taking information policy beyond information science: applying the actor network theory for
connectedness: information, systems, people, organizations. In: ANNUAL CONFERENCE CANADIAN ASSOCIATION FOR
INFORMATION SCIENCE, 23., 1995.
PEDROSA, Clara Bonaparte; BARACHO JÚNIOR, José Alfredo de Oliveira. Algoritmos, bolha informacional e mídias sociais:
desafios para as eleições na era da sociedade da informação. Revista Thesis Juris – RTJ, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 148-164,
jan./jun. 2021.
SANTOS, KAREN; SANTOS, R. N. M, dos. Da personalização algorítmica às guerras informacionais: a dinâmica das bolhas de
(des) informação em torno do sai 7 de setembro de 2021. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da
informação, Florianópolis, v. 27, p. 01-26, 2022.

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CURSOS & CONCURSOS

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M13 – Desinformação e pós-verdade. Versão 20/01/23.
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Desinformação
Na acepção de Demo (2000), não há como se dissociar totalmente da desinformação ao tratar-se da informação, visto que
“[...] desinformar faz parte da informação, assim como a sombra faz parte da luz. Trata-se do mesmo fenômeno, apenas
com sinais inversos.” (DEMO, 2000, p. 39). No que tange à desinformação, de acordo com o verbete do Dicionário On Line
de Português, designa “[...] ação ou efeito de desinformar; informação inverídica ou errada que é divulgada com o objetivo
de induzir em erro; falta de conhecimento ou ignorância [...]”. (MELLO; MARTÍNEZ-ÁVILA, 2021, p. 117). (CEV-URCA 2021).

Nehmy e Paim (1998) afirmam que no contexto da CI, a desinformação tem duplo aspecto - o da má fé na divulgação de
notícias falsas, e o da ausência de competência em informação para acesso e uso que satisfaça a necessidade informacional
do usuário. Fato que, segundo os autores, limita a aquisição de novos conhecimentos e a atuação reflexiva das pessoas no
seio social. (MELLO; MARTÍNEZ-ÁVILA, 2021, p. 118).

No contexto brasileiro, Aquino (2007, p.12) evidencia que “[...] no Brasil, as múltiplas interações que os sujeitos mantêm
com o mundo e com os outros sujeitos mostram que eles estão, quase sempre, submetidos à desinformação ou pouca
informação.” Desta forma, em certo sentido, as desinformações seriam um projeto político-ideológico de dominação de
uma oligarquia, “[...] em que tanto as redes digitais, quanto veículos de comunicação tradicionais seriam empregados para
difundir prioritariamente tudo àquilo que confunde e desarma.” (PINHEIRO; BRITO, 2014, p. 2).

Wardle e Derakhshan (2017) constatando que o termo fake news é vazio para expressar toda a dimensão da desordem
informacional, propõe [...] uma nova organização teórica para examinar a desordem da informação, identificando-a em três
aspectos diferentes: a) má informação; b) desinformação; c) mal-informação. (GUARALDO et. al, 2019).

Desordem Informacional e sua estrutura conceitual

Tipos Conceito Descrição


Má informação É quando uma informação falsa é Distorce fatos e acabam se assemelhando a boatos, não possuem um
compartilhada, mas os danos não objetivo específico nem visam atingir uma determinada população. São
são significativos. disseminadas por pessoas comuns que muitas vezes a fazem por inocência.
Desinformação É quando informações falsas são Distorce fatos para prejudicar uma ou mais pessoas. Essa manipulação ou
conscientemente compartilhadas mesmo alteração da realidade é divulgada através de anúncios nas redes
para causar danos. sociais e consegue atingir uma parcela considerável da população.
Mal-informação É quando uma informação genuína Distorce fatos para prejudicar uma determinada pessoa, tendo como
é compartilhada para causar principal objetivo a vingança contra alguém, divulgando conteúdo íntimo
danos, frequentemente move que cause constrangimento e humilhação.
informações destinadas a
permanecerem privadas na esfera
pública.
Fonte: (GUARALDO et al.,2019), baseado em Wardle e Derakhshan (2017).

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Pós-verdade
O termo tomou visibilidade, a partir de 2016, quando The Oxford English Dictionary classificou a palavra pós-verdade como a
palavra do ano, a fim de explicar os acontecimentos do mundo naquele contexto, ligados à teoria social e política do
Ocidente (FULLER, 2018).
Pós-verdade é a circunstância em que a opinião das pessoas é formulada não por meio de fatos objetivos, em análise
crítica ou reflexões, mas sobretudo é fundamentada mais nas crenças pessoais (SAFATLE, 2018).
[...] quando a personalidade não é marcada pela capacidade reflexiva, permitindo a dúvida, há a propensão de pensar que
seus posicionamentos são sempre verdadeiros. Une-se a este fator a descredibilidade das instituições tradicionais, como as
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políticas e as científicas representadas pelo Estado (SANTAELLA, 2019). Neste cenário, não é difícil ver pessoas acreditando
que inexiste o efeito estufa, que a Terra é plana, que as vacinas matam, ou que aCovid-19 é uma gripe corriqueira.
O conceito de pós-verdade tem sido confundido com o de mentira. Contudo, é muito mais do que isso, porque pressupõe
a perda do vínculo com o real, o factual, passando a compreender que o conteúdo presente na rede é verdadeiro. Ao
acessar as informações da internet, principalmente as redes sociais, acredita-se naquilo que diz respeito ao universo do qual
se faz arte, pois na seleção da notícia há um pressuposto de afetividade e identidade (DUNKER, 2018).

Informações que chegam por meio de pessoas queridas, que se confia ou se admira, tendem a ser mais aceitas sem se
checar as fontes (DUNKER, 2018). No entanto, é importante manter o tom cético da dúvida. Toda a informação traz em si
uma consequência, seja positiva ou negativa. A informação que a pessoa detém em dado momento pode fazê-la agir de um
modo ou outro. Por isso, é que a atenção às fontes de informação e a posição crítica é sempre importante, principalmente
quando tendem a reforçar o que já se acredita.

Ante o grande fluxo informacional, existe uma tendência do indivíduo em não filtrar as informações, analisando se é
certa ou errada, não checando a fonte. Acredita-se naquilo que convém. (GILEAD; SELA; MARIL, 2018).
(MELLO; MARTÍNEZ-ÁVILA, 2021, p. 115).

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Referência
MELLO, M. R. G. de.; MARTÍNEZ-ÁVILA, Desinformação, verdade e pós-verdade: reflexões epistemológicas e contribuições
de Piaget. LOGEION: Filosofia da informação, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 108-127, mar./ago. 2021.
SERAFIM, L. A.; FREIRE, G. H. de A. Incompetências em informação: o caso da conveniência na busca por informação. Em
Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 36-59, mai/ago. 2016.

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CURSOS & CONCURSOS

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M14 - Representação e Tratamento da Informação: análise documentária e linguagens documentárias; representação
descritiva e temática – códigos e linguagens: AACR2, RDA; CDD e CDU. Versão 24/01/23.
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Análise documentária
→ De acordo com Gardin (1981) apud Alcaide et al. (2001) a análise documentária pode ser definida como um conjunto de
procedimentos destinados expressar os conteúdos dos documentos de forma que facilite a recuperação da informação.

→ Para Ruiz (1992) apud Guimarães (2003) a análise documentária pode ser conceituada como: “conjunto de operações
necessárias para a extração da informação contida nas fontes primárias de modo a prepará-la para sua posterior
recuperação e utilização”.

→ Para Guimarães (2003) a análise documentária se divide em duas etapas:


Etapa analítica – se subdivide em dois momentos: leitura técnica e identificação de conceitos.
Etapa sintética - se subdivide em três momentos: seleção de conceitos, condensação documentária (resumo), representação
documentária (tradução em linguagem de indexação).
(ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 28).

→ A síntese e a representação documentárias advindas do processo de análise podem apresentar-se, geralmente, sob
duas formas: o resumo, que é feito sem a intermediação uma LD e o índice, que, para maior qualidade, deve ser elaborado
a partir de uma linguagem documentária. (CINTRA et al, 2002, p. 39).

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Linguagens documentárias
→ Uma linguagem documentária é um conjunto de elementos utilizados para catalogar conteúdos de materiais de
qualquer natureza, inclusive os objetos digitais. (CINTRA et al., 2002, p. 33).

→ [...] linguagens são, pois, construídas para indexação, armazenamento e recuperação da informação e correspondem a
sistemas de símbolos, destinadas a "traduzir" os conteúdos dos documentos.
(CINTRA et al., 2002, p. 33).

Também conhecida como linguagem de indexação, é um conjunto controlado de termos dotados de regras sintáticas e
semânticas, cujo objetivo é a representação de conceitos significativos dos assuntos dos documentos durante a indexação e
durante a busca na representação do assunto de interesse do usuário: formada de vocabulário e sintaxe:
Vocabulário – refere-se à relação dos descritores;
Sintaxe – regras utilizadas para combinação dos descritores.
(BOCCATO, 2011, p. 36)
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→ Linguagens controladas de indexação baseadas em assuntos: linguagens alfabéticas de indexação e sistemas de
classificação.
Nas linguagens alfabéticas de indexação, como os tesauros e listas de cabeçalhos de assuntos, os termos que correspondem
aos assuntos são os nomes dos assuntos postos em ordem alfabética. Exerce-se controle sobre os termos a serem usados e
se indicam as relações entre termos, mas os próprios termos são palavras usuais. Nos sistemas de classificação cada
assunto é representado por um código ou notação. Eles têm como principal finalidade localizar os assuntos dentro de uma
estrutura que cristaliza as relações que eles mantêm entre si.
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→ Funções - as funções desempenhadas pelas linguagens documentárias caracterizadas pelo conteúdo e pelo uso.
A função de conteúdo - refere-se aos conceitos identificados e selecionados no momento da análise de assunto para
representação;
A função de uso - diz respeito à representação das perguntas formuladas pelos usuários, por meio dos termos da linguagem
documentária adotada pelo sistema para elaboração da estratégia de busca (BOCCATO, 2008).
(BOCCATO, 2011, p. 11).
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Funções das linguagens documentárias:


→ Recuperar documentos cm conteúdos semelhantes;
→ Recuperar documentos relevantes sobre o mesmo assunto;
→ Recuperar documentos por grandes áreas de assunto;
→ Possibilitar a conversão dos termos de indexação entre diferentes linguagens;
→ Auxiliar na escolha do termo adequado para a estratégia de busca;
→ Representar o assunto de maneira consistente;
→ Permitir a compatibilidade e diálogo entre a linguagem do indexador e a do pesquisador.
(BOCCATO, 2011, p. 20).
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→ Objetivos Fundamentais das LD’s:
Normalização – caráter regulador, observado nas relações hierárquicas (TG/TE);
Indução – quando necessário o estabelecimento de equivalência (UP) que ocasionam indução sobre a significação dos
termos.
Relações entre conceitos:
→ lógica: relação hierárquica incluindo termos genéricos e termos específicos.
→ ontológica: relações partitivas e associativas.

Relação entre termos


Esta relação se dá no plano da língua:
→ a relação de equivalência (sinonímia), e
→ a relação de denominação.
(BOCCATO, 2011, p. 12)
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→ A estrutura básica de uma LD é dada por relações hierárquicas, que podem ser genéricas, específicas ou partitivas. O
vértice de cada hierarquia é o gênero ou o todo. As subdivisões sucessivas na hierarquia constituem as espécies e/ou as
partes, que podem, novamente, se subdividir. As relações hierárquicas proveem as unidades superordenadas e, as unidades
subordinadas. Unidades subordinadas no mesmo vértice, quando no mesmo nível de cadeia denominam-se coordenadas
[...] nos sistemas de classificação bibliográfica, a estrutura hierárquica é dada pela notação decimal, no caso da CDD e CDU.
(CINTRA et al, 2002, p. 44).

→ A ligação lógico-hierárquicaentre descritores é, no caso dos tesauros, mais clara, uma vez que é identificada pelos códigos
TG (Termo genérico ou temo geral), TE (termo específico) [...]. (CINTRA et al, 2002, p. 45).

→ A relação não-hierárquica são, normalmente, denominadas associativas [...] expressam um genero de proximidade entre
os termos. (CINTRA et al, 2002, p. 45).
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→ Elementos básicos das LD’s (GARDIN et al, 1968):entre os descritores:
1 – Léxico – lista de termos descritores;
2 – Rede paradigmática – traduz relações essenciais e estáveis entre descritores;
3 – Rede sintagmática – expressa relações contingentes entre os descritores, válidas no contexto particular onde aparecem.

Esses elementos básicos são formadores das linguagens documentárias e propiciam um relacionamento entre os termos,
denominados como relações lógico-semânticas. [...] a partir dessas relações de termos claros e bem definidos, é permitido
uma representação adequada para a recuperação da informação.

O componente principal da linguagem é o signo em forma de palavra. O que torna possível a existência de uma linguagem é
o fato de os signos adquirirem valor semântico por meio da normalização e das regras morfossintáticas que as articulam.

O principal objetivo da LD é assegurar o controle de vocabulário para assuntos gerais e específicos por meio do
estabelecimento de um conceito ou interpretação, definindo termos de acordo com as necessidades de uso do sistema.
(BOCCATO, 2011, p. 12-16, 39-40). (CINTRA, et al, 2002, p. 35).

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→ Tipologia das LD’s


As LDs mais conhecidas são os tesauros e os sistemas de classificação bibliográficas [...] os tesauros, por seu lado,
originaram-se de classificações facetadas com uma preocupação adicional: a do controle do vocabulário.
(GOMES, 1990, apud CINTRA et al, 2002, p. 40).

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Representação descritiva e temática
→ Catalogação / Representação Descritiva – conjunto de informações que simbolizam o um registro do conhecimento.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 7).

→ Segundo Mey e Silveira (2009, p. 94) “A descrição bibliográfica, também chamada catalogação descritiva, é parte
responsável pela caracterização do recurso bibliográfico. À descrição cabe extrair diretamente do recurso bibliográfico
todas as informações de interesse para o usuário, que individualizem o recurso bibliográfico, tornando-o único entre os
demais [...]”. Descrição bibliográfica é a representação sintética e codificada das características de um item, de forma a
torná-lo único entre os demais.
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→ Cabeçalho - É a forma padronizada para um nome de pessoa, entidade, título ou assunto. (MEY, 2003, p. 3).

→ Pontos de acesso - É um nome, termo, título ou expressão, pelo qual o usuário pode procurar e encontrar, ou acessar,
a representação bibliográfica de recurso, ou o próprio recurso eletrônico de acesso remoto.
Pontos de acesso em catálogos manuais: de responsabilidade, de título (incluindo o título da série) e de assunto. Pontos de
acesso em catálogos automatizados: além dos três citados acima, datas, idiomas, editores, país de publicação, suporte de
recurso etc.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 145, 148)
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Partes da catalogação
→ A catalogação compreende três partes: descrição bibliográfica, pontos de acesso e dados de localização. Estas partes se
ligam ao fato de que a catalogação deve individualizar os recursos bibliográficos, de forma a que não sejam confundidos
entre si; reunir recursos bibliográfico específico em um acervo determinado (MEY, 2009).
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→ Formato bibliográfico - A sequência padronizada e a maneira de apresentação de elementos de dados que constituem a
descrição completa de um item em um sistema de informação, catalogação e indexação que permite a leitura e intercâmbio
de registros. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008).

→ ISBD – te, como principal objetivo de fornecer consistência ao compartilhar informações bibliográficas, a ISBD é o
padrão que determina os elementos de dados a serem gravados ou transcritos em uma sequência específica como base
da descrição do recurso que está sendo catalogado e, para isso, faz uso de pontuação prescrita como um meio de
reconhecer e exibir elementos de dados e torná-los compreensíveis independentemente da linguagem da descrição.
(INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS, 2011).
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AACR2
→ O AACR2 está dividido em duas partes:
a) Parte I: Descrição – contém regras para a descrição bibliográfica de diferentes tipos de recursos informacionais
(livros, mapas, manuscritos, partituras, gravações de som, gravações de vídeo etc.);
b) Parte II: Cabeçalhos, títulos uniformes e remissivas – contém regras para a escolha e para a criação dos pontos de
acesso autorizados de responsabilidade e de títulos; possui também regras para a criação de remissivas.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 106).
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→ Parte I - Tabela de Descrição Bibliográfica (Mnemônico – LIMAMA MUGRAFI)
Cap. 1 – Regras gerais para descrição
Cap. 2 - Livros, folhetos e folhas impressas.
Cap. 3 – Materiais Cartográficos
Cap. 4 – Manuscritos (incluindo coleções manuscritas)
Cap. 5 - Músicas

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Cap. 6 – Gravações de som


Cap. 7 – Filmes cinematográficos e gravações de vídeos.
Cap. 8 – Materiais gráficos
Cap. 9 – Recursos eletrônicos
Cap. 10 – Artefatos tridimensionais
Cap. 11 – Microformas
Cap. 12 – Recursos contínuos – publicação seriada
Cap. 13 – Analítica

→ Parte II - Cabeçalhos, títulos uniformes e remissivas


Cap. 21 – Escolha dos pontos de acesso
Cap. 22 – Cabeçalhos para pessoas Capítulo
Cap. 23 – Nomes geográficos
Cap. 24 – Cabeçalhos para entidades
Cap. 25 – Títulos uniformes
Cap. 26 – Remissivas

Apêndices
Apêndice A – Uso de maiúsculas
Apêndice B – Abreviaturas
Apêndice C – Numerais
Apêndice D – Glossário
Apêndice E – Artigos iniciais
Apêndice à edição brasileira
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 106).
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Princípios da IFLA
Os princípios regem a criação e o desenvolvimento de códigos de catalogação, as decisões que tomam os catalogadores e
as políticas sobre o acesso e intercâmbio de dados. De todos os princípios, o principal deles é o Interesse do usuário,
enquanto os princípios 2.2 até 2.13 não estão em nenhuma ordem particular.

1. Interesse do usuário. Interesse significa que se deve fazer todos os esforços para manter todos os dados compreensíveis
e adequados para os usuários. A palavra “usuário” compreende a qualquer indivíduo que busque no catálogo e utilize os
dados bibliográficos e/ou de autoridades. As decisões referentes a criação das descrições e as formas controladas dos
nomes para os acessos, devem ser decididas tendo em mente o usuário.

2. Uso comum. O vocabulário utilizado nas descrições e pontos de acesso devem estar em concordância com a maioria dos
usuários. (FGV 2021)

3. Representação. Uma descrição deve representar o recurso tal como aparece. As formas controladas dos nomes de
pessoas, entidades coletivas e famílias devem se basear na maneira como estas entidades se autodenominam. As formas
controladas dos títulos de obras devem se basear na forma com que aparece na primeira manifestação da expressão
original. Se isso não for possível, deve-se usar a forma comumente utilizada nas fontes de consulta. (FGV 2018)

4. Precisão. Os dados bibliográficos e de autoridades devem ser uma representação exata da entidade descrita.

5. Suficiência e necessidade. Se deverá incluir os elementos dos dados requeridos para: facilitar o acesso para todos os tipos
de usuários, incluindo aqueles com necessidades específicas; cumprir os objetivos e funções do catálogo e descrever ou
identificar entidades.

6. Significação. Os elementos dos dados devem ser relevantes para a descrição, dignos de menção e permitir a
diferenciação entre entidades.

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7. Economia. Quando existem diferentes vias para conseguir um objetivo, deve-se preferir o meio que melhor favoreça a
total conveniência e sentido prático (isto é, o menor custo e implementação mais simples).

8. Coerência e normalização. Devem-se normalizar as descrições e a criação de pontos de acesso até ao ponto em que seja
possível para possibilitar a coerência.

9. Integração. As descrições para todo o tipo de recursos e formas controladas dos nomes de qualquer tipo de entidade
deverão se basear o máximo possível em um conjunto de regras comum.

10. Interoperabilidade. Deve-se fazer todos os esforços possíveis para assegurar o intercâmbio e a reutilização dos dados
bibliográficos e de autoridade dentro e fora da comunidade bibliotecária. É extremamente recomendável o uso de
vocabulários que facilitem a tradução automática e a desambiguação, para o intercâmbio de dados e ferramentas de
descoberta.

11. Abertura. As restrições aos dados devem ser mínimas a fim de fomentar a transparência e cumprir com os princípios de
acesso aberto, como também é manifestado na Declaração da IFLA sobre o acesso aberto6 . Qualquer restrição de acesso
aos dados deve ser declarada explicitamente.

12. Acessibilidade. O acesso aos dados bibliográficos e de autoridade, assim como as funcionalidades dos dispositivos de
busca, devem cumprir as normas internacionais de acessibilidade, como se recomenda no Código de ética de la IFLA para
bibliotecarios y otros trabajadores de la información.

13. Racionalidade. As regras de um código de catalogação deverão ser defendíveis e não arbitrarias. Se, em situações
específicas, não é possível respeitar todos os princípios, então se deverá adotar uma solução prática e defendível e se
deverá explicar as razões.
(IFLA, 2016)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regras
1.0F. Incorreções
1.0F1. Em uma área onde for necessária a transcrição do item, transcreva uma incorreção ou uma palavra com grafia
errada tal como aparece no item. Coloque [sic] ou a abreviatura i.e. logo depois da palavra incorreta, seguida da correção
entre colchetes. Coloque entre colchetes a letra ou letras que estiverem faltando.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.1B1
Se o título principal, dado na fonte principal de informação, incluir símbolos que não possam ser reproduzidos com os
recursos tipográficos disponíveis, substitua-os por uma descrição redigida pelo catalogador, entre colchetes. Faça uma nota
explicativa se necessário. (FUNDATEC 2019)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regra 1.1B4 do AACR2: Título principal muito longo pode ser abreviado por meio de reticências, desde que sejam
conservadas as suas cinco primeiras palavras, excluindo o título alternativo, sem comprometer a sua identificação.
(FUNDATEC 2019)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.2B. Indicação de edição
1.2B1. Transcreva a indicação de edição da maneira encontrada no item. Use abreviaturas de acordo com a instrução do
apêndice B e numerais de acordo com o apêndice C. (FUNDATEC 2019) Apêndices:
B.9 Abreviaturas em alfabeto latino - Para o termo edição a abreviatura é ed.
C.8 Números ordinais - Na língua portuguesa registre os numerais na forma 1., 2., 3. etc.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.4C4. Se o nome de um lugar for encontrado no item somente de forma abreviada, transcreva-o como
encontrado e acrescente a forma completa ou complete seu nome. (FGV 2021) Mpls
[i.e. Minneapolis] Rio [de Janeiro]
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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1.4F6. Se as datas de publicação, distribuição etc. forem desconhecidas, registre em seu lugar a data de copyright, ou, na
sua ausência, a data de fabricação indicada como tal: c1967
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.4F7. Se nenhuma data de publicação, distribuição etc., de copirraite ou de fabricação, puder ser determinada para um
item, forneça uma data aproximada de publicação.
[1971 ou 1972] um ano ou outro
[1969?] data provável
[entre 1906 e 1912] use somente para datas com menos de 20 anos de diferença
[ca. 1960] data aproximada
[197-] década certa
[197?] década provável
[18-] século certo
[18?] século provável
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.5D1. Registre as dimensões de um item de acordo com instruções dadas nos capítulos seguintes.
1 quadro mural : color. ; 24x48 cm
321 p. : il. (algumas color.) ; 23 cm
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
21.6C2. Se a responsabilidade for compartilhada por mais de três pessoas ou entidades, e a responsabilidade principal não
for atribuída a uma, duas ou três delas, faça a entrada pelo título. Faça uma entrada secundária sob o cabeçalho
estabelecido para a pessoa ou entidade mencionada em primeiro lugar no item que está sendo catalogado. Se os editores
forem mencionados com destaque, faça uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para cada um deles, se não
forem mais de três. Se houver mais de três mencionados com destaque, faça uma entrada secundária pelo cabeçalho
estabelecido para o principal coordenador e/ou para o primeiro mencionado.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
22.14. ESPÍRITOS
22.14A. Acrescente a um cabeçalho estabelecido para uma comunicação de um espírito (veja 21.26), a palavra Espírito,
entre parênteses.
Parker, Theodore (Espírito)
Beethoven, Ludwig van (Espírito)
Espírito Universal (Espírito)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
22.16B. Papas
22.16B1. Acrescente a designação Papa a um nome que identifique um papa.
Pio XII, Papa Gregório I, Papa
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
RDA
Objetivo
→ Objetivo principal – promover meio de descrição bibliográfica para novos formatos, surgiu como consequência da
disseminação dos recursos informacionais digitais e do surgimento de novos formatos e novas tecnologias disponíveis.
(OLIVER, 2011, p. 2).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Finalidade
" A finalidade da RDA é servir de suporte à produção de dados robustos ou 'bem - formados', dados que possam ser
gerenciados com o emprego tanto das tecnologias atuais quanto das estruturas de bases surgidas recentemente e das
tecnologias futuras". (OLIVER, 2011, p. 2).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estrutura
→ Segundo Cavalcanti (2013, p. 60):
Quanto a sua estrutura e organização, o RDA apresenta além de uma introdução, 10 sessões, 37 capítulos, dos quais 10
ainda serão desenvolvidos, e 12 apêndices (A-L), sendo o último (L) também a ser desenvolvido. As sessões são
organizadas em torno dos atributos e relacionamentos e os capítulos inseridos em cada sessão estão focados nas tarefas dos
usuários: encontrar, identificar, selecionar ou obter. Nota-se que as regras deixam de ser organizadas pelo tipo de material,
como era feito pelas AACR2.

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Seção 1 - 4 Registro de atributos:


Seção 1. Manifestação – Item
Seção 2. Obra – Expressão
Seção 3. Pessoa, família e entidade coletiva
Seção 4. Conceito, objeto, evento e lugar

Seção 5 - 10 Registro de relações:


Seção 5. Relações primárias entre a obra, expressão, manifestação e item
Seção 6. Pessoas, famílias e entidades coletivas
Seção 7. Para os conceitos, objetos, eventos e lugares
Seção 8. Entre as obras, expressões, manifestações e itens
Seção 9. Entre pessoas, famílias e entidades coletivas
Seção 10. Entre os conceitos, objetos, eventos e lugares
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
DGM no AACR2
→A designação geral do material (regra 1.1C) é de acréscimo opcional, e conforme os níveis de descrição, deve figurar após
o título principal entre colchetes apenas a partir do segundo nível de discrição (regras 1.0D1 e 1.0D2).

DGM no RDA
→A RDA substitui as DGMs e conceito de tipos de materiais por uma matriz ou estrutura formada por três elementos: tipo
de conteúdo, tipo de mídia e tipo de suporte.
(OLIVER, 2011, p. 61).
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(Regra 2.4.1.5) AACR2 x RDA


→De acordo com o AACR2, quando há uma obra com mais de três autores a entrada principal deve ser feita pelo título.
(Regra 1.1F5).

→ Já o RDA, preocupado com as necessidades do usuário, parte do princípio em que uma obra que tenha mais de três
autores, a regra determina que a entrada principal seja pelo primeiro autor citado e os demais registrados como pontos de
acesso secundários.
(OLIVER, 2011, p. 78).
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Características
→ RDA [Recursos: Descrição e Acesso] é a nova norma de catalogação que substitui as AACR2. Apesar de manter uma forte
relação com as AACR2, a RDA delas se difere em muito, devido a ser baseada numa estrutura teórica, ter sido projetada para
o ambiente digital e seu escopo ser mais abrangente do que o das AACR2. (OLIVER, 2011, p. 1).

→ Como as AACR, a RDA consiste num conjunto de instruções práticas, que, no entanto, baseia-se numa estrutura teórica
que define a forma, a estrutura e o conteúdo desta nova norma. A chave para se compreender a RDA está em sua
harmonização com dois modelos conceituais, a saber, o FRBR e o FRAD.
(OLIVER, 2011, p. 1).

→ "[...]. Apesar de manter uma forte relação com as AACR2, a RDA delas difere em muito, devido a ser baseada
numa estrutura teórica, ter sido projetada para o ambiente digital e seu escopo ser mais abrangente do que o das AACR2".
(OLIVER, 2011, p. 1).

→ Os dados criados usando a RDA para descrever um recurso são projetados para ajudar os usuários na execução de várias
tarefas: encontrar, identificar, selecionar e obter. (OLIVER, 2011, p. 2).

→ Os dados RDA podem ser codificados com o emprego de esquemas existentes, como o MARC 21, Dublin Core e MODS, e
podem ter correspondências estabelecidas com outros esquemas atuais ou futuros. (OLIVER, 2011, p. 3).

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→ " A RDA pode ser utilizada para a descrição tanto de recursos tradicionais quanto não-tradicionais, analógicos e digitais,
dentro e fora da biblioteca. Uma característica importante está na forma como foi projetada para "proporcionar uma
estrutura coerente, flexível e extensível tanto para a descrição técnica quanto de conteúdo de todos os tipos de recursos e
todos os tipos de conteúdo". (OLIVER, 2011, p.3).

→ Oferece princípios e instruções para registros de dados sobre recursos hoje conhecidos e os que ainda venham ser
desenvolvidos. (OLIVER, 2011, p. 3).

→ " A RDA não se destina apenas a bibliotecas. Foi projetada pela comunidade bibliotecária para ser usada por ela, porém
uma de suas metas era que fosse também "passível de adaptação de modo a atender às necessidades próprias de outras
comunidades". Uma das características observadas acima era de ela ter uma estrutura flexível e extensível que permitisse a
descrição de todos os tipos de recursos, fossem eles os tradicionais das bibliotecas ou recursos de outras comunidades
ligadas ao patrimônio cultural, como arquivos, museus ou repositórios digitais." (OLIVER, 2011, p. 4).

→ Projetada por: Austrália, Canadá, Estados Unidos e Grã-Bretanha. (OLIVER, 2011, p. 5).

→ Há várias diferenças significativas entre a RDA e as AACR2, porém continuam existindo ligações importantes entre as duas
normas. A RDA foi construída com base nos alicerces das AACR. Muitas instruções RDA derivam das AACR2. Há também um
esforço consciente para preservar a compatibilidade com os dados herdados dos registros AACR2. Os dados RDA podem ser
codificados com a mesma norma MARC 21 usada em registros AACR2. (OLIVER, 2011, p. 5).

→ "[...]. A RDA descerra uma nova perspectiva para a atividade catalográfica. Introduz novos elementos descritivos, novas
abordagens da descrição do suporte e do conteúdo, novas formas para melhorar o acesso." (OLIVER, 2011, p. 9).

→ A terminologia foi alterada: mudou de cabeçalho para pontos de acesso. (OLIVER, 2011, p. 17).
→ Os modelos FRBR e FRAD são modelos de entidade-relação. Foram desenvolvidos com o emprego
enfoque e metodologia semelhantes. O ponto de partida de ambos os modelos são os usuários e suas necessidades.
(OLIVER 2011, p.19).

→ As AACR e a RDA compartilham a mesma estrutura de governança. (OLIVER 2011, p.45).

→ Para Oliver (2011, p. 55) o RDA pode ser pensado como o “produto de uma total desconstrução das AACR2 e sua
reconstrução como uma nova norma centrada na estrutura e nos modelos conceituais FRBR e FRAD”.
→ Da margem para que o catalogador tenha discernimento sobre o conteúdo da obra. (OLIVER, 2011, p. 60).
(UFLA/2018).

→ A lista de termos de tipos de suporte é subdividida em 3.3.1.3 segundo o tipo de mídia:


a) Suportes estereográfico e Suportes de imagens projetadas.
b) Suportes de imagens projetadas e Suportes de microformas.
c) Suportes de vídeo e Suportes de dados.
d) Suportes de vídeo e Suportes de microscopia.
(OLIVER, 2001, p. 65).

→ Não há qualquer restrição quanto ao registro de indicações de responsabilidades extensas.


(OLIVER, 2011, p. 124).

→ Apenas o título principal é essencial. (Título equivalente, outras informações sobre o título não)
→ Utiliza, para a descrição, tanto de recursos tradicionais quanto não-tradicionais, analógicos e digitais.
→ O Joint Steering Committee, órgão responsável pelo desenvolvimento do conteúdo das AACR e depois da RDA, conta com
representação de seis instituições:
American Library Associatin, Australian Committee on Cataloguing, British Library, Canadian Committee on Cataloguing,
Chartered Institute of Library and Information Professionals e Library of Congress.
(OLIVER, 2011, p. 46).

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→ A designação de edição e revisão são essenciais no RDA


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CDD
→ Foi desenvolvida por Melvil Dewey (1851 - 1931), sendo um dos sistemas de classificação mais utilizado em todo o
mundo, especialmente em bibliotecas públicas. Sua primeira edição foi publicada em 1876 anonimamente, idealizando um
sistema de classificação baseado no uso de números decimais e influenciada pelo sistema de W. T. Harris, sob o título
Classification and Subject Index for Cataloging and Arranging the books and pamphlets of a library. (VIEIRA, 2014, p. 77).

→ A empresa Online Computer Library Center (OCLC) adquiriu a marca registrada e os direitos autorais relativos ao Sistema
Decimal de Dewey quando incorporou a editora Forest Press em 1988. É responsável pela manutenção e publicação da
CDD. Publicação na web e impressa, sendo editada pela OCLC.

→ O primeiro algarismo indica a classe principal.


Ex.: 300 Ciências Sociais
300 Ciências Sociais (Classe principal)
350 Administração Pública e Ciência Militar (Divisão)
355 Ciência Militar (Seção)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estrutura
→ A CDD mantém em sua estrutura, relação de subordinação à classe de nível imediatamente superior. Qualquer classe
apresenta dois ou três tipos de relações: coordenação e subordinação, e algumas vezes, superordenação.
600 Tecnologia.
630 Agricultura e tecnologias relacionadas.
636 Agricultura animal.
636.7 Cachorros.
636.8 Gatos.
(MATTOS, 2019, p. 68).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Síntese: recurso empregado pela CDD para a formação de notações que representam assuntos compostos, ou aspectos
de assuntos para os quais não há números prontos nas tabelas. (MATTOS, 2019, p. 71).
A principal característica da CDD é a Síntese; abrange um número de assuntos, porém, tal como a lista de Cabeçalhos da LC,
é mais generalista, não atendendo as especificidades necessárias a bibliotecas especializadas
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 177).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ As tabelas de assuntos - contém 10 classes principais, que representam uma disciplina ou um grupo de disciplinas
relacionadas entre si.
000 – Generalidades.
100 – Filosofia e disciplinas afins.
200 – Religião. Teologia.
300 – Ciências Sociais.
400 – Filologia. Linguística.
500 – Ciências puras.
600 – Tecnologia (ciências aplicadas)
700 – Artes
800 – Literatura
900 – Geografia, História, e Ciências afins.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Tabelas auxiliares:
Tabela 1: Subdivisão padrão.
Tabela 2: Áreas geográficas, períodos históricos e biografia.
Tabela 3: Artes, literaturas individuais, formas literárias específicas. (exlusiva da 800)
Tabela 4: Idiomas individuais e famílias de idiomas. (exlusiva da 400)
Tabela 5: Grupos étnicos e nacionais. (utilizada com autorização)

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Tabela 6: Idiomas.
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→ Regra de Aplicação - Classifique as obras que versem sobre assuntos inter-relacionados no assunto sobre o qual recai a
ação. Essa é a chamada regra de aplicação, que tem precedência sobre todas as demais regras.
Ex.: classifique um texto analítico que verse sobre a influência de Shakespeare em Keats na classificação Keats.
(MATTOS, 2019, p.91).
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Regra do primeiro de dois
Se dois assuntos receberem tratamento equiparável e não forem usados para introduzir ou explicar um ao outro, classifique
a obra no assunto cujo número aparecer primeiro nas listagens da CDD. Chama-se a isso regra do primeiro de dois.
Ex.: um livro de história que discorra igualmente sobre os Estados Unidos e o Japão, no qual os Estados Unidos sejam
abordados em primeiro lugar e apareçam primeiro no título, será classificado em história do Japão, porque 952 Japão
precede 973 Estados Unidos.
(MATTOS, 2019, p. 91).
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Regra de três
Classifique as obras sobre três ou mais assuntos, todos os quais sejam subdivisões de um assunto mais geral, no primeiro
número mais elevado que inclua a todos (a menos que um dos assuntos seja mais plenamente abordado do que os outros).
Chama-se a isto regra de três.
Ex.: um livro sobre a história de Portugal (946.9), da Suécia (948.5) e da Grécia (949.5) é classificado em história da Europa
(940). (MATTOS, 2019, p. 92).

→Regra do zero - Regra que dita que as subdivisões iniciadas em zero sejam evitadas, se houver uma alternativa entre o 0 e
as subdivisões iniciadas por 1-9 na mesma posição da notação. De modo similar, as subdivisões iniciadas por 00 devem ser
evitadas, se houver uma escolha entre 00 e 0.
(DEWEY).

De: 809.935 Literatura enfatizando assuntos + 200 Religião


Resulta: 809.935 2 Obras Religiosas como literatura

De: 809.935 Literatura enfatizando assuntos + 920 Biografias


Resulta: 809.935 92 Biografias como literatura.

De: 540 Química geral + 05 periódicos


Resulta: 540.5 periódicos de química
(observem como a classe terminava em zero, suprimiu-se um, evitando existissem dois zeros > 540.05.
(MATTOS, 2019, p. 62).
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Arcabouço Conceitual
Na CDD, as classes fundamentais são organizadas por disciplinas ou campos de estudo. Nenhum princípio é mais
fundamental para a CDD do que esse: as partes da classificação são dispostas por disciplina, e não por assunto. A
consequência desse princípio é que, provavelmente, não haverá nenhum lugar exclusivo para este ou aquele assunto.
Vestuário 391
Artes 746.92
Costura doméstica 646.4
Costumes 391
Couro 685.22
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Princípio da hierarquia
→ A hierarquia, na CDD, é expressa através da estrutura e da notação.
→ A hierarquia estrutural significa que todos os tópicos (excetuadas as dez classes principais) são subordinados aos tópicos
mais gerais acima deles e constituem parte integrante destes. Também se confirma o corolário: tudo o que é válido em
relação ao todo é válido em relação às partes. Esse importante conceito é às vezes chamado de força hierárquica. Qualquer

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nota referente à natureza de uma classe aplica-se a todas as classes subordinadas, inclusive aos temas logicamente
subordinados que são classificados em números coordenados.
(Corolário = Força Hierárquica)
→ A hierarquia notacional é expressa pela extensão da notação. Como mostra o exemplo abaixo, os números de qualquer
nível costumam estar subordinados às classes cuja notação tem um algarismo a menos, coordenados com as classes cuja
notação tem o mesmo número de algarismos significativos, e costumam reger as classes com números que tenham um ou
mais algarismos adicionais. (DEWEY, 2011, p. 27).
A hierarquia observada na CDD significa, geralmente, que cada divisão sucessiva da disciplina parte do geral para o
específico.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ordem de Citação
A ordem de citação ou preferência deve ser considerada quando múltiplos aspectos ou características de um assunto (como
idade, área, gênero, períodos históricos, nacionalidade) forem apresentados na classificação e quando um assunto tratar de
mais de um tema. Refere-se ao uso das tabelas e/ou das sínteses para compor uma notação complexa que envolva a
aglutinação de vários elementos (SOUZA, 2014).

A própria CDD irá informar como realizar a ordem de citação, quando não o fizer, utilizemos a seguinte ordem padrão:
• Assunto específico (a notação das classes).
• Aspecto geográfico (o uso da tabela).
• Aspecto temporal (período histórico).
• Forma (se é dicionário, periódico etc.).
(MATTOS, 2019, p. 64).

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

CDU
Estrutura
→ A base da CDU é constituída pelas 9 classes especiais e uma classe geral, seguindo o mesmo esquema de Dewey,
diferenciando-se, apenas, na supressão de dois zeros à direita, apresentando-se, então, somente com um dígito.
A estrutura da CDU é formada por: Tabelas principais/sistemáticas; Tabelas Auxiliares Índice Alfabético.
→ O conhecimento aparece inicialmente dividido nas seguintes classes:
0 Generalidades
1 Filosofia
2 Religião - Teologia
3 Ciências Sociais
4 VAGA (cancelada em 1963, com objetivo de dar lugar a futuros desenvolvimentos ou atualizações)
5 Ciências Puras
6 Ciências Aplicadas – Medicina - Tecnologia
7 Belas Artes – Divertimentos – Desportos.
8 Filologia e Literatura.
9 Geografia - Biografia - História.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Notação
→ A CDU originou-se da CDD, detalhando as subdivisões dos assuntos, alterando a notação para mista, sendo composta de
números decimais, sinais gráficos, letras ou palavras.
→ A CDU segue o princípio hierárquico da classificação do geral para o particular, detalhando cada classe. Logo, quanto mais
detalhado e específico é um assunto, mais dígitos serão acrescentados à sua notação.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sinais Gráficos
Tem a finalidade de possibilitar melhor representação dos assuntos dos documentos
Sinais de ligação ou associação:
+ mais
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/ barra oblíqua
: dois pontos.

→ O sinal de adição, oi mais +, é usado para agrupar números de classificação não consecutivos nas tabelas.
51+53 Matemática e Física
32+34+93 Política, Direito e História
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ A barra oblíqua, ou inclinada, ou traço oblíquo
/ é usado para agrupar números de classificação que são consecutivos na tabela.
1/2 Filosofia e Religião
51/54 Matemática, Astronomia, Física e Química
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Dois pontos : relaciona dois ou mais assuntos; e esses números, formados com o sinal de relação, podem ser invertidos,
isto é, dando-se duas ou mais estradas para os catálogos.
51:52 ou 52:51 Aplicações da Matemática na Astronomia.
336.223:633.73 Imposto de consumo sobre o Café
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Colchetes –podem ser empregados com três finalidades:
1. Como sinal de intercalação, para alterar a ordem de citação dos conceitos encontradas nas tabelas, intercalando um
símbolo no meio do outro. A intercalação pode ser feita em qualquer ponto do símbolo de classificação, continuando-se
depois dos colchetes a escrever os números, como se nada tivesse ocorrido.
382.5:633.73 Comércio Externo – Importação - Café
382[633.73].5 Comércio Externo – Café – Importação

2. Como símbolo subagrupador, para tornar mais claro o tipo de relacionamento existente entre vários conceitos ligados
pelos símbolos + ou :
373.5+378:355.27 Educação secundária e a Universitária com o Recrutamento Militar
[373.5+378]:355.27

Na prática é possível suprimir um dos colchetes: 622+669](485) Mineração e Metalurgia na Suécia


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Dois pontos duplos ::
Podem ser empregados como sinal de fixação da ordem. Com a mesma finalidade do sinal de colchetes, para indicar que
não há necessidade de ser feita entrada, invertendo o símbolo de classificação. 38::633.73
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Apóstrofo Seu emprego é restrito aqueles pontos do sistema em que está expressamente indicada a sua utilização.
Permite a supressão dos caracteres comuns a dois símbolos que não são consecutivos.
546.561’131 Cloreto de cobre (símbolos 546.661 e 546.131).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Asterisco
Emprega-se para indicar símbolos criados no local, que não constam das tabelas da CDU.
523.45.87*3 Júpiter – Satélite 3
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Reticências - utilizadas para datas extremas, quando não podem ser precisas.
“.../1964”.
(PIEDADE, 1983, p. 125-129).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Subdivisões Alfabéticas e numéricas
A CDU admite a subdivisão alfabética em muitos dos números principais (Biografia, Música, Pintura, Literatura etc.).
Podemos empregar nomes de pessoas, nomes geográficos etc.).
025.45CDU
92Schiller, F. Biografia de Friedrich Schopenhauer
336.2(815.32Cabo Frio Impostos da Cidade de Cabo Frio
(PIEDADE, 1983, p. 129-130).
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Tabelas Analíticas Especiais (ou Auxiliares especiais)
Seu uso é restrito às classes ou subclasses onde aparece sua indicação.
Os auxiliares especiais são sempre listados como sufixos de outros números, não podendo ser usados independentemente.
Iniciadas por .0 (ponto zero) Por – (hífen) e são anexadas no fim do símbolo de classificação básico. Iniciados por -11/-9 são
empregados para simbolizar elementos, componentes, propriedades e outros detalhes.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
→ Tabelas auxiliares comuns
Essas tabelas só devem ser utilizadas, quando as tabelas principais não oferecerem classificações adequadas aos assuntos.
São elas: ponto de vista, lugar, raça, tempo, forma e língua. Os símbolos destas tabelas podem ser unidos a outros
símbolos das mesmas tabelas pelos sinais: +, / e :.
Ponto de vista – constituídos por .00 (ponto zero, zero)
.000 ponto de vista do autor ou escritor.
.001 ponto de vista teórico, finalidade, objetivos etc.
.002 ponto de vista prático, de realização, execução, produção etc.

Lugar – servem para precisar o âmbito geográfico do assunto. 622(81) Mineração no Brasil

Raça e Nacionalidade – são apresentados entre parênteses, precedidos de sinal igual (=) 342.81(=96) Direito eleitoral
aplicado a negros

Tempo – indica o século, a década, o ano, o mês etc. – Estas indicações aparecem entre aspas. 981”15/17” História do
Brasil nos Séculos XVI, XVII e XVIII

Forma – apresentam a forma sob a qual está apresentado o documento ou assunto. Estes símbolos são indicados entre
parênteses e precedidos de zero. 30(038.074) Aditamentos à dicionário de Sociologia

Língua – a língua que está escrito o documento. 54(038)=20 Dicionário de Química em inglês. (PIEDADE, 1983, p. 133-140).
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Auxiliares comuns podem ser de dois grupos: auxiliares independentes e auxiliares dependentes.

→ Auxiliares dependentes: asterisco. Eles são sempre sufixos, ou seja, são sempre acrescentados aos números principais.
* Asterisco
A/Z Subdivisão alfabética
-02 Propriedade
-03 Auxiliar comum de materiais
-04 Auxiliar de relações, processos e operações
-05 Auxiliar comum de pessoas

→ Auxiliares independentes: Eles podem ser utilizados em qualquer posição da notação. São os auxiliares de = língua,
(0...) forma, (1/9) lugar, (=...) raça e “ “ tempo.
(SOUZA, 2010). (MATTOS, 2019, p. 149).
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Referências
ARAÚJO JUNIOR, R. H. de. Precisão no processo de busca e recuperação da informação. Rio de Janeiro: Thesaurus Ed.,
2007.

BOCCATO, Vera Regina Casari; GRACIOSO, Luciana Souza [org.]. Estudos de linguagem em ciência da informação.
Campinas, SP: Alínea, 2011.

13
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CINTRA, et al. Como entender as linguagens documentárias. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Polis, 2002.

FONSECA, E. N. da. Introdução à Biblioteconomia. 2ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2007.

GONZÁLEZ, J. A. M. Linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web: elementos conceituais. Salvador:
EDUFBA, 2011.

OLIVER, Chris. Introdução à RDA: um guia básico. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2011.

PIEDADE, M. A. R. Introdução à teoria da classificação. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1983.

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CURSOS & CONCURSOS

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M15 – Indexação: teoria e métodos. Metodologias para construção de Vocabulários Controlados e Tesauros.
Versão 06/02/23.
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Teoria
→ O propósito principal da elaboração de índices e resumos é construir representações de documentos publicados numa
forma que se preste a sua inclusão em algum tipo de bases de dados. (LANCASTER, 2004, p. 1).

→ [...] a expressão indexação há muito tempo vem sendo utilizada para indicar os dois processos, tanto o de extração de
palavras naturais como o de extração somado à tradução em descritores. O que fica esclarecido, neste caso, é que os índices
(naturais ou transformados) e os resumos resultantes destas análises não são linguagens documentárias. São, apenas,
produtos da representação documentária. (DODEBEI, 2001, p. 36).
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Descritores
→ Descritores - Termos utilizados consistentemente para representar conceitos no processo de indexação (também
conhecidos como termos preferidos) – São termos simples ou compostos (substantivos ou frases substantivadas)
autorizados pelo tesauro para representarem conceitos e proporcionar recuperação de informação. (NBR 12.676).

→ Não-Descritores (também conhecidos como termos não-preferidos) - sinônimos ou quase-sinônimos de termos que não
são relacionados a documentos, mas que aparecem como pontos de entrada em um tesauro ou índice alfabético, enviando
o usuário, por meio de uma instrução (por exemplo, USE e VEJA), ao termo preferido apropriado; também conhecidos como
não descritores. Em um tesauro impresso, devem-se distinguir tipograficamente, na medida do possível, os termos
preferidos, e os não-preferidos.
Ex.: Tangerina e Mexerica
Sudeste – Tangerina / Mexerica ver tangerina
(AUSTIN; DALE, 1993, p. 14). (NBR 12.676)

→ Descritores auxiliares – qualificadores que contextualizam o descritor.


(GONZÁLEZ, 2011, p. 63-65).
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Etapas da indexação de assuntos
→ Lancaster – 2 etapas - A análise conceitual e tradução. (LANCASTER, 2004, p. 8-9).

→ Araújo Júnior - 2 etapas: Descrição e Representação. (ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 21).

→ NBR 12.676(1992) – 3 estágios – Exame, Identificação e Tradução


A indexação consiste basicamente nos três estágios seguintes que, na realidade, tendem a se sobrepor:
a) exame do documento e estabelecimento do assunto de seu conteúdo.
b) identificação dos conceitos presentes no assunto.
c) tradução desses conceitos nos termos de uma linguagem de indexação.

→ Gil-Leiva; Fujita (2012) – 2 etapas – Análise e Armazenamento


As etapas de indexação são a análise dos documentos e as questões para a seleção dos conceitos explícitos ou implícitos, e o
armazenamento destas palavras-chave como estão, ou sua conversão numa linguagem controlada.
(GIL-LEIVA; FUJITA, 2012, p. 72).

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A revocação e a precisão são duas medidas para avaliar sistemas de recuperação de informação.

→ Coeficiente de precisão – relação entre itens úteis recuperados / do total de itens recuperados.
Capacidade de evitar documentos inúteis na recuperação pelo sistema
Relação entre itens úteis e o total de itens recuperados
Relação entre os documentos relevantes recuperados e o número total de documentos recuperados.

→ Coeficiente de revocação – extensão com que todos os itens são encontrados no sistema.
Capacidade de recuperar documentos úteis.
É a extensão com que todos os itens úteis são encontrados
Relação entre os documentos relevantes recuperados e o número total de documentos relevantes sabidamente existentes
na coleção.
È a capacidade do sistema em fornecer todas as referências relevantes existente no sistema.
Todos os documentos / quantos desses foram recuperados no sistema
(LANCASTER, 2004, p. 4). (PIEDADE, 1983, p. 11).
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Resumindo
PRECISÃO - Itens relevantes recuperados / Total de itens recuperados na busca.
REVOCAÇÃO – itens relevantes recuperados / Total de itens existentes no sistema /coleção/base de dados...
EXAUSTIVIDADE – Corresponde ao número de termos de indexação atribuídos.
ESPECIFICIDADE – Exatidão com que um conceito é representado por um termo de indexação.
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Métodos
→ Métodos colaborativos ou “democráticos” são, no mais das vezes, recomendados para o caso da indexação de imagens
[...] são mais viáveis em ambiente de biblioteca digital [...] os usuários podem oferecer novos termos de indexação a itens
que consultam. (LANCASTER, 2004, p. 12).
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Qualidade da Indexação – LANCASTER
A qualidade da indexação é definida a partir da “eficácia de recuperação”, isto é, quando o sistema de recuperação da
informação recupera documentos úteis conforme a necessidade de informação do usuário e evita documentos inúteis, ou
seja, documentos não desejados, de modo que esta qualidade é definida pelo usuário quando este realiza a busca no
catálogo e julga os documentos recuperados como relevantes ou irrelevantes. (LANCASTER, 2004, p. 93).

Fatores que influenciam na qualidade da indexação


A qualidade da indexação refere-se à consideração dos diversos fatores ligados ao:

Indexador – Conhecimento do assunto, experiência, concentração, capacidade de leitura e compreensão.


Os indexadores devem ter algum conhecimento do conteúdo temático tratado e entender sua terminologia, embora não
precisem necessariamente ser especialistas no assunto.
Documento – Conteúdo, complexidade, linguagem, extensão, apresentação e sumarização.
Vocabulário – Especificidade/sintaxe, ambiguidade/precisão, qualidade da estrutura, disponibilidade de documentos
auxiliares, ambiguidade ou imprecisão.
Processo – Tipo de indexação, regras e instruções, produtividade exigida, exaustividade na indexação.
Fatores Ambientais – Iluminação, ruído, calor/frio.
(LANCASTER, 2004, p. 88-89).

Qualidade da Indexação – NBR 12.676


A qualidade da indexação depende de fatores relativos a:
a) consistência na especificidade dos termos atribuídos a um documento e no nível de exaustividade atingido na indexação;
b) qualificações do indexador (imparcialidade, conhecimento etc.);
c) qualidade dos instrumentos de indexação.
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→ Indexação Ponderada: em que o indexador atribui a um termo um valor numérico (peso) que reflete sua opinião
sobre a importância desse termo para indicar o assunto de um documento. (IFTO 2014).
→ Busca com termos ponderados: refere-se à elaboração de uma estratégia de busca cuja lógica é orientada por pesos
numéricos e não por operadores booleanos.
(LANCASTER, 2004, p. 186-188).
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Metodologias para construção de Vocabulários Controlados e Tesauros

Vocabulários Controlados
Em um vocabulário controlado, a estrutura relacional dos termos que representam os conceitos deve ser apresentada em
ordem alfabética e hierarquicamente, para facilitar seu uso pelo indexador e pelos usuários do sistema, ou seja, facilitar o
acesso ao conteúdo e seu posterior uso. Para que a informação seja visível, acessível e disponibilizada, é necessário que seja
organizada nos sistemas de recuperação da informação (SRI), que, de modo abrangente, podem ser compreendidos como
sistemas que irão proporcionar a interação, ou melhor, a interface, entre os mais diversos recursos informacionais
existentes em uma coleção (impressa ou digital) e seus múltiplos usuários, possibilitando a busca e a recuperação dos
documentos por meio de um índice. A sua estrutura e o seu vocabulário devem ser decididos na fase anterior, ou seja, no
planejamento, antes dos termos serem coletados. (SHINTAKU, et al, 2021).

São três os tipos principais de vocabulários controlados: esquemas de classificação bibliográfica (como a CDD), listas de
cabeçalhos de assuntos e tesauros. Todos procuram apresentar os termos tanto alfabéticos quanto 'sistematicamente'.
(LANCASTER, 2004, p. 19).

Normas para elaboração de Vocabulário Controlado: BS 8723, ISO 2788, ANSI Z39.19.
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Tesauros
Lista de descritores (termos controlados) que representam os conceitos de um domínio do conhecimento e se organizam
em estrutura hierárquica com relações semânticas entre si.

Objetivos:
→ eliminar a ambiguidade da linguagem na matéria à qual pertencem os termos;
→ representar de maneira unívoca o conteúdo dos documentos;
→ ajudar o usuário na indexação dos documentos e das consultas;
→ controlar o vocabulário utilizado em um determinado sistema documentário;
→ servir de ponte entre o analista e o usuário.

Elementos:
→ Descritores
→ Não-descritores (relação de equivalência)
→ Descritores auxiliares (qualificadores que contextualizam o descritor)
→ Grupos de descritores (por campos/temas ou por classes/facetas)

Sintaxe:
→ Ordenação (parte classificatória)
→ Subordinação (parte hierárquica)
→ Associação (parte alfabética)

Relações:
→ Equivalência
→ Hierárquicas (gênero/espécie, partitivas, enumerativas, poli-hierárquicas)
→ Associativas (similitude, causa e efeito, instrumentalidade, concomitância, sucessão no tempo e no espaço, relação com
→ elementos constitutivos, relação de propriedade, objeto de uma ação – processo ou disciplina, localização, antonímia).
(GONZÁLEZ, 2011).

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Elaboração de um tesauro
Algumas atividades devem ser cumpridas durante o planejamento:
Delimitação da área - por definição e natureza, o tesauro é especializado, delimitando o assunto para facilitar sua
sistematização. Caso o assunto seja amplo, é necessário que se faça subdivisões estruturadas em microtesauros.
Público -alvo: deve-se direcionar o tesauro de acordo com as necessidades do público a quem vai servir devido às alterações
das características e relações entre conceitos, a fim de selecionar e incluir termos que representem a necessidade de
informação de um grupo específico de usuários e seus interesses.
Levantamento do vocabulário - utiliza como critério de seleção a delimitação prévia da área a ser coberta pelo tesauro.
(VIEIRA, 2014, p. 144 - 145):
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Relação entre os termos: equivalência, hierárquica, associativa ou afinidade.
(BOCCATO, 2011, p. 54).

Para Wüster os conceitos se relacionam lógica e ontologicamente.


As relações lógicas se dão por abstração.
As relações ontológicas são aquelas que se referem ao objeto numa realidade empírica: sua relação com outros no tempo
ou no espaço.
Relações lógicas as relações de superordenação/subordinação (genero-especie).
Relações ontológicas englobam as relações partitivas e as relações sequenciais (contiguidade no espaço ou no
tempo). Neste aspecto, a TGT oferece bases mais seguras para o estabelecimento das chamadas relações não-hierárquicas
(associativas) nos tesauros.
(https://eooci.uff.br/classificacao-tesauro-e-terminologia/).
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Arranjo
Apresentação sistemática do tesauro deve conter o relacionamento genérico/específico dos
termos hierarquicamente arranjados dentro das categorias (termos em ordem hierárquica) e um índice alfabético, que
direcione o usuário à parte sistematizada. (VIEIRA, 2014, p. 146-150).
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Métodos da coleta de termos
Abordagem empírica.
→ Método Dedutivo - A obtenção da terminologia se faz por consenso de peritos no assunto - Princípio: Endosso do
usuário.

→ Método Indutivo - obtenção da terminologia se faz mediante a identificação de termos prováveis, a partir do exame da
literatura corrente - Princípio: Garantia literária
(DODEBEI, 2001, p. 65).
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Siglas / Abreviaturas
Português Significado
TG Termo Genérico
TE Termo Específico
TR Termo Relacionado
NE Nota Explicativa
NA Nota de Alcance
TGM Termo Genérico Maior
UP Usado Para
USE Termo escolhido entre sinonímias
Fonte: Austin (1993, p.15)

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Acesso ao documento
ING: document access
UP acesso às publicações
acesso bibliográfico
TG acesso
TR acesso livre
acordos de utilização
serviços de empréstimo
fornecimento de documentos

Apresentação do Tesauro
Alfabética – termos organizados em uma única sequência alfabética
Sistemática- deve conter o relacionamento genérico/específico dos termos hierarquicamente arranjados dentro das
categorias e um índice alfabético que direcione os usuários à parte sistematizada.
Gráfica – geralmente se limita aos termos preferidos, onde os termos e suas inter-relações são dispostos e demonstrados
por meio de figura bi ou tridimensional.
(VIEIRA, 2014, p. 150)
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Normalização
A construção de Tesauros requer cuidado, pois precisa ser amparada por padrões para acuidade dos vocabulários:
→ Normas ANSI/NISO Z39.19, ISO 25.964 e NBR 12.676.
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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12.676: indexação. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

AUSTIN, D. Diretrizes para o estabelecimento e desenvolvimento de tesauros monolíngües. Brasília: IBICT, SENAI, 1993.

DODEBEI, Vera. Tesauro: linguagem de representação da memória documentária. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.

GONZÁLEZ, José Antonio Moreiro. Linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web: elementos
conceituais. Salvador: EDUFBA, 2011.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos 2004.

SHINTAKU, Milton; et al. Guia sobre a construção de tesauros. Brasília: IBICT, 2021.

VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 2014.

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CURSOS & CONCURSOS

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M16 - Representação e Recuperação da Informação. Serviço de Referência (presencial e virtual): função, entrevista e
processo. Versão 22/01/23.
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Representação da Informação
→Na definição oferecida por Baranow (1983), a indexação é vista como um processo analítico onde aparece decomposta
em duas etapas distintas: descrição e representação. A primeira etapa refere-se a identificação, seleção e análise dos
conceitos que de fato representam o conteúdo de um dado documento e a segunda a representação desses conceitos
através de descritores (termos) compatíveis com os do sistema de recuperação. (ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 21).

→ A indexação como um processo de representação do conteúdo dos documentos, é um elemento fundamental para o
processo de busca e recuperação da informação. O armazenamento da informação só pode ser realizado com efetividade se
a indexação for feita de modo satisfatório, ou seja, se representar com fidedignidade o conteúdo dos documentos.
(ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 23).
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→ Atinência (aboutness)
Há uma importante lição a tirar dos princípios da indexação orientada para o usuário. É preciso que os indexadores saibam
muito mais do que os princípios da indexação. Devem, em especial, estar inteiramente a par dos interesses da comunidade
atendida e das necessidades de informação de seus membros. Na realidade, recomenda-se, usualmente, que o indexador
não fique ‘nos bastidores’, mas que também procure desempenhar outras atividades, inclusive a de bibliotecário de
referência, onde participem de buscas nos registros que criaram (LANCASTER, 2004, p. 12).
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→ A Exaustividade é a primeira dimensão da indexação, que segundo Lancaster (1998), corresponde a uma representação
exaustiva do conteúdo temático dos documentos.
Existe ainda a segunda dimensão – Especificidade – onde um documento deve ser indexado com o termo mais específico
que o abranja totalmente. (ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 24).
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É importante destacar que os resultados satisfatórios na recuperação dependem diretamente da qualidade com que a
indexação foi realizada [...] da política de indexação [...] das regras usadas na redação do resumo [...] da qualidade do
vocabulário controlado [...] da qualidade das estratégias de busca, entre outros fatores. (FEITOSA, 2006, p. 28).
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Indexação manual e indexação automática

→ Indexação manual ou intelectual – atribuição de termos ou códigos por um ser humano. [...] termos selecionados no
julgamento subjetivo. (ROWLEY, 2002).
→ Indexação automática – procedimento que permite identificar e selecionar termos sem a intervenção direta do
documentalista.
A indexação automática é dividida em dois grupos (LANCASTER, 1998):
Indexação por extração automática- retirada do texto de palavras que serão usadas para representar o conteúdo dos
documentos.
Indexação por atribuição automática – conjunto de palavras ou expressões que frequentemente ocorrem nos documentos
e que seriam atribuídas por indexadores humanos.
(ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 24).

→ Indexação Derivativa / Extração: palavras ou expressões que realmente ocorrem no Documento são selecionadas para
representar o seu conteúdo temático. Uma forma primitiva de indexação derivada é o Uniterm, que emprega apenas termos
formados por uma única palavra tirada do texto.
(LANCASTER, 2004, p. 18)
→ Indexação por Atribuição: é aquela que envolve a atribuição de termos a partir de uma fonte que não é o próprio
documento. Termos extraídos de um Vocabulário controlado, por exemplo.
(LANCASTER, 2004, p.19).
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→ Representação do conteúdo para elaboração de pontos de acesso para compor uma base de dados e recuperação da
informação. Os termos atribuídos pelo indexador servem de pontos de acesso mediante os quais determinado item é
localizado e recuperado durante a busca em um índice ou em uma base de dados (LANCASTER, 2004, p. 6).

→ No contexto da documentação técnico-científica, a indexação de assuntos se impôs como um processo para a


organização, a representação e a recuperação da informação. Com efeito, a indexação é, sobretudo, um processo da análise
documentária. Deve ser entendida como um conjunto de operações de dimensão intelectual e procedimental que
pressupõe uma lógica interna e uma sequência coerente de etapas, cada qual com objetivos precípuos.
"Análise documentária tem como objetivo a representação condensada da informação, para consulta e armazenagem."
(DIAS; NAVES, 2007, p.70).

Extensão do registro (número de pontos de acesso) - Uma das propriedades mais importantes de uma representação de
conteúdo temático é a sua extensão [...] O título contém uma indicação geral sobre aquilo de que trata o artigo. O resumo
breve oferece mais detalhes, indicando que o artigo apresenta resultados da pesquisa e identificando todas as questões
focalizadas na pesquisa e informando sobre o tamanho da amostra utilizada no estudo. Quanto mais informações são
apresentadas, mais claramente a representação revela o alcance do artigo, tornando-se mais provável que venha a indicar
para o leitor se esse artigo satisfaz ou não a uma necessidade de informação.
A maioria das representações em texto livre (com exceção apenas dos títulos) será mais longa do que um conjunto de
termos de indexação atribuídos. Isso costuma melhorar a revocação, mas reduz a precisão.
(LANCASTER, 2004, p. 259).

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Conforme Gil Leiva (2011, p. 111):
Olson e Boll (2001) afirmam que, no processo de indexação, as chances de uma melhor correspondência entre a indexação e
a questão de busca do usuário dependem dos seguintes fatores, que em nosso entendimento, dizem respeito a decisões
tomadas para a consolidação de elementos para uma política de indexação:
• Adequação: diz respeito à habilidade do indexador em determinar o assunto do documento e traduzi-lo adequadamente
para o vocabulário controlado;

• Exaustividade: número de conceitos representados no registro bibliográfico; está condicionado ao estágio de análise de
assunto. (ISO 5963-1985 e sua tradução em espanhol - UNE 50-121-91).
• Especificidade: relacionado à fase de tradução do conceito para o vocabulário controlado, diz respeito ao nível hierárquico
da representação do assunto. Está dividido em três fatores: a especificidade e a co-extensividade do vocabulário; a
especificidade de sua aplicação e a especificidade do termo no contexto da indexação.

• Consistência: diz respeito aos itens sobre um mesmo assunto serem analisados conceitualmente e traduzidos da mesma
maneira. São fatores que afetam a consistência: número de conceitos representados e o tamanho do vocabulário utilizado.
(GIL-LEIVA; FUJITA, 2012, p. 111).

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Recuperação da Informação
Todos os SRI podem ser compreendidos como se fossem formados por três etapas:
→ Indexação - é o processo de atribuir termos ou códigos de indexação a um registro ou documento, termos ou códigos
esses que serão úteis posteriormente na recuperação do documento ou registro.
→ Armazenamento - Os sistemas de recuperação da informação utilizam o próprio computador para armazenar tanto os
arquivos de documentos quanto os arquivos de índices, bem como para a manutenção de bases de dados.
→ Recuperação - A questão crucial é que o processo de recuperação depende muito das etapas de indexação e
armazenamento, as quais determinam, em grande medida, a estratégia melhor possível para as buscas feitas num sistema
de recuperação da informação. (ROWLEY, 2002, p. 161-162).

→ Segundo Belkin & Croft (1987), deve ser entendida como o processo de localizar documentos e itens de informação que
tenham sido objeto de armazenamento, para permitir o aceso dos usuários aos objetos de uma solicitação [...] esse processo
possui como elementos vitais a indexação e o armazenamento.
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→ Segundo Lancaster (1988) existe fatores que influenciam nos resultados de busca em uma base de dados: a qualidade
da estratégia de busca e o vocabulário. [...] temos também as questões de precisão e qualidade da própria base de dados.
(ARAÚJO JÚNIOR, 2007, p. 16).
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→ Atinência (aboutness)
Há uma importante lição a tirar dos princípios da indexação orientada para o usuário. É preciso que os indexadores saibam
muito mais do que os princípios da indexação. Devem, em especial, estar inteiramente a par dos interesses da comunidade
atendida e das necessidades de informação de seus membros. Na realidade, recomenda-se, usualmente, que o indexador
não fique ‘nos bastidores’, mas que também procure desempenhar outras atividades, inclusive a de bibliotecário de
referência, onde participem de buscas nos registros que criaram (LANCASTER, 2004, p. 12).

[...] o tema está relacionado muito de perto com a da relevância, isto é, relação entre um documento e uma necessidade de
informação ou entre um documento e um enunciado de necessidade de informação (uma consulta).
No contexto da recuperação da informação a “Não-atinência” – não guarda relação possível com qualquer consulta ou
necessidade de informação.
(LANCASTER, 2004, p. 14).
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Modelos dos processos de recuperação da informação:
→ Modelo booleano - identifica dois tipos de relação de dependência graças aos operadores booleanos E e OU:
E (produto lógico) une os componentes de uma frase;
OU (adição lógica) une termos - sinônimos ou quase sinônimos.

→Modelo vetorial - permite resolver as operações de recuperação efetuando cálculos de similaridade entre os documentos
e a questão. Sendo um documento identificado por um conjunto de atributos textuais (palavras-chave etc.) ou paratextuais
(nomes de autores etc.).

→ Modelo probabilístico - apoia-se na noção de relevância definida anteriormente. É o mais sofisticado. Como as relações
de dependência entre os termos derivam diretamente das relações de ocorrência, permite ordenar os documentos por
ordem decrescente de relevância.

→ Modelos linguísticos - permitem obter relações de dependência mais ricas. Os processos linguísticos de recuperação,
ausentes dos modelos de base estatística ou probabilística.
(LE COADIC, 2004, p. 75-76).
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Gerações de sistemas de recuperação da informação:
1ª geração – metadados – interface baseada em comandos, usuários especialistas, número limitado de sistemas...
2ª geração – dados com texto integral – interface baseada em menus e comandos ...
3ª geração – multimídia – interfaces gráficas, foco no acesso pelo usuário final ...
(ROWLEY, 2002, p. 167).
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Serviço de Referência (presencial e virtual): função, entrevista e processo.
Função
Capacitação do Usuário
→Competência dos profissionais de referência na busca de informações;
→Disponibilização da informação em um só lugar de diferentes recursos de informação.
→ Utilização dos instrumentos de referência para que o usuário tenha autonomia em suas pesquisas e se aproprie dos
instrumentos e métodos de pesquisas disponíveis.
(ACCART, 2012, p. 125).

Competência Informacional
Permite um real intercâmbio e compartilhamento de conhecimentos.
Objetivos:
Conhecimento das fontes de informação;

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Apropriação dos meios disponíveis de busca;


Determinação de critérios para a pesquisa e avaliação da informação;
Domínio da metodologia de pesquisa
Autonomia do usuário
(ACCART, 2012, p. 126).
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Entrevista
É considerada adequada para a obtenção de informações sobre o que as pessoas sabem, creem, esperam, sentem ou
desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem como sobre suas explicações ou razões a respeito das coisas
precedentes. (SELLTIZ et al., 1987 apud ALMEIDA, 2011, p. 64).
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Após o questionário, a entrevista é o método mais utilizado.
Vantagens:
a) possibilita o contacto direto com o entrevistado, permitindo captar suas reações, sentimentos, hábitos etc. dando maior
confiabilidade aos dados coletados;
b) por ser uma técnica face a face é possível que o entrevistador esclareça alguma pergunta ou terminologia não
compreendida pelo entrevistado ou, o que é mais importante, o entrevistador pode pedir detalhes de respostas fornecidas
quando são detectados fatos interessantes ou novos.
(CUNHA, 1982, p. 9-10). (CESPE 2013 e 2020).
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Tipos de entrevista (CESPE 2013 e 2019)
a) estruturada: um esboço de perguntas ou formulário que é seguido pelo entrevistado.

b) não-estruturada: a iniciativa fica praticamente com o entrevistado, sendo permitido que ele fale quando quiser, com
pouca ou nenhuma intervenção do entrevistador, sendo bastante utilizada na pesquisa de mercado, psiquiatria e no serviço
social;

c) semi-estruturada: feita parcialmente com questões estruturadas, permitindo aprofundamento em tópicos julgados
importantes pelo entrevistador;
(FIGUEIREDO, 1977, p. 29, 39 e 40-41).
(BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 179).
(GONÇALVES, 2013, p. 58).
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Métodos qualitativos de estudos de usuários: observação / grupo focal / entrevistas não estruturadas.
(BAPTISTA; CUNHA, 2007). (CESPE 2013).
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Abordagem de Taylor
Taylor (1982, p. 342) discute a questão da busca da informação pelo usuário e o processo de transformar dados em
informação útil, ao que dá o nome de “informação com valor agregado”. (BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 174).
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O modelo de Kuhlthau
Seu modelo para observação do processo de busca da informação prevê as seguintes etapas: início, seleção, exploração e
formulação. (modelo construtivista). (BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 174).
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Sense Making Brenda Dervin
Dervin (1998, p. 39) explica que o sense making promove uma forma de pensar sobre a diversidade, complexidade e a
incompletude, utilizando a metáfora de um ser humano atravessando pelo tempo e espaço e caminhando com uma
instrução parcial, encontrando lacunas, construindo pontes, avaliando achados e se movendo.
Ferreira (1997) afirma que esta abordagem qualitativa procura entender os usuários com necessidades cognitivas, afetivas,
psicológicas e fisiológicas.
(BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 175). (CESPE 2010).

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A abordagem sense making aplica-se a estudos que enfatizam os aspectos subjetivos da experiência e do comportamento do
usuário e utiliza a entrevista como principal metodologia de coleta de dados. (CESPE 2008)
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Usabilidade
Pode ser mensurada de acordo com os atributos ergonômicos do produto, em termos do esforço mental e atitude dos
usuários e pela forma como os usuários interagem com o produto e sua aceitação. (BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 176).
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Os métodos utilizados na coleta de dados em estudo de usuários estão relacionados com tipo de abordagem qualitativa ou
quantitativa. Sendo assim:
→ questionários são utilizados em estudos quantitativos
→ entrevistas e observações em estudos qualitativos. (BAPTISTA; CUNHA, 2007, p. 177). (CESPE 2008, 2010, 2012 e 2022)
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→ Técnica do incidente crítico - Constitui instrumento para coletar amostras do comportamento humano, por meio de
relatos fiéis e precisos de eventos ocorridos na realidade das pessoas. É uma técnica incorporada a um estudo fazendo uso
de questionários ou entrevista.
Técnica desenvolvida por Flanagan, da Psicologia do Trabalho, posteriormente aplicada em outras áreas como a Ciência da
Informação. Refere-se a um conjunto de procedimentos para a coleta de observações diretas do comportamento humano...
(GONÇALVES, 2013, p. 76). (FEPESE2020).

→ Grupo Focal – é um método de coleta de dados considerado por alguns autores como uma espécie de entrevista. Para
aplicação da técnica reúne-se um grupo relacionado com o problema a ser explorado e um moderador para assegurar que o
assunto será discutido sem distorções. As vantagens da técnica consistem na obtenção de um maior número de informações
com riqueza de detalhes. (CESPE 2012).

A Técnica Delfos, uma variação do questionário, envolve a prospecção de natureza quantitativa a partir de perguntas
remetidas a pessoas experientes no tema em questão. Seu objetivo principal é identificar tendências.
(BAPTISTA; CUNHA, 2007). (CESPE 2008 e 2010)
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Processo de Referência - Presencial


→ A realização do processo de referência NÃO é um processo LINEAR e “[...] os passos dados pelo bibliotecário de
referência podem implicar em sucessivos retornos à consulta, antes de se procurar a resposta, e eventuais vaivéns durante a
busca”. E às vezes esses passos se fundem seguindo uma sequência e direção mais improvisadas do que premeditadas.
(GROGAN, 2001, p. 50).

→ Duas fases
É importante reconhecer que este processo engloba duas fases: o serviço de referência não é simplesmente aquilo que os
bibliotecários executam para localizar as respostas às questões que lhes são formuladas. Também inclui a etapa anterior,
crucial, durante a qual eles analisam, junto com os consulentes a natureza de seus problemas. O fato de que na maioria dos
casos essa etapa preliminar ser muito breve talvez tenha levado a que fosse negligenciada por gerações anteriores.
(GROGAN, 2001, p. 50).

Para fins didáticos, convém, no entanto, traçar toda a sequência lógica das etapas decisórias encadeadas que constituem o
processo normal de referência.
O Problema, a necessidade da informação, a questão inicial, a questão negociada, estratégia de busca, o processo de
busca, a resposta e a solução.
(GROGAN, 2001, p. 51-54).

→ [...]. Não se deve esquecer, contudo, que existe em geral mais uma etapa final: "como [as pessoas] utilizam a
informação ou o conhecimento que aceitam como resposta", segundo S.D. Neill (GROGAN, 2001, p. 54).

→ O processo de referência requer dos bibliotecários exige:


I-Habilidade técnica: competência para usar os conhecimentos, métodos, técnicas e equipamento que possibilitam
recuperar a informação.
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II-Habilidade humana: competência para se relacionar com pessoas e identificar seus diferentes níveis intelectuais.
(FIGUEIREDO, 1991).
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Processo de Referência - Virtual
Etapas do Processo de Referência Virtual (PRV), na sua forma assíncrona, 5 etapas: (PRONERA)
Problema ou questão de referência: identificação das necessidades de informação do usuário virtual através da questão
inicial recebida por e-mail;
Negociação da questão: reformulação da questão inicial enviado pelo usuário, se necessário;
Estratégia de busca: elaboração do roteiro com a seleção das fontes de informação que serão pesquisadas, seleção de
palavras-chave ou expressões de busca; a própria busca em si (recuperação da informação);
Resposta: Preparação da resposta; transmissão e comunicação dos resultados obtidos (referências e/ou links de acesso
pertinentes;
Avaliação: confirmação e feedback do usuário sobre resposta enviada por e-mail.
(ROSTIROLLA, 2006, p. 44)
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Referências
ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2012.
ARAÚJO JUNIOR, R. H. de. Precisão no processo de busca e recuperação da informação. Rio de Janeiro: Thesaurus Ed., 2007.

BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos da. Estudo de usuários: visão global dos métodos de coleta de
dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 2, p. 168-184, maio/ago. 2007.

CUNHA, Murilo Bastos da. Metodologia para estudo de usuários de informação científica e tecnológica. Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 10, n.2, p.5-19, jul. 1982.

DIAS, Eduardo Wense; NAVES, Madalena Martins Lopes. Análise de assunto: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2007.
FIGUEIREDO, N. M. de. Avaliação de coleções e estudo de usuários. Brasília, DF: Associação dos Bibliotecários do Distrito
Federal, 1979.

FIGUEIREDO, N. M. de. Tópicos modernos em Biblioteconomia. Brasília, Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal,
1977.

GIL LEIVA, Isidoro; FUJITA, Mariângela Spotti Lopes (Eds.). Política de Indexação. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília, SP:
Oficina Universitária, 2012.

GONÇALVES, A. L. F. Gestão da informação na perspectiva do usuário: subsídios para uma política em bibliotecas
universitárias. Rio de Janeiro: Interciência, 2013.

GROGAN, Denis Joseph. A prática do serviço de referência. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2001.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos 2004.

LE COADIC, Yves-François. A ciência da informação. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2004.

ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2002

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