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Tecnologia da

Informação Aplicada
para Administração
e Negócios
ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Vagner Silva

Revisão Textual:
Profª. Esp. Márcia Ota
Unidade ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

1- Estudo de casos 1

“A Transportadora Scalet investiu 150 mil reais em um sistema de gestão (ERP) que permitiu reduzir
em 8% os custos de operação. A empresa, que atua nos segmentos de indústria e comércio, possui
mais de 30 mil clientes rotativos e 5 mil ativos...
A solução faz o gerenciamento das operações relacionadas ao transporte de carga, além de controlar
o desempenho e a manutenção da frota de veículos. De acordo com Scalet Filho, o sistema aumenta
a disponibilidade de informações estratégicas, como prazos de entrega, cadastro de clientes,
contabilidade, tributos, materiais, patrimônio e distribuição. Dessa forma, é possível mensurar os
custos de cada operação.”

“...o Fasano vivia às voltas com um volume tão grande de procedimentos manuais que, além do
desperdício de tempo e de mão-de-obra, não conseguia ter acesso rápido a informações importantes
para o dia-a-dia do negócio. Um simples demonstrativo de desempenho, por exemplo, podia demorar
de dez a 15 dias para chegar às mãos de um gerente ou executivo da empresa, uma vez que muitos
dados estavam dispersos em várias planilhas Excel.
Como os sistemas não eram integrados, o mesmo trabalho muitas vezes precisava ser repetido em
áreas distintas da empresa. Era o que acontecia com a digitação dos dados das notas fiscais de
compra de produtos, como bebidas. Ao receber a mercadoria, o almoxarifado passava esses dados
para o sistema, antes de dar sequência ao processo, que ia parar em contas a pagar. Lá, por causa
da falta de integração, as informações eram digitadas novamente. “Havia uma repetição de trabalho
desnecessária”, diz Fabio Rosell, diretor financeiro do Fasano...”
”...o Fasano decidiu que estava na hora de ter um sistema integrado de gestão empresarial
(ERP), para substituir os controles baseados em planilhas e os vários sistemas que funcionavam
de forma isolada...”
Fonte http://info.abril.com.br/infosmb/edicoes/002/arquivos/5681_1.shtml

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Unidade: ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

2- Planejamento de Recursos de Materiais

As reportagens acima nos direcionam a concluir que


controles em empresas feitos de forma isoladas não trazem
grandes benefícios para a organização. A partir do momento
que a popularização dos computadores nas empresas ficou
viável, os controles sobre funcionários, matéria prima,
financeiro foram tomando forma dentro das organizações. Porém, cada departamento e
quando não muito alguns funcionários mantinham estes produtos de forma pessoal. Com
o passar do tempo, foi verificado que os controles isolados não traziam benefícios e havia
necessidade de integrá-los a fim de obter os benefícios que a informatização proporciona.
Abaixo você irá estudar as características e os benefícios que o sistema ERP proporciona às
empresas.

ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gestão empresarial que é


desenvolvido para modelar e automatizar a maioria dos processos na empresa (área de finanças,
comercial, logística, produção etc). O objetivo é facilitar a informatização de todos os recursos
da empresa, obrigando-a a repensar sua estrutura e seus processos, eliminando aplicações
incompatíveis e redundantes.

O software ERP integra e automatiza muitos processos unificando as informações de


vários setores da empresa evitando as redundâncias e inconsistências como as encontradas
em sistemas anteriores trazendo como benefício a possibilidade de decisões rápidas por parte
da administração. Desta forma, a empresa potencializa seus negócios devido à qualidade das
informações geradas.

Os sistemas ERP são fornecidos em módulos e podem ser adquiridos de forma unificada,
portanto a implantação poderá ser feita de forma gradativa, porém a cada módulo implantado
há uma integração com os módulos anteriores a fim de manter a consistência e visibilidade para
todas as atividades da empresa.

Há várias empresas desenvolvedoras e fornecedoras de sistemas ERP, dentre os ERP’s mais


conhecidos no mercado temos: SAP, Totvs, Oracle, JDEdwards, Bann entre outras.

A utilização do uso de sistemas ERP’s pelas empresas traz muitas vantagens, dentre algumas
delas podemos citar:
• Facilidade na tomada de decisão;
• Eliminação de redundâncias nas informações, incluindo processos redundantes;
• Agilidade nas respostas da empresa;
• Informações confiáveis;
• Informações otimizadas para tomada de decisões;
• Unificação e padronização das interfaces computadorizadas.

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O sistema de ERP é uma evolução dos antigos MRP (Materials Requirements Planning)
que foram desenvolvidos para facilitar o planejamento de materiais para a montagem de um
determinado produto. Neste sistema, bastava o responsável digitar a quantidade de produtos
a serem montados e o sistema informava a quantidade de matéria prima necessária para
montá-los, além de indicar a quantidade em estoque e a que precisava ser comprada. De posse
destas informações, geravam-se relatórios para as áreas responsáveis pela compra, produção
e almoxarifado. O MRP evoluiu para o MRP – II, que incorporou necessidades dos demais
recursos de manufatura usados na produção como mão-de-obra e equipamentos.
O sistema ERP englobou os conceitos do MRP e trouxe uma visão mais completa do
empreendimento como um todo incluindo todos os processos como demandas de custo, logística
e recursos financeiros. Nos anos 90 o ERP, tornou-se mais atrativo, pois além dos benefícios que
o sistema integrado proporciona, as redes de computadores tornaram-se mais interessantes
devido a equipamentos e tecnologias que foram sendo desenvolvidas por empresas do ramo de
tecnologia. A união de softwares eficazes com hardwares que ofereciam respostas rápidas fez do
ERP um forte aliado das empresas. Atualmente, uma empresa que deseja implantar ERP deve
realizar uma vistoria em sua infra-estrutura aproveitando ao máximo os equipamentos que já
estão em funcionamento como: servidores, computadores, impressoras e equipamentos de redes
como switch, modens, cabeação e roteadores. Além do hardware, uma atenção especial deve
ser dada para os softwares já existentes, um levantamento minucioso deve ser feito nos sistemas
utilizados a fim de verificar a possibilidade de integração destes sistemas com os sistemas ERP.
O módulo de compras de um ERP pode trazer informações importantes através de ícones
rápidos sobre:
• Últimas compras feitas com um determinado fornecedor;
• O que foi comprado;
• Qual a situação financeira com este fornecedor; devo dinheiro a ele, quais duplicatas
foram pagas quais faltam pagar.
• Compras feitas anteriormente com o fornecedor, se houve atraso na entrega ou não, que
produtos este fornecedor me fornece.
• Relação produtos fornecedores, ou seja, quais produtos uma empresa me fornece.
• Índice de atraso do fornecedor, com isto você poderá qualificar os fornecedores.

Figura 1: Relação entre os componentes em um ERP

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Unidade: ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

3- Características apresentadas em um ERP

Independente qual sistema ERP escolhido ele deve ter os seguintes fatores: estabilidade,
customização e usabilidade.

Estabilidade está relacionado ao desempenho, performance do sistema em relação à


abertura de telas, emissão de relatórios, respostas a consultas a banco de dados etc. Este
requisitos devem ser bem avaliados inclusive tendo como exemplos outras empresas que já
implantaram um ERP. É certo que durante a implantação haverá testes, mas jamais um teste
irá atingir o estado ideal que seria o sistema já funcionando em sua totalidade com pleno
processamento de todas as máquinas e capacidade de disco para armazenamento sendo
usado constantemente.

Customização, na pré-implantação, está relacionada ao levantamento de requisitos


feitos pelos analistas. Embora tenha módulos básicos, o ERP tem que ser desenvolvido de
acordo com as características da empresa, deve ser adequado ao negócio, deve ser flexível na
disponibilização de novas funcionalidades, nesta fase deve ser levantado tudo que o sistema não
contempla na sua modalidade padrão, mas é fundamental e estratégico a sua implementação
para o sucesso do negócio. O analista deve levantar informações como: qual será o nível de
ajuste nos processos? A empresa tem condições de adotar todos os processos do ERP? Quais
deverão ser adequados à empresa?

Customização, na pós implantação, por mais que tenha sido avaliada e implementada,
antes da implementação e testes, os usuários sempre identificam novos recursos que o sistema
poderia ter, pois neste período, os usuários começam a trabalhar com o sistema passando de telas
em telas e acabam solicitando algo que até então não tinha sido previsto na fase de levantamento
e testes. É certo que nesta fase as alterações ou solicitações de novas funcionalidades são e
devem ser feitas com menos frequência, pois há custos envolvidos para a empresa sobre estas
solicitações. Após a implantação, deve haver um contínuo gerenciamento do comprometimento
dos funcionários com a nova forma de se trabalhar com o sistema, sem este comprometimento o
ERP deixará de ser confiável e não irá contribuir para a melhoria do desempenho da organização.

Customização trivial é a fase onde as alterações são menos frequentes, as solicitações


são raramente feitas e só acontecem quando há mudança nos negócios, nas estratégias e no
mercado em que a empresa atua, portanto o sistema deve adequar a esta nova realidade
forçando a avaliação de determinados processos.

Usabilidade refere-se a como o usuário irá usar o sistema na prática, ou seja, o sistema
deve disponibilizar os recursos de forma amigável e de fácil entendimento, deve ter uma
estética global muito boa, os códigos são bem complexos, mas a interface não deve seguir esta
complexidade, pelo contrário, ela deve ser amigável e de fácil entendimento e padronizada em
relação a campos, cor de botões etc.

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4- Estudo de caso 2
“...Para que a filosofia da nova versão do ERP da GOL fosse respeitada,
até o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, foi
envolvido: “Chamei o presidente da empresa para dizer: tem de ir lá e
pontuar para as pessoas que não é para mexer. Fiz duas reuniões para
dizer isso também aos gerentes, diretores e vice-presidentes. A ideia
era mostrar que estamos investindo tantos milhões, tivemos tais e tais
problemas no passado e que agora vai ser assim. Fui pedir para que
me ajudem,” lembra Ramos. “

Para que o sistema ERP tenha uma boa adesão e envolvimento dos funcionários, não se
criando um clima de concorrência pelo motivo de alguns estarem participando do projeto e outros
não, sua implantação deve ser de forma planejada e neste planejamento deve ser considerado
o treinamento e a identificação de funcionários chaves para que o processo seja feito da melhor
forma possível. Deve-se trabalhar o medo e o receio dos funcionários que não estão participando
da implantação mantendo-os sempre informados sobre os procedimentos que estão sendo
realizados, grande parte do medo e receio é por motivo de falta de informações. É fundamental
o comprometimento de todos os envolvidos principalmente da alta administração da empresa.

5- Aspecto técnico para a implementação de um ERP

O melhor momento de implantar um ERP é quando:


• A empresa está muito bem financeiramente.
• Existe uma equipe bem treinada que vê o projeto com bons olhos.
• Há complexidade nos processos da empresa que precisa de uma integração e maior
controle, principalmente no momento que estiver bem no mercado em que atua.
• Aparecem indícios que mostram problemas no estoque, há um descontrole financeiro e
até indícios de fraude, então, está no momento adequado para a implantação do ERP.
É válido que ressaltar que o ERP exige grandes investimentos financeiros de tempo e
recursos humanos.
Em relação ao financeiro, é preciso comprar sessões de direitos, que é a licença de uso para
as máquinas, as quais irão usar o sistema simultaneamente. Há também a opção de locação
do sistema, uma prática que também é bem aceita pelas empresas, ou seja, você não compra
a licença de uso, mas paga como se fosse um aluguel, mesma analogia usada na compra ou
aluguel de um imóvel.

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Unidade: ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

Um sistema de ERP leva em média dois anos para ser implantado, mas isto não pode ser
levado muito em consideração, pois o tempo é o cliente que faz de acordo com a quantidade
de pessoas envolvidas, tamanho da empresa e quanto será investido durante um intervalo de
tempo, ou seja, se a empresa tem muito dinheiro, contrata muitos analistas e uma gerência de
projeto e a implantação acaba sendo bastante rápida e se não tem muito dinheiro, então, contrata
menos analistas com menos horas homem no projeto aumentando o tempo. Novamente, pode-
se fazer uma analogia com a construção de uma casa: você pode construir uma casa em três
messes ou dois anos, isto dependerá do investimento feito no tempo e, consequentemente,
da quantidade de pessoas e matérias envolvidas durante um determinado período de tempo.
Portanto, a implantação dependerá, basicamente, de dinheiro, recurso e equipe envolvida.
Várias empresas não implementam o ERP logo no início das operações. A implementação
de um sistema integrado só irá acontecer no momento que a empresa estiver consolidada no
ramo de atuação. Isto não significa que ela não deverá usar recursos tecnológicos para competir
no mercado, devido a estas características todas as empresas ao decidirem implantar um ERP
já têm equipamentos e softwares como ativo. Os recursos existentes devem ser considerados na
implantação do ERP, portanto uma análise minuciosa de equipamentos e softwares deve ser feita
para evitar gastos desnecessários. Abaixo será descrito os recursos que devem ser analisados e
qual a função de cada um deles.

5.1- Sistema Operacional


Um sistema operacional é um grupo integrado de programas que permitem a interação entre
o computador e o usuário. Podemos afirmar que um sistema operacional tem três funções
principais. Vamos ver quais são elas:

• Sem dúvida alguma, uma das funções importantes de um sistema operacional é ajudar
a criar e manipular um sistema de arquivos. Só para relembrar, um arquivo é uma
coleção de informações armazenadas em um computador. Os arquivos podem conter
programas, cartas, listas, orçamentos ou qualquer outra coisa que você queira reunir
e armazenar. Os sistemas operacionais trazem, em sua instalação, ferramentas para a
criação de novos arquivos e edição dos já existentes. Eles também permitem copiar,
apagar e renomear arquivos. O arquivo é armazenado em um sistema hierárquico de
diretórios, que chamamos de sistema de arquivos. Na maior parte das vezes, o sistema
operacional oculta todos os detalhes de como o sistema de arquivo interage com o
hardware e facilita o manuseio por meio de uma interação visual, permitindo que
você se concentre nos aspectos mais importantes do gerenciamento de seus arquivos.

• Outra função interessante e importante de um sistema operacional é a de executar


programas. Para esta análise, vamos considerar que os computadores consistem,
basicamente, em uma CPU ou (Unidade Central de Processamento) e uma RAM (Random
Accesss Memory), memória de acesso aleatório (memória temporária, cujo conteúdo
se perde quando você desliga o computador). Um programa de computador consiste
em uma sucessão de instruções (comandos) mantidas na memória RAM, geralmente
posicionadas em uma sequência. A CPU lê e executa cada instrução nessa sequência. O
sistema operacional gerencia o processo de carregamento dos programas na memória
para sua execução. Se o sistema operacional não controlasse esse carregamento dos
programas na memória, muitos programas iriam se sobrepor a outros e, com frequência,
não iríamos conseguir executá-los.

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• A terceira e última função de um sistema operacional diz respeito ao uso dos dispositivos
tanto de entrada como de saída conectados ao seu computador. Alguns dispositivos
que o sistema operacional permite acessar são os monitores, impressoras, teclado e
drivers acionadores de discos.

Mas porque se importar com os sistemas operacionais? Quando comentamos sobre custos
foi descrito que estes são elevados devido à licença para execução do ERP que deve ser
obtidas para cada computador. Dependendo do sistema operacional escolhido o conceito
de licença também é aplicado, por exemplo, os sistemas operacionais Windows devem ter
licenças para ser executado enquanto o sistema operacional Linux não precisa de licença, ou
seja, o Linux é gratuito.
É claro que pode haver uma mescla de sistemas operacionais em uma mesma empresa,
Windows e Linux podem trabalhar juntos, geralmente o Linux é usado no lado servidor e o
sistema Windows, por ser o sistema mais usado, é instalado na máquina dos usuários.
Os sistemas operacionais têm as mesmas características embora cada um ofereça interfaces e
aplicativos diferenciados entre si

5.2- Banco de dados


Um banco de dados é um conjunto de dados estruturados
adequadamente para ser utilizado de forma eficiente por uma
diversidade de aplicações. Um conjunto estruturado de dados
mostra, ao usuário, a existência de informações, de relações entre
os próprios dados, determinando o grau de importância entre eles.
Ele armazena dados informados pelos usuários e para que estes sejam armazenados de forma
adequada, os bancos de dados os organizam como registro, campo, tabela e tipo de dados.
Um campo é um dado armazenado de forma isolada ele descreve certos atributos, por
exemplo, se você for armazenar as informações de um carro os possíveis campos que fariam
parte deste banco seriam a marca, a cor, a placa, o modelo, o chassi e assim por diante.
Cada campo tem suas características de armazenamento, uns poderão armazenar somente
números, outros poderão aceitar dados alfanuméricos, esta característica de armazenamento
chama-se tipo de dados. Todas as informações que descrevem as características de um carro
em específico formam os registros, portanto um registro completo poderia ser: modelo fusca de
cor vermelha com uma placa DSC1234 e com o número de chassi 12345678. As informações
de vários registros formam as tabelas, pode-se concluir que as tabelas são constituídas de
registros e os campos.
Os acessos a estas informações, na maioria dos bancos de dados atuais, são feitos de
forma rápida e precisa, mas para que isto ocorra o desenvolvimento de um banco de dados
deve ser feito por profissionais especializados que utilizam metodologias adequadas para o
desenvolvimento. Estas metodologias evitam que haja dados repetidos, dados inconsistentes e
erros ao se armazenar determinadas informações, todo este processo dará maior segurança às
informações disponibilizadas melhorando a tomada de decisões por parte dos administradores.

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Os bancos de dados armazenam os dados e para que estes dados possam ser manipulados
de forma adequada um conjunto de programas deve ser desenvolvido por algumas
empresas e disponibilizado para uso. Este conjunto de programas, cujo nome é Sistema de
Gerenciamento de Banco de Dados são responsáveis por isentar o usuário das tarefas mais
árduas para obter informações.
Os Sistemas de Banco de Dados mais comuns usados por empresas de grande porte são
o Oracle, O Microsoft SQL, o DB2 entre outros. Todos eles disponibilizam a linguagem PL-
SQL (Procedural Language / Structured Query Language), uma linguagem que permite a
manipulação dos dados através de comandos básicos e padronizados.
A escolha de um banco de dados para armazenar as informações da empresa é de
responsabilidade da própria empresa, em conjunto com os desenvolvedores do ERP pode-
se, através de avaliação, decidir qual banco de dados usar. Todos os bancos citados acima
são capazes de interagir muito bem com sistema ERP dando respostas rápidas e precisas
considerando grandes volumes de informações.

5.3- Redes de Computadores


Uma rede de computadores é o conjunto de componentes que interligados uns com os
outros possibilita a comunicação via protocolos. Os componentes são computadores e outros
dispositivos que organizam e estabelecem interconexões entre as redes.
Num sentido mais genérico, o termo dispositivo é usado para representar qualquer
entidade conectada à rede. Estas entidades podem ser impressoras, computadores,
servidores de comunicação, repetidores, pontes, switch, roteadores e diversos outros
dispositivos de uso específico.
Para que haja conexões entre um computador e outro dispositivo, utilizam-se circuitos como placa
de rede e meios de redes que pode ser físico ou não. O ambiente para interligação dos dispositivos é
chamado de meio, ele fornece as condições adequadas para que a comunicação aconteça. Os meios
físicos usados para a conexão são cabo coaxial, cabo de par trançado e fibra óptica.
A radiofrequência é o meio, não físico, usado para transmitir informações, chama-se a este
tipo de meio de Wireless e as tecnologias mais conhecidas que se utilizam deste meio são o Wi-
Fi, WiMax, infravermelho e bluetooth.
Além de toda a parte tecnológica deve haver regras comuns para que os dispositivos possam
se comunicar, o protocolo é a regra utilizada pelos dispositivos para esta finalidade. O protocolo
mais comum usado na Internet é o TCP/IP, no entanto há outros protocolos como o ARP, SNMP,
RIP e outros que auxiliam na comunicação dos dispositivos. Estes protocolos são importantes
para a comunicação entre clientes e servidores,
As redes são classificadas em WAN, LAN e MAN.
• A LAN – Local Área Network – são as redes locais de uma empresa, escritório e as
redes implantadas em casa.
• A MAN – Metropolitan Área Network – são as redes que têm alcance metropolitano,
ou seja, uma rede que interconecta recursos computacionais em uma área referente a
uma metrópole é considerada uma MAN.
• A WAN – Wide Área Network – são as redes que interconectam recursos computacionais
distantes geograficamente uns dos outros.

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A evolução dos dispositivos de rede torna possível que a velocidade com que as informações
trocadas sejam cada vez mais rápidas. A exigência por velocidades maiores é uma necessidade
cada vez mais frequente por parte dos usuários, se no início das redes de computadores só era
transmitido textos a uma velocidade de 9.600 bps (bits por segundos), hoje as imagens, sons,
filmes, vídeo exigem velocidades maiores e também maior largura de banda.
A largura de banda pode ser analogamente comparada com uma rodovia, quanto maior a
quantidade de pistas melhor será o tráfego, então quanto maior a largura de banda maior será
o tráfego das informações.
Estes são os recursos físicos que deverão ser analisados e considerados na implementação
de um ERP. Vários funcionários mantêm controles feitos em planilhas eletrônicas e até mesmo
em banco de dados que não comporta grande volume de informações, estes controles devem
ser avaliados também para verificar se poderá ser implantado ou se o ERP irá contemplar as
informações necessárias. Enfim, tudo o que a empresa tem como recurso deve ser avaliado e
considerado para evitar custos desnecessários durante e depois da implantação.

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Referências
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando
a empresa digital. 5.ed.Sao Paulo: Pearson, 2005.

SILVA, R. O. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson, 2008.

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Anotações

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