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Material Teórico

ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Vagner Silva
Prof.ª Me. Lidiane Campos Brito
Revisão Técnica:
Prof. Me. Douglas Almendro

Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
ERP - Planejamento de
Recursos Empresariais

• Estudo de Caso 1;
• Planejamento de Recursos de Materiais;
• Características Apresentadas em um ERP;
• Estudo de Caso 2;
• Aspecto Técnico para a Implementação de um ERP.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta unidade, iremos estudar a importância e a aplicabilidade
dos sistemas integrados. Esta é uma unidade bastante produtiva e
relacionada ao mundo corporativo, por isso espero que, após ler o
conteúdo e assistir ao vídeo relativo a ele, você possa utilizar essas
informações de forma prática em seu trabalho.
UNIDADE ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

Contextualização
Você já ouviu falar de ERP (Enterprise Resource Planning)?

ERP é um sistema integrado de gestão empresarial que pode ser desenvolvido


para modelar, automatizar e facilitar a informatização dos recursos de uma empresa.

Parece simples? Essa é a intenção.

Para compreender melhor os objetivos de um ERP, sua aplicabilidade, caracte-


rísticas e funcionalidade, você deve acessar os textos e o vídeo disponível no link
Material Didático. Lá, você encontrará explicações em uma linguagem simples e
objetiva. Além disso, há dois pequenos estudos de caso inseridos no conteúdo que
o ajudarão a compreender melhor o assunto, tornando a sua leitura mais dinâmica.

Falando em dinamismo, proponho um desafio extra-aula para você. Procure


conversar com um conhecido ou amigo que utiliza ERP em seu trabalho. Faça per-
guntas, indague sobre os recursos possíveis e compare com o seu conteúdo teórico.

É um belo desafio e, tenho certeza, uma excelente forma de aprendizagem,


afinal, para uma boa prática, nada melhor que a teoria!

Mas lembre-se, esta é uma atividade extra-aula, OK? Se quiser compartilhar sua
experiência, mande uma mensagem no fórum. Será bastante proveitoso!
Qualquer dúvida, por favor, entre em contato com o seu professor tutor, OK?
Bons estudos.

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Estudo de Caso 1
“A Transportadora Scalet investiu 150 mil reais em um sistema de gestão
(ERP) que permitiu reduzir em 8% os custos de operação. A empresa,
que atua nos segmentos de indústria e comércio, possui mais de 30 mil
clientes rotativos e 5 mil ativos. Segundo Amauri Scalet Filho, gerente
de custos da transportadora, o software implementado [...] gerou maior
organização do planejamento em todas as áreas da companhia. [...]

A solução faz o gerenciamento das operações relacionadas ao transporte


de carga, além de controlar o desempenho e a manutenção da frota de
veículos. De acordo com Scalet Filho, o sistema aumenta a disponibilidade
de informações estratégicas, como prazos de entrega, cadastro de clientes,
contabilidade, tributos, materiais, patrimônio e distribuição. Dessa forma
é possível mensurar os custos de cada operação.”

Fonte: computerworld.com.br

“[...] o Fasano vivia às voltas com um volume tão grande de procedimentos


manuais que, além do desperdício de tempo e de mão-de-obra, não
conseguia ter acesso rápido a informações importantes para o dia a dia
do negócio. Um simples demonstrativo de desempenho, por exemplo,
podia demorar de dez a 15 dias para chegar às mãos de um gerente ou
executivo da empresa, uma vez que muitos dados estavam dispersos em
várias planilhas Excel.

Como os sistemas não eram integrados, o mesmo trabalho muitas vezes


precisava ser repetido em áreas distintas da empresa. Era o que acontecia
com a digitação dos dados das notas fiscais de compra de produtos, como
bebidas. Ao receber a mercadoria, o almoxarifado passava esses dados
para o sistema, antes de dar sequência ao processo, que ia parar em
contas a pagar. Lá, por causa da falta de integração, as informações eram
digitadas novamente. ‘Havia uma repetição de trabalho desnecessária’,
diz Fabio Rosell, diretor financeiro do Fasano [...]”

“[...] o Fasano decidiu que estava na hora de ter um sistema integrado


de gestão empresarial (ERP), para substituir os controles baseados em
planilhas e os vários sistemas que funcionavam de forma isolada [...]”

Fonte: exame.abril.com.br

Planejamento de Recursos de Materiais


As reportagens acima nos direcionam a concluir que os controles que as empresas
fazem de forma isolada não trazem grandes benefícios para a organização. A
partir do momento em que a popularização dos computadores nas empresas ficou
viável, o monitoramento de funcionários, da matéria prima, do setor financeiro
foi tomando forma dentro das organizações. Porém cada departamento ou, em

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UNIDADE ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

caso de poucos funcionários, cada um destes mantinha o controle dos produtos de


forma individual. Com o passar do tempo, verificou-se que os controles realizados
isoladamente não traziam vantagens e que havia necessidade de integrá-los a fim
de obter os benefícios que a informatização proporciona. Abaixo você irá estudar
as características e as vantagens que o sistema ERP proporciona às empresas.
ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gestão
empresarial que é desenvolvido para modelar e automatizar a maioria dos
processos na empresa (área de finanças, comercial, logística, produção, etc.). O
objetivo é facilitar a informatização de todos os recursos da empresa, obrigando-a a
repensar sua estrutura e seus processos, a fim de eliminar aplicações incompatíveis
e redundantes.
O software ERP integra e automatiza muitos processos, unificando as informa-
ções de vários setores da empresa e, dessa forma evita as redundâncias e inconsis-
tências como as encontradas em sistemas anteriores além de trazer como benefício
a possibilidade de decisões rápidas por parte da administração. Assim sendo, a
empresa potencializa seus negócios devido à qualidade das informações geradas.
Os sistemas ERP são fornecidos em módulos e podem ser adquiridos de forma
unificada, portanto a implantação pode ser feita de forma gradativa, porém, a cada
módulo implantado, promove-se uma integração com os módulos anteriores, a fim
de manter a consistência e visibilidade para todas as atividades da empresa.
Há várias empresas desenvolvedoras e fornecedoras de sistemas ERP. Entre
os ERP’s mais conhecidos no mercado, existem: SAP, Totvs, Oracle, JDEdwards,
Bann e outros.
A utilização de sistemas ERP’s pelas empresas traz muitas vantagens, entre as
quais podemos citar:
• Facilidade na tomada de decisão;
• Eliminação de redundâncias nas informações, incluindo processos redundantes;
• Agilidade nas respostas da empresa;
• Informações confiáveis;
• Informações otimizadas para tomada de decisões;
• Unificação e padronização das interfaces computadorizadas.

O sistema de ERP é uma evolução dos antigos MRP (Materials Requirements


Planning), que foram desenvolvidos para facilitar o planejamento de materiais para
a montagem de um determinado produto. Neste sistema, bastava o responsável
digitar a quantidade de produtos a serem montados e o sistema informava
a quantidade de matéria prima necessária para montá-los, além de indicar a
quantidade dessa matéria em estoque e quanto precisava ser comprado. De posse
dessas informações, geravam-se relatórios para as áreas responsáveis pela compra,
produção e almoxarifado. O MRP evoluiu para o MRP – II, que incorporou
necessidades dos demais recursos de manufatura usados na produção, como mão-
de-obra e equipamentos.

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O sistema ERP englobou os conceitos do MRP e trouxe uma visão mais
completa do empreendimento como um todo, incluindo todos os processos, como
demandas de custo, logística e recursos financeiros. Nos anos 90, o ERP tornou-se
mais atrativo, pois, além dos benefícios que o sistema integrado proporciona, as
redes de computadores tornaram-se mais interessantes devido a equipamentos e
tecnologias que foram sendo desenvolvidos por empresas do ramo de tecnologia.
A união de softwares eficazes com hardwares que ofereciam respostas rápidas
fez do ERP um forte aliado das empresas. Atualmente, uma empresa que deseja
implantar ERP deve realizar uma vistoria em sua infraestrutura, aproveitando ao
máximo os equipamentos que já estão em funcionamento, como: servidores,
computadores, impressoras e equipamentos de redes como switch, modens,
cabeação e roteadores. Além do hardware, uma atenção especial deve ser dada
para os softwares já existentes; um levantamento minucioso deve ser feito nos
sistemas utilizados a fim de verificar a possibilidade de integração desses sistemas
com os sistemas ERP.

O módulo de compras de um ERP pode trazer, através de ícones rápidos,


informações importantes sobre:
• Últimas compras feitas com um determinado fornecedor;
• O que foi comprado dele;
• Qual a situação financeira com esse fornecedor, ou seja, informa se se deve
dinheiro a ele, quais duplicatas foram pagas, quais faltam ser pagas;
• Compras feitas anteriormente com o fornecedor; se houve atraso na entrega
ou não; que produtos esse fornecedor fornece para a empresa;
• Relação produtos/fornecedores, ou seja, quais produtos uma empresa fornece
para a empresa;
• Índice de atraso do fornecedor.

Com essas informações torna-se possível qualificar os fornecedores.

Diretoria e Acionistas
Relatórios Finanças e
Vendas e
Controladoria
Distribuição
Pessoal
Fornecedores

Administrativo
Clientes

Representantes Base de
de Vendas Dados Central Manufatura
e Serviços
Pessoal do
Chão de Fábrica
Apoio a Gerenciamento
Serviços Gerenciamento de de materiais
Recursos Humanos
Funcionários

Figura 1 – Relação entre os componentes em um ERP

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Características Apresentadas em um ERP


Independente de qual sistema ERP tenha sido escolhido, é importante que ele
apresente os seguintes fatores: estabilidade, customização e usabilidade.

A estabilidade está relacionada ao desempenho, performance do sistema em re-


lação à abertura de telas, emissão de relatórios, respostas a consultas a banco de da-
dos, etc. Esses requisitos devem ser bem avaliados, inclusive tendo, como exemplos,
outras empresas que já implantaram um ERP. É certo que, durante a implantação,
haverá testes, mas jamais um teste irá atingir o estado ideal, que seria ter o sistema
já funcionando em sua totalidade com pleno processamento de todas as máquinas e
a capacidade de disco para armazenamento sendo usada constantemente.

A customização, na pré-implantação, está relacionada ao levantamento de


requisitos feitos pelos analistas. Embora tenha módulos básicos, o ERP tem que ser
desenvolvido de acordo com as características da empresa: deve ser adequado ao
negócio, deve ser flexível na disponibilização de novas funcionalidades. Nesta fase
deve ser levantado tudo que o sistema não contempla na sua modalidade padrão,
mas cuja implementação é fundamental e estratégica para o sucesso do negócio. O
analista deve levantar informações como: qual será o nível de ajuste nos processos?
A empresa tem condições de adotar todos os processos do ERP? Quais destes
deverão ser adequados à empresa?

Por mais que tenha sido avaliado e testado antes da implementação, na pós-
implantação os usuários sempre identificam novos recursos que o sistema poderia
ter, pois, nesse período, os usuários começam a trabalhar com o sistema passando de
tela em tela, e acabam identificando e solicitando algo que, na fase de levantamento
e testes, não tinha sido previsto. É certo que nesta fase as alterações ou solicitações
de novas funcionalidades são e devem ser feitas com menos frequência, pois há
custos envolvidos para a empresa em razão dessas solicitações. Após a implantação,
deve haver um contínuo gerenciamento do comprometimento dos funcionários
com a nova forma de trabalhar com o sistema; sem esse comprometimento, o
ERP deixará de ser confiável e não irá contribuir para a melhoria do desempenho
da organização.

A customização trivial é a fase em que as alterações são menos frequentes, as


solicitações são raramente feitas e só acontecem quando há mudança nos negócios,
nas estratégias e no mercado em que a empresa atua. Neste caso o sistema deve
adequar a esta nova realidade forçando a avaliação de determinados processos.

A usabilidade refere-se a como o usuário irá usar o sistema na prática, ou seja, o


sistema deve disponibilizar os recursos de forma agradável e de fácil entendimento,
deve ter uma estética global muito boa, e, embora os códigos sejam bem complexos,
a interface não deve seguir esta complexidade, pelo contrário, ela deve ser agradável,
de fácil entendimento e padronizada em relação a campos, cor de botões, etc.

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Estudo de Caso 2
“[...] Para que a filosofia da nova versão do ERP da GOL fosse respei-
tada, até presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, foi
envolvido: ‘Chamei o presidente da empresa para dizer: tem de ir lá e
pontuar para as pessoas que não é para mexer. Fiz duas reuniões para
dizer isso também aos gerentes, diretores e vice-presidentes. A ideia era
mostrar que estamos investindo tantos milhões, tivemos tais e tais pro-
blemas no passado e que agora vai ser assim. Fui pedir para que me
ajudem,’ lembra Ramos.”

Fonte: <https://goo.gl/YaEuER>

Para que o sistema ERP tenha uma boa adesão e envolvimento dos funcionários
sem criar um clima de concorrência, uma vez que alguns deles participam do
projeto e outros não, sua implantação deve ser feita de forma planejada e, nesse
planejamento, é preciso considerar o treinamento e a identificação de funcionários-
chaves para que o processo ocorra da melhor forma possível. Deve-se trabalhar o
medo e o receio dos funcionários que não estejam participando da implantação,
mantendo-os sempre informados sobre os procedimentos que estão sendo
realizados, pois grande parte do medo e do receio deve-se à falta de informações.
É fundamental o comprometimento de todos os envolvidos, principalmente da alta
administração da empresa.

Aspecto Técnico para a


Implementação de um ERP
O melhor momento de implantar um ERP é quando:
• A empresa está muito bem financeiramente;
• Existe uma equipe bem treinada que vê o projeto com bons olhos;
• A complexidade dos processos da empresa gera a necessidade de integração e
maior controle, principalmente no momento em que esteja bem no mercado
em que atua;
• Aparecem indícios que mostram problemas no estoque, um descontrole
financeiro e até indícios de fraude; esse é um momento adequado para a
implantação do ERP;

É válido ressaltar que o ERP exige grandes investimentos financeiros, investimento


de tempo e em recursos humanos.

O investimento financeiro recai sobre a compra de cessão de direitos, que é a


licença de uso para as máquinas, as quais irão usar o sistema simultaneamente. Há
também a opção de locação do sistema, uma prática que também é bem aceita pelas

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empresas, ou seja, a empresa não compra a licença de uso, mas paga por seu uso
como se fosse um aluguel, transação análoga à compra ou aluguel de um imóvel.

Um sistema de ERP leva, em média, dois anos para ser implantado, mas isso não
pode ser levado muito em consideração, pois o tempo é o cliente que determina
de acordo com a quantidade de pessoas envolvidas, tamanho da empresa e valor
que será investido durante um intervalo de tempo. Ou seja, se a empresa tem muito
dinheiro, contrata muitos analistas e uma gerência de projeto e a implantação acaba
sendo bastante rápida, mas, se não tem muito dinheiro, contrata menos analistas
com menos horas-homem no projeto, aumentando o tempo de implantação.
Novamente, pode-se fazer uma analogia com a construção de uma casa: pode-se
construir uma casa em três meses ou em dois anos; isso dependerá do investimento
feito e, consequentemente, da quantidade de pessoas e materiais envolvidos
durante um determinado período de tempo. Portanto, a implantação dependerá,
basicamente, de dinheiro, recurso e equipe envolvida.

Várias empresas não implementam o ERP logo no início das operações. A


implementação de um sistema integrado só irá acontecer no momento em que a
empresa estiver consolidada no ramo de atuação, mas isso não significa que ela não
deva usar recursos tecnológicos para competir no mercado. Devido a esse fato todas
as empresas, ao decidirem implantar um ERP, já terão equipamentos e softwares
como ativo. Os recursos já existentes devem ser considerados na implantação do
ERP, portanto uma análise minuciosa dos equipamentos e softwares presentes na
empresa deve ser feita para evitar gastos desnecessários. Abaixo seguem descritos
os recursos que devem ser analisados e qual a função de cada um deles.

Sistema Operacional
Um sistema operacional é um grupo integrado de programas que permitem
a interação entre o computador e o usuário. Podemos afirmar que um sistema
operacional tem três funções principais. Vamos ver quais são elas:
• Sem dúvida alguma, uma das funções importantes de um sistema operacional
é ajudar a criar e manipular um sistema de arquivos. Só para relembrar, um
arquivo é uma coleção de informações armazenadas em um computador. Os
arquivos podem conter programas, cartas, listas, orçamentos ou qualquer outra
coisa que você queira reunir e armazenar. Os sistemas operacionais trazem,
em sua instalação, ferramentas para a criação de novos arquivos e edição dos
já existentes. Eles também permitem copiar, apagar e renomear arquivos. O
arquivo é armazenado em um sistema hierárquico de diretórios, que chamamos
de sistema de arquivos. Na maior parte das vezes, o sistema operacional oculta
todos os detalhes de como o sistema de arquivo interage com o hardware e
facilita o manuseio por meio de uma interação visual, permitindo que você se
concentre nos aspectos mais importantes do gerenciamento de seus arquivos.

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• Outra função interessante e importante de um sistema operacional é a de
executar programas. Para esta análise, vamos considerar que os computadores
consistem, basicamente, de uma CPU (Unidade Central de Processamento) e de
uma RAM (Random Accesss Memory), memória de acesso aleatório (memória
temporária, cujo conteúdo se perde quando você desliga o computador). Um
programa de computador consiste em uma sucessão de instruções (comandos)
mantidas na memória RAM, geralmente posicionadas em uma sequência.
A CPU lê e executa cada instrução nessa sequência. O sistema operacional
gerencia o processo de carregamento dos programas na memória para sua
execução. Se o sistema operacional não controlasse esse carregamento dos
programas na memória, muitos programas iriam se sobrepor a outros e, com
frequência, não conseguiríamos executá-los.
• A terceira e última função de um sistema operacional diz respeito ao uso dos
dispositivos tanto de entrada como de saída conectados ao seu computador.
Alguns dispositivos que o sistema operacional permite acessar são os monitores,
impressoras, teclado e drivers acionadores de discos.

Mas por que se importar com os sistemas operacionais? Quando, acima, falamos
dos custos, foi comentado que estes são elevados devido à necessidade de compra
(ou aluguel) da licença para execução do ERP, a qual deve ser obtida para cada
computador. Dependendo do sistema operacional escolhido, o conceito de licença
também é aplicado; por exemplo, os sistemas operacionais Windows devem ter
licença para ser executado enquanto o sistema operacional Linux não precisa de
licença, ou seja, o Linux é gratuito.

É claro que pode haver uma mescla de sistemas operacionais em uma mesma
empresa, Windows e Linux podem trabalhar juntos. Geralmente o Linux é usado
no lado servidor e o sistema Windows, por ser o sistema mais usado, é instalado na
máquina dos usuários.

Os sistemas operacionais têm as mesmas características, embora cada um


ofereça interfaces e aplicativos diferenciados entre si.

Banco de Dados
Um banco de dados é um conjunto de dados estruturado adequadamente para
ser utilizado de forma eficiente por uma diversidade de aplicações. Um conjunto
estruturado de dados mostra, ao usuário, a existência de informações, de relações
entre os próprios dados, determinando o grau de importância entre eles.

Ele armazena dados informados pelos usuários e, para que eles sejam
armazenados de forma adequada, os bancos de dados organizam-nos em forma de
registro, campo, tabela e tipo de dados.

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Um campo é um dado armazenado de forma isolada; ele descreve certos atribu-


tos. Como exemplo podemos citar que, ao armazenar as informações de um carro,
os possíveis campos que fariam parte deste banco seriam referentes à marca, à cor,
à placa, ao modelo, ao chassi e assim por diante. Cada campo tem suas caracterís-
ticas de armazenamento: uns poderão armazenar somente números, outros pode-
rão aceitar dados alfanuméricos. Essa característica de armazenamento chama-se
tipo de dados.

Todas as informações que descrevem as características de um carro específico


formam os registros, portanto um registro completo, no caso do exemplo citado,
poderia ser: modelo fusca de cor vermelha com uma placa DSC1234 e com o
número de chassi 12345678.

As informações de vários registros formam as tabelas, assim sendo pode-se


concluir que as tabelas são constituídas de registros e campos.

Os acessos a essas informações, na maioria dos bancos de dados atuais, são


feitos de forma rápida e precisa, mas, para que isso ocorra, o desenvolvimento
de um banco de dados deve ser feito por profissionais especializados que utilizam
metodologias adequadas para o seu desenvolvimento. Essas metodologias
evitam que haja dados repetidos, dados inconsistentes e erros ao se armazenar
determinadas informações. Todo esse processo dará maior segurança às informações
disponibilizadas, melhorando a tomada de decisões por parte dos administradores.

Os bancos de dados armazenam os dados e, para que estes dados possam ser
manipulados de forma adequada, um conjunto de programas deve ser desenvolvido
por algumas empresas e disponibilizado para uso. Esse conjunto de programas,
cujo nome é Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados, é responsável por
isentar o usuário das tarefas mais árduas a fim de obter informações.

Os Sistemas de Banco de Dados mais comuns usados por empresas de grande


porte são o Oracle, o Microsoft SQL, o DB2 entre outros. Todos eles disponibili-
zam a linguagem PL-SQL (Procedural Language / Structured Query Language),
uma linguagem que permite a manipulação dos dados através de comandos bási-
cos e padronizados.

A escolha de um banco de dados para armazenar as informações da empresa


é de responsabilidade da própria empresa. Em conjunto com os desenvolvedores
do ERP, pode-se, através de avaliação, decidir qual banco de dados usar. Todos os
bancos citados acima são capazes de interagir muito bem com sistema ERP, dando
respostas rápidas e precisas, considerando grandes volumes de informações.

Redes de Computadores
Uma rede de computadores é o conjunto de componentes que, interligados
uns aos outros, possibilitam a comunicação via protocolos. Os componentes são
computadores e outros dispositivos que organizam e estabelecem interconexões
entre as redes.

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Num sentido mais genérico, o termo dispositivo é usado para representar qual-
quer entidade conectada à rede. Estas entidades podem ser impressoras, com-
putadores, servidores de comunicação, repetidores, pontes, switch, roteadores e
diversos outros dispositivos de uso específico.
Para que haja conexões entre um computador e outro dispositivo, utilizam-se
circuitos como placa de rede e meios de redes, os quais podem ser físicos ou não.
O ambiente para interligação dos dispositivos é chamado de meio; ele fornece as
condições adequadas para que a comunicação aconteça. Os meios físicos usados
para a conexão são o cabo coaxial, o cabo de par trançado e a fibra óptica.
A radiofrequência é o meio não físico usado para transmitir informações. Cha-
ma-se esse tipo de meio de Wireless e as tecnologias mais conhecidas que se utili-
zam desse meio são o Wi-Fi, WiMax, infravermelho e bluetooth.
Além de toda a parte tecnológica, deve haver regras comuns para que os
dispositivos possam se comunicar; o protocolo é a regra utilizada pelos dispositivos
para essa finalidade. O protocolo mais comum usado na Internet é o TCP/IP, no
entanto há outros protocolos como o ARP, SNMP, RIP e outros que auxiliam na
comunicação dos dispositivos. Esses protocolos são importantes para a comunicação
entre clientes e servidores.
As redes são classificadas em WAN, LAN e MAN.
• A LAN – Local Area Network: são as redes locais de uma empresa, escritório
e as redes implantadas em casa.
• A MAN – Metropolitan Area Network: são as redes que têm alcance metro-
politano, ou seja, uma rede que interconecta recursos computacionais em uma
área referente a uma metrópole é considerada uma MAN.
• A WAN – Wide Area Network: são as redes que interconectam recursos
computacionais distantes geograficamente uns dos outros.
A evolução dos dispositivos de rede torna possível que a velocidade da troca de
informações seja cada vez maior. A exigência por velocidades maiores cresce cada
vez mais entre os usuários e torna-se cada vez mais frequente. Se, no início das
redes de computadores, só eram transmitidos textos a uma velocidade de 9.600
bps (bits por segundos), hoje as imagens, sons, filmes, vídeos exigem velocidades
maiores e também maior largura de banda.
A largura de banda pode ser analogamente comparada a uma rodovia: quanto
maior a quantidade de pistas melhor será o tráfego, então quanto maior a largura
de banda maior será o tráfego das informações.
Esses são os recursos físicos que deverão ser analisados e considerados na im-
plementação de um ERP. Vários funcionários mantêm controles feitos em planilhas
eletrônicas e até mesmo em banco de dados que não comportam grande volume
de informações. Esses controles também devem ser avaliados a fim de que se veri-
fique a possibilidade de sua implantação e se o ERP irá contemplar as informações
necessárias. Enfim, tudo o que a empresa tem como recurso deve ser avaliado e
considerado para evitar custos desnecessários durante e depois da implantação.

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UNIDADE ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
ERP’S Nas 1.000 Maiores Empresas Brasileiras
Como sugestão segue um link sobre um estudo de ERPs no brasil e no mundo.
https://bit.ly/33ju94D

 Leitura
Sistemas Integrados de Gestão ERP em Pequenas Empresas: Um Confronto entre o Referencial Teórico
e a Prática Empresarial
MENDES, Julia Veiga; ESCRIVÃO FILHO, Edmundo. Sistemas integrados de
Gestão ERP em pequenas empresas: um confronto entre o referencial teórico e a
prática empresarial. Gestão & Produção, v.9, n.3, p.277-296, dez. 2002.
https://goo.gl/NKNMrM
Enterprise Resource Planning (ERP)
PACIEVITCH, Thais. Enterprise Resource Planning (ERP). InfoEscola.
https://goo.gl/1Rzfw4
Sistemas ERP: Características, Custos e Tendências
PADILHA, Thais Cássia Cabral; MARINS, Fernando Augusto Silva. Sistemas ERP:
características, custos e tendências. Revista Produção. v. 15, n. 1, p. 102-113, Jan./
Abr. 2005.
https://goo.gl/YGoJO7
ERP-Enterprise Resource Planning
VENTORIN, Alessandro José. ERP-Enterprise Resource Planning. Uma abordagem
aos sistemas de gestão integrada.
https://bit.ly/3f18Ry4

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Referências
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais:
Administrando a empresa digital. 5.ed.Sao Paulo: Pearson, 2005.

SILVA, R. O. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson, 2008.

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