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4.

A importância da escolha das infraestruturas tecnológicas em face da sua evolução e da sua


importância para a produção de informação estratégica

O sucesso da empresa depende dos níveis de qualidade que as mesmas procuram


estabelecer como forma de aperfeiçoar e inovar sua tecnologia nos serviços e produtos. A
qualidade é um item importante para o mercado consumidor, não adianta fazer algo que tenha
custos menores se a mesma não possui qualidade significativa para atender as expectativas do
consumidor. Utilizar a tecnologia de forma que ajude a empresa manter seus níveis de
qualidade superior, leva credibilidade e valorização nos seus serviços e produtos oferecidos.

Inovar significa, não somente pensar em lucratividade, mas em sustentabilidade e


responsabilidade, devemos utilizar tecnologia para mantermos sustentáveis no meio ambiente
e socialmente. (Rodrigues, 2008)

4.1. Business Inteligence

Segundo Sezões et. al. (2006), o conceito de business intelligence é um conceito lato e
generalista, hoje relacionado com uma determinada categoria de processos de negócio,
aplicações de software e tecnologias específicas. As suas metas fundamentais são,
genericamente, recolher dados, transformá-los em informação (através de descoberta de
padrões e tendências) e, sequencialmente, informação em conhecimento útil e oportuno para a
tomada de decisão.

A exigência e a complexidade tecnológica acompanharam estes novos imperativos e


tendências. As informações produzidas e as bases de dados dos negócios/actividades estão a
crescer a ritmo exponencial. Os sistemas ERP (enterprise resource planning), CRM (customer
relationship management), SCM (supply chain management), data warehouses e Internet estão
constantemente a oferecer informações aos gestores; é, pois, necessário transformar dados em
conhecimento. (Sezões et. al., 2006)
4.2. Enterprise Resource Planning

Os sistemas ERP são sistemas de informação integrados, adquiridos na forma de pacotes


comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma
empresa. Considerando-se o modelo da cadeia de valor, pode-se entender que o sistema ERP
propõe-se a cobrir as atividades empresariais que vão da logística de entrada até às
relacionadas com a logística de saída e parte das atividades de marketing e vendas. (Souza,
2005)

Então ERP nada mais é do que um termo genérico que pretende identificar o conjunto
de atividades executadas por um pacote de software modular e tem por seu principal objetivo,
o auxílio dos processos de gestão de uma empresa. Em sua essência, o ERP torna a troca de
informação conveniente, para a pessoa certa, no momento ideal.

Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados central e única, e por módulos e
processos. É preciso ressaltar a diferença entre módulos e processos:

- Módulos: Armazenam somente informações sobre uma determinada área da


empresa (por exemplo, financeira ou recursos humanos), e não possuem ligação direta
com os outros módulos que compõe o sistema.

- Processos: Os processos são os responsáveis pela troca de informação entre os


módulos do sistema e também a base de dados central.

Segundo Barros (2005), existem três razões principais para uma empresa adotar o
sistema ERP, são elas:

- Para integrar dados financeiros: Como o sistema ERP é composto por módulos,
cada módulo quando requisitado gera diferentes versões da verdade, depois estas
versões são enviadas para o sistema ERP (central de processamento de dados do
sistema), e este gera uma única versão da verdade, e esta versão por sua vez não pode
ser contestada por nenhum módulo, por se tratar de um sistema integrado.

- Para uniformizar o processo de manufatura: Quando uma empresa com mais


de uma unidade faz uso de métodos e softwares diferentes, para realizar uma mesma
tarefa, em cada uma das suas unidades, isto acarreta um aumento no custo de
produção e um aumento no tempo de execução das tarefas, criando uma diminuição na
produtividade da empresa. A implementação de um sistema único em todas as unidades
favorece o fluxo de comunicação entre as unidades, melhorando consideravelmente os
pontos expostos acima.

- Para uniformizar as informações de recursos humanos: Também para empresas


com mais de uma unidade, com a uniformização das informações de RH, as empresas
conseguem obter um melhor conhecimento de qual serviço um determinado
funcionário realiza dentro da organização e cria um controlo maior sobre benefícios a
serem pagos (por exemplo, horas extras).

4.3. Business Process Planning

Um processo deve ter objetivos e estrutura apropriados, permitindo que ele funcione

teleologicamente e eficientemente. Para funcionar com desempenho, um processo deve ser


gerenciado adequadamente. O Business Process Management (BPM) inclui:

- gerenciamento de metas, que inclui sub-metas funcionais em cada estágio


crítico do projeto;

- gestão do desempenho, que inclui receber feedback regular sobre os


resultados do processo, monitorar o desempenho real por dimensões de medição
definidas em alvos, fornecendo feedback, identificando e corrigindo as deficiências do
processo, ou seja, monitorar e controlar o progresso e o desempenho do processo;
- gestão de recursos, que inclui o suporte a cada etapa do processo de gestão de
equipamentos, recursos humanos e orçamento necessários para atingir as metas ou
etapas do processo;

- gestão de interface de processo.

4.4. Human Resource Planning

Antes de explicar este conceito, é necessário perceber que o planeamento dos recursos
humanos (HRP) foi definido como uma técnica para facilitar a aquisição, utilização,
desenvolvimento e retenção dos recursos humanos de uma empresa. Esses recursos são
considerado por alguns como o ativo mais valioso da organização e, portanto, precisa de ser
implementado com a máxima eficiência e eficácia.

O planeamento de recursos humanos é a função da gestão mais importante de uma


organização. Garante três pontos principais:

- Garante o fornecimento adequado de recursos humanos.

- Garante a qualidade adequada dos recursos humanos.

- Assegura a utilização efetiva de recursos humanos.

O HRP desempenha um papel vital na formulação da estratégia dentro da organização.


Uma organização não pode funcionar sem pessoas. Assim, as atividades de planeamento de
recursos humanos tornam-se ainda mais importantes porque estes podem fazer uma previsão
de quantos funcionários são necessários para realizar as atividades da organização e ajudá-lo a
atender a procura do cliente pelos seus produtos ou serviços.
4.5. Logistics and Production Planning

À medida que o sistema de produção se torna mais complexo, onde muitos tipos de
máquinas, trabalhadores e peças envolvidos, as atividades de logística de produção tornaram-
se mais complicadas e difíceis de executar e coordenar.

O processo de planeamento das duas áreas leva a que o produto final apresentado ao
cliente seja o melhor possível, mostrando o valor que corresponde às espectativas do cliente,
reduzindo o máximo de custos possível. Por isso, podemos afirmar que o planeamento da
logística e produção visam produzir e armazenar/distribuir os produtos com a máxima eficácia e
eficiência.

O principal objetivo deste tipo de planeamento é conseguir antecipar e prever


problemas que possam ser notados em todo o processo logístico e produtor, e conseguir
encontrar resoluções que possam impactar o mínimo possível todo o processo e a normal
continuação deste.

4.6. Customer relationship management

O CRM - Customer Relationship Management - surge no universo empresarial como um


conjunto de ferramentas com o objetivo de estreitar o relacionamento com os clientes, sendo
muito mais do que um simples software, mas a base para a sustentação de estratégias de
marketing de relacionamento desenvolvidas pelas empresas. (Castro, 2015)

O CRM é utilizado através de softwares básicos até os mais avançados auxiliando as


organizações com o relacionamento de clientes. Os softwares podem guardar desde uma
simples data de nascimento para um envio de um cartão de aniversário, por exemplo, até
emitir poderosos relatórios e gráficos cruzando dados de clientes do banco de dados.

Para que um CRM possa ser aplicado na sua plenitude, segundo Madruga (2004) a
empresa deve ter um ERP para a sua gestão ou outros tipos de softwares, pois o CRM irá
recolher dados desses programas para realizar o seu trabalho. Um ERP pode ser implantado
sem o CRM, mas poderá não funcionar sem o ERP ou outro programa de planeamento a
funcionar na organização.

Para que o CRM seja implementado na empresa, são necessários seguir os seguintes
passos:

 Planejamento para implementação

 Treinamento dos recursos internos

 Design e análise da solução

 Construção da solução

 Teste e homologação do que foi construído

 Acompanhamento da produção e relatório final

4.7. Sales management

Originalmente, o termo "gestão de vendas" referia-se à direção do pessoal da força de


vendas. Mas, ganhou uma posição significativa no mundo de hoje. Agora, a gestão de vendas
significa gestão de todas as atividades de marketing, incluindo publicidade, promoção de
vendas, pesquisa, distribuição física, preços e merchandising de produtos.

A gestão de vendas difere de outros campos da gestão, principalmente em diferentes


aspectos: a operação de venda de uma empresa não existe em isolamento.
Para que a gestão das vendas seja elaborado de forma correta e eficaz, são necessários
cumprir quatro passos:

- Planeamento: um negócio não pode ser considerado uma chance. O plano deve
basear-se em extensa pesquisa de mercado e os factos devem ser verificados em todas as
etapas. O plano deve também ser avaliado, após investigação do mercado total, por tipo
particular de produto. A flexibilidade deve ser fornecida por estabelecer uma linha de produção
de especialistas, para variação na produção.

- Coordenação: A coordenação é abrangente e permeia todas as funções do processo de


gestão. A coordenação não tem quaisquer técnicas especiais. No entanto, existem princípios
sólidos, no que toca a desenvolver habilidades. Tem uma necessidade especial de ajudar o
pessoal, para ver o quadro total e coordenar as suas atividades, com o resto da equipa.

- Controlo: o gestor de vendas tem de verificar regularmente que as atividades de


vendas estão a ir na direção certa ou não. Ele orienta, lidera e motiva os colaboradores, de
modo a alcançar as metas planeadas para o negócio. Ele tem que tomar passos para assegurar
que as atividades das pessoas estão de acordo os planos e objetivos da organização.

- Motivação: a motivação é essencialmente um conceito dos recursos humanos.


Destina-se a soldar personalidades distintas numa equipa eficiente. Para isso, o conhecimento
da psicologia humana é necessário, como meio de entender os padrões de comportamento.
Isso é especialmente importante no caso da força de vendas. Somente pessoas motivadas
podem atingir as metas da empresa.

(Kundu, 2008)
A gestão de vendas tem, obviamente, alguns objetivos associados com esta prática.
Geralmente, os objetivos da gestão de vendas têm que abranger várias funções de vendas, de
forma integrada. Esses objetivos devem ser expressos, na medida do possível, em termos
mensuráveis e quantitativos, e também devem ser realistas e alcançáveis.

4.8. “Accountacy” and “inventory”

Accountancy

Contabilidade é um sistema destinado a medir as atividades de negócios,


processamento de informações em relatórios e disponibilização dos resultados aos decisores.
Os documentos, que comunicam essas descobertas sobre o desempenho de uma organização
em termos monetários, são chamados de declarações financeiras. (Shekhar, 2010)

Normalmente, a contabilidade é entendida como a linguagem do negócio. No entanto,


uma empresa pode ter muitos aspetos que podem não ser só natureza financeira. Como tal,
uma maneira melhor de entender a contabilidade chamá-lo “A linguagem das decisões
financeiras”.

Todas as organizações empresariais trabalham meio-ambiente dinâmico. Qualquer novo


programa da organização ou dos seus concorrentes afetará os negócios. A contabilidade serve
como uma ferramenta eficaz para medir a taxa de pulso financeira da empresa. É um contínuo
ciclo de medição de resultados e relato de resultados para os tomadores de decisão.

Inventory
Inventário ou stock (em termos comuns) é considerado o tema central na gestão de
materiais. No termo geralmente compreendido, inventário significa um stock físico de
mercadorias armazenadas para atender às exigências dos clientes. No entanto, do ponto de
vista da gestão de materiais, uma definição adequada de inventário é “um recurso utilizável,
mas ocioso, com algum valor econômico.”

É necessário ter stock físico no sistema para cuidar da procura inesperada porque a
indisponibilidade de materiais, quando necessário, levará a atrasos de produção ou projetos ou
serviços que não são entregues. No entanto, manter inventário não é gratuito porque há custos
de oportunidade de "carregar" ou "manter" o stock na organização.

Empregando a definição genérica de inventário, existem várias categorias que


compreendem vários tipos de stock. Estes são:

- Inventário de matérias-primas como entrada para o sistema de manufatura

- Inventário de peças compradas (BOP) que vai diretamente para a montagem do


produto

- Inventário de work-in-progress (WIP) ou inventário em processo ou inventário de


pipeline.

- Stock de produtos acabados para apoiar a distribuição para os clientes.

- Manutenção, reparo e operação (MRO). Estes incluem peças de reposição, materiais


indiretos, e todos os outros itens necessários para produção / serviço.
BIBLIOGRAFIA

BARROS, Cid da Silveira Netto, CBS Consulting, Disponível em:


http://www.cbsconsulting.com.br/erp.htm

COSTA, D. (2015). A IMPORTÂNCIA DO CRM – Customer Relationship Management – dentro do universo


empresarial para o desenvolvimento de estratégias de marketing de relacionamento por parte das
empresas.

INDIA, S (2014) Basic Concepts in Inventory Management.

MADRUGA, Roberto. Guia de Implementação de Marketing de Relacionamento eCRM. São Paulo:


Editora Atlas S.A, 2004.

KUNDU, S. (2008). SALES MANAGEMENT: AN OVERVIEW

RODRIGUES, M. A importância da Tecnologia no crescimento empresarial. Disponível em:


http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/a-importancia-da-tecnologia-no-
crescimento-empresarial/24362/

Sezões, C., Oliveira, J., Baptista, M., (2006). Business Intelligence. Sociedade Portuguesa de
Inovação. Porto.
Shekhar, C. (2010). INTRODUCTION TO ACCOUNTING

Souza, L., (2005). ERP: Principais conceitos, vantagens e desvantagens. Universidade Presidente
Antônio Carlos. Barbacena.

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