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Meyer
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa obra poderá ser
reproduzida ou transmitida por qualquer forma, meios eletrônicos ou
mecânico sem consentimento e autorização por escrito da autora.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora.
Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é
mera coincidência.
Sumário
Sinopse
Playlist
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
Outras Obras da Autora
Sinopse
Madison sofreu um grande choque dias depois da sua
formatura do ensino médio: seu namorado, Colin, deu um fim no
relacionamento dos dois.
Apesar de chateada, Maddie decide acompanhar sua família
em uma viagem de verão, onde ela conheceu um charmoso garoto
de cabelos compridos.
Logan era divertido e bonito, duas coisas que estavam
ajudando Madison a esquecer seu relacionamento fracassado.
Porém, no final das férias, com Madison já apegada, Logan dá um
ponto final em qualquer envolvimento futuro que os dois poderiam
ter.
Anos depois, com quase toda a turma de 2017 já formada na
faculdade, um reencontro foi marcado. Lá estava Maddie, com
esperanças de reencontrar seu namorado da adolescência. Ela só
não esperava que Colin estava noivo… noivo da sua paixão de
verão, Logan.
Playlist
Você pode encontrá-la no Spotify pesquisando por “O Noivo do Meu
Namorado” ou CLICANDO AQUI.
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em seguida no ícone de câmera no canto superior direito, então
escaneie o código abaixo:
Capítulo 1
[...]
Eu e meu melhor amigo, Robert, tínhamos combinado de
sair. Iríamos jogar boliche com alguns dos nossos amigos. Seria
bom passarmos um tempo juntos, já que iríamos nos separar por
conta da faculdade.
Apesar de adorar passar o tempo com os meus amigos, eu
não estava muito empolgado para sair. Cheguei a comentar com
Robert que não iria, mas ele insistiu.
Depois de me arrumar, fui até a sala e me despedi de minha
família. Peguei minhas coisas e entrei no meu carro.
Assim que entrei no carro, lembrei de Maddie. Eu havia o
ganhado há pouco tempo. Foi um presente dos meus pais, para
comemorar meus dezessete anos. Lembro que fiquei muito
empolgado. Eu sempre quis ter o meu próprio carro. Eu e Maddie
tínhamos combinado de fazer uma viagem longa com ele.
Pensamos em ir até Nova Iorque dirigindo. Era um lugar que nós
dois gostaríamos muito de conhecer. Mas agora isso não ia mais
acontecer, não juntos, pelo menos. Mas eu desejava do fundo do
meu coração, que ela realizasse todos os seus sonhos e desejos,
assim como eu lutaria para realizar os meus.
Passei na casa de Robert como combinado. Eu iria dar uma
carona já que morávamos perto.
Estacionei o carro em frente à casa dele, onde o garoto já
estava me esperando.
— Pensei que não viesse mais — falou, entrando no carro.
— Eu disse que vinha, apesar de não estar no clima.
— Você vai ficar bem. Vamos nos divertir essa noite. Todo o
pessoal vai estar lá — falou, na tentativa de me animar.
— Eu sei. Eu estou melhorando aos poucos — respondi,
dando partida no carro.
— Olha, nós somos amigos há anos. Eu acompanhei todo o
seu relacionamento com Madison, e sei que não foi só isso. Pode
me contar, por que você terminou?
— Eu já disse, essa distância da faculdade não seria justo
com nenhum de nós dois.
— Eu entendo, mas acho que tem algo a mais.
Robert tinha razão. Havia algo a mais, mas eu não tinha
certeza se deveria ou não contar.
— Eu... — deixei a frase no ar.
— Você sabe que pode me contar qualquer coisa.
— Eu tenho uma curiosidade. Não sei se deveria contar,
mas...
— Mas o quê? — perguntou curioso.
— Já pensei algumas vezes em ficar com outros homens —
confessei enquanto parávamos em um sinal fechado.
— Ah é só isso! E por que não disse antes? Você contou
para a Madison?
— Claro que não!
— Você deveria ter dito isso para ela, quem sabe vocês
poderiam ter resolvido. Um relacionamento aberto ou até mesmo um
sexo a três.
Soltei uma risada alta.
— Maddie nunca aceitaria uma coisa dessas. Ela é muito
tradicional. E eu também não sei se faria algo do tipo.
— Eu já sou mais mente aberta. Se vocês estão felizes é o
que conta.
— Acho que não consigo ser tão moderno assim — falei
sorrindo.
— Mas me conte, você tem algum cara em mente? Está
gostando de alguém?
— Claro que não. Mas queria me soltar um pouco mais na
faculdade, e espero que isso aconteça com Maddie também. Quero
conhecer novas pessoas, ir às festas e aproveitar um pouco mais.
— E um relacionamento prenderia vocês?
— Exatamente.
— Eu entendo você, de certa forma você tem razão.
Robert me deu mais alguns conselhos. Insistia que eu
deveria me abrir com Maddie, mas para mim, isso só a deixaria
ainda mais magoada comigo. Como eu falaria para ela que a amo,
mas que desejava ficar com outras pessoas? Nem eu me entendia
por isso, na verdade, isso me deixava mal. Eu a amava de verdade,
então por que tinha esses desejos?
Chegamos no boliche rapidamente, talvez por eu ter me
distraído conversando com Robert, a viagem pareceu mais curta.
Apesar de tudo, eu me sentia mais leve por ter contato para
ele.
Entramos no lugar e encontramos com alguns amigos que já
estavam lá.
Seria uma noite de diversão. E por pelo menos algumas
horas, eu queria esquecer de Maddie e da culpa que sentia por
deixá-la.
Capítulo 5
[...]
Já fazia duas semanas que as aulas haviam começado. Eu
estava me saindo muito bem em fazer amizades. Eu e Mason
estávamos virando bons amigos. Ele era muito popular e sempre
que fazia um amigo novo, fazia questão de me apresentar.
A pequena festa seria na casa do Alex. Eu havia sido
apresentado a ele, mas não tivemos a oportunidade de nos
conhecer.
Meu celular vibrou, indicando uma mensagem.
Peguei o aparelho e desbloqueei.
“Já estou pronta. Vou esperar você aqui embaixo.”
Era Tifanny, minha vizinha. Ela havia alugado um
apartamento no meu prédio, também fazia faculdade, porém já
estava no segundo semestre. Na verdade, a maioria dos
apartamentos estavam ocupados por estudantes, já que ficava perto
da faculdade.
Ela era uma garota simpática. Nos conhecemos nos
corredores do prédio. Mason disse que eu poderia levar um ou dois
amigos, já que a festa seria pequena.
Tranquei meu apartamento e desci.
— Você está bonita! — comentei.
— Obrigada, você também não está nada mal. Estou um
pouco nervosa para conhecer seus amigos.
— Sem estresse. Eles são super tranquilos. Eu também não
conheço tudo mundo ainda.
— Vamos conhecer hoje — disse animada.
Caminhamos até a casa de Alex que ficava por perto.
A noite estava agradável, por conta disso, as ruas estavam
lotadas. Muitas pessoas aproveitando para fazer exercícios e
caminhadas.
Chegamos na casa e Mason já estava lá.
— Essa é minha amiga, Tifanny — apresentei.
— Prazer em conhecê-la.
— O prazer é meu — disse a garota.
Percebi na hora que Mason se interessou por Tifanny.
— Venha comigo. Vou apresentá-la ao Alex e o resto do
pessoal.
Ela sorriu e o acompanhou.
Fiquei na festa sozinho. Como eu já conhecia algumas
pessoas, não me senti desconfortável por estar sozinho.
Fui até a mesa de bebidas e peguei algo. Eu não tinha
certeza do que era, mas era bom.
— Colin! Como vai? — disse Mary, aproximando-se.
— Eu estou ótima e você?
Mary era uma de minhas colegas.
— Eu estou bem. Achei que essa semana as aulas seriam
mais puxadas — comentou.
— Eu também, mas estou gostando muito — respondi
enquanto dava mais um gole na minha bebida.
Mary fez mais algum comentário sobre as aulas, mas eu não
consegui prestar atenção. Havia algo que estava me prendendo
mais.
— Quem é aquele cara? — perguntei, aprontando a cabeça
na direção dele.
— Aquele é o Logan. Ele é colega de quarto do Mason. Se
eu não me engano ele faz artes visuais.
— Ah! Eu ainda não o conheço.
— Posso pedir para Mason o apresentar.
— Não precisa. Depois eu mesmo me apresento.
— Tudo bem — concordou Mary.
A garota serviu sua bebida e foi conversar com outras
pessoas.
Fiquei sozinho, apenas o observando. Ele havia me
chamado atenção, eu não sabia exatamente o porquê.
Criei coragem e fui até ele. Afinal o intuito da festa era fazer
novas amizades.
Caminhei em sua direção.
— Olá, tudo bem? Meu nome é Colin, sou amigo do Mason.
Ele olhou para mim e sorriu.
— Prazer, Colin, sou o Logan. Sou colega de quarto dele.
Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei.
Logan tinha um lindo sorriso.
Apertei sua mão e no instante que nossas peles se tocaram,
senti algo diferente. Eu não sabia explicar o que era exatamente, só
sabia que tinha gostado muito de Logan.
— E o que você estuda? — perguntei, já sabendo a
resposta.
— Eu faço artes visuais, estou começando, primeiro
semestre, e você será um advogado como o Mason?
— Sim, e estou gostando muito por enquanto.
Tivemos uma conversa amigável por algum tempo. Ele
contou sobre sua mãe e que ela havia ficado em Huntington Beach,
que era onde morava. Também contei um pouco sobre minha família
e sobre mim.
— Eu vou cumprimentar as meninas — disse Logan, no
momento em que duas garotas chegaram.
— Tudo bem.
— Foi um prazer conhecer você, Colin.
— O prazer foi meu.
Ele se afastou e foi em direção as garotas.
Em seguida me juntei a um grupo, eles estavam bebendo e
conversando.
O tempo foi passando e todos nós estávamos nos divertindo
muito.
Bebi alguns drinks, eu estava levemente alterado, mas
totalmente consciente.
Olhei para um canto e vi Mason beijando Tifanny. Abri um
leve sorriso, pois eu tinha certeza de que aquilo iria acontecer.
Em certo momento a garota se afastou, aproveitei e fui até
lá.
— Gostou da Tifanny? — perguntei sorrindo.
— Estamos nos conhecendo — respondeu animado.
Olhei para o lado e vi Logan se aproximando.
— Onde fica a entrada para o porão? Alex pediu para pegar
mais bebida — perguntou Logan.
— Fica logo ali, naquela porta — respondeu Mason,
apontando.
— Quer vir comigo? — perguntou Logan, olhando para mim
com um sorriso sugestivo.
— Claro.
Seguimos juntos para o porão.
Estava um clima um pouco tenso entre nós.
— O pessoal está animado, bebendo bastante — comentou
Logan, enquanto entrávamos no porão.
— Verdade, até eu bebi um pouco a mais.
— Está bêbado? — perguntou.
— Não, apenas levemente alterado, mas tenho consciência
de tudo que faço.
Ele foi até o refrigerador e o abriu, em seguida pegou
algumas bebidas.
— Isso é bom, assim amanhã não irá acordar arrependido de
algo que fez hoje.
Eu me aproximei dele.
— E do que eu poderia me arrepender?
Ele soltou as bebidas em cima de uma prateleira que estava
ao lado do refrigerador.
— Eu não sei. Você parece ser bem certinho.
Naquele momento, eu não conseguia pensar em nada, só
sabia que de alguma forma eu estava sendo atraído para Logan.
— Eu sou, mas confesso que estou me abrindo para novas
experiências — falei sorrindo.
Ele deu um passo para mais perto de mim. Talvez quisesse
ver a minha reação.
Estávamos próximos. Eu conseguia sentir a sua respiração,
e para ser sincero, sentir a respiração de um homem tão perto de
mim era algo que estava me deixando animado.
— Talvez eu possa ajudar. Que tipo de novas experiências
está procurando?
Apesar de eu estar tenso, não queria demonstrar. Eu queria
que a minha primeira experiência com outro homem fosse com
Logan, na verdade, pensei nisso desde o primeiro momento em que
o vi.
— Eu não sei, mas talvez sua boca me ajude a pensar —
falei provocativo.
— Não precisa falar duas vezes.
Logan aproximou seu rosto do meu e tocou meus lábios.
A tensão que eu estava sentido acabou no momento em que
ele colou nossos corpos.
O beijo foi ganhando mais profundidade. Logan colocou uma
de suas mãos em minha bunda e apertou.
Ter minha bunda apertada por aquelas mãos grandes era
excitante. Eu não costumava ficar duro por qualquer coisa, mas
naquele momento, fiquei.
Colei totalmente meu corpo no dele, puxando seus cabelos
longos com leveza.
Eu não era o único excitado por ali. Meu pau duro roçava no
de Logan, sendo separados apenas por algumas camadas de
roupa.
Era uma sensação nova para mim, e eu estava gostando
cada vez mais.
Minha vontade era de ir mais longe com ele. Eu queria
experimentar tudo que fosse possível, mas me contive, sabia que
teríamos outras oportunidades para isso.
Nos afastamos e eu não sabia exatamente o que dizer ou
fazer.
— Realmente, sua boca me ajudou a pensar, e agora eu
tenho certeza do que quero.
— Eu fico feliz em ter ajudado nisso — disse sorrindo.
— Agora vamos levar essas bebidas antes que venham atrás
de nós.
— Vamos — concordou, pegando as garrafas novamente.
Eu estava anestesiado com o que havia acabado de
acontecer.
Provavelmente eu seria repreendido por algumas pessoas,
mas eu não estava me importando com isso, não mais. Só queria
seguir a minha vida e aproveitar ao máximo.
Capítulo 9
5 anos depois
Eu mal conseguia acreditar. Depois de anos de dedicação e
muito trabalho, eu finalmente estava formada em medicina
veterinária. Eu era oficialmente uma veterinária, meu sonho desde
criança.
Durante os anos de faculdade, eu fiz estágio em uma clínica
veterinária que ficava pertinho da faculdade. A minha intenção era
trabalhar período integral quando estivesse formada, mas eles
disseram que o quadro de funcionários já estava preenchido. Decidi
pedir demissão e voltar para a casa dos meus pais.
San Antônio era uma cidade grande. Com certeza eu
encontraria outro trabalho, e depois disso pretendia realizar mais um
sonho: ter minha própria casa.
Consegui juntar algum dinheiro durante a faculdade, ainda
não era muito, mas com muita determinação, eu conseguiria alugar
algo, mas isso, é claro, se conseguisse arrumar um emprego.
Apesar de morar no campus, eu visitava meus pais
frequentemente enquanto estava na faculdade, sempre fomos muito
apegados, e eu não conseguia ficar muito tempo sem os ver.
Voltei para casa e meus pais já estavam à minha espera.
Assim que abri a porta, minha mãe veio até mim.
— Maddie! Você chegou! Estávamos morrendo de saudades.
— Eu também, mãe.
Fui até ela e abracei forte. Em seguida meu pai também
entrou na sala.
— Pai! Senti sua falta e da sua comida também. Não vejo a
hora de comer uma comidinha caseira — falei sorrindo.
— Hoje o jantar é por minha conta.
Fui até ele e demos um longo abraço.
Bud estava na sala e veio até mim, agitado.
— Oi, garoto! Como você está? — perguntei, me abaixando
e o acariciando.
Ele me lambeu, era seu jeito carinhoso de me cumprimentar.
— Arrumamos o seu quarto. Tirei todas as minhas coisas
que estavam lá. Está do jeitinho que você deixou.
— Obrigada, mãe. Assim que arrumar um emprego e me
estabilizar, eu quero ter a minha casa, claro que será bem pertinho
de vocês.
— Nós estamos muitos orgulhosos de você, veterinária —
disse meu pai, com um largo sorriso nos lábios.
— Obrigada. Eu estou muito feliz.
Sentei na poltrona e meus pais no sofá. Contei algumas
novidades. Apesar de sempre nos falarmos, sempre havia algo que
eu ainda não tinha contado.
Os minutos passaram rapidamente. Era sempre muito bom
estar na companhia dos meus pais.
— Vou ajudar a levar suas coisas para seu quarto — disse
minha mãe, levantando do sofá.
— E eu vou aproveitar para começar a preparar o jantar —
falou meu pai.
Eu e minha mãe fomos para o meu antigo quarto, que agora
seria meu novamente.
Era estranho estar de volta, sentia um misto de emoções.
Eu e minha mãe demos uma rápida arrumada, com o passar
dos dias eu faria tudo com mais calma, mas por hora estava bom.
— Vou ver se o seu pai precisa de ajuda na cozinha,
descanse um pouco enquanto isso.
— Tudo bem.
Minha mãe saiu do quarto, me deixando sozinha.
Olhei para o meu quarto com muita atenção. Ele era
exatamente o mesmo. De repente lembrei de alguns bons
momentos que vivi nele e claro que Colin veio a minha mente.
Lembrei de nós dois juntos, algumas vezes ficávamos no
quarto estudando, outra vezes assistindo filmes, e muitas vezes
ficávamos apenas deitados na cama conversando, gostávamos de
aproveitar a companhia um do outro.
Respirei fundo. Pensei em como ele estaria agora. Eu não
tinha mais nenhuma notícia dele. Deixei de seguir em todas as
redes sociais, e pedi para meus pais e amigos para não me dar
nenhuma notícia dele.
Durante a faculdade, eu cheguei a conhecer e sair com
algumas pessoas, mas a verdade é que eu nunca o esqueci. E não
era só ele, Logan também sempre vinha em meus pensamentos. Eu
sempre lembrava dos dias que passamos em Huntington Beach.
Isso era uma coisa que me deixava com pouco confusa. Se eu
ainda amava Colin, como conseguia pensar tanto em Logan?
Tentei tirar isso da minha mente. Eu nunca mais tive contato
com nenhum deles e provavelmente nunca mais teria. Eu só queria
focar nos meus objetivos. Queria arrumar um emprego e achar uma
casa para alugar, e era somente nisso que eu queria pensar.
Depois do jantar, voltei para o meu quarto. Havia sido um
longo dia e eu estava exausta.
Deitei na cama e peguei meu celular.
Vi que havia uma notificação de mensagem no Instagram.
Era de Mitchie.
Franzi o cenho ao ver seu nome. Ele era um colega no
ensino médio. Nós seguíamos um ao outro e até curtíamos as
publicações um do outro, mas nunca mais tínhamos nos falado.
Abri a mensagem sem demora.
"Oi, Madison. Quanto tempo! Estou organizando uma reunião
com toda a turma de 2017, vai ser algo simples, só para nos
revermos. Se puder vir, ficarei muito feliz. Será na minha casa no
próximo sábado à noite.”
Gelei ao ler sua mensagem. Uma reunião significava que
Colin estaria lá.
Fiquei alguns segundos pensando se deveria ir ou não. Eu
queria ver o pessoal, queria saber como estavam e que caminho
estavam seguindo.
Decidi que iria. Eu não deixaria Colin me impedir de rever
meus antigos colegas. Eu estava bem, estava preparada para revê-
lo, caso ele fosse.
Soltei o celular e tentei relaxar.
Ainda faltava alguns dias para o sábado, iria aproveitar para
ir ao salão de beleza, queria fazer cabelo, unha, maquiagem e tudo
que eu tivesse direto. Queria estar apresentável para rever meus
antigos colegas.
Capítulo 10
[...]
Eu estava chegando em casa depois de passar a tarde
procurando emprego. Não estava nada fácil, mas eu não iria desistir.
Colin ainda não estava em casa, estava no trabalho, na
empresa de seus pais.
Decidi que seria um bom horário para ligar para minha mãe.
Estávamos combinando de ela vir nos visitar.
Peguei o telefone e liguei, ela atendeu sem muita demora.
— Logan!
— Oi mãe, como está?
— Eu estou bem e você? Faz dias que não nos falamos.
— Eu estou bem. Estou procurando emprego, mas até agora
nada.
— Você vai conseguir, filho.
Senti uma certa tensão em sua voz.
— Mãe, está tudo bem mesmo?
— Eu não queria contar para você, mas a senhora Frank foi
levada ao hospital novamente, e parece que dessa vez é sério.
Senti uma pontada no peito. A saúde da senhora Frank era
sensível e nos últimos anos ela foi levada diversas vezes ao
hospital.
— O que ela teve? Como ela está? — perguntei com a voz
fraca.
— Foi o coração, como sempre. Ela não está nada bem, mas
como eu sempre digo, vamos ter esperanças.
— Tudo bem. Me mantenha informado, por favor.
— Eu ligo amanhã para dar mais informações.
Nem consegui me despedir, muito menos falar sobre a visita
dela. A notícia da doença da senhora Frank havia me pegado de
surpresa.
Fui para a cozinha e peguei uma xícara de café, eu ainda
não estava acreditando no que estava acontecendo. Apesar de
saber que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, já que a
senhora Frank já tinha certa idade e que tinha frequentes problemas
de saúde.
Sentei na bancada com minha xícara de café.
Eu não conseguia beber, minha garganta estava fechada.
Apesar de ter me afastado da senhora Frank nos últimos
anos por conta da faculdade, nós éramos bem próximos nos meus
anos de ensino médio. Eu a minha mãe estávamos sempre por
perto.
Estava distraído em meus pensamentos quando Colin
chegou.
Ele veio até mim e percebeu que não estava tudo bem.
— O que aconteceu? — perguntou preocupado.
— A senhora Frank, ela está mal no hospital. Pelo tom que
minha mãe falou, eu não sei se ela vai se recuperar — expliquei.
— Eu sinto muito. Sei o quanto gosta dela.
— Teve uma vez, no meu aniversário de quatorze anos, eu
queria muito um skate, mas minha mãe não tinha dinheiro para
comprar.
— E ela comprou? — perguntou com um leve sorriso no
rosto.
— Sim. Ela comprou e fez um embrulho. Lembro dela indo lá
em casa entregar. Eu fiquei tão feliz. Depois ela e minha mãe
fizeram um bolo, claro que ela deu a maior parte dos ingredientes.
Esse foi com certeza o melhor aniversário que já tive.
— Ela é uma boa pessoa — comentou.
— Ótima pessoa. Estava sempre ali quando precisávamos.
Eu adorava ouvir suas histórias. Imagino que tenham sido muitas.
— Muitas mesmo.
Desviei o olhar para o chão e lembrei de alguns momentos
bons que vivemos. Eu queria que ela ficasse bem, queria que
voltasse para casa, mas dessa vez, eu achava que isso não iria
acontecer.
Capítulo 13
[...]
Eu estava ansiosa. Não parava da batucar as unhas na
mesa.
Eu estava em um café, tentando me distrair enquanto
esperava a ligação da agência de empregos.
Pensei em convidar alguma amiga para me acompanhar no
café, mas decidi que seria melhor receber a notícia sozinha, pois
caso fosse negativa, eu não conseguiria disfarçar minhas
frustrações.
Uma atendente trouxe meu capuccino e alguns cookies. Na
verdade, eu não estava com muita fome, já que estava na
expectativa da notícia, mas precisava comer, já que mal havia
almoçado.
Dei uma mordida no cookie, enquanto pensava nos meus
planos para o futuro. Queria alugar um apartamento para mim. Eu
sonhava em ter a minha própria casa.
Bebi um gole do café, foi quando ouvi meu celular vibrar.
Atendi no mesmo instante.
— Alô? — falei, nervosa
Minhas mãos estavam suando frio. Eu queria muito que
fosse a resposta positiva.
Era uma mulher, ela se identificou sendo da agência de
empregos. Eu não prestei muita atenção no que ela estava falando,
só ouvi quando ela disse que a vaga era minha.
Abri um sorriso enorme e senti um alívio em meu peito.
Nos despedimos e eu finalmente pude respirar aliviada.
As coisas estavam dando certo para mim, eu estava
realizando todos os meus objetivos. Agora meu próximo passo era
alugar um apartamento para mim. Eu mal podia esperar para ser
totalmente independente.
[...]
Eu estava arrumando meu guarda-roupas. Iria começar a
trabalhar em poucos dias, e queria me livrar de algumas peças mais
antigas. Queria me vestir de acordo, com roupas mais sociais e
elegantes.
Eu já havia tirado quase uma caixa inteira. Eram peças que
ainda estavam em perfeito estado e iriam todas para a doação.
Encontrei uma blusa rosa com babados. Lembro que usava
ela nos tempos de escola, e automaticamente Colin veio a minha
mente. Eu havia usado ela quando fomos acampar. Lembrei de
cada segundo daquele final de semana, e de certa forma senti
saudades, por mais que agora ele estivesse por perto, as coisas
jamais voltariam a ser como antes.
Respirei fundo e coloquei a blusa na sacola de doações. Era
hora de seguir em frente.
Estava distraída, experimentando uma calça para ver se
ainda me servia, quando ouvi meu celular vibrar.
Fui até o aparelho e vi o nome de Logan na tela.
Atendi sem muita demora.
— Oi, Logan.
— Madison! Parabéns pelo seu novo emprego.
Abri um sorriso ao ouvir sua voz.
— Obrigada, eu estou muito feliz com essa oportunidade.
— Tenho certeza de que se sairá muito bem.
— Eu espero, e como você ficou sabendo?
— Sua mãe contou para a mãe do Colin. Elas continuam
grandes amigas.
— Ah, sim. As notícias correm.
— Isso não pode passar em branco. O que acha de uma
comemoração amanhã à noite? Podemos ir beber alguma coisa. Eu,
você e o Colin. O que acha?
Claro que eu queria me encontrar com os dois novamente,
apesar de não saber como seria, já que não havíamos nos vistos
desde a nossa noite de sexo, mas como eu falava para mim mesma,
éramos adultos e sabíamos separar as coisas.
— Claro. Eu vou adorar a companhia de vocês.
— Ok. Vou procurar um lugar legal e mando por mensagem
para ver o que você acha.
— Tudo bem. Vou ficar esperando. E o Colin, como está? —
perguntei.
— Ele está ótimo. Está muito orgulhoso de você, nós dois
estamos.
— Eu estou muito feliz.
Não prolongamos a conversa. Logo nos despedimos e eu
desliguei o telefone.
Fiquei animada com a ligação de Logan. Eu não podia mentir
para mim mesma, ele ainda me atraía, o estanho era que eu sentia
exatamente a mesma coisa por Colin. Já tinha ouvido falar de
pessoas que em algum momento ficaram divididas entre duas
pessoas, e eu nunca havia entendido, mas agora eu entendia
perfeitamente. Eu gostava dos dois. Era atração, carinho e um
desejo sexual incontrolável.
Respirei fundo e tirei certos pensamentos da minha mente.
Nós éramos amigos e apenas isso, eles se casariam em breve e
mereciam ser felizes.
Tratei de continuar minha arrumação. Agora eu tinha mais
um incentivo, já iria escolher a roupa que usaria para me encontrar
com Colin e Logan. Eu não queria colocar expectativas, mas era
impossível não ficar animada com a ideia de vê-los novamente.
Capítulo 14
[...]
— Não sei, não estou muito no clima hoje — disse Logan
desanimado.
— Por isso mesmo. Você precisa sair um pouco, pegar um
ar. Está preso nesse apartamento há uma semana.
— Eu não sinto muito vontade de sair.
— Você não quer deixar a Maddie esperando, não é?
Ele pensou por um instante.
— Tudo bem. Mas não vamos demorar muito.
— Como preferir. Só sair um pouco de dentro de casa já fará
bem para você.
Logan foi para o banho. Enquanto isso enviei uma
mensagem para Maddie, dizendo que logo estaríamos no parque.
Logan saiu do banho e se arrumou rapidamente. Em pouco
tempo estávamos prontos.
— Vou pegar os skates — disse Logan.
Ele pegou dois skates e entramos no carro.
Eu nunca havia andado e sinceramente não tinha a menor
vontade, mas gostava de observar Logan andando, ele era muito
bom nisso.
O parque ficava perto da casa da Maddie, inclusive, fomos lá
muitas vezes durante os nossos anos de namoro.
Assim que chegamos, Logan tirou os skates do carro.
Ele ainda estava um pouco desanimado, mas eu sabia que
logo isso iria mudar, pelo menos assim eu esperava.
Estávamos indo em direção a um banco para sentar e
esperar Madddie, quando a vimos chegar.
Automaticamente abrimos um sorriso no momento em que
ela se aproximou.
— Logan, está melhor? — perguntou o abraçando.
— Estou, aos poucos vou melhorando.
— Tudo bem? — questionou, dessa vez olhando para mim.
— Sim, estou bem. Como está indo no serviço?
— Eu estou amando. Me apego nos animais como se fosse
meus, fico triste quando estão doentes, ainda preciso aprender a
lidar com isso.
— Eu imagino o quanto deve ser difícil — disse Logan.
— Estou vendo que trouxe os skates — disse Maddie
mudando de assunto.
— Estou curioso para ver você andar — disse Logan.
— Estou um pouco destreinada, mas vamos ver.
Ela largou sua pequena bolsa e seu celular em um banco
que estava próximo.
Sentei ao lado de suas coisas.
Os dois foram até a pista de skate que estava bem em minha
frente.
Eles estavam conversando e rindo, não consegui ouvir
direito, mas pareciam estar se divertindo.
Maddie subiu em cima do skate e começou a andar
lentamente. Ainda estava pegando o ritmo.
Confesso que achei estranho ver a cena. Nunca imaginei
Maddie andando de skate. Não fazia muito o estilo dela.
Em poucos instantes ela já estava familiarizada com o skate.
Fez algumas manobras, claro que não era tão boa quanto Logan,
mas estava se saindo muito bem.
Logan também subiu no seu skate e ensinou algumas
manobras um pouco mais elaboradas para Maddie. Em certo
momento ela quase caiu, mas ele a segurou.
Eu não podia negar que os dois tinha uma química incrível.
Eu até tinha motivos para sentir ciúmes, mas não senti. Era
estranho, mas eu gostava de nós três juntos.
Depois de alguns minutos, Maddie se aproximou.
— Veja o que Logan me ensinou a fazer.
— Incrível! Você está ficando muito boa nisso — elogiei.
— Eu disse que sabia andar.
Logo meu noivo também se juntou a nós.
— Eu tenho que admitir. Você realmente sabe andar de
skate.
— Viu, eu disse que sabia — falou Maddie, se vangloriando.
— Eu nunca duvidei, quem duvidou foi o Logan — falei
sorrindo.
— Tudo bem. Eu confesso que não imaginei que você fosse
tão boa. Onde aprendeu a andar? — perguntou ele.
— Aprendi com um amigo da faculdade. De certa forma eu...
— Ela deixou a frase no ar.
— Você o que? — questionou Logan.
— De certa forma o skate me lembrava você — admitiu.
— Isso é bom. Eu também sempre lembrava de você quando
tomava sorvete de morango.
Maddie olhou para mim. Provavelmente queria saber se eu
estava confortável com a conversa.
— Está tudo bem. Muitas coisas também me lembravam
você — falei.
— Nos três temos uma ligação incrível, não é? Gosto muito
da nossa amizade — disse Logan.
Eu e Maddie concordamos.
Depois de mais algumas manobras de skate, todos
sentamos e jogamos conversa fora.
O parque que antes estava lotado começou a esvaziar com o
cair da noite.
— Eu acho que já vou indo para casa. Foi um longo dia —
anunciou Maddie.
— Mas já? — perguntou Logan.
— Já estou cansada. Vou demorar uns dias até me
acostumar com essa nova rotina — explicou.
— E que tal ir lá para casa amanhã para jantarmos? —
perguntei.
Eu me arrependi da pergunta assim que a fiz. Eu nem
perguntei a opinião de Logan. Não sabia se ele também queria isso.
— Ótima ideia. Eu posso preparar o jantar — disse Logan,
empolgado.
— Claro. Eu adoraria — concordou Maddie.
— Ótimo. Se eu bem lembro bolo de carne é uma das suas
comidas preferidas, não é? — perguntei.
— Sim, mas agradeço se você usar carne vegetal, estou
tentando parar de comer aos poucos. Adoro o sabor, mas é muita
crueldade com os animais.
— Entendo. Pode deixar, vou achar sua carne vegetal, e
ficará tão bom quanto.
— Obrigada — agradeceu sorrindo. — Agora já vou indo,
nos vemos amanhã. E da próxima vez, vamos fazer competição de
skate — sugeriu.
— Eu aceito e não vou pegar leve com você — disse Logan.
— E nem precisa. Gosto de ser desafiada.
Nós despedimos e seguimos nosso caminho de volta.
Eu não queria pensar, mas era inevitável não lembrar da
noite em que nós três fizemos sexo. Não a convidei para isso, mas
ao mesmo tempo, não conseguia tirar essa ideia da minha mente.
— Foi uma ótima ideia a minha de virmos até aqui. Você
parece melhor — comentei, assim que entramos no carro.
— Você tem toda a razão. Ainda bem que viemos. Maddie é
muito divertida.
Concordei e seguimos nosso caminho normal de volta para
casa.
Entramos no apartamento. Eu estava indo direto para o
quarto para trocar de roupa, quando Logan me parou.
— Eu estava pensando em uma coisa, e acho que você
também — falou.
— O quê? — perguntei curioso.
— Você também pensou em fazermos sexo, não é? Nós
três?
Senti um frio no estômago. Eu não sabia que isso era algo
tão visível.
— Eu...
— Tudo bem. Pode falar, porque eu com certeza pensei.
— Eu pensei, mas não sei. Acho isso um pouco estranho. Eu
amo você, e quero que possamos ficar juntos para sempre, mas
confesso que gostei muito de fazer sexo com você e Maddie ao
mesmo tempo.
— Eu sinceramente não acho nada de estranho. Somos
adultos, se ela também estiver gostando, está tudo bem para mim
— garantiu.
— Você tem razão — concordei.
— Podemos falar abertamente com ela. Perguntar se ela
quer fazer sexo conosco novamente.
— Eu prefiro não perguntar por enquanto. Podemos criar um
clima e ver o que acontece — sugeri.
— Tudo bem. Se prefere assim.
Eu estava aliviado por ter confessado isso para Logan,
apesar de ter ficado surpreso o quanto ele levava isso numa boa.
Eu queria muito fazer sexo com ele e com Maddie mais uma
vez, mas essa seria a última. Acho que eu não era maduro o
suficiente para levar essa situação mais a diante.
Capítulo 16
[...]
Era minha primeira semana no emprego novo, e apesar de
eu ter desejado muito, eu não conseguia me concentrar. Colin e
Madison não saiam da minha cabeça.
— Logan! Eu vi as artes que você fez. Ficaram ótimas, está
todo mundo elogiando — disse Lorenzo.
— Obrigado. Modéstia parte, ficaram ótimas mesmo.
— Você tem muito talento.
— Obrigado, Lorenzo, eu digo por tudo.
— Não foi nada. Você merece.
Eu estava feliz por finalmente estar trabalhando, e o melhor
de tudo: trabalhando com artes, que era uma coisa que eu sempre
sonhei em fazer. Agora, para a minha felicidade ficar completa, eu
só precisava dar um jeito de me acertar definitivamente com Colin e
Madison.
O dia passou lentamente.
Eu havia tido uma ideia, iria precisar da ajuda de Lorenzo
para colocar em prática.
Terminei o dia de trabalho com um largo sorriso no rosto. Eu
estava confiante que teria as duas pessoas que amava ao meu lado,
e nós poderíamos finalmente viver o nosso amor.
Capítulo 21
5 meses depois
Hoje seria um dia muito importante, talvez o mais importante
da minha vida. Eu estava de mudança para o apartamento de Colin
e Logan, iríamos morar os três juntos. Apesar de eu passar muito
tempo e até mesmo dias na casa deles, agora seria oficial.
Além da mudança, eu tinha uma grande notícia para contar.
Há alguns dias eu havia descoberto que estava grávida, e não via a
hora de contar para eles.
Eu sempre tive o sonho de ser mãe, e não podia estar mais
feliz e realizada.
Fui até o meu quarto e dei uma boa olhada no lugar. Foram
apenas alguns meses, mas foi minha primeira casa, foi o lugar em
que eu amadureci e que finalmente me senti independente.
Arrumei todas as minhas coisas. Como a apartamento em
que eu estava já era mobiliado, não tive muito trabalho, já que havia
levado apenas coisas pessoais, e muitas coisas nem cheguei a
comprar. Eu tinha planos de ir decorando aos poucos, mas como
comecei meu relacionamento com Colin e Logan, fui deixando já
que tínhamos planos de ir morar todos juntos.
Coloquei as caixas mais leves no carro, as pesadas eu
pediria para Colin e Logan pegar mais tarde, depois que eu desse a
notícia, não queria me esforçar muito.
Havia um caixa que era especial, essa estava no banco da
frente, era a minha surpresa para eles.
Dirigi até o apartamento de Colin e Logan, que agora
também seria o meu.
Parei o veículo bem em frente, peguei a caixa e desci com
um largo sorriso no rosto, eu estava empolgada com a surpresa que
faria em seguida.
Entrei no prédio e bati na porta. Logan me atendeu
rapidamente.
— Eu trouxe uma caixa, as outras estão no carro, vocês me
ajudam a pegar depois? — perguntei, entrando na casa.
— Claro — respondeu Logan.
Larguei a caixa em cima do sofá. Fui até Logan e beijei seus
lábios.
Colin também estava na sala. Ele se aproximou e o beijei em
seguida.
— Podemos deixar as caixas para depois — disse Colin,
descendo sua boca até meu pescoço.
— Na verdade, não podemos. Eu tenho uma surpresa para
vocês dois — falei me afastando de Colin e indo até a caixa que
estava no sofá.
Eles olharam um para o outro. Estavam confusos, sem
entender o que estava acontecendo.
— E o que é? — perguntou Logan.
— Eu não vou estragar a surpresa. Venham, peguem essa
caixa — falei, apontando.
— Estou achando isso muito estranho — disse Colin indo até
a caixa.
— Calma! Os dois precisam ver ao mesmo tempo.
Colin franziu o cenho, mas não fez mais nenhuma pergunta.
Ele pegou a caixa e colocou na mesa.
Logan se aproximou.
— Não é nenhuma piada, é? Alguma coisa que irá saltar na
nossa cara? — perguntou Logan, desconfiado.
— Tecnicamente não — respondi com um leve sorriso.
— Eu acho que sei o que é. Aposto que é um filhotinho de
gato ou cachorro para fazer companhia para o Ted — disse Colin.
— Podemos abrir? — perguntou Logan impaciente.
— Tudo bem. Podem abrir.
Logan abriu a caixa rapidamente e, por um instante, os dois
ficaram paralisados.
— Meu Deus! É verdade? — perguntou Logan.
Não consegui responder. Apenas concordei com a cabeça.
— Eu não acredito! — disse Colin, claramente emocionado.
Colin correu até mim e me abraçou, em seguida Logan se
juntou a nós e abraçou nós dois.
— Vamos ter um bebê! — falei, enquanto uma lágrima
escorreu.
— Eu sempre sonhei em ser pai — falou Colin, assim que
nos afastamos.
— Eu também, nem acredito que isso está realmente
acontecendo — disse Logan, se abaixando e ficando na altura de
minha barriga.
Colin fez o mesmo. Ficou um de cada lado da minha barriga.
— Seus papais já amam muito você — disse Colin.
Logan passou a mão e acariciou minha barriga.
— Será menino ou menina? — questionou Logan sorrindo.
— Acho que é uma menininha, vai ser linda como a mamãe
— disse Colin, olhando para mim.
— Minha mãe irá ficar tão feliz em ser avó. Eu preciso contar
para ela — disse Logan afoito.
Eles levantaram e os dois olharam para mim.
— Calma, nós vamos contar. Meus país também vão ficar
muito felizes — falei. — Podemos fazer uma reunião e contar para
todos — sugeri empolgada.
— Minha irmã vai adorar. Ela soube sempre do meu desejo
de ser pai — falou Colin.
Esse com certeza era o momento mais feliz da minha vida, e
o melhor de tudo era que nossa história juntos estava apenas
começando, e eu mal podia esperar para formarmos a nossa
família.
Epílogo
5 anos depois.
Era o aniversário de quatro anos de nossa filha, Layla, e
estávamos todos muito atarefados.
— Vou colocar esses balões lá fora — disse minha irmã.
— Deixe perto daquela mesa de bebidas — falei.
Ela concordou.
Eu mal podia acreditar que nossa bebê já estava fazendo
quatro anos. O tempo estava passando voando.
Eu, Logan e Maddie estávamos cada dia mais apaixonados
um pelo outro. Não foi nada fácil enfrentar os julgamentos das
pessoas, muitas não entendiam como três pessoas podiam se amar,
e por conta disso, chegamos a nos afastar de algumas pessoas, o
que era melhor, só queríamos por perto pessoas que nos entendiam
e nos aceitavam.
— Pai, posso comer doce? — perguntou Layla.
Olhei para a garotinha.
— E quantos você já comeu? — questionei.
Ele fez sinal de três com a mão.
— Então chega de doces por enquanto, espere seus amigos
chegarem. Você não quer dividir com eles?
Ela balançou a cabeça negativamente e correu até Logan
que estava arrumando a decoração com Maddie.
Consegui ouvir quando ela chegou dizendo: papai, quero
doce.
Logan pegou um doce e se abaixou na altura dela, ela o
pegou e sorriu.
Sorri ao ver a cena.
Continuamos com a decoração da festa. Não seria algo
grande, era apenas para a nossa família e para alguns colegas e
amigos de Layla.
Meus pais cederam a casa. No início eles não aceitavam o
nosso relacionamento, mas tudo mudou depois que Layla nasceu.
Eles se apaixonaram perdidamente pela neta.
Estava tudo pronto. Os pais de Maddie e a mãe de Logan já
estavam lá. Ela havia trazido seu novo namorado e estávamos
todos reunidos.
Layla brincava com uma bola com algumas crianças quando
ouvimos um choro desesperado.
Todos olhamos para as crianças e vimos que Layla havia
caído por conta da bola.
Minha mãe não pensou duas vezes e correu até ela.
— Está tudo bem. Só arranhou o joelho — ouvi minha mãe
dizer.
Dei alguns passos até a garota.
Minha mãe a pegou e a consolou.
— Papai, machuquei — disse ainda chorando.
— Não foi nada. Vai ficar tudo bem — falei.
— A vovó vai fazer um curativo para passar a dor e logo
você voltará a brincar com os seus amigos — disse minha mãe.
Ela concordou e as duas entraram na casa.
— O que aconteceu? Eu estava arrumando as coisas lá nos
fundos — disse Logan vindo até mim.
— Ela caiu, mas não foi nada, só ralou o joelho. Ela entrou
com a minha mãe apara fazer um curativo.
— Quem diria não é, sua mãe parece ser a mais apegada
em Layla — falou sorrindo.
— E não teria como ser diferente. É a neta dela — falei,
enquanto observava as crianças brincarem.
— Trouxe para nós — disse Maddie chegando com um prato
cheio de aperitivos.
— Estou mesmo morrendo de fome. Ainda não tinha tido
tempo de comer — falei.
— Acabei de ver Layla e sua mãe lá dentro, fazendo o
curativo. Layla disse que quando crescer quer ser enfermeira para
cuidar dos machucados das pessoas, assim como a vovó está
fazendo — falou Maddie.
— Ela já tinha me dito isso. E sempre que alguém reclama
de dor ou se machuca, ela corre para ajudar — disse Logan,
orgulhoso.
Estávamos comendo os aperitivos e jogando conversa fora
quando vimos Layla voltar para fora.
Ela rapidamente se juntou às crianças e voltou com as
brincadeiras. Nem parecia que havia se machucado minutos atrás.
— Olhando as crianças brincando, eu estava pensando, e se
tivéssemos outro filho? — sugeri.
Maddie olhou para mim com uma expressão de surpresa.
— Eu apoio. Quero no mínimo três — disse Logan.
— Calma aí, quem vai parir sou eu, então vamos com calma.
— Seria tão legal a Layla ter um irmãozinho — falei.
— Seria. Eu já pensei muito sobre isso, e falo por mim,
sempre quis ter irmãos — disse Maddie.
— Então é isso. Hoje à noite temos um trabalho a fazer —
brincou Logan.
— Primeiro vou ir ao médico fazer alguns exames — alegou.
— E depois desse irmãozinho, se você não quiser mais
passar pelo parto podemos adotar. Quero a casa cheia — falei.
Os dois riram.
Layla veio correndo até nós.
— Eu posso mostrar o presente do papai Logan? —
perguntou empolgada.
— Só mostrar. Lembra do que o papai disse? Que temos que
praticar muito para poder andar — disse Logan.
— Tá bom. Eu vou pegar. Quero mostrar para Emma.
Ela correu para dentro e instantes depois voltou segurando o
pequeno skate infantil cor de rosa que havia ganhado de presente
de Logan.
Ela mostrou para as outras crianças que pareciam animadas.
Observamos a cena.
Às vezes eu não conseguia acreditar no rumo que minha
vida havia tomado. Eu nunca pensei que pudesse ser tão feliz.
Logan, Maddie e Layla eram as coisas mais importantes da minha
vida e eu não podia estar mais feliz. Cada momento que eu passava
ao lado deles era único e especial. E a melhor parte, é que tínhamos
uma vida inteira para viver ao lado um do outro.
FIM
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