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Copyright ©️2022 C.M.

Meyer
 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa obra poderá ser
reproduzida ou transmitida por qualquer forma, meios eletrônicos ou
mecânico sem consentimento e autorização por escrito da autora.
 
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora.
Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é
mera coincidência.
Sumário
Sinopse
Playlist
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
Outras Obras da Autora
 
Sinopse
Madison sofreu um grande choque dias depois da sua
formatura do ensino médio: seu namorado, Colin, deu um fim no
relacionamento dos dois.
Apesar de chateada, Maddie decide acompanhar sua família
em uma viagem de verão, onde ela conheceu um charmoso garoto
de cabelos compridos.
Logan era divertido e bonito, duas coisas que estavam
ajudando Madison a esquecer seu relacionamento fracassado.
Porém, no final das férias, com Madison já apegada, Logan dá um
ponto final em qualquer envolvimento futuro que os dois poderiam
ter.
Anos depois, com quase toda a turma de 2017 já formada na
faculdade, um reencontro foi marcado. Lá estava Maddie, com
esperanças de reencontrar seu namorado da adolescência. Ela só
não esperava que Colin estava noivo… noivo da sua paixão de
verão, Logan.
Playlist
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Namorado” ou CLICANDO AQUI.
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em seguida no ícone de câmera no canto superior direito, então
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Capítulo 1

Eu estava feliz por finalmente ter terminado o ensino médio.


Iria realizar meu grande sonho, que era entrar na faculdade e cursar
medicina veterinária.
Os animais eram minha grande paixão, desde criança.
Tínhamos um cachorro, Bud, e eu já estava sofrendo por
antecedência por ficar longe dele durante os anos de faculdade. Eu
moraria no campus, apesar de estar empolgada com minha nova
vida, eu estava tensa por deixar todos que amava, principalmente
meu namorado, Colin.
Namorávamos desde o início do ensino médio. Mas nos
últimos tempos eu estava o sentido distante. Não sabia se estava
com problemas em casa ou se havia outro motivo, ele sempre
insistia que estava tudo bem, mas eu sabia que não estava.
Não nos víamos há alguns dias, desde a formatura. Eu enviei
algumas mensagens, mas ele estava mais frio do que de costume.
Suspirei preocupada. Eu e meus pais iríamos viajar em dois
dias e não queria ir sem deixar tudo certo com Colin, apesar de ele
insistir que estava tudo certo.
Criei coragem e comecei a arrumar a minha mala. Eu
adorava viajar, principalmente para a praia, já que no Texas fazia
muito calor.
Separei dois biquínis, um preto e o outro azul. Ficaríamos
apenas uma semana. Era uma viagem de formatura e iríamos
aproveitar para passar um tempo em família já que nossa rotina era
sempre tão corrida.
Eu estava dobrando uma blusa quando ouvi meu celular
vibrar.
Corri até o aparelho e vi o nome de Colin na tela. Abri um
sorriso ao ver que ele havia me procurado dessa vez.
“Precisamos conversar. Pode ir até a praça agora?”
Respondi rapidamente dizendo que estava indo.
Fiquei aliviada, pois pensei que finalmente ele iria se abrir
comigo e as coisas voltaria ao normal entre nós.
Saí de casa praticamente correndo. Eu estava ansiosa e
animada para vê-lo.
Quando cheguei, ele já estava lá, sentado em um banco.
Fui até ele com um largo sorriso no rosto.
— Colin!
Ele levou alguns instantes para finalmente olhar para mim.
Foi nesse instante que meu sorriso se desfez. Sua expressão não
parecia nada boa.
— Maddie, eu preciso falar com você.
Ele fez sinal para que eu me sentasse ao seu lado.
— O que estava acontecendo? — perguntei, sentando-me ao
seu lado.
— Olha, eu gosto muito de você, de verdade. Eu nunca vou
esquecer os anos que passamos juntos, mas... — Ele deixou a frase
no ar.
Senti uma pontada em meu peito.
— Mas o quê? — perguntei com a voz trêmula.
— Nós somos tão jovens. Estamos começando nossas vidas
agora. Vamos para faculdade, eu vou para a Califórnia e você vai
ficar aqui em San Antônio. Vamos nos separar.
— Palo Alto não fica tão longe — interrompi.
— Fica sim. Nós vamos conhecer outras pessoas e será bom
para nós dois.
Seu tom de voz era baixo, porém firme. Parecia que ele
havia ficado muito tempo ensaiando o que queria me dizer.
— Eu não entendo. Sempre pensei que iríamos nos casar,
que teríamos filhos. Passamos por tantas coisas juntos, fizemos
tantos planos — falei, tentando controlar as lágrimas.
— Eu sei, e eu não me arrependo de nenhum momento que
passamos juntos, mas acho que nossa história termina aqui. Eu vou
levar você sempre comigo, Maddie. Vou amar você para sempre,
será sempre a minha primeira namorada.
Não consegui conter as lagrimas quando ouvi suas palavras.
Realmente era um término e eu não podia fazer nada.
— Eu... — Tentei falar, mas não consegui. Não queria chorar
ainda mais na sua frente.
— A nossa história foi linda, mas infelizmente chegou ao fim.
Eu pensei bem, e tenho certeza de que essa é a melhor decisão
para nós dois.
Ele pegou em minhas mãos, que estavam trêmulas.
— Se você acha melhor. — Foi tudo que consegui dizer.
— Vamos continuar sendo amigos. Como sempre fomos.
Colin levou minhas mãos até seus lábios e as beijou.
— Tudo bem — concordei.
— Eu vou estar sempre aqui torcendo por você — disse
sorrindo.
— E eu por você — falei com a voz falhada.
Ele se levantou e olhou para mim uma última vez. Eu via a
tristeza em seu olhar e sinceramente não conseguia entender o
motivo dele estar fazendo isso.
Não falei mais nada. Apenas o observei partir.
Enquanto ele se afastava, as lágrimas caíram pelo meu rosto
sem controle. Eu não me importava se alguém estivesse vendo. O
meu mundo havia desabado e eu não podia estar mais perdida.
Senti um nó em minha garganta e sentia que a qualquer
momento eu iria simplesmente parar de respirar. O meu peito doía
como nunca havia doído antes. Eu estava desesperada. Só queria ir
atrás de Colin e implorar para que voltasse, mas ainda havia me
restado um pouco de orgulho.
O sol começou a se pôr atrás das árvores e eu continuava lá,
parada, chorando.
Criei coragem, sequei as lágrimas e me levantei. Comecei
minha rápida caminhada até minha casa, mas pareceu uma
eternidade.
Assim que entrei em casa, fui até a cozinha procurar por
minha mãe, sabia que provavelmente ele estaria começando a
preparar o jantar.
— Mãe! — Falei com voz fraca.
— Minha filha! O que houve? — perguntou preocupada.
— Colin terminou comigo! — falei, alterando o tom de voz.
Ela me abraçou forte.
Ficamos em silêncio alguns instantes enquanto as lágrimas
caíam.
— Por quê? O que aconteceu? — perguntou assim que nos
afastamos
Meu pai entrou na cozinha.
— O que aconteceu? Ouvi vocês alteradas.
— Colin terminou tudo entre nós. Eu não sei o que
aconteceu. Ele veio com um papo estranho de que precisávamos
viver nossas vidas, eu não entendi nada — lamentei.
Meu pai veio até mim. Colocou uma de suas mãos no meu
rosto e secou minhas lágrimas.
— Está tudo bem, querida. Você vai encontrar alguém que a
mereça.
— Eu nunca mais vou amar ninguém.
— Claro que vai. Um dia você vai se apaixonar de novo, e
vai ser como se essa dor nunca tivesse existido — disse ele.
— Eu sonhava com o nosso casamento, com os nossos
filhos.
— E você vai se casar, e terá muitos filhos — falou minha
mãe.
— Não! A minha vida acabou — falei, abraçando meu pai. —
Eu vou para o meu quarto — falei assim que nos separamos.
— Tem certeza? Quer fazer alguma coisa? Sair para comer?
Assistir um filme ou podemos apenas sentar e conversar — sugeriu
minha mãe.
— Não. Eu quero ficar sozinha.
— Depois eu levo o seu jantar — disse meu pai.
— Eu não consigo comer. Minha garganta está fechada. Só
quero deitar na minha cama e dormir para esquecer tudo isso.
Saí da cozinha e fui até meu quarto. Apaguei a luz e deitei na
cama.
Por horas e horas eu apenas chorei. Chorei como nunca
havia chorado antes. Eu já havia aceitado que essa dor nunca mais
iria passar.
 
Capítulo 2

Estávamos em Huntington Beach e apesar de eu ter


esperado muito tempo por essa viagem, eu não estava nem um
pouco empolgada. Não conseguia tirar da cabeça meu término com
Colin.
Tínhamos alugado uma casa, praticamente à beira mar. A
casa era linda, a temperatura estava perfeita, mas eu não conseguia
me sentir feliz. Faltava algo.
— Maddie! Sente, eu preparo o seu café — disse minha
mãe, sorridente, assim que entrei na cozinha.
Meus pais estavam sentados em volta da mesa, tomando
café da manhã.
— Não precisa. Estou sem fome.
— Você não está comendo nada. Precisa se alimentar —
falou meu pai, bebendo um gole do seu café.
— Eu não consigo, não tenho ânimo para nada.
— Você precisa reagir. Chegamos ontem e você nem ao
menos colocou os pés na rua. O dia está lindo! Você sempre gostou
tanto de praia — disse minha mãe.
Dei alguns passos e me sentei em uma cadeira ao lado do
meu pai.
— Eu sei. Eu vou reagir, eu prometo, mas me deem mais
alguns dias.
— Você já teve alguns dias. Agora é hora de seguir em
frente. Na parte da tarde eu e sua mãe vamos até a praia, mas você
já pode ir dar uma volta agora mesmo.
— Seu pai está certo. Saia um pouco, faça amizades. Tenho
certeza de que uma caminhada na praia irá ajudar.
Respirei fundo. Eu sabia que eles tinham razão. Eu
precisava esquecer Colin e viver a minha vida. Em poucos meses
eu começaria a faculdade e precisava focar em mim.
Estiquei o braço e peguei uma torrada.
— Vocês têm razão. Vou até a praia dar uma volta — falei,
passando geleia em minha torrada.
— Volte até o almoço e depois iremos todos juntos — disse
minha mãe sorridente.
Forcei um sorriso.
Terminei de comer e peguei minha pequena bolsa. Eu
pretendia ir até à beira da praia e tomar um sorvete.
Abri a bolsa e peguei algo para amarrar meus cabelos azuis,
na praia sempre ventava muito e eu odiava cabelo no rosto.
Assim que saí de dentro de casa, observei o céu limpo. Não
havia nenhuma nuvem. Por um instante, me senti melhor. Talvez
meus pais tivessem razão. Sair de casa me faria bem.
Cheguei na praia em pouco tempo. O lugar estava lotado.
Era uma manhã perfeita de verão. Muitas pessoas tomando banho
de mar, outras pegando sol na areia, algumas surfando e muitas
crianças brincado.
Tirei meu calçado e senti a areia quente em meus pés.
Abri um leve sorriso ao observar algumas crianças
construindo um castelo de areia. Foi o meu primeiro sorriso sincero
desde o término com Colin.
Olhei para os lados e avistei uma sorveteria do outro lado da
rua.
Pensei por um instante se comprava o sorvete ou se deixava
para mais tarde. Decidi que iria comprar logo e depois sentaria um
pouco mais na areia da praia.
Coloquei de volta meu calçado e atravessei a rua. Entrei na
sorveteria e comprei um sorvete de morango. Ele estava com uma
aparência ótima. Pela primeira vez em dias, eu senti vontade de
comer ou beber algo.
Provei o sorvete enquanto caminhava de volta para a praia.
Ele era tão delicioso quando bonito. Finalmente depois de dias, algo
me deixou feliz, mas minha felicidade durou pouco.
Eu estava voltando para a praia quando alguém bateu em
mim e derrubou meu sorvete no chão.
— Desculpe. Foi sem querer — disse o garoto.
— Você me atropelou! Tenha mais cuidado com esse seu
skate! Acabou com o meu sorvete — esbravejei.
— Eu sinto muito. Eu compro outro para você.
— E ainda sujou minha blusa! Você não olha por onde anda?
— Por favor, me desculpe — disse sem jeito.
Olhei para ele e reparei em sua expressão. Ele parecia
realmente arrependido.
— Tudo bem. Eu aceito um novo sorvete — falei por fim.
Demos alguns passos em direção à sorveteria.
— Qual seu nome? — perguntou, puxando assunto.
— Madison, e o seu?
— Logan.
Entramos na sorveteria e o garoto pagou pelo meu sorvete
de morango.
— E você, não vai tomar um?
— Não, eu já tomei.
Peguei o sorvete e o provei.
— Obrigada — agradeci.
— Não foi nada. Já que eu derrubei o seu. Quer dar uma
volta no píer?
Pensei por um instante e lembrei do que meus pais disseram
sobre fazer novas amizades. Seria bom para mim.
— É claro.
— Então, por que você está tão brava? Ninguém grita tanto
por causa de um sorvete de morango. Se fosse de chocolate, eu
entenderia.
Soltei uma leve risada, refletindo sobre sua pergunta. Será
que eu deveria me abrir com um completo desconhecido?
— Eu acabei de terminar um namoro. Na verdade, ele que
terminou comigo.
— Eu sinto muito. Se não for muita intromissão da minha
parte, por que terminaram?
— Eu não sei. Estávamos juntos desde o início do ensino
médio, e agora do nada ele disse que ficaríamos melhor sozinhos.
Que vamos para a faculdade e vamos seguir caminhos diferentes.
Eu ainda não estou aceitando isso muito bem — contei enquanto
caminhamos.
— Faz quanto tempo que terminaram?
— Alguns dias — falei, tomando o meu sorvete.
— Ainda é recente. Se você quiser podemos sair amanhã,
assim você se distrai.
Parei de caminhar e olhei diretamente para seus olhos.
Logan era muito bonito e charmoso. Devia ter mais ou menos a
minha idade. Se eu não tivesse completamente apaixonada por
Colin, com certeza ele me chamaria atenção.
— Eu não moro aqui. Estamos de férias. Minha família e eu
sempre fazemos uma viagem depois que as aulas acabam. Moro
em San Antônio, no Texas. Em uma semana voltamos para casa.
— Ah, tudo bem. Podemos sair enquanto você estiver aqui,
se você quiser.
— Eu quero. E você, mora aqui?
— Moro aqui perto, mas estou sempre por aqui. Huntington
Beach é o lugar perfeito para andar de skate.
— Você é profissional?
— Não, é só passatempo. Me ajuda a relaxar. — Ele desviou
o olhar para o mar. — Está gostando da cidade? — perguntou.
— Sim, eu já conhecia, já tínhamos vindo outras vezes. Eu
adoro esse lugar. Esse píer é o mais lindo do mundo — respondi
sorrindo.
— Tenho que concordar com você.
— Apesar de amar San Antônio, com certeza eu moraria
aqui — falei.
— Eu queria morar um pouco mais perto da praia, seria
legal.
Conversar com Logan me distraiu. Na verdade, nem vi o
tempo passar. Ele era bom de papo.
— Eu já vou indo para casa. Preciso chegar antes do
almoço.
— Tudo bem, nos vemos amanhã? — perguntou sorrindo.
Eu não queria me envolver com ninguém, ainda era muito
cedo para me interessar por alguém, seria uma amizade. Como ele
mesmo disse, apenas para me distrair.
— Sim. Amanhã, depois do almoço, aqui mesmo no píer.
— Estarei aqui à sua espera com dois sorvetes de morango.
— Pode ser de chocolate, gosto de variar.
— De chocolate então.
Ele tinha um lindo sorriso.
— Até amanhã — falei me afastando.
— Antes de ir...
— O quê? — perguntei, dando dois passos de volta.
— Adorei o cabelo azul. Combina muito com você.
— Obrigada — agradeci sorrindo.
— Até amanhã — falou por fim.
— Até.
Voltei para a casa muito melhor. Por alguns minutos eu
consegui esquecer de Colin.
Quando cheguei em casa, meus pais estavam começando o
almoço.
— Querem ajuda? — ofereci.
— Não. Pode deixar conosco. Será algo bem simples —
disse meu pai enquanto descascava algumas batatas.
— E como foi o passeio? — perguntou minha mãe.
— Foi bom. Tomei um sorvete e fiz amizade com um garoto.
— Que ótimo! Você já está parecendo bem mais animada —
disse minha mãe sorrindo.
Apenas sorri em resposta.
— Eu vou descansar um pouco até a comida ficar pronta.
Eles concordaram.
Saí da cozinha e fui para meu quarto. Peguei meu celular e
me deitei na cama. Abri meu Instagram e a primeira postagem que
vi foi de Colin. Senti um frio na barriga. Era uma foto dele com seus
pais e Robert, o seu melhor amigo. Eles estavam em um
restaurante, pareciam felizes.
Era isso, ele estava muito bem sem mim. Estava feliz.
Não consegui controlar e meus olhos encheram de lágrimas.
Eu sabia que o jantar era pela formatura. Devíamos estar
comemorando esse momento juntos.
Respirei fundo e fui até seu perfil. As nossas fotos já não
estavam mais lá. Dei uma última olhada antes de clicar em deixar de
seguir.
Desliguei o celular e deixei que as lágrimas caíssem. Eu não
estava bem. Ver Colin feliz sem mim havia acabado comigo. Eu só
me perguntava se um dia eu conseguiria me livrar dessa dor.
 
Capítulo 3

Eu estava feliz por ter conhecido Madison. Apesar do


problema que estava passando, ela parecia ser uma garota muito
legal, além de muito bonita. Porém, isso custou literalmente minha
volta para casa.
Tirei do bolso algumas moedas, era pouco e não era o
suficiente para pegar o ônibus de volta para casa. Eu estava com o
dinheiro contado, e por conta do sorvete que paguei para Madison,
fiquei sem o dinheiro da passagem. O jeito seria voltar de skate.
Enquanto voltava para casa, pensei em jeitos de conseguir
dinheiro. Eu havia prometido um sorvete de chocolate para Madison
e faria de tudo para cumprir.
O caminho foi longo, mas acabei me distraindo, pensando
em Madison e em como conseguir dinheiro.
Estava quase chegando em casa quando vi a senhora Frank,
minha vizinha. Ela estava sentada em sua varanda, com uma xícara
nas mãos, tinha certeza de que era chá.
— Olá, senhora Frank. Bebendo um cházinho?
— Sim. Gosto de um chá depois do almoço. Faz bem para a
saúde — respondeu sorrindo.
Dei uma boa olhada para seu quintal. Sua grama já estava
começando a crescer.
— Sua grama está grande. Se quiser eu posso dar uma
aparada.
— Ainda não. Não está tão grande, mas obrigada.
Olhei para os lados pensando se tinha mais alguma coisa
que eu pudesse fazer.
— A senhora não está precisando de ajuda com nada?
Talvez consertar alguma coisa?
Ela pareceu pensativa.
— O que você está querendo? — perguntou curiosa.
— Amanhã eu vou sair com uma garota, mas não tenho
dinheiro nem para um sorvete.
— Ah! Agora eu entendi.
— Se souber de alguém, algum vizinho, que esteja
precisando de algo, por favor, me avise.
— Espere. Eu preciso.
— Precisa?
— Eu pretendia fazer compras no Mercado amanhã. Mas
você pode ir para mim, e depois pode aparar a grama. Vou ficar feliz
em ajudar.
Abri um sorriso ao ouvir suas palavras.
— Pode deixar comigo. Farei suas comprar e depois corto
sua grama. Pensando bem, se quiser, já posso fazer isso agora
mesmo. Ainda é cedo. Tenho a tarde inteira livre.
— Você já almoçou?
— Ainda não, mas não estou com fome.
— Primeiro você precisa comer — falou autoritária.
— Eu como um sanduíche no mercado, prometo.
Ela pensou por um instante.
— Tudo bem. Eu vou lá dentro pegar a lista e o dinheiro.
Esperei do lado de fora animado. Pelo menos o sorvete e o
transporte estavam pagos. Quem sabe eu poderia dar uma volta na
vizinhança, perguntar se mais algum vizinho estava precisando de
algo.
A senhora Frank voltou com um pedaço de papel na mão e a
carteira. Ela me entregou o papel e a carteira.
— Aqui deve ter o suficiente.
Olhei rapidamente para a lista e percebi que eram poucas
coisas, eu conseguiria trazer tudo nas mãos, em sacolas.
— Eu volto logo.
— Não tenha pressa.
— Muito obrigado, senhora Frank. A senhora salvou o meu
encontro — agradeci sorrindo.
Ela apenas sorriu de volta.
Deixei o skate em seu quintal e caminhei até o mercado
próximo.
Peguei todas as coisas da lista e passei no caixa.
As sacolas estavam pesadas, mas consegui dar conta, por
sorte o mercado não ficava muito longe.
Em menos de uma hora eu já estava de volta com todas as
coisas da lista.
— Senhora Frank — chamei.
— Você foi rápido! — disse abrindo a porta para mim.
— Isso que tive que enfrentar fila. Eu ajudo a senhora a
guardar.
Fomos até a cozinha.
Eu já estava acostumado com o caminho, pois eu e minha
mãe éramos visitas frequentes na casa, já que a ajudávamos
sempre que era preciso. Senhora Frank era viúva e já tinha certa
idade. Nos preocupávamos com ela, estávamos sempre por perto.
Ela era como uma avó para mim.
— Esse e o meu sanduíche. Vou comer depois, pode
descontar da minha parte — falei, tirando os produtos da sacola.
Ela apenas concordou.
Tiramos tudo das sacolas e eu a ajudei a guardar.
Ela foi até sua carteira e pegou uma nota alta.
— Muito obrigada por ter me ajudado. Isso é pelas compras
e já pela grama de mais tarde.
Olhei para o dinheiro. Era muito mais do que eu tinha
imaginado.
— Não, isso é muito. Eu não posso aceitar.
— Aceite. Você sempre me ajuda. Você e sua mãe estão
sempre aqui. E eu quero ajudar no seu encontro.
Eu estava sem jeito, mas aquele dinheiro me ajudaria muito.
— Muito obrigado, senhora Frank. Vou comer meu
sanduíche e já vou cortar a grama.
— Não tem pressa. Ainda não está muito grande, não
precisa ser hoje. Agora vá para casa comer um pouco.
— Tudo bem. Eu volto no final da tarde para cortar a grama.
Prefiro fazer hoje.
— Pode vir quando quiser.
Peguei em suas mãos.
— Muito obrigado. A senhora me salvou hoje.
Ele abriu um sorriso sincero.
— Espero que dê tudo certo no seu encontro amanhã.
Peguei meu sanduíche e nos despedimos.
Saí da casa da senhora Frank e já comecei a comer meu
lanche.
Passei pelo quintal e peguei meu skate. Com poucos passos,
já estava em casa. Entrei procurando por minha mãe.
— Logan! Você demorou — comentou assim que me viu.
— Eu estava fazendo uns trabalhos para a senhora Frank e
mais tarde vou cortar sua grama. Amanhã tenho um encontro com
uma garota e precisava de dinheiro.
— Depois vou querer saber tudo sobre essa garota.
— Ela não mora aqui, é do Texas. Vai ficar aqui só essa
semana.
— Mas podem manter contato.
— Não, ela acabou e terminar um namoro, ainda está
pensando no ex, mas tudo bem, vamos sair, só para distrair um
pouco.
— Você como sempre querendo ajudas as pessoas — disse
sorrindo. — E esse lanche? Você não almoçou? — perguntou
olhando para meu sanduíche.
— Não tive tempo, mas estou sem fome. Isso será o
suficiente.
— Mais tarde vou até o mercado comprar algo para jantar.
Vou ver o que temos de dinheiro.
Ele foi até a cozinha, eu fui atrás.
Minha mãe pegou um pequeno pote, era onde guardávamos
o nosso dinheiro.
Ela pegou algumas moedas e umas notas baixas.
— Eu ganhei dinheiro hoje. Podemos comprar o jantar —
falei, tirando a nota do bolso.
— De jeito nenhum. Esse dinheiro é para seu encontro
amanhã.
— Eu não preciso de tanto. Só para o ônibus e dois sorvetes.
Eu vi o seu olhar de decepção, mas nós dois sabíamos que
não havia outro jeito, e depois de um longo dia, merecíamos uma
boa refeição.
— Tudo bem, eu vou ao mercado, vou comprar algo bem
simples e você fica com todo o resto — disse, pegando o dinheiro.
— Vou dar uma volta pela vizinhança, perguntar se mais
alguém precisa de alguma coisas.
— Vou receber meu pagamento em poucos dias, também
posso tentar fazer umas horas extras, assim mês que vem não
passamos por isso novamente.
— Vai dar tudo certo, mãe.
Ela sorriu. Sabia que estava aliviada.
— Mas eu não quero que você fique as férias toda
trabalhando, você precisa aproveitar um pouco.
— Eu vou, mas para isso preciso de dinheiro, nem que seja
só para o ônibus para ir até a praia. Quando começar a faculdade,
vou focar nas aulas. Não posso correr o risco de tirar notas baixas,
não posso perder essa bolsa.
— Você sempre foi um ótimo aluno. Tenho certeza de que se
sairá bem. E em alguns anos estará formado. Estou muito orgulhosa
de você.
Fui até ela e nos abraçamos. Eu e minha mãe éramos muito
unidos. Nunca tive pai, ele nos abandonou assim que descobriu da
gravidez da minha mãe. Tenho avós, mas nunca fomos tão íntimos.
Foi sempre só eu e minha mãe, e eu faria de tudo para deixá—la
cada dia mais orgulhosa.
 
Capítulo 4

Era para ser um momento de comemoração. Minha irmã, seu


marido e meu sobrinho vieram passar alguns dias conosco. Eu
gostava de ter minha família por perto, principalmente meu sobrinho,
Kevin, mas nesse ano, eu não estava muito empolgado.
Eu sentia falta de Maddie. Me sentia péssimo por saber que
a fiz sofrer, mas ao mesmo tempo eu sabia que essa era a melhor
decisão para nós dois.
Ouvi uma batida na porta.
— Colin, o jantar está pronto — disse minha irmã, Patrícia.
— Já estou indo — respondi em tom baixo.
Ele abriu a porta delicadamente.
— Você está bem? — perguntou.
— Sim, eu estava pensando na Maddie.
Ela entrou no quarto e se sentou na cama ao meu lado.
— Eu ainda estou um pouco perdida nessa história. Você
disse que terminou, mas não entendi muito bem seus motivos.
— É complicado. Eu amei Maddie, na verdade, ainda a amo
e por isso sei que será melhor seguirmos caminhos separados.
— Mas por que seria melhor?
— Vamos ficar anos longe um do outro por conta da
faculdade, vamos estar juntos e ao mesmo tempo longe. Nesse
tempo, vamos poder conhecer outras pessoas. Não seria justo
comigo e com ela também.
— Você está gostando de outra pessoa? — perguntou,
arqueando uma sobrancelha.
— Claro que não. Eu nunca olhei para outra garota enquanto
estávamos juntos, mas eu acho que queria um pouco mais. Eu
sempre fui um ótimo aluno, sempre me dediquei totalmente aos
estudos e depois à Maddie, devia ter aproveitado um pouco mais —
falei, soltando um longo suspiro.
— Acho que de certa forma eu entendo você. Mas vocês são
muito jovens. Quem sabe um dia se encontram novamente.
— Quem sabe — falei desanimado.
— Mas agora já que você tomou sua decisão, vida que
segue. Vamos sair um pouco desse quarto. Vamos comer.
— Tudo bem — concordei mesmo sem estar muito feliz.
Saímos do quarto e fomos jantar. Minha irmã estava certa, a
decisão foi minha. Agora precisava esquecer Maddie e focar na
faculdade que começaria em poucos meses.

[...]
Eu e meu melhor amigo, Robert, tínhamos combinado de
sair. Iríamos jogar boliche com alguns dos nossos amigos. Seria
bom passarmos um tempo juntos, já que iríamos nos separar por
conta da faculdade.
Apesar de adorar passar o tempo com os meus amigos, eu
não estava muito empolgado para sair. Cheguei a comentar com
Robert que não iria, mas ele insistiu.
Depois de me arrumar, fui até a sala e me despedi de minha
família. Peguei minhas coisas e entrei no meu carro.
Assim que entrei no carro, lembrei de Maddie. Eu havia o
ganhado há pouco tempo. Foi um presente dos meus pais, para
comemorar meus dezessete anos. Lembro que fiquei muito
empolgado. Eu sempre quis ter o meu próprio carro. Eu e Maddie
tínhamos combinado de fazer uma viagem longa com ele.
Pensamos em ir até Nova Iorque dirigindo. Era um lugar que nós
dois gostaríamos muito de conhecer. Mas agora isso não ia mais
acontecer, não juntos, pelo menos. Mas eu desejava do fundo do
meu coração, que ela realizasse todos os seus sonhos e desejos,
assim como eu lutaria para realizar os meus.
Passei na casa de Robert como combinado. Eu iria dar uma
carona já que morávamos perto.
Estacionei o carro em frente à casa dele, onde o garoto já
estava me esperando.
— Pensei que não viesse mais — falou, entrando no carro.
— Eu disse que vinha, apesar de não estar no clima.
— Você vai ficar bem. Vamos nos divertir essa noite. Todo o
pessoal vai estar lá — falou, na tentativa de me animar.
— Eu sei. Eu estou melhorando aos poucos — respondi,
dando partida no carro.
— Olha, nós somos amigos há anos. Eu acompanhei todo o
seu relacionamento com Madison, e sei que não foi só isso. Pode
me contar, por que você terminou?
— Eu já disse, essa distância da faculdade não seria justo
com nenhum de nós dois.
— Eu entendo, mas acho que tem algo a mais.
Robert tinha razão. Havia algo a mais, mas eu não tinha
certeza se deveria ou não contar.
— Eu... — deixei a frase no ar.
— Você sabe que pode me contar qualquer coisa.
— Eu tenho uma curiosidade. Não sei se deveria contar,
mas...
— Mas o quê? — perguntou curioso.
— Já pensei algumas vezes em ficar com outros homens —
confessei enquanto parávamos em um sinal fechado.
— Ah é só isso! E por que não disse antes? Você contou
para a Madison?
— Claro que não!
—   Você deveria ter dito isso para ela, quem sabe vocês
poderiam ter resolvido. Um relacionamento aberto ou até mesmo um
sexo a três.
Soltei uma risada alta.
— Maddie nunca aceitaria uma coisa dessas. Ela é muito
tradicional. E eu também não sei se faria algo do tipo.
— Eu já sou mais mente aberta. Se vocês estão felizes é o
que conta.
— Acho que não consigo ser tão moderno assim — falei
sorrindo.
— Mas me conte, você tem algum cara em mente? Está
gostando de alguém?
— Claro que não. Mas queria me soltar um pouco mais na
faculdade, e espero que isso aconteça com Maddie também. Quero
conhecer novas pessoas, ir às festas e aproveitar um pouco mais.
— E um relacionamento prenderia vocês?
— Exatamente.
— Eu entendo você, de certa forma você tem razão.
Robert me deu mais alguns conselhos. Insistia que eu
deveria me abrir com Maddie, mas para mim, isso só a deixaria
ainda mais magoada comigo. Como eu falaria para ela que a amo,
mas que desejava ficar com outras pessoas? Nem eu me entendia
por isso, na verdade, isso me deixava mal. Eu a amava de verdade,
então por que tinha esses desejos?
Chegamos no boliche rapidamente, talvez por eu ter me
distraído conversando com Robert, a viagem pareceu mais curta.
Apesar de tudo, eu me sentia mais leve por ter contato para
ele.
Entramos no lugar e encontramos com alguns amigos que já
estavam lá.
Seria uma noite de diversão. E por pelo menos algumas
horas, eu queria esquecer de Maddie e da culpa que sentia por
deixá-la.
 
Capítulo 5

Eu havia gostado de conhecer Logan. Sinceramente não


imaginei que fosse fazer amizade tão rápido com alguém.
Por alguns momentos, consegui pensar nele e no nosso
encontro ao invés de Colin.
— Mãe, o que achou dessa roupa? — perguntei, entrando na
sala.
— Está linda! É para sair com aquele garoto? — perguntou
em um tom sugestivo.
— Sim, o Logan, mas é só amizade. Vamos passar um
tempo juntos, para me distrair.
— Isso é ótimo! Você precisa mesmo de um pouco de
diversão.
— Eu volto no final da tarde.
— Tudo bem — concordou.
Depois de me despedir dela, peguei meu celular e passei
pela cozinha, onde meu pai estava lavando a louça.
— Até mais, pai.
— Até mais. Cuide-se.
Saí de casa em direção ao píer. Iríamos apenas tomar
sorvete e conversar na beira da praia, como havíamos feito no dia
anterior. Seria algo bem simples, mas manteria minha mente
ocupada por um tempo.
Em pouco tempo cheguei até o píer. Avistei Logan assim que
cheguei.
Dei alguns passos em sua direção, foi quando ele percebeu
minha presença.
— Olá, chegou há muito tempo? — falei simpática.
— Oi, acabei de chegar. Como você está? — perguntou.
— Estou bem. Estou melhor hoje, e você?
— Estou bem também. Ia comprar o sorvete, mas não sabia
se você ia demorar, então decidi esperar.
— Podemos tomar daqui a pouco. Vamos dar uma
caminhada — sugeri.
— Vamos. Você parece um pouco mais animadinha hoje —
falou sorrindo.
— Eu estou — concordei.
— Aposto que foi por conta do sorvete de chocolate que eu
prometi — brincou.
— Tem razão. Fiquei pensando nesse sorvete a noite inteira
— falei brincalhona. — Mas me conte: você está aqui tentando me
distrair, não tem namorada?
— Não. Eu estava conhecendo uma garota, chegamos a
ficar algumas semanas juntos, mas não deu muito certo.
— Pelo jeito que você fala, ela não foi tão importante assim.
— Não. Pensávamos muito diferente.
Ele ficou sério. O que foi estranho, já que a maior parte do
tempo ele estava sorrindo, ou pelo menos com uma expressão de
alegria.
— O que foi? Ficou sério de repente.
— Eu lembrei de uma pessoa.
— Ah! Então você teve algum que amou muito?
— Sim, o nome dele é Josh. Namoramos por quase um ano
até eu descobrir que ele me traía — falou em tom sério.
— Ah, eu não sabia que você era gay.
— Sou pansexual. Quando conheço alguém não dou bola
para o gênero. Eu vejo muito além disso.
Fiquei sem saber o que dizer. Nunca tinha conversado com
ninguém que se dizia pansexual, e não queria que ele me achasse
antiquada.
— Interessante. Nunca tinha falado com ninguém com a sua
sexualidade.
— Achou estanho? — perguntou, com um leve sorriso.
— Claro que não. Cada um é livre para ser como é.
— Fico feliz que pense assim. Você comentou que vai para a
faculdade, o que vai fazer?
— Medicina veterinária. Eu amo animais desde criança —
respondi sorrindo.
— É uma linda profissional. Também estou indo para a
faculdade.
— O que vai fazer?
— Artes Visuais. Ganhei uma bolsa integral na Universidade
Stanford, fica aqui na California, em Palo Alto.
Fiquei seria no mesmo instante.
— É a mesma faculdade — sussurrei.
— O que? — perguntou.
— Meu ex—namorado. Ele também vai para Stanford
— Sério? Que coincidência.
— Mais ou menos. Afinal, é uma das melhores faculdade do
país.
Estávamos no píer. Apoiei meus braços na grade de
proteção e olhei para o mar. Logan fez o mesmo.
— Se eu vir ele por lá, pode deixar que dou um chute na
bunda dele por você, e depois o confronto — brincou.
Soltei uma leve risada.
— E o que você falaria? — perguntei, olhando para ele.
— Eu iria questionar como ele pode partir o coração de uma
garota tão bonita quanto você.
Desviei o olhar para o mar, sentindo minhas bochechas
corarem. Eu não estava acostumada a receber elogios de outras
pessoas que não fosse o Colin.
— Acho que nem ele saberia responder isso. Foi um término
confuso — falei, voltando minha atenção para Logan.
— Mas agora chega de falar dos nossos relacionamentos
passados.
— Você tem razão — concordei.
Logan deslizou seu corpo para mais perto de mim.
Chegando a quase encostar nossos braços.
— Eu tenho certeza de que logo logo você encontrará
alguém legal, alguém que mereça você de verdade.
Eu estava gostando do que estava ouvindo. Era bom ser
elogiada. Logan fez eu me sentir especial de novo. Apesar de já ter
passado por isso com Colin, era diferente dessa vez.
Encarei seus olhos. Por um instante todos os pensamentos
sumiram da minha mente e eu só conseguia focar nele.
Pensei em tomar a iniciativa e beijá-lo. Cheguei a mover o
meu corpo, mas me contive. De certa forma eu ainda me sentia
culpada por estar me interessando por outra pessoa.
— Você acha? — Foi tudo que consegui dizer.
— Eu tenho certeza.
Ele pareceu perceber minhas intenções.
Logan se aproximou ainda mais, colocou uma de suas mãos
em meu rosto e acariciou.
Meu olhar estava fixo no dele, e naquele momento eu me
deixei ser levada.
Inclinei meu rosto e beijei seus lábios de forma delicada.
Era uma sensação estranha e empolgante. Fazia anos que
eu não beijava outra pessoa a não ser Colin.
Logan me envolveu em seus braços. Colocou uma das suas
mãos em minha cintura, apertando de leve.
O beijo ganhou intensidade e velocidade. Ele segurou minha
nuca, tentando me puxar para ainda mais perto. Sua língua
explorava cada pedacinho da minha boca, e eu fazia o mesmo com
ele.
Apesar de ser o nosso primeiro beijo, era como se já
tivéssemos feito isso muitas e muitas vezes. Tínhamos perfeita
sincronia. Era como se o nosso lugar fosse nos braços um do outro.
Diminuímos o ritmo aos poucos, e quando nos afastamos eu
precisei de um instante para recuperar o fôlego.
— Acho que aceito aquele sorvete agora — falei, um pouco
sem jeito.
— Imaginei que você fosse dizer isso. Seu beijo também me
deixou com calor — ele disse, amenizando o clima.
Caminhamos lentamente até a sorveteria que ficava do outro
lado da rua.
— Você disse que ganhou uma bolsa na faculdade? — falei,
puxando assunto.
— Sim, uma bolsa integral.
— Nossa! Você deve ser um gênio — comentei.
— Sempre fui muito esforçado. Desde que entrei no ensino
médio eu tinha vontade de cursar artes visuais, mas com a nossa
situação seria impossível pagar. Desde então tenho feito de tudo por
essa bolsa.
— Parabéns! Você fez por merecer. E no que pretende
trabalhar?
— Tem tantas opções. Penso em trabalhar em um museu ou
quem sabe na indústria criativa. Qualquer coisa que envolva artes
eu vou gostar.
— Gosto de seu entusiasmo.
— Eu quero ser livre, não só profissionalmente, mas na
minha vida no geral. A vida é curta demais para não aproveitar ao
máximo.
Chegamos na sorveteria e Logan já foi pedindo dois sorvetes
de chocolate.
— Você tem toda razão.
Saímos da sorveteria com nossos sorvetes nas mãos.
A cada minuto que passava, eu gostava mais de Logan. Ele
era tão diferente de Colin. Ele era empolgante, e eu estava
gostando disso. Queria aproveitar cada momento que podia com
ele, pois sabia que logo iria para casa e que infelizmente iríamos
nos separar.
 
Capítulo 6

Eu e Madison estávamos aproveitando o tempo juntos. Eu


estava feliz em poder ajudá-la. Via em seus olhos o progresso que
ela estava fazendo. Não falávamos mais no seu ex-namorado. Só
falávamos sobre coisas boas e sobre nossos planos para a
faculdade, nós dois estávamos muito empolgados para isso.
Ainda era cedo da manhã quando acordei. Minha mãe já
havia ido para o trabalho, como sempre. Ela estava trabalhando até
mais tarde praticamente todo os dias. Estávamos em uma fase ruim,
e cada centavo contava.
Eu estava tomando café da manhã enquanto fazia meus
planos para o dia. No final da manhã, eu iria até a praia encontrar
Madison, teria um campeonato de surfe e nós iriamos assistir juntos.
Depois iríamos almoçar na beira da praia. Fiz alguns trabalhos para
a senhora Frank e consegui o dinheiro do almoço, apesar de ela
insistir que pagaria para nós dois, já que eu paguei alguns sorvetes.
Depois do almoço, nós viríamos para casa. Minha mãe só
chegaria no final da tarde, e poderíamos ficar sozinhos. Claro que
eu queria fazer sexo com ela, e Madison também deu sinais de que
queria, mas se não acontecesse, estava tudo bem. Poderíamos
assistir a um filme e conversar. Era sempre bom estar na companhia
dela.
Depois do café arrumei a casa. Minha mãe sempre chegava
cansada do serviço, muitas vezes ela queria fazer algo, mas eu
sempre a impedia, se eu estava em casa, nada mais justo do que eu
arrumar.
Não demorei muito para deixar tudo limpo e arrumado, já que
eu sempre mantinha a limpeza.
Fui para o banho e em seguida me vesti. Eu não podia negar
que estava animado com a possibilidade de fazer sexo com
Madison, era algo que eu queria desde o momento em que a
conheci.
Saí de casa e peguei o ônibus até a praia. Era uma viagem
rápida, cheguei em poucos minutos.
Assim que desci do ônibus, já avistei o movimento por conta
do campeonato.
Fui até a frente da sorveteria, o local onde combinamos de
nos encontrar. Ela ainda não estava lá.
Peguei o celular, ainda faltavam alguns minutos. Ela não
havia enviado nenhuma mensagem desmarcando, então devia estar
prestes a chegar.
Enquanto esperava concentrei minha atenção em um casal
que estava por perto. Eles pareciam tão felizes e apaixonados.
Apesar de alguns relacionamentos ruins, eu tinha meu lado
romântico e acreditava que um dia iria encontrar meu grande amor.
Ouvi a voz de alguém me chamando, foi quando eu olhei
para o lado e a vi. Madison. Ela estava tão linda, exatamente igual
aos outros dias.
— Olá — falei empolgado.
— Oi, desculpe se atrasei.
— Não, eu que cheguei antes. O campeonato já está
começando.
— Então vamos! Estou louca para assistir.
Atravessamos a rua e fomos até onde o campeonato de
surfe estava acontecendo.
— Está bem movimentado — comentei.
— Sim, não imaginei que tivesse tanta gente.
Chegamos o mais perto que podíamos e nos sentamos na
areia. Focamos nossa atenção nos surfistas que estavam em nossa
frente.
Em certo momento, Madison se aproximou e escorou a
cabeça em meu ombro. Eu gostei da sensação, sempre que
estávamos juntos eu esquecia de todos os problemas, mas havia
uma coisa que me incomodava: será que ela sentia o mesmo? Ela
parecia muito interessada e amorosa, mas não fazia nem um mês
que seu namoro havia terminado. Eu sei que foi eu quem sugeriu
distrai-la e ajudar a passar por isso, mas o problema é que a acabei
me apegando mais do que deveria, e sabia que ela só estava me
usando para esquecer seu ex.
— Eu aposto nesse — falei, quebrando o silêncio.
— Ah, eu não sei, hein. — Ela saiu do meu ombro e olhou
para mim. — Na verdade, eu não entendo muito de surfe — falou
sorrindo.
— Sério? Você está falando com um especialista no assunto,
pode perguntar o que quer quiser, pode tirar suas dúvidas — falei
brincando.
Ela me encarou seria.
— É mesmo? — perguntou, levantando uma sobrancelha.
Fiquei em silêncio por um instante. Apenas a observei com
um leve sorriso no rosto.
— Tudo bem, eu confesso, também não entendo muito de
surfe. O que eu gosto mesmo é skate.
— Eu sabia. Falando nisso. O que acha de me ensinar a
andar? — sugeriu.
— Eu adoraria ensinar. Já adianto que não é tão difícil como
imaginam. Na verdade, é bem fácil.
— Fácil também não, mas eu aprendo rápido.
— E também, modéstia parte, eu sou um ótimo professor.
— Convencido! — disse sorrindo.
Ela tinha um lindo sorriso. Um sorriso que eu não conseguia
resistir.
A puxei para perto e trocamos um beijo lento, mas intenso.
Assistimos o campeonato até a hora do almoço. Não
estávamos entendendo muito bem, mas tínhamos a companhia um
do outro, é para nós, era o suficiente.
Estávamos com fome e caminhando na beira da praia,
procurando um lugar para comer.
— Que tal aqui? O cheirinho de camarão está bom —
comentou enquanto passávamos na frente de um restaurante.
— Gostei, e parece ter muita variedade.
Entramos no lugar. Apesar de estar sempre na praia, era um
restaurante que eu nunca havia entrado. Não tinha o costume de
fazer refeições na beira da praia, pois nunca tinha dinheiro para
isso, o máximo que eu conseguia gastar era com um sorvete ou
com um sanduíche.
— Estou morrendo de vontade de comer camarão.
— Também vou querer — afirmei.
Só esperava que o dinheiro que eu havia juntado fazendo
alguns serviços fosse o suficiente, apesar de Madison ter dito que
queria pagar o almoço.
Pedimos suco natural e mais alguns acompanhamentos.
Enquanto comíamos, falávamos sobre a faculdade, que por sinal era
um assunto frequente entre nós, Madison também falou sobre a sua
família e contou algumas histórias de infância.
Assim que terminamos de comer, levantei e peguei minha
carteira.
— Nada disso, hoje sou em quem pago. Você já pagou os
sorvetes.
— Não precisa, pode deixar comigo.
— Eu insisto, só dessa vez — falou.
— Tudo bem, depois eu compro o nosso lanche. Lá perto de
casa tem uma sorveteria ótima, até melhor do que a da aqui. —
Sorri.
Ela pagou pela comida e saímos do restaurante.
— Vamos lá para casa agora? — sugeri.
— Vamos — respondeu com brilho nos olhos.
— Vou pedir um Uber.
Usei parte do dinheiro que não gastei com a refeição e pedi
um Uber para nós.
Chegamos em poucos minutos, já que não ficava muito
longe.
— Eu não conhecia essa parte da cidade — falou, assim que
descemos do carro.
— Eu adoro morar aqui. Tem tudo que eu preciso por perto.
A guie até minha casa, abri a porta e fiz sinal para que ela
entrasse.
— Obrigada.
— Você quer beber alguma coisa?
— Sim, uma água.
— Sente, fique à vontade — falei, apontando para o sofá.
Fui até a cozinha e servi um copo de água gelada. Voltei
para sala.
— Obrigada — falou, pegando o copo.
Ela bebeu tudo em poucos segundos e me devolveu em
seguida.
Coloquei em cima da mesinha de centro.
— Você quer assistir um filme? — sugeri, sentando-me no
sofá ao seu lado.
— Na verdade, eu tenho outros planos.
Em um movimento rápido ela se levantou e sentou em meu
colo, colocando uma perna de cada lado.
Segurei sua cintura com as duas mãos.
— Eu também, mas não queria forçá-la. Posso confessar
uma coisa? — perguntei.
— Pode.
Inclinei meu corpo e me aproximei do seu ouvido.
— Minha cabeça não para de imaginar como você ficaria
com meu pau na sua boca — sussurrei, sentindo seu corpo
estremecer.
— Vamos descobrir.
Ataquei seus lábios ferozmente.
Minhas mãos foram diretamente para suas coxas.
Sem descolar nossas bocas, Madison fez lentos movimentos
de vai e vem com o quadril. Apesar de estarmos vestidos, foi o
suficiente para deixar meu pau completamente duro.
Deslizei meus dedos por seu corpo, até chegar na barra da
sua blusa.
Nos afastamos por um segundo, apenas tempo suficiente
para ela tirar a blusa. Madison não estava usando sutiã, deixando
seus seios à mostra.
Seus seios pequenos combinavam perfeitamente com seu
corpo magro.
Não pensei duas vezes antes de beijá-los e dar pequenos
chupões.
Tentei colocar o máximo que consegui dentro da minha boca.
Em seguida, passei a língua em seus mamilos, que já estavam
enrijecidos.
Madison soltou um gemido baixo quando sentiu minha boca
em sua pele.
Deslizei até seu pescoço.
Ela colocou seus cabelos azuis para trás e inclinou a cabeça
para deixar o caminho livre para mim.
Enquanto eu beijava seu pescoço, minhas mãos apertavam
suas coxas, fazendo com que ela intensificasse seus movimentos
de vai e vem em cima de mim. Ela estava sentindo meu pau, e sabia
que isso a deixava ainda mais excitada.
Madison puxou meus cabelos com certa brutalidade. Me
fazendo olhar para ela.
— Quero sentir seu pau me fodendo com força.
— E eu quero que me implore para ser fodida.
Beijei seus lábios mais uma vez, antes de ela se levantar. A
garota abriu seus shorts jeans, mas antes que ela tirasse, eu
interrompi.
— Vamos para o quarto.
— Tudo bem — concordou.
Apesar de minha mãe só chegar no final da tarde, fiquei com
receio que ela pudesse aparecer de surpresa.
A guiei até o quarto.
Assim que entramos, fechei a porta e tirei minha camiseta.
Madison continuou o que estava fazendo e tirou seus shorts,
ficando apenas de calcinha.
Fiquei alguns segundos apenas observando seu corpo
praticamente nu.
Madison percebeu que eu estava hipnotizado com a vista.
Ela deu um sorriso malicioso e, lentamente, começou a tirar
sua calcinha. Seu olhar não saía do meu, o que me deixava ainda
mais excitado.
Assim que ela tirou completamente a calcinha, fui até ela, a
envolvi em meus braços e a beijei.
Minhas mãos desceram até sua bunda, onde a apertei com
força.
Nossos lábios se colaram em um beijo quente, enquanto eu
a empurrava delicadamente em direção à cama.
Madison deitou de barriga para cima.
Deitei em cima dela e beijei seu pescoço, mas não demorei
muito. Sem enrolação desci para seus seios, brinquei rapidamente
com seus mamilos. Deslizei minha boca por sua pele até chegar em
sua barriga.
Madson segurou minha cabeça e a empurrou ainda mais
para baixo.
Continuei fazendo uma trilha de beijos pelo seu corpo, até
chegar em suas coxas.
Abri suas pernas brutalmente e beijei a parte de dentro das
suas coxas, subindo e descendo.
Antes de usar a boca, massageei seu clitóris de forma sútil.
Foi nesse instante que Madison se contorceu de tesão. Vê—la
naquele estado me deixava ainda com mais vontade de sentir o seu
gosto.
Comecei fazendo movimentos circulares com a língua.
Ela gemeu alto enquanto fazia leves movimentos com
quadril.
Eu a chupava com vontade. Segurei suas pernas com forças
enquanto não tirava minha boca de seu clitóris.
Madison gemia e puxava meu cabelo cada vez mais forte,
me deixando quase sufocado.
Eu mal conseguia respirar, mas não estava me importando
com isso. Vê-la delirando de prazer estava me deixando cada vez
mais empolgado.
Levantei minha cabeça rapidamente, queria ver sua
expressão. Ela estava de olhos fechados, e parecia estar se
deliciando.
Voltei a chupá-la e dessa vez usei um de meus dedos para
penetrá-la.
Ela se contorcia e gemia cada vez mais alto.
Madison pressionou suas pernas e me deixou praticamente
preso. Eu sabia que se continuasse assim ela gozaria logo, mas eu
ainda não queria isso.
— Você só vai gozar com o meu pau —falei autoritário.
— Então trate de me foder logo.
Levantei e tirei minha bermuda.
Madson também levantou e ficou sentada na beirada da
cama.
Fui até ela, deixando meu pênis na altura do seu rosto.
Ela passou as mãos por minhas coxas, antes de baixar a
minha cueca.
Madison segurou meu pau e olhou para mim. Ela deu um
sorriso malicioso, em seguida colocou a língua para fora.
A garota lambeu toda a extensão bem devagar, o que estava
me deixando cada vez com mais tesão.
Segurei sua cabeça e fiz uma leve pressão, o suficiente para
ela colocar meu pau dentro da boca, mas ela poderia soltar se
quisesse.
Ela pareceu gostar daquilo, pois colocou o máximo que
conseguia na boca.
Eu fazia movimentos de vai e vem com o quadril. Minhas
mãos continuavam em seu cabelo. Eu estava controlando o ritmo.
Tentava me controlar, pois minha vontade era de colocar
tudo em sua boca e gozar. Era quase impossível resistir.
Em certo momento ela parou de chupar e colocou a língua
para fora novamente. Madison explorou toda a extensão, antes de
abocanhá-lo, dessa vez com muito mais vontade.
Ela usava a boca e também as mãos.
Minha respiração estava cada vez mais acelerada. Eu estava
explodindo de tesão.
Puxei seu cabelo para trás.
— Agora é hora de você gozar no meu pau — falei
— Quero que me coma de quatro. Quero senti-lo o mais
fundo que puder enquanto bate na minha bunda.
Enquanto ela se ajeitava na cama, peguei uma camisinha
que havia deixado na mesinha de cabeceira. Abri e a coloquei
rapidamente.
Olhei para Madison e ela já estava à minha espera.
Eu a penetrei sem muita enrolação.
Segurei forte seu quadril, usando as duas mãos.
Eu fazia rápidos movimentos de vai e vem. As estocadas
estavam profundas, fazendo Madison gemer alto.
Ela levou uma das mãos até o meio das suas pernas e
começou a massagear seu clitóris. Eu percebia que ela estava
ficando cada vez mais molhada.
Dei um tapa em sua bunda, deixando—a avermelhada
enquanto as estocadas ficavam ainda mais fortes.
— Bate de novo! — pediu, entre gemidos.
Fiz o que ela pediu. Eu batia cada vez mais forte.
Sua bunda estava vermelha, mas isso estava a deixando
cada vez mais excitada.
Seus gemidos estavam cada vez mais alto e ela mexia o
quadril cada vez mais rápido.
Madison encostou o rosto na cama e gemeu alto, percebi
que seu corpo inteiro estremeceu. Ela tinha chegado ao seu
orgasmo.
A cena foi o suficiente para mim. Só de olhar sua bunda
empinada e toda vermelha aumentava ainda mais o meu tesão.
Segurei seu quadril e a penetrei com força. Bastaram
algumas estocadas para eu atingir o meu ápice.
Dei um gemido discreto e em seguida me deitei ofegante na
cama.
Ela veio até mim e se aconchegou em meus braços.
Fazer sexo com Madison havia sido muito melhor do que eu
imaginei. Se eu pudesse, passaria o resto do dia na cama ao seu
lado.
 
Capítulo 7

Era o último dia de viagem da Madison. Nós iríamos nos


despedir e ela iria voltar para a casa.
Eu estava um pouco desanimado por vê-la partir, mas eu
sabia que esse momento iria chegar.
Nos últimos dias eu pensei bastante sobre nós dois. O Texas
não era tão longe assim, e se nós quiséssemos ficar juntos de
verdade, nós daríamos um jeito, mas não era o caso. Eu estava
gostando dela, e apesar de Madison demonstrar que também
gostava de mim, eu sentia que não era verdadeiro. Ela ainda era
apaixonada pelo seu ex-namorado, e desde o começo eu sabia que
era apenas uma distração para ela. Havia chegado o momento de
nos despedir para sempre.
Era final de tarde. Madison e sua família iriam embora pela
manhã bem cedo. Eu não cheguei a conhecer seus pais, nem ela
minha mãe, mas foi melhor assim.
Iríamos nos despedir, marcamos na frente da sorveteria,
exatamente como no primeiro encontro.
Peguei o ônibus e fui até lá. Diferente de todas as outras
vezes que fiz esse percurso para encontrá-la, dessa vez eu não
estava animado, não estava feliz, ao invés disso, um desânimo
havia me invadido.
Desci do ônibus e assim que comecei a caminhar até a
sorveteria, avistei Madison.
Fui até ela.
— Olá — falou chateada.
— Oi. — Foi tudo que consegui dizer.
— Quer tomar um último sorvete? — ofereceu.
— Não, obrigado. Não estou com fome, mas eu entro com
você.
— Não, tudo bem. Vamos deixar o sorvete, eu queria falar
algo com você — disse em tom sério.
— Pode falar.
Ela respirou fundo antes de começar.
— Eu me diverti muito com você nesses dias. Foi apenas
uma semana, mas para mim é como se nos conhecêssemos a vida
inteira.
— Engraçado. Eu também sinto isso — falei, dando um
pequeno sorriso.
— Você acha que podemos manter contato? Que pode dar
certo um relacionamento à distância? — perguntou.
Engoli em seco.
— Olha, Maddie. Eu gosto muito de você, e também me
diverti muito nesses dias. Eu nunca vou esquecer dessas férias,
mas você ainda é apaixonada pelo seu ex.
— Não! Eu já o esqueci.
— Esqueceu uma pessoa que você dizia amar em menos de
duas semanas? Isso é impossível. Ou você ainda o ama ou já não o
amava mais.
— Eu o amava, mas já esqueci. É de você que eu gosto
agora. E se você quiser, podemos ficar juntos.
— Eu queria que isso fosse verdade, mas infelizmente não é.
— Eu sei o que estou dizendo, é verdade.
— Você se apegou a mim, mas não dá maneira como eu
gostaria, você apenas me usou para esquecer seu ex, eu sabia
disso desde o começo, e aceitei ajudar você nisso, e para você, foi
só isso.
Ele ficou pensativa. No fundo sabia que o que eu estava
falando era verdade.
— Logan, eu... — Ela não terminou a frase.
— Não precisa dizer mais nada. Quem sabe no futuro
possamos nos encontrar de novo, quando você estiver totalmente
livre. Não quero começar um relacionamento onde a pessoa ainda
pensa em outra, e por favor, não tente negar — falei em tom baixo.
— Eu entendo.
Ficamos alguns instantes olhando um para o outro. Nenhum
de nós dois estava feliz.
— Eu gostei muito de conhecer você, Madison.
Fui até ela e a envolvi em meus braços. Ela me abraçou de
volta.
Eu sentia que sua respiração estava pesada.
— Eu também gostei de conhecer você. Espero que dê tudo
certo para você na faculdade — disse com a voz fraca e olhar baixo.
— Para você também, eu desejo o melhor.
Ela não me encarou. Ao invés disso virou as costas e foi
embora.
Eu fiquei parado, apenas olhando ela se afastar. Depois de
algum tempo, ela sumiu completamente da minha visão.
Respirei fundo, desanimado. Era isso, tinha acabado antes
mesmo de começar e eu nunca mais a veria.
Caminhei com a cabeça baixa até o ponto de ônibus.
Enquanto esperava, lembrei dos momentos bons que
tivemos. Por um segundo me arrependi de não ter aceitado o
relacionamento à distância, mas eu merecia mais. Merecia alguém
que estivesse completamente livre para mim.
Peguei o ônibus e fui para casa. Durante a rápida viagem
tentei pensar em outras coisas, como na faculdade e em como seria
a minha vida morando no campus, mas eu não conseguia me
distrair, e sabia que demoraria uns dias até que conseguir me
concentrar em outras coisas.
Desci do ônibus e comecei a caminhar até em casa. O sol já
estava se pondo, e a brisa fresca soprava, era um lindo final de
tarde.
No momento em que eu dobrei a esquina, meu coração
parou. Vi uma ambulância quase na frente de casa, na verdade,
estava em frente à casa da senhora Frank.
Corri até lá. A senhora Frank estava sendo levada em uma
maca. Vários paramédicos estavam em sua volta e minha mãe
estava por perto.
— Mãe! O que aconteceu? — perguntei sem entender o que
estava acontecendo.
— Eu estranhei ela não estar sentada na varando como
sempre está quando chego do trabalho, então entrei na casa para
ver se estava tudo bem. Ela estava caída no chão da cozinha —
explicou minha mãe com lágrimas nos olhos.
Corri até a ambulância.
— O que aconteceu? Ela vai ficar bem?
— Ainda não sabemos. Vamos levá-la para o hospital —
disse uma mulher enquanto fechavam a porta do veículo.
Voltei para minha mãe.
Como se eu já não estivesse chateado suficiente, acontece
uma coisa dessas.
— Fique calmo. Deve ser o coração. Já aconteceu outras
vezes.
— Isso é verdade, e ela sempre se recuperou.
— E vai se recuperar novamente. Vamos ter esperanças —
disse minha mãe.
Ela tinha razão. Já tinha acontecido algumas vezes, e no
final, sempre dava tudo certo.
Eu não era muito religioso, mas pedi a Deus pela saúde de
senhora Frank. Ela era uma ótima pessoa, sempre sorrindo e
ajudando as pessoas. Eu só queria que ela tivesse mais alguns
anos conosco.
 
Capítulo 8

Finalmente as aulas da faculdade estavam prestes a


começar.
Eu iria cursar direito.
Meus pais alugaram um pequeno apartamento para mim
perto da faculdade. Precisei me mudar para Palo Alto na Califórnia.
Apesar de estranhar ficar longe da minha família, eu estava feliz. Iria
começar uma nova vida.
Eu ainda pensava em Maddie, mas cada dia que passava eu
tinha mais certeza de que tomei a decisão certa. Certamente ela
também estava muito feliz. Estaria começando seu curso de
medicina veterinária, e com certeza conheceria novas pessoas. Eu
queria manter contato, queria poder ver sua felicidade, de perto,
mas pelo que eu conhecia dela, sabia que ela iria preferir a
distância.
Caprichei na aparência para meu primeiro dia. Eu queria
fazer muitas amizades.
Depois de pronto, coloquei um sorriso no rosto e fui para o
meu primeiro dia de aula.
Assim que cheguei, um grupo de pessoas me cumprimentou,
fui simpático e os cumprimentei. Todos pareciam ser muito gentis.
Segui para aula muito empolgado. Estava ansioso para
conhecer o pessoal.
Fui para a sala e alguns de meus colegas se apresentaram.
Tentei ser o mais amigável possível.
A aula começou, e infelizmente tivemos que parar a
conversa, mas teríamos muito tempo para isso.
A aula seguiu normalmente. Eu prestava atenção em cada
detalhe. Esperei muito por esse momento e não queria desperdiçar.
Assim que a aula acabou, voltei atenção para o pequeno
grupo que eu estava conversando antes.
— Você vai morar aqui no campus? — perguntou Mason, um
dos meninos que eu havia feito amizade.
— Não. Eu estou em um apartamento aqui perto. Meus pais
alugaram para mim — falei enquanto saíamos da sala.
— Estamos pensando em fazer uma pequena festinha, coisa
simples. Só para conhecermos o pessoal.
— Seria ótimo — comentei.
— Eu aviso você o dia certinho. Sinto que vamos nos divertir
muito nesse semestre. Eu estava muito ansioso para começar as
aulas.
— Eu também. Sempre fui um pouco tímido. Queria poder
me soltar um pouco mais — expliquei.
— Deixe comigo. Já estou fazendo amizade com o pessoal,
na festa eu apresento você para todos.
Eu havia gostado do meu primeiro dia. A aula havia sido
muito produtiva, e Mason parecia ser muito social, exatamente o
amigo que eu precisava. Eu mal podia esperar por esse semestre.
Estava animado para finalmente poder ser um pouco mais livre.

[...]
Já fazia duas semanas que as aulas haviam começado. Eu
estava me saindo muito bem em fazer amizades. Eu e Mason
estávamos virando bons amigos. Ele era muito popular e sempre
que fazia um amigo novo, fazia questão de me apresentar.
A pequena festa seria na casa do Alex. Eu havia sido
apresentado a ele, mas não tivemos a oportunidade de nos
conhecer.
Meu celular vibrou, indicando uma mensagem.
Peguei o aparelho e desbloqueei.
“Já estou pronta. Vou esperar você aqui embaixo.”
Era Tifanny, minha vizinha. Ela havia alugado um
apartamento no meu prédio, também fazia faculdade, porém já
estava no segundo semestre. Na verdade, a maioria dos
apartamentos estavam ocupados por estudantes, já que ficava perto
da faculdade.
Ela era uma garota simpática. Nos conhecemos nos
corredores do prédio. Mason disse que eu poderia levar um ou dois
amigos, já que a festa seria pequena.
Tranquei meu apartamento e desci.
— Você está bonita! — comentei.
— Obrigada, você também não está nada mal. Estou um
pouco nervosa para conhecer seus amigos.
— Sem estresse. Eles são super tranquilos. Eu também não
conheço tudo mundo ainda.
— Vamos conhecer hoje — disse animada.
Caminhamos até a casa de Alex que ficava por perto.
A noite estava agradável, por conta disso, as ruas estavam
lotadas. Muitas pessoas aproveitando para fazer exercícios e
caminhadas.
Chegamos na casa e Mason já estava lá.
— Essa é minha amiga, Tifanny — apresentei.
— Prazer em conhecê-la.
— O prazer é meu — disse a garota.
Percebi na hora que Mason se interessou por Tifanny.
— Venha comigo. Vou apresentá-la ao Alex e o resto do
pessoal.
Ela sorriu e o acompanhou.
Fiquei na festa sozinho. Como eu já conhecia algumas
pessoas, não me senti desconfortável por estar sozinho.
Fui até a mesa de bebidas e peguei algo. Eu não tinha
certeza do que era, mas era bom.
— Colin! Como vai? — disse Mary, aproximando-se.
— Eu estou ótima e você?
Mary era uma de minhas colegas.
— Eu estou bem. Achei que essa semana as aulas seriam
mais puxadas — comentou.
— Eu também, mas estou gostando muito — respondi
enquanto dava mais um gole na minha bebida.
Mary fez mais algum comentário sobre as aulas, mas eu não
consegui prestar atenção. Havia algo que estava me prendendo
mais.
— Quem é aquele cara? — perguntei, aprontando a cabeça
na direção dele.
— Aquele é o Logan. Ele é colega de quarto do Mason. Se
eu não me engano ele faz artes visuais.
— Ah! Eu ainda não o conheço.
— Posso pedir para Mason o apresentar.
— Não precisa. Depois eu mesmo me apresento.
— Tudo bem — concordou Mary.
A garota serviu sua bebida e foi conversar com outras
pessoas.
Fiquei sozinho, apenas o observando. Ele havia me
chamado atenção, eu não sabia exatamente o porquê.
Criei coragem e fui até ele. Afinal o intuito da festa era fazer
novas amizades.
Caminhei em sua direção.
— Olá, tudo bem? Meu nome é Colin, sou amigo do Mason.
Ele olhou para mim e sorriu.
— Prazer, Colin, sou o Logan. Sou colega de quarto dele.
Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei.
Logan tinha um lindo sorriso.
Apertei sua mão e no instante que nossas peles se tocaram,
senti algo diferente. Eu não sabia explicar o que era exatamente, só
sabia que tinha gostado muito de Logan.
— E o que você estuda? — perguntei, já sabendo a
resposta.
— Eu faço artes visuais, estou começando, primeiro
semestre, e você será um advogado como o Mason?
— Sim, e estou gostando muito por enquanto.
Tivemos uma conversa amigável por algum tempo. Ele
contou sobre sua mãe e que ela havia ficado em Huntington Beach,
que era onde morava. Também contei um pouco sobre minha família
e sobre mim.
— Eu vou cumprimentar as meninas — disse Logan, no
momento em que duas garotas chegaram.
— Tudo bem.
— Foi um prazer conhecer você, Colin.
— O prazer foi meu.
Ele se afastou e foi em direção as garotas.
Em seguida me juntei a um grupo, eles estavam bebendo e
conversando.
O tempo foi passando e todos nós estávamos nos divertindo
muito.
Bebi alguns drinks, eu estava levemente alterado, mas
totalmente consciente.
Olhei para um canto e vi Mason beijando Tifanny. Abri um
leve sorriso, pois eu tinha certeza de que aquilo iria acontecer.
Em certo momento a garota se afastou, aproveitei e fui até
lá.
— Gostou da Tifanny? — perguntei sorrindo.
— Estamos nos conhecendo — respondeu animado.
Olhei para o lado e vi Logan se aproximando.
— Onde fica a entrada para o porão? Alex pediu para pegar
mais bebida — perguntou Logan.
— Fica logo ali, naquela porta — respondeu Mason,
apontando.
— Quer vir comigo? — perguntou Logan, olhando para mim
com um sorriso sugestivo.
— Claro.
Seguimos juntos para o porão.
Estava um clima um pouco tenso entre nós.
— O pessoal está animado, bebendo bastante — comentou
Logan, enquanto entrávamos no porão.
— Verdade, até eu bebi um pouco a mais.
— Está bêbado? — perguntou.
— Não, apenas levemente alterado, mas tenho consciência
de tudo que faço.
Ele foi até o refrigerador e o abriu, em seguida pegou
algumas bebidas.
— Isso é bom, assim amanhã não irá acordar arrependido de
algo que fez hoje.
Eu me aproximei dele.
— E do que eu poderia me arrepender?
Ele soltou as bebidas em cima de uma prateleira que estava
ao lado do refrigerador.
— Eu não sei. Você parece ser bem certinho.
Naquele momento, eu não conseguia pensar em nada, só
sabia que de alguma forma eu estava sendo atraído para Logan.
— Eu sou, mas confesso que estou me abrindo para novas
experiências — falei sorrindo.
Ele deu um passo para mais perto de mim. Talvez quisesse
ver a minha reação.
Estávamos próximos. Eu conseguia sentir a sua respiração,
e para ser sincero, sentir a respiração de um homem tão perto de
mim era algo que estava me deixando animado.
— Talvez eu possa ajudar. Que tipo de novas experiências
está procurando?
Apesar de eu estar tenso, não queria demonstrar. Eu queria
que a minha primeira experiência com outro homem fosse com
Logan, na verdade, pensei nisso desde o primeiro momento em que
o vi.
— Eu não sei, mas talvez sua boca me ajude a pensar —
falei provocativo.
— Não precisa falar duas vezes.
Logan aproximou seu rosto do meu e tocou meus lábios.
A tensão que eu estava sentido acabou no momento em que
ele colou nossos corpos.
O beijo foi ganhando mais profundidade. Logan colocou uma
de suas mãos em minha bunda e apertou.
Ter minha bunda apertada por aquelas mãos grandes era
excitante. Eu não costumava ficar duro por qualquer coisa, mas
naquele momento, fiquei.
Colei totalmente meu corpo no dele, puxando seus cabelos
longos com leveza.
Eu não era o único excitado por ali. Meu pau duro roçava no
de Logan, sendo separados apenas por algumas camadas de
roupa.
Era uma sensação nova para mim, e eu estava gostando
cada vez mais.
Minha vontade era de ir mais longe com ele. Eu queria
experimentar tudo que fosse possível, mas me contive, sabia que
teríamos outras oportunidades para isso.
Nos afastamos e eu não sabia exatamente o que dizer ou
fazer.
— Realmente, sua boca me ajudou a pensar, e agora eu
tenho certeza do que quero.
— Eu fico feliz em ter ajudado nisso — disse sorrindo.
— Agora vamos levar essas bebidas antes que venham atrás
de nós.
— Vamos — concordou, pegando as garrafas novamente.
Eu estava anestesiado com o que havia acabado de
acontecer.
Provavelmente eu seria repreendido por algumas pessoas,
mas eu não estava me importando com isso, não mais. Só queria
seguir a minha vida e aproveitar ao máximo.
 
Capítulo 9

5 anos depois
Eu mal conseguia acreditar. Depois de anos de dedicação e
muito trabalho, eu finalmente estava formada em medicina
veterinária. Eu era oficialmente uma veterinária, meu sonho desde
criança.
Durante os anos de faculdade, eu fiz estágio em uma clínica
veterinária que ficava pertinho da faculdade. A minha intenção era
trabalhar período integral quando estivesse formada, mas eles
disseram que o quadro de funcionários já estava preenchido. Decidi
pedir demissão e voltar para a casa dos meus pais.
San Antônio era uma cidade grande. Com certeza eu
encontraria outro trabalho, e depois disso pretendia realizar mais um
sonho: ter minha própria casa.
Consegui juntar algum dinheiro durante a faculdade, ainda
não era muito, mas com muita determinação, eu conseguiria alugar
algo, mas isso, é claro, se conseguisse arrumar um emprego.
Apesar de morar no campus, eu visitava meus pais
frequentemente enquanto estava na faculdade, sempre fomos muito
apegados, e eu não conseguia ficar muito tempo sem os ver.
Voltei para casa e meus pais já estavam à minha espera.
Assim que abri a porta, minha mãe veio até mim.
— Maddie! Você chegou! Estávamos morrendo de saudades.
— Eu também, mãe.
Fui até ela e abracei forte. Em seguida meu pai também
entrou na sala.
— Pai! Senti sua falta e da sua comida também. Não vejo a
hora de comer uma comidinha caseira — falei sorrindo.
— Hoje o jantar é por minha conta.
Fui até ele e demos um longo abraço.
Bud estava na sala e veio até mim, agitado.
— Oi, garoto! Como você está? — perguntei, me abaixando
e o acariciando.
Ele me lambeu, era seu jeito carinhoso de me cumprimentar.
— Arrumamos o seu quarto. Tirei todas as minhas coisas
que estavam lá. Está do jeitinho que você deixou.
— Obrigada, mãe. Assim que arrumar um emprego e me
estabilizar, eu quero ter a minha casa, claro que será bem pertinho
de vocês.
— Nós estamos muitos orgulhosos de você, veterinária —
disse meu pai, com um largo sorriso nos lábios.
— Obrigada. Eu estou muito feliz.
Sentei na poltrona e meus pais no sofá. Contei algumas
novidades. Apesar de sempre nos falarmos, sempre havia algo que
eu ainda não tinha contado.
Os minutos passaram rapidamente. Era sempre muito bom
estar na companhia dos meus pais.
— Vou ajudar a levar suas coisas para seu quarto — disse
minha mãe, levantando do sofá.
— E eu vou aproveitar para começar a preparar o jantar —
falou meu pai.
Eu e minha mãe fomos para o meu antigo quarto, que agora
seria meu novamente.
Era estranho estar de volta, sentia um misto de emoções.
Eu e minha mãe demos uma rápida arrumada, com o passar
dos dias eu faria tudo com mais calma, mas por hora estava bom.
— Vou ver se o seu pai precisa de ajuda na cozinha,
descanse um pouco enquanto isso.
— Tudo bem.
Minha mãe saiu do quarto, me deixando sozinha.
Olhei para o meu quarto com muita atenção. Ele era
exatamente o mesmo. De repente lembrei de alguns bons
momentos que vivi nele e claro que Colin veio a minha mente.
Lembrei de nós dois juntos, algumas vezes ficávamos no
quarto estudando, outra vezes assistindo filmes, e muitas vezes
ficávamos apenas deitados na cama conversando, gostávamos de
aproveitar a companhia um do outro.
Respirei fundo. Pensei em como ele estaria agora. Eu não
tinha mais nenhuma notícia dele. Deixei de seguir em todas as
redes sociais, e pedi para meus pais e amigos para não me dar
nenhuma notícia dele.
Durante a faculdade, eu cheguei a conhecer e sair com
algumas pessoas, mas a verdade é que eu nunca o esqueci. E não
era só ele, Logan também sempre vinha em meus pensamentos. Eu
sempre lembrava dos dias que passamos em Huntington Beach.
Isso era uma coisa que me deixava com pouco confusa. Se eu
ainda amava Colin, como conseguia pensar tanto em Logan?
Tentei tirar isso da minha mente. Eu nunca mais tive contato
com nenhum deles e provavelmente nunca mais teria. Eu só queria
focar nos meus objetivos. Queria arrumar um emprego e achar uma
casa para alugar, e era somente nisso que eu queria pensar.
Depois do jantar, voltei para o meu quarto. Havia sido um
longo dia e eu estava exausta.
Deitei na cama e peguei meu celular.
Vi que havia uma notificação de mensagem no Instagram.
Era de Mitchie.
Franzi o cenho ao ver seu nome. Ele era um colega no
ensino médio. Nós seguíamos um ao outro e até curtíamos as
publicações um do outro, mas nunca mais tínhamos nos falado.
Abri a mensagem sem demora.
"Oi, Madison. Quanto tempo! Estou organizando uma reunião
com toda a turma de 2017, vai ser algo simples, só para nos
revermos. Se puder vir, ficarei muito feliz. Será na minha casa no
próximo sábado à noite.”
Gelei ao ler sua mensagem. Uma reunião significava que
Colin estaria lá.
Fiquei alguns segundos pensando se deveria ir ou não. Eu
queria ver o pessoal, queria saber como estavam e que caminho
estavam seguindo.
Decidi que iria. Eu não deixaria Colin me impedir de rever
meus antigos colegas. Eu estava bem, estava preparada para revê-
lo, caso ele fosse.
Soltei o celular e tentei relaxar.
Ainda faltava alguns dias para o sábado, iria aproveitar para
ir ao salão de beleza, queria fazer cabelo, unha, maquiagem e tudo
que eu tivesse direto. Queria estar apresentável para rever meus
antigos colegas.
 
Capítulo 10

Era sábado. Eu estava voltando do salão de beleza. Passei a


tarde inteira me arrumando para rever meus antigos colegas.
Confesso que estava um pouco tensa com a possibilidade de rever
Colin, mas tentava não pensar muito nisso.
— Nossa! Você está maravilhosa — comentou minha mãe,
assim que entrei em casa voltando do salão.
— Obrigada, eu quis caprichar.
— Sei exatamente o porquê — disse, arqueando uma
sobrancelha.
— Isso não tem nada a ver com o Colin. Só quero estar
apresentável para rever o pessoal, nada demais — confirmei.
— Tudo bem, se você está dizendo. Só não quero que se
iluda.
— Não se preocupe. Não sou mais aquela menina boba.
Na verdade, eu não queria ser, mas não tinha certeza de
qual seria a minha reação ao ver Colin.
Fui até meus pais e me despedi.
Peguei minhas coisas e saí de casa.
Mitchie era um dos nossos vizinho, então decidi ir
caminhando. Qualquer coisa na volta alguém poderia me dar uma
carona.
Mitchie sempre foi popular na época da escola, então muitas
das reuniões e festas que fazíamos era na sua casa.
Pelo que eu soube, ele havia alugado um pequeno
apartamento, mas decidiu dar a festa em casa, pois teria muito mais
espaço, e seus pais eram super amigáveis, muitas vezes
participavam de nossas reuniões.
Cheguei depois de alguns minutos de caminhada. Parei em
frente à casa e a observei. De repente, muitas lembranças vieram à
minha mente. Senti uma saudade boa da época da escola.
Respirei fundo e fui em direção à porta, que estava entre
aberta, talvez já para o pessoal entrar.
Assim que entrei, vi Mitchie perto da porta. Ele veio até mim
e me deu um longo abraço. Conversamos rapidamente, mas logo
ele já foi conversar com outras pessoas, disse para eu ficar à
vontade e me servir de bebidas e aperitivos.
Além dos meus antigos colegas, vi algumas pessoas que eu
não conhecia, talvez alguns amigos de Mitchie.
Fui até as bebidas, eu estava servindo algo para beber,
quando ouvi alguém chamar o meu nome.
Gelei no mesmo instante, não era a voz que eu esperava
ouvir.
Virei a cabeça e tive uma grande surpresa.
— Logan!
— Madison! Eu estava imaginando que encontraria você aqui
— disse sorrindo.
Eu não estava entendendo nada. Estava surpresa ao vê-lo e
mais surpresa ainda por ele estar a minha espera.
— O que você faz aqui? O que está acontecendo? —
perguntei confusa.
— Calma. Eu vou explicar tudo — disse ainda sorrindo e em
tom calmo.
Ele veio até mim e me deu um longo abraço.
Retribui.
— Você está bem? — perguntei.
— Eu estou ótimo, e você? Ainda com os cabelos azuis.
— Também estou bem. O azul já é minha marca registrada.
Só não esperava ver você aqui.
Apesar da surpresa eu fiquei feliz em ver Logan. Ele estava
ainda mais bonito desde a última vez que o vi. Com certeza o tempo
fez muito bem para ele.
Antes que ele pudesse me explicar algo, ouvimos uma voz.
— Logan! Você está aí!
Eu não podia acreditar no que estava vendo. Era Colin.
— Colin! Eu estou entendendo cada vez menos — falei.
— Eu e Logan estamos juntos, na verdade, estamos noivos
— explicou Colin.
Eu estava chocada com o que estava ouvindo. Meu ex-
namorado e meu ex-ficante juntos? Noivos?
— Eu ouvi bem? Estão noivos? — perguntei incrédula.
— Sim, nos conhecemos na faculdade, e estamos juntos
desde então — disse Logan.
— Por isso você estava esperando me encontrar! —
comentei.
— Sim, Colin me falou sobre sua ex—namorada, fiquei
surpreso quando descobri que era você.
— Nossa! Que mundo pequeno — comentei.
— E como você está? Quanto tempo não nos falamos —
perguntou Colin.
— Pois é, eu não fazia ideia de que você estava noivo.
— Tenho certeza de que meus pais falaram para os seus.
De repente, lembrei do pedido que fiz para eles nunca me
derem nenhuma notícia sobre ele.
— Ah, sim. Quando terminamos eu pedi para não falarem
mais de você, mas eu estou bem. Estou formada e muito feliz.
— Isso é ótimo! Parabéns! Nós também estamos. Tenho
certeza de que teremos um lindo futuro pela frente — afirmou Colin.
Bebi um gole da bebida que estava em meu copo, que a
essa altura, já estava quente.
— Podemos sair para colocar o papo em dia, o que acham?
Nós três — sugeriu Logan.
— Ótima ideia. Assim você pode nos contar sobre o que
andou fazendo esse tempo.
Ótimo! Passar um tempo com os dois homens que eu nunca
superei.
— Claro, podemos sim.
— Podemos ir lá para casa. Nós alugamos um apartamento
perto do centro. Estamos morando juntos.
— Vamos beber alguma coisa enquanto jogamos conversa
fora — disse Logan, animado.
— Vamos, será divertido. Só me avisem depois direitinho —
falei, forçando um leve sorriso.
— Claro. Vamos combinando — falou Colin.
Era muito estranho ver os dois juntos. Para início de
conversa, eu nem sabia que Colin também gostava de homens, e eu
estava surpresa com isso.
Se bem que uma ideia havia passado pela minha cabeça ao
vê-los juntos, mas tratei logo de tirar esses pensamentos da minha
mente.
— Eu vou dar uma volta. Quero cumprimentar o resto do
pessoal — falei.
Eles apenas concordaram.
Saí de perto deles e tratei logo de ir conversar com alguns
conhecido.
Eu estava chocada com toda essa situação. Precisaria de
um tempo para conseguir digerir tudo. Confesso que era excitante
para mim ver os dois juntos, e que por um momento minha
imaginação foi longe.
Respirei fundo e fui até Victória, uma das minhas ex-colegas.
Mais uma vez, eu só queria tirar Colin e Logan dos meus
pensamentos.
 
Capítulo 11

Eu ainda estava pensativo se realmente havia sido uma boa


ideia convidar Madison para nosso apartamento. Logan estava
animado em vê-la, e na verdade eu também estava, apesar de
achar que poderia ser uma situação tensa.
Fui ao mercado e comprei bebidas e alguns aperitivos.
Quando voltei, Logan estava arrumando a casa.
— Trouxe bebidas. Pelo que eu lembre, ela não é muito de
beber, mas isso pode ter mudado.
— Provavelmente. Ela estava tão adulta, diferente da menina
que conheci.
— Também achei — concordei.
— Isso é tão legal, não é? Podemos ser todos amigos —
disse Logan sorrindo.
Apenas concordei.
Eu gostava da Maddie, gostava de verdade, mas agora era
outro tipo de sentimento. Eu tinha receio de ela ainda sentir alguma
coisa por mim e acabar se machucando. E a última coisa que eu
queria, era magoá-la novamente.
Deixamos tudo pronto para receber Maddie.
Estávamos a sua espera, jogando conversa fora quando
ouvíamos uma batida na porta.
Fui até ela e a abri. Logan me seguiu.
— Maddie! Seja bem-vinda — falei, sorrindo.
— Obrigada. Como vocês estão? — perguntou, entrando na
casa.
— Estamos bem — respondi.
— Esperando por você — falou Logan.
Logan foi até ela e a abraçou forte. Fiz o mesmo logo em
seguida.
— Sente. Vou pegar algumas bebidas para nós — falei.
Enquanto estava na cozinha eu ouvia suas vozes. Maddie
estava contando sobre a faculdade pelo que pude ouvir.
Voltei para a sala com as taças de vinho e servi.
Coloquei a garrafa na mesinha de centro que estava bem em
frente ao sofá em que Maddie estava sentada. Sentei ao lado de
Logan
Maddie contava tudo com muita empolgação.
— Mas e vocês, me contem, estão noivos desde quando?
— Nos conhecemos em uma festa, nas primeiras semanas
de aula. Estamos noivos há alguns meses — explicou Logan.
— Colin, eu nem sabia que você gostava de homens —
disse ela.
— Eu também não, na verdade eu sempre tive uma certa
curiosidade, mas Logan foi o primeiro que fiquei.
— Ah, entendi.
Maddie bebeu um gole da sua bebida, enquanto contava
sobre o estágio que fez durante as aulas. Ela explicou que estava
procurando emprego.
Também contamos sobre nossas vidas durante a faculdade.
Eu contei que estava trabalhando na empresa com meu pai e que
Logan estava procurando emprego.
O tempo passou rápido. Quando percebemos, já estávamos
levemente alterados.
Acho que nenhum de nós estava pensando com clareza
naquele momento. Talvez convidar meu noivo e minha ex-namorada
para tomarmos duas garrafas e meia de vinho não tenha sido uma
ideia tão brilhante como pensei que fosse.
Maddie se curvou sobre a mesa de centro, encarando Logan
com seu melhor olhar desafiador.
— Faça a pergunta que tanto quer fazer — ela disse.
Logan olhou para mim com o canto dos olhos, com seu
melhor sorriso malicioso nos lábios.
— Como era o sexo com Colin na época em que
namoravam? — questionou meu noivo, tomando mais um gole do
seu vinho.
— Éramos quase crianças, sem muita experiência. Era bom,
mas hoje em dia penso que tinha muito potencial para ser melhor
ainda.
Soltei uma risada ao ouvir sua resposta. Logan colocou a
mão sobre minha coxa, apertando-a de leve.
— Posso garantir que ele está cada vez melhor. Colin sabe
muito bem usar seus grandes atributos.
— Eu diria que são atributos de tamanhos normais — falei.
— Está brincando, não é? Coitada de mim que perdi a
virgindade com você! — Maddie disse e Logan riu. — Ainda é o
maior que já tive contato.
A mulher em nossa frente cruzou as pernas, e um sorriso
malicioso se formou tanto em meu rosto como no de Logan.
— Agora a imagem do pau dele entrando em você não sai da
sua cabeça, não é? — Logan perguntou, provocativo.
— Não tenho certeza se isso é algo que eu deva admitir para
o noivo dele — ela respondeu.
— Todos aqui presentes já transaram entre si. Somos
amigos, e estamos bêbados. Acho que ninguém aqui precisa ter
filtro — falei.
— Então eu admito: a imagem de vocês dois entrando em
mim não saiu da minha cabeça a noite inteira. Era isso que queriam
ouvir, não é?
Logan olhou para mim, como se estivesse pedindo
permissão para o que eu sabia que ele estava morrendo de vontade
de fazer. Lambi os lábios e assenti, imaginando como seria ter na
cama ao mesmo tempo as duas únicas pessoas que já amei.
Então talvez você queira passar o resto da noite relembrando
como é essa sensação — ele disse, e um sorriso malicioso se
formou no rosto de Maddie na mesma hora.
Ela se levantou, dando a volta na mesinha de centro.
— Achei que nunca iriam me convidar. Já estava ficando
impaciente.
Demos espaço para que Maddie se sentasse entre nós dois,
e foi exatamente isso que ela fez.
— Aceitou o convite para conhecer nosso apartamento com
segundas intenções? — questionei, arqueando uma sobrancelha.
— Não, mas quando tomei os primeiros goles de vinho,
comecei a vê-los com outros olhos.
Logan passou os dedos no joelho de Madison, arrastando-os
delicadamente sobre a pele da sua coxa, por baixo da saia do
vestido.
— Então parece que hoje é seu dia de sorte — meu noivo
disse, antes de avançar nos lábios da minha ex-namorada.
A mão de Maddie estava em minha coxa, apertando-a por
cima da calça jeans. Beijei seu ombro, descendo a alça do seu
vestido de tecido leve. Ela se virou para mim, e eu não pude resistir
à tentação de beijá-la.
Desci meus dedos por seu pescoço, chegando em seus
seios e percebendo que Logan já havia se livrado da outra alça do
vestido. Meu polegar brincava com um de seus mamilos, enquanto
meu noivo chupava o outro, mostrando à Maddie que aquela seria a
noite mais prazerosa da sua vida.
— Imagino que queira nós dois dentro de você ao mesmo
tempo — falei no pé do seu ouvido, descendo minha boca para seu
pescoço.
— É o que eu mais quero esta noite. Durante anos continuei
relembrando as sensações que vocês me proporcionaram, por muito
tempo fingi que meus dedos era um de vocês, e esses foram os
melhores orgasmos que eu mesma me proporcionei — ela disse,
entrelaçando seus dedos em meus cabelos enquanto minha língua
envolvia seu mamilo.
Lá estava eu e meu noivo, chupando os seios da minha ex-
namorada, com nossos paus cada vez mais duros conforme ela
empurrava nossa cabeça contra si mesma.
Maddie abriu as pernas em poucos centímetros, e foi o
suficiente para Logan enfiar a mão embaixo da sua saia. Eu não
conseguia ver o que ele estava fazendo, mas os gemidos que
Madison soltava estavam me atiçando cada vez mais.
Minha boca encontrou a de Logan na metade do caminho, e
nossas línguas não resistiram a um beijo repleto de desejo.
A garota usou esse tempo para se livrar completamente de
seu vestido, ficando apenas de calcinha entre nós.
Eu quase conseguia sentir seu gosto em minha boca.
Lembrava com perfeição do seu corpo se contorcendo enquanto
gozava para mim.
Maddie estava mais gostosa do que nunca!
Assim que me separei de Logan, ajoelhei-me entre as pernas
de Madison, ajudando-a a tirar sua calcinha, e eu pude finalmente
vê-la nua.
Logan passou seus dedos pela entrada dela, subindo para o
clitóris e o massageando por poucos segundos.
— Já está tão molhadinha, pronta para ser fodida por nós. —
Ele lambeu os próprios dedos — Tão deliciosa quanto eu me
lembrava.
Abri suas pernas o máximo que pude, com certa brutalidade,
e não hesitei em lambê-la de cima a baixo, ouvindo um gemido
passar por sua garganta.
Logan tratou de se livrar de sua camisa com rapidez, ficando
de joelhos no sofá, ao lado de Maddie. Ele abriu o zíper do seu
jeans e colocou seu pau duro para fora. Grande e delicioso.
Madison não pensou duas vezes antes de abocanhá-lo,
chupando-o e usando uma das mãos para segurá-lo, enquanto a
outra era usada para pressionar minha cabeça contra si mesma.
Meu noivo segurou os cabelos azuis da minha ex-namorada
com força, controlando a velocidade e profundidade do que ela
fazia.
Enfiei minha língua em sua entrada, o mais fundo que
consegui, e a vi se contorcer em minha frente. Subi para o seu
clitóris e o chupei. Maddie gemia enquanto ainda chupava Logan, e
ele alternava seu olhar entre a boca dela e a minha.
Sentir seu gosto novamente estava fazendo meu pau latejar
de tesão. Eu queria fodê-la como nunca antes. Forte, com pegada,
fundo.
Me pus em pé, tirando todas as peças de roupa, e finalmente
ficando nu.
Estendi minha mão para Madison e ela a pegou, levantando-
se.
— Tão grosso quanto me lembro — ela disse, encarando-me
dos pés à cabeça.
— E está louco para entrar em você. — Puxei Maddie pela
cintura, colando nossos corpos. — E quero ver você cavalgando em
mim, com Logan te comendo por trás.
— Não consigo imaginar nada mais delicioso — meu noivo
disse, colando seu peito nas costas de Madison e beijando seu
ombro.
Deitei no sofá da melhor forma que consegui, e Maddie não
demorou para se posicionar em cima de mim. Ela se sentou, bem
devagar, me colocando para dentro dela.
Aquela era uma sensação que eu jamais esqueceria.
Olhando em meus olhos, a garota de cabelos azuis começou
a cavalgar. Seus seios pulavam para mim, e ela gemia da forma
mais sexy possível.
Madison se curvou, até que seus lábios encostassem nos
meus. Em um movimento rápido, Logan se pôs atrás dela,
segurando sua bunda com força e enfiando sua língua na entrada
livre.
Maddie parou seus movimentos, apenas aproveitando o
delicioso beijo grego que meu noivo estava proporcionando a ela.
— Espero que essa bunda esteja bem abertinha para o
Logan te foder com força — sussurrei no seu ouvido, recebendo um
gemido em resposta.
Foram longos minutos nessa posição, enquanto eu me movia
bem devagar dentro dela, e Logan lambia sua bunda. Então ele se
ajoelhou atrás dela.
— Espero que goste de ter os dois homens mais gostosos da
sua vida te comendo ao mesmo tempo — ele disse, penetrando-a
com delicadeza e lentidão.
Madison não respondeu, estava imersa no momento de
prazer.
Quando Logan finalmente se pôs dentro dela, voltei a fazer
meus movimentos, agora alternados com os do meu noivo.
Maddie gritava de prazer, com os olhos fechados.
Segurei seu rosto com força.
— Olhe para mim. Quero ver esses olhinhos lindos enquanto
é fodida por dois — falei, autoritário.
Ela não hesitou. Abriu os olhos, lutando contra a vontade de
fechá-los de novo. Eles estavam transbordando prazer e luxúria.
Aquele provavelmente era o melhor sexo da sua vida, e da minha
também.
Saber que eu e meu noivo estávamos ao mesmo tempo
dentro da única mulher que já amei, era muito excitante.
Logan puxou os cabelos azuis de Madison, fazendo-a ficar
com o corpo ereto mais uma vez. Com uma mão ele segurava seu
cabelo, e com a outra, seu pescoço.
— Goza olhando para o seu ex-namorado — Logan disse.
A mão de Maddie foi direto para seu clitóris, massageando e
dando uma ajuda extra para que chegasse ao orgasmo.
— Eu quero... quero os dois gozando dentro — pediu. — Eu
tomo anticoncepcional — acrescentou.
Como eu poderia negar um pedido daqueles?
Aumentamos a intensidade dos nossos movimentos,
enquanto Maddie se masturbava.
A garota gritou de prazer quando atingiu seu ápice, com seu
corpo se curvando para trás, apertando nós dois dentro dela. Um
orgasmo longo e duradouro, que a deixou em êxtase.
Foi o suficiente para que Logan e eu gozassemos,
despejando tudo o que podíamos dentro dela.
Com as pernas bambas, Maddie se levantou. Logan olhou
para mim, e então avançou em meus lábios, com meu pau melado
roçando no seu.
— Quando eu aceitei o convite, não esperava ter o melhor
orgasmo da minha vida — ela comentou, ofegante, ainda trêmula.
Olhamos para Maddie, ambos com um sorrisinho nos lábios.
— Acho que melhoramos nosso desempenho, não é? —
brinquei.
— Disso eu não tenho dúvidas — concordou a garota.
Deitamos os três ofegantes no sofá.
Estávamos sem fôlego e precisamos de alguns instantes
para nos recompor.
— Acho que precisamos de um banho e de um pouco mais
de vinho — disse Logan levantando e indo até o banheiro.
— O banho eu concordo, mas o vinho, não tenho certeza —
disse Madison.
Eu ainda estava em uma espécie de transe. Tinha acabado
de fazer sexo com meu noivo e com minha ex-namorada. Algo que
eu sempre quis, mas nunca tinha tido coragem de confessar.
Eu só esperava que Maddie não se afastasse. Eu estava
feliz por tela por perto de novo, e esperava que continuasse assim.
 
Capítulo 12

Desde a nossa noite de diversão com Madison, eu sentia


que Colin estava um pouco distante, parecia tenso. Não sabia ao
certo o que estava acontecendo, então decidi chamá-lo para
conversar. Uma das coisas que eu mais gostava no nosso
relacionamento, era que sempre falávamos tudo um para o outro,
éramos muito abertos e gostávamos disso.
Caminhei até a cozinha, onde ele estava arrumando algumas
coisas.
— Está tudo bem? — questionei.
— Sim, quer um café? — ofereceu Colin.
— Não, obrigado. — Sentei na bancada bem em sua frente. 
— Perece sério. O que aconteceu? — ele perguntou.
— Desde a nossa noite com Madison, estou achando você
um pouco estranho. Está tudo bem? — perguntei.
— Está, é só que...— Ele deixou a frase no ar.
— O que? — questionei.
— São tantas lembranças — falou por fim.
— Eu entendo você, entendo de verdade. Vocês passaram
boa parte da adolescência juntos, é normal que se sinta assim.
— Eu estou bem. Só não queria que ela ficasse magoada.
Lembro que ela sempre foi muito intensa.
— Eu penso que não precisamos nos preocupar com isso.
Ela pareceu ser uma mulher muito madura — falei.
— Ela está mudada, mas ao mesmo tempo é a mesma
Maddie de sempre. Eu sinto um carinho enorme por ela, e sempre
vou sentir — confessou.
— E está tudo bem. Eu também gosto muito dela. O que nós
fizemos não anula isso. Vamos seguir sempre amigos, nós três.
Ele pareceu aliviado com o que acabara de ouvir.
Colin deu alguns passos e veio em minha direção. Em
seguida me abraçou.
— Eu sei disso. Eu amo você, Logan.
— Eu também amo você — respondi.
Trocamos um rápido beijo.
— Você me ajuda a preparar o jantar? — perguntou
animado.
— Claro que sim.
Eu estava feliz por Colin ter se aberto comigo. Eu entendia
que ele tinha sentimentos por Madison, e aceitava isso, afinal de
contas, foram anos juntos, mas também sabia que nos amávamos e
que seríamos muito felizes juntos.

[...]
Eu estava chegando em casa depois de passar a tarde
procurando emprego. Não estava nada fácil, mas eu não iria desistir.
Colin ainda não estava em casa, estava no trabalho, na
empresa de seus pais.
Decidi que seria um bom horário para ligar para minha mãe.
Estávamos combinando de ela vir nos visitar.
Peguei o telefone e liguei, ela atendeu sem muita demora.
— Logan!
— Oi mãe, como está?
— Eu estou bem e você? Faz dias que não nos falamos.
— Eu estou bem. Estou procurando emprego, mas até agora
nada.
— Você vai conseguir, filho.
Senti uma certa tensão em sua voz.
— Mãe, está tudo bem mesmo?
— Eu não queria contar para você, mas a senhora Frank foi
levada ao hospital novamente, e parece que dessa vez é sério.
Senti uma pontada no peito. A saúde da senhora Frank era
sensível e nos últimos anos ela foi levada diversas vezes ao
hospital.
— O que ela teve? Como ela está? — perguntei com a voz
fraca.
— Foi o coração, como sempre. Ela não está nada bem, mas
como eu sempre digo, vamos ter esperanças.
— Tudo bem. Me mantenha informado, por favor.
— Eu ligo amanhã para dar mais informações.
Nem consegui me despedir, muito menos falar sobre a visita
dela. A notícia da doença da senhora Frank havia me pegado de
surpresa.
Fui para a cozinha e peguei uma xícara de café, eu ainda
não estava acreditando no que estava acontecendo. Apesar de
saber que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, já que a
senhora Frank já tinha certa idade e que tinha frequentes problemas
de saúde.
Sentei na bancada com minha xícara de café.
Eu não conseguia beber, minha garganta estava fechada.
Apesar de ter me afastado da senhora Frank nos últimos
anos por conta da faculdade, nós éramos bem próximos nos meus
anos de ensino médio. Eu a minha mãe estávamos sempre por
perto.
Estava distraído em meus pensamentos quando Colin
chegou.
Ele veio até mim e percebeu que não estava tudo bem.
— O que aconteceu? — perguntou preocupado.
— A senhora Frank, ela está mal no hospital. Pelo tom que
minha mãe falou, eu não sei se ela vai se recuperar — expliquei.
— Eu sinto muito. Sei o quanto gosta dela.
— Teve uma vez, no meu aniversário de quatorze anos, eu
queria muito um skate, mas minha mãe não tinha dinheiro para
comprar.
— E ela comprou? — perguntou com um leve sorriso no
rosto.
— Sim. Ela comprou e fez um embrulho. Lembro dela indo lá
em casa entregar. Eu fiquei tão feliz. Depois ela e minha mãe
fizeram um bolo, claro que ela deu a maior parte dos ingredientes.
Esse foi com certeza o melhor aniversário que já tive.
— Ela é uma boa pessoa — comentou.
— Ótima pessoa. Estava sempre ali quando precisávamos.
Eu adorava ouvir suas histórias. Imagino que tenham sido muitas.
— Muitas mesmo.
Desviei o olhar para o chão e lembrei de alguns momentos
bons que vivemos. Eu queria que ela ficasse bem, queria que
voltasse para casa, mas dessa vez, eu achava que isso não iria
acontecer.
 
Capítulo 13

Eu não conseguia tirar Colin e Logan da minha cabeça. A


nossa noite juntos havia sido perfeita, se dependesse de mim,
poderíamos repetir muitas e muitas vezes.
Apesar de ter os dois constantemente em meus
pensamentos, eu não queria demonstrar isso. Queria mostrar que
era uma mulher madura, e que nóss três podíamos manter uma bela
amizade.
Tentei tirar os dois de meus pensamentos
Hoje seria um dia especial para mim. Eu iria em uma
entrevista de emprego, e precisava dar tudo de mim para conseguir
a vaga.
Seria para uma clínica veterinária que ficava no centro da
cidade. Era relativamente perto e eu poderia ir e vir sem problemas.
— Que tal essa roupa, mãe? — perguntei entrando na
cozinha.
— Está linda — respondeu enquanto colocava o pão na
torradeira.
— Estou um pouco nervosa — confessei.
— Fique calma, querida. Você vai se sair bem. Eu tenho
certeza.
— Eu estou confiante e ao mesmo tempo assustada.
— Foi para isso que você estudou por tantos anos. Vá com
confiança.
Minha mãe tinha razão. Eu estava mais do que preparada
para esse emprego e iria conseguir.
— Obrigada, mãe — agradeci sorrindo.
Ela sorriu de volta.
— Vem, vamos tomar café — disse, desligando a cafeteira.
— Não, eu não consigo comer quando estou tensa. Assim
que sair da entrevista, eu como alguma coisa.
— Tudo bem, mas não esqueça, por favor.
— Pode deixar. Eu já estou indo.
Fui até ela a abracei forte.
— Boa sorte. Tudo dará certo.
— Obrigada.
Nos afastamos e logo saí da casa.
Tentei me controlar o máximo possível. Eu sabia que estava
pronta para essa responsabilidade. Havia me preparado por anos, e
não podia deixar essa grande chance escapar.

[...]
Eu estava ansiosa. Não parava da batucar as unhas na
mesa.
Eu estava em um café, tentando me distrair enquanto
esperava a ligação da agência de empregos.
Pensei em convidar alguma amiga para me acompanhar no
café, mas decidi que seria melhor receber a notícia sozinha, pois
caso fosse negativa, eu não conseguiria disfarçar minhas
frustrações.
Uma atendente trouxe meu capuccino e alguns cookies. Na
verdade, eu não estava com muita fome, já que estava na
expectativa da notícia, mas precisava comer, já que mal havia
almoçado.
Dei uma mordida no cookie, enquanto pensava nos meus
planos para o futuro. Queria alugar um apartamento para mim. Eu
sonhava em ter a minha própria casa.
Bebi um gole do café, foi quando ouvi meu celular vibrar.
Atendi no mesmo instante.
— Alô? — falei, nervosa
Minhas mãos estavam suando frio. Eu queria muito que
fosse a resposta positiva.
Era uma mulher, ela se identificou sendo da agência de
empregos. Eu não prestei muita atenção no que ela estava falando,
só ouvi quando ela disse que a vaga era minha.
Abri um sorriso enorme e senti um alívio em meu peito.
Nos despedimos e eu finalmente pude respirar aliviada.
As coisas estavam dando certo para mim, eu estava
realizando todos os meus objetivos. Agora meu próximo passo era
alugar um apartamento para mim. Eu mal podia esperar para ser
totalmente independente.

[...]
Eu estava arrumando meu guarda-roupas. Iria começar a
trabalhar em poucos dias, e queria me livrar de algumas peças mais
antigas. Queria me vestir de acordo, com roupas mais sociais e
elegantes.
Eu já havia tirado quase uma caixa inteira. Eram peças que
ainda estavam em perfeito estado e iriam todas para a doação.
Encontrei uma blusa rosa com babados. Lembro que usava
ela nos tempos de escola, e automaticamente Colin veio a minha
mente. Eu havia usado ela quando fomos acampar. Lembrei de
cada segundo daquele final de semana, e de certa forma senti
saudades, por mais que agora ele estivesse por perto, as coisas
jamais voltariam a ser como antes.
Respirei fundo e coloquei a blusa na sacola de doações. Era
hora de seguir em frente.
Estava distraída, experimentando uma calça para ver se
ainda me servia, quando ouvi meu celular vibrar.
Fui até o aparelho e vi o nome de Logan na tela.
Atendi sem muita demora.
— Oi, Logan.
— Madison! Parabéns pelo seu novo emprego.
Abri um sorriso ao ouvir sua voz.
— Obrigada, eu estou muito feliz com essa oportunidade.
— Tenho certeza de que se sairá muito bem.
— Eu espero, e como você ficou sabendo?
— Sua mãe contou para a mãe do Colin. Elas continuam
grandes amigas.
— Ah, sim. As notícias correm.
— Isso não pode passar em branco. O que acha de uma
comemoração amanhã à noite? Podemos ir beber alguma coisa. Eu,
você e o Colin. O que acha?
Claro que eu queria me encontrar com os dois novamente,
apesar de não saber como seria, já que não havíamos nos vistos
desde a nossa noite de sexo, mas como eu falava para mim mesma,
éramos adultos e sabíamos separar as coisas.
— Claro. Eu vou adorar a companhia de vocês.
— Ok. Vou procurar um lugar legal e mando por mensagem
para ver o que você acha.
— Tudo bem. Vou ficar esperando. E o Colin, como está? —
perguntei.
— Ele está ótimo. Está muito orgulhoso de você, nós dois
estamos.
— Eu estou muito feliz.
Não prolongamos a conversa. Logo nos despedimos e eu
desliguei o telefone.
Fiquei animada com a ligação de Logan. Eu não podia mentir
para mim mesma, ele ainda me atraía, o estanho era que eu sentia
exatamente a mesma coisa por Colin. Já tinha ouvido falar de
pessoas que em algum momento ficaram divididas entre duas
pessoas, e eu nunca havia entendido, mas agora eu entendia
perfeitamente. Eu gostava dos dois. Era atração, carinho e um
desejo sexual incontrolável.
Respirei fundo e tirei certos pensamentos da minha mente.
Nós éramos amigos e apenas isso, eles se casariam em breve e
mereciam ser felizes.
Tratei de continuar minha arrumação. Agora eu tinha mais
um incentivo, já iria escolher a roupa que usaria para me encontrar
com Colin e Logan. Eu não queria colocar expectativas, mas era
impossível não ficar animada com a ideia de vê-los novamente.
Capítulo 14

Estávamos empolgados em ver Madison novamente. Na


verdade, acho que eu estava mais empolgado do que deveria, mas
não queria demonstrar. Não queria dar motivos para Colin sentir
ciúmes ou qualquer tipo de insegurança.
Era uma sensação muito empolgante, mas confesso que ao
mesmo tempo também era muito estranho, pois era como se o
carinho e o desejo que eu senti por Madison no passado, ainda
estivesse presente, apesar de amar Colin incondicionalmente.
Eu estava terminando de me arrumar. Colin já devia estar
chegando do trabalho. Iríamos a um pub. Preferimos não ir tarde,
assim Colin poderia descansar e dormir, já que trabalhava bem cedo
no dia seguinte.
Estava me olhando no espelho quando ouvi um barulho na
porta. Era Colin. Ele entrou e veio até mim.
— Nossa! Você está lindo — comentou.
— Obrigado. O emprego novo da Madison merecia uma
produção especial.
— Merecia mesmo. Vou tomar um banho rápido e também
vou me arrumar.
Ele se aproximou ainda mais e beijou meus lábios
rapidamente. Em seguida foi em direção ao banheiro.
— Vou aproveitar e ligar para a minha mãe, perguntar pela
senhora Frank. Ela deve estar chegando do trabalho.
— Tudo bem — disse, fechando a porta do banheiro.
Peguei o celular e liguei.
Cada vez que eu ligava para minha mãe para saber notícias,
eu sentia um frio no estômago.
Ela atendeu sem muita demora.
— Oi, filho
— Mãe, está tudo bem? Como ela está?
— Ah, a situação não é nada boa. Ela ainda está na mesma,
não mostra melhoras.
— Mas pelo menos não piorou.
— Não piorou, mas o médico explicou que na situação dela,
ficar na mesma já é uma piora.
Engoli em seco.
No fundo eu sabia que a senhora Frank não iria conseguir se
recuperar, eu só não queria aceitar.
— Entendo. E no mais? Como estão as coisas por aí? —
perguntei, tentando me animar um pouco.
— Está tudo bem. Tenho trabalhado bastante. E você? Ainda
procurando emprego?
— Ainda, não está nada fácil, mas não vou desistir.
— Você vai conseguir, filho.
— Assim espero. Eu preciso desligar, vou sair com o Colin.
Eu ligo amanhã para saber notícias.
— Tudo bem, até amanhã.
— Eu amo você, mãe.
— Também amo você.
Desliguei o telefone e respirei fundo. Eu sabia que a senhora
Frank não iria voltar para casa.
Tentei esquecer isso por enquanto. Teríamos uma noite
agradável pela frente, e não queria que Colin e Madison
percebessem que eu estava chateado por conta desse problema.
Em poucos minutos, Colin saiu do banho. Ele se arrumou
rapidamente e saímos de casa.
— Será que Maddie já está nos esperando? Acho que acabei
me atrasando um pouco — disse Colin, parando num sinal
vermelho.
— Não se preocupe. Ainda está cedo — garanti.
Ele parecia um pouco ansioso, mas ele mesmo foi quem
insistiu para eu ligar e a chamar para comemorar seu novo
emprego.
— É que Maddie não gosta de esperar — comentou.
Peguei meu celular no bolso de minha calça e olhei o
horário.
— Ela deve estar chegando agora. Não vai esperar mais de
cinco minutos.
Ele pareceu mais tranquilo.
Chegamos no pub e estacionamos o carro.
Assim que chegamos perto da porta, avistamos Madison,
exatamente como Colin imaginou.
Abri um sorriso assim que ela olhou para nós.
Ela estava sentada perto da janela.
Entramos no pub e fomos até ela.
— Maddie! Desculpe o atraso — disse Colin a
cumprimentando.
— Não foi nada. Não faz muito que cheguei.
Ela veio até mim e me deu um beijo rápido no rosto, assim
como havia feito com Colin.
— Parabéns pelo emprego — falei sorrindo.
— Obrigada. Eu estou muito empolgada.
Sentamos ao seu lado.
— Parabéns. Ficamos muito felizes por você — disse Colin.
— Obrigada — agradeceu.
— Você já pediu alguma coisa? — perguntei.
— Ainda não. Eu estava esperando vocês chegarem.
Escolhemos algumas bebidas enquanto Madison falava
animada sobre o seu novo emprego.
— Hoje deixei um currículo e estou bem empolgado. Um
amigo que me indicou, estou esperando me chamarem para a
entrevista — comentei.
— Você vai conseguir, eu tenho certeza — disse Colin
positivo.
— E se não conseguir, sei que encontrará outra coisa. Você,
assim como nós, também se esforçou muito — falou Madison
bebericando sua bebida.
Olhei para ela e sorri. Madison tinha um lindo sorriso. Por um
momento eu vi a menina que havia conhecido anos atrás. Era como
se o tempo não tivesse passado.
— Vou pedir uns aperitivos também — disse Colin.
— E como estão as coisas na empresa? — perguntou
Madison, olhando para Colin.
— Estão ótimas. É muito bom trabalhar com o meu pai.
— Eu imagino. Vocês sempre foram bem apegados.
— E continuamos — disse bebendo um gole da sua bebida.
— Você lembra do Robert?
Ela pareceu pensando por um instante.
— O seu melhor amigo?
— Não, o outro. Aquele que namorava a Grace.
— Ah sim, lembro dele.
— Ele deixou um currículo lá na empresa. Parece que teve
problemas com drogas e está desesperado atrás de emprego, disse
que aceitava qualquer coisa.
— E vocês vão contratar?
— Não sei, essa parte não é comigo.
Eles conversaram sobre algumas histórias do passado, e eu
sinceramente estava gostando de ouvir sobre o tempo de escola de
Madison e Colin.
O tempo foi passando e nós continuamos conversando sobre
assunto aleatórios. Era muito divertido estar na companhia dos dois.
— Eu tinha esquecido de falar, mas agora sei andar de skate
— disse Madison empolgada.
— Sério? — perguntei arqueando uma sobrancelha.
— Sim, eu confesso que aprendi por sua causa. Mas acabei
gostando, hoje sou muito boa.
— Eu não consigo imaginar uma coisa dessas — disse Colin
sorrindo.
— Eu vou ter que concordar com o Colin. Só acredito vendo.
— É tão difícil assim acreditar que eu ando bem de skate?
— Eu não duvido, só não consigo imaginar essa cena — falei
sorrindo.
— Então vocês vão ver. Se tiverem livres no final de semana,
vamos até o parque, só que eu não tenho skate. Na época que
estava aprendendo eu comprei um, mas não o tenho mais.
— Não se preocupe, eu ainda tenho vários, de vez em
quando eu ainda ando, me ajuda a relaxar. Eu levo.
— Essa eu quero ver — disse Colin.
— Vocês vão ver, e aprender a não me subestimarem —
falou, com um sorriso desafiador nos lábios.
Era muito divertindo estar na companhia dos dois. Nós três
nos dávamos muito bem juntos.
Já estávamos pensando em ir embora. Peguei o meu celular
para ver se já era muito tarde.
Assim que liguei a tela, vi quatro chamadas não atendidas da
minha mãe.
Meu coração parou. Eu sabia exatamente o que era.
Eu havia falado com minha mãe há poucas horas, e ela não
tinha o costume de me ligar a essa hora da noite. Com certeza tinha
acontecido alguma coisa.
— O que foi? — perguntou Colin.
— A minha mãe ligou. Sei que aconteceu alguma coisa —
falei com a voz trêmula.
— Com sua mãe? — perguntou Madison preocupada.
— Não. Provavelmente foi alguma coisa com a senhora
Frank. Nossa vizinha, ela já é idosa e tem problemas de saúde —
expliquei.
— Nós estamos aqui com você — disse Colin, pegando em
minha mão.
Respirei fundo e criei coragem para ligar de volta. Eu não
queria ouvir o que ela tinha a dizer, mas era necessário.
— Mãe! Está tudo bem? — perguntei nervoso.
— Foi a senhora Frank. Infelizmente ela faleceu.
Era a frase que eu não queria ouvir.
Em poucos instantes me despedi de minha mãe e desliguei o
telefone.
Não consegui esconder minha tristeza de Madison e Colin.
Colin continuava segurando minha mão.
— Sei o quanto gostava dela, mas ela finalmente descansou
— falou ele, tentando me confortar.
— Ela era como uma avó para mim. Estava sempre ali ao
nosso lado — falei.
Madison veio até mim e me abraçou
— Eu perdi minha avó paterna quando criança. Sei como dói.
Não consegui me conter e uma lágrima de tristeza escorreu
pelo meu rosto.
— Obrigada, Madison — falei assim que nos separamos.
— Eu estou aqui, para o que precisar — disse a garota.
— Que bom que eu tenho vocês dois — falei sorrindo.
— E terá para sempre — disse Colin.
O que era para ter sido uma noite feliz e de diversão, acabou
terminando em lágrimas. Mas de certa forma eles tinha razão, a
senhora Frank finalmente estava descansando, em paz e sem dor.
Eu lembraria dela para sempre, seria minha eterna vó.
 
Capítulo 15

Já fazia alguns dias desde o falecimento da senhora Frank.


Logan estava reagindo bem, mas ainda estava um pouco chateado.
Me partia o coração ver o meu noivo triste. Ele costumava ser
sempre tão vibrante e alegre. Seu senso de humor era uma das
coisas que eu mais gostava nele.
Era hora do almoço, aproveitei meu intervalo e decidi ligar
para Maddie. Ainda não tínhamos ido até o parque andar de skate
como havíamos combinado e pensei que seria uma ótima ideia para
tentar distrair um pouco Logan.
Saí da empresa e fui até um restaurante próximo para
almoçar. Na maioria dos dias eu comia no refeitório da empresa,
mas precisava pegar um ar.
Assim que cheguei, escolhi uma mesa e me sentei. Reparei
que na mesa ao lado estavam comendo macarrão com queijo. No
mesmo instante senti uma vontade incontrolável de comer também.
Pedi um suco de laranja e um prato de macarrão com queijo.
Enquanto esperava, peguei meu celular e liguei para Maddie.
Provavelmente ela também estava no seu horário de almoço, já que
havia começado a trabalhar há poucos dias.
Ela atendeu o telefone rapidamente.
— Oi, Colin.
— Maddie! Como está? E o trabalho novo?
— Eu estou bem. Estou adorando tudo. Agora estou
almoçando.
— Eu imaginei.
— E como está o Logan? Está melhor?
— Está melhor, mas ainda um pouco chateado. Eu estava
pensando: o que acha de irmos ao parque hoje depois do trabalho?
Lembro que ele ficou empolgado com a ideia de andar de skate.
— Claro! É uma ótima ideia. Vamos sim.
— Eu vou tentar convencer o Logan, vai ser bom para ele.
— Se ele não quiser ir me avise, quem sabe eu o convenço.
— Obrigado, Maddie.
Nos despedimos e desliguei o telefone.
Fiquei empolgado em ver Madddie novamente. Eu gostava
do clima quando estávamos nós três juntos. Parecíamos velhos
amigos.
Quando minha comida chegou, eu já estava morrendo de
fome. O cheiro estava ótimo e a aparência melhor ainda.
Enquanto comia, pensei em como seria divertido sairmos os
três juntos. Logan estava precisando disso e eu também.

[...]
— Não sei, não estou muito no clima hoje — disse Logan
desanimado.
— Por isso mesmo. Você precisa sair um pouco, pegar um
ar. Está preso nesse apartamento há uma semana.
— Eu não sinto muito vontade de sair.
— Você não quer deixar a Maddie esperando, não é?
Ele pensou por um instante.
— Tudo bem. Mas não vamos demorar muito.
— Como preferir. Só sair um pouco de dentro de casa já fará
bem para você.
Logan foi para o banho. Enquanto isso enviei uma
mensagem para Maddie, dizendo que logo estaríamos no parque.
Logan saiu do banho e se arrumou rapidamente. Em pouco
tempo estávamos prontos.
— Vou pegar os skates — disse Logan.
Ele pegou dois skates e entramos no carro.
Eu nunca havia andado e sinceramente não tinha a menor
vontade, mas gostava de observar Logan andando, ele era muito
bom nisso.
O parque ficava perto da casa da Maddie, inclusive, fomos lá
muitas vezes durante os nossos anos de namoro.
Assim que chegamos, Logan tirou os skates do carro.
Ele ainda estava um pouco desanimado, mas eu sabia que
logo isso iria mudar, pelo menos assim eu esperava.
Estávamos indo em direção a um banco para sentar e
esperar Madddie, quando a vimos chegar.
Automaticamente abrimos um sorriso no momento em que
ela se aproximou.
— Logan, está melhor? — perguntou o abraçando.
— Estou, aos poucos vou melhorando.
— Tudo bem? — questionou, dessa vez olhando para mim.
— Sim, estou bem. Como está indo no serviço?
— Eu estou amando. Me apego nos animais como se fosse
meus, fico triste quando estão doentes, ainda preciso aprender a
lidar com isso.
— Eu imagino o quanto deve ser difícil — disse Logan.
— Estou vendo que trouxe os skates — disse Maddie
mudando de assunto.
— Estou curioso para ver você andar — disse Logan.
— Estou um pouco destreinada, mas vamos ver.
Ela largou sua pequena bolsa e seu celular em um banco
que estava próximo.
Sentei ao lado de suas coisas.
Os dois foram até a pista de skate que estava bem em minha
frente.
Eles estavam conversando e rindo, não consegui ouvir
direito, mas pareciam estar se divertindo.
Maddie subiu em cima do skate e começou a andar
lentamente. Ainda estava pegando o ritmo.
Confesso que achei estranho ver a cena. Nunca imaginei
Maddie andando de skate. Não fazia muito o estilo dela.
Em poucos instantes ela já estava familiarizada com o skate.
Fez algumas manobras, claro que não era tão boa quanto Logan,
mas estava se saindo muito bem.
Logan também subiu no seu skate e ensinou algumas
manobras um pouco mais elaboradas para Maddie. Em certo
momento ela quase caiu, mas ele a segurou.
Eu não podia negar que os dois tinha uma química incrível.
Eu até tinha motivos para sentir ciúmes, mas não senti. Era
estranho, mas eu gostava de nós três juntos.
Depois de alguns minutos, Maddie se aproximou.
— Veja o que Logan me ensinou a fazer.
— Incrível! Você está ficando muito boa nisso — elogiei.
— Eu disse que sabia andar.
Logo meu noivo também se juntou a nós.
— Eu tenho que admitir. Você realmente sabe andar de
skate.
— Viu, eu disse que sabia — falou Maddie, se vangloriando.
— Eu nunca duvidei, quem duvidou foi o Logan — falei
sorrindo.
— Tudo bem. Eu confesso que não imaginei que você fosse
tão boa. Onde aprendeu a andar? — perguntou ele.
— Aprendi com um amigo da faculdade. De certa forma eu...
— Ela deixou a frase no ar.
— Você o que? — questionou Logan.
— De certa forma o skate me lembrava você — admitiu.
— Isso é bom. Eu também sempre lembrava de você quando
tomava sorvete de morango.
Maddie olhou para mim. Provavelmente queria saber se eu
estava confortável com a conversa.
— Está tudo bem. Muitas coisas também me lembravam
você — falei.
— Nos três temos uma ligação incrível, não é? Gosto muito
da nossa amizade — disse Logan.
Eu e Maddie concordamos.
Depois de mais algumas manobras de skate, todos
sentamos e jogamos conversa fora.
O parque que antes estava lotado começou a esvaziar com o
cair da noite.
— Eu acho que já vou indo para casa. Foi um longo dia —
anunciou Maddie.
— Mas já? — perguntou Logan.
— Já estou cansada. Vou demorar uns dias até me
acostumar com essa nova rotina — explicou.
— E que tal ir lá para casa amanhã para jantarmos? —
perguntei.
Eu me arrependi da pergunta assim que a fiz. Eu nem
perguntei a opinião de Logan. Não sabia se ele também queria isso.
— Ótima ideia. Eu posso preparar o jantar — disse Logan,
empolgado.
— Claro. Eu adoraria — concordou Maddie.
— Ótimo. Se eu bem lembro bolo de carne é uma das suas
comidas preferidas, não é? — perguntei.
— Sim, mas agradeço se você usar carne vegetal, estou
tentando parar de comer aos poucos. Adoro o sabor, mas é muita
crueldade com os animais.
— Entendo. Pode deixar, vou achar sua carne vegetal, e
ficará tão bom quanto.
— Obrigada — agradeceu sorrindo. — Agora já vou indo,
nos vemos amanhã. E da próxima vez, vamos fazer competição de
skate — sugeriu.
— Eu aceito e não vou pegar leve com você — disse Logan.
— E nem precisa. Gosto de ser desafiada.
Nós despedimos e seguimos nosso caminho de volta.
Eu não queria pensar, mas era inevitável não lembrar da
noite em que nós três fizemos sexo. Não a convidei para isso, mas
ao mesmo tempo, não conseguia tirar essa ideia da minha mente.
— Foi uma ótima ideia a minha de virmos até aqui. Você
parece melhor — comentei, assim que entramos no carro.
— Você tem toda a razão. Ainda bem que viemos. Maddie é
muito divertida.
Concordei e seguimos nosso caminho normal de volta para
casa.
Entramos no apartamento. Eu estava indo direto para o
quarto para trocar de roupa, quando Logan me parou.
— Eu estava pensando em uma coisa, e acho que você
também — falou.
— O quê? — perguntei curioso.
— Você também pensou em fazermos sexo, não é? Nós
três?
Senti um frio no estômago. Eu não sabia que isso era algo
tão visível.
— Eu...
— Tudo bem. Pode falar, porque eu com certeza pensei.
— Eu pensei, mas não sei. Acho isso um pouco estranho. Eu
amo você, e quero que possamos ficar juntos para sempre, mas
confesso que gostei muito de fazer sexo com você e Maddie ao
mesmo tempo.
— Eu sinceramente não acho nada de estranho. Somos
adultos, se ela também estiver gostando, está tudo bem para mim
— garantiu.
— Você tem razão — concordei.
— Podemos falar abertamente com ela. Perguntar se ela
quer fazer sexo conosco novamente.
— Eu prefiro não perguntar por enquanto. Podemos criar um
clima e ver o que acontece — sugeri.
— Tudo bem. Se prefere assim.
Eu estava aliviado por ter confessado isso para Logan,
apesar de ter ficado surpreso o quanto ele levava isso numa boa.
Eu queria muito fazer sexo com ele e com Maddie mais uma
vez, mas essa seria a última. Acho que eu não era maduro o
suficiente para levar essa situação mais a diante.
 
Capítulo 16

Hoje eu iria jantar com Colin e Logan. Eu estava feliz por


Logan estar melhor, sabia que não era nada fácil perder alguém
especial.
O trabalho na clínica estava uma loucura, mas eu estava
adorando. Ficava muito feliz cada vez que via um animalzinho se
recuperando e se sentindo melhor.
Apesar de estar concentrada e focada no trabalho, de vez
em quando, Colin e Logan vinham a minha mente. Era impossível
não pensar. Será que eles tinham segundas intenções me
convidando para jantar? Ou seria apenas só um jantar amigável?
Sinceramente, eu não me importaria nenhum pouco se
continuarmos fazendo sexo de vez em quando, na verdade, eu
queria repetir. Fazer sexo com dois homens nunca foi uma
possibilidade para mim, mas era impossível resistir a eles. Eram os
dois homens que eu nunca consegui esquecer.
Saí de trabalho e fui para casa. Queria tomar um longo
banho e me arrumar para o jantar.
— Como foi o trabalho? — perguntou meu pai, assim que
entrei em casa.
— Ótimo. Estou me saindo muito bem. Recebendo muitos
elogios — falei, empolgada.
— Fico muito feliz. Estou orgulhoso de você.
Fui para o banho e em seguida escolhi algo para vestir. Não
queria parecer muito arrumada, mas também não queria passar um
ar de que não estava me importando com o jantar.
Como estava calor, escolhi algo bem leve.
Fiz uma maquiagem simples e deixei os cabelos soltos e
naturais.
Depois de pronta, fui até a cozinha, eu não queria chegar tão
cedo, poderia pensar que eu estava muito ansiosa pelo jantar.
— Você está linda! — disse minha mãe, assim que entrei na
cozinha.
— Obrigada — respondi sorrindo. — O que vocês irão
jantar?
— Estou fazendo o prato preferido do seu pai, peixe com
batata frita. Amanhã é a vez de ele fazer o jantar — falou, cortando
as batatas.
— Só de pensar já me deu fome, não comi nada desde à
tarde.
— Tome um cafezinho.
— Não, preciso estar com fome para comer lá. Não quero
desapontar o Logan, ele irá cozinhar.
— E esse dois, hein? Ainda não acredito que os seus dois ex
estão noivos! — falou, sorrindo.
— Pois é, as vezes nem eu mesma acredito.
— E você está lidando bem com isso? Talvez esteja
passando muito tempo com os dois.
Eu não havia falado para minha mãe que fiz sexo com os
dois, muito menos que pretendia fazer de novo.
— Não, eu estou bem. Somos todos amigos agora.
— Se você está dizendo.
Conversamos por mais alguns instantes e logo me despedi.
Entrei no carro e me dirigi até o apartamento de Colin, que
não ficava muito longe.
Estacionei bem em frente ao prédio e desci do carro.
Entrei e em seguida bati na porta.
— Maddie! — disse Colin sorridente.
— Olá, como vocês estão? — perguntei abraçando e
beijando Colin no rosto.
— Estamos ótimos — respondeu.
Logan estava logo atrás dele e também veio me
cumprimentar.
— Eu tenho uma notícia boa e uma má — disse Logan.
— Primeiro quero a notícia má — falei curiosa.
— A má é que não tinha a sua carne vegetal no mercado.
— Então qual é a boa?  — perguntei, franzindo o cenho.
— A boa é que estava em falta. Isso quer dizer que mais
pessoas estão trocando a carne animal pela carne vegetal — disse
sorrindo.
Abri um leve sorriso.
— Tem razão, fico feliz com a troca, mas triste pelo jantar.
Vim com fome pronta para comer o bolo de carne.
Colin fez sinal para irmos todos até a cozinha.
Ele foi na frente e eu e Logan o seguimos.
— Não se preocupe, compramos outros ingredientes e
podemos preparar juntos alguma coisa rápida — disse Colin
mostrando a bancada.
Observei as coisas que eles haviam comprado enquanto
Colin abria e servia o vinho.
  — Podiam ter preparado algo sem mim. Me convidaram
para jantar e não fizeram a comida? — questionei, arqueando uma
sobrancelha, escorando os cotovelos na bancada.
— Queríamos a sua opinião e ajuda na hora de decidir o
jantar, já que não tinha o que foi combinado — disse Colin,
entregando-me a taça de vinho.
— E para a sobremesa também — acrescentou Logan.
— Eu posso ser a sobremesa — murmurei em um impulso,
prestes a beber um gole do vinho.
— Oi? — Colin questionou surpreso.
— O quê? — Logan disse risonho.
— Quê? — falei.
— Ouvimos muito bem o que você disse, danadinha —
Logan afirmou.
— Acho que o Logan merece um agrado depois dos últimos
dias — disse seu noivo.
Tomei o resto do meu vinho em dois goles antes de dizer:
— Ótimo. Então acho que podemos começar com a
sobremesa. — Aproximei-me de Logan, passando as unhas com
leveza em seu pescoço e descendo a ponta dos dedos por seu
peito. — E o foco será você.
— Acho que posso me acostumar em ser o centro das
atenções — ele disse, puxando-me pela cintura e colando nossos
lábios em um beijo ardente.
Colin se parou ao nosso lado, e tanto eu quanto Logan o
abraçamos pela cintura.
Assim que minha boca se separou da de Logan, juntei-aa
com a de Colin, sentindo os beijos de Logan em meu pescoço. Em
seguida, foi a vez dos noivos darem um beijo que transbordava
desejo.
— Acho que devemos ir para o quarto — Colin sussurrou e
nós assentimos.
Segui os dois até o quarto, enquanto pensava em todo o
prazer que eu sentiria naquela noite. Só de imaginar meu corpo
junto ao deles, sentia minha calcinha ficando molhada.
Colin avançou nos lábios de Logan na mesma hora em que
entramos no cômodo, desabotoando a camisa do noivo com
rapidez.
Eu me aproximei, e Logan se virou para mim, beijando-me
mais uma vez. Ele parecia estar sedento por aquele momento.
Enquanto isso, Colin, desabotoou a calça jeans de Logan, e
o ajudou a se livrar de todas as suas peças de roupa, sem que o
beijo fosse rompido.
Ouvi Logan gemer entre nossos beijos, e percebi que Colin
estava ajoelhado logo atrás dele, segurando sua bunda com força e
com a língua na sua entrada.
Sem pensar duas vezes, também me ajoelhei, mas em sua
frente. Segurei seu pau duro com uma das mãos, enquanto com a
outra coloquei meus seios para fora.
Olhando para Logan, coloquei a língua para fora e bati seu
pênis nela antes de chupar a pontinha, colocando o máximo que eu
consegui dentro da boca em seguida.
Logan gemia baixinho, segurando meus cabelos com uma
mão, e com a outra segurava os de Colin, totalmente dominado pelo
prazer.
Colin decidiu parar o que estava fazendo e se juntou a mim,
ajoelhado ao meu lado e pedindo pelo pau do seu noivo.
— Esse é seu maior sonho sexual sendo realizado? Nós dois
ajoelhados na sua frente, com as boquinhas abertas para você? —
perguntei, provocativa.
— Minha vontade é de encher esses dois rostinhos lindos de
porra, mas antes quero vocês me chupando ao mesmo tempo.
— Seu desejo é uma ordem — Colin afirmou.
Enquanto eu chupava a glande, Colin chupava as bolas. Nós
estávamos fazendo um ótimo trabalho em equipe. Logan observava
a cena, mordendo o lábio inferior. Ver o seu rosto completamente
imerso no prazer, estava me deixando cada vez mais excitada.
A boca de Colin subiu para a extensão, chegando perto da
minha.
Tanto minha língua, quanto a de Colin, estavam na
cabecinha de Logan. As duas se encontravam e se separavam, até
que nossos lábios se encontraram de vez, em um beijo torto, com o
pau de Logan no meio. E isso era tudo que eu estava precisando.
Logan nos afastou dele, jogando a cabeça para trás e
respirando fundo, provavelmente segurando a vontade de gozar.
— Vocês ainda vão me matar — murmurou.
— Não morra antes de me foder bem gostoso — brinquei,
colocando-me de pé e tratando de tirar a roupa o mais depressa
possível.
— Hoje é a sua vez de ficar no meio, Logan. Quanto tempo
você aguenta com seu pau dentro da Maddie e o meu na sua
bunda? — Colin questionou, malicioso.
— Mais do que você pensa, menos do que eu gostaria.
Cheguei perto da cama e joguei meu tronco em cima dela,
com os pés no chão e a bunda totalmente empinada.
— Então vamos descobrir — falei.
Logan não hesitou em se parar atrás de mim e encaixar seu
pau na minha entrada. Eu estava pingando de excitação. Ele
deslizou para dentro com facilidade, me fazendo soltar um longo
gemido. Os movimentos começaram leves, mas logo ganharam
força. Eu não conseguia controlar os gemidos cada vez que sentia o
Logan inteiro dentro de mim.
Por um momento, ele parou. Olhei para trás e vi Colin o
penetrando, devagar, fazendo-o delirar.
Logan era quem se mexia. Quando saía de mim, era
preenchido por Colin, e quando seu noivo continuava apenas com a
cabecinha, Logan tocava meu ponto mais profundo.
Estávamos em uma conexão perfeita. Um dando prazer ao
outro, ao mesmo tempo, na mesma sintonia, no mesmo ritmo. Era
uma química invejável.
Saber que Logan estava sendo fodido por Colin enquanto me
comia, só não era mais excitante do que ter os dois em mim.
Logan não ia aguentar por muito tempo. Era demais para ele.
Suas mãos seguraram minha cintura com força, e seus
movimentos estavam cada vez mais rápidos. Eu sentia que podia
gozar a qualquer momento.
— De joelhos, os dois — ele disse.
Colin e eu obedecemos na mesma hora. Ficamos de joelhos
na sua frente, com as boquinhas abertas, como Logan queria. Não
tiramos nossos olhos dos seus enquanto ele se masturbava, até que
ele gozasse para nós, despejando tudo nas nossas bocas e rosto.
Colin me puxou para um beijo, com o gosto de Logan em
nossas línguas.
Porém, nosso beijo foi interrompido por uma camisinha
sendo arremessada em nossa direção.
— É a vez de vocês gozarem para mim — disse Logan.
— Eu vou adorar ser chupada enquanto Colin me fode —
falei, levantando-me.
Colin se deitou na cama, e eu sentei em seu colo, de costas
para ele. Sem nenhuma delicadeza, coloquei ele para dentro de
mim, sem pudores, sem dó. Os movimentos ficaram por sua conta,
já que Logan se pôs no meio das minhas pernas.
Meu ex-namorado me fodia com força, enquanto seu noivo
me chupava da forma mais deliciosa possível. A língua de Logan
brincava com meu clitóris, levando-me ao paraíso.
Afundei minha mão nos cabelos de Logan, pressionando sua
cabeça em minha direção e impossibilitando que ele saísse de onde
estava.
Uma das mãos de Colin foi parar em meus seios,
massageando e puxando os mamilos, que estavam durinhos.
Eu gemia como uma vadia, com dois homens focados em
me dar o maior prazer possível. Eu não queria pensar em mais
nada, só nas sensações indescritíveis que eu estava sentindo.
Com Logan chupando meu clitóris, Colin estocando forte
com suas mãos apertando meus seios, eu gozei. Um dos melhores
orgasmos que já tive, a melhor sensação que um ser humano
poderia sentir. Foi duradouro, intenso, selvagem. O suficiente para
Colin também gozar, e eu me desfazer em cima dele.
Ofegante, saí de onde estava, sentando na cama.
— Será que agora nós podemos jantar? — questionei,
respirando fundo para me recompor.
— Não sei, acabei de tomar leite. Estou bem alimentado —
brincou Colin.
             — Eu vim aqui para jantar, não quero nem saber — falei,
risonha.
— Tudo bem, já que já comemos a sobremesa. Agora
podemos jantar. Vamos preparar algo bem rápido — Disse Logan.
Eu estava no paraíso. Por um momento esqueci de que era
para ser apenas sexo casual. Minha vontade era de nunca mais ir
embora.
Capítulo 17

Acordei sonolento com o telefone tocando.


Ainda sem entender muito bem o que estava acontecendo,
peguei o celular e o atendi.
— Alô.
A voz do outro lado se identificou e eu despertei no mesmo
instante.
Era da empresa que eu havia feito entrevista.
Ele disse que gostaram muito do meu perfil e que a vaga era
minha.
Agradeci e desliguei o celular.
Abri um sorriso largo. Eu já estava há algum tempo
procurando emprego, e esse seria o meu primeiro depois de
formado, eu não podia estar mais feliz.
Colin não estava mais em casa, ele costumava sair bem
cedo para a empresa. Pensei em ligar para ele, mas desisti, preferia
dar a notícia pessoalmente. Ao invés disso, enviei uma mensagem
para Lorenzo, o amigo que tinha me indicado para a vaga.
Depois de enviar, deitei na cama novamente. Apesar de
ainda ser cedo, seria impossível conseguir voltar a dormir, eu estava
muito empolgado para isso.
Depois de alguns minutos tentando dormir, levantei e fui para
o banheiro tomar um banho.
Na volta, chequei meu celular e havia uma mensagem de
Lorenzo. Ele estava me convidando para ir almoçar com ele no
restaurante que ficava perto da empresa. Não pensei duas vezes e
aceitei seu convite.
A manhã demorou a passar, talvez por conta da minha
ansiedade. Queria almoçar com Lorenzo, e principalmente contar a
novidade para o Colin.
Quando estava perto do horário do almoço, saí de casa e
caminhei até o restaurante que Lorenzo me indicou. Colin havia
escolhido o apartamento propositalmente mais centralizado, o que
era ótimo, eu poderia ir e voltar do trabalho caminhando.
Caminhei lentamente até o restaurante, já que ainda tinha
tempo.
Assim que cheguei, dei uma boa olhada no lugar à procura
de Lorenzo. Ele ainda não estava lá. Escolhi uma mesa e sentei.
Eu estava bem ao lado de uma enorme janela. Fiquei alguns
instantes apenas observando o movimento lá fora. As pessoas indo
e vindo, e logo avistei Lorenzo se aproximando.
Ele entrou e em menos de um segundo me avistou. Lorenzo
veio até mim.
— Desculpe a demora. Enrolei um pouco para sair — falou,
sentando na cadeira a minha frente.
— Tudo bem. Não faz muito tempo que cheguei. Queria
agradecer pela indicação, muito obrigado. Não sei se teria
conseguido sem você.
— Não foi nada. Você merece essa oportunidade.
O garçom apareceu e fizemos nossos pedidos.
Tivemos um almoço muito agradável. Lorenzo me explicou o
funcionamento da empresa e também, falou sobre alguns de seus
colegas. Ele era da parte administrativa, já estava trabalhando há
anos. Eu ficaria na parte criativa. Iria planejar e desenvolver as artes
da empresa.
Lorenzo precisava voltar ao trabalho, então não demoramos
muito. Logo ele se despediu e seguiu se rumo.
Eu estava na porta do restaurante, pronto para voltar para
casa, quando lembrei que a clínica veterinária em que Madison
trabalhava ficava por perto.
Decidi ir até lá para dar um oi.
Caminhei por poucos minutos até chegar na clínica.
Eu não queria atrapalhar o seu trabalho, se eu não a visse
andando pelos corredores, eu não a chamaria.
Assim que entrei, corri os olhos pelo lugar à procura de
Madison.
A encontrei perto de uma porta, conversando com alguém,
com uma caneca nas mãos.
Ela olhou para mim e sorriu no mesmo instante.
— Logan! — disse surpresa.
Ela falou algo para a mulher com quem estava conversando
e veio até mim.
— Madison, eu não quero atrapalhar. Estava passando e
resolvi vir dar um oi.
— Você nunca atrapalha. Eu estou no final do meu intervalo.
Vamos lá fora um pouco.
Ela passou pela recepção e deixou sua caneca.
Fomos para o lado de fora da clínica.
— Você parece bem à vontade aqui. Fico feliz por você —
falei, assim que chegamos do lado de fora.
— Eu estou. Já fiz amizade com todos e estou amando meu
trabalho.
— Você nasceu para fazer isso — falei sorrindo.
— E você, o que está fazendo por aqui?
— Eu estava almoçando com um amigo. Lembra que eu falei
que tinha feito uma entrevista de emprego, um amigo tinha me
indicado, era ele. Eu consegui o emprego.
— Meu Deus! Logan! Isso é ótimo. Parabéns — disse, vindo
até mim e me abraçando.
— Obrigado.
— Vamos trabalhar perto um do outro — disse sorrindo.
— Verdade. Estou muito feliz. Eu estava precisando dessa
oportunidade.
— E o que você vai fazer?
— Vou trabalhar em uma empresa de publicidade, como
designer gráfico.
— Tenho certeza de que irá se sair bem.
— Obrigado. Eu vou dar o meu melhor.
— E Colin? Deve ter ficado radiante com a novidade.
— Eu ainda não contei para ele. Recebi a notícia agora pela
manhã, vou esperar para contar pessoalmente.
— Ele vai ficar muito feliz. Isso merece uma comemoração.
— Você tem razão. Vou convidá-lo para jantar. Bom, vou
deixar você voltar ao trabalho.
— Tudo bem.
— Vou falar com Colin, se você quiser, podemos marcar
alguma coisa — sugeri.
— Claro. Eu vou adorar.
Eu a abracei e ela voltou para dentro.
Segui meu caminho de volta até em casa.
Eu estava com um sorriso largo no rosto. Finalmente eu iria
trabalhar com o que amava.
Cheguei em casa e liguei para minha mãe para contar a
novidade. Como era de se esperar, ela ficou muito feliz com a
notícia.
Depois da ligação, arrumei o apartamento como sempre
fazia, já que eu estava em casa, não me custava deixar tudo pronto.
Já era meio da tarde quando decidi assistir a um filme para
me distrair. Eu estava ansioso esperando Colin chegar, precisava
prender minha atenção em alguma coisa.
Fiquei concentrado durante uma hora e meia.
Depois do filme, peguei o celular e chequei as redes sociais.
Fui parar em um vídeo de receitas quando ouvi um barulho na porta.
Colin a abriu.
Levantei do sofá rapidamente e fui até ele.
— Parece animado — ele falou entrando em casa.
— E estou. Recebi uma ligação hoje. Consegui o emprego.
Ele sorriu.
— Parabéns! Eu sabia que iria conseguir.
Ele se aproximou e me abraçou, em seguida beijou meus
lábios com delicadeza.
— Não vejo a hora de chegar segunda-feira, estou ansioso
para começar.
— Vamos sair para comemorar — sugeriu.
— A Madison sugeriu mesmo que saíssemos para
comemorar.
— Como assim a Maddie?
— Ah, eu fui almoçar com Lorenzo, para agradecer, ele me
explicou um pouco sobre a empresa e o trabalho. Fica perto da
clínica em que a Madison trabalha, passei lá para dar um oi.
— Você contou para a Maddie antes de contar para mim?
— Eu queria esperar você chegar, para contar pessoalmente
— expliquei.
— E enquanto esperava foi correndo contar para Madison?
— falou, alterando o tom de voz.
— Fique calmo! Não acredito que está com ciúmes.
— E eu tenho motivos, não tenho?
— Claro que não — falei alto.
— Pare de mentir, Logan, eu sei que está apaixonado por
ela.
Franzi o cenho ao ouvir sua frase. Era inacreditável o que o
ciúme havia feito com Colin.
— Você está ouvindo o absurdo que está dizendo?
— Não tente negar.
— Não acredito que está se deixando levar por um ciúme
bobo.
Ele estava claramente alterado.
Sinceramente eu não acreditava que estávamos tento uma
discussão sobre isso.
— Ciúmes bobo? Você saiu correndo para contar para
Maddie ao invés de vir contar para mim.
— Eu não saí correndo, eu expliquei o que aconteceu —
falei, tentando manter a calma.
— Eu não quero mais ouvir.
Ele foi em direção ao quarto. Estava furioso.
Fiquei na sala e pretendia passar a noite no sofá. Quem
sabe depois de uma noite sozinho, ele colocasse as ideias no lugar.
Eu amava Colin e queria que as coisas dessem certo entre nós, mas
por outro lado, eu não queria me afastar de Madison, eu gostava de
tê-la por perto.
Sentei no sofá e respirei fundo, seria uma longa noite. Eu só
esperava que na manhã seguinte tudo se revolvesse.
 
Capítulo 18

Eu não conseguia me concentrar no trabalho. A briga com


Logan não saía da minha cabeça. Eu sabia que ele me amava, mas
também sabia que estava apaixonado pela Maddie.
Decidi que iria conversar com ela depois do trabalho. Iria
pedir para ela se afastar, já que Logan não conseguia fazer isso,
então eu iria fazer.
As horas de trabalho passaram lentamente, muito diferente
dos outros dias. Assim que chegou meu horário, arrumei minhas
coisas e saí sem muita enrolação.
Entrei no carro e pensei em passar na clínica em que ela
trabalhava, podíamos ir a algum lugar para conversar, e caso ela já
tivesse saído, eu iria até sua casa.
Segui o caminho da clínica e cheguei em poucos minutos, já
que ficava perto. Parei quase em frente, e no momento em que
desci do carro, a vi saindo.
— Maddie — gritei.
Ela olhou no mesmo instante.
— Colin! Que surpresa — disse vindo em minha direção.
— Eu preciso falar com você — falei em tom sério.
— Está tudo bem? — perguntou preocupada.
— Sim, quer dizer, mais ou menos.
Ela estava próxima. Eu conseguia ouvir sua respiração.
— O que aconteceu?
— Eu nem sei como falar isso para você, mas vim pedir para
você se afastar um pouco de nós.
Ela pareceu confusa.
— O quê? Como assim?
— Isso não é certo. Nós somos amigos e apenas isso.
— Mas eu não entendo. Nós estamos nos divertindo juntos,
não estamos?
— Estamos, mas não é assim que deve ser.
— Você está com ciúmes? É isso?
— Não se trata disso. Eu não quero magoar você, eu gosto
de você, de verdade, mas você precisa entender. Somos amigos e
nada mais.
— O Logan sabe que você está aqui?
— Esqueça o Logan por enquanto. Acho melhor ficarmos um
tempo sem nos ver, e depois podemos continuar com a nossa
amizade normalmente.
— Se é isso que você quer.
Eu via a tristeza em seu olhar, e confesso que estava mais
mexido do que deveria.
— Maddie, eu... — Deixei a frase no ar.
— Eu já entendi.
Ela virou as costas e saiu.
Não era isso que eu queria.
De repente, uma tristeza me invadiu. Era como se eu
estivesse a perdendo novamente.
Entrei no carro, mas não consegui dar partida. Minha cabeça
estava em Maddie.
Eu me sentia péssimo por fazê-la sofrer novamente.
Talvez Logan não fosse o único que estivesse apaixonada
por Maddie.
Respirei fundo e consegui ligar o carro. Dirigi até em casa.
Entrei e Logan não estava. Ele havia enviado mensagem
dizendo que não estaria. Desde a nossa briga que o clima estava
tenso entre nós. Quase não estávamos nos falando.
Fui até o quarto. Abri a última gaveta da cômoda e peguei
uma caixa.
Era uma caixa de lembranças do ensino médio, claro que a
maioria das lembranças eram de Maddie.
Sentei na beira da cama com a caixa na mão.
Havia algumas fotos nossas, sozinho e com alguns amigos.
Eu com o time de futebol da escola e muitas fotos minha com
Robert, meu melhor amigo do ensino médio. De repente, senti um
aperto no peito. Era um tempo bom que nunca mais iria voltar.
Entre as fotos havia uma pulseira, fazia anos que eu não a
via. Era uma pulseira que Maddie havia feito para mim. Lembro que
usei ela por anos, não tirava do braço. A segurei e muitas
lembranças vieram à minha mente. Sem querer, abri um sorriso
bobo.
Continuei olhando a caixa, até que encontrei um bilhete
escrito à mão por Maddie. Ela sempre foi romântica, e enviava
cartinhas e bilhetes o tempo todo, confesso que adorava.
Peguei o bilhete e o li.
“Colin, não consigo imaginar minha vida sem você. Amo
você para sempre.”
Lembrei do exato momento em que ela me entregou aquele
bilhete. Foi durante uma aula de educação física.
Sorri com o bilhete na mão, mas de repente uma voz cortou
meus pensamentos.
— Você tenta jogar a culpa para cima de mim, mas é você
quem está apaixonado pela Madison.
Olhei para trás e vi Logan me observando.
— Está me espionando? — perguntei.
— Não. Eu cheguei em casa e vim procurar por você.
— Você estava me espionando!
— Entrei no quarto e você estava aí, perdido em seus
pensando olhando suas fotos antigas com Madison, pelo que eu vi,
tem até cartas.
— Eu só estava olhando.
— Pare de mentir, Colin, fale a verdade, você nunca a
esqueceu.
Levantei da cama e o encarei.
— Você não sabe o que está dizendo.
— Pelo contrário, eu sei muito bem. Na verdade, eu sempre
soube, desde que o conheci.
— Você só quer tirar a culpa de você e jogar para cima de
mim, é você que quer continuar transando com ela, não eu.
— Eu pensei que estivéssemos nos divertindo juntos, nada
além disso — falou, com o tom de voz alterado.
— Eu sabia que isso não daria certo. Eu não quero mais
discutir com você. Passe mais uma noite no sofá — falei, saindo do
quarto e indo em direção à cozinha.
Era inacreditável que ele estivesse querendo colocar a culpa
toda para cima de mim. Eu não queria isso desde o começo, me
deixei levar pelo momento, mas sempre soube que isso não era
certo. Eu só esperava que pudéssemos passar por tudo isso. Eu
amava Logan, e não queria o perder.
 
Capítulo 19

Seria um dia especial para mim


Eu finalmente estava me mudando para o meu próprio
apartamento. Eu havia sonhado muito com esse dia. Depois de
tanto tempo, eu teria a minha independência.
Apesar de estar feliz, parte de mim, sentia a falta de Logan e
Colin, desde que Colin pediu para me afastar, eu não havia tido
nenhuma notícia dos dois.
Aproveitei o sábado para fazer a mudança. O apartamento já
vinha mobiliado, o que facilitava muito, eu só precisava levar as
coisas pessoais. Meu pai estava me ajudando nisso.
— Essa é a última caixa — disse meu pai.
— Obrigada. Estou tão animada para colocar tudo no lugar
— falei sorrindo.
— Vai ficar incrível. É um ótimo apartamento — disse meu
pai, olhando para o lugar.
— Vou deixar tudo com a minha cara.
Ele veio até mim.
— Nem acredito que agora terá o seu próprio apartamento.
— Eu também nem estou acreditando. Prometo visitar vocês
toda semana — falei com um sorriso no rosto.
Dei mais um passo e o abracei.
— Eu amo você, filha.
— Eu também amo você, você e a mamãe, mais do que
tudo.
Ficamos longos instantes abraçados.
— Pode deixar que vamos cuidar bem do Bud.
Como eu iria trabalhar muitas horas, preferi deixar Bud em
casa, pelo menos por enquanto. Não sabia como seria a minha
rotina.
— Toda semana eu estarei lá com vocês. E na segunda
vocês vêm jantar aqui, não é?
— Claro que sim. Não vejo a hora de ver tudo pronto. Sua
mãe vai ficar emocionada, tenho certeza.
Nos despedimos e ele foi para casa, me deixando sozinha
pela primeira vez.
Eu tinha o resto de sábado e o domingo para deixar tudo em
seu devido lugar, segunda já iria trabalhar e seguir com minha rotina
e à noite meus pais viriam jantar.
Comecei pelo quarto. Guardei todas as minhas roupas e em
seguida os calçados. Isso levou mais tempo que imaginei, pois cada
peça que pegava queria experimentar.
Já era final de tarde quando finalmente consegui deixar todo
o quarto organizado.
Fui até o banheiro para jogar uma água no rosto, já que
estava com calor. Assim que voltei para o quarto, admirei o serviço
que havia feito. Estava tudo como eu queria.
Saí do quarto e fui até a cozinha. Peguei uma maçã que
estava em cima da mesa. Eu ainda não havia feito compras, as
maçãs eu tinha trazido da casa dos meus pais. Talvez eu fosse mais
tarde, se estivesse com fome, ou no dia seguinte, já que eu ainda
tinha o resto da casa para terminar de arrumar.
Mordi a maçã e fui para sala. Dei uma boa olhada no lugar.
Havia muita coisa para ser feita. Imaginei uma planta artificial em
um dos cantos. Iria combinar com o sofá. Estava pensando em
quadros e itens de decoração, quando ouvi uma batida na porta.
Pensei que pudesse ser meu pai ou minha mãe, na verdade, só
poderia ser um deles, já que ninguém tinha meu novo endereço.
Larguei minha maçã em cima da mesa e fui até a porta com
a certeza de que daria de cara com meu pai, mas quando abri a
porta, tive uma grande surpresa.
— Logan!
— Olá, Madison.
Fiquei confusa ao vê-lo em minha porta.
— O que faz aqui? Como descobriu meu endereço?
— Eu passei na sua casa. Seus pais me contaram que você
tinha acabado de se mudar — explicou.
— Sim, ainda estou arrumando as coisas. Entre, mas não
repare na bagunça.
Dei espaço para que ele entrasse.
— É um lindo apartamento — comentou, olhando para todos
os lados.
— Ainda faltam alguns toques pessoais.
— Aos poucos você vai deixando do seu jeitinho.
— Isso é verdade. — Tirei algumas coisas que estavam no
sofá. — Senta-se. Eu até já imagino o que você veio fazer aqui —
falei, sentando na poltrona ao lado do sofá.
Ele se sentou.
— Imagina? — perguntou.
— Sim, veio fazer a mesma coisa que Colin já fez: pedir para
me afastar.
Ele pareceu um pouco confuso.
— O quê? Colin pediu para você se afastar?
— Você não sabia?
— Não! — exclamou.
— Ele me esperou um dia desses na saída do trabalho.
— Eu não sei o que está acontecendo, não o reconheço
mais.
— Ele está com ciúmes de você, eu entendo — falei,
tentando ser compreensiva.
— Não é isso. A verdade é que ele está apaixonado por você
— disse me encarando.
— O quê? Claro que não. Vocês vão se casar. Ele ama você.
— Eu acho que ele ama nós dois.
Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.
— Não sei se é possível amar mais de uma pessoa ao
mesmo tempo — falei.
— Eu acho que é, na verdade, eu tenho certeza. Colin não é
o único.
Meu coração parou ao ouvir sua frase.
— O quê? — questionei quase em um sussurro.
Ele se levantou e deu um passo, ficou bem em frete à
poltrona que eu estava.
— Colin não é o único que está apaixonado por duas
pessoas — confessou.
— Você também está apaixonado por duas pessoas? —
questionei, levantando.
— Sim, e, na verdade, acho que sempre estive.
Antes que eu pudesse responder, ele se aproximou ainda
mais e beijou meus lábios. Foi tudo muito rápido.
Por alguns instantes, eu não pensei em nada e me entreguei
ao beijo. Nossas línguas estavam em um encaixe perfeito.
Suas mãos seguravam firme em minha cintura.
Coloquei a mão na barra de sua camiseta, minha vontade
era de arrancá-la, mas por sorte, minha consciência voltou.
— Logan! Não podemos —falei, interrompendo o beijo.
— Eu sei, me desculpe — disse sem jeito.
— É melhor você ir embora.
— Queria que Colin estivesse aqui para continuarmos.
Eu também queria, mas refleti se deveria ou não confessar
isso.
— Eu também queria, mas ele não está e vocês estão
noivos, então é melhor ir para casa.
— Mas seria legal, não seria? Nós três juntos, sempre que
quiséssemos — sugeriu.
Dei uma risada ao ouvir sua frase.
— Isso é uma loucura, você sabe.
— Por quê? Se estamos felizes é o que conta, e sei que nós
três gostamos.
— Eu nem sei o que dizer — falei, soltando uma leve risada
de nervosismo.
— Mas vou deixar você sozinha.
— É melhor, isso não podia ter acontecido.
— Se precisar de algo é só chamar.
O levei a porta.
— Até mais, Logan.
Eu não queria que ele fosse. Se dependesse da minha
vontade, Logan não teria ido embora.
Fechei a porta com um misto de sentimentos. Eu não sabia
exatamente o que pensar.
A ideia que Logan deu de ficarmos os três juntos era muito
seduzente, apesar de ser totalmente errada. Como isso daria certo?
Estava fora de cogitação. Eu precisava de uma vez por todas tirar
Logan e Colin da minha mente.
 
Capítulo 20

Eu estava me sentindo péssimo. Sinceramente, nunca


pensei que passaria por algo parecido.
A culpa por ter beijado Madison estava me consumindo, mas
ao mesmo tempo eu não me arrependia.
Decidi que o certo a fazer seria contar tudo para Colin, eu o
amava e ele merecia saber a verdade.
Ainda era cedo da manhã, passei a noite praticamente em
claro. Eu havia voltado a dormir com Colin na cama, mas nosso
relacionamento estava abalado nos últimos tempos.
O celular dele despertou. Colin acordou sonolento.
Fingi que estava dormindo, eu ainda precisava pensar no
que dizer, não queria o magoar.
Seria meu primeiro dia de serviço, mas meu horário era um
pouco mais tarde do que de Colin. Eu sairia de casa depois dele.
Em poucos minutos, Colin levantou e foi em direção ao
banheiro.
Fiquei deitado ouvindo o barulho do chuveiro.
Quando saiu do banho, ele foi até a cozinha. Era a minha
oportunidade para contar tudo.
Levantei da cama e fui diretamente para a cozinha.
Ele estava ligando a cafeteira.
— Colin, eu preciso falar com você — falei o encarando.
— O que aconteceu? Está tudo bem? — perguntou
preocupado.
— Eu fui falar com Madison, e ela me contou o que você fez.
Fiquei muito desapontado.
— Você foi atrás dela? — perguntou, arqueando a
sobrancelha.
— Por que você fez isso? — questionei.
— Eu estava com medo de perder você.
— Você não vai me perder, eu amo você, mas...
— Mas o quê? Logan, o que está tentando dizer?
— Eu e Madison nos beijamos — confessei.
Sua expressão mudou no mesmo instante, seu rosto ficou
vermelho.
— O quê? — perguntou furiosos.
— Eu queria que você estivesse conosco, para continuar o
que tínhamos.
— Nós não tínhamos nada com a Maddie, era apenas sexo
casual.
— Vamos ser sinceros, ok? Nós dois gostamos dela, não
podemos negar isso.
Ele ficou em silêncio, sabia que o que eu estava falando era
verdade.
— Mas isso não é certo, não se pode gostar de duas
pessoas.
Dei alguns passos e me aproximei dele. Peguei uma de suas
mãos, estavam frias e ao mesmo tempo suadas.
— Você sabe que é possível. — falei em tom baixo. — Colin
eu não quero mais brigar com você, eu amo você e quero que tudo
fique bem entre nós, mas não podemos negar que Madison já faz
parte de nossas vidas.
Ele largou minha mão e foi até a cafeteira. Pegou uma xícara
e serviu um pouco de café.
— Eu não posso me atrasar para o trabalho — falou,
enquanto adoçava sua bebida.
— Pare de fugir, precisamos conversar sobre esse assunto
— insisti.
Colin voltou sua atenção para mim.
— Eu gosto da Maddie, e sinto a falta dela, era isso que
queria ouvir?
— Era, eu quero a verdade, quero saber o que você sente, o
que você quer.
— Eu quero ficar com você. Logo vamos nos casar, e não
me arrependo da escolha que fiz.
— Eu também não me arrependo, também amo você, mas
nós dois queremos a Maddie conosco, e tenho certeza de que ela
também quer.
— E você está sugerindo um relacionamento a três? —
questionou, soltando uma pequena risada.
— Sim, eu já havia pensado nisso.
— Isso é loucura! Nunca poderia dar certo.
— E por que não? Somos adultos, temos direito de fazer
nossas próprias escolhas.
— Eu não sei o que dizer. Isso é muito para minha cabeça.
Eu preciso ir trabalhar, tenho um longo dia pela frente. E você
também, não pode se atrasar para seu primeiro dia.
— Tudo bem, mas pense nisso.
Ele nem terminou o seu café. Apenas saiu da cozinha
apressado.
Ouvi quando fechou a porta da sala.
Respirei fundo. Eu estava aliviado por ter contato tudo.
Nunca havia mentido ou escondido nada de Colin e estava me
sentindo péssimos por isso.
O que eu mais queria era que tudo se resolvesse. Nós três
nos amávamos e queríamos ficar juntos, era assim que devia ser.
Eu só esperava que eles também percebessem isso.

[...]
Era minha primeira semana no emprego novo, e apesar de
eu ter desejado muito, eu não conseguia me concentrar. Colin e
Madison não saiam da minha cabeça.
— Logan! Eu vi as artes que você fez. Ficaram ótimas, está
todo mundo elogiando — disse Lorenzo.
— Obrigado. Modéstia parte, ficaram ótimas mesmo.
— Você tem muito talento.
— Obrigado, Lorenzo, eu digo por tudo.
— Não foi nada. Você merece.
Eu estava feliz por finalmente estar trabalhando, e o melhor
de tudo: trabalhando com artes, que era uma coisa que eu sempre
sonhei em fazer. Agora, para a minha felicidade ficar completa, eu
só precisava dar um jeito de me acertar definitivamente com Colin e
Madison.
O dia passou lentamente.
Eu havia tido uma ideia, iria precisar da ajuda de Lorenzo
para colocar em prática.
Terminei o dia de trabalho com um largo sorriso no rosto. Eu
estava confiante que teria as duas pessoas que amava ao meu lado,
e nós poderíamos finalmente viver o nosso amor.
 
Capítulo 21

Era o fim de mais um dia cansativo de trabalho. Logan havia


me enviado uma mensagem, dizendo para eu o encontrar na casa
de Lorenzo, eu não sabia ao certo o que estava acontecendo. Ele
chegou a mencionar um jantar, já que o Lorenzo havia o ajudado no
novo emprego, mas não sei, tudo parecia muito suspeito para mim.
Cheguei em casa e Logan não estava. Fui direto para o
banho. Escolhi uma roupa casual e me vesti.
Enquanto terminava de me arrumar, eu pensava o que
estava acontecendo de fato. Logan e Lorenzo combinaram tudo tão
de repente, que me fizeram ficar desconfiado.
Depois de pronto, saí do apartamento em direção à casa do
Lorenzo.
Parei o carro bem em frente.
Dei uma olhada, o lugar parecia vazio, mas com certeza já
estavam nos esperando. No jardim havia um piquenique pronto com
toalhas e muita comida.
O portão estava aberto, então entrei e me sentei.
Imaginei que um dos dois chegariam logo, já que a comida já
estava servida.
Fazia alguns minutos que eu estava esperando quando vi
Maddie chegar.
Ela pareceu tão confusa quanto eu.
— O que você faz aqui? — perguntou, abrindo o portão e
entrando.
— Eu quem pergunto. Eu vim jantar com meu noivo.
— E eu vim jantar com meu amigo. Logan me convidou.
— Logan terá que nos explicar direitinho o que está
pretendendo.
Ela se sentou em uma toalha relativamente perto de mim.
— Pois é, o que será que ele quer? — perguntou, olhando
para mim.
— Não sei.
Na verdade, uma ideia louca havia passado por minha
mente, mas preferi ficar quieto.
Ficamos alguns instantes em silencio, até Maddie decidir
quebrá-lo.
— E esse tempo nublado? Na previsão dizia que iria chover,
mas até agora nada.
Percebi que ela estava um pouco desconfortável, e para falar
a verdade, eu também estava desde a nossa última conversa.
— Quem sabe chova na madrugada, só espero que não dê
temporal.
— Nem fale isso, temporal me lembra tornado e eu morro de
medo.
— Eu sei. Ainda lembro daquele F2 que começou enquanto
estávamos na escola. Você surtou, quase teve um ataque de
pânico.
Ela sorriu. Por um momento esqueci de tudo apenas
observando o seu lindo sorriso.
— E no fim ele desviou a escola. Lembro que naquela noite
você me levou para sair, eu estava tensa e você quis me distrair.
Voltei no tempo e lembrei de cada detalhe daquela noite.
— Eu lembro. Lembro como se fosse hoje — confessei.
— Às vezes eu me pego pensando naquele tempo. Éramos
tão jovens, não tínhamos problemas, tudo era festa e diversão. Sinto
saudade. Sinto falta das pessoas e do tempo que não volta mais.
— Era um tempo muito bom — concordei.
— Éramos felizes e não sabíamos.
Maddie parecia estar mais linda do que nunca. Por um
momento minha vontade foi de beijá-la, mas me contive, sabia que
não podia fazer isso.
Ficamos em silêncio mais uma vez, mas diferente da outra
vez, eu o quebrei.
— Logan comentou sobre a ideia maluca dele? — perguntei,
com um leve sorriso nos lábios.
— Você está falando da ideia de continuarmos nos vendo?
Os três?
— Sim.
— Ele comentou. Achei uma loucura.
— Isso eu concordo, seria uma loucura ter por perto as duas
únicas pessoas que já amei — falei, olhando em seus olhos.
— E ainda ama? — perguntou.
Antes que eu pudesse responder, Logan apareceu.
— Desculpem a demora. Eu estava atrás do vinho perfeito
para nós — disse sorridente, com uma garrafa nas mãos.
— Logan! O que significa isso? — perguntei levantando.
— Eu queria juntar as duas pessoas que eu amo, queria que
elas pudessem se entender, assim como eu as entendo.
Maddie também se levantou.
— Do que você está falando? — perguntou a garota.
— Eu amo vocês, e a verdade é que eu não consigo
imaginar minha vida sem vocês.
Engoli em seco.
— Como você tem coragem de falar isso na minha frente? —
perguntei sem acreditar no que estava acontecendo.
— Eu que pergunto como você tem coragem de negar seus
sentimentos? Acho que não percebi seus olhos brilhando enquanto
olhava aquela caixa de lembranças, acha que não percebo o quanto
você fica nervoso quando ela está por perto?
— Colin, isso e verdade? — questionou Madison.
— Tudo bem, eu confesso. É verdade — falei olhando para
ela. — Mas isso não pode dar certo. Não tem como funcionar, são
três pessoas.
— Você está errado. Se as três pessoas realmente se amam,
então é claro que dará certo. Assim como dará certo conosco.
— Então você também está apaixonada por nós? —
perguntei.
Ela alternou o olhar entre mim e Logan.
— Eu amo vocês há anos, desde o momento em que
conheci cada um.
Logan veio até nós, e nos envolveu em um abraço triplo.
— Eu também amo vocês dois, e vamos fazer dar certo —
disse meu noivo.
— Como eu vou contar isso para minha família? Eles não
irão aceitar — falei preocupado.
— A vida é sua, a escolha é sua. Eles terão que aceitar —
disse Maddie.
— Bom, agora vamos comer. Essa deliciosa comida italiana
está esfriando. O Lorenzo fez o favor de ceder a casa dele e ainda
me ajudar a preparar isso tudo — falou Logan.
— E está com uma cara ótima — elogiou Maddie.
Concordei com a garota.
Sentamos e demos início à refeição.
Pensei que o clima ficaria tenso, mas muito pelo contrário.
Enquanto comíamos, nós conversamos e rimos, assim como
fizermos da outras vezes que nos encontramos. Era como se nós
tivéssemos nascido para ficarmos juntos.
—Você e o Lorenzo são ótimos cozinheiros — elogiou
Madison.
— Créditos todo do Lorenzo, que trouxe essas receitas direto
da Itália.
— Imagino que só perca para a própria comida italiana —
falou Madison bebendo um gole do seu vinho.
— Eu discordo. Já estive na Itália mais de uma vez e com
certeza essa comida é muito mais saborosa — falei.
— Eu lembro daquelas férias na Itália, você foi com sua
família, no comecinho do nosso namoro — disse ela.
— E depois fui novamente em uma das férias da faculdade.
É um país muito bonito — elogiei.
— Eu vi as fotos. É mesmo incrível — disse Logan.
— Podemos ir juntos. Nós três. Pode ser nossa primeira
viagem juntos — sugeri.
— Eu iria adorar conhecer — falou Maddie sorrindo.
Logan sorriu e concordou.
Havia tantas coisas que podíamos fazer juntos, eu estava
empolgado como nunca havia ficado antes, e o melhor de tudo é
que nossa vida juntos estava apenas começando.
 
Capítulo 22

Eu estava animado. Minha mãe estava vindo para passar


alguns dias conosco. Fazia alguns meses que não nós víamos, e eu
estava morrendo de saudades.
Era sábado e eu estava de folga. Colin trabalhava em alguns
sábados, mas nesse pediu folga. Estávamos preparando uma
grande surpresa. Minha mãe estava de visita pois queríamos contar
para todos que estávamos juntos. Estávamos preparando um jantar
para minha mãe, os pais de Madison e os pais e a irmã de Colin.
— Eu estava com tantas saudades, mãe — comentei
enquanto parei em um sinal vermelho.
— Eu também, você precisa ir me visitar mais vezes.
— Vou ir, prometo.
Estávamos indo para casa. Eu havia a buscado no
aeroporto.
— Arthur quer conhecer você — ela comentou.
— Eu também estou ansioso para conhecê-lo. Só espero
que ele seja um bom homem — falei.
— Ele é. Com isso você não precisa se preocupar.
Minha mãe estava saindo com um homem novo. Fazia
alguns anos que ela não se envolvia com ninguém, e eu estava feliz
por ela.
A viagem de carro não demorou muito. Nos distraímos
enquanto minha mãe contava as novidades.
— Chegamos — comentei, parando o carro.
— Estou cansada. Viagens, mesmo de avião, são sempre
muito cansativas.
— Você pode dormir um pouco e descansar até o jantar.
— Acho que vou precisar mesmo.
Entramos no apartamento e Colin veio da cozinha.
— Colin! Quanto tempo! Como está?
— Estou bem. Estou preparando a sobremesa de mais tarde.
E a senhora, tudo bem?
— Você sempre foi ótimo com doces. Mal posso esperar
para ver o que você preparou. Eu estou bem, só estou um pouco
cansada.
— O quarto já está pronto, caso queira deitar um pouco, e
quanto a sobremesa, é uma surpresa, mas tenho certeza de que
todos irão gostar — disse sorrindo.
Levei a mala de minha mãe até o quarto de hospedes. Em
seguida a acomodei no quarto enquanto Colin voltou para a cozinha.
Ainda tínhamos algumas horas até o jantar e queríamos que
tudo saísse perfeito.
— Pelo visto sua mãe apagou — comentou Colin.
— Sim, ela estava muito cansada.
— Só espero que ela goste da notícia, já que tenho certeza
de que meus pais não irão gostar.
Antes que eu pudesse responder, ouvimos duas batidas na
porta.
— Acho que a Madison chegou — comentei.
Fui rapidamente até a porta e a abri.
Ela sorriu assim que me viu.
— Meus pais vão vir daqui a pouco — comentou, entrando
na casa.
— Ótimo! Minha mãe já está aqui. Está dormindo, mas já vou
acordá-la — expliquei.
Ela olhou para os lados para certificar de que minha mãe não
estava por perto, em seguida beijou meus lábios rapidamente.
Fomos até a cozinha onde Colin estava dando os ajustes
finais no jantar.
Ela foi até ele e o beijou.
— Parece tenso — comentou Madison olhando para Colin.
— Estou com receio da reação dos meus pais — explicou.
— Eles terão que aceitar. Não existe outra opção, a vida é
sua — disse Madison.
Ele respirou fundo.
— Eu vou tomar um banho rápido — disse ele.
— Tudo bem. Eu vou em seguida — falei
— Eu ajudo a arrumar a mesa — disse Madison.
Colin foi para o banho enquanto eu e Madison preparávamos
a mesa.
Tentávamos não falar muito sobre nós, já que não queríamos
que minha mãe escutasse nada antes da hora.
Assim que Colin saiu do banho, eu fui. Precisei ser rápido, já
que estava quase na hora do jantar.
Saí do banho e me vesti rapidamente. Em seguida fui até o
quarto de hospedes acordar minha mãe.
Em pouco instantes ela entrou na sala.
— Mãe, essa é Madison — apresentei.
Minha mãe sabia que Madison e sua família estariam no
jantar, apesar de ter achado um pouco estanho, ela não fez
perguntas.
— Fico feliz em finalmente conhecer a famosa Madison —
disse indo até a garota a beijando.
— Prazer em conhecê-la. Eu sou famosa?
— Muito. Faz anos que Logan fala de você — disse sorrindo.
Madison pareceu feliz com a informação.
As duas pareceram se dar muito bem. Minha mãe era
extrovertida e falante, o que combinou com a personalidade alegre
de Madison.
Ouvimos uma batida na porta.
Colin correu para abri-la.
Eram os pais de Madison.
Eles estraram e nos cumprimentaram.
— Agora só faltam os meus pais e minha irmã — sussurrou
Colin para mim.
— Fique calmo! Vai dar tudo certo.
Estávamos conversando e bebendo um drink quando
ouvimos os pais de Colin chegar.
— É agora! — falou nervoso.
Colin abriu a porta e os cumprimentou. Eles entraram e eu
apresentei minha mãe. Seus pais e sua irmã foram muito
simpáticos, em nenhum momento se mostraram desconfortáveis.
— Vamos comer — falei animado.
Sentamos todos na mesa.
Havíamos feito um ótimo trabalho preparando a refeição. A
comida estava com um cheiro delicioso.
Estávamos todos sentados quando Colin se levantou da
mesa.
— Eu tenho uma novidade para vocês — falou um pouco
nervoso.
Todos olharam para ele.
— Eu sabia que havia alguma coisa acontecendo. Estou
curiosa — disse minha mãe sorrindo.
— Vou falar sem muita enrolação. Eu, Logan e Maddie
estamos juntos. Pode parecer estranho, mas nós nos amamos e
decidimos ficar juntos e viver esse amor.
Meu olhar foi diretamente para os pais de Colin. Eles
estavam sérios, não esboçaram nenhuma reação, enquanto todos
os outros estavam sorrindo.
— Eu sabia, na verdade, eu sempre soube. Você sempre os
amou — disse a mãe da Madison olhando para ela.
— Eu espero que sejam felizes — disse o pai da garota.
Minha mãe também nos cumprimentou, seguida da irmã de
Colin.
— Bom, vamos comer — disse a mãe do Colin forçando um
sorriso.
O jantar começou um pouco tenso, mas logo começamos a
conversar e o clima ficou mais leve.
— Maddie, eu achei um filhotinho de gato na rua há algumas
semanas. Colin comentou que você está trabalhando, pensei em
levá-lo na clínica para ver se está bem — comentou Patrícia, a irmã
de Colin.
— Claro, leve sim. É sempre bom fazer uma revisão, mesmo
quando o animal parece saudável — respondeu, entre uma garfada
em outra.
— Vou levar ainda essa semana. E com está indo no
trabalho?
— Muito bem. Eu nem acredito que realizei o meu sonho. Eu
faria de graça — disse orgulhosa.
— Maddie sempre nos encheu de orgulho — comentou o pai
da garota.
— Parabéns! Fico muito feliz que está realizando seu sonho
— falou minha mãe.
O jantar seguiu normalmente, exceto pelos pais de Colin,
que estavam praticamente mudos.
Depois do comer, fomos todos até à sala de estar para
comer a sobremesa.
Eu e Madison estávamos na cozinha servindo.
— Você viu a reação deles? Ficaram furiosos — comentou
Madison.
— Eu vi. Bem que o Colin falou que seria assim.
— Falando nisso, cadê ele? — perguntou.
— Eu não faço ideia.
Saí da cozinha levando algumas taças de doces até a sala
de estar, e no momento em passei pelo corredor, pude ver Colin
com seus pais.
Eu não quis me aproximar, mas consegui ver que restavam
discutindo. Falavam baixo, mas não parecia ser uma conversa
amigável.
Fiquei no final do corredor os observando e fiquei com
coração partido ao ver o quanto Colin estava chateado. Consegui
ouvir quando falaram que iriam para casa.
Eles passaram por mim e nem olharam para minha cara,
muito diferente do que sempre era, sempre fui tratado muito bem
por eles.
Fui até Colin.
— Vai ficar tudo bem — falei o abraçando.
— Eu sei.
Voltamos para a sala e comemos a sobremesa.
Ninguém perguntou pelos pais de Colin. O clima ficou muito
mais leve depois que foram embora.
Depois da sobremesa e de conversar um pouco, os pais de
Madison foram para casa, minha mãe também se recolheu cedo.
Ela ainda estava cansada por conta da viagem.
Ficamos apenas nós três e a irmã de Colin.
— Não se preocupem. Eles vão acabar aceitando, e se não
aceitarem, não tem nada que possamos fazer. Você não precisa de
pessoas assim na sua vida, Colin.
— Eu sei. Vou dar um tempo para eles e tentar conversar,
pelo menos uma vez — disse ele.
— Vai dar tudo certo. Nós nos amamos e é o que importa —
falou Madison.
— Eu ia dizer isso — comentei.
Colin sorriu, era um sorriso discreto, mas era um sorriso.
— Eu, como confidente do Colin, sempre soube que ele
amava vocês dois — falou Patrícia, intercalando o olhar entre mim e
Madison. — Estou muito feliz com essa decisão, saibam que podem
contar comigo para tudo.
— Obrigado por tudo — agradeceu Colin.
No final da noite, estávamos felizes novamente. A reação
dos pais do Colin não foi a que queríamos, mas não iríamos deixar
de fazer o que queríamos por conta dos outros. Nós três havíamos
nascido para ficarmos juntos, e isso não iria mudar.
 
Capítulo 23

Era o aniversário de Madison


Ela estava completando vinte e três anos.
Eu e Logan estávamos preparando uma surpresa para ela.
Tínhamos combinado de ir para sua casa para um jantar de
aniversário.
— Está tudo pronto? — perguntei.
— Sim. Podemos ir. Ela vai adorar a surpresa — disse Colin
animado.
— As duas surpresas — confirmei.
Peguei a gaiola com o filhotinho de cachorro que havíamos
adotado.
Madison havia decidido deixar Bud, seu cachorro, na casa de
seus pais, já que ele já estava acostumado, e já que trabalhava o
dia todo e não teria muito tempo de cuidar sozinha do animalzinho.
Junto com o filhote, havia uma outra grande surpresa que eu tinha
certeza de que ela iria adorar.
Entramos no carro e dirigimos até a casa de Madison. Já era
início de noite quando chegamos.
Peguei a pequena gaiola e coloquei para trás do meu corpo,
a escondendo.
Colin foi na frente e bateu na porta.
Ela abriu rapidamente.
— Pontuais. O jantar acabou de ficar pronto — disse abrindo
a porta.
Ela deu um beijo rápido em Colin e sem seguida em mim.
— Feliz aniversário! — falamos quase juntos.
— Obrigada! E o que está escondendo aí? — perguntou,
olhando para mim.
— Uma surpresa.
Trouxe a gaiola para frente, revelando o filhote.
— Meu Deus! É um filhote — disse afoita.
Ela pegou a gaiola e a abriu.
O filhote sem raça definida correu para seus braços.
— Você gostou? — perguntou Colin.
— Eu amei! Sinto tanta falta de Bud!
— Precisamos escolher um nome para ele — falei.
— Vamos pensar em alguma coisa que combine — falou,
acariciando seu pelo. — O que é isso na coleira dele? — perguntou.
— É a outra surpresa — disse Colin.
Ela olhou para nós dois. Provavelmente estava se
perguntando o que era.
— Pegue — falei.
Ela pegou um pequeno pedaço de papel que estava
enrolado na coleira.
Ficamos olhando para ela, esperando sua resposta e reação.
Ela o abriu e no pequeno papel dizia: Vem morar conosco?
— Isso é sério? — questionou Maddie, olhando para nós.
— Sim, nós queremos você com a gente. Nós quatro — falei,
olhando para o filhote.
— Nós amamos você, Maddie, e não conseguimos mais ficar
longe de você — disse Colin.
— Eu também amo vocês — falou sorrindo.
— Então você aceita? — perguntei.
— É claro que sim. Eu só preciso ver o contrato de aluguel,
talvez eu precise ficar aqui mais alguns meses, mas eu aceito.
Também não quero mais ficar longe de vocês.
— E se nós deixarmos seu novo cachorrinho aqui na sala, e
formos para o seu quarto comemorar esse novo passo no nosso
relacionamento? — questionei, afastando os cabelos dela e
depositando um beijo em seu pescoço.
Maddie deixou o filhote no sofá. Ele estava sonolento,
dormiria rápido.
— Acho uma ideia brilhante. O jantar pode ficar para mais
tarde.
Colin estendeu sua mão para Madison e ela a segurou,
levantando do sofá. Ele a puxou para perto, beijando seus lábios
bem devagar.
— Eu vim pensando em algo delicioso para fazermos com
você — disse ele.
— O quê?
Eu a abracei por trás, deixando Maddie prensada entre mim
e Colin.
— Quando Colin me falou sobre essa ideia, eu consegui
ouvir seus gemidos e gritos de prazer na minha mente.
— Estou ficando curiosa — falou a garota de cabelos azuis.
— E se nós dois entrarmos nessa bundinha ao mesmo
tempo? — Colin sugeriu.
Imagino que Madison já tenha imaginado algo do tipo, já que
pareceu feliz com a sugestão.
— Só se os dois gozarem dentro.
— Sabe que nunca recusamos isso — sussurrei em seu
ouvido.
Colin segurou sua mão e a guiou até o quarto.
— Agora vamos deixar você bem relaxada — falei, colando
meu peito em suas costas.
— Impossível não relaxar com vocês dois tão focados em me
dar prazer.
Minhas mãos apertaram seus seios com força, mas logo
desci uma delas para o meio das suas pernas, por cima da legging.
Enquanto isso, Colin se parou em sua frente, segurou seu pescoço
e beijou seus lábios. Um beijo mais intenso do que o primeiro, com a
sua língua invadindo a boca de Maddie.
Colin se afastou, tirando a camisa, encarando—a com sua
melhor cara de safado.
— Quero que sente na minha cara — ele disse.
— Não precisa pedir duas vezes.
Ela não hesitou em se livrar da sua roupa na mesma hora.
Colin se deitou na cama, e Madison fez exatamente o que
ele pediu. Quando ela sentiu a língua dele em contato com seu
clitóris, seu corpo inteiro estremeceu.
Desde o momento em que Colin falou sua ideia, eu estava
latejando de tanto tesão.
Também me despi, ficando em pé na cama, na frente de
Maddie, e ela não esperou nem um único segundo para abocanhar
meu pau duro.
Colin a chupava com vontade, não tinha medo de lambuzar
todo o seu rosto. E Madison me chupava com a mesma intensidade.
Minha mão foi parar em seus cabelos, puxando e
controlando a profundidade enquanto ela rebolava na cara de Colin.
Eu poderia gozar apenas com aquilo, porém, mudei minha
posição. Empurrei Madison até que ficasse de quatro, segurei sua
bunda com força e enfiei minha língua em sua entrada.
Agora nós dois estávamos com nossas bocas ocupadas
dando—lhe todo o prazer que conseguiam.
Seu corpo estava mergulhado no prazer. Madison gemia
para nós como nunca antes, o que só mostrava que estávamos
fazendo um delicioso trabalho.
Eu enfiava e tirava a língua, em seguida lambendo em volta.
Eu poderia me prolongar muito ali, mas queria meu pau logo dentro
dela.
Enfiei um dedinho, entrando e saindo, devagar para que ela
se acostumasse. Em seguida o segundo, até que eu pudesse enfiar
o terceiro.
Posicionei meu pau bem no meio da sua bunda, e devagar,
coloquei para dentro.
Segurei os cabelos de Madison e os puxei com força.
— Geme para mim, putinha — falei, vendo—a gritar de
prazer.
Colin ainda a chupava, e isso poderia facilmente levá-la ao
orgasmo.
Madison ainda estava apertadinha, e eu precisei usar todo o
meu autocontrole para não despejar toda a minha porra dentro dela
naquele momento.
Eu enfiava quase tudo, e em seguida tirava, ainda devagar,
aumentando a velocidade aos poucos. Ela com certeza aguentaria
os dois paus naquele buraquinho.
Soltei seus cabelos, agora segurando sua bunda. Deu um
tapa, ouvindo seu gemido de dor. Em seguida outro, e outro, e mais
um, até deixar sua bunda vermelha.
Tirei meu pau por um instante, vendo o quanto Maddie já
estava abertinha.
— Está na hora da melhor penetração da sua vida — falei.
Madison saiu de onde estava, e Colin terminou de tirar sua
roupa. Estava tão duro quanto eu. Ela se sentou em cima dele,
agora de costas para ele, e com delicadeza, enfiou aquele pau
delicioso na sua bunda.
Maddie se deitou, abrindo as pernas e esperando por mim.
Bem devagar, fiz minha primeira tentativa. Não era algo fácil
de se fazer, mas com paciência e muito tesão, em pouco tempo nós
dois estávamos dentro dela.
Madison gemia em uma mistura de prazer e dor, mas parecia
estar adorando, e eu podia ver perfeitamente o quanto ela estava
molhada.
Comecei a me mover devagar, e Colin fazia a mesma coisa,
esperando que Maddie se acostumasse com algo que nunca havia
sentido antes.
Eu queria fodê-la com força, principalmente por estar
sentindo o pau de Colin juntinho ao meu, mas eu fui paciente, não
queria machucá-la.
Aumentei a velocidade aos poucos, com Colin me seguindo.
Os olhos de Madison estavam grudados nos meus. Eu tinha
a visão perfeita dos seus seios balançando e suas pernas abertas
para mim. Era a melhor combinação que eu poderia pedir.
A garota de cabelos azuis levou seus dedos até seu clitóris,
massageando-os com vontade, rapidez e muito tesão.
Esse foi o fim da linha para ela. Seu corpo inteiro se curvou e
ela soltou um enorme grito de prazer enquanto a fodíamos com
força.
Esse também foi o fim da linha para nós dois. Gozamos
dentro dela, quase ao mesmo tempo, em uma sincronia impecável.
Todos estávamos ofegantes, cansados, mas realizados.
— Essa foi a melhor ideia que vocês poderiam ter — ela
disse, tentando recuperar o fôlego.
— Eu sabia que iria gostar — falou Colin ainda ofegante.
— Vocês precisam experimentar essa sensação, vou
comprar uma cinta, e os dois vão ter que experimentar.
— E quem disse que eu nunca experimentei? — falei
sorrindo.
— Já experimentou? — perguntou Colin arqueando uma
sobrancelha.
— Já e foi muito bom, mas tenho certeza de que com vocês
dois será ainda melhor. Vamos ir em uma sexshop e comprar alguns
brinquedos para nos divertirmos — sugeri.
— Vamos. Tem muitas coisas que eu tenho curiosidade —
disse Madison. — Agora vamos comer que a comida deve estar
esfriando, e eu tive muito trabalho para fazer.
Eu sabia que a noite seria longa e deliciosa, iriamos jantar,
mas não iriamos aguentar muito tempo. Logo estaríamos fazendo
sexo novamente. A única desvantagem era ir trabalhar praticamente
sem dormir, mas era um preço baixo a se pegar depois de uma noite
tão prazerosa.
 
Capítulo 24

5 meses depois
Hoje seria um dia muito importante, talvez o mais importante
da minha vida. Eu estava de mudança para o apartamento de Colin
e Logan, iríamos morar os três juntos. Apesar de eu passar muito
tempo e até mesmo dias na casa deles, agora seria oficial.
Além da mudança, eu tinha uma grande notícia para contar.
Há alguns dias eu havia descoberto que estava grávida, e não via a
hora de contar para eles.
Eu sempre tive o sonho de ser mãe, e não podia estar mais
feliz e realizada.
Fui até o meu quarto e dei uma boa olhada no lugar. Foram
apenas alguns meses, mas foi minha primeira casa, foi o lugar em
que eu amadureci e que finalmente me senti independente.
Arrumei todas as minhas coisas. Como a apartamento em
que eu estava já era mobiliado, não tive muito trabalho, já que havia
levado apenas coisas pessoais, e muitas coisas nem cheguei a
comprar. Eu tinha planos de ir decorando aos poucos, mas como
comecei meu relacionamento com Colin e Logan, fui deixando já
que tínhamos planos de ir morar todos juntos.
Coloquei as caixas mais leves no carro, as pesadas eu
pediria para Colin e Logan pegar mais tarde, depois que eu desse a
notícia, não queria me esforçar muito.
Havia um caixa que era especial, essa estava no banco da
frente, era a minha surpresa para eles.
Dirigi até o apartamento de Colin e Logan, que agora
também seria o meu.
Parei o veículo bem em frente, peguei a caixa e desci com
um largo sorriso no rosto, eu estava empolgada com a surpresa que
faria em seguida.
Entrei no prédio e bati na porta. Logan me atendeu
rapidamente.
— Eu trouxe uma caixa, as outras estão no carro, vocês me
ajudam a pegar depois? — perguntei, entrando na casa.
— Claro — respondeu Logan.
Larguei a caixa em cima do sofá. Fui até Logan e beijei seus
lábios.
Colin também estava na sala. Ele se aproximou e o beijei em
seguida.
— Podemos deixar as caixas para depois — disse Colin,
descendo sua boca até meu pescoço.
— Na verdade, não podemos. Eu tenho uma surpresa para
vocês dois — falei me afastando de Colin e indo até a caixa que
estava no sofá.
Eles olharam um para o outro. Estavam confusos, sem
entender o que estava acontecendo.
— E o que é? — perguntou Logan.
— Eu não vou estragar a surpresa. Venham, peguem essa
caixa — falei, apontando.
— Estou achando isso muito estranho — disse Colin indo até
a caixa.
— Calma! Os dois precisam ver ao mesmo tempo.
Colin franziu o cenho, mas não fez mais nenhuma pergunta.
Ele pegou a caixa e colocou na mesa.
Logan se aproximou.
— Não é nenhuma piada, é? Alguma coisa que irá saltar na
nossa cara? — perguntou Logan, desconfiado.
— Tecnicamente não — respondi com um leve sorriso.
— Eu acho que sei o que é. Aposto que é um filhotinho de
gato ou cachorro para fazer companhia para o Ted — disse Colin.
— Podemos abrir? — perguntou Logan impaciente.
— Tudo bem. Podem abrir.
Logan abriu a caixa rapidamente e, por um instante, os dois
ficaram paralisados.
— Meu Deus! É verdade? — perguntou Logan.
Não consegui responder. Apenas concordei com a cabeça.
— Eu não acredito! — disse Colin, claramente emocionado.
Colin correu até mim e me abraçou, em seguida Logan se
juntou a nós e abraçou nós dois.
— Vamos ter um bebê! — falei, enquanto uma lágrima
escorreu.
— Eu sempre sonhei em ser pai — falou Colin, assim que
nos afastamos.
— Eu também, nem acredito que isso está realmente
acontecendo — disse Logan, se abaixando e ficando na altura de
minha barriga.
Colin fez o mesmo. Ficou um de cada lado da minha barriga.
— Seus papais já amam muito você — disse Colin.
Logan passou a mão e acariciou minha barriga.
— Será menino ou menina? — questionou Logan sorrindo.
— Acho que é uma menininha, vai ser linda como a mamãe
— disse Colin, olhando para mim.
— Minha mãe irá ficar tão feliz em ser avó. Eu preciso contar
para ela — disse Logan afoito.
Eles levantaram e os dois olharam para mim.
— Calma, nós vamos contar. Meus país também vão ficar
muito felizes — falei. — Podemos fazer uma reunião e contar para
todos — sugeri empolgada.
— Minha irmã vai adorar. Ela soube sempre do meu desejo
de ser pai — falou Colin.
Esse com certeza era o momento mais feliz da minha vida, e
o melhor de tudo era que nossa história juntos estava apenas
começando, e eu mal podia esperar para formarmos a nossa
família.
 
Epílogo

5 anos depois.
Era o aniversário de quatro anos de nossa filha, Layla, e
estávamos todos muito atarefados.
— Vou colocar esses balões lá fora — disse minha irmã.
— Deixe perto daquela mesa de bebidas — falei.
Ela concordou.
Eu mal podia acreditar que nossa bebê já estava fazendo
quatro anos. O tempo estava passando voando.
Eu, Logan e Maddie estávamos cada dia mais apaixonados
um pelo outro. Não foi nada fácil enfrentar os julgamentos das
pessoas, muitas não entendiam como três pessoas podiam se amar,
e por conta disso, chegamos a nos afastar de algumas pessoas, o
que era melhor, só queríamos por perto pessoas que nos entendiam
e nos aceitavam.
— Pai, posso comer doce? — perguntou Layla.
Olhei para a garotinha.
— E quantos você já comeu? — questionei.
Ele fez sinal de três com a mão.
— Então chega de doces por enquanto, espere seus amigos
chegarem. Você não quer dividir com eles?
Ela balançou a cabeça negativamente e correu até Logan
que estava arrumando a decoração com Maddie.
Consegui ouvir quando ela chegou dizendo: papai, quero
doce.
Logan pegou um doce e se abaixou na altura dela, ela o
pegou e sorriu.
Sorri ao ver a cena.
Continuamos com a decoração da festa. Não seria algo
grande, era apenas para a nossa família e para alguns colegas e
amigos de Layla.
Meus pais cederam a casa. No início eles não aceitavam o
nosso relacionamento, mas tudo mudou depois que Layla nasceu.
Eles se apaixonaram perdidamente pela neta.
Estava tudo pronto. Os pais de Maddie e a mãe de Logan já
estavam lá. Ela havia trazido seu novo namorado e estávamos
todos reunidos.
Layla brincava com uma bola com algumas crianças quando
ouvimos um choro desesperado.
Todos olhamos para as crianças e vimos que Layla havia
caído por conta da bola.
Minha mãe não pensou duas vezes e correu até ela.
— Está tudo bem. Só arranhou o joelho — ouvi minha mãe
dizer.
Dei alguns passos até a garota.
Minha mãe a pegou e a consolou.
— Papai, machuquei — disse ainda chorando.
— Não foi nada. Vai ficar tudo bem — falei.
— A vovó vai fazer um curativo para passar a dor e logo
você voltará a brincar com os seus amigos — disse minha mãe.
Ela concordou e as duas entraram na casa.
— O que aconteceu? Eu estava arrumando as coisas lá nos
fundos — disse Logan vindo até mim.
— Ela caiu, mas não foi nada, só ralou o joelho. Ela entrou
com a minha mãe apara fazer um curativo.
— Quem diria não é, sua mãe parece ser a mais apegada
em Layla — falou sorrindo.
— E não teria como ser diferente. É a neta dela — falei,
enquanto observava as crianças brincarem.
— Trouxe para nós — disse Maddie chegando com um prato
cheio de aperitivos.
— Estou mesmo morrendo de fome. Ainda não tinha tido
tempo de comer — falei.
— Acabei de ver Layla e sua mãe lá dentro, fazendo o
curativo. Layla disse que quando crescer quer ser enfermeira para
cuidar dos machucados das pessoas, assim como a vovó está
fazendo — falou Maddie.
— Ela já tinha me dito isso. E sempre que alguém reclama
de dor ou se machuca, ela corre para ajudar — disse Logan,
orgulhoso.
Estávamos comendo os aperitivos e jogando conversa fora
quando vimos Layla voltar para fora.
Ela rapidamente se juntou às crianças e voltou com as
brincadeiras. Nem parecia que havia se machucado minutos atrás.
— Olhando as crianças brincando, eu estava pensando, e se
tivéssemos outro filho? — sugeri.
Maddie olhou para mim com uma expressão de surpresa.
— Eu apoio. Quero no mínimo três — disse Logan.
— Calma aí, quem vai parir sou eu, então vamos com calma.
— Seria tão legal a Layla ter um irmãozinho — falei.
— Seria. Eu já pensei muito sobre isso, e falo por mim,
sempre quis ter irmãos — disse Maddie.
— Então é isso. Hoje à noite temos um trabalho a fazer —
brincou Logan.
— Primeiro vou ir ao médico fazer alguns exames — alegou.
— E depois desse irmãozinho, se você não quiser mais
passar pelo parto podemos adotar. Quero a casa cheia — falei.
Os dois riram.
Layla veio correndo até nós.
— Eu posso mostrar o presente do papai Logan? —
perguntou empolgada.
— Só mostrar. Lembra do que o papai disse? Que temos que
praticar muito para poder andar — disse Logan.
— Tá bom. Eu vou pegar. Quero mostrar para Emma.
Ela correu para dentro e instantes depois voltou segurando o
pequeno skate infantil cor de rosa que havia ganhado de presente
de Logan.
Ela mostrou para as outras crianças que pareciam animadas.
Observamos a cena.
Às vezes eu não conseguia acreditar no rumo que minha
vida havia tomado. Eu nunca pensei que pudesse ser tão feliz.
Logan, Maddie e Layla eram as coisas mais importantes da minha
vida e eu não podia estar mais feliz. Cada momento que eu passava
ao lado deles era único e especial. E a melhor parte, é que tínhamos
uma vida inteira para viver ao lado um do outro.
 
 
FIM
Outras Obras da Autora

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Alice, uma jovem de 19 anos, teve uma criação rígida. Seu
pai usava a religião para priva-la do mundo. Depois de muita
insistência, conseguiu convencer seus pais a deixá-la trabalhar em
uma grande imobiliária. Em uma das festas mensais da empresa,
Alice estava decidida a perder a virgindade. Um par de olhos verdes
chamou sua atenção, e ela sabia que ele era o escolhido. Robert
era um homem extremamente sedutor.
Ela só não contava com uma coisa: que engravidaria do seu
chefe.
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Olívia, uma garota de 19 anos, sofreu o maior choque da sua
vida: a morte da sua mãe. Sem rumo, ela decidiu morar com o seu
pai, no Canadá. Olívia costumava ser alegre e extrovertida, mas
depois dos recentes acontecimentos, não encontrava força para
seguir.
Por insistência de seu pai, ela passa a fazer terapia com
Erick, melhor amigo de seu pai.
Erick era 16 anos mais velho. Um homem que transbordava
sensualidade. O que ela não contava, era com a paixão que
cresceriam entre os dois.
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Chloe, uma jovem mulher virgem de 25 anos acaba de sofrer
um choque: pegou o seu noivo a traindo com um homem. Disposta
a começar uma vida nova, ela sai da casa de seus pais e se muda
para Charlotte, na Carolina do norte. Rapidamente ela consegue um
emprego em uma grande empresa.
Dylan Campbell é seu novo chefe. Um homem que chama a
atenção por onde passa por conta de sua beleza. Depois de saber
que boa parte de seus colegas de trabalho já levaram um grande
fora de Dylan, um desafio é lançado para Chloe: perder a virgindade
com o seu chefe!
A aposta era para ser uma brincadeira entre Chloe e suas
colegas, mas as coisas saem do seu controle quando o amor entra
em seu caminho.
 
 
 

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