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Educação Física

Surfando nas quatro rodas

1o bimestre – Tema 4
Ensino Fundamental: Anos Finais
● Práticas corporais de ● Conhecer a história do skate;
aventura urbana; ● Conhecer as partes do skate;
● O skate; ● Conhecer os tipos de skate;
● Vivência. ● Saber que existem
competições oficiais e seus
nomes;
● Entender o conceito de
patrimônio público;
● Criar hipóteses sobre a
prática do skate em relação
ao patrimônio público.
Práticas de aventura urbana?
Isso mesmo, práticas de aventura
urbana. Já ouviu falar?
• Quais práticas de aventura
urbana você conhece?
• Você já viu ou já praticou algum
esporte de aventura urbana na
sua comunidade/bairro/cidade?
Onde?
• Quais são os locais disponíveis em
sua cidade para essa prática?
Skate na veia
O skate surgiu nos anos 1960, na Califórnia, e foi inventado por surfistas
como uma forma de surfar nos dias em que não havia ondas.
Inicialmente, eram utilizadas rodas de patins. Em 1965, surgiram os
primeiros campeonatos. Entretanto, o esporte só tomou maior
proporção nos anos 1990, quando um americano realizou movimentos
aéreos e flips revolucionários. Seu nome é Tony Hawk, considerado o
maior skatista de todos os tempos. A prática de skate já foi proibida em
São Paulo, por volta de 1980, devido à sua influência com o movimento
punk*. Apesar disso, hoje o skate faz parte dos Jogos Olímpicos.
VOCÊ SABIA?
Embora a prática possua em sua origem alta popularidade entre
os homens, nos dias atuais, as mulheres estão se apropriando desse
universo radical. O Brasil tem esportistas conhecidas. Algumas delas são
Pamela Rosa, Letícia Bufoni e Rayssa Leal, mais conhecida
como “Fadinha”, com 15 anos atualmente, mas que aos 13 conquistou a
medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.
Outra curiosidade é que os praticantes de skate fazem uso de roupas
com um estilo próprio e hoje essa prática é considerada um estilo de
vida. Entre os homens, o brasileiro Bob Burnquist é destaque, sendo o
maior medalhista dos X Games e da Mega Rampa. Bob também é
personagem de jogos eletrônicos.
Quais são as partes do skate?
Cada parte do skate é crucial para a sua
funcionalidade e para a performance do
skatista. Pequenas variações em cada
componente podem afetar o modo como o
skate se comporta e responde aos
movimentos realizados pelo skatista. As
partes são:
• Shape: a prancha do skate, geralmente
feita de madeira laminada, que pode
variar em tamanho e formato.
Quais são as partes do skate?
• Trucks: são os eixos metálicos que se fixam à base da prancha,
permitindo que as rodas girem.
• Rodas: componentes de poliuretano que se encaixam nos eixos
(trucks) e vêm em diferentes tamanhos, durezas e designs.
• Rolamentos: peças circulares de metal que se encaixam dentro das
rodas para permitir que elas girem suavemente nos eixos.
• Lixa: uma superfície aderente aplicada na parte superior da
prancha (deck) para melhorar a aderência dos pés do skatista.
• Parafusos e porcas: são usados para fixar os trucks à prancha.
Você sabia que existem 20 modalidades de
competição de skate?
• Bowl; • Downhill slide;
• Downhill speed; • Freestyle;
• Longboard banks; • Longboard dance;
• Longboard downhill slide; • Longboard miniramp;
• Lognboard street; • Longboard vertical;
• Megarrampa; • Minirrampa;
• Paraskate park; • Paraskate street;
• Park; • Slasom;
• Street; • Street luge;
• Street sled; • Vert (vertical).
Os quatro tipos de skate
1 – Tradicional: esse modelo de skate,
também chamado de street, é
reconhecido pelo shape mais fino,
trucks mais baixos e rodas menores,
sendo ideal para manobras urbanas.
2 – Longboard: é um tipo de skate usado em descidas, conhecido por sua
velocidade e estabilidade. Sua estrutura rígida e rodas grandes
proporcionam aderência ao solo. Existem subcategorias, como carving,
para curvas suaves, freeride, para velocidade e controle de derrapagem, e
downhill, para descidas em alta velocidade.
Os quatro tipos de skate
3 – Waveboard: com um formato característico, mais estreito no meio e
largo nas extremidades, assemelhando-se a um oito ou uma ampulheta.
Esse skate tem apenas duas rodas. Sua peculiaridade está na maneira de
andar: não é necessário retirar nenhum dos pés do shape, apenas movê-
los em direções opostas para impulsionar o skatista para frente.
4 – Cruiser: podem variar de 55 a 75 cm de comprimento, adaptando-se a
diferentes práticas. Suas rodas largas e flexíveis oferecem facilidade de
deslize em ambientes urbanos e superfícies irregulares, reduzindo
vibrações para um passeio mais confortável.
Já ouviu falar sobre patrimônio público?
Definição: patrimônio público são bens, recursos e ativos que
pertencem ao Estado ou entidades governamentais e são destinados ao
uso coletivo da população. Isso pode incluir infraestrutura, como
estradas, pontes, prédios públicos, parques, sistemas de transporte,
equipamentos, instalações governamentais, entre outros. Esses recursos
são mantidos e administrados pelo governo para atender às
necessidades da comunidade e contribuir para o bem-estar geral dos
cidadãos.
Mas qual a relação disso com o skate?
Urbano e radical
Vamos pensar juntos...
O skate é uma forma de vivenciar o esporte de aventura urbana e o
urbano. As ruas, as praças e os demais locais em que se pode praticar
o skate são patrimônios públicos.
Apesar de serem propriedade dos governos ou até mesmo quando se
trata de um espaço particular mas que ainda serve à comunidade,
esse espaço compartilhado serve a todos os interessados. Imagine
que numa praça o uso de um banco ou uma guia serve como
elemento acrobático para a prática do skate. Dentro dessa
perspectiva, como respeitar e ainda conduzir suas práticas sem gerar
um desgaste excessivo aos locais da cidade?
Preservar para usufruir
Vamos discutir alternativas para isso... Junte-se ao seu colega mais
próximo e converse com ele sobre:

Como praticar o skate em meio urbano, em ambientes cujo patrimônio


público é compartilhado, e ainda preservar esses espaços?
Criem propostas!

Não perca tempo. Vocês só têm


Das ideias para a comunidade
Você anda de skate? Então aproveite a discussão que fizeram e busque
colocá-la em prática.
Ah, você não anda de skate? Mas deve conhecer alguém que anda, certo?
Então, "chega junto e manda a letra" para esse skatista, veja o que ele
acha. Ah, não conhece ninguém desse "rolê"? Converse com seus amigos,
familiares ou professores, tente descobrir por onde andam os skatistas e
"dê um pulo lá".
Se a timidez for empecilho, não tem problema, apenas observe onde e
como os skatistas se relacionam com o ambiente urbano e todo o
patrimônio público. Se "rolar uma troca de ideias," legal, se não, pelo
menos você pode ter suas próprias hipóteses acerca dessas questões.
● Conhecemos a história do skate;
● Aprendemos as partes do skate;
● Conhecemos os tipos de skate;
● Descobrimos que existem competições
oficiais e os nomes delas;
● Entendemos o conceito de patrimônio
público;
● Criamos hipóteses sobre a prática do
skate em relação ao patrimônio público.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um
professor campeão de audiência. Tradução de Leda Beck. Consultoria e
revisão técnica de Guiomar Lamo de Mello e Paula Louzano. São Paulo:
Da Prosa/Fundação Lemann, 2011.

LEMOV, Doug. Aula nota 10: 63 técnicas para melhorar a gestão de sala
de aula - 3.0. Tradução de Daniel Vieira e Sandra Maria Mallmann
da Rosa. Revisão técnica de Fausto Camargo e Thuinie Daros. Porto
Alegre: Penso, 2023.
SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação: Caderno
do Professor. Educação Física – Anos Finais – 1o semestre. v. 1.
Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/2023/01/EFAF_1sem_professor_EDUCACAO-
FISICA_web.pdf. Acesso em: 28 nov. 2023

SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação: Caderno do


Estudante. Linguagens e Inova – Anos Finais – 7o ano. 1o semestre. v. 1.
Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wpc
ontent/uploads/2023/01/EFAF_7ano_1sem_Estudante_LGG-TEC-
PV_web.pdf. Acesso em: 28 nov. 2023
SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista: Etapa
Ensino Fundamental. São Paulo: SEDUC, 2019. Disponível
em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/2022/07/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf e https
://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/2023/01/Educa%C3%A7%C3%A3o-
F%C3%ADsica-Anos-Finais.pdf. Acesso em: 28 nov. 2023.
Lista de imagens:

Slide 3 – https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/african-american-
young-male-entrepreneur-on-imagem-royalty-
free/1496483773?phrase=homem%2Bde%2Broupa%2Bsocial%2Bno%2Bsk
ate

Slide 6 –
https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/skateboa
rd-outline-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/165800903

Slide 9 – Releitura de ilustração.


Apresentação de Seção

Professor,

A partir desta seção, serão apresentadas sugestões para desenvolver o objeto de conhecimento
apresentado neste Material Digital por meio de aulas práticas.

A Educação Física deve abordar a valorização e a fruição das práticas corporais dos estudantes,
além de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, a melhoria da autoestima, o incentivo das
boas relações interpessoais e o estímulo à adoção de hábitos saudáveis.

Nesse sentido, é importante observar que essas atividades são sugestões e que podem e devem
ser flexibilizadas, quando necessário, para que atendam as necessidades da comunidade
estudantil, bem como os espaços, os recursos e o planejamento escolar.

Use todo seu conhecimento e experiência para adequar as sugestões a seguir.

Boas aulas!
Para o professor

Professor, sugerimos que as próximas aulas sejam para vivenciar o conteúdo apresentado neste
Material Digital. Conforme o interesse ou a necessidade de aprendizagem, você poderá realizar as
adequações que julgar pertinentes.

Sugestão: Prancha de equilíbrio, ou indoboard.


Esta é uma prática que pode ser conhecida pelos estudantes e que, em suma, trata-se de uma tábua de
madeira e um cano de PVC, que geram a sensação de desequilíbrio, típicos do skate e do surf. Este
momento pode ser preparado para que os estudantes se ponham de imediato na atividade de
equilíbrio ou, ainda, pode haver um momento prévio para a preparação desse material. Ideias para a
produção do indoboard estão neste vídeo. No entanto, pode-se fazer uma adaptação de outras formas,
usando um cabo de vassoura no lugar do cano de PVC, por exemplo. Não é necessário prender-se aos
materiais propostos. Se for inviável a construção do indoboard, veja com os estudantes se eles mesmos
não têm skate e se não podem trazê-lo para escola. De qualquer maneira, esse momento deve ser
vivenciado em duplas, dando a quem está sobre a prancha estabilidade e segurança. Deixe-os
experimentar livremente e sentir a sensação do desequilíbrio de estar sobre o deck de um skate.
Para o professor

Sugestão: Radicalizando, mas nem tanto.


Neste momento, os estudantes devem ir para a quadra ou outros espaços adequados para o
planejamento e a “construção” de um circuito de skate.
Esse circuito deve ter atividades que envolvam movimentos característicos das práticas corporais de
aventura urbanas, como:
• transposição de obstáculos de forma fluida,
• com o mínimo de interrupções,
• com altura e velocidade desafiadores,
• com desequilíbrios, que desestabilizam e que exijam controle emocional.
Neste momento, eles deverão planejar e, inclusive, captar o material, assim como o próprio skate.
Uma coisa extremamente pertinente nessa seleção do circuito e das práticas que se seguem será a
preservação do espaço escolar como patrimônio público. Então, enquanto estruturam esse circuito,
lembre-os de sempre refletir sobre isso ao proporem a sua prática.
Para o professor

Sugestão: Hora do circuito.


Este é o momento da vivência e de perceberem se estão compreendendo ou não as relações entre o
esporte de aventura urbana e as questões relacionadas ao patrimônio público. Para os estudantes mais
avançados quanto ao uso do skate, deixe-os explorar suas habilidades e permitir que vivenciem o
circuito. Para os menos adeptos ao skate e com maior dificuldade de equilíbrio, faça-os percorrer esse
circuito sempre junto com outro estudante, de preferência que tenha alguma relação com o uso do
skate. Ao fim da experiência, reflita com eles:

• A realização desse circuito promoveu atitudes de autoconfiança nos estudantes da turma?


• A atividade propiciou a superação dos seus limites?
• Quais foram as dificuldades e as facilidades encontradas na realização dos movimentos do circuito?
• A atividade propiciou situações que exigem controle emocional dos participantes?
• Como vocês acreditam que o fomento à prática do esporte de aventura urbana pode auxiliar para
preservar* o patrimônio público de uma cidade?

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