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A queda das muralhas

Oswaldo Chirov

Texto base: Josué 6

Cada pessoa, individualmente, é como uma cidade fortificada. As muralhas que usamos como
proteção são as mesmas que nos atrapalham e nos impedem de ver o mundo como ele é, e é Deus
que tem o poder de nos tornar livres.

A experiência de Josué com a queda das muralhas e a destruição da cidade de Jericó em Josué
capítulo 6 nos traz lições sobre como derrubar as nossas muralhas pessoais que impedem uma vida
abundante e cheia de realizações como Deus planejou para nós.

Veja do que depende a sua vitória:

1. DEPENDE DA VISÃO

v. 1 - Jericó estava rigorosamente fechada porque o povo tinha medo dos israelitas.

A cidade de Jericó personifica a nossa vida: uma cidade sitiada. É a situação da maioria das pessoas
sem a revelação de Deus. Tem um grande potencial, tem qualidades, talentos, mas estão se
debatendo com as suas próprias limitações. As muralhas levantadas não permitem o acesso do que
está fora mas também não permitem que o que há de bom possa sair, possa se manifestar.

Conquistar Canaã era a chave de toda a estratégia de Josué. Bloqueava a entrada dos israelitas na
terra que haviam recebido de Deus por promessa.

O primeiro passo para a vitória consiste em nossa visão ser aberta para o fato de que há muralhas
que impedem nosso acesso ao que Deus tem de melhor para nós. Para aquele que não conhece a
Deus é o novo nascimento; para o cristão é apropriar-se das armas e recursos que Deus coloca a sua
disposição para conseguir a vitória.

Jericó era considerada invencível por ter a proteção dos deuses cananeus. Da mesma forma o
homem deposita a sua confiança em “deuses” e “entidades” que a seu ver lhe garantem proteção e
uma vida melhor. Só quando a sua visão é aberta ele percebe que está sendo roubado e limitado e
que o que Deus verdadeiro tem para ele é infinitamente melhor.

2. DEPENDE DA POSTURA

v. 3 - Homens de guerra - rodeareis a cidade

Mendigos, crianças, indolentes, tolos não podem cercar a cidade. O trabalho de guerra deve ser feito
por soldados.

A luta espiritual nunca deve ser subestimada; não há vitória sem luta. A recusa das pessoas em crer
que há uma guerra espiritual e que há um inimigo a ser enfrentado as torna presas mais fáceis dele.
A maioria nem sabe que a sua vida pode ser diferente do que é, não tem noção daquilo que está ao
seu alcance desde que se disponha a lutar.

v. 4 - 7 sacerdotes, 7 trombetas, 7º dia, rodeareis 7 vezes e os sacerdotes tocarão as trombetas.

v. 5 - Ao toque da trombeta todo povo gritará, o muro cairá, o povo subirá nos destroços, cada qual
em frente de si.

Quando os muros caem nossa tendência é se preocupar com a parte que cabe ao nosso irmão. Não
tomamos a libertação que nos cabe, é sempre o outro que precisa de libertação.

v. 9 - Homens armados à frente, Sacerdotes tocando continuamente, Sacerdotes conduzindo a arca


da aliança. Por último, um batalhão na retaguarda.
3. DEPENDE DA PALAVRA

v. 10 - O povo, a princípio, não deveria gritar, a sua voz não deveria ser ouvida e nem palavra sair da
sua boca. Os gritos seriam dados no momento certo.

Essa alegoria é significativa para a igreja de hoje:

Clama-se muito pelas bençãos de Deus. Só não se grita na hora em que isso é realmente necessário.

Lamentações 3:39 – “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus
próprios pecados”.

 Não se grita contra o pecado (parece que isto está fora de moda).
 Não se grita contra a opressão do diabo através dos meios de comunicação.
 Não se grita contra o mundanismo dentro da igreja.

Gritar no momento errado serve apenas para identificar nossa posição. Nos tornamos alvos mais
fáceis para o nosso inimigo.

Parece que a surpresa fazia parte do plano de Deus para a derrubada das muralhas.

O segredo era gritar ao comando de Deus.

O silencio de qualquer forma não existiria pois as trombetas estavam sendo tocadas continuamente.

4. DEPENDE DO LOUVOR

O que marca a nossa posição para o inimigo no campo de batalha é a nossa conduta contrária à
Palavra de Deus.

O louvor não atrai o inimigo, pelo contrário, o afasta de nós.

Quando a igreja produz louvor de verdade o inimigo não pode atuar.

Quando a igreja está muito preocupada em falar na hora errada, gritar na hora errada, murmurar,
fofocar, maldizer a vida do irmão, o inimigo marca a nossa posição no campo de batalha e nos
derrota.

Deus não se impressiona com “ôba-ôba”, com “auê”.

O louvor, a celebração, as danças, as palmas; tudo isso deve ser usado para o louvor a Deus.

Porém, Deus olha para trás procurando a arca da aliança.

Todas as nossas atitudes e expressões em relação ao Senhor ou ao nosso irmão devem estar
acompanhadas pela Arca da Aliança.

É assim que as muralhas caem:

tendo na seguidos pelo louvor Homens armados retaguarda uma aliança firme com o Senhor –
v.9

5. DEPENDE DA ALIANÇA

Na luta para derrubar as muralhas o processo teria de ser completo:

 Não poderiam faltar homens armados;


 As trombetas não poderiam parar de tocar;
 Tudo isso teria de ter a cobertura da Aliança.

Se o processo estiver completo, pode gritar que o Senhor entregará a cidade (v. 16). Do contrário
você ficará rouco de tanto gritar e nada vai acontecer.
A vitória é para aqueles que têm uma aliança firme com o Senhor Jesus. Quando Deus vê o louvor e
as manifestações humanas, sejam quais forem, Ele as observa e busca no meio dos homens
armados e dos sacerdotes com trombetas a Arca da Aliança. Sem ela não há benção.

6. DEPENDE DA OBEDIÊNCIA

v. 17 - Porém, a cidade será condenada junto com tudo o que nela houver.

Exceção:

 Raabe, a prostituta e os que estiverem em sua casa (v. 17);


 Prata, ouro e os utensílios consagrados ao Senhor (v. 19).

Por trás das muralhas escondiam-se algumas coisas boas, outras nem tanto.

Quando as muralhas caem todos nós, sem exceção, temos dentro da cidade esses 3 itens:

 Uma prostituta para ser salva;


 Um tesouro a ser resgatado;
 Coisas condenadas que devem ser abandonadas.

Isso só será revelado quando as muralhas caírem. Por isso, a maioria das pessoas não tem
consciência disso. Os muros altos escondem o que está por trás. É a lei da cidade fortificada em
guerra: ninguém entra, mas também ninguém sai.

Morre-se de inanição.

v. 18 - Se você não obedecer a estas 3 ordens do Senhor, a queda das muralhas na sua vida poderá
ter mais conseqüências maléficas do que benéficas.

Aquilo que condenamos no primeiro momento quando nos convertemos pode depois ser retomado
em nossas vidas. A queda das muralhas deve ser acompanhada de uma obra completa por parte do
Espírito Santo.
v. 20 - o povo subiu à cidade cada um em frente de si e a tomaram.

É como estar diante de um espelho. Tomar a parte da cidade que está diante de si é deixar Deus
tratar o seu problema individualmente.

v. 21 - a queda dos muros serve para que a velha cidade seja totalmente destruída.

A espada destrói:

 O homem - Adão
 A mulher - Eva
 O menino - o que foi projetado e, ainda, não realizado deve ser agora alterado de acordo com os
conceitos de Deus.
 O velho - os projetos passados, fracassados e construídos pelo homem sem Deus.
 Os animais - a força e o resultado do homem velho.

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