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Recife
2022
FACULDADE DAMAS DA INSTRUÇÃO CRISTÃ – FADIC
Recife
2022
FACULDADE DAMAS DA INSTRUÇÃO CRISTÃ – FADIC
Recife
2022
AGRADECIMENTOS
Em seguida agradeço de coração e alma aos meus pais, Andréa Nunes Carminatt
e Gustavo Henrique Cavalcanti Barboza, que fizeram e fazem o possível e o impossível
para eu ter chegado aonde cheguei hoje. Eu e meu irmão Rafael Henrique Carminatt
Barboza e minha irmã Manuela Cavalcanti de Queiroz Barboza, tivemos o grande
privilégio de termos nascido numa família unida, que investe primordialmente o máximo
em educação e saúde. Sinto-me extremamente realizada com toda expectativa e
investimentos que a mim foram impostos. Pois acredito, confio e tenho orgulho da minha
trajetória acadêmica. Tudo isso realmente não seria possível sem o apoio daqueles que
estão comigo 24 horas, torcendo por mim, me desejando coisas boas e sempre vibrando
comigo a cada nova conquista.
Também agradeço ao apoio das minhas queridas amigas do peito. Elas vão ler este
trabalho e irão saber que fizeram parte disso, mesmo que involuntariamente. Me
aguentaram bastante tentando explicar sobre o que eu iria escrever, para mim foi um
prazer explicar a cada uma delas. Agradeço também muitíssimo ao apoio do meu
namorado que, mesmo de longe, se fez presente em todos os momentos em que eu achei
que não conseguiria e acreditou em mim quando nem eu mesma acreditei. E além dos já
citados, agradeço à minha irmã que sempre me deu apoio e sempre esteve presente por
mim independente das circunstâncias, escutando meus desabafos e me dando soluções
quando mais me senti deslocada. Eu amo muito todos e cada um de um jeito especial,
sinto saudades todos os dias.
Agora, em especial, eu dedico este Trabalho a todos que estiveram mais próximos.
Todos que mais me incentivaram na vida acadêmica, agradeço profundamente pela
confiança que tiveram em mim. Família, este trabalho representa o fechamento de mais
um ciclo e a abertura para tantos outros. Estou muito feliz em saber que vocês fizeram
parte dessa grande conquista! Eu amo muito vocês.
Por fim, agradeço a mim mesma por respeitar o meu tempo e minha sanidade
mental. Estou orgulhosa, realizada e muitíssimo feliz por ter concluído este Trabalho.
Realmente foi um grande desafio, mas foi um prazer escrever sobre esse tema.
Sustentabilidade é algo que me interesso bastante e somado ao curso de Relações
Internacionais da Faculdade Damas, consegui realizar pesquisas sobre a Petrobrás que me
trouxeram conhecimentos que eu não tinha ideia.
“Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu
não me preservo.”
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 54
9
INTRODUÇÃO
Dessa forma, os desafios que o século XXI impõe são inúmeros, o que requer das
empresas, posturas e posicionamentos inovadores e alinhados à sustentabilidade. Hoje as
empresas precisam repensar seu papel na comunidade e criarem o compromisso de
contribuir para um desenvolvimento social e econômico sustentável a fim de melhorar a
qualidade de vida das pessoas, além de preservar a qualidade atual para ela não regredir.
É nesse sentido que foi acordada e firmada por grande parte dos países inseridos
na Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, a Agenda 2030, que é um plano de
ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal
dentro de quatro dimensões: social; ambiental; econômica e institucional. O plano indica
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas para erradicar a
10
pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. São objetivos e
metas claras, para que todos os países, assim como governos, sociedades e empresas,
adotem de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria
global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no
futuro.
Para esse estudo de caso foi escolhida a Petrobrás, que em seu planejamento
estratégico, traduz da melhor forma possível, os esforços, para tornar-se uma empresa
cada vez mais transparente e que presta contas à sociedade em geral. Ao mesmo tempo
em que reconhece suas falhas, preocupa-se em ajustar progressivamente sua conduta aos
melhores padrões internacionais, em respeito às comunidades onde atua e ao meio
ambiente.
Para responder à essa pergunta, a pesquisa teve como objetivo geral analisar os
resultados obtidos pela Petrobrás devido aos projetos socioambientais e de
implementação dos ODS e traçar uma ponte com a identidade atribuída a ela. E como
objetivos específicos identificar o contexto de criação dos ODS pela ONU, assim como
entender a sua relevância no setor privado; entender a Petrobras e a sua área de atuação,
estudar seus impactos ambientais e apontar como ela está atuando para cumprir os ODS
e; apresentar os propósitos alcançados pela Petrobrás e as críticas dirigidas a sua atuação
social e ambiental, juntamente à acontecimentos catastróficos que aconteceram devido à
sua falta de cuidado.
A intenção foi de fazer uma análise de textos e artigos de diferentes autores que
trabalham com o mesmo assunto, com o objetivo de encontrar cada vez mais informações
acerca do que está sendo trabalhado nesse projeto, assim como analisar os relatórios
proporcionados pela própria Petrobrás e também dados fornecidos por organizações para
alcançar a quantidade de informações necessárias para a construção do Trabalho.
1.1 Sustentabilidade
Hoje em dia, o fato de o planeta estar em colapso é algo muito discutido, muito se
fala em ser sustentável e sustentabilidade; dessa forma, se faz necessária a conceituação
desses termos para compreensão. A definição do termo sustentabilidade mais difundida é
a da Comissão Brundtland (WCED, 1987), a qual considera que a sustentabilidade é um
processo de ações e atividades humanas que deve satisfazer às necessidades da geração
presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Essa definição deixa
claro um dos princípios básicos de sustentabilidade, a visão de longo prazo, uma vez que
os interesses das gerações futuras devem ser analisados. Definindo também o ser
sustentável, ainda segundo a Comissão Brundtland (WCED, 1987), é fazer o uso
consciente dos recursos não renováveis ofertados pela natureza; assim, são as ações feitas
no dia a dia que vão nos tornando sustentável. O fato é que para se tornar ou ser
sustentável é preciso ter na consciência que não é só o hoje que existe, se não soubermos
como usar esses recursos que a natureza oferece, não haverá para as gerações futuras.
Tendo isso em vista, podemos ressaltar a situação atual do mundo, pois os cinco
maiores problemas ambientais são causados pela falta de sustentabilidade. Os mesmos
são: a poluição do ar causada pelo excesso de carbono que vem da queima do carvão,
petróleo, gás e lenha; as perturbações climáticas também pelo excesso de carbono; o
desmatamento, que vem se tornando cada vez mais frequente, as florestas não atuam
apenas como reservas da biodiversidade, elas também são reservatórios, que mantêm o
carbono fora da atmosfera e dos oceanos; a extinção de espécies, as espécies não apenas
têm o direito de existir, elas também fornecem produtos e “serviços” essenciais para a
sobrevivência humana; e a degradação do solo, cerca de 12 milhões de hectares de terras
agrícolas são degradadas seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU.
e. Agenda 21.
Foi acordado então na UNFCCC, que da Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento em diante, seria realizada uma Conferência das
Partes (COP), que reuniria anualmente os países signatários em conferências mundiais.
No mesmo sentido, entenderam que as decisões coletivas e consensuais só podem ser
tomadas se forem aceitas unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para
todos os países signatários. Assim, o objetivo da COP é manter regularmente sob exame
a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e tomar as decisões
15
Passada mais de uma década da criação dos ODM, o foco da Conferência Rio+20
(COP que aconteceu vinte anos após a Rio 92), em 2012, foi a renovação do compromisso
com o desenvolvimento sustentável. Na ocasião, iniciou-se o debate sobre um novo pacto,
dessa vez, pautado no entendimento de que “qualquer nova agenda do desenvolvimento
só terá impacto sobre as vidas das pessoas, se for implementada com sucesso em nível
local” (DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA, 2012, p.15).
16
Segundo Ki-moon (2015)1, “a nova agenda é uma promessa dos líderes para a
sociedade mundial. É uma agenda para acabar com a pobreza em todas as suas formas,
uma agenda para o planeta”. São objetivos e metas claras, para que todos os países adotem
de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que
orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro. Essa
Agenda propõe que os ODS e as metas devem ser cumpridos até 2030 com a intenção de
não deixar ninguém para trás. A ameaça de mudanças climáticas é agora mais
preocupante que nunca e os ODS são cruciais para não comprometerem o futuro dos mais
jovens.
1
Citação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da Cúpula das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/paises-adotam-na-onu-agenda-2030-para-
o-desenvolvimento-sustentavel ; acesso em: 14 abr. 2022.
17
civil, setor privado e por cada cidadão comprometido com as gerações futuras. Assim,
como descrito na Figura 1, cada ODS tem um propósito claro descrito, entre eles, o ODS
14 que propõe a conservação e o uso consciente dos oceanos, mares e recursos marinhos
e o ODS 15 que propõe a proteção, recuperação e promoção do uso sustentável dos
ecossistemas terrestres. Podemos então observar na Figura 1 a seguir todos os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável e seus propósitos de forma resumida.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Quadro-2-Descricao-dos-Objetivos-de-
Desenvolvimento-Sustentavel-ODS-da-Agenda-2030_fig3_342803955
18
A proposta dos ODS não é deixar de lado os ODM, é utilizá-los para facilitar o
desenvolvimento de ações integradas, com uma visão de futuro positiva e comum a
diferentes grupos, que gere impactos reais na construção do desenvolvimento sustentável.
Os Municípios têm um papel central para o sucesso dessa agenda, pois, para que os ODS
sejam disseminados e alcançados, é preciso que os gestores municipais incluam tais
objetivos em suas políticas e projetos, promovam a integração e a sustentabilidade das
iniciativas, atuem a partir de acordos e articulação com outros agentes territoriais. A
sociedade civil e o setor privado também são atores-chave, devendo estar envolvidos
nesse processo.
As empresas estão desafiadas a rever seus modos de produção e sua relação com
os territórios em que operam. O desafio atinge também fatores de cidadania corporativa,
isto é, a relação da empresa com públicos com os quais se relaciona, a partir da influência
sobre políticas públicas que garantem os direitos fundamentais, a autonomia e a qualidade
de vida da população das áreas onde cada empresa atua.
Dessa forma, esse tema se relaciona, assim como se torna relevante para as
Relações Internacionais a partir do momento em que a implementação desses Objetivos
de Desenvolvimento Sustentáveis, seja por empresas brasileiras ou por outras, busca
2
Sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em português.
20
fortalecer a paz universal dentro das quatro dimensões já citadas (social, ambiental,
econômica e institucional), trazendo assim uma forma mais pacífica de resolverem
assuntos principalmente ambientais. Com isso, Henrique Zeferino de Menezes (2019,
p.10) afirma que os campos de estudos das Relações Internacionais têm muito a contribuir
para o conhecimento dos dilemas e das potencialidades para implementação dessa grande
agenda.
Com esses ODS, alguns autores como Pilatti de Paula, Waltrick e Pedroso (2017,
p.3) falam que a sustentabilidade passou a ser uma vantagem competitiva, e que os
benefícios para as empresas são concretos e quantificáveis, o que permite observar então
que as empresas alinhadas aos ODS têm mais vantagens competitivas, estão mais
preparadas para atender às necessidades de seus clientes, relacionam-se melhor com a
sociedade, com governos, políticas públicas e incentivos, e tendem a serem vistas com
bons olhos pela comunidade internacional.
Sendo assim, a Rede Brasil do Pacto Global lançou no dia 16 de maio de 2018,
durante o Fórum Pacto Global, um guia com a sua estratégia que facilita a aderência, por
parte das empresas, à um projeto de implementação dos ODS, chamado “ODS nas
Empresas – Soluções e Oportunidades3”. A estratégia propõe um ciclo de implementação
dos ODS na atuação empresarial, baseado na metodologia criada pela Rede Brasil do
Pacto Global da ONU. Em cinco etapas, o Pacto Global auxilia empresas a compreender
os ODS e firmar seu compromisso com a Agenda, desenvolver capacidades internas por
meio de treinamentos e aplicação de ferramentas, engaja o nível estratégico e suas
lideranças, comunica seus avanços com transparência e dissemina boas práticas em sua
cadeia de valor e com parceiros como o sistema ONU, governo e sociedade.
3
Disponível em: https://pactoglobal.org.br/noticia/265; acesso em: 01 mai. 2022.
21
4
Disponível em: http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/entrevista-gustavo-
andrey/; acesso em 12 mai. 2021.
5
Professor Doutor em Economia.
22
6
Ambos são constitutivos, essenciais, indispensáveis, uns dos outros.
23
A partir dessa teoria, é possível afirmar que os interesses e as agendas locais serão
influenciados pela cooperação e participação no âmbito internacional, pois como um
Estado percebe o outro de acordo com a identidade que atribui a eles, quanto mais
participativos, de forma positiva, eles forem no âmbito internacional, mais eles terão esse
reconhecimento pelos outros Estados. Mas, tendo por base a abordagem da “cascata” de
normas, Finnemore e Sikkink (1998) abordam o processo de difusão das normas
internacionais pela via da socialização. Essa cascata de normas é mais caracterizada por
uma dinâmica de imitação, na medida em que líderes normativos tentam socializar outros
Estados a se tornarem seguidores da norma. A motivação quando as normas se difundem
em “cascata” pelo restante dos Estados, pode variar. Porém, entendemos que essa
motivação para aderir à essa “norma” difundida pela cascata pode ser uma junção da
pressão por conformidade, do almejo de aumentar a legitimidade internacional etc., e tudo
isso acaba facilitando o funcionamento da cascata de normas.
Ou seja, é possível dizer que, a partir do momento em que essa empresa realiza
projetos de implementação de alguns ODS, ela muda a sua identidade diante no cenário
internacional, pois os outros Estados passam a enxergá-la com um grande potencial, assim
como passam a respeitá-la mais, tendo em vista que ela está se alinhando a uma grande
Agenda proposta pela ONU. Assim, quando outras empresas enxergam esse aumento de
legitimidade internacional por parte da que adotou esses ODS, surge o interesse de
também se alinhar aos mesmos, com o desejo de também obter legitimidade e respeito
internacional, fazendo com que ocorra exatamente essa cascata.
Nesse caso, traçando uma linha entre a pesquisa e seu referencial teórico, pode-se
tomar os ODS como normas internacionais. Assim, sendo esses ODS vistos como essas
normas, a partir do momento que uma empresa de grande porte, como a Petrobras,
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implementa em seu plano de ação estratégias que contém os ODS, ela muda sua imagem
em âmbito internacional, ganha maior respeito e legitimidade, gera uma vantagem
competitiva, além de passar a ser vista com um grande potencial, tudo isso pelo fato dela
estar internalizando essas “normas” internacionais em seu plano de ação. Então quando
outras empresas, tanto de portes grandes como a Petrobras, quanto de portes menores,
enxergam todos esses benefícios que estão sendo colhidos por parte da empresa que
adotou essas normas, elas têm desejo de que o mesmo aconteça com elas, assim são
influenciadas a também adotarem os ODS, pois acreditam que os mesmos benefícios
chegarão para ela. Dessa forma, a cascata de normas ganha facilidade para acontecer,
tendo em vista que empresas vem adotando as normas, por influência das que adotaram
as mesmas antes dela.
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A Petrobrás, que tem como nome oficial “Petróleo Brasileiro S/A”, é a maior
empresa de exploração e produção de petróleo do Brasil e uma das maiores do mundo.
Foi criada durante o governo de Getúlio Vargas, em 1953, como uma empresa estatal de
petróleo com o objetivo de desenvolver a exploração petrolífera em prol da União. Na
época, a criação da empresa era vista como uma garantia de monopólio do setor
petrolífero por parte do Estado, e ainda hoje a Petrobras atua principalmente na
exploração, produção e comercialização de petróleo, gás natural e alguns derivados,
possuindo plataformas de petróleo, refinarias e redes de distribuição. Nos últimos anos,
ela tem expandido sua atuação para os setores de energia renovável e está presente em 19
países da América, África, Ásia e Europa. Dessa forma, tornou-se a empresa líder mundial
em tecnologia para exploração e produção de petróleo em águas profundas e
ultraprofundas. Tecnologia essa que vem se desenvolvendo ao passar dos anos.
A Lei nº 2004, pela qual foi criada a empresa, garantia o monopólio da exploração
de todas as atividades da indústria petrolífera. Porém, em 1997, houve a quebra desse
monopólio com a promulgação da Lei 9.478, e o mercado brasileiro foi aberto para a
atuação e exploração do recurso no Brasil por parte de outras empresas petrolíferas.
Mesmo assim, como dito anteriormente, a Petrobras se consolidou no cenário nacional
como a maior empresa do ramo petrolífero e uma das maiores do mundo. Atualmente, a
empresa tem economia mista, ou seja, possui capital aberto; dessa forma, não é mais uma
empresa estatal, apesar de o Brasil ser o seu principal acionista. Por sua vez, em 2007, foi
descoberto o pré-sal, importante reserva de petróleo e gás natural em águas profundas,
com enorme potencial de exploração e geração de lucros para a empresa.
Fonte: https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/producao-no-pre-sal-bate-novo-recorde-e-ultrapassa-a-
barreira-de-500-mil-barris-de-petroleo-por-dia.htm
O petróleo, como todos sabem, é uma fonte de energia não renovável, ou seja, ela
é esgotável, devido ao fato de que a velocidade da formação das reservas de petróleo é
muito lenta em comparação a velocidade do nosso consumo. Além de ser um poluente
também, pois a sua queima libera gases do efeito estufa, que estão contribuindo para o
aquecimento global e acaba sendo bastante prejudicial também à terra e à água quando
ocorrem derramamentos de óleo, levando à morte milhares de animais e trazendo graves
problemas ao ecossistema. Dessa forma, a exploração do petróleo demanda muito
cuidado.
Assim, baseado nisso e tendo consciência que o petróleo pode causar tantos
impactos ambientais, a Petrobras realizou um Estudo de Impacto Ambiental para a
Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural, compartilhado em forma
do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), sendo o mais recente relatório feito em julho
de 2021. O RIMA apresenta, em linguagem simplificada, as principais informações sobre
a atividade que está sendo licenciada pelo IBAMA e sobre os seus impactos ambientais
identificados, trazendo um resumo das principais análises e resultados obtidos no Estudo
de Impacto Ambiental (EIA).
Sendo muito importante, esse relatório é dividido por alguns capítulos, sendo um
deles a “Avaliação de impactos ambientais e medidas de mitigação”. Nessa seção, a
Petrobras realiza uma análise que aponta as possíveis consequências da instalação e da
29
7
Grupo de seres que se deslocam ativamente na água. São capazes de vencer a densidade da água
e se deslocar rapidamente, com o auxílio dos seus órgãos de locomoção, como nadadeiras.
8
Os organismos bentônicos são espécies que vivem no fundo do mar, seja para fixar-se a ele, ou
para perfurar, escavar e/ou caminhar sobre a superfície.
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São microrganismos e encontram-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos,
uma vez que servem de alimentação a organismos maiores. O plâncton é subdividido em
fitoplâncton, zooplâncton, ictioplâncton etc.
10
Em regiões tropicais podem abrigar manguezais, são consideradas ecossistemas costeiros de
transição entre os ambientes marinho e terrestre.
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No que diz respeito ao meio biótico, o que mais chama atenção é a perturbação do
nécton, das aves marinhas e plânctons pelo vazamento de combustível e/ou óleo no mar,
pois o nécton e as aves marinhas podem ser afetadas por esse vazamento, assim como o
plâncton também, pelo contato direto com o contaminante. O vazamento do óleo diesel
no mar alteraria a composição da comunidade planctônica em decorrência das alterações
nas características físico-químicas da água do mar. Dessa forma, ecossistemas 11 seriam
atingidos de forma negativa.
11
Conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o
meio ambiente, formado entre componentes bióticos, como os organismos vivos: plantas, animais
e micróbios, e os componentes abióticos, como elementos químicos e físicos, ar, água, solo e
minerais.
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Esses impactos são de grande importância para a sociedade, pois contribuem para
a degradação do meio em que vivemos, assim como para a qualidade de vida da
população; dessa forma, é bastante válido que a Petrobras tenha iniciativas que vão contra
essa degradação. Desse modo, para cada impacto, o RIMA traz uma ação de mitigação,
nem todas tão eficientes, porém, diante disso, a Petrobras traz também vários projetos
ambientais, cada um com um foco principal. Alguns deles seriam: o Projeto de
Monitoramento Ambiental (PMA) que é previsto para ser realizado anualmente a fim de
atestar o atendimento aos requisitos legais e acompanhar as possíveis alterações na
qualidade ambiental (parâmetros físico-químicos na água do mar e no sedimento); o
Projeto de Controle da Poluição (PCP) que tem como objetivo monitorar os resíduos
sólidos, os efluentes líquidos produzidos a bordo das unidades de produção e as emissões
atmosféricas durante a realização de suas atividades; o Projeto de Educação Ambiental
(PEA), que visa, por meio de processos educativos e metodologias participativas,
contribuir para o desenvolvimento da gestão ambiental, considerando os conflitos
socioambientais do território de abrangência de cada projeto; entre outros.
Ainda que seja um esforço para todos, uma parte muito importante dessas ações
cabe a todas as empresas, que podem contribuir com o apoio a iniciativas e o
desenvolvimento de soluções e tecnologias para o alcance desses objetivos. Dessa forma,
a Petrobrás buscou oferecer a sua contribuição.
12
Os stakeholders são todos os grupos de pessoas ou organizações que podem ter algum tipo de
interesse pelas ações de uma determinada empresa.
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13
Webinar é um seminário online em vídeo, gravado ou ao vivo, que geralmente permite a
interação da audiência via chat.
14
Disponível em: https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/parceria-entre-petrobras-e-programa-
das-nacoes-unidas-para-o-desenvolvimento-mobiliza-116-municipios-em-prol-da-agenda-
2030.htm; acesso em: 27 mai. 2022.
34
15
Programa desenvolvido durante o projeto de Territorialização e Aceleração dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável para a formação de agentes multiplicadores de ações que aceleram
os ODS.
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Dessa forma, através desses projetos e programas, além de outros não citados,
pode-se dizer que a Petrobrás está altamente preocupada com sua atuação no meio
ambiente e tem se esforçado para se alinhar aos ODS, assim como tem se esforçado
também para se apresentar como uma empresa sustentável.
Assim, além dos motivos óbvios pelos quais a Petrobrás realiza esses projetos e
programas, como a preservação do meio ambiente, a retardação do aquecimento global e
o alinhamento com uma grande agenda internacional, outro motivo impulsionador dos
mesmos é a geração de valor para os seus acionistas.
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3. RESULTADOS E CRÍTICAS
Tudo começou pela elaboração, por parte da Petrobrás em parceria com o PNUD,
de um curso à distância, composto por quatro módulos e que possuiu um total de 12 horas
de estudo. O curso desde o início foi previsto para ser disponibilizado à distância por uma
plataforma virtual para poder alcançar o maior número possível de participantes com o
16
Coordenadora da área de cooperação centralizada do PNUD.
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Esse curso foi previsto para acontecer em apenas uma turma, e foi dedicado e
direcionado para os 116 municípios foco desse projeto, olhando para a sociedade civil,
gestores públicos e empresariado local, mas devido à alta demanda recebida, foram
implementadas quatro turmas. No final, entre as quatro turmas, os quatro módulos e as
dezesseis lives temáticas que foram construídas, o curso acabou alcançando mais de 20
mil pessoas, e dessas 5 mil conseguiram concluir todos os módulos e materiais e
conseguiram se certificar nesse curso introdutório. (IEVA LAZAREVICIUTE, 2021)
Importante mencionar também que o curso alcançou muito mais que 116
municípios e muito mais do que os setores elencados (sociedade civil, gestores públicos
e empresariado local), pois contou com a participação do governo federal, de vários
ministérios públicos, da presidência da república, várias empresas, tribunais de contas
etc., como inscritos no curso. Além de contar com essas participações, ocorreram também
diversas solicitações de adaptação e atualização dos materiais para outros estados,
municípios etc., pelo fato de que, de uma forma simples, ele oferece um conhecimento
condensado que permite as pessoas a conhecerem o que é a Agenda 2030 e começarem a
aprofundar o seu conhecimento, assim como o seu trabalho.
Falando ainda dos conteúdos gerados, foram oferecidos também mais dois outros
cursos através do projeto. Um de forma mais geral sobre o alinhamento dos PPAs aos
ODS, este ocorreu em 20 de maio de 2021 e chamou a prefeitura especificamente dos 28
municípios demonstrativos e teve o público de 344 participantes. O outro curso foi sobre
o alinhamento de práticas de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) aos ODS, realizado
em 5 de maio de 2021 para quase 800 participantes de todo o país, e o material desse
curso continua exposta até hoje. (IEVA LAZAREVICIUTE, 2021)
E por fim, o terceiro componente que foi o mais aprofundado e foi implementado
na segunda etapa do projeto nos 28 municípios. Foi a capacitação aprofundada de 40
horas, uma semana completa. Esse programa de multiplicadores foi iniciado de forma
presencial, e por meio dos cursos presenciais foram certificados 147 multiplicadores,
porém se iniciou a pandemia que interrompeu o programa, quando foi percebido que não
era previsível o fim da pandemia e que era necessário avançar com a entrega dos
resultados previstos de alguma forma, foi preciso retomar então de forma virtual, assim,
com o trabalho árduo para essa adaptação, mais 112 multiplicadores foram certificados
de forma virtual, também representando diversos setores (54% governos; 33% OSCs e;
13% empresários). Juntos, esses multiplicadores elaboraram 119 propostas de projetos
concretos nos 28 municípios demonstrativos, alguns projetos alinhados à proposta de não
deixar ninguém para trás, enquanto outros visando mais como poderiam ajudar os
municípios a lidar com a pandemia da Covid-19. Desses projetos, 68 já tiveram seu início
de implementação, mostrando assim seu resultado positivo. (IEVA LAZAREVICIUTE,
2021)
Então, além dos resultados positivos já mostrados, como a alta demanda pelos
cursos realizados, tanto o curso introdutório como o curso de capacitação, o interesse
pelos webinars realizados etc., é possível trazer também, através dos RIAs
disponibilizados, os resultados trazidos por esse projeto de alguns dos 116 municípios.
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17
Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1p9IbF2zylBEFNJ-
6mrI9QBbCXwfH4_Kx; acesso em: 16 jun. 2022.
18
Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1p9IbF2zylBEFNJ-
6mrI9QBbCXwfH4_Kx; acesso em: 16 jun. 2022.
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municipal, fortalecendo a maior aderência destes conteúdos nas metas dos ODS. Também
se encontra uma grande paridade no investimento de programas ao desenvolvimento
ambiental e na amplitude de ações necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas.
(RIA ANGRA DOS REIS, 2021).19
Tendo esses resultados em números, pode-se analisar então que no geral eles
foram satisfatórios, tanto nos municípios iniciais, quanto nos selecionados. Pode-se
perceber também que, dos exemplos aqui expostos, o município de Barra dos Coqueiros
(SE) foi o que teve mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sem nenhuma meta
alinhada ao PPA do município, evidenciando assim que foi necessária à sua seleção para
aprofundamento do projeto devido ao alto impacto da Petrobrás nessa área.
19
Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1p9IbF2zylBEFNJ-
6mrI9QBbCXwfH4_Kx; acesso em: 16 jun. 2022.
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Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1p9IbF2zylBEFNJ-
6mrI9QBbCXwfH4_Kx; acesso em: 16 jun. 2022.
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Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1p9IbF2zylBEFNJ-
6mrI9QBbCXwfH4_Kx; acesso em: 16 jun. 2022.
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de 2022 o seu Relatório de Sustentabilidade 2021 com destaque para as suas contribuições
para a sociedade. O relatório descreve as principais atividades, iniciativas, práticas de
gestão, indicadores e compromissos relacionados às questões ambientais, sociais e de
governança. Segundo a empresa, são “resultados que reafirmam seus compromissos de
sustentabilidade”.
Dessa forma, é válido trazer também os resultados que a Petrobrás vem tendo com
as suas ações desde que começou a adotar projetos para a implementação dos ODS. No
gráfico 1 apresentado a seguir, sendo o gráfico de ações da Petrobrás disponibilizado pela
Trading View, se tem na coluna o valor das ações e na linha o acompanhamento desses
valores nos últimos 5 anos. Realizando uma rápida análise do mesmo, é perceptível que
ocorreu uma melhora significativa de 124,22% do ano de 2018 (ano que se iniciou o
Projeto de Territorialização e Aceleração dos ODS) até o momento atual. No início do
ano de 2020, principalmente devido à uma disputa que ocorreu entre a Rússia e a Arábia
Saudita na época, que acabou por derrubar os preços do petróleo, pode-se perceber através
do gráfico 1 que teve uma queda significativa das ações da Petrobrás. Porém mesmo com
essa forte queda, pode-se ver também que a Petrobrás teve uma rápida recuperação, essa
rápida recuperação se deve, entre outros motivos, pelo projeto realizado entre os anos de
2018 e 2021 que trouxe resultados positivos para a empresa.
Fonte: https://br.tradingview.com/symbols/BMFBOVESPA-PETR4/
Para o Financial Times, essa é uma postura que coloca a Petrobrás em desacordo
com muitos de seus concorrentes globais, que buscam diversificar sua base produtiva em
meio às previsões de fim do domínio do petróleo e às crescentes pressões ambientais. A
reportagem diz também que o então presidente-executivo da Petrobrás, Roberto Castello
Branco, acredita que grandes investimentos em energias renováveis são improváveis nos
próximos cinco anos. O discurso dele contraria o compromisso estabelecido pela empresa
e cortas as emissões de carbono em suas operações em 25% até 2030.
Além da do jornal The Financial Times, a Petrobrás tem recebido mais críticas
através de outras reportagens. Segundo a Click Petróleo e Gás (CPG), a Petrobrás tem
sido o centro de debate político em todo o Brasil, sendo alvo de críticas e até acusada de
contribuir com a inflação do país, devido sua política de preços que resulta nos valores
da gasolina e do diesel. Além disso, destaca que a petrolífera brasileira ainda enfrenta o
22
Disponível em: https://revistaforum.com.br/global/2020/12/8/jornal-britnico-financial-times-
critica-falta-de-politica-climatica-na-petrobras-87272.html; acesso em: 16 jun. 2022.
23
Disponível em: https://twitter.com/michaelpmdavis/status/1336223269419163648; acesso em:
16 jun. 2022.
45
gigante desafio que é sobreviver ao fim da era do petróleo, tendo que começar a atuar no
campo das energias renováveis.
Enquanto isso, destaca a CPG, a Petrobrás pretende ampliar em cerca de 45% sua
produção de petróleo até 2026, com 15 novas plataformas em poços do pré-sal,
aumentando de 2,2 milhões para 3,2 milhões de barris por dia. Portanto, a petroleira
brasileira entende que o petróleo continuará gerando rendimentos financeiros satisfatórios
no futuro, apesar do planeta caminhar para um sistema de produção de energia e
combustíveis menos dependentes dos fósseis.
cortar sua produção de petróleo em até 2% ao ano até 2030, neutralizando suas emissões
de gases tóxicos até 2050.
A Click Petróleo e Gás ainda ressalta que a Petrobrás foi apontada pela
organização americana Climate Accountability Institute, em um estudo elaborado em
2019, entre as 20 empresas que mais emitiram gases do efeito estufa no mundo a partir
de 1965. A Petrobrás afirma que o caminhar da humanidade às fontes de energias
renováveis não eliminará a alta demanda pelo petróleo e que as duas fontes poderão existir
juntas. Além disso, vem implantando ações para reduzir suas emissões, apesar do esforço
para explorar o pré-sal antes de “uma nova era”, como havia dito o ex-presidente da
empresa, general Silva e Luna.
Para os próximos cinco anos, a Petrobrás planeja investir US$2,8 bilhões com
objetivo de reduzir a emissão de fases poluentes, criar um fundo de descarbonização de
US$248 milhões para soluções de baixo carbono. Em 2015, a empresa informou que
pretendia diminuir em 25% suas emissões operacionais até 2030.
Para o noticiário CPG, o fato é que a Petrobrás manterá o foco em água profundas
e ultraprofundas, onde ainda tem vantagens competitivas.
Além das críticas quanto à sua atuação social e principalmente ambiental, é válido
ressaltar que uma grande parte dos maiores desastres ambientais brasileiros foram
provocados pela Petrobrás. Alguns desses desastres sendo bem recente como no ano de
2018, e outros mais antigos como no ano de 2000, mas que a Petrobrás só veio a pagar a
indenização no ano passado, ou seja, 21 anos após o ocorrido.
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apontou que de cada oito animais retirados pelas
equipes de resgate, apenas um sobrevivia.
Fonte: https://tribunapr.uol.com.br/noticias/curitiba-regiao/indenizacao-bilionaria-paga-por-desastre-
ambiental-vai-bancar-viaturas-no-pr/
24
Disponível em: https://fup.org.br/ha-20-anos-erros-de-gestao-da-petrobras-causaram-o-maior-
acidente-ambiental-do-parana/; acesso em: 16 jun. 2022.
25
Scraper trap é uma parte do oleoduto que é receptor de pig, sendo os pigs dispositivos utilizados
na área de inspeção da integridade da parede interna dos dutos.
48
município, já que a região de maré possibilita a propagação das substâncias para outras
regiões por meio das correntezas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através de todos os dados aqui reunidos, fica claro que ainda existe uma
necessidade de reavaliação nas ações quanto à responsabilidade ambiental. As empresas,
principalmente a Petrobrás, devem levar a sério a implementação de melhorias na
estratégia sustentável, para que seja possível a consolidação da sua imagem de
compromisso com a sociedade em respeitar o meio ambiente. Muitas informações
51
Outra coisa que demonstra que a Petrobrás ainda não alcançou esse espaço entre
as empresas sustentáveis, é as críticas realizadas pela imprensa. Apesar da dificuldade
para achar de encontrar relatórios de Organizações Não Governamentais, e de outras
instituições que tenham representatividade, para contrariar os dados apresentados pela
Petrobrás, como dito anteriormente, é possível perceber com as críticas realizadas pela
imprensa, que apesar da preocupação que a Petrobrás tem com a sociedade e com o meio
ambiente, o seu esforço ainda é pouco comparado à outras empresas petrolíferas ao redor
do mundo. A Petrobrás ainda é uma grande causadora de desastres ambientais no Brasil,
e como dito por Rafael Chaves, a demanda não irá desaparecer e a Petrobrás não enxerga
outra tecnologia capaz de substituis os combustíveis fósseis em grande escala. Ou seja,
fica um pouco claro que a empresa não pretende aumentar sua busca por uma maior
responsabilidade social e ambiental.
sustentabilidade, como já dito, não apenas pelas empresas, mas sim pelos governos,
sociedade civil, setor privado e por cada cidadão comprometido com as gerações futuras.
Assim, buscando relacionar com a teoria aplicada, é possível perceber que muito
provavelmente no caso da Petrobrás ela não influenciará uma cascata de normas,
fundamentada por Finnemore e Sikkink (1998), principalmente pelo fato de que com a
conclusão obtida, a Petrobrás não está de fato no meio das grandes empresas sustentáveis,
dessa forma ela ainda não alcançou a legitimidade internacional desejada por outras
grandes empresas para que se torne influente a ponto de gerar essa cascata de normas.
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