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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Ministério das Obras Públicas e Habitação

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E APOIO INSTITUCIONAL


Identificação do Projecto: P0104566

Estudos Ambientais e Sociais para o


Sistema de Abastecimento de Água do Grande
Maputo

Vol. 3
Plano de Gestão Ambiental e Social
Relatório Final
Janeiro 2013

COWI
Contacto do Proponente

Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG)

Avenida Felipe Samuel Magaia, Nº 1291


Maputo, Moçambique
Tel: +258 21308840 / 308815
Fax: +258 21 308881
www.fipag.co.mz

Contactos dos Consultores

De forma a garantir a sustentabilidade ambiental das actividades neste Projecto, o


FIPAG seleccionou através de um concurso público a FICHTNER em parceria com a
COWI (Moçambique) como consultores para realizar o Projecto de Abastecimento
de Água e Apoio Institucional.

COWI (Mozambique) FICHTNER

Av. Zedequias Manganhela, N.º 95 Sarweystraße 3 ● 70191 Stuttgart


1.º Andar Postfach 10 14 54 ● 70013 Stuttgart
Maputo-Cidade, Moçambique Tel.: 0711 8995-418 (Dr. Miller)
Tel.: +258 21 358 351 Fax: 0711 8995-459
Fax: +258 21 307 369 Werner.Miller@Fichtner.de
Telemóvel: 82 315 1190/82 311 6530 www.fichtner.de

Contacto Directo: Contacto Directo:


Yara Barreto (Líder da Equipe) Dr Hans G. Back (Project Manager)
Tel.: +258 2103580320 Tel: +258 82 66 85 002
E-Mail: yaba@cowi.dk E-Mail: h.back@gefaoe.de

Rev No. Data-rev Conteúdo/alterações Preparado/revisto Verificado/aprovado

0 23.11.2012 Plano de Gestão Ambiental e Social Equipa Barreto/Back


Esboço Final após comentários do FIPAG
1 15.12.2012 Barreto/ Back Barreto/Back
e do Banco Mundial
Final após realização das consultas públicas
2 29.01.2013 Barreto/ Back Barreto/ Back
e comentários do FIPAG

Duração: de Fevereiro de 2012 a Janeiro de 2013


Estudo Ambiental e Social para o Programa de Abastecimento de Água ao Grande Maputo PGAS

Todo o conjunto de Relatórios de Impacto Ambiental contém os seguintes volumes:

Vol. 1: Resumo NãoTécnico (RNT)


Vol. 2: Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS)
Vol. 3: Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS)
Vol. 4: Estudo Especializado Bio-Físico
Vol. 5: Estudo Especializado Socioeconómico
Vol. 6: Estudo Especializado de Saúde e de Segurança
Vol. 7: Estudo Especializado de Águas Superficiais
Vol. 8: Relatório sobre o Processo de Participação Pública

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Estudo Ambiental e Social para o Programa de Abastecimento de Água ao Grande Maputo PGAS

Tabela de Conteúdos

1. Introdução 1

2. Enquadramento Legal 3

2.1 Enquadramento Institucional 3


2.1.1 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental 3
2.1.2 Ministério das Obras Públicas e Habitação 4
2.1.3 Ministério da Agricultura 4
2.1.4 Ministério da Saúde 5
2.1.5 FIPAG 6
2.2 Principais Estratégias Nacionais e Programas 7
2.2.1 Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 7
2.2.2 Políticas Nacionais 9
2.2.3 Estratégias 10
2.3 Legislação Nacional Chave 15
2.4 Padrões Internacionais e Acordos 27
2.4.1 Acordos e Convenções Chave 27
2.4.2 Directrizes da Organização Mundial da Saúde 30
2.4.3 Directrizes do IFC 32
2.4.4 Directrizes da Comissão Mundial das Barragens 37

3. Descrição do Projecto 40

4. Princípios de Planos de Gestão Ambiental e Social 42

5. Requisitos e Responsabilidades Institucionais 43

5.1 Responsabilidades do MICOA 45


5.2 Responsabilidades do FIPAG 45
5.3 Responsabilidade do Empreiteiro Contratado 46
5.4 Responsabilidades do Engenheiro Residente 48
5.5 Responsabilidades do Auditor de SSA Externo 49
5.6 Responsibilidades do Operador 50

6. Medidas de Gestão 51

6.1 Fase de Desenho/Pré-Construção 51

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6.1.1 Água 51
6.1.2 Solos 51
6.1.3 Qualidade do Ar 52
6.1.4 Ruído e Vibração 52
6.1.5 Flora e Fauna 52
6.1.6 Terras Húmidas 52
6.1.7 Estação de Combustível e de Abastecimento 52
6.1.8 Resíduos Sólidos 53
6.1.9 Paisagem 53
6.1.10 Socioecónomico 53
6.1.11 Saúde e Segurança 55
6.1.12 Trafego 56
6.2 Fase de Construção 56
6.2.1 Água 56
6.2.2 Solos 57
6.2.3 Qualidade do Ar 59
6.2.4 Ruído e Vibração 59
6.2.5 Flora e Fauna 61
6.2.6 Terras Húmidas 62
6.2.7 Estação de Combustível e de Abastecimento 62
6.2.8 Resíduos Sólidos 63
6.2.9 Paisagem 64
6.2.10 Socioecónomico 64
6.2.11 Saúde e Segurança 67
6.2.12 Trafego 72
6.3 Fase de Operação 74
6.3.1 Água 74
6.3.2 Solos 75
6.3.3 Qualidade do Ar 75
6.3.4 Ruído e Vibrações 76
6.3.5 Flora e Fauna 76
6.3.6 Terras Húmidas 76
6.3.7 Estação de Combustível e de Abastecimento 76
6.3.8 Resíduos Sólidos 77
6.3.9 Paisagem 77
6.3.10 Socioeconómico 77
6.3.11 Segurança e Saúde 79
6.3.12 Trafego 81
6.4 Fase de Encerramento 82
6.4.1 Água 82
6.4.2 Solos 83
6.4.3 Qualidade do Ar 84
6.4.4 Ruído e Vibrações 84
6.4.5 Flora e Fauna 85
6.4.6 Terras Húmidas 86
6.4.7 Estação de Combustível e de Abastecimento 87

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6.4.8 Resíduos Sólidos 87


6.4.9 Paisagem 88
6.4.10 Socioeconómico 88
6.4.11 Saúde e Segurança 88
6.4.12 Trafego 92

7. Plano de Monitoramento 94

8. Penalizações 97

9. Documentação 98

10. Plano de Emergência 101

10.1 Funções e Responsabilidades 102


10.2 Áreas de Emergência 102
10.3 Sistemas de Comunicação 103
10.3.1 Comunicação e Notificação ao Trabalhador 103
10.3.2 Meios de Comunicação e Relações Públicas 103
10.4 Procedimentos de Emergência 104
10.5 Recursos de Emergência 106
10.5.1 Fundos Financeiros e de Emergência 106
10.5.2 Serviços de Bombeiros 106
10.5.3 Serviços Médicos 106
10.5.4 Disponibilidade de Recursos 106
10.5.5 Ajuda Mutua 107
10.5.6 Lista de Contactos 107
10.6 Treinamento e Actualizações 107
10.7 Continuidade de Negócios e Contingência 108

11. Programa de Educação Ambiental 109

12. Custo Total do Plano de Gestâo Ambiental e Social 111

13. Conclusões e Recomendações 113

Anexos 114
Anexo I: Requisitos principais para o local de armazenamento de lamas após
a directiva da UE 99/31 115

Lista de Figuras

Figura 2-1: Quadro Institucional do Sector de Águas [Fonte: www.cra.org.mz ] ................ 4

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Figura 3-1: Localização do Projecto na Provincia de Maputo ......................................... 41


Figura 5-1: Fluxograma de implementação do PGAS [Fonte: FIPAG 2003].................... 43

Lista de Tabelas

Tabela 7-1: Actividades de Monitorização ....................................................................... 94

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Abreviaturas

AdeM Águas da Região de Maputo – Águas de Moçambique


Ara-Sul Administração Regional de Águas – Sul
AIAS Avaliaçao de Impacto Ambiental e Social
CBD Convenção sobre Diversidade Biologica
CBNRM Gestão do Recursos Naturais Baseados na Comunidade
CFC Clorofluorocarbono
CMB Comissão Mundial de Barragens
COBA Consultores de Engenharia e Ambiente, S.A., Portugal
COI Corredor de Impacto
CQ Controlo de Qualidade
DHS Avaliação Demográfica de Saúde
DNAIA Direcção da Avaliação de Impacto Ambiental
DPA Direcção Provincial da Agricultura
DTS Doença de Transmissão Sexual
EC EmpreIteiro de Construção
EIAs Estudo de Impacto Ambiental e Social
EPDA Estudo de Pré-Viabilidade Ambiental e Definição do Âmbito
ETA Estação de Tratamento de Água
FIPAG Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água
GMO Organismo Geneticamente Modificado
GoM Governo de Moçambique
GQ Garantia de Qualidade
HAZID Estudo de Identificaçao de Perigos
HIV Virus de Imunodeficiencia Humana
HPD Equipamento de Protecção Auditiva
HSEMS Saúde, Seguranca e Gestão do Ambiente
IFC Corporação Financeira Internacional
INE Instituto Nacional de Estatistica
INSIDA National AIDS Survey
ILO Organização Internacional do Trabalho
IUCN União Internacional para Conservação da Natureza
LEAV Acção de Valores de Baixa Exposição
MDGs Objectivo de Desenvolvimento do Milénio
MICOA Ministério para Coordenação da Acção Ambiental
MICS Avaliação de Indicadores Multiplos
MINAG Ministério da Agricultura
MoH Ministério da Saúde
MSDS Folha de Dados de Segurança do Material

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NBSAP Estrategia e Plano de Acçao para Biodiversidade


MTD Melhores Tecnologias Disponíveis
No Número
RNT Resumo não Técnico
NWDP Projecto Nacional para o Desenvolvimento da Água
OAC Oficial Ambiental de Campo
OHSAS Série de Estudos de Saúde e Segurança Ocupacional
ONG Organização Não Governamental
OSS Oficial de Saúde e Segurança
PAC Pó de Carbono Activado
PAP Pessoas Afectadas peo Projecto
PARP Plano de Acção para Redução da Pobreza
PEN Plano Estratégico Nacional de Combate às DTS/HIV/SIDA
PES Plano Social e Económico
PGAS Plano de Gestão Ambiental e Social
PNB Produto Nacional Bruto
POP Poluentes Organicos Persistentes
EPP Equipamento de Protecçao Pessoal
PI&A Partes Interessadas e Afectadas
PPP Processo de Participação Pública
PS Padrao de Desempenho
PR Plano de Reassentamento
RoW Direito a Passagem
SADC Comunidade de desesnvolvimento da Africa Austral
SCBA Aparelho de Respiração Autónomo
SIDA Sindroma de Imunodeficiencia Adquirida
SIG Sistema de Informação Geográfica
SS Saúde e Segurança
SSA Saúde, Segurança e Ambiente
UNESCO Organizaçao da Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
USAID Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos
UV Ultravioleta
WASIS Serviço de Água e Sector de Apoio Institucional
OMS Organização Mundial da Saúde

Unidades

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dB(A) decibel(A)
h hora
ha hectar = 10,000 m³
km kilometro
km³ kilometro cubico
m metro
m³ metro cubico
m³/day metro cubico por dia

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Definições

Termo Definição
Avaliação de É um instrumento de gestão ambiental preventiva que consiste na
Impacto Ambiental identificação e análise prévia, qualitativa e quantitativa, dos efeitos
ambientais benéficos e perniciosos de uma actividade proposta.
(Construção) A empresa que realiza as obras para a pré-construção e para a
Contratado fase de construção.
Engenheiro Um consultor (empresa de engenharia), que representa o
residente proprietário de um projecto durante o desenho, desenvolvimento,
construção e para confirmar que o trabalho é bem feito e dentro
dos padrões legais.
Impacto Ambiental É qualquer mudança do ambiente para melhor ou pior,
especialmente com efeitos no ar, na terra, na água e na saúde das
pessoas, resultante de actividade humana.
Meio Ambiente A combinação de elementos cujas interrelações complexas
originam as configurações, os arredores e as condições de vida do
indivíduo e da sociedade como eles são ou fazem-se sentir.
Medidas de Conjunto de medidas visando minimizar ou evitar os efeitos
Mitigação negativos sobre o ambiente biofísico e socioeconómico.
Monitoramento É a medição regular e periódica das variáveis ambientais
representativas da evolução dos impactos ambientais da
actividade após o início da implantação do mesmo para
documentar as alterações que foram causadas, com o objectivo de
verificar a ocorrência dos impactos previstos e a eficácia das
respectivas medidas mitigadoras.
Oficial de Campo monitora o cumprimento do PGAS durante a fase de construção e
Ambiental aconselha o contratante sobre as questões ambientais relativas à
construção.
Oficial de Saúde e monitora o cumprimento do PGAS durante a fase de construção e
Segurança aconselha o Empreiteiro de saúde e segurança questões relativas
à construção.
Operador A empresa que mantém o funcionamento das instalações.
Plano de Gestão São as acções a desenvolver pelo proponente, visando gerir
Ambiental e Social impactos negativos e potenciar os positivos resultantes da
implementação, da actividade por ele proposta, elaboradas no
âmbito da AIA.
PGA genérico para Documento preparado para o FIPAG para fornecer orientações
Construção sobre um quadro para o desenvolvimento de ProjeCtos de
Desenvolvimento Nacional da Água.
Segurança A capacidade da barragem para satisfazer as exigências de
ambiental (de uma comportamento relativas à limitação de incidências prejudiciais
barragem) sobre o ambiente, no que respeita designadamente à qualidade
das águas, ao assoreamento da albufeira, evolução do leito a
jusante e alteração dos níveis freáticos, e a aspectos ecológicos,

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Termo Definição
climáticos, paisagísticos, histórico-culturais e arqueológicos
Segunraça A capacidade da barragem para satisfazer as exigências de
estrutural comportamento estrutural perante as acções e outras influências,
associadas à construção e operação e a ocorrências excepcionais
Supervisor de SSA Trabalhador do Engenheiro residente para supervisionar as
actividades dos Empreiteiros em matéria de implementação dos
requisitos estipulados no PGAS.

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Estudo Ambiental e Social para o Programa de Abastecimento de Água ao Grande Maputo
PGAS

1. Introdução
A área do Grande Maputo está a apresentar um rápido crescimento e os
distritos vizinhos estão a ser cada vez mais absorvidos. Este processo de
integração vai quase triplicar a área de serviço e em 2035 ele duplicará a
população que necessita dos serviços de abastecimento de água para um
total de 4.000.000 habitantes.
Como consequência, a procura de água irá aumentar consideravelmente
entre 2016 e 2019, excedendo a capacidade de produção actual de água
para as áreas que actualmente estão a ser abastecidas. Esta situação
exige a abertura de novas fontes de abastecimento de água potável para a
Área do Grande Maputo da qual o projeto apresentado faz parte.

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) classificou


este projecto como uma actividade da Categoria A, tornando-se necessária
a realização de um Estudo de Impacto Ambiental e Social (ESIA)
(Categorização ver Vol. 2) no qual este Plano de Gestão Ambiental e
Social (PGAS) está integrado.

Este PGAS é um instrumento que vai permitir que o proponente possa


integrar componentes ambientais durante a implementação do projecto
para melhorar e expandir o sistema de abastecimento de água para a Área
do Grande Maputo. O documento serve para identificar e descrever os
princípios, responsabilidades e actividades que devem ser implementados
e geridos de forma mais eficaz os aspectos ambientais e os seus impactos
adurante as diferentes fases do projecto.

Âmbito e Objectivos do PGAS

A preparação deste PGAS é uma exigência da regulamentação sobre o


Processo de AIA em Moçambique e suas Directivas, assim como de
agências internacionais, incluindo do Banco Mundial.

O PGAS tem como objectivos gerais assegurar que as actividades do


projecto sejam desenvolvidas, conduzidas e administradas duma forma
ambientalmente responsável.

O PGAS aqui apresentado tem como objectivos específicos estabelecer


procedimentos práticos para a mitigação dos impactos negativos
significativos, bem como de valorização dos impactos positivos
identificados durante o EIAS. Tem como objectivos ainda identificar
acções, responsabilidades e medidas de monitorização das questões de
impacto, incluindo de saúde e segurança, de modo a garantir que a
actividade é implementada de forma sustentável, tanto de ponto de vista
ambiental, como socioeconómico.

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2. Enquadramento Legal
O objectivo desta secção é apresentar os quadros jurídicos nacionais e
internacionais de desenvolvimento e ambientais, que são aplicáveis para o
projecto proposto, incluindo: instrumentos jurídicos nacionais e
internacionais, a identificação das convenções internacionais ratificadas
pelo Governo de Moçambique, bem como acordos regionais entre os
países da África Austral.

2.1 Enquadramento Institucional

O projecto proposto é coberto pelo regulamento de Moçambique sobre o


Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), Decreto n º 45/2004 de
29 de Setembro combinado com o Decreto n º 42/2008 de 4 de Novembro,
mantendo os outros regulamentos e normas vigentes no país e os padrões
regionais e internacionais aplicáveis para esses casos.

2.1.1 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) é o órgão


central do aparelho do Estado, que direcciona a implementação da política
ambiental, coordena, aconselha e incentiva planeamento e uso adequado
dos recursos naturais do país de acordo com os princípios, objectivos e
tarefas definidas pelo Conselho de Ministros. O seu Estatuto Orgânico foi
aprovado pela Resolução Nº16/2009, estabelecendo a sua estrutura e
funções orgânicas. O Diploma Ministerial Nº255/2009 determina o
Regulamento Interno do MICOA.

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) dirige a


execução da política definida pelo Governo para o sector, nomeadamente:

 Decidir sobre os estudos de impacto ambiental relacionados com a


realização de actividades socioeconómicas, no contexto do
desenvolvimento de projectos nos sectores;
 Decidir sobre a qualidade técnica dos estudos de impacto
ambiental;
 Realizar auditorias ambientais e realizar actividades devidas a
procedimentos legais quando há infrações previstas na Lei do
Ambiente;
 Propor ao Conselho de Ministros as políticas para o
desenvolvimento sustentável do país;
 Divulgar e informar regularmente sobre a situação ambiental do
país;
 Recomendar ao Governo a criação de incentivos ambientais;

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 Decidir, após consulta com os sectores de proteção e instituições


de pesquisa, sobre a criação de áreas de valor ecológico; e
 Decidir sobre a sustentabilidade dos planos de desenvolvimento.

2.1.2 Ministério das Obras Públicas e Habitação

O Diploma Ministerial Nº 217/98 de 23 de Dezembro estabelece os


objectivos, funções e competências do Ministério das Obras Públicas e
Habitação. No seu Capítulo 1, Secção I Artigo 1 define as áreas de
actuação como:

 Obras Públicas;
 Habitação e Desenvolvimento Urbano;
 Recursos hídricos;
 Inspecção completa de obras públicas.

Figura 2-1: Quadro Institucional do Sector de Águas [Fonte: www.cra.org.mz ]

2.1.3 Ministério da Agricultura

O Ministério da Agricultura, criado pelo Decreto Presidencial nº 13/2005, é


o órgão central do aparelho de Estado que, de acordo com os princípios,
objectivos e tarefas definidos pelo Governo, dirige, planifica e assegura a
execução das políticas nos domínios da terra, agricultura, pecuária,
florestas, fauna bravia e hidráulica agrícola.

O Ministério da Agricultura tem a seguinte estrutura:

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 Direcção Nacional dos Serviços Agrários;


 Direcção Nacional dos Serviços de Veterinária;
 Direcção Nacional de Terras e Florestas;
 Direcção Nacional de Extensão Agrária;
 Inspecção-Geral;
 Direcção de Economia;
 Direcção de Recursos Humanos;
 Direcção de Administração e Finanças;
 Centro de Documentação e Informação Agrária;
 Departamento de Cooperação Internacional;
 Gabinete do Ministro.

Instituições Subordinadas:
 Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM);
 Instituto do Algodão de Moçambique (IAM);
 Instituto de Fomento do Cajú (INCAJU);
 Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI);
 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (CENACARTA);
 Instituto de Formação em Administração de Terras e Cartografia
(INFATEC);
 Secretariado técnico para a Segurança Alimentar e Nutricional
(SETSAN).

Nas províncias, o ministério está representado através de Direcções


Provinciais de Agricultura (existem 10 no total, um por província), que
estão mandatados com a disseminação de políticas, de planeamento e
orçamento provincial e coordenação de actividades na província. A nível
distrital, o ministério está representado através do Serviço Distritais de
Actividades Económicas dentro do Escritório de Administração do Distrito.

Os principais serviços públicos prestados pelo MINAG e suas instituições


subordinadas incluem: a emissão de directivas da política agrícola e
legislação sobre agricultura e gestão de recursos naturais, pesquisa e
extensão agrícola, serviços veterinários e de delimitação de terras
comunitárias.

2.1.4 Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde, criado pelo Decreto Presidencial Nº11/95, é a


Autoridade Central do Aparelho do Estado, de acordo com os princípios,
objectivos e tarefas definidas pelo Governo é responsável pela
implementação da Política de Saúde nos sectores público, privado e
comunitário.

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PGAS

Seus objetivos são:


 Promover e incentivar a resolução de problemas de saúde,
concebendo e desenvolvendo programas para promover e proteger
a saúde e a prevenção e combate à doenças;
 Prestar cuidados de saúde à população, através do sector da saúde
pública;
 Promover e apoiar o sector privado sem fins lucrativos;
 Promover, supervisionar e apoiar um Sistema Comunitário para
prestar cuidados de saúde;
 Formular política farmacêutica e dirigir a sua execução de acordo
com as directrizes definidas pelo Governo;
 Promover e orientar a formação técnica e profissional da equipe de
Saúde;
 Promover o desenvolvimento de tecnologias apropriadas para o
Sistema de Saúde; e
 Promover o desenvolvimento de pesquisas sobre os diferentes
níveis de cuidados de saúde, para garantir uma melhor definição da
política de saúde e programas de gestão.

2.1.5 FIPAG
O Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de água (FIPAG)
é uma instituição píblica de âmbito nacional, dotada de personalidade
jurídica e autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Foi criado por
Decreto Nº 73/98. O Diploma Ministerial Nº 118/2001 aprovou o
Regulamento Interno do FIPAG.

O Enquadramento da Política de Reassentamento do FIPAG apresenta o


plano de acção para as actividades de reassentamento de projectos,
nomeadamente a expansão da rede de abastecimento de água. Define os
princípios e directrizes para o reassentamento no quadro das intervenções
de abastecimento urbano de água sob a responsabilidade do FIPAG.

Plano de Gestão Ambiental Geral de Obras de Construção


O Plano de Gestão Ambiental Geral de Obras de Construção do FIPAG
(FIPAG 2003) foi implementado pelo FIPAG para projectos de Apoio
Institucional e de Serviços de Água (WASIS) em curso e financiados pelo
Banco Mundial, estabelecendo normas adequadas para trabalhos de
construção. Este plano deve ser considerado pelos empreiteiros para as
obras de construção para este projecto.

O objectivo deste PGA geral é controlar os potenciais impactos ambientais


negativos associados à fase de construção de um sub-projecto, e / ou para
melhorar os impactos ambientais positivos. A implementação efectiva do

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PGA de u sub-projeto garante que as actividades de construção são


realizados e geridas de uma forma ambientalmente segura e responsável.

Os PGAs normalmente contêm especificações ambientais a que o


empreiteiro será obrigado a aderir durante a duração de seu contrato, para
reduzir ou evitar impactos ambientais negativos para o meio ambiente.
Este PGA geral também detalha a autoridade organizacional e estrutura
necessária para garantir a sua efectiva implementação, bem como
medidas para controlar e melhorar a sua aplicação.

2.2 Principais Estratégias Nacionais e Programas

2.2.1 Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

Os 8 Objectivos de Desenvolvimento do Milénio são:

a) Erradicar a Pobreza Absoluta e a Fome

De acordo com o mais recente relatório de progresso nacional sobre os


Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) produzidos em 2010, a
percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza em
Moçambique situou-se em 54,7%.

Se a dinâmica recente de treinamento e a criação de emprego continuar, a


meta nacional de 1 milhão de pessoas empregadas e/ou treinadas
profissionalmente em 2015, pode ser excedida em mais de 100%. O outro
alvo principal do ODM1 é ter, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas
que sofrem de fome. É potencial para Moçambique para alcançar a meta.

b) Alcançar o ensino primário universal

Cem por cento de taxa líquida de matrículas no ensino primário até 2015
parece ser um objectivo potencial de Moçambique. Em 2008, 81% das
crianças em idade de frequentar a escola primária (6-12 anos de idade)
foram matriculadas na escola (dados do MICS). A taxa de conclusão
também aumentou tremendamente.

c) Promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres

Cem por cento de taxa líquida de matrículas no ensino primário até 2015
parece ser um objetivo potencial de Moçambique. Em 2008, 81% das
crianças em idade de frequentar a escola primária (6-12 anos de idade)
foram matriculadas na escola (MICS de dados). Isso significa que cerca de
19% dessas faixas etárias não estão a frequentar o ensino primário. A a
taxa de conclusão também aumentou tremendamente.

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d) Reduzir a mortalidade infantil

Moçambique tem potencial para atingir os seus objectivos para 2015 em


relação à mortalidade infantil (67/1, 000 nascidos vivos) e mortalidade
infantil (108/1, 000 nascidos vivos).

A vacinação é uma das intervenções que contribuem fortemente para a


redução da mortalidade infantil, através da diminuição da incidência de
doenças preveníveis.

A Malária, SIDA, pneumonia e diarréia foram as principais causas de


mortes de crianças em Moçambique, em 2008.

A distribuição justa de recursos humanos qualificados para a saúde


neonatal e infantil em todos os níveis poderia reduzir a mortalidade infantil.

e) Melhorar a Saúde Materna

A taxa de mortalidade materna reduziu gradualmente a partir de 1000


mortes por 100.000 nascidos vivos no início da década de 90 para 500,1
mortes por 100 mil nascidos vivos em 2007 (Censo 2007). A meta nacional
para 2015 está definida em 250 mortes que podem ser difíceis, mas com
potencial de serem alcançadas.

A cobertura de consultas pré-natal, com pelo menos uma consulta uma vez
por ano aumentou de 71,4% para 84,5%, e para 92%, respectivamente
(IDS1997, IDS 2003 e MICS 2008). A meta nacional para esse indicador
está definida em 95%, e parece ser facilmente alcançável.
O uso de contraceptivos por mulheres casadas (ou mulheres que vivem
em uma união conjugal) aumentou de 6% em 1997 para 18,2% em 2003 e
diminuiu ligeiramente para 16,2% em 2008. Esta diminuição corresponde à
diminuição do uso de contraceptivos modernos, que diminuiu de 14,2% em
2003 para 12,2% em 2008.

Desde 1977 a Saúde Materna tem estado no topo das prioridades do


Governo e foi feito progresso significativo.

f) Combater o HIV/ SIDA e outras doenças

O HIV e SIDA é uma das grandes ameaças para o desenvolvimento de


Moçambique. A prevalência de HIV / AIDS entre os jovens e adultos (15 -
49 anos de idade), foi calculada a uma taxa de 11,5% entre 2008 e 2009
(INSIDA 2009). Em 1997, a taxa foi de 8,6%. Não há meta nacional fixada
para 2015.

7753P01 COWI/FICHTNER 8
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A malária ainda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade


em Moçambique. Há oito objectivos definidos a nível nacional para
prevenir a malária e as mortes devido a malária até 2015.

A tuberculose é um problema de saúde pública em Moçambique. A meta


para esta doença até 2015 é diminuir sua prevalência 298-149 casos por
100.000 habitantes e reduzir a mortalidade 36-18 mortes por 100.000
habitantes. Mais da metade (66%) dos pacientes com TB são HIV positivo.

g) Garantir a sustentabilidade ambiental

Este objectivo, Objectivo 7, diz respeito à sustentabilidade ambiental.


Afirma que para os indicadores ambientais não existem metas definidas a
nível nacional, mas durante os últimos anos, o país aumentou seus
investimentos em reflorestamento e áreas protegidas. Pelo contrário, o
consumo de substâncias que empobrecem a camada de ozono tem
aumentado em Moçambique.

O acesso ao abastecimento de água potável aumentou de 37,3% em 1997


para 56,0% em 2009, quando a meta nacional para 2015 é de 70%. A
proporção da população com acesso a saneamento básico aumentou de
40% em 2003 para 45% em 2009, com a meta para 2015 de 50%. A este
ritmo de melhoria Moçambique provavelmente vai cumprir as metas de
2015 para o acesso à água, bem como o saneamento.

a) Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

A dívida de Moçambique manteve-se sustentável nos últimos anos. O


indicador chamado Serviço da Dívida mostra resultados razoáveis. De
1997 a 2009, a sustentabilidade da dívida, medida pela Relação Serviço da
Dívida/Exportações de Bens e Serviços (X), diminuiu de 21,7% para
2,54%.
A tecnologia celular é uma tecnologia mais rapidamente adoptada por
moçambicanos do que outras tecnologias de informação. O ambiente é
bastante favorável para as TIC. Não há metas estabelecidas nesta área.

2.2.2 Políticas Nacionais

Desde 1990, o Governo de Moçambique já produziu e aprovou uma ampla


gama de políticas que incluem instrumentos que fornecem protecção de
recursos naturais. Estas são os seguintes:

A Política Agrária

7753P01 COWI/FICHTNER 9
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Os objectivos dentro desta política são os de desenvolver actividades


agrárias para alcançar a segurança alimentar para o país com base no uso
sustentável dos recursos naturais.

A Política de Terras
O objectivo desta política foi a de consolidar os direitos da população sobre
a terra e outros recursos naturais, bem como promover o investimento e
uso sustentável e equitativo destes recursos. Foram definidos os seguintes
objectivos:

 aumentar a produção agrícola nacional;


 estimular o investimento privado, garantindo os direitos à terra;
 promoção de direitos de acesso à terra das populações rurais;
 garantir os direitos consuetudinários e tradicionais;
 preservar áreas ecológicas importantes; e
 a criação de um sistema fiscal deterra eficaz.

A Política Ambiental
Esta política garante recursos ambientais e naturais para manter a sua
capacidade funcional e produtiva para as gerações actuais e futuras, ela
garante que as solicitações ambientais sejam consideradas no
planeamento socioeconómico e integra os esforços globais e regionais na
busca de soluções para os problemas ambientais. A política nacional foi
implementada através de dois instrumentos legislativos: o Programa
Nacional de Gestão Ambiental e Estratégia Nacional de Conservação,
dentro dos quais foi construído um quadro institucional e jurídico para os
sectores e subsectores mais relevantes do desenvolvimento nacional
(Massango, 2004; USAID 2008).

2.2.3 Estratégias

Estratégia Nacional de Biodiversidade e Plano de Acção (ENBPA)


A Estratégia Nacional de Biodiversidade e Plano de Acção aprovado em
2003 pelo Governo Moçambicano tem os seguintes objectivos:

1. Cumprir a exigência do artigo 6 da Convenção sobre Diversidade


Biológica (CDB), que apela para o desenvolvimento de estratégias
nacionais que refletem as medidas definidas na convecção.
2. Identificar problemas que necessitam de acções prioritárias nacionais e
que precisam de uma coordenação esforços imediatos.
3. Tenha uma ferramenta básica que ajuda as agências governamentais
e da sociedade para garantir que todos os planos da política do
governo relacionados à diversidade biológica são realizados,
especialmente por meio de esforços de coordenação de políticas
sectoriais relevantes, programas e estratégias. A ENBPA é

7753P01 COWI/FICHTNER 10
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especialmente concebida para atingir os seguintes objectivos


estratégicos:

 Conservação dos recursos biológicos do país, com base no


conhecimento, pesquisa, reabilitação e fortalecimento das áreas de
conservação, bem como sobre medidas de conservação estendidas
para ecossistemas frágeis ou importantes.
 O uso sustentável dos recursos biológicos, através de reforço de
medidas de controlo, a mudança de atitudes e práticas prejudiciais
aos recursos biológicos, a promoção do uso de sub-produtos
derivados de recursos naturais, a observação da viabilidade
genética, aplicação de coordenação institucional, controle sobre a
introdução de espécies invasoras, a capitalização do uso dos
recursos naturais da vida selvagem, especialmente marinhos e
costeiros recursos para melhorar a situação económica e social do
país.

Estes objectivos estratégicos foram concebidos para responder aos artigos


6 e 7 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Existem várias
actividades prioritárias incluídas na ENBPA:

1. Obtenção de um compromisso político e institucional para atingir os


objectivos da presente estratégia.
2. Promoção de esforços de coordenação entre e dentro das instituições,
a fim de garantir uma melhor organização e implementação das
acções propostas no plano de ação da ENBPA.
3. Identificação dos componentes da diversidade biológica (actualizado
e/ou novos dados).
4. Promoção e estabelecimento de um sistema de informações sobre a
situação actual dos componentes da diversidade biológica.
5. Estabelecimento de medidas de protecção para habitats naturais
sensíveis e/ou espécies ameaçadas de extinção, incluindo, se
necessário, recomendações de novas áreas a serem protegidas.
6. Reforço da fiscalização sobre a exploração informal e formal dos
recursos naturais, cobrindo funcionalidades relacionadas com recursos
humanos, materiais e recursos financeiros.
7. Monitoramento da diversidade biológica, especialmente em áreas de
exploração, através de um sistema de critérios e indicadores para
monitorar a diversidade biológica.
8. Valorização dos recursos naturais, avaliação dos custos relacionados
com a utilização do capital natural e incorporação dos custos e
benefícios para as contas nacionais.
9. Promoção e valorização do papel da pesquisa na produção de
informações e tomada de decisão sobre a utilização de recursos
naturais.

7753P01 COWI/FICHTNER 11
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10. Gestão comunitária dos recursos naturais e valorização do


conhecimento tradicional (propriedade intelectual).
11. Conservação de recursos genéticos de plantas e animais.
12. Controle e conhecimento de OGM e potencial de espécies invasoras,
que são capazes de prejudicar a diversidade biológica.
13. Criação de condições para melhorar o bem-estar das pessoas em
todas as exploração e utilização sustentável dos recursos naturais.
14. Simplificação e divulgação da ENBPA.

Política Nacional e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia


A Política e Estratégia para o Desenvolvimento de Vida Selvagem e
Florestas, através da Resolução Nº 8/97 de 1 de Abril de 1997, levou a um
processo para criar oportunidades potenciais para a participação
substancial da comunidade em silvicultura e maneio da fauna selvagem. A
Política Moçambicana de Floresta e Fauna Bravia afirma que é importante
que aqueles que usam e beneficiam mais directamente de animais
selvagens devem participar nos processos de planeamento de gestão. As
comunidades locais são, de facto, apontadas como os principais actores
na implementação da política. A política determina os objectivos de vida
selvagem e maneio florestal incluindo:

a) Conservação dos recursos básicos, incluindo a diversidade


biológica;
b) envolvimento das pessoas que são dependentes de recursos
florestais e fauna bravia no planeamento e uso sustentável desses
recursos; e
c) ssegurar que as comunidades se beneficiem dos recursos
selvagens.

Também estabelece, como princípio, que os recursos selvagens e


florestais devem ser geridos para assegurar a harmonia entre as
comunidades locais e instituições locais do Estado, de modo que as
práticas costumeiras e princípios de conservação sejam respeitados.

Estratégia de Turismo e Conservação


Estratégias de Conservação para Apoiar o Desenvolvimento do Turismo
em Moçambique

As seguintes estratégias de conservação específicas relacionadas serão


utilizados para apoiar o desenvolvimento do turismo em Moçambique
durante os próximos dez anos:

i) Consolidação da Gestão de Recursos Naturais Chave

Assim, a gestão de todos os recursos naturais selvagens, incluindo


recursos costeiros e marinhos costeiros, será gradualmente melhorada e

7753P01 COWI/FICHTNER 12
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consolidada em um quadro de gestão dos recursos naturais no país, o que


permitirá uma abordagem estruturada na política de definição,
regulamentação, gestão e coordenação de todas as actividades
relacionadas com a conservação.

ii) Melhorar Produtos de Conservação Relacionados e Qualidade dos


Serviços

Uma lacuna evidente no actual estado é a ausência de regulamentos para


operacionalizar as várias Leis e Decretos de apoio a actividades de
conservação no país. Regulamentos específicos são necessários para
cada área de actividade de segmento, a saber:
• Regulamentos e Directrizes relacionadas ao desenvolvimento e
usos do turismo em áreas costeiras e marinhas protegidas, e
regulamentos e orientações relacionados às actividades de caça
turística;
• Regulamentos e Directrizes sobre a Gestão de Recursos Naturais
com Base na Comunidade (GRNBC);
• Regulamentos e orientações relativas à gestão e comércio de
animais vivos;
• Regulamentos e Directrizes sobre a concessão e oportunidades de
investimento em zonas especiais de conservação, ou seja, Parques
Nacionais e Reservas Nacionais.

iii) Acelerar a tramitação de Reabilitação de Animais Selvagens em


Áreas de Conservação

Dada a baixa base de populações selvagens em áreas de conservação do


país e em terras comunais, é necessário acelerar a reabilitação de
reservas em áreas apropriadas para a gestão da vida selvagem,
oferecendo incentivos especiais de investimento.

iv) Usando Áreas de Conservação Transfronteiriça (ACTFs) para


Apoiar o Desenvolvimento do Turismo

O principal objectivo das áreas de conservação é oferecer oportunidades


de lazer de alta qualidade para suportar o crescimento do turismo. Há uma
necessidade de continuar os esforços de reforço das ACTFs já
estabelecidas (Lebombo e Chimanimani). ACTFs adicionais serão
planeadas e desenvolvidas, sempre que necessário e possível.

v) Apoio a Criação de Novas Áreas de Conservação

Dada a baixa densidade humana em algumas áreas, a promulgação de


novas áreas de conservação é uma opção importante para aumentar as
oportunidades de desenvolvimento e de preservação dos recursos. Há

7753P01 COWI/FICHTNER 13
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também oportunidades excepcionais para estabelecer áreas de


conservação Categoria VI da IUCN, decorrentes de iniciativas de GRNBC.

vi) Fortalecimento e Expansão da Indústria de Caça Desportiva

Operações de caça turísticas têm o potencial de ser uma boa fonte de


receitas, especialmente em áreas de GRNBC..

Plano Estratégico Nacional para o HIV e SIDA (2010-2014)


O objectivo principal deste Plano Estratégico (PEN III) é contribuir para a
redução do número de novas infecções pelo HIV em Moçambique, para
promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e
SIDA, e para reduzir o impacto do SIDA sobre os esforços nacionais de
desenvolvimento. De forma a garantir o sucesso destas intervenções, a
família é chamada a desempenhar um papel central em todas as
dimensões da resposta.

A essência do Plano é a reafirmação dos princípios orientadores de


respeito dos direitos humanos, a natureza multisectorial da resposta, a
orientação de acordo com resultados comprovados, a economia de
recursos, reforço dos sistemas, respeito ao contexto sócio-cultural e da
mozambicanization da mensagem, e a utilização de mecanismos
legalmente estabelecidos e estruturas, no contexto da descentralização
das intervenções.

Plano de Acção para a Redução da Pobreza


O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP) é uma estratégia
de médio prazo estabelecido 2011-2014 do Governo de Moçambique, que
opera o Plano Quinquenal do Governo (2010-2014), especialmente para o
propósito de combater a pobreza e promover a cultura do trabalho, a fim
de alcançar um crescimento económico com equidade e reduzir a pobreza
e vulnerabilidade no país.

O PARP reconhece que o país é vulnerável a desastres causados por


eventos meteorológicos anormais. A mudança climática é um dos factores
que agravam a situação de pobreza absoluta em Moçambique, uma vez
que têm um impacto sobre a dimensão humana e da infra-estrutura sócio-
econômica. Este plano, embora não claramente tratar ou priorizar as
catástrofes naturais (especialmente as secas, inundações e ciclones
tropicais) como sendo de relevância para a redução da pobreza e melhoria
da qualidade de vida e bem-estar dos moçambicanos, a longo prazo,
reconhece a necessidade de prevenir e reduzir seus efeitos .

7753P01 COWI/FICHTNER 14
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A fim de alcançar um crescimento económico com equidade para a


redução da pobreza, o Governo define os seguintes objectivos gerais, que
irão orientar a ação do governo, a saber:

• Aumento da produção e produtividade na agricultura e pescas;


• Promover o emprego;
• O desenvolvimento humano e social;
• Governança; e
• Macroeconomia e gestão das finanças públicas.

Plano Económico e Social para 2012


O Plano Económico e Social para 2012 (PES 2012), é um instrumento para
a implementação de objectivos económicos e sociais estabelecidos no
Plano de Governo de cinco anos para o período de 2010 a 2015. Ele
estabelece metas para o crescimento econômico, a prestação de cuidados
primários de serviços sociais, a inflação, as exportações, com reservas
internacionais líquidas e finanças públicas.

PES principais objectivos são os seguintes:


• Alcançar um crescimento económico de 7,5%.
• Conter a taxa de inflação média anual em cerca de 7,2%;
• Atingir um nível de 3,020 milhões de dólares em exportações de
bens, o que representa um crescimento de 17% em relação ao
montante em 2011;
• Atingir um nível de reservas internacionais líquidas para financiar
cerca de 4,7 meses de importações de bens e serviços não-fatores,
incluindo grandes projetos;
• Prosseguir com a criação de oportunidades de emprego e de um
ambiente favorável ao investimento privado e desenvolvimento
empresarial nacional, salvaguardando, no entanto, uma boa gestão
do ambiente;
• Melhorar a quantidade e qualidade da educação pública de
serviços, saúde, água e energia, saneamento e estradas;
• Prosseguir com a consolidação do serviço de Governo do Estado e
municipal para o cidadão.

2.3 Legislação Nacional Chave

A Constituição da República de Moçambique define o direito de todos os


cidadãos a um meio ambiente equilibrado e o dever de protegê-lo (Artigo
72). Além disso, exige que as garantias estatais: (i) a promoção de
iniciativas para garantir o equilíbrio e conservação ambiental e (ii) a
implementação de políticas para prevenir e controlar a poluição e integrar
as preocupações ambientais em todas as políticas sectoriais, a fim de

7753P01 COWI/FICHTNER 15
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garantir aos cidadãos o direito de viver em um meio ambiente equilibrado,


apoiado pelo desenvolvimento sustentável (Artigo 117). Em seu Artigo 85
indica o direito à remuneração e segurança no trabalho e o trabalhador tem
direito a segurança, protecção e higiene no trabalho.

Em Moçambique, a legislação com relevância para a saúde e segurança


no local de trabalho está dispersa em vários diplomas de textos jurídicos. A
Tabela 2-1 abaixo apresenta uma breve descrição da legislação pertinente,
bem como a sua relevância para o projecto.

Tab. 2-1: Legislação Nacional Chave

Legislação Breve Descrição Relevância


Geral
Resolução N º Estabelece a base de toda a O proponente tem a
5/95 - Política legislação ambiental. De acordo com responsabilidade de
Nacional do o Artigo 2.1, o objetivo principal desta assegurar que as
Ambiente política é garantir o desenvolvimento actividades
sustentável, a fim de manter um propostas estão de
equilíbrio aceitável entre o acordo com esta
desenvolvimento socioeconómico e política e garantir a
protecção ambiental. Para atingir o sustentabilidade
objectivo acima, a política deve ambiental do
assegurar, entre outros requisitos, a projecto.
gestão dos recursos naturais no país -
e do ambiente em geral -, de forma a
preservar a sua capacidade funcional
e de produção para as gerações
presentes e futuras.
Lei 20/97 - Lei do O Artigo 12 determina que são Definir a estrutura
Ambiente proibidas todas as actividades que de licenciamento
podem prejudicar a conservação, ambiental das
reprodução, qualidade e quantidade actividades de
dos recursos biológicos, desenvolvimento
especialmente naqueles em perigo de
extinção. Ele afirma que o governo
deve assegurar que sejam tomadas
medidas adequadas para permitir a
manutenção e regeneração de
espécies animais, recuperação de
habitats prejudicados e criação de
novos habitats, controlando
especialmente aquelas actividades ou
o uso de substâncias químicas
capazes de prejudicar as espécies da
fauna e seus habitats. Protecção
especial deve ser fornecida para as
espécies vegetais ameaçadas de
extinção ou de indivíduo ou grupo de
amostras que podem ter um potencial
genético de valor, tamanho, idade,
raridade e valor científico e cultural.

O artigo 14 proíbe a implantação ou

7753P01 COWI/FICHTNER 16
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Legislação Breve Descrição Relevância


construção de qualquer infra-estrutura
que, por sua dimensão, natureza ou
localização pode causar um impacto
ambiental significativo. Isto é
especialmente aplicável às zonas
suscetíveis à erosão ou
desertificação, zonas húmidas, áreas
de proteção ambiental e outras zonas
ecológicas sensíveis.
Decreto N º Decreto N º
45/2004, alterado 45/2004, alterado
pelo Decreto n º pelo Decreto n º
42/2008 - 42/2008 -
Regulamento Regulamento para a
para a Avaliação Avaliação de
de Impacto Impacto Ambiental
Ambiental
Diploma Fornece detalhes sobre os O relatório de
Ministerial N º procedimentos para obtenção de ESHIA deve estar
129/2006 - licenças ambientais, bem como o de acordo com as
Directiva Geral formato, estrutura e conteúdo do especificações
para Elaboração relatório geral de avaliação de descritas neste
de Estudos de impacto ambiental. O objectivo desta Diploma Ministerial.
Impacto directiva é padronizar os
Ambiental procedimentos seguidos no processo
de ESHIA.
Decreto N º Define uma auditoria ambiental como Uma vez começas
25/2011 - ferramenta para uma gestão objectiva as operações, o
Regulamento do e documentada e avaliação proponente terá de
Processo de sistemática do sistema de gestão e organizar auditorias
Auditoria documentação relevante para garantir ambientais
Ambiental a protecção do meio ambiente. Seu independentes a
Revoga o Decreto objetivo é avaliar o desempenho dos serem realizadas
N º 32/2003. processos operacionais e de trabalho pelo menos uma vez
com o plano de gestão ambiental, por ano, sem
incluindo requisitos legais ambientais sacrificar a auditoria
em vigor, aprovados para um ambiental pública
determinado projecto. que pode estar
sujeita nos termos
deste Decreto.
Decreto N º Visa supervisão, monitoramento e Durante a
11/2006 - verificação regular do cumprimento implementação do
Regulamento das normas de protecção ambiental a projecto, o projecto
Sobre Inspecção nível nacional. estará sujeito a
Ambientais inspecções por parte
do MICOA, a fim de
verificar o
cumprimento da
legislation
ambiental. O
proponente deve
cooperar com tais
inspeções.
Diploma Define os princípios básicos O processo de
Ministerial N º relacionados à participação pública, participação pública
130/2006 – metodologias e procedimentos. durante a ESHIA
deve estar de

7753P01 COWI/FICHTNER 17
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Legislação Breve Descrição Relevância


Directiva Geral Considera a participação do público acordo com as
Para o Processo de um processo interativo que especificações
de Participação começa na fase de concepção e descritas neste
Pública no continua por toda a vida do projecto. Diploma Ministerial.
Processo de
Avaliação de
Impacto
Ambiental
Lei 19/2007, Lei O Artigo 4 afirma que a organização O projecto deve
do Ordenamento do território, segue entre outros o considerar locais de
Territorial princípio da sustentabilidade da domínio público e
qualidade e valores dos espaços zonas de protecção
físicos para garantir o ambiental.
desenvolvimento social e melhoria da O projecto terá que
qualidade de vida dos cidadãos, e ser aprovado e
sobre o uso do princípio da precaução registado sob esta
no qual os sistemas devem evitar lei como um serviço
actividades prejudiciais ao meio público
ambiente, a quando da concepção,
implementação e alteração dos
instrumentos de ordenamento
territorial, a fim de evitar a ocorrência
de impactos ambientais negativos,
irreversíveis e significativos.

O Artigo 7 afirma que o planeamento


territorial e ordenamento devem
garantir a organização da terra de
domínio público, que inclui as águas
territoriais, estradas, trilhas públicas,
lugares sagrados e cemitérios, zonas
de protecção ambiental, entre outros.
Emissões e Qualidade do Ar
Decreto 18/2004 - Ele fornece: Parâmetros para a O projecto deve
Regulamento manutenção da qualidade do ar atender aos padrões
sobre Padrões de (Artigo 7); normas de emissão para de qualidade do ar e
Qualidade poluentes gasosos para diversas as emissões de
Ambiental e de indústrias (Artigo 8), e normas para a efluentes,
Emissão de emissão de gases poluentes considerando as
Efluentes provenientes de fontes móveis (Artigo emissões permitidas
9), incluindo veículos leves e pesados. por lei, de modo a
Note-se que a legislação não prejudicar o
moçambicana é omissa quanto ao meio ambiente. O
poluente PM10 projecto proposto
deve considerar os
níveis permitidos
nos termos do
presente decreto. A
violação envolve
uma taxa.
Decreto Nº Inclui mudanças nos Anexos I e V, Uma vez que este
67/2010 - referidos no Artigo 7 e Artigo 16, dos decreto que altera o
Alterações ao Anexos I e V ao presente decreto. anterior (Decreto n º
Decreto Nº 18/2004) e adiciona
18/2004 Aprova os anexos IA e B deste novos acessórios, o
cliente deve

7753P01 COWI/FICHTNER 18
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Legislação Breve Descrição Relevância


decreto, que passa a fazer parte do assegurar que o
Regulamento sobre Padrões de projecto está em
Qualidade Ambiental e de Emissão de conformidade com
Efluentes. Esta ordem proíbe a estas normas.
queima de resíduos sólidos ou
líquidos, ou qualquer outro material
inflamável.
Lei 20/97 - Lei do O Artigo 9.1 proíbe a descarga de Os requisitos devem
Ambiente substâncias tóxicas para a atmosfera ser considerados
caso se exceda os padrões legais.
Água
Resolução N º Revoga a Política Nacional de Águas O proponente
46/2007 - Política aprovada pela Resolução N º. 75/95. deverá garantir que
de Águas Esta nova política abrange temas o projecto está em
importantes não cobertos na política conformidade com
anterior, como melhorar o os princípios da
saneamento em áreas urbanas, peri- política da águas. A
urbanas e rurais, redes hidrológicas, o secção 3.4,
desenvolvimento da infra-estrutura de relacionada com a
água nova e gestão integrada dos água da indústria,
recursos hídricos, com a participação agricultura e
dos interessados. navegação, afirma
que o uso dos
recursos hídricos
deve promover o
desenvolvimento
económico, criação
de emprego e
melhoria das
condições sociais.
Decreto Nº72/98 O QGD promove a diferenciação de Esclarece o
– funções, sendo que certas funções envolvimento e
Institucionalizaçã são realizadas prosseguindo critérios coordenação das
o do Quadro de de eficiência económica (caso do diferentes entidades
Gestão Delegada FIPAG) e algumas decisões são mais do sector de águas.
profissionalizadas, normalizadas e
isentas (caso do CRA).
O QGD considera ainda o
envolvimento crescente das
Autarquias e as articulações
institucionais acomodam flexivelmente
esta transição gradual, em particular,
na tomada de decisões sobre o
desenvolvimento de infraestruturas e
respectivos investimentos públicos.
Lei No. 16/91 – Esta lei é baseada no princípio do uso O proponente tem a
Lei de Águas da água pública, a gestão da água responsabilidade de
com base em bacias hidrográficas, o implementar
princípio do utilizador-pagador e medidas para evitar
poluidor-pagador. O objectivo é a poluição de todos
garantir o equilíbrio ecológico e os recursos de água
ambiental. O uso da água exige uma durante e depois da
concessão (para usar o termo implementação do
permanente ou de longa) ou licença projecto. Se a
(uso a curto prazo). As licenças são descarga de
dadas por períodos renováveis de efluente for feita em

7753P01 COWI/FICHTNER 19
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Legislação Breve Descrição Relevância


cinco anos, enquanto as concessões águas superficiais,
são válidas por períodos renováveis sera necessária
de 30 anos. Para concessões de uma autorização por
água, um conjunto de documentos parte da ARA-Sul.
devem ser submetidos à Esta autorização
Administração Regional de Águas do está sujeita a uma
Sul (ARA-Sul), incluindo uma taxa.
descrição do uso proposto,
justificação económica e descrição
técnica.

O Artigo 54 desta Lei estabelece que


toda a actividade com o potencial de
contaminar ou degradar as águas
públicas, nomeadamente a descarga
de efluentes, está sujeita a uma
autorização especial a ser emitida
pela ARA-Sul, e ao pagamento de
uma taxa.
Decreto Nº Determina que quando os efluentes O projecto deverá
18/2004 - industriais são despejados no meio cumprir com os
Regulamento ambiente, o efluente final padrões de
sobre os Padrões descarregado deve cumprir os qualidade da água e
de Qualidade padrões para descarga como estão emissões de
Ambiental e de definidos no Anexo III do decreto. efluentes,
Emissão de Descargas de esgoto doméstico considerando as
Efluentes devem respeitar as normas de emissões permitidas
descarga que são estabelecidas no por lei, de modo a
Anexo IV. O Anexo III estabelece as não prejudicar o
normas para a descarga de efluentes meio ambiente.
para várias indústrias. Qualquer acção do
projecto deve
considerar os níveis
permitidos nos
termos do presente
decreto. A violação
envolve uma multa.
Biodiversidade
Lei N º 20/97 - Lei Os Artigos 12 e 13 definem que o O projecto deve
do Ambiente planeamento, implementação e considerar a
operação de projectos devem biodiversidade
assegurar a protecção dos recursos protegida,
biológicos, em particular as espécies assegurando a sua
de animais e plantas ameaçados de protecção e
extinção, ou que, por causa da sua evitando a
genética, ecológica, cultural ou degradação.
científica, exigem atenção especial.
Esta protecção deve se estender até
seus habitats, especialmente em
áreas de conservação ambiental
integrada.
Decreto Nº O Artigo 14 o reconhece a importância O cliente deve
45/2006- das zonas húmidas na gestão das assegurar que todas
Regulamento inundações, manutenção da as medidas são
para a Prevenção qualidade da água e seu valor tomadas para
da Poluição e excepcional em termos de causar danos

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Protecção do biodiversidade e reconhecendo que mínimos ou
Ambiente este habitat sofre diversas pressões, alterações nas
Costeiro e proíbe actividades que podem alterar zonas húmidas.
Marinho. substancialmente o seu regime
hidrológico e função. O cliente deve obter
uma licença para
O Artigo 66 declara como áreas de instalar o projecto
protecção parcial: os leitos de rios, a nas áreas de
faixa de terra de até 50 m de largura protecção parcial na
medidos a partir da marca de água entidade apropriada.
mais alta e o círculo de terra de até
250 m em torno das barragens e
lagos artificiais. Nesses locais, os
usuários não podem obter direitos de
utilização e exploração, mas apenas
licenças especiais podem ser emitidas
para determinadas actividades, que
incluem a infra-estrutura de
abastecimento de água.
Lei 10/99 - Lei de Esta lei reconhece a importância O cliente deve obter
Florestas e Fauna económica, social, cultural e científica o direito de uso da
Bravia do recurso florestal e da vida terra para o
selvagem e estabelece a sua desenvolvimento do
utilização sustentável e a promoção projecto
de iniciativas para a protecção e O cliente deve
conservação dos recursos florestais e assegurar que o
faunísticos para benefício do estilo de projecto recebe
vida dos cidadãos. todas as licenças
necessárias para a
O Artigo 3 estabelece os princípios remoção da
básicos e normas sobre o, vegetação.
conservação, protecção e uso
sustentável dos recursos florestais e
faunísticos. Estes recursos estão fora
do domínio público.
O Artigo 9 estabelece que o
proprietário do uso da terra deve
solicitar a licença de exploração de
recursos florestais faunísticos.
Decreto Nº Os Artigos 103, 104 e 105 estão É necessária uma
12/2002 - relacionados a procedimentos para licença para o corte
Regulamento da obter a autorização para modificar os de vegetação
Lei de Floresta e ambientes naturais para a construção
Fauna Bravia de infra-estrutura.
Resíduos e Poluição
Decreto N º Estabelece o regime jurídico de O proponente tem a
13/2006 - gestão de resíduos em Moçambique responsabilidade de
Regulamento O objectivo fundamental do implementar a
Sobre a Gestão Regulamento Sobre Gestão de melhor prática de
de Resíduos Resíduos é estabelecer regras para a gestão de resíduos
geração, remoção ou a liberação nos durante as fases de
solos e /ou porões, água e/ou ar, construção e
qualquer substância tóxica e / ou operação, bem
poluição, como bem como para como para a
regular a actividades potencialmente desactivação. O
poluidoras que aceleram a projecto deve

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degradação ambiental, a fim de cumprir com as
minimizar os seus impactos negativos exigências descritas
sobre a saúde eo meio ambiente. O neste regulamento.
Artigo 5 º classifica os resíduos em
duas categorias: perigosos e não
perigosos. Atribuído ao MICOA gestão
de resíduos perigosos habilidades,
incluindo unidades de gestão de
licenças. Somente pessoal registado e
licenciado podem coletar e transportar
os resíduos fora dos limites das
instalações.
Lei N º 20/97 - Lei "Produção e/ou deposição limitada no O proponente tem a
do Ambiente solo ou subsolo e deposição em água responsabilidade de
ou ar de quaisquer substâncias implementar
tóxicas ou poluentes, bem como a medidas para evitar
prática de actividades que aceleram a poluição durante e
formas de erosão, desertificação, após a
desmatamento e outros da implementação do
degradação ambiental" aos limites projecto. O projecto
estabelecidos pela lei (Artigo 9). deve cumprir com
Quanto à poluição ambiental, o artigo as exigências
9 proíbe a produção e eliminação de descritas neste
substâncias tóxicas ou poluentes no regulamento.
solo, sub-solo, a água ou a atmosfera,
bem como proibição de quaisquer
actividades que possam acelerar
qualquer forma de degradação
ambiental além dos limites
estabelecidos por lei.
Saúde e Segurança
Lei N º 23/2007 - Esta lei aplica-se às relações jurídicas O proponente deve
Lei do Trabalho de trabalho subordinado fornecer aos seus
estabelecidas entre empregadores e trabalhadores boas
trabalhadores, nacionais e condições físicas, o
estrangeiros, de todas as indústrias, trabalho ambiental e
em actividade no país. O Capítulo VI moral, informá-los
fornece os princípios e regras de sobre os riscos do
segurança, higiene e saúde dos seu trabalho e
trabalhadores. instruí-los sobre o
cumprimento
adequado das
normas de higiene e
segurança no
trabalho. O
Proponente também
deve providenciar
primeiros socorros
aos trabalhadores
em caso de
acidente, doença
súbita,
envenenamento ou
indisposição.

O proponente, em
cooperação com o

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sindicato, deve
informar o órgão
competente da
administração do
trabalho sobre a
natureza dos
acidentes de
trabalho ou doenças
profissionais, suas
causas e
conseqüências,
depois de fazer suas
consultas e de
registo.
Lei n º 5/2002 - Esta Lei estabelece os princípios É proibida a
Lei de Protecção gerais que visam assegurar que todos testagem de
dos os empregados e candidatos a HIV/SIDA aos
Trabalhadores emprego não sejam discriminados no trabalhadores,
com HIV/SIDA local de trabalho ou quando se candidatos a
candidatam a empregos, porque eles emprego,
são suspeitos ou tem HIV/AIDS. O candidatos para
Artigo 8 estabelece que o trabalhador avaliar o
que se infecta com o HIV/SIDA no treinamento ou
local de trabalho, em conexão com candidatos a
sua ocupação profissional, além da promoção, a pedido
compensação a que têm direito, têm dos empregadores,
garantia de assistência médica sem o
adequada para aliviar seu estado de consentimento do
saúde, de acordo com a Lei do trabalhador ou
Trabalho e demais legislação candidato a
aplicável, custeados pelo empregador. emprego. O
proponente deverá
treinar e reorientar
todos os
trabalhadores
infectados com o
HIV/SIDA, que
sejam capazes de
cumprir os seus
deveres no trabalho,
levando-a para um
emprego compatível
com as suas
capacidades
residuais.
Decreto N º O presente regulamento estabelece O proponente deve
45/2009 - as regras relativas às actividades de cumprir as
Regulamento inspecção, no âmbito do controle da exigências. No caso
sobre Inspecção legalidade do trabalho. O Ponto 2 do de uma inspecção, o
Geral do Trabalho Artigo 4 prevê responsabilidades do proponente deve
empregador em matéria de prevenção ajudar e fornecer
de riscos de saúde e segurança todas as
profissional para o empregado. informações
necessárias para os
inspectores.
Uso de Terra e Ordenamento do Território
Resolução N º Prevê que o Estado deve fornecer O proponente

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10/95 - Política terra para cada família construir ou ter deverá garantir que
Nacional de sua moradia, e que o Estado é o projecto está em
Terras responsável pelo planeamento do uso conformidade com
do solo e ocupação física da terra, os princípios desta
embora o sector privado possa política.
participar em planos de
desenvolvimento.
Lei n º 19/1997 - Define os direitos das pessoas que O projecto deverá
Lei de Terras usam a terra, indicando os detalhes respeitar os direitos
dos direitos baseados em territoriais das
reivindicações costumeiras e comunidades. Se
procedimentos para adquirir o título alguma actividade
para seu uso e benefício pela (como a agricultura)
comunidades e indivíduos. Esta lei for perturbada pelo
reconhece e protege os direitos projecto proposto,
adquiridos por herança e ocupação as partes afectadas
(direitos consuetudinários e deveres teria que ser
de boa-fé), excepto para reservas ou compensado em
áreas legalmente definidas onde a conformidade.
terra foi legalmente transferida para
outra pessoa ou instituição.
Decreto N º 66/98 Define as zonas de protecção total Este regulamento
- Regulamento da reservadas para a conservação da define zonas de
Lei de Terras natureza e do estado de protecção, protecção total e
bem como zonas de protecção parcial. Nessas
parcial, onde não podem ser áreas, o uso da terra
concedidos títulos de uso da terra e é restrito. O
onde as actividades não podem ser proponente deve
implementadas na ausência de uma cumprir estes
licença. As zonas de protecção parcial requisitos
incluem, entre outras, a faixa de terra regulamentares.
50 pés de largura a partir da borda de
lagos e rios, a faixa de terra 250 pés
de largura ao redor das barragens, e a
faixa de terra de 100 m de largura na
costa e estuários.
Decreto N º O seu principal objectivo, de acordo O proponente deve
19/2007 - Lei do com o Artigo 2 º: "criar um quadro considerar a
Ordenamento do legal de uso da terra, de acordo com compensação justa
Território os princípios, objectivos e direitos dos ao expropriar a
cidadãos consagrados na propriedade privada.
Constituição da República", por um
lado, e "materializar através de
instrumentos de planeamento
espacial, a política de planeamento".
O artigo 20 refere-se à expropriação
da propriedade privada pertencente
ou utilizada por, comunidades
tradicionais; devido a actividades de
interesse público ou necessidade /
utilidade. Nestes casos, uma
compensação justa deve ser paga
para cobrir, entre outros, a perda de
bens tangíveis e intangíveis, quebra
de coesão social e perda de bens
produtivos

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Decreto N º Fornece directrizes específicas para o Fornece directrizes
60/2006 - uso da terra nos centros urbanos, para o uso da terra
Regulamento de como as cidades e vilas, com base na em áreas urbanas.
Uso do Solo Lei de Terras.
Urbano
Património Cultural
Decreto Nº 42/90 O sepultamento de cadáveres em Afirma que o
- Regulamento da áreas rurais pode ser realizado em sepultamento de
Actividade cemitérios ou outros locais cadáveres em áreas
Funerária autorizados pelas autoridades. rurais podem ser
Nenhuma referência é feita realizados em
transladação de cadáveres nas zonas cemitérios ou outros
rurais, que os projectos de locais autorizados
desenvolvimento devem obedecer. pelas autoridades
Supõe-se que os líderes tradicionais competentes.
sejam consultados para definir locais Os líderes
de sepultamento apropriados e tradicionais devem
tradições a seguir. ser consultados
para definir locais de
sepultamento
apropriadas e
tradições a seguir
LeiNº10/88 - Lei Pretende proteger legalmente a Alguns artefactos
da Proteccão propriedade e património cultural podem ser
Cultural imaterial de Moçambique. Nos termos encontrados durante
desta lei, o património cultural é a fase de
definido como "um conjunto de cosntrução do
material e não material criados ou projecto. Caso isto
integrados pelo povo moçambicano aconteça, o
ao longo da história, com relevância proponente deve
para a definição da identidade notificar
moçambicana cultural." O património imediatamente a
cultural material inclui monumentos, autoridade
grupos de edifícios (com importantes relevante.
históricas, artísticas ou científicas),
lugares ou locais (com arqueológico,
histórico, estético, etnológico ou
antropológico) e elementos naturais
(formações físicas e biológicas de
particular interesse para a partir de
uma científica perspectiva ou
estética).
Reassentamento
Decreto 31/2012 - Estabelece as regras e princípios O Plano de
Regulamento básicos que regem o processo de Reassentamento
Sobre o reassentamento em Moçambique. tem que cumprir
Reassentamento com este Decreto.
Resultante de Cria uma Comissão Técnica para a
Actividades revisão dos Planos de
Económicas Reassentamento (PR) criados por
projetos causadores de
reassentamento, e define
responsabilidades da Comissão e os
procedimentos para a aprovação do
PR, bem como o seguimento para a
sua implementação. Essa

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responsabilidade recai sob o Governo
do Distrito.

Apresenta procedimentos específicos


para a concepção e implementação
do PR. Ele define o conteúdo do PR e
Implementação do Plano de Acção de
Reassentamentoe, os direitos dos
PAPs, as responsabilidades do
proponente do projecto e da
implementação do processo de
consulta pública.
Compensação
Decreto n º Apresenta diretrizes e normas para o Estabelece
181/2010 - processo de expropriação para fins de directrizes e normas
Directiva sobre o ordenamento do território, devido a para o processo de
processo de actividades de desenvolvimento de expropriação para
expropriação para interesse/utilidade público. fins de ordenamento
fins de Gestão Ele define i) os contextos em que a do território
Territorial - expropriação pode ocorrer para fins
de planeamento territorial, e ii) como
conduzir o processo de expropriação.
Ele também define o quadro de
cálculo dos custos de compensação
pela expropriação de habitação,
comercial, industrial, prestação de
serviços, infraestrutura do interior e
costeira.
Decreto N º Define directrizes para avaliar os Fornece directrizes
119/94 – valores das casas, no caso de para avaliar os
Regulamento impedimento de deslocalizações. As valores das casas,
sobre o trespasse directrizes são produzidas e em caso de
de lojas ou actualizadas pelas Direcções deslocalização
armazéns Provinciais de Obras Públicas e
situados nas Habitação.
zonas rurais
Regulamento Define as directrizes de compensação Define valor mínimo
66/1998 - Lei de para a perda de árvores e colheitas, de custos de
Terras devido a projcetos de árvores e culturas,
desenvolvimento (que incorre na para o cálculo de
transferência dos usuários da terra). custos de
Em coordenação com com a Direcção compensação
Provincial da Agricultura (Ministério da devido a processos
Agricultura), define o valor mínimo de de deslocalização
diversas árvores e culturas utilizados
em Moçambique. As Direcções
Provinciais actualizam as directrizes
com as tabelas de custos de valor
para uma variedade de árvores e
cultivos.

7753P01 COWI/FICHTNER 26
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2.4 Padrões Internacionais e Acordos

2.4.1 Acordos e Convenções Chave

Moçambique é signatário de vários acordos e convenções internacionais


relacionadas à gestão ambiental. Alguns dos acordos essenciais estão
listados na Tabela 2-2 abaixo.

Tab. 2-2: Acordos e Convenções Chave


Acordo/ Breve Descrição Relevância
Convenção
Qualidade do Ar
Convenção das Controlo das emissões de A sustentabilidade do
Nações Unidas sobre gases de efeito estufa. projecto deve ser
Mudanças Climáticas considerada, por
(UNFCCC), 1994 exemplo, suas
actividades não
devem contribuir para
a mudança climática
Convenção de Viena O objectivo geral é que os O cliente deve evitar
para a Proteção da Estados-Membros assumem a contribuir para a
Camada de Ozono obrigação de adotar medidas destruição da camada
(UNEP), 1985 para prevenir ou reduzir os de ozono, através da
efeitos negativos da emissão de gases, em
modificação da camada de quantidades que
ozono causada pelas possam danificar a
actividades humanas. camada de ozono,
assim, afectando a
saúde humana e o
ambiente.
Kyoto Protocol, 1997. It sets targets for emissions of Measures should be
greenhouse gases. taken to reduce the
emission of
greenhouse gases.
Protocolo de Montreal Controlar a produção de O proponente deve
sobre Substâncias substâncias que empobrecem a evitar o uso de
que destroem a camada de ozono e a proibição equipamentos que
Camada de Ozono de clorofluorcarbonos (CFCs). utilizam CFC e outras
(UNEP), de 1987. substâncias que
podem danificar a
camada de ozono.
Biodiversidade
A Convenção Africana O princípio fundamental desta Medidas da
para a Conservação convenção é que: os Estados convenção estão
da Natureza, 1969) Contratantes comprometem-se incorporadas na
a adoptar as medidas legislação nacional.
necessárias para assegurar a O projecto tem que
utilização, conservação e cumprir todas as leis
desenvolvimento do solo, água, nacionais sobre a
flora e recursos faunísticos de natureza e os
acordo com princípios recursos naturais.

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Acordo/ Breve Descrição Relevância


Convenção
científicos e tendo em conta os O projecto deverá
melhores interesses da promover a
pessoas. consciência ambiental
Os Estados contratantes são e ter um plano de
obrigados a: gestão ambiental
 conceder uma proteção
especial às espécies animais
e vegetais ameaçadas de
extinção ou que podem
tornar-se assim, e para o
habitat necessário para a sua
sobrevivência.
 assegurar a conservação e
gestão das fontes naturais,
como parte integrante dos
planos de desenvolvimento
regional e/ou
nacional.Quando qualquer
plano de desenvolvimento é
susceptível de afectar os
recursos naturais de outro
Estado, esta deve ser
consultado;
 declarar e listar as espécies
protegidas de fauna e flora,
manter áreas de conservação
em seus territórios, tomar
todas as medidas legislativas
necessárias para conciliar o
direito consuetudinário com
as disposições da presente
Convenção.
 assegurar que os seus povos
apreciam a sua dependência
em relação aos recursos
naturais e que eles entendam
a necessidade, e as regras
para a utilização racional
desses recursos.
 Incentivar e promover a
investigação em conservação,
utilização e gestão dos
recursos naturais
Convenção sobre o Assegurar que o comércio O proponente deve
Comércio internacional de espécimes da estar ciente de que, as
Internacional de fauna e da flora selvagens não espécies listadas na
Espécies Ameaçadas ameaça a sua sobrevivência no CITES são
da Flora e Fauna estado selvagem. O mesmo dá identificadas na área
Selvagens em Perigo vários graus de protecção para de influência do
(CITES), 1973. mais de 33.000 espécies de projecto; devem ser
plantas e animais. tomadas medidas
adequadas
Convenção das Os objectivos desta O projecto, deve
Nações Unidas sobre Convenção, a serem atingidos cumprir com as leis

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Acordo/ Breve Descrição Relevância


Convenção
Diversidade Biológica, de acordo com as suas moçambicanas de
1992 disposições pertinentes, são a conservação do meio
conservação da diversidade ambiente e da
biológica. O uso sustentável de biodiversidade.
seus componentes e a partilha Qualquer potencial
justa e equitativa dos benefícios impacto do projecto
resultantes da utilização dos sobre os recursos
recursos genéticos, naturais de um estado
inclusivamente através do vizinho deve ser
acesso adequado a esses materia de consulta
recursos e da transferência entre os estados.
apropriada das tecnologias
relevantes,
"Diversidade biológica" significa
a variabilidade de organismos
vivos de todas as origens,
incluindo, entre outros, os
ecossistemas terrestres,
marinhos e outros
ecossistemas aquáticos e os
complexos ecológicos de que
fazem parte
Os Estados têm o direito
soberano de explorar seus
próprios recursos e a
responsabilidade de assegurar
que as actividades sob sua
jurisdição ou controlo não
causem danos ao meio
ambiente de outros Estados ou
de áreas além dos limites da
jurisdição nacional.
A Convenção sobre É um tratado O projecto deve
Terras Húmidas de intergovernamental que fornece assegurar que as
Importância a estrutura para a acção zonas húmidas não
Internacional (também nacional e cooperação são afectadas
conhecida como internacional para a negativamente ou que
Convenção de conservação e uso racional das as funções das zonas
Ramsar) -1971 zonas húmidas, como uma húmidas são
contribuição para alcançar o restauradas após a
desenvolvimento sustentável intervenção
em todo o mundo. Esta
convenção trata de um
ecossistema particular. Sob
esta convenção zonas húmidas
são definidas como lagos, rios,
pântanos, campos de
gramíneas e zonas húmidas,
oásis, estuários, deltas e
planícies de maré, áreas
próximas da costa marinha,
mangais e recifes de coral, e
infra-estruturas feitas pelo
homem, como tanques de
peixes, arrozais, reservatórios e
salinas.

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Acordo/ Breve Descrição Relevância


Convenção
Convenção de Acção e controle do mundo de O proponente deve
Estocolmo sobre produtos químicos que evitar o uso de
Poluentes Orgânicos persistem no ambiente, são poluentes orgânicos
Persistentes (POPs), bioacumuláveis na cadeia persistentes, cuja
de 2001. alimentar e representam um utilização é proibida.
risco para a saúde humana eo
meio ambiente. Essas
substâncias são listadas no
Anexo I.

Protocolo da Assegurar a preservação e As actividades do


Comunidade de desenvolvimento sustentável do projecto não devec
Desenvolvimento da uso dos recursos faunísticos. prejudicar a vida
África Austral (SADC) selvagem.
sobre a Conservação
da
Vida selvagem e sua
Aplicação na Lei,
1999.
Património Cultural
Convenção da Promove a cooperação entre as O proponente deve
UNESCO para a nações para proteger o usar esses recursos
Protecção do património mundial de valor de forma sustentável.
Património Mundial excepcional, de modo que sua
Cultural e Natural, preservação é importante para
1972 (Convenção as gerações actuais e futuras.
sobre a Protecção do
Património Mundial).
Convenção para a Salvaguarda do património O proponente deve
Salvaguarda do cultural imaterial e garantir o considerar as
Património Cultural respeito ao património cultural disposições da
Imaterial (UNESCO), imaterial das comunidades, presente Convenção.
de 2003. grupos e indivíduos.
Convenção sobre a Proteger e promover a O proponente deve
Proteção e Promoção diversidade das expressões garantir a
da Diversidade das culturais, para encorajar o conformidade com a
Expressões Culturais diálogo entre as culturas e presente Convenção
(UNESCO), 2005. fomentar o respeito pela para a vida do projecto
diversidade cultural. (por exemplo, a
promoção do respeito
pela diversidade
cultural).

2.4.2 Directrizes da Organização Mundial da Saúde

Directriz de Planeamento da Comunicação de Surto da Organização


Mundial da Saúde
O objetivo deste documento é o de ajudar as autoridades nacionais a
aplicar os princípios de comunicação do surto para seu plano de surto e
actividades de preparação. Este documento aborda os objectivos
específicos de saúde pública, incluindo:

7753P01 COWI/FICHTNER 30
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 assegurar que as populações de risco têm a informação que


precisam para tomar decisões bem informadas e tomar medidas
apropriadas para proteger a sua saúde e segurança durante um
surto;
 apoiar a coordenação e a utilização eficiente dos recursos de
comunicação entre locais, nacionais e internacionais parceiros de
saúde pública;
 fornecer informação relevante sobre saúde pública para informar
sectores não saúde de implicados;
 minimizar a disrupção social e económica, e
 como objectivo primordial, antes, durante e depois de surtos,
manter e aumentar a confiança pública nas autoridades de saúde
pública.

Plano Global de Acção de Saúde dos Trabalhadores 2008-2011

A OMS está a implementação um Plano de Acção Global de Saúde dos


Trabalhadores 2008-2014 endossado pela Assembleia Mundial de Saúde
em 2007, com os seguintes objectivos:

 conceber e implementar instrumentos de política de saúde dos


trabalhadores;
 proteger e promover a saúde no local de trabalho;
 melhorar o desempenho e acesso aos serviços de saúde
ocupacional;
 fornecer e comunicar evidências para a acção e prática e incorporar
a saúde dos trabalhadores em outras políticas..

Padrões de Ruído

A OMS em conjunto com a Organização para a Cooperação e


Desenvolvimento Económico (OCDE) são os principais organismos
internacionais que recolheram dados e desenvolveram avaliações sobre os
efeitos da exposição ao ruído ambiente. Isso proporcionou o seguinte
resumo de limiares de poluição sonora em termos de LAeq dia ao ar livre
em zonas residenciais:

 A 55-60 dBA de ruído cria incômodo.


 Ao 60-65 dBA o incômodo aumenta consideravelmente.
 Acima de 65 dBA padrões de comportamento restritos, sintomáticos
de graves danos causados pelo ruído

A OMS recomenda um LAeq diurno exterior máximo de 55 dBA em áreas


residenciais e escolas ", a fim de evitar interferência significativa com as
actividades normais das comunidades locais". Além disso, recomenda um

7753P01 COWI/FICHTNER 31
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LAeq nocturno máximo de 45 dBA fora das habitações. Nenhuma distinção


é feita se o ruído é proveniente do tráfego rodoviário, da indústria, ou
qualquer outra fonte de ruído.

A OMS também lista que a orientação para o ruído industrial é definida


como sendo de70 dBA ao longo de um período de 24 horas. Isto causaria
deficiência auditiva, onde o nível de ruído de pico de 110 dBA é admissível
numa medição de resposta rápida.

2.4.3 Directrizes do IFC

Padrões de Desempenho do IFC


Os padrões de desempenho são orientadas para os clientes, fornecendo
orientações sobre como identificar riscos e impactos, e são projectados
para ajudar a evitar, mitigar e gerir os riscos e impactos, como forma de
fazer negócios de forma sustentável, incluindo o engajamento das partes
interessadas e as obrigações de divulgação do cliente em relação a
actividades do projecto. No caso dos investimentos directos (incluindo
projecto e finanças corporativas fornecida através de intermediários
financeiros), o IFC requer de seus clientes a aplicação dos Padrões de
Desempenho para gerir os riscos e impactos ambientais e sociais para que
as oportunidades de desenvolvimento são reforçadas (IFC, 2012).

Juntos, os oito Padrões de Desempenho estabelecem padrões que o


cliente deve satisfazer durante toda a vida de um investimento pelo IFC:

 Padrão de Desempenho 1: Avaliação e Gestão de Riscos e


Impactos Ambientais e Sociais

Os objectivos desta directriz da IFC são:


o Identificar e avaliar os riscos e impactos socioambientais do
projeto.
o Adotar uma hierarquia de mitigação para prever e evitar ou,
quando não for possível evitar, minimizar5 e, nos casos em
que permaneçam impactos residuais, compensar/neutralizar
os riscos e impactos para os trabalhadores, as
Comunidades Afetadas e o meio ambiente.
o Promover um melhor desempenho socioambiental dos
clientes mediante o uso eficaz de sistemas de gestão.
o Garantir que as reclamações das Comunidades Afetadas e
as comunicações externas de outras partes interessadas
sejam respondidas e gerenciadas de forma apropriada.
o Promover e proporcionar meios de engajamento apropriado
com as Comunidades Afetadas durante todo o ciclo de vida
do projeto com, relação a questões que teriam o potencial

7753P01 COWI/FICHTNER 32
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de afetá-las e assegurar que informações socioambientais


pertinentes sejam divulgadas e disseminadas.

 Padrão de Desempenho 2: Trabalho e Condições de Trabalho


Reconhece que a busca do crescimento económico através da
criação de emprego e geração de renda deve ser acompanhada de
protecção dos direitos fundamentais dos trabalhadores.

Os objetivos desta directriz da IFC são:

o Promover o tratamento justo, não-discriminação e igualdade


de oportunidades dos trabalhadores.
o Estabelecer, manter e melhorar a relação trabalhador-
gestão.
o Promover o cumprimento de leis do trabalho e de emprego
nacionais.
o Proteger os trabalhadores, incluindo as categorias de
trabalhadores mais vulneráveis, como crianças,
trabalhadores migrantes, trabalhadores contratados por
terceiros, e os trabalhadores da cadeia de abastecimento do
cliente.
o Promover condições seguras e saudáveis de trabalho e da
saúde dos trabalhadores.
o Assegurar a não existência de trabalho forçado.

 Padrão de Desempenho 3: Eficiência de Recursos e Prevenção da


Poluição

Os objectivos desta directriz da IFC são:


o Evitar ou minimizar impactos adversos na saúde humana e
no ambiente, evitando ou minimizando a poluição resultante
das actividades do projeto.
o Promover o uso mais sustentável de recursos, incluindo
energia e água.
o Reduzir as emissões de GEE relacionadas ao projecto.

 Padrão de Desempenho 4: Saúde, Segurança e Protecção da


Comunidade
Reconhece que as actividades do projecto, equipamentos e
infraestrutura podem aumentar a exposição da comunidade a riscos
e impactos.

O objectivo principal deste padrão de desempenho é:

o Antecipar e evitar impactos negativos sobre a saúde e a


segurança da comunidade afectada durante a vida do
projecto de ambas as circunstâncias de rotina e não-rotina.

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o Garantir que a salvaguarda de pessoas e bens é realizada


de acordo com os princípios pertinentes aos direitos
humanos e de uma forma que evita ou minimiza os riscos
para as comunidades afectadas.

Este Padrão de Desempenho, na Secção 4,12 no Reassentamento


Involuntário, afirma que, quando o reassentamento é inevitável para
mais de 200 pessoas, um Plano de Reassentamento (PR) deve ser
formulado. O PR deve estar de acordo com as políticas e
legislações nacionais e melhores práticas internacionais, incluindo
as rientações do mutuário (tais como PO 4.12 do Banco Mundial).

A análise inicial para a Avaliação de Impacto Social indica que o


projecto do Sistema de Abastecimento de Água irá potencialmente
afectar cerca de 250 unidades afectadas (famílias, pessoas,
entidades públicas e privadas) foram identificadas cujos activos (por
exemplo casas, cercas, latrinas, quiosques, zonas de exploração
agrícola, árvores, etc). O levantamento cadastral indica que um
total de 15 casas poderão estar afectadas de modo que implique o
reassentamento das respetivas famílias, e cerca de 36 casas
poderão perder outras infra-estruturas como vedação, quartos de
armazenamento, barracas, latrinas, etc. Como resultado do acima
exposto, o regime de abastecimento de água deve estar em
consonância com o PO 4.12 do Banco Mundial, o Padrão de
Desempenho 5 (PD5): Aquisição de Terras e Reassentamento
Involuntário. Um plano de reassentamento completo foi preparado
definindo os procedimentos a serem adoptados durante a execução
do reassentamento, bem como os mecanismos de monitoramento
do processo (Banco Mundial, 2004).

O Banco Mundial concebe reassentamento além de deslocamento


físico e aborda os impactos económicos directos e sociais
causados pela perda de terras e bens, incluindo:

o Deslocamento ou perda de abrigo;


o Perda de bens ou acesso a recursos de produção
importantes;
o Perda de fontes de renda ou melhor subsistência; ou
o Perda de acesso aos lugares que oferecem uma melhor
produção ou menos custos para as empresas ou pessoas.

O termo "involuntário" refere-se às acções que poderiam ser


tomadas sem o acordo ou o poder de escolha das PAPs. O
reassentamento é involuntário para pessoas afectadas que não têm
a opção de manter a situação em que se encontram antes do início
do projecto. O PO 4.12 do Banco Mundial é aplicado
independentemente de as pessoas afectadas terem que ser

7753P01 COWI/FICHTNER 34
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reassentadas em outro lugar ou não. Também é necessário que as


PAP recebam uma compensação ou medidas de suporte de uma
forma que garanta o restabelecimento do seu rendimento, pelo
menos ao mesmo nível que antes do projecto.

De acordo com o PO 4.12 do Banco Mundial, os critérios de


elegibilidade para a compensação e apoio devido ao
reassentamento baseiam-se nas seguintes categorias:
Pessoas que não têm direitos legais sobre a terra ou bens no
momento em que começa o censo, mas tem uma reivindicação
sobre a terra ou os benefícios com base na lei moçambicana e
tradições.

As pessoas que se enquadram nas duas primeiras categorias têm


direito a receber remuneração, benefícios de reassentamento e
apoio à reabilitação dos terrenos e quaisquer acivos não-removíveis
sobre a terra e os edifícios tomados pelo projecto. A remuneração
será de acordo com a situação da PAP antes da data limite (ou
seja, data de início registada).

As pessoas na terceira categoria receberão apoio para o


reassentamento, em vez de compensação pela terra ocupada. Elas
devem receber o apoio necessário para satisfazer as disposições
estabelecidas desta política, no caso em que elas estavam na área
do projecto antes da data de início registada.

Consequentemente, esta política fornece suporte para todas as


pessoas afectadas, incluindo proprietários de terra e as pessoas
que estão ilegalmente assentadas na área do projecto,
independentemente de terem ou não um título formal ou direitos
legais. Qualquer pessoa que invade a área do projecto após a data
de início registada não tem direito a qualquer indemnização ou
assistência.

 Padrão de Desempenho 5: Aquisição de Terras e Reassentamento


Involuntário

Os objectivos desta directriz da IFC são:

o Evitar, e quando não for possível, minimizar o deslocamento


explorando elaborações alternativas do projecto.
o Evitar o despejo forçado.
o Prever e evitar ou, quando não for possível, minimizar os
impactos ambientais e sociais adversos decorrentes da
aquisição de terra ou de restrições a seu uso (i) por meio de
indemnização por perda de bens pelo custo de reposição e
(ii) certificando-se de que as atividades de reassentamento

7753P01 COWI/FICHTNER 35
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sejam executadas após a divulgação apropriada de


informações, consulta e a participação informada das partes
afectadas.
o Aperfeiçoar ou recuperar os meios de subsistência e os
padrões de vida das pessoas deslocadas.
o Melhorar as condições de vida das pessoas fisicamente
deslocadas mediante o fornecimento de moradia adequada,
com garantia de propriedade nos locais de reassentamento.

 Padrão de Desempenho 6: Conservação da Biodiversidade e


Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos
Reconhece que a protecção e conservação da biodiversidade, a
manutenção de serviços dos ecossistemas, e gestão sustentável
dos recursos naturais vivos são fundamentais para o
desenvolvimento sustentável. Os objectivos principais do PS 6 são:

o Para proteger e conservar a biodiversidade;


o Para manter os benefícios dos serviços do ecossistema; e
o Promover a gestão sustentável dos recursos naturais vivos
através da adopção de práticas que integram as
necessidades de preservação e as prioridades de
desenvolvimento.

 Padrão de Desempenho 7: Povos Indígenas

Os objectivos desta directriz da IFC são:


o Assegurar que o processo de desenvolvimento promova
pleno respeito pelos direitos humanos, dignidade,
aspirações, cultura e meios de subsistência baseados nos
recursos naturais dos Povos Indígenas.
o Prever e evitar impactos adversos decorrentes dos projetos
sobre comunidades de Povos Indígenas ou, quando não for
possível evitá-los, minimizá-los e/ou indenizar os Povos
Indígenas por tais impactos.
o Promover os benefícios e as oportunidades de
desenvolvimento sustentável para os Povos Indígenas de
uma forma culturalmente apropriada.
o Estabelecer e manter um relacionamento contínuo baseado
na Consulta Informada e Participação (CIP) com os Povos
Indígenas afetados por um projeto ao longo de todo o seu
ciclo de vida.
o Assegurar o Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI)
das Comunidades Afectadas de Povos Indígenas na
presença das circunstâncias descritas neste Padrão de
Desempenho.
o Respeitar e e preservar a cultura, o conhecimento e as
práticas dos Povos Indígenas.

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 Padrão de Desempenho 8: Património Cultural

Os objectivos desta directriz da IFC são:


o Proteger o patrimônio cultural contra os impactos adversos
das atividades do projeto e dar apoio à sua preservação
o Promover a distribuição equitativa dos benefícios
decorrentes do uso do patrimônio cultural.

Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança para Água e Saneamento

As Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança (ASS) são referências


técnicas com exemplos gerais de Melhores Prácticas Industriais
Internacionais (GIIP).

As Directrizes de SSA para Água e Saneamento inclui informações


relevantes para a operação e manutenção de (i) o tratamento de água
potável e sistemas de distribuição, e (ii) recolha de águas residuais em
sistemas centralizados (como redes de recolha de águas residuais
canalizada) ou sistemas descentralizados (como fossas sépticas
posteriormente atendidos por caminhões-bomba) e tratamento de águas
residuais recolhidas em instalações centralizadas.

O desenho do projecto deve seguir estas directrizes.

Ruído
A IFC aborda o impacto do ruído além do limite da propriedade na secção
1.7 (IFC, 2007). As directrizes de ruído estipuladas pelo IFC são
agrupadas em duas categorias, a saber: "Residencial; institucional;
educacional" e "Industrial; comercial" (Tabela 6). As directrizes também
afirmam que o aumento máximo de ruído de fundo no mais próximo do
receptor para o limite de propriedade não deve ser mais do que 3 dBA.

Tab. 2-3: Directrizes ambientais de ruído do IFC


Uma hora LAeq (dBA)
Receptor Dia Noite
(07:00 – 22:00) (22:00 – 07:00)
Residencial; institucional; educacional 55 45
Industrial; comercial 70 70

2.4.4 Directrizes da Comissão Mundial das Barragens

A Comissão Mundial de Barragens (CMB) foi formada em Abril de 1997


para pesquisar os impactos ambientais, socioeconómicos do

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desenvolvimento de grandes barragens no mundo. A CMB é composta por


membros da sociedade civil, da academia, do sector privado, associações
profissionais e um representante do governo.

A CMB apresenta as seguintes recomendações chave:

A Comissão Mundial de Barragens (CMB) foi formada em Abril de 1997


para pesquisar os impactos ambientais, socioeconómicos do
desenvolvimento de grandes barragens no mundo. A CMB é composta por
membros da sociedade civil, da academia, do sector privado, associações
profissionais e um representante do governo.

A CMB apresenta as seguintes recomendações chave:


1. As necessidades e objectivos devem ser claramente formulados
através de um processo aberto e participativo, antes de várias
opções de projecto serem identificadas.
2. A avaliação equilibrada e abrangente de todas as opções deve ser
realizada, dando aos aspectos sociais e ambientais a mesma
importância que aos factores técnicos, económicos e financeiros.
3. Antes de tomar alguma sobre construir uma nova barragem, as
questões sociais e ambientais de barragens existentes e pendentes
devem ser abordadas, e os benefícios de projectos já existentes
devem ser maximizados.
4. Todos os interessados devem ter a oportunidade para a
participação informada em processos decisivos relacionados com
grandes barragens através de fóruns das partes interessadas. A
aceitação pública de todas as decisões-chave deve ser
demonstrada. As decisões que afectem os povos indígenas devem
ser tomadas com seu consentimento livre, prévio e informado.
5. O projecto deve fornecer direitos às pessoas atingidas para
melhorar o seu modo de vida e garantir que eles recebam a parte
prioritária dos benefícios do projecto (além da compensação por
suas perdas). As comunidades afectadas incluem pessoas que
vivam a jusante de barragens e as pessoas afectadas pelas infra-
estruturas da barragem como linhas de transmissão e canais de
irrigação.
6. As pessoas afectadas devem ser capazes de negociar acordos
mutuamente acordados e garantir legalmente a implementação dos
direitos de reassentamento, mitigação e desenvolvimento.
7. O projecto deve ser escolhido com base em uma avaliação de toda
a bacia do ecossistema do rio, tentando evitar impactos
significativos sobre as espécies ameaçadas e em perigo.
8. Desenvolver mecanismos para garantir a conformidade com os
regulamentos e acordos negociados e previsto no orçamento. O
cumprimento deve ser sujeito a uma revisão independente.

7753P01 COWI/FICHTNER 38
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9. A barragem não deve ser construída sobre um rio compartilhado se


os Estados envolvidos levantar uma objecção, sustentada por um
painel independente.

Ao mudar a estrutura ou o funcionamento da barragem, a segurança da


barragem deve ser re-marcada. A legislação e regulamentos nacionais
devem ser seguidos com esta consideração. Se a legislação ou
regulamentação nacional não estão disponíveis, as orientações
internacionais estão disponíveis. Estes incluem i.e. Boletim ICOLD 59 "em
Gestão de Segurança da Barragem", emitido pelo Comitê Internacional de
Grandes Barragens (2010) e Avaliação de Risco em Gestão de Segurança
de Barragens. Um reconhecimento de benefícios, métodos e complicações
actuais. ICOLD Boletim 130 (ICOLD, 2005).

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3. Descrição do Projecto
A área do Grande Maputo está a apresentar um rápido crescimento e os
distritos vizinhos estão a ser cada vez mais absorvidos. Este processo de
integração vai quase triplicar a área de serviço e em 2035 ele duplicará a
população que necessita dos serviços de abastecimento de água para um
total de 4.000.000 habitantes.

Como consequência, a procura de água irá aumentar drasticamente entre


2016 e 2019, excedendo a capacidade de produção actual de água para
as áreas que actualmente estão a ser abastecidas. Esta situação exige a
abertura de novas fontes de abastecimento de água potável para a Área
do Grande Maputo da qual o projeto apresentado faz parte.

Dentro deste projecto está previsto para tomar um primeiro passo 60.000
m³ / d de Corumana reservatório da represa, tratá-lo em uma nova fábrica
de Tratamento de Água perto Sabie e bombeá-lo para Machava Centro de
Distribuição. Estes 60.000 m³ / d de água potável devem estar disponíveis
até 2017. 60000 m³ adicionais devem ser adicionados até 2024, pelo que a
capacidade total pretendida de 120.000 m³ será alcançado.

As principais componentes das instalações projectadas são:


1. Centro de Distribuição - Cerca de 94 km a partir de Corumana local
principal da represa de Machava.
2. Estação de bombagem - perto da Barragem de Corumana (1 ha de terra
necessário).
3. Estação de tratamento de água - noroeste do Sabié (10 ha necessário
incluindo um local de armazenamento de lamas).
4. Área para tanques de controlo - ao sul de Pessene (1 ha de terra
necessário).
5. Vários escoamentos ao longo do corredor (nem todos determinados até
ao momento).
6. As estradas de acesso (ainda de comprimento desconhecido).
7. Linhas (aéreas) de média tensão – para alimentar a estação de
bombagem e a Estação de Tratamento da Água.

A localização do Projecto é mostrada na Figura 3-1.

7753P01 COWI/FICHTNER 40
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Figura 3-1: Localização do Projecto na Provincia de Maputo

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PGAS

4. Princípios de Planos de Gestão Ambiental e Social

O desenvolvimento de um PGAS para projectos de infraestrutura como o


projecto proposto de abastecimento de água é um requisito geral do Banco
Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e da autoridade nacional
competente do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental
(MICOA), se o projeto é considerado de categoria A, que é o caso deste
Projecto de abastecimento de água.

O propósito de um PGAS é controlar os potenciais impactos ambientais


negativos que possam ocorrer durante as diferentes fases do projecto e /
ou para melhorar os impactos ambientais positivos. A implementação
eficaz de um PGAS irá garantir que as actividades de construção são
realizados e geridos de uma forma ambientalmente segura e responsável.
Para tal, o PGAS também detalha a autoridade estrutural e organizacional
necessária para garantir a aplicação efectiva do PGAS

Um PGAS deve:

 fornecer ao Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental


(MICOA) uma ferramenta para facilitar a avaliação dos objectivos
das diferentes fases do projecto, tendo em conta a legislação
ambiental moçambicana;
 fornecer instruções claras e obrigatória ao proponente
relativamente às suas responsabilidades ambientais em todas as
fases do projecto;
 garantir a conformidade contínua com a legislação moçambicana e
políticas relativas ao meio ambiente;
 fornecer garantia aos reguladores e outras partes interessadas e
afectadas sobre a satisfação das suas exigências em relação ao
desempenho ambiental e social.

7753P01 COWI/FICHTNER 42
Estudo Ambiental e Social para o Programa de Abastecimento de Água ao Grande Maputo
PGAS

5. Requisitos e Responsabilidades Institucionais


O cumprimento das instruções incluídas neste documento é da inteira
responsabilidade do Proponente. Subsequentemente, durante a
construção do projecto o Proponente poderá delegar responsabilidades às
diferentes partes intervenientes no projecto, nomeadamente o Empreiteiro
e subcontratados, e ao Operador do sistema na fase de exploração do
projecto como forma de garantir que as orientações e instruções sejam
efectivamente observadas.

Este PGAS contém, portanto, as especificações para as quais o


Empreiteiro será obrigado a aderir, durante a construção do projecto, e
Operador durante a fase de Operação do sistema no fim da obra. Assim
sendo, este PGAS fará parte da documentação do Contrato de modo que
as questões ambientais e sociais aqui especificadas sejam efectivamente
incorporadas em todas as fases de execução do projecto.

Durante o período de construção, a implementação do PGAS deve ser


organizado como se segue:

Figura 5-1: Fluxograma de implementação do PGAS [Fonte: FIPAG 2003]

O FIPAG irá contratar um empreiteiro de construção (EC). O EC irá


solicitar o PGAS preparado para este projecto, que é parte do caderno de

7753P01 COWI/FICHTNER 43
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PGAS

encargos, para a sua implementação e seu acompanhamento. Para a sua


implementação e acompanhamento, o EC deve empregar agentes de
saúde, segurança e ambiente (SSA) responsáveis pela execução do
PGAS. Isso inclui um Especialista em Saúde e Segurança a tempo inteiro
a servir como Oficial de Saúde e Segurança a tempo inteiro, e um Oficial
Ambiental de Campo. O EC deve também garantir que todos os
subcontratados cumprarm com os requisitos estipulados no PGAS.

Ao mesmo tempo, um engenheiro indicado pelo FIPAG deve supervisionar


todos os aspectos das actividades de construção, que inclui aspectos
técnicos e de saúde, segurança e ambiente. Para os aspectos de SSA
engenheiro irá empregar um Supervisor de SSA, que funcionará como um
elo entre o contratante de construção e o FIPAG (Engenheiro Ambiental)
para tratar de todas as questões relacionadas com SSA.

FIPAG será também responsável por organizar auditorias externas


independentes, a serem realizadas duas vezes por ano. Para levar a cabo
esta tarefa, deve ser contratado um auditor .

Para a fase de construção do projecto, os procedimentos de informação


são apresentados esquematicamente na Figura 5-1, acima. O empreiteiro
será responsável pela implementação do PGAS e deverá contratar um
oficial ambiental de campo e um oficial de segunraça e saúde. Ambos
devem informar mensalmente ao engenheiro residente sobre o progresso
da implementação das medidas de gestão estipuladas neste PGAS. Esse
relatório deve, portanto, incluir registros sobre todos os incidentes e
acidentes que aconteçam durante o período de relatório, devendo e
delinear medidas para prevenir futuros incidentes e acidentes.

A partir dos resultados dos relatórios do OAC e do OSS, o engenheiro


residente deve preparar relatórios trimestrais a serem submetidos ao
FIPAG. O Engenheiro Ambiental do FIPAG utilizará esses relatórios para
apresentar semestralmente o progresso da implementação do PGAS à
gestão do FIPAG. Estes relatórios representam a base para o auditor
externo para preparar relatórios de auditoria duas vezes por ano a serem
submetidos ao MICOA e ao Banco Mundial.

O Ministério para a Coordenação de Assuntos Ambientais (MICOA),


responsável pela proteção do meio ambiente e para autorizar o Projecto de
Abastecimento de Água proposto é obrigado a realizar regularmente suas
próprias auditorias para acompanhar o desenvolvimento do projecto.

Durante a operação, a AdeM (Águas da Região de Maputo) vai operar


durante as instalações do Projecto. Consequentemente, a AdeM será
responsável pela implementação da fase de operação/manutenção
contendo medidas de mitigação e de gestão, descritas no PGAS para esta
fase.

7753P01 COWI/FICHTNER 44
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PGAS

O FIPAG será responsável novamente pelo desmantelamento das


instalações. O FIPAG contratará uma construtora para fazer as obras
necessárias durante a fase de implantação. Será aplicado o mesmo
procedimento, tal como é descrito no esquema abaixo na Figura 5-1.

As mesmas tarefas e responsabilidades específicas das diferentes partes


envolvidas são dadas/descritas abaixo.

Durante a fase de construção, deve ser também implementado o Quadro


Genérico do Plano de Gestão Ambiental (FIPAG 2003).

5.1 Responsabilidades do MICOA

O Ministério para a Coordenação de Assuntos Ambientais (MICOA) é um


órgão central do aparelho do Estado, criado pelo Decreto Presidencial
Nº2/94. É responsável pela proteção do meio ambiente e para a
autorização de projectos de desenvolvimento propostos. A autorização é
fornecida somente após estudos apropriados terem sido realizados para
avaliar as implicações ambientais e sociais de projectos de
desenvolvimento de propostas, de acordo com os Regulamentos da AIAS.

O MICOA é responsável por tomar a decisão sobre o processo de AIAS e


para regular o desempenho ambiental dos projectos em Moçambique. De
acordo com o Decreto 45/2004 MICOA também é responsável pela
inspeção, verificação e auditoria, antes, durante e após a implementação
dos projectos.

5.2 Responsabilidades do FIPAG

FIPAG como o cliente / empregador tem a responsabilidade geral de


implementar o PGAS ao Projecto. Objetivo é construir e operar o projeto de
uma forma ambientalmente saudável e responsável e para refletir as
exigências do MICOA e do Banco Mundial

Em particular o FIPAG deve:

 garantir que o PGAS é aprovado pelo MICOA e pelo Banco


Mundial;
 garantir que o PGAS está incluído na documentação de licitação
emitido aos potenciais contratantes
 garantir que Quadro Genérico do Plano de Gestão Ambiental para
as actividades de construção (FIPAG 2003) do FIPAG é incluído
nos documentos de licitação;

7753P01 COWI/FICHTNER 45
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 supervisionar a execução do PGAS, a fim de assegurar o seu


cumprimento.

Para tal, o FIPAG irá denominar um Engenheiro ambiental responsável por

 regular a communicação com o empreeiteiro contratado;


 realizar visitas periódocas e inspecções ao sítio;
 rever e comentar os relatórios ambientais trimestrais elaborados
pelo engenheiro residente;
 relatórios semestraissobre a implementação do PGAS para o
FIPAG, MICOA e Banco Mundial.

5.3 Responsabilidade do Empreiteiro Contratado

Em princípio, o EC deve assegurar que a legislação pertinente em matéria


de protecção do ambiente natural e prevenção da poluição é estritamente
seguida. Isso inclui igualmente os requisitos do Moçambique e do Banco
Mundial. O contratante deverá manter uma base de dados com toda a
legislação pertinente e regulamentos relacionados às questões de
segurança, saúde e meio ambiente. O contratante deve assegurar que
todas as autorizações e certificados necessários foram obtidos antes de
iniciar com qualquer actividade no local. Isto também inclui a obtenção de
certificados para a eliminação de minas terrestres.

O empreiteiro de construção tem que mostrar como pretende respeitar e


implementar os requisitos da PGAS. Para isso, o contratante deve
contratar a tempo inteiro um Oficial Ambiental de Campo (OAC) e um
Director de Saúde e Segurança (DSS) (ambos têm de ser aprovados pelo
FIPAG). O EC deve estabelecer/implementar um Plano de Saúde,
Segurança e Ambiente (PSSA), incluindo um Plano de Saúde e Segurança
Ocupacional,considerando os requisitos da PGAS e implementar um
sistema de gestão de Saúde, Segurança e Ambiente (PSSA), adequado
durante todo o período de construção. O EC deve fornecer os custos de
execução do PGAS e do Quadro Geral do Plano de Gestão Ambiental de
Obras de Construção do FIPAG (2003), como parte de sua proposta. Além
disso, o EC deve também considerar as exigências do Plano de Acção de
Reassentamento a este projecto, a fim de minimizar os impactos sociais do
projecto, como por exemplo, o deslocamento físico para um mínimo
absoluto.

As tarefas gerais dos OCA/OSS são supervisionar o programa de


construção e das actividades de construção executadas pelo empreiteiro.
O OAC / OSS deve estar presente no local durante todo o período de
construção e é responsável pela implementação do PGAS, em

7753P01 COWI/FICHTNER 46
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conformidade com as exigências contractuais do FIPAG. De modo geral,


as suas tarefas incluem:
 garantir a implementação dos requisitos estabelecidos na PGAS;
 assegurar que todos os sub-empreiteiros cumprem com o PGAS;
 inspeccionar o local de construção (s) em uma base diária;
 manter contacto com a equipa, gestores dos sub-projectos e o
gestor geral do Projecto;
 alertar as equipas contratadas sobre as actividades para minimizar
os conflitos entre as comunidades locais e as pessoas afectadas;
 capacitar também os gestores do pessoal sobre o conteúdo do
PGAS;
 Promover formação em questões de SSA para todos os
trabalhadores e sensibilizá-los sobre os requisitos de SSA;
 informar o gestor do Projecto sobre tudo que não estiver em
conformidade com os requisitos PGAS;
 recomendar medidas corretivas em caso de não-conformidade;
 registar, investigar e reportar todos os incidentes e acidentes;
 desenvolver medidas para garantir que tal incidente / acidente não
ocorra no futuro;
 informar o engenheiro residente sobre progressos durante a
implementação do PGAS, incluindo incidentes e acidentes e as
medidas tomadas.

As tarefas específicas do OSS são:

 criar uma equipa de emergência e uma equipa de primeiros


socorros;
 garantir a existência de equipamentos de primeiros socorros no
local, incluindo dispositivos para supressão e extinção de incêndios
e fornecer planos de evacuação;
 garantir que todos os trabalhadores, incluindo sub-empreiteiros
utilizam o equipamento de protecção individual adequadamente
durante todo o tempo no local e que os trabalhadores seguem o
Plano de Saúde e Segurança Ocupacional do Projecto como parte
do Plano de SSA global a ser desenvolvido e implementado pelo
EC;
 elaborar uma Política de Saúde e Segurança e um Plano de Saúde
e Segurança;
 preparar instruções de trabalho necessárias e declarações de
método para prevenir acidentes, incidentes e casos de emergência;
 assegurar a implementação dos requisitos de saúde e segurança,
tal como estabelecido no plano de gestão de saúde e segurança;
 assegurar a implementação de estratégias aplicáveis no âmbito dos
programas nacionais de HIV / AIDS;
 realização de avaliação de risco antes do início dos respectivos
serviços, tarefas e obras;

7753P01 COWI/FICHTNER 47
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 relatórios regulares e irregulares do desempenho da saúde e


segurança no local de trabalho para a gestão local e submissão às
autoridades;
 monitorar a implementação das medidas incluídas no plano de
saúde e gestão da segurança;
 introdução de medidas de gestão de saúde e segurança para todos
os funcionários no canteiro de obras e conscientização com relação
aos requisitos legislativos aplicáveis;
 introdução de códigos de conduta para todos os visitantes;
 execução de rondas diárias de saúde e segurança para introduzir a
necessidade e importância de se considerar as medidas de saúde e
segurança;
 comunicação de saúde e segurança para todos os trabalhadores e
entre a administração local e os trabalhadores;
 colaboração com as autoridades competentes aplicáveis, inspeções
e departamentos administrativos e de gestão local.

5.4 Responsabilidades do Engenheiro Residente

A fim de monitorar os aspectos técnicos da construção de projectos, os


proprietários de projectos contratam um engenheiro residente (ER) para
executar esta tarefa para eles. O ER é um engenheiro (ou empresa de
engenharia), que representa o proprietário de um projecto durante o seu
desenho, desenvolvimento e construção, de modo a confirmar que o
trabalho é bem feito e dentro dos padrões legais. Este não está
directamente envolvido no desenho e na construção do projecto, mas sim
age como um defensor para o proprietário a devida diligência.

O ER inspecciona as plantas, cronogramas e outros materiais


desenvolvidos para apoiar o projecto e identifica falhas que possam surgir.
Durante a construção, o ER faz visitas regulares para monitorar o
progresso das actividades. O trabalho inclui inspecções para garantir que
os planos declarados são seguidos e os trabalhadores utilizam os
materiais certos. O ER gera relatórios para permitir que o proprietário
possa monitorar o progresso e intervir, se for necessário.

O engenheiro residente também é responsável por verificar a integridade,


segurança e questões ambientais do local. O ER deverá ser contratado
pelo Engenheiro do FIPAG e irá funcionar como um elo entre o EC, o
auditor de SSA externo e o FIPAG. Ele / ela deve supervisionar todas as
actividades do OAC e do OSS do Empreiteiro.

As tarefas doER são, mas não se limitam a estas:

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 garantir que o Plano de Gestão Ambiental e Social seja cumprido;


 garantir que o Plano de Saúde e Segurança Ocupacional do
Projecto está incluído no Plano geral de SSA;
 supervisionar o sítio escolhido para a construção, escolher as
áreas, áreas de trabalho, etc;
 avaliação Plano de Implementação de Trabalho da Contratada;
 acompanhamento permanente das actividades de construção,
verificar o cumprimento das medidas de mitigação;
 acompanhar os programas de compensação ambiental e acções de
compensação das partes afectadas com base no Plano de Acção
de Reassentamento;
 acompanhar e participar da implementação de procedimentos para
limitar os impactos sociais negativos das actividades relacionadas
com o projecto, tanto entre o pessoal do contratante e dentro das
comunidades envolvidas no Projecto;
 monitorar os impactos ambientais e de segurança das actividades
actuais, a revisão contínua da actualização das medidas propostas
para actividades de mitigação e impactos relacionados com
trabalho proposto;
 instalação de uma base de dados contendo informações e registros
das actividades de fiscalização;
 cumprir e fazer cumprir as leis existentes e as exigências dos
órgãos ambientais e a outros órgãos competentes envolvidas;
 manter um registo de queixas do público e comunicá-las ao
Contratado e auditor externo;
 elaboração de relatórios de acompanhamento trimestrais, utilizando
a entrada de relatórios OAC e OSS e baseando-se em resultados
de monitoramento próprios; indicando as não conformidades e
desenvolver medidas para conseguir o seu cumprimento;
 actuar como elo entre o auditor externo e, por exemplo EC (i) pela
emissão de instruções do sítio que aplicam os requisitos do Auditor,
quando aplicável, (ii) acompanham o Auditor externo durante as
inspeções de auditoria;
 Informar trimestralmente ao FIPAG.

5.5 Responsabilidades do Auditor de SSA Externo

Recomenda-se a realização de uma auditoria externa duas vezes por ano


durante todo período de construção. O auditor deve ser diretamente
contratado pelo FIPAG. As tarefas específicas deste auditor incluem:

 Estar familiarizado com os requisitos do PGAS;


 Realizar visitas ao local juntamente com o supervisor de SSA e com
o empresário OAC e OSS durante as auditorias;

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PGAS

 Fazer a revisão de registos e relatórios elaborados pelo supervisor


de SSA, OAC e OSS;
 Verificar conformidades com o PGAS e com o Plano de Saúde e
Segurança Ocupacional, incluído no Plano de Segurança, Saúde e
Ambiente geral;
 Registrar todas as não-conformidades com PGAS;
 Elaborar medidas para garantir a conformidade em cooperação
com o supervisor SSA, OAC e OSS;
 Controlar e monitorar a implementação das medidas de gestão;
 Elaborar relatórios de auditorias semestrais que deverão ser
enviados para o FIPAG;
 Elaborar bi-anualmente relatórios de auditoria e submeter ao
MICOA, seguidos de envio ao Banco Mundial.

5.6 Responsibilidades do Operador

A estação de tratamento de águas será operada pela AdeM Águas da


Região de Maputo. A AdeM será responsável pela implementação do
PGAS durante a fase operacional que deve ser assegurada pelo
Engenheiro Ambiental do FIPAG. Tarefas específicas deste engenheiro
estarão relacionadas à saúde e segurança dos trabalhadores como o
armazenamento e manuseio por exemplo de gás de cloro necessários para
a desinfecção, e supervisão de todas as medições feitas tanto na água em
bruto como na água potável, a fim de assegurar que os requisitos do
"Regulamento sobre a Qualidade da Água para Consumo Humano"
nacional sejam cumpridos. Para isso, AdeM irá criar um programa de
monitoramento de acordo com os requisitos nacionais e mantêr registos
sobre a qualidade da água potável produzida na estação de tratamento,
bem como aprimação do consumidor.

A AdeM irá desenvolver um Plano de Saúde, Segurança e Ambiente


(PSSA), durante a operação das instalações, especialmente a Estação de
Tratamento de Água. O Engenheiro Ambiental do FIPAG será responsável
pela implementação do Plano de SSA durante a operação.

7753P01 COWI/FICHTNER 50
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PGAS

6. Medidas de Gestão
De seguida são listadas as medidas de gestão propostas elaboradas
durante o processo de AIAS para as diferentes fases do projecto. O Anexo
II exemplifica um modelo a ser utilizado para a inspecção / monitoramento
do progresso da implementação destas medidas.

6.1 Fase de Desenho/Pré-Construção

Algumas medidas de gestão genéricas devem ser consideradas, a saber:


 Análise das Melhores Tecnologias Disponíveis (MTD) na fase de
desenho/pré-construção do Projecto1;
 Introdução de melhores declarações método de segurança de
transportes em todos os aspectos das operações do Projecto com o
objectivo de prevenir acidentes de trânsito e minimizar os
ferimentos sofridos pelos trabalhadores e comunidades.

6.1.1 Água

 Projectar as travessias dos cursos de água de modo a evitar afectar


a estabilidade e desempenho a longo prazo das margens dos rios e
as defesas contra inundações;
 Considerar a sensibilidade sazonal dos recursos ecológicos quando
planear as travessias dos rios.

6.1.2 Solos

 Considerar a prevenção da contaminação do solo no


dimensionamento da área de armazenagem de lodos;
 O dimensionamento e construção do local de armazenagem de
lodos deve seguir o Decreto 13/2006, Regulamento sobre a Gestão
de Resíduos, e considerar os requisitos da Directiva do Conselho
Europeu 1999/31;
 Fechar com uma tampa cada furo de pesquisa após o
levantamento;
 Planear adequadamente as actividades de exploração, a fim de
minimizar a circulação desnecessária de veículos e máquinas, bem
como a abertura de acessos.

1
Além do planeamento técnico da unidade de tratamento e instalações associadas, especialmente a
concepção do local de armazenamento de lamas, devem seguir-se as tecnologias utilizadas
recentemente. O desenho do local de armazenamento de lamas deve seguir a directiva europeia 99/31,
cujos principais requisitos gerais são dadas no anexo I

7753P01 COWI/FICHTNER 51
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PGAS

6.1.3 Qualidade do Ar

 Preparar campanhas de sensibilização sobre o consumo de


energia;
 Preparar campanhas de conscientização sobre os impactos dos
gases de efeito estufa e as medidas de mitigação relacionadas.

6.1.4 Ruído e Vibração

Um cálculo de previsão de ruído e de vibração, para as áreas residenciais,


institucionais ou educacional, deve ser feito com antecedência para a fase
de construção, considerando a emissão de ruído de pico das máquinas a
serem usadas. A previsão de ruído deve ser feita em locais
representativos.

6.1.5 Flora e Fauna

 Seleccionar métodos de levantamento que têm menor efeito sobre


a vegetação;
 O uso de áreas desmatadas existentes sempre que possível;
 Seleccionar os locais temporários para campos de trabalho e
armazéns ao longo do corredor da conduta de água, para evitar
áreas naturais, impactando ao mínimo a fauna e flora. Os locais
seleccionados devem ser aprovados pelo FIPAG;
 Restringir a remoção da vegetação apenas para áreas necessárias;
 Restringir o acesso da fauna que vive do ambiente aquático na área
do projecto;
 Todas as espécies aquáticas vulneráveis dentro da área de
investigação devem ser recolhidas e realocadas.

6.1.6 Terras Húmidas

 Usar métodos menos destrutivos (corte manual da vegetação) e


limpar a vegetação apenas quando realmente necessário;
 Aquando da realização dos levantamentos, utilizar para atravessar
apenas as áreas das zonas húmidas já desmatadas;
 Seleccionar áreas já degradadas, onde a actividade pode causar
alterações mínimas e usar técnicas que previnam a erosão (corte
parcial da vegetação).

6.1.7 Estação de Combustível e de Abastecimento

 Preparar planos e procedimentos que cobrem técnicas para isolar e


conter a fonte, o uso de material absorvente para limpar os

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derrames, escavação de trincheiras, deposição adequada de


material contaminado;
 Os depósitos de combustível devem estar no menor volume
praticável. Derramamentos devem ser prevenidos e evitados, e se
ocorrerem, removidos imediatamente. As saídas dos depósitos,
tambores, tanques, etc, devem estar protegidas e trancadas. Os
diques de contenção têm que estar sempre vazios. As áreas de
armazenagem devem estar protegidas de danos e colisão de
veículos.

6.1.8 Resíduos Sólidos

 Identificar áreas adequadas para a eliminação de resíduos


perigosos (por exemplo, no Aterro Mavoco na cidade de Matola);
 Preparar um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, incluindo
resíduos perigosos. Este plano deve conter os seguintes princípios:
o hierarquia de gestão de resíduos de evitar a produção,
reutilizar e tratar os resíduos;
o segregar os resíduos em diferentes tipos (por exemplo,
resíduos de madeira, ferro / aço, resíduos domésticos,
possivelmente contaminado);
o minimizar os resíduos de construção pelo planejamento
técnico bom;
o treinar o pessoal;
o colocar os resíduos em diferentes marcado (por exemplo,
cor diferente) recipientes;
o contratar uma empresa de coleta de resíduos certificada
para tirar os resíduos regularmente para descarte adequado
de resíduos;
o depositar os resíduos em um aterro apropriado.

6.1.9 Paisagem

 Utilizar as áreas desmatadas existentes sempre que possível;


 Cortar galhos e arbustos manualmente.

6.1.10 Socioecónomico

 Para cada posição, deve ser revelado o número exacto de


empregos disponíveis, o período aplicável e a remuneração a ser
atribuída a cada tipo de trabalho;
 Os requisitos de contratação devem ser claros, devidamente
publicitados antes do início do processo de recrutamento e
respeitados pelo empreiteiro designado. Para um melhor impacto

7753P01 COWI/FICHTNER 53
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nas comunidades este processo deve ser conduzido com o


envolvimento dos líderes locais;
 Devem ser providenciadas as habilitações necessárias para as
posições ou, nos casos em que não seja aplicável, deve ser
indicado claramente que não são exigidas qualificações especiais;
 No caso de existirem expectativas locais de emprego que não
possam ser satisfeitas pelo projecto, a disponibilidade limitada de
lugares deve ser dada a conhecer às partes interessadas através
das autoridades locais;
 Os princípios e procedimentos de contratação devem, tanto quanto
possível, dar prioridade à contratação de trabalhadores locais
qualificados;
 Disseminação junto das comunidades locais do alcance das
medidas que serão tomadas a curto prazo, para prevenir falsas
expectativas e assegurar a credibilidade do projecto entre as
comunidades;
 Coordenar com as autoridades locais, líderes locais e tradicionais o
processo de revelação do calendário e metas da implementação do
projecto;
 No caso específico de compensação por perda de terrenos
agrícolas e árvores de fruta, a Direcção Provincial de Agricultura
(DPA) do Grande Maputo deve ser contactada em todos os casos
de dúvida no que respeita aos procedimentos de compensação,
incluindo a negociação com os utilizadores de terra;
 Devem ser implementados mecanismos de compensação em todos
os casos justificados, com base em critérios de elegibilidade claros.
Espera-se que o envolvimento das autoridades contribuirá para a
minimização de tentativas de oportunismo;
 Implementação atempada das actividades preparatórias para o
reassentamento, antes do início das obras de construção do
sistema de abastecimento de água:
o Finalização e pagamento dos acordos de compensação em
todos os casos justificados, com base em critérios de
elegibilidade claros;
o Selecção do local hospedeiro;
 Participação das pessoas afectadas na finalização dos acordos de
compensação e na selecção do local hospedeiro;
 Provisão de informação atempada e comunicação regular com as
comunidades afectadas sobre o processo de reassentamento;
 Consulta às comunidades hospedeiras sobre o processo de
reassentamento e recepção dos agregados reassentados, antes e
durante o processo de reassentamento;
 Coordenação com e envolvimento dos líderes locais nas
actividades preparatórias do processo de reassentamento.;

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 Garantir igualdade de acesso aos serviços e recursos existentes


para a população reassentada e a população hospedeira, no
âmbito do reassentamento.

6.1.11 Saúde e Segurança

 Obter, antes do início de qualquer actividade de construção, o


certificado de desminagem pelo Instituto Nacional de Desminagem;
 Desenvolvimento e implementação de um Política de S&S;
 Desenvolvimento e implementação de um Plano de Gestão em
S&S, incluindo as metodologias de trabalho, e considerando todas
as medidas de prevenção e mitigação descritas para a fase de
construção;
 O Plano de Gestão de Saúde e Segurança deve incluir
procedimentos para evitar movimentos repetitivos e movimentação
manual errado;
 O Plano de Gestão de Saúde e Segurança deve incluir
procedimentos para evitar escorregões e quedas, bem como para
assegurar a manutenção do canteiro de obras;
 Consideração das exigências do projecto em relação a saúde e
segurança ocupacional. Detalhes específicos de engenharia serão
fornecidos e considerados no projecto detalhado para serem
desenvolvidos pelo Empreiteiro;
 Preparar uma declaração de métodos e instruções antes da
construção, para evitar a presença de resíduos, materiais de
construção e efluentes fora das áreas de armazenamento
designados;
 Preparar planos de emergência e / ou recuperação, e organizar os
respectivos equipamentos;
 Desenvolver procedimentos de segurança de trabalho para
espaços confinados, caso este não possa ser evitado;
 Precauções de segurança devem incluir o fornecimento de
equipamento de respiração autônomo (SCBA) e cintos de
salvamento;
 Desenvolver uma política e Plano de Conscientização e Prevenção
de HIV;
 Análise de possíveis minas terrestres, a ser empreendida pelo
Instituto Nacional de Desminagem, na área de investigação;
 Antes do início de qualquer actividade, deve ser obtido um
certificado de desminagem do Instituto Nacional de Desminagem
para as áreas de actividade;
 Anunciar ao proprietário/operador do gasoduto os trabalhos
previstos ao redor do gasoduto (também para obter a
autorização/licença).

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6.1.12 Trafego

 Estabelecer um plano de tráfego para o site: estabelecimento de


direitos de passagem, limites de velocidade do local, requisitos de
inspeção de veículos, regras de funcionamento e os procedimentos
(por exemplo, proibindo a operação de empilhadeiras com garfos
em posição para baixo), e controle dos padrões de tráfego ou
direção;
 As declarações de método devem incluir:
o licenciar os motoristas;
o treinar os motoristas e de melhoria de habilidades de
condução;
o Adoptar limites de duração da viagem e organizar listas de
driver para evitar cansaço excessivo;
 Formar e licenciar operadores de veículos industriais na operação
segura dos veículos especializados, tais como empilhadeiras,
incluindo seguro de carga / descarga, limites de carga;
 Anunciar às autoridades relevantes os cruzamentos pretendidos
com a linha férrea (também para obter a autorização/licença
necessária);
 Anunciar os cruzamentos previstos com as estradas à autoridade
de estradas (também para obter a autorização/licença necessária);
 No caso da circular, o desenho da estrada deverá conter
disposições para a passagem da conduta de água num aqueduto
suficientemente grande.

6.2 Fase de Construção

6.2.1 Água

 Instalar a conduta de água abaixo do leito do rio, a um nível tal que


os gradientes dos canais não sejam prejudicados ou que as futuras
reclassificações não se tornem mais difíceis;
 Devem considerar-se, neste troço da construção da conduta
enterrada, características construtivas especiais como medidas de
protecção particulares no revestimento para evitar a corrosão e
desgaste que a conduta poderá sofrer, devido á passagem de água
e aos sedimentos de arraste e também devido à composição
química das águas.
 Os cruzamentos dos cursos de água serão construídos
perpendicularmente ao eixo do canal de rio, sempre que as
condições de engenharia e alinhamento o permitam;

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 Manter os caudais ecológicos a jusante e deverão ser tomadas


medidas para minimizar o aumento da carga de sedimentos no rio;
 Realizar a manutenção regular de veículos e máquinas;
 Não será permitida que a descarga de água com silte/turbida de
operações de esvaziamento de trincheiras entre em qualquer
drenagem/corpo de água/terras húmidas, a menos que a drenagem
ou corpo de água esteja seco e bem vegetado;
 A descarga de água de operações de drenagem e testes hidricos
será de acordo com a legislação moçambicana relevante de
qualidade de água e orientações de descarga de agua do Banco
Mundial;
 Os materiais perigosos, produtos químicos, combustíveis e óleos
lubrificantes não serão armazenados, e o reabastecimento e
actividades de revestimento de concreto (excluindo juntas de
campo) não serão realizados a menos de 30m de um curso de
água;
 Implementar um Plano de Gestão Integrada da Água;
 Produtos químicos de inibição de corrosão, inibidores de oxigênio
ou biocidas só serão utilizados na água de ensaio hidrico, após a
obtenção da devida autorização.
 Realizar construção durante os períodos de menor fluxo de água
nos rios, para que a fauna aquática será menos abundante na
vegetação cana para a limpo;
 A conduta de água deve atravessar, se possível, o rio Incomati ao
longo da ponte (após obtenção da devida autorização/licença);
 Defina os campos de trabalhadores à distância segura do rio, para
evitar a presença incomum de trabalhadores perto do curso do rio;
 Realizar um programa de educação para o trabalhador sobre a
importância do rio e ambientes de áreas húmidas;
 A água potável deve ser fornecida de acordo com a legislação
nacional aplicável e as recomendações e diretrizes da OMS;
 A água deve ser testada uma vez por semana, se for servido de
tanques ou outros recipientes;
 A água potável deve ser armazenada em local fresco e sombreado;
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação..

6.2.2 Solos

 Restringir as actividades à menor àrea possível;


 Usar maquinaria adequada e/ou mecanismos de protecção durante
a decapagem do solo;
 Remover e armazenar separadamente a camada de solo superior,
subsolos e qualquer material original;

7753P01 COWI/FICHTNER 57
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 Usar o material armazenado na área original;


 Caso haja necessidade de levar a depósito terras sobrantes da
escavação da vala de assentamento da conduta, a selecção
dessas zonas de depósito devem excluir as seguintes áreas:
o Áreas do domínio hídrico;
o Áreas inundáveis;
o Zonas de protecção de águas subterrâneas (áreas de
elevada infiltração);
o Perímetros de protecção de captações;
o Áreas com estatuto para conservação;
o Locais sensíveis do ponto de vista geotécnico;
o Locais sensíveis do ponto de vista paisagístico;
o Áreas de ocupação agrícola;
o Proximidade de áreas urbanas e/ou turísticas;
o Zonas de protecção do património.Manter no mínimo os
períodos de armazenamento do solo;
 Adquirir, utilizar e manter sanitários móveis;
 Realizar a manutenção regular de veículos e máquinas;
 O reabastecimento de maquinas deve ser restrito à áreas com
superfície de concreto ou impermeável e delimitadas:
 Disponibilizar constantemente material absorvente em todos locais
de armazenamento e manuseamento de combustível;
 Treinar a força de trabalho na utilização e deposição segura de
combustíveis;
 Preparar e implementar a consciencialização sobre a gestão de
resíduos e procedimento de reabastecimento;
 Remover o solo contaminado e armazená-lo em recipientes
marcados, o solo contaminado devem ser eliminado mais tarde por
uma empresa certificada na recolha de resíduos;
 Se áreas maiores forem contaminadas com óleo, combustível ou
lubrificante, informar imediatamente os representantes de saúde,
segurança e ambiente, para iniciar as medidas adequadas,
nomeadamente
o parar de derramar ainda mais;
o isolar a área;
o remover o solo contaminado;
o organizar o descarte adequado de solo contaminado;
o desenvolver medidas para prevenir futuros incidentes;
 Retirar imediatamente do local os tambores de óleo danificados ou
vazios, com medidas para evitar a contaminação;
 Se o solo retirado da vala vai ficar de fora por alguns dias, cobrir o
solo para evitar a emissão de poeira pelo vento;
 As faixas sujas, assim como o solo escavado armazenado perto da
trincheira, devem ser regularmente regados para evitar a geração
de poeira

7753P01 COWI/FICHTNER 58
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 Remover todas as instalações após a finalização da fase de


construção, que não sejam necessárias para a fase de operação..

6.2.3 Qualidade do Ar

 Humedecer a superfície do solo e todas as estradas não-asfaltadas,


especialmente na estação seca;
 Humedecer o solo antes de iniciar a escavação, durante e após o
enterro da conduta;
 O armazenamento e manuseio do solo superficial, subsolo e
materiais deve ser cuidadosamente gerido para minimizar o risco
de dispersão pelo vento e poeiras;
 Proibir a queima de quaisquer resíduos no local;
 Conduzir campanhas de sensibilização sobre o consumo de
energia;
 Conduzir campanhas de conscientização sobre os impactos dos
gases de efeito estufa e as medidas de mitigação relacionadas;
 Reduzir a velocidade dos camiões ao mínimo;
 Os motores dos veículos não devem ser deixados a funcionar
desnecessariamente;
 Realizar a manutenção regular e adequada de veículos e
máquinas;
 Se o solo retirado da vala vai ficar de fora por alguns dias, cobrir o
solo para evitar a emissão de poeira pelo vento;
 As faixas sujas, assim como o solo escavado armazenado perto da
trincheira, devem ser regularmente regados para evitar a geração
de poeira.
 O uso dos EPP pode ser vital, mas, mesmo assim, deverá ser o
último recurso de protecção (o EPP não deve substituir o controle
da poeira apropriado e só deve ser usado onde os métodos de
controle de poeiras ainda não forem efectivos ou forem
inadequados).

6.2.4 Ruído e Vibração

 Consicencialização em ruído e vibração, para todo o pessoal local,


incluindo subcontratados, como parte da indução geral;
 Restringir a construção e a operação de máquinas pesadas para a
luz do dia;
 Certificar-se que as emissões de ruído são mantidas dentro dos
padrões do Banco Mundial (não mais de 80 dB(A) por mais de 8
horas);
 Evitar obras de construção, em dias de ventos fortes, a fim de
controlar a incidência deste impacto;

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 Instalar silenciadores e mecanismos de controle de ruído (isola) em


equipamentos e máquinas que emitem altos níveis de ruído;
 Informar as comunidades locais sobre o cronograma de
actividades;
 No caso da construção resultar em actividades de um nível de ruído
acumulado de mais de 45 dB (A) durante o período nocturno (22.00
a 07.00) perto de residenciais, áreas institucionais ou educacionais,
a construção deve ser interrompida;
 O cálculo de ruído realizado na fase anterior deve ser verificado no
local durante a construção;
 Idealmente, os controles iriam da eliminação da fonte do ruído, à
substituição da fonte do ruído, ao isolamento ou segregação da
fonte do ruído, aos controles administrativos; que podem incluir:
o Alertas aos efeitos na saúde, com formação e treinamento
dos funcionários para evitar a geração de ruído
desnecessário;
o Programar as tarefas mais ruidosas para horários onde
menos trabalhadores estejam presentes;
o Vigilância dos locais onde a exposição ao ruído é
significativa;
o Rotação das tarefas;
 Se os controles de engenharia e administrativos, não reduzirem
suficientemente os níveis de ruído, os dispositivos de proteção
auditiva (HPD) aprovados, precisam ser fornecidos, usados e
mantidos;
 Não se deverão deixar os veículos ligados ou em marcha lenta no
local por mais tempo do que a quantidade mínima de tempo
necessário para completar as actividades do site;
 Todos os veículos e máquinas de construção devem incluir
silenciadores, em conformidade com as especificações do
fabricante. Isto também inclui o ruído de alta geração de helds mão
como furadeiras, serras, pistolas de pregos etc. Os silenciadores
devem ser bem mantidos e testados regularmente com os
resultados documentados nos registros de manutenção;
 Uma medida de mitigação razoável, mais importante do que usar os
dispositivos de proteção auditiva, é a redução dos níveis de ruído a
um nível tão baixo como possível. Os níveis de ruído devem ser
mantidos abaixo do LEAV de 80 dB (A), sempre que possível.

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6.2.5 Flora e Fauna

 Contratar consultores especialistas em ecologia em cada avanço da


derruba de vegetação, durante as actividades de construção para
afugentar os animais e colher e realocar espécies sensíveis da
área, impedindo que estas sejam prejudicadas;
 Informar todo o pessoal sobre as sensibilidades ambientais na área
circundante;
 No início dos trabalhos, a extensão do trabalho será claramente
delineados onde ele passe por zonas de ambientes sensíveis;
 A pesca, caça e porte de armas de fogo por pessoal de construção
deverão ser estritamente proibidos.
 Em áreas de cobertura vegetal densa, a remoção da vegetação
deve ser restrita para a largura mínima necessária;
 Entre Moamba e Sabie, a conduta deverá seguir as linhas de alta
tensão de energia entre Moamba e Corrumana. Este estudo
verificou que entre Moamba e Sabie o estabelecimento da conduta
terá impactos mínimos ao ser construída a oeste da estrada (entre
a estrada e o Rio Incomati);
 Desenterrar e replantar árvores de grande de porte e crescimento
lento como Aloes e Euphorbias para áreas desmatadas longe da
rota de conduta.
 Restringir as actividades de construção à luz do dia;
 Alinhar as escavações de modo a seguir as estradas paralelas e
terras agrícolas existentes, que foram previamente desmatadas;
 Examinar a área a ser desmatada para eventual presença de
qualquer fauna terrestre antes da limpeza e escavações;
 Proteja qualquer trincheira esquerda durante a noite com uma cerca
de rede para evitar que espécies faunísticas fiquem presas pelo
lado de dentro;
 Capturar e libertar a fauna longe da zona de influência directa
(incluindo espécies presas nas trincheiras);
 Realizar actividades de grande escala de remoção de arbustos na
estação seca, para evitar interferir com a nidificação e reprodução.
 Estabelecer o acampamento de trabalhadores em áreas já
desmatadas;
 Fornecer fontes alternativas de energia (energia solar, por exemplo)
para cozinhar para evitar a destruição da vegetação;
 Fornecer programa de conscientização ambiental para os
funcionários sobre a conservação da vegetação e da fauna;
 Educar os funcionários sobre o manuseamento do fogo;
 Divulgar medidas para evitar incêndios;
 Fornecer extintores de incêndio para combater incêndios
inesperados;

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 A menos que seja de benefício para as comunidades locais, as


estradas temporárias serão removidos quando não mais
necessários e serão reintegradas;
 Reintegrar, tanto quanto possível, de modo a manter a continuidade
do habitat;
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação.

6.2.6 Terras Húmidas

 Os acessos devem ser seleccionados limitando a passagem


através de zonas húmidas, evitando as áreas sensíveis e
minimizando a erosão;
 No início dos trabalhos, a largura de trabalho será claramente
delineada onde ela passa através das zonas sensíveis;
 Planear a implantação do corredor da conduta de água, a fim de
evitar os pântanos e bacias, para reduzir a perturbação das zonas
húmidas. Se não for possível evitar a zona húmida, deve-se
restaurar a trincheira com solo original. A trincheira fechada será,
então, rapidamente coberta pela cobertura vegetal original;
 A conduta de água deve ser instalada abaixo do leito do curso de
água;
 Evitar os vales de dunas perto de Pessene, o corredor da conduta
de água deve seguir a linha de energia nesta secção da conduta;
 A conduta cruzará o rio Incomati ao longo da ponte, se possível (é
necessária uma autorização/licença pela autoridade rodoviária);
 Definir campos dos trabalhadores a uma distância segura do rio,
para evitar a presença incomum de trabalhadores perto do rio
Claro;
 Realizar a construção durante os períodos de menor fluxo de água
nos rios, para que a fauna que vive do meio aquático seja menos
abundante;
 Realizar um programa de educação para os trabalhadores sobre a
importância do rio e ambientes sensíveis
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação.

6.2.7 Estação de Combustível e de Abastecimento

 Preparar e implementar planos e procedimentos que cobrem


técnicas para isolar e conter a fonte, o uso de material absorvente
para limpar os derrames, escavação de trincheiras, deposição
adequada de material contaminado;

7753P01 COWI/FICHTNER 62
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 Os depósitos de combustível devem estar no menor volume


praticável. Derramamentos devem ser prevenidos e evitados, e se
ocorrerem, removidos imediatamente. As saídas dos depósitos,
tambores, tanques, etc, devem estar protegidas e trancadas. Os
diques de contenção têm que estar sempre vazios. As áreas de
armazenagem devem estar protegidas de danos e colisão de
veículos.
 Aumentar a conscientização do trabalhador para a possível
poluição com petróleo, lubrificantes, resíduos e emissões gasosas
das máquinas; a realizar pelos reresentantes de saúde, segurança
e ambientef (ver Capítulo 5);
 Ter sempre disponíveis no local equipamentos de resposta a
derrames;
 O reabastecimento de máquinas deve ser restrito às áreas com
superfície de betão ou impermeável e delimitadas;
 Disponibilizar constantemente material absorvente em todos locais
de armazenamento e manuseamento de combustível;
 Treinar a força de trabalho na utilização e deposição segura de
combustiveis;
 Não depositar resíduos oleosos em valas de sistemas de
drenagem;
 Mudar o óleo de máquinas pesadas apenas em garagens
certificadas;
 Remover pequenos derrames com ou almofadas absorventes e
armazená-la em recipientes marcados;
 Remover grandes derrames com bombas ou equipamentos de
vácuo e armazenar o produto em recipientes marcados;
 Se ocorrer um derramamento acidental, parar imediatamente a
descarga adicional de óleo, etc combustível;
 Retirar imediatamente do local os tambores de óleo danificados ou
vazios, com medidas para evitar a contaminação;
 Preparar e reforçar a consciência de reabastecimento
procedimento;
 Os materiais perigosos, produtos químicos, combustíveis e óleos
lubrificantes não serão armazenados, nem as actividades de
reabastecimento e de revestimento de betão (excluindo juntas de
campo) serão realizadas dentro de 30m em volta de um curso de
água
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação.

6.2.8 Resíduos Sólidos

 Preparar e reforçar a consciência sobre a gestão de resíduos;


 Implementar o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos;

7753P01 COWI/FICHTNER 63
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PGAS

 Fornecer os recipientes apropriados para a deposição de resíduos


sólidos;
 Recolher regularmente e depositar adequadamente os resíduos
sólidos
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação.

6.2.9 Paisagem

 Adopção de uma pintura das instalações usando cores que


combinam com o ambiente para minimizar o impacto visual da
estrutura;
 Manter um cinturão de árvores/arbustos à volta das instalações
construídas para minimizar o impacto visual
 Remover todas as instalações após a finalização da fase de
construção, que não sejam necessárias para a fase de operação.

6.2.10 Socioecónomico

 Concentrar todas as actividades durante as horas do dia de modo a


diminuir a incidência dos efeitos;
 Inspeccionar regularmente os veículos e equipamentos para
garantir o seu bom funcionamento e limitar a liberação de gases/
ruído;
 Evitar obras de construção em dias de ventos fortes, a fim de
controlar a incidência deste impacto;
 Fornecer aos trabalhadores expostos a ruídos elevados, incluindo a
sua curta estadia em áreas onde o ruído é excessivo, equipamento
de protecção auricular, como recomendado no PGAS;
 Instalar silenciadores e mecanismos de controle de ruído (isolantes)
em equipamentos e máquinas que emitam altos níveis de ruído;
 Transportar materiais dentro dos limites do equipamento de carga e
de velocidade. Em estradas não pavimentadas a velocidade deve
ser limitada a 20 km / h;
 Nos diálogos sobre saúde e segurança deve-se explicar aos
trabalhadores a importância de se manter um bom relacionamento
com as comunidades locais;
 Entre os trabalhadores locais deve haver um grupo de ligação com
a comunidade responsável pelo estabelecimento de comunicação
entre o pessoal do projecto e a comunidade, o qual será
particularmente importante em casos de conflito. Esse grupo deve
estar familiarizado com o projecto em geral e ser capaz de eliminar
devidamente quaisquer dificuldades ou passar adiante quaisquer
queixas/reclamações;

7753P01 COWI/FICHTNER 64
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PGAS

 Deve ser estabelecido e implementado um conjunto de regras (ou


um Código de Conduta) a vigorar no local de trabalho. Os padrões
devem incluir, inter alia, a entrada de pessoas estranhas ao serviço
e a proibição de prostituição nos pátios de armazenamento.
 Implementar o Plano de Acção de Reassentamento, antes do início
do trabalho;
 Minimizar a população a deslocar através de mudanças na rota das
condutas;
 Quando o empreiteiro acidentalmente interferir com as estruturas e
bens das populações, deve proceder à devida compensação em
coordenação com as autoridades locais e o proponente do projecto;
 Quando o empreiteiro necessitar de desenvolver actividades à volta
das casas e terrenos agrícolas, deve ser dada preferência ao uso
de meios manuais.
 Selecção de locais temporários para campos de trabalho e
armazéns ao longo do corredor da conduta de água, a fim de evitar
qualquer interferência com estruturas populacionais e activos.
Evitar o uso de terras agrícolas. Os locais seleccionados devem ser
aprovados pelo FIPAG.
 Informar sobre as restrições de tráfego durante as actividades;
 Instalar uma boa sinalização nas áreas de trabalho, indicando rotas
alternativas, restrições de velocidade e desvios na estrada
enquanto as obras ocorrem;
 Contratar e treinar sinaleiros para orientar os motoristas e
pedestres em áreas de alto tráfego;
 Construir uma passagem segura sobre as trincheiras que serão
abertas, a fim de minimizar o incómodo de obras para a população
local;
 Sensibilizar a população local sobre a segurança rodoviária e a
presença de actividades de construção na área que podem originar
um aumento de veículos;
 Sensibilizar e assegurar o cumprimento dos limites de velocidade
para veículos de construção (20 km / h em estradas não
pavimentadas e regulamentada pela sinalização nas vias
pavimentadas);
 Realizar campanhas de sensibilização para os trabalhadores sobre
as formas de transmissão de DTS e HIV / AIDS, incluindo
comportamentos de risco;
 Recrutar uma organização especializada para implementar
actividades de conscientização sobre DTS e HIV / SIDA a nível da
comunidade. Especial atenção deve ser dada aos trabalhadoras de
sexo, mulheres e meninas locais;
 Fornecer preservativos gratuitos na área do projecto;
 Incentivar, durante a sensibilização, os funcionários a passar por
testes de HIV (fora do âmbito do contrato de trabalho);

7753P01 COWI/FICHTNER 65
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PGAS

 Incentivar os funcionários a submeterem-se a tratamento de DTSs,


em fase inicial de infecção / diagnóstico, para minimizar o risco de
infecção pelo HIV e criar condições para este fim - Tais condições
incluem a concessão de licença para a qual o trabalhador pode
passar para a unidade sanitária e criação de mecanismos internos
para permitir que os trabalhadores não absteção-se de procurar
cuidados de saúde devido à falta de fundos;
 Encaminhar trabalhadores para clínicas para o tratamento precoce
e monitoramento de infecções secundárias / oportunistas, tais como
tosse, gripe e pneumonia;
 Avaliar a aptidão física e psicológica dos trabalhadores que têm
trabalhos que são executados em alta altitude, colocando pessoas
qualificadas para o efeito;
 Todos os trabalhadores envolvidos na construção devem receber
treinamento de indução em saúde e segurança ocupacional antes
de entrar no projecto e participar nas discussões diárias sobre
saúde e segurança;
 Conscientização sobre saúde e segurança no trabalho é um
componente-chave de acordo com a legislação moçambicana
sobre esta aspecto e para evitar acidentes; a formação deve ser
entregue por pessoal devidamente qualificado para esse fim. Os
trabalhadores devem ser treinados para ser capaz de identificar os
riscos associados com o seu trabalho e saber como proceder em
casos de emergência;
 Compor e divulgar, através da formação em saúde e segurança
ocupacional, um manual com os procedimentos de segurança para
a fase de construção. Este manual deve conter, mas não se limitar
ao seguinte:
o Informação sobre materiais de construção a serem utilizados
(seus riscos, especificações de segurança, o método de
manuseio, transporte e armazenamento - geralmente feitos
a partir de um resumo das fichas de dados de segurança);
o Os principais riscos associados com vários processos de
construção, com regras de segurança no trabalho,
o Os sinais a serem utilizados na obra, bem como os
procedimentos a adoptar em caso de acidentes;
 Garantir que o equipamento para emergências está disponível e
que todos os trabalhadores são devidamente treinados para usar;
 Garantir que os trabalhadores são treinados e equipados para
responder a acidentes;
 Fornecer equipamentos de protecção individual (EPI) e fazer valer o
seu uso;
 Utilizar equipamentos de trabalho em alturas ou em espaços
confinados adequados;
 Restringir o acesso das crianças a áreas de trabalho;

7753P01 COWI/FICHTNER 66
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 Aumentar a presença da polícia em áreas de grandes


concentrações de pessoas, de modo a dissuadir qualquer tentativa
de tráfico de crianças;
 Promover campanhas de consciencialização contra o tráfico de
crianças, mostrando os comportamentos e as atitudes típicas dos
traficantes;
 Colaboração entre a comunidade e a polícia na comunicação de
atitudes suspeitas;
 Implementar a Estratégia de Prevenção de Tráfico Humano.
 Estabelecer requisitos de contratação formal claros, a serem
observados pelo empreiteiro;
 Os requisitos de contratação devem ser claros, devidamente
publicitados antes do início do processo de recrutamento e
respeitados pelo empreiteiro designado. Para um melhor impacto
nas comunidades este processo deve ser conduzido com
envolvimento dos líderes locais;
 As capacidades requeridas para as posições devem ser
providenciadas ou, em casos que não seja aplicável, deve ser
claramente indicado que não são exigidas qualificações especiais;
 Para cada posição, deve ser revelado o número exacto de
empregos disponíveis, o período aplicável e a remuneração a ser
atribuída a cada tipo de trabalho;
 Os princípios e procedimentos de contratação devem, tanto quanto
possível, dar prioridade à contratação de trabalhadores qualificados
locais;
 Deve ser dado o máximo possível de formação às pessoas locais
para desempenharem tarefas semi-especializadas, de forma a
reduzir o número de trabalhadores do exterior para este fim;
 Caso hajam expectativas locais de emprego que não possam ser
satisfeitas pelo projecto, a disponibilidade limitada de lugares deve
ser dada a conhecer às partes interessadas através das
autoridades locais.

6.2.11 Saúde e Segurança

 Utilizar equipamentos de levantamento e automatizados;


 Organizar as tarefas de movimentação manual de maneira segura,
dividindo as cargas em menores;
 Providenciar informação e treinamento aos trabalhadores nas
tarefas, no uso dos equipamentos e nas técnicas correctas de
manejo de cargas. Os trabalhadores devem ser instruídos, no
mínimo verbalmente, sobre os riscos que certos movimentos
podem trazer;
 Trabalhos manuais devem ser realizados por trabalhadores que
tenham as condições físicas para fazer as tarefas sem trazer riscos
para a sua saúde (devem ser levadas em consideração a

7753P01 COWI/FICHTNER 67
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experiência e a familiaridade com o trabalho, idade e histórico de


lesões);
 Devem ser implementadas e organizadas pausas suficientes para
garantir que haja um descanso das tarefas repetitivas ou
movimentação manual de cargas pesadas, especialmente em
condições de muito calor. Os arranjos das pausas devem ser
comunicados a todos os trabalhadores em causa;
 EPP comprovados e adequados devem ser fornecidos a cada
trabalhador sem custo algum;
 Deve ser considerado que, conforme o Enquadramento Genérico
para o Plano de Gestão Ambiental para Trabalhos de Construção
do FIPAG (2003), dá-se preferência a escavação manual. Sendo
assim, a consideração desta medida é estritamente necessária;
 Boas práticas de limpeza e arrumação incluem:
o Cobrir cabos e cordas no chão e a cruzarem os caminhos
para prevenir quedas (e danos aos próprios cabos
elétricos);
o Remover obstáculos das caminhos/passadeiras,
o Varrer ou esfregar restos do chão;
o Manter as áreas de trabalho e as passadeiras bem
iluminadas;
o Tornar os tapetes e carpetes mais seguros (prender ao
chão, criar aderência, etc);
o Fechar armários de arquivos e gavetas;
 Instruções de Trabalho devem ser implementadas para evitar a
presença de restos de lixo, de materiais de construção e
derramamentos líquidos fora das áreas designadas para eles;
 Membros específicos da equipe devem ser nomeados para
assegurar a segurança do local de trabalho em relação a
escorregões e quedas. No caso de serem identificados líquidos ou
obstáculos, estes devem ser removidos sem demora;
 Os gestores e supervisores devem comunicar aos trabalhadores e
funcionários sobre o risco e a prevenção de escorregões e quedas
durante o trabalho;
 Fornecer EPP apropriado (ex. botas);
 Andaimes e escadas
o Devem ser inspeccionados por uma pessoa competente
antes de serem usados. Só podem ser usados em chão
nivelado e têm que estar em boas condições – sem danos
ou partes em falta – que possam afectar a segurança da
escada ou do andaime;
o Andaimes só podem ser montados por pessoas
competentes;

7753P01 COWI/FICHTNER 68
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o Antes de usar uma escada ou andaime, os trabalhadores


nomeados devem estar familiarizados com os resultados
das avaliações de riscos;
 Valas e Escavações
o Devem estar protegidas contra a queda de trabalhadores. O
bloco deverá ser suficientemente sólido para prevenir
quedas para dentro da escavação. Valas não podem
exceder a largura de 300 m;
o Um dos lados da vala deverá ser inclinado para permitir a
saída de uma pessoa que tenha caído;
 Uso de dispositivos de prevenção de quedas incluem:
o Cintos de segurança e talabartes com tirante limitador, para
prevenir acesso à área com perigo de queda;
o Dispositivos de proteção contra queda, tais como arnês de
segurança usados em conjunto com talabartes de absorção
de choque presos a um ponto de ancoragem fixos ou linhas-
de-vida horizontais;
 Instalação de barras guarda-costas, incluindo rodapés de
segurança na borda de qualquer área de perigo de queda;
 Treinamento adequado na utilização, manutenção, e integridade
dos EPP necessários;
 Inclusão de planos de resgate e/ou recuperação, e equipamento
para acudir trabalhadores após uma queda;
 Materiais de construção devem estar protegidos contra quedas se
estiverem a ser usados em níveis elevados. As medidas
apropriadas dependem da altura do trabalho executado e incluem:
o O uso de redes de segurança, plataformas de segurança, ou
toldos, para reter ou desviar um objecto a cair;
o O uso de rodapés de segurança, telas, ou barras guarda-
costas nos andaimes, para prevenir a queda de objectos;
 A equipa de SSA deve apresentar aos trabalhadores, nas reuniões
de S&S, o risco de ser atingido por objectos;
 A projecção de partículas sólidas, e as suas consequências, podem
ser evitadas se apenas forem utilizadas ferramentas bem
conservadas e com todos os dispositivos de segurança no lugar;
 Ferramentas Eléctricas só devem ser utilizadas por trabalhadores
treinados e competentes;
 Sempre que houver um trabalho elevado, essa área deve ser
barricada e sinalização de segurança deve ser erguida indicando
como áreas de perigo;
 As áreas de uso compulsivo de EPP devem ser demarcadas com
sinalização de segurança;
 Devem ser usadas ferramentas especiais, onde existirem
atmosferas potencialmente explosivas;

7753P01 COWI/FICHTNER 69
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 Deve haver iluminação e ventilação;


 As paredes laterais das escavações devem estar protegidas de
forma a não desabarem. Isto pode ser assegurado com sistemas
de entivação, a ser implementado por uma empresa qualificada ou
por trabalhadores treinados e qualificados;
 A instalação correcta deve ser verificada antes dos trabalhadores
entrarem nas valas;
 Números de emergência e as MSDS devem estar disponíveis e
expostas à vista;
 Ferramentas eléctricas devem ser inspeccionadas regularmente
(por cabos desgastados ou expostos) de modo a garantir que estão
em condições seguras de uso;
 Todos os dispositivos eléctricos energizados devem ser marcados
com sinalização (sinais de aviso);
 Cabos e extensões devem ser protegidos de danos das áreas de
tráfego, revestindo-os ou suspendendo-os;
 Deve ser fixada a identificação de ‘perigo eléctrico’ nas salas de
controle com equipamento de alta voltagem ou em locais onde a
entrada é proibida ou controlada;
 Deve-se realizar a identificação detalhada e a indicação de toda a
fiação eléctrica enterrada, antes de começar qualquer trabalho de
escavação;
 Materiais de construção devem estar protegidos contra quedas se
estiverem a ser usados em níveis elevados. As medidas
apropriadas dependem da altura do trabalho executado;
 Armazenamento de Tubos: utilize suportes ou cintas entre as
camadas de tubos empilhados e bloqueie-os.
 Devem ser observadas medidas construtivas que assegurem a
devida fixação da conduta, ao longo da estrutura de suporte,
contando com as vibrações resultantes da passagem da água pela
tubagem;
 Devem considerar-se medidas de resguardo referentes a
revestimentos adequados de protecção da conduta;
 Devem implementar-se medidas de precaução para a circulação de
viaturas;
 Implementação da Política de HIV e de um Plano de
Conscientização e Prevenção;
 Conscientização dos trabalhadores sobre os modos de transmissão
de HIV/SIDA e outras ITS, incluindo as consequências do
comportamento arriscado;
 Recrutamento de uma organização especializada para implementar
actividades que sensibilizem sobre o HIV/SIDA e outras ITS ao
nível da comunidade. Atenção especial deve ser dada às
profissionais do sexo, mulheres e moças em geral;
 Fornecimento gratuito de preservativos na área do projecto;

7753P01 COWI/FICHTNER 70
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 Estimular os funcionários a fazer o teste de HIV (fora das


obrigações de trabalho);
 Encorajar os trabalhadores a submeterem-se ao tratamento das ITS
no estado incipiente da infecção/diagnóstico, para minimizar o risco
de infecção de HIV; e criar condições para este propósito. Tais
condições incluem a concessão de autorização/licença aos
trabalhadores para irem aos hospital e também criar mecanismos
internos para evitar que os funcionários hesitem em procurar ajuda
médica por falta de fundos;
 Encaminhar os funcionários às unidades de saúde para tratamento
inicial e monitoramento das infecções oportunistas, tais como
tosses, gripes e pneumonia;
 Sinalizar a área real do local de construção suficientemente à noite
por meio de iluminação apropriada;
 Assegurar que as áreas de trabalho são bem iluminadas, mas de
forma a não incomodar/cegar os condutores;
 Preparar um plano para o transporte de cloro para o local da ETA.
Este plano deve incluir:
o selecção de rotas de transporte de cloro;
o formação e instrução do pessoal de transporte sobre as
medidas apropriadas para o transporte seguro de cloro;
o lista das primeiras medidas a serem tomadas em caso de
um acidente:
o os contatos dos chefes de aldeias ao longo da rota de
transporte;
o número de postos de polícia ao longo da rota de transporte;
o número de hospitais ao longo da rota, etc Esta lista deve ser
realizada por todos os camiões que transportam cloro.
 Os trabalhadores devem estar conscientes do risco relacionado
com o gasoduto e treinados pelo Oficial de Saúde e Segurança;
 Durante a escavação da trincheira ao redor do gasoduto apenas os
trabalhadores necessários para esta actividade deverão estar no
local;
 Todos os trabalhos perto do gasoduto serão realizados em estreita
cooperação com o proprietário / operador do gasoduto;
 O proprietário / operador do gasoduto deve enviar engenheiros com
mapas mostrando a localização exata do gasoduto antes se
iniciarem as obras de instalção da conduta de água;
 Estes engenheiros devem estar presentes durante a instalação da
conduta de água e supervisionar as obras;
 As actividades de escavação devem ser realizadas durante o tempo
de carga baixa do gasoduto. Durante as actividades de escavação
deve-se cortar a circulação de gas no gasoduto;
 Os trabalhadores deverão ser treinados e capacitados para manejar
materiais químicos e perigosos ou produtos inflamáveis;

7753P01 COWI/FICHTNER 71
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 Realizar exames anuais para o despiste de infecções e/ou doenças


relacionadas com o trabalho, incluindo o seu tratamento
 Realização de campanhas de conscientização, pelo EC, para
sensibilização dos trabalhadores a respeito do perigo das minas
terrestres e sua possível ocorrência na zona;
 Enfoque deverá ser dado à prevenção de ocorrência do vector
(mosquito), isto é, ao aparecimento de corpos de água
permanentes e/ou ao seu aumento (em número e área superficial)
que sirva de local de reprodução de mosquitos;
 Realização periódica de Controlo Ambiental (redução do número de
mosquitos através do uso de insecticidas);
 Atenção especial deverá ser dada a limpeza e sua manutenção em
todos os locais;
 O ABC da conscientização e Plano de Prevenção da Malaria deve
ser regularmente mantido.

6.2.12 Trafego

 As passadeiras devem ser demarcadas, de modo a evitar que se


ande e/ou trabalhe por baixo de cargas em movimento/cargas
suspensas.
 Implementar o Plano de Tráfego para o local;
 Assegurar que todos os motoristas visitantes sejam reportados à
administração da obra antes de entrarem no local de construção;
 Garantir a segregação de veículos e pedestres (fornecer uma
barreira física para efectuar essa segregação onde possível);
 Garantir a existência de passadeiras adequadas nas rotas dos
veículos;
 Instalação de lombas e sinais de aviso. Estes sinais devem ser
implementados com o objectivo de alertar sobre os possíveis riscos
de máquinas em movimento;
 Anunciar antecipadamente o início e duração das obras em jornais,
via rádio, através de panfletos e através de sinais a serem erguidos
ao longo da construção;
 Reduzir, sempre que possível, o tempo em que uma estrada tem de
ser fechada completamente;
 No caso das estradas de casos terem que ser fechadas
completamente, sinalizar claramente os desvios apropriados onde o
tráfego, incluindo pedestres, pode seguir;
 Permitir a passagem do tráfego perto do local de trbaalho, sempre
que possível e seguro;
 Definir limites de velocidade adequados nas áreas de construção
em curso, previamente acordados com o departamento local de
polícia de trânsito;

7753P01 COWI/FICHTNER 72
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 Assegurar que as saídas e entrada para o local de construção dos


veículos são projectados de forma segura;
 Autorizar apenas os trabalhadores apenas em áreas de trabalho
confinado;
 Limitar a área de trabalho a uma distância tão curta quanto práctica;
 Adoptar os sinais e dispositivos de aviso para trabalhar em,
progresso;
 Assegurar que o posicionamento dos sinais é seguro, eficaz e bem
visível;
 Garantir que todos os equipamentos são visível para o tráfego, quer
através de iluminação adequada ou marcação;
 Um sinaleiro deve estar disponível para prestar a assistência
necessária aos motoristas e operadores;
 Verificar se os veículos exigem dispositivos de aviso sonoro por
exemplo, em reverter camiões, e piscando faróis em veículos para
aumentar a sua visibilidade;
 Implementar e demarcar áreas de acesso restrito por outros
trabalhadores e pelo público, por exemplo, pedestres.Restringir a
circulação de veículos particulares e de entrega a rotas definidas e
áreas, dando preferência para a circulação "one-way", se for o
caso;
 Manter regularmente os veículos e a utilização de peças aprovados
pelo fabricante para minimizar acidentes potencialmente graves
causadas por mau funcionamento do equipamento ou falha
prematura. Onde o projecto pode contribuir para um aumento
significativo do tráfego ao longo das estradas existentes, as
medidas recomendadas incluem:
o Colaboração com as comunidades locais e as autoridades
responsáveis para o melhoramento da sinalização,
visibilidade e a segurança das estradas em geral,
particularmente ao longo de trechos localizados perto de
escolas ou outros locais onde possam haver crianças e; a
colaboração com as comunidades na educação sobre
segurança de tráfego e de pedestres (ex. campanhas nas
escolas);
o Coordenar com a equipa de emergências para garantir que,
em caso de acidente, os primeiros socorros sejam sempre
feitos;
o Usar materiais produzidos localmente, sempre que possível,
para minimizar as distâncias de transporte. Localizar os
alojamentos e outras facilidades próximas ao local de
construção e providenciar um autocarro para transporte dos
trabalhadores, de modo a minimizar o tráfego externo;
o Empregar medidas de controle de segurança do tráfego,
incluindo sinalização (placas, bandeiras) para alertar de
condições perigosas;

7753P01 COWI/FICHTNER 73
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o Áreas de acesso restrito ao público devem ser


implementadas e claramente demarcadas.
 Membros das autoridades ferroviárias devem estar presentes
durante as actividades de cruzamento;
 O cruzamento da ferrovia será realizado utilizando o método de
trincheira;
 A interrupção do tráfego ferroviário não irá ocorrer;
 O lado da estrada afectada deve ser fechada e feito um desvio de
rota, claramente sinalizado, para os carros e para pedestres;
 Os sinais devem ser posicionados de uma forma segura, eficaz e
visível;
 Instalar uma sinalização adequada nas áreas de trabalho, indicando
rotas alternativas, restrições de velocidade e desvios na estrada
enquanto as obras ocorrem;
 Os sinais devem ser vísivies também à noite, por meio de
iluminação adequada;
 Contratar e treinar sinaleiros para orientar os motoristas e
pedestres em áreas de alto tráfego;
 Construir uma passagem segura sobre as trincheiras que serão
abertas, a fim de minimizar o incômodo de obras para a população
local;
 Sensibilizar a população local sobre a segurança rodoviária e a
presença de actividades de construção na área levando à presença
de um número excessivo de veículos;
 Respeite os limites de velocidade para veículos de construção (20
km/h) em estradas não pavimentadas e regulamentada pela
sinalização nas vias pavimentadas.

6.3 Fase de Operação

6.3.1 Água

 Considerar a prevenção da contaminação da água subterrânea


no dimensionamento da área de armazenagem de lodos;
 As águas de lavagens devem ser retornadas ao corpo de água
em bruto e ser depois devidamente tratadas;
 Nenhum efluente líquido, sem tratamento, deve ser
descarregado no ambiente durante a fase de operação;
 A água potável deve ser fornecida de acordo com as
recomendações e directrizes nacionais e da OMS aplicáveis;
 A água deve ser testada uma vez por semana se for servida de
tanques e recipientes;
 A água potável deve ser armazenada num local fresco e à
sombra.

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6.3.2 Solos

 Humedecer a superfície do solo e todas as estradas não-asfaltadas,


especialmente na estação seca;
 Regar o solo antes de iniciar as actividades;
 Considerar a prevenção da contaminação do solo no
dimensionamento da área de armazenagem de lodos;
 O uso de uma geomembrana (resistente UV) para evitar a
contaminação do solo;
 Controlar rupturas da geomembrana;
 Remover o solo contaminado e armazená-lo em recipientes
marcados, o solo contaminado devem ser eliminado mais tarde por
uma empresa certificada na recolha de resíduos;
 Se áreas maiores forem contaminadas com óleo, combustível ou
lubrificante, informar imediatamente os representantes de saúde,
segurança e ambiente, para iniciar as medidas adequadas,
nomeadamente
o parar de derramar ainda mais;
o isolar a área;
o remover o solo contaminado;
o organizar o descarte adequado de solo contaminado;
o desenvolver medidas para prevenir futuros incidentes.

6.3.3 Qualidade do Ar

 Humedecer a superfície do solo e todas as estradas não-asfaltadas,


especialmente na estação seca;
 Regar o solo antes de iniciar as actividades;
 O armazenamento e manuseio do solo superficial, subsolo e
materiais deve ser cuidadosamente gerido para minimizar o risco
de dispersão pelo vento e poeiras;
 Proibir a queima de quaisquer resíduos no local;
 Conduzir campanhas de sensibilização sobre o consumo de
energia;
 Conduzir campanhas de conscientização sobre os impactos dos
gases de efeito estufa e as medidas de mitigação relacionadas.
 Reduzir a velocidade dos camiões ao mínimo;
 Os motores dos veículos não devem ser deixados a funcionar
desnecessariamente;
 Realizar a manutenção regular e adequada de veículos e
máquinas.

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6.3.4 Ruído e Vibrações

 Certificar-se que as emissões de ruído são mantidas dentro dos


padrões do Banco Mundial;
 Informar as comunidades locais sobre o cronograma de
actividades;
 Monitorar o ruído bi-anualmente para garantir que as comunidades
do entorno ea fauna não estão a ser perturbadas;
 Uma medida de mitigação razoável, mais importante que o uso da
protecção auditiva, é a redução dos níveis de ruído ao menor nível
possível. A prevenção de um impacto tem sempre prioridade em
relação a redução passiva;
 Os níveis de ruído devem ser mantidos abaixo do valor de acção
inferior (LEAV) de 80 dB(A) sempre que possível. No caso de se
exceder este valor, protecção auditiva deve ser fornecida aos
trabalhadores e sinais de alerta devem ser instalados;
 Logo após o início da operação, as áreas de ruído com potencial
para exceder os 80 dB (A) devem ser identificadas e o respectivo
aviso e sinais obrigatórios devem ser instalados.

6.3.5 Flora e Fauna

 Remover a vegetação manualmente, se necessário, durante a


manutenção da conduta de água;
 Reabilitar todas as vias de acesso temporárias não em uso para
promover a recuperação da vegetação;
 Realizar as actividades de manutenção durante o dia;
 Proteger qualquer trincheira aberta com uma cerca de rede para
impedir fauna de cair nela.

6.3.6 Terras Húmidas

Realizar um programa de educação ambiental para os trabalhadores sobre


a importância do rio e ambientes das zonas sensíveis.

6.3.7 Estação de Combustível e de Abastecimento

 Aumentar a conscientização do trabalhador para a possível


poluição com petróleo, lubrificantes, resíduos e emissões gasosas
das máquinas; a realizar pelos reresentantes de saúde, segurança
e ambientef (ver Capítulo 5);
 Não depositar resíduos oleosos em valas de sistemas de
drenagem;

7753P01 COWI/FICHTNER 76
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 Mudar o óleo de máquinas pesadas apenas em garagens


certificadas;
 Remover pequenos derrames com ou almofadas absorventes e
armazená-la em recipientes marcados;
 Remover grandes derrames com bombas ou equipamentos de
vácuo e armazenar o produto em recipientes marcados;
 Se ocorrer um derramamento acidental, parar imediatamente a
descarga adicional de óleo, etc combustível.

6.3.8 Resíduos Sólidos

 A queima de resíduos no local é proibida;


 O dimensionamento e construção do local de armazenagem de
lodos deve seguir o Decreto 13/2006, Regulamento sobre a Gestão
de Resíduos, e considerar os requisitos da Directiva do Conselho
Europeu 1999/31.

6.3.9 Paisagem

 Adopção de uma pintura das instalações usando cores que


combinam com o ambiente para minimizar o impacto visual da
estrutura;
 Manter um cinturão de árvores/arbustos à volta das instalações
construídas para minimizar o impacto visual.

6.3.10 Socioeconómico

 Disseminar junto das comunidades locais do alcance das medidas


que serão tomadas a curto prazo, para prevenir falsas expectativas
e assegurar a credibilidade do projecto entre as comunidades;
 Coordenar com as autoridades locais, líderes locais e tradicionais o
processo de revelação do calendário e metas da implementação do
projecto.
 No caso específico de compensação por perda de terrenos
agrícolas e árvores de fruta, a Direcção Provincial de Agricultura
(DPA) do Grande Maputo deve ser contactada em todos os casos
de dúvida no que respeita aos procedimentos de compensação,
incluindo a negociação com os utilizadores de terra;
 Assegurar a coordenação de identificar mecanismos para financiar
ligações domiciliares;
 Identificar oportunidades e mecanismos para subsidiar populações
desfavorecidas
 Promover a igualdade de género, a fim de permitir que as mulheres
participem de actividades fora de casa, incluindo actividades
económicas, de massa, de entretenimento, etc;

7753P01 COWI/FICHTNER 77
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 Eliminar barreiras burocráticas para encorajar o consumo privado e


público;
 Sensibilizar a comunidade para não aderir a ligações ilegais e
denunciá-las;
 Sensibilizar os beneficiários pagar pelos serviços de modo a
garantir a sua manutenção contínua;
 Providenciar água de qualidade de modo a encorajar a preferência
pelo sistema de abastecimento de água;
 Estabelecer preços que sejam atractivos para os consumidores, de
forma que estes não prefiram recorrer a fontes alternativas de
abastecimento de água;
 A entidade operacional deve manter uma área de serviço (rotas de
inspecção) perfeitamente limpa e visível, com placas indicando que
é uma área proibida para pessoas de fora;
 Notificar todos os departamentos de serviço da existência do
conduta de água e a rota das secções enterradas da mesma,
anexando os mapas de localização;
 Os números de telefone que devem ser usados para informar sobre
a detecção de perdas ou actividades que ocorrem perto da conduta
de água deven ser amplamente divulgados;
 Integrar os actuais Pequenos Fornecedores Privados no
funcionamento e gestão do Sistema de Abastecimento de Água ao
Grande Maputo seguindo o quadro de licenciamento e de regulação
a ser aprovado pelo governo, bem como as constatações e
recomendações do estudo "Elaboração do Quadro de
Licenciamento/ Regulamentação dos Fornecedores Privados de
Água (FPAs)" elaborado por Thelma Triche & Associates no âmbito
do projecto USAID/SUWASA;
 Sensibilizar as comunidades beneficiárias para as boas práticas do
uso de água potável, como uma medida para manter os preços de
consumo baixos, visando a manutenção de contratos;
 Definir um horário de abastecimento de água sem restrições (água
disponível 24h/24h);
 Realizar campanhas para sensibilizar a população sobre a
vantagem dos custos de ligação à rede de abastecimento de água
potável;
 Manter as taxas subsidiadas aos escalões mais baixos de
consumo, de acordo com o quadro legal em vigor;
 Aplicar escalonamento do pagamento da ligação domiciliária para
as populações em desvantagem;
 Aplicar medidas de protecçao dos contadores, como por exemplo a
venda de caixas de protecção dos contadores, a serem pagas no
acto de aquisição do contador, no acto da ligação doméstica ou na
conta mensal de água de acordo com a capacidade de pagamento
do consumidor..

7753P01 COWI/FICHTNER 78
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6.3.11 Segurança e Saúde

Trabalhadores:
 Os números de emergência e as MSDS devem estar disponíveis e
expostas em todas áreas onde o cloro é utilizado;
 Apenas trabalhadores especificamente treinados, informados e
conscientes sobre os riscos e das acções preventivas podem
operar o sistema de cloração e lidar com este agente;
 Os trabalhadores devem ser treinados no uso correcto dos EPP;
 A forma de evitar e prevenir o impacto está sujeita ao Plano de
Gestão em Saúde & Segurança e a sua implementação.
 Químicos e materiais perigosos e inflamáveis têm que ser
protegidos, armazenados e transportados adequadamente (normas
e condições de armazenamento dependem dos tipos de materiais
usados). Isto inclui especialmente a utilização de cloro durante a
operação para a desinfecção;
 Procedimentos para o manuseamento de materiais perigosos têm
que ser implementados:
o Devem estar trancados;
o Apenas funcionários autorizados podem ter acesso aos
materiais;
o As MSDS devem estar disponíveis;
o EPP específico deve ser fornecido;
o Os usuários devem ser treinados;
 O transporte adequado de cloro deve incluir:
o selecção cuidadosa de rotas de transporte de cloro;
o uso de armazéns e meios de transporte bem cuidados para
o cloro;
o treino e instrução do pessoal sobre o transporte adequado e
segurodurante o transporte de cloro.
 Se estiverem armazenados de forma segura e os procedimentos
estiverem no lugar, a comunidade não terá forma de contacto nem
manuseamento com estes produtos, logo, nenhum risco ou impacto
será gerado.

Comunidades:
 A água potável deve ser fornecida de acordo com as
recomendações e directrizes nacionais e da OMS aplicáveis;
 As inspecções para a tubagem de transporte da água devem ser
controladas e devidamente registradas;
 Para evitar estas acções a entidade operadora deverá manter a
área de servidão (caminhos de inspecção) perfeitamente limpa e
visível, com indicadores de zona interdita a estranhos e colocação
de marcos visíveis e identificativos do percurso da conduta;

7753P01 COWI/FICHTNER 79
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 Notificar todas as repartições de serviços da existência da conduta


e percurso dos troços da conduta, quando enterrada, juntando
mapas de localização;
 Divulgar os números telefónicos para onde as pessoas poderão
ligar a avisar, no caso de detectarem perdas de água ou
observarem actividades próximas da conduta;
 Para evitar que os tubos a corrosão dos tubos de ferro ou aço,
estes devem ser revestidos interiormente com uma argamassa
formulada com com ingredientes ácido resistentes;
 A qualquer momento ajuste a água tratada para o pH de equilíbrio;
 Medidas especiais para proteger a tubagem da corrosão devem ser
tomadas como: revestimento com zinco / betume ou cobrindo a
conduta com polietileno / poliuretana. Para travessias de rios serao
usados tubos de Polietileno de Alta Densidade;
 Uma vez que nunca foram realizadas medições de cianobactérias
na Barragem de Corumana, recomenda-se o monitoramento da sua
ocorrência na água em bruto a partir da fase de construção. No
caso da ocorrência de cianobactérias na água bruta a concentração
de microcistinas será igualmente determinada. De acordo com os
resultados obtidos, deve ser adoptado um processo de tratamento
de água;
 No caso da ocorrência de cianobactérias e microcistina a dosagem
de ozonização e de carbono activado em pó (PAC) será
aumentada;
 O foco deverá ser dado para evitar o vector do mosquito, i.e. o
aparecimento e/ou o aumento dos corpos d’água (em tamanho e
área de superfície) que servem de biótipos para a reprodução de
Mosquitos.
 Os ABCDE’s do Plano de Prevenção e Conscientização de Malária
devem ser mantidos continuamente.
 Fazer manutenção regular do sistema;
 As tubagens será feita de ferro dúctil de acordo com a ISO 2531 e
Padrão Europeu 545;
 Encontrar fontes alternativas de água superficial para abastecer o
sistema a longo prazo;
 Providenciar água de qualidade de modo a encorajar a preferência
pelo sistema de abastecimento de água;
 Estabelecer preços que sejam atractivos para os consumidores, de
forma que estes não prefiram recorrer a fontes alternativas de
abastecimento de água;
 Campanha de consciencialização, intensificada pelas autoridades
nacionais de saúde, sobre higiene e saneamento com a nova
disponibilidade de água;
 Coordenação inter-institucional visando executar diferentes
trabalhos, tomando em consideração as valas abertas para
colocação de condutas para a expansão da rede;

7753P01 COWI/FICHTNER 80
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 Intensificação pelas autoridades sanitárias das campanhas de


sensibilização sobre higiene e saneamento face à nova
disponibilidade de água;
 O transporte adequado de cloro deve incluir:
o selecção cuidadosa de rotas de transporte de cloro;
o uso de armazéns e meios de transporte bem cuidados para
o cloro;
o treino e instrução do pessoal sobre o transporte adequado e
seguro durante o transporte de cloro;
 Implementar o plano para o transporte de cloro para o local da ETA;
 Em caso de um acidente (i) a zona do acidente deve ser protegido
com, por exemplo placas de aviso abrangentes, imediatamente, (ii)
no caso de cloro é liberado, o condutor deve tomar cuidado para
não ser exposta ao gás, (ii) a delegacia de polícia próxima serão
chamados, (iii) o chefe da aldeia mais próxima deve ser informado
sobre o acidente que ele pode alertar a população, se necessário,
(iv) o hospital próximo deve ser informado ou chamado, se
necessário, (v) medidas adequadas devem ser tomadas para que
garantir o cloro e para posterior transporte seguro
 Com vista a garantir energia eléctrica para o funcionamento das
electrobombas em cada centro de distribuição, com particular
destaque para os centros mais remotos de Sábie, Moamba e
Pessene, recomenda-se as seguintes medidas:
o Colocar um gerador de emergência ou uma bomba a diesel
em cada centro de distribuição do sistema de abastecimento
de água;
o Prever um grupo de bombagem constituído por duas
electrobombas;
o Prever no reservatório elevado uma reserva de água que
permita o abastecimento da população em pelo menos 1 a 2
dias (o tempo máximo previsto para reposição da
electricidade);
o Encorajar os consumidores que tenham capacidade a
adquirirem reservatórios de água individuais.

6.3.12 Trafego

 Elaborar e implementar o plano de tráfego;


 Asseguar que os veículos e pedestres são segregados sempre que
possível (uma barreira física para alcançar a segregação);
 Instalar rampas de velocidade e sinais de alerta. Sinais de alerta
devem ser implementados para informar sobre a possibilidade de
riscos movendo máquinas;

7753P01 COWI/FICHTNER 81
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 Assegurar que o posicionamento dos sinais é seguro, eficaz e bem


visível;
 Garantir que todos os equipamentos são visíveis para o tráfego,
quer através de iluminação adequada ou marcação;
 Implementar e demarcar áreas de acesso restrito por outros
trabalhadores e pelo público, por exemplo, pedestres.Restringir a
circulação de veículos particulares e de entrega a rotas definidas e
áreas, dando preferência para a circulação "one-way", se for o
caso;
 Manter regularmente os veículos e a utilização de peças aprovados
pelo fabricante para minimizar acidentes potencialmente graves
causadas por mau funcionamento do equipamento ou falha
prematura.

6.4 Fase de Encerramento

6.4.1 Água

 Limpar a vegetação manualmente para minimizar a erosão;


 Quando se tiver que bloquear o leito do rio para abrir valas para
remover a conduta, deve-se garantir passagens de água para
permitir a continuidade do fluxo;
 Em áreas onde a vegetação foi derrubada para o encerramento,
deve-se protege-la com barreiras para reduzir a erosão e permitir a
regeneração da vegetação;
 Depósitar uma barreira formada por pedras grandes áreas
desmatadas ao longo da margem do rio, reduzirá o atrito causado
pelo fluxo de água durante um certo período até que a vegetação
natural se recupere;
 Realizar a manutenção regular de veículos e máquinas;
 Não será permitida que a descarga de água com silte/turbida de
operações de esvaziamento de trincheiras entre em qualquer
drenagem/corpo de água/terras húmidas, a menos que a drenagem
ou corpo de água esteja seco e bem vegetado;
 Os materiais perigosos, produtos químicos, combustíveis e óleos
lubrificantes não serão armazenados, e o reabastecimento e
actividades de revestimento de concreto (excluindo juntas de
campo) não serão realizados a menos de 30m de um curso de
água;
 Implementar o Plano de Gestão Integrada da Água;
 A água potável deve ser fornecida de acordo com a legislação
nacional aplicável e as recomendações da OMS e diretrizes;

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 A água deve ser testada uma vez por semana, se for servido de
tanques ou outros recipientes;
 A água potável deve ser armazenada em local fresco e sombreado.

6.4.2 Solos

 Humedecer a superfície do solo e todas as estradas não-asfaltadas,


especialmente na estação seca;
 Regar o solo antes de iniciar as actividades;
 Se o solo retirado da vala vai ficar de fora por alguns dias, cobrir o
solo para evitar a emissão de poeira pelo vento;
 Adquirir, utilizar e manter sanitários móveis;
 Realizar a manutenção regular de veículos e máquinas;
 O reabastecimento de maquinas deve ser restrito à áreas com
superfície de concreto ou impermeável e delimitadas:
 Disponibilizar constantemente material absorvente em todos locais
de armazenamento e manuseamento de combustível;
 Treinar a força de trabalho na utilização e deposição segura de
combustíveis;
 Preparar e implementar a consciencialização sobre a gestão de
resíduos e procedimento de reabastecimento;
 Remover o solo contaminado e armazená-lo em recipientes
marcados, o solo contaminado devem ser eliminado mais tarde por
uma empresa certificada na recolha de resíduos;
 Se áreas maiores forem contaminadas com óleo, combustível ou
lubrificante, informar imediatamente os representantes de saúde,
segurança e ambiente, para iniciar as medidas adequadas,
nomeadamente:
o parar de derramar ainda mais;
o isolar a área;
o remover o solo contaminado;
o organizar o descarte adequado de solo contaminado;
o desenvolver medidas para prevenir futuros incidentes;
 Retirar imediatamente do local os tambores de óleo danificados ou
vazios, com medidas para evitar a contaminação;
 Implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos;
 Restringir as actividades à menor àrea possível;
 Usar maquinaria adequada e/ou mecanismos de protecção durante
a decapagem do solo;
 Remover e armazenar separadamente a camada de solo superior,
subsolos e qualquer material original.

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6.4.3 Qualidade do Ar

 umedecer a superfície do solo e todas as estradas não-asfaltadas,


especialmente na estação seca;
 Humedecer o solo antes de iniciar a escavação, durante e após o
enterro da conduta;
 O armazenamento e manuseio do solo superficial, subsolo e
materiais deve ser cuidadosamente gerido para minimizar o risco
de dispersão pelo vento e poeiras;
 Proibir a queima de quaisquer resíduos no local;
 Conduzir campanhas de sensibilização sobre o consumo de
energia;
 Conduzir campanhas de conscientização sobre os impactos dos
gases de efeito estufa e as medidas de mitigação relacionadas;
 Reduzir a velocidade dos camiões ao mínimo;
 Os motores dos veículos não devem ser deixados a funcionar
desnecessariamente;
 Realizar a manutenção regular e adequada de veículos e
máquinas;
 Quando a substituição não for possível, outros métodos de controle
de engenharia devem ser introduzidos:
o o uso de processos húmidos (faixas sujas, assim como o
solo escavado armazenadas perto da trincheira tem de ser
regularmente regados para evitar a geração de poeira);
o o uso de aspiradores em vez de vassouras;
 As faixas sujas, assim como o solo escavado armazenado perto da
trincheira, devem ser regularmente regados para evitar a geração
de poeira.

6.4.4 Ruído e Vibrações

 Restringir a operação de máquinas pesadas para a luz do dia;


 Certificar-se que as emissões de ruído são mantidas dentro dos
padrões do Banco Mundial (não mais de 80 dB(A) por mais de 8
horas);
 Informar as comunidades locais sobre o cronograma de
actividades;
 Idealmente, os controles iriam da eliminação da fonte do ruído, à
substituição da fonte do ruído, ao isolamento ou segregação da
fonte do ruído, aos controles administrativos; que podem incluir:
o Alertas aos efeitos na saúde, com formação e treinamento
dos funcionários para evitar a geração de ruído
desnecessário;

7753P01 COWI/FICHTNER 84
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o Programar as tarefas mais ruidosas para horários onde


menos trabalhadores estejam presentes;
o Vigilância dos locais onde a exposição ao ruído é
significativa;
o Rotação das tarefas;
 Se os controles de engenharia e administrativos, não reduzirem
suficientemente os níveis de ruído, os dispositivos de proteção
auditiva (HPD) aprovados, precisam ser fornecidos, usados e
mantidos;
 Uma medida de mitigação razoável, mais importante do que usar os
dispositivos de proteção auditiva, é a redução dos níveis de ruído a
um nível tão baixo como possível. Os níveis de ruído devem ser
mantidos abaixo do LEAV de 80 dB (A), sempre que possível
 No caso de que as actividades de construção resultarem num nível
de ruído acumulado de mais de 45 dB (A) durante o período
nocturno (22.00 a 07.00) perto de residenciais, áreas institucionais
ou educacionais, as actividades devem ser interrompidos;
 Um cálculo de previsão de ruído deve ser feita com antecedência,
para o encerramento em tais áreas, considerando a emissão de
ruído de pico das máquinas a serem usadas. A previsão de ruído
deve ser feita em locais representativos. O cálculo do ruído deve
ser verificado no local durante o encerramento;
 Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pode ser vital,
mas deve, contudo, ser o último recurso de proteção não deve ser
um substituto para o controle de poeiras adequado e deve ser
utilizado apenas quando os métodos de controle de poeira ainda
não são eficazes ou são inadequados.

6.4.5 Flora e Fauna

 Usar as estradas de acesso e de manutenção existentes da


conduta de água para desmontar e transportar o material
desmantelado;
 Todas as infra-estruturas e a própria conduta de água a
desmantelar serão eliminados no total. Nenhuma parte deve ser
deixada;
 Se necessário derrubar vegetação, limpar apenas a largura mínima
da via para o desmantelamento;
 Contratar consultores especialistas em ecologia em cada avanço da
derruba de vegetação, durante as actividades de construção para
afugentar os animais e colher e realocar espécies sensíveis da
área, impedindo que estas sejam prejudicadas;
 Informar todo o pessoal sobre as sensibilidades ambientais na área
circundante;

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 Reintegração para manter a continuidade do habitat, tanto quanto


possível;
 No início dos trabalhos, a extensão do trabalho será claramente
delineados onde ele passe por zonas de ambientes sensíveis;
 A pesca, caça e porte de armas de fogo por pessoal de construção
deverão ser estritamente proibidos;
 Restringir as actividades de construção à luz do dia;
 Examinar a área a ser desmatada para eventual presença de
qualquer fauna terrestre antes da limpeza e escavações;
 Proteja qualquer trincheira esquerda durante a noite com uma cerca
de rede para evitar que espécies faunísticas fiquem presas pelo
lado de dentro;
 Capturar e libertar a fauna longe da zona de influência directa
(incluindo espécies presas nas trincheiras);
 Realizar actividades de grande escala de remoção de arbustos na
estação seca, para evitar interferir com a nidificação e reprodução.
 Realizar operações de desmantelamento durante os períodos de
fluxo de água muito baixo nos rios, a fim de evitar impactos
enormes sobre a hidrologia (mudanças de erosão, turbidez e fluxo).
 O nível do rio e do material deve ser mantido;
 Após a construção do material profundidade, a largura e o leito
natural devem ser restaurados;
 Restaurar a vegetação nativa nas margens de rios.

6.4.6 Terras Húmidas

 Todo o pessoal deve ser informado sobre as áreas sensíveis na


área circundante;
 Reintegrar de modo a manter a continuidade do habitat, tanto
quanto possível;
 No início dos trabalhos, a largura de trabalho será claramente
delineada onde ela passa através das zonas sensíveis;
 Planear a remoção do corredor da conduta de água de modo a
reduzir a perturbação das zonas húmidas;
 Definir o acampamento dos trabalhadores a uma distância segura
do rio, para evitar a presença incomum de trabalhadores perto do
curso do rio;
 Realizar um programa de educação para os trabalhadores sobre a
importância do rio e das áreas sensíveis;
 Usar mecanismos adequados (guindastes) para remover a conduta
e outras estruturas, causando o mínimo de danos às área
sensíveis;
 Recolher o entulho gerado e dispor adequadamente em aterros
sanitários adequados;

7753P01 COWI/FICHTNER 86
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 A vegetação nativa nas margens de rios deve ser restaurada.

6.4.7 Estação de Combustível e de Abastecimento

 Aumentar a conscientização do trabalhador para a possível


poluição com petróleo, lubrificantes, resíduos e emissões gasosas
das máquinas; a realizar pelos reresentantes de saúde, segurança
e ambientef (ver Capítulo 5);
 Os depósitos de combustível devem estar no menor volume
praticável. Derramamentos devem ser prevenidos e evitados, e se
ocorrerem, removidos imediatamente. As saídas dos depósitos,
tambores, tanques, etc, devem estar protegidas e trancadas. Os
diques de contenção têm que estar sempre vazios. As áreas de
armazenagem devem estar protegidas de danos e colisão de
veículos.
 Always have spill response equipment available on site;
 Ter sempre disponíveis no local equipamentos de resposta a
derrames;
 O reabastecimento de máquinas deve ser restrito às áreas com
superfície de betão ou impermeável e delimitadas;
 Disponibilizar constantemente material absorvente em todos locais
de armazenamento e manuseamento de combustível;
 Treinar a força de trabalho na utilização e deposição segura de
combustiveis;
 Não depositar resíduos oleosos em valas de sistemas de
drenagem;
 Remover pequenos derrames com ou almofadas absorventes e
armazená-la em recipientes marcados;
 Remover grandes derrames com bombas ou equipamentos de
vácuo e armazenar o produto em recipientes marcados;
 Se ocorrer um derramamento acidental, parar imediatamente a
descarga adicional de óleo, etc combustível;
 Retirar imediatamente do local os tambores de óleo danificados ou
vazios, com medidas para evitar a contaminação;
 Preparar e reforçar a consciência de reabastecimento
procedimento;
 Os materiais perigosos, produtos químicos, combustíveis e óleos
lubrificantes não serão armazenados, nem as actividades de
reabastecimento e de revestimento de betão (excluindo juntas de
campo) serão realizadas dentro de 30m em volta de um curso de
água.

6.4.8 Resíduos Sólidos

 Preparar e reforçar a consciência sobre a gestão de resíduos;

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 Implementar o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos;


 Fornecer os recipientes apropriados para a deposição de resíduos
sólidos;
 Recolher regularmente e depositar adequadamente os resíduos
sólidos.

6.4.9 Paisagem

 Usar estradas existentes e caminhos para aceder aos locais de


remoção da conduta de água e das instalações;
 Guardar as estruturas existentes (edifícios) para outros usos;
 Restaurar a vegetação de áreas degradadas após apuramento.

6.4.10 Socioeconómico

Emitir certificados para os provedores locais de trabalho e de serviço


envolvidos no projecto, para apoiá-los no futuro emprego.

6.4.11 Saúde e Segurança

 Utilizar equipamentos de levantamento e automatizados;


 Organizar as tarefas de movimentação manual de maneira segura,
dividindo as cargas em menores;
 Providenciar informação e treinamento aos trabalhadores nas
tarefas, no uso dos equipamentos e nas técnicas correctas de
manejo de cargas. Os trabalhadores devem ser instruídos, no
mínimo verbalmente, sobre os riscos que certos movimentos
podem trazer;
 Trabalhos manuais devem ser realizados por trabalhadores que
tenham as condições físicas para fazer as tarefas sem trazer riscos
para a sua saúde (devem ser levadas em consideração a
experiência e a familiaridade com o trabalho, idade e histórico de
lesões);
 Devem ser implementadas e organizadas pausas suficientes para
garantir que haja um descanso das tarefas repetitivas ou
movimentação manual de cargas pesadas, especialmente em
condições de muito calor. Os arranjos das pausas devem ser
comunicados a todos os trabalhadores em causa;
 EPP comprovados e adequados devem ser fornecidos a cada
trabalhador sem custo algum;
 Deve ser considerado que, conforme o Enquadramento Genérico
para o Plano de Gestão Ambiental para Trabalhos de Construção
do FIPAG, dá-se preferência a escavação manual. Sendo assim, a
consideração desta medida é estritamente necessária;
 Boas práticas de limpeza e arrumação incluem:

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o Cabos e cordas no chão e a cruzarem os caminhos têm que


estar cobertos para prevenir quedas (e danos aos próprios
cabos elétricos);
o Remover obstáculos das caminhos/passadeiras,
o Varrer ou esfregar restos do chão;
o Manter as áreas de trabalho e as passadeiras bem
iluminadas;
o Tornar os tapetes e carpetes mais seguros (prender ao
chão, criar aderência, etc);
o Fechar armários de arquivos e gavetas;
 Instruções de Trabalho devem ser implementadas para evitar a
presença de restos de lixo, de materiais de construção e
derramamentos líquidos fora das áreas designadas para eles;
 Membros específicos da equipe devem ser nomeados para
assegurar a segurança do local de trabalho em relação a
escorregões e quedas. No caso de serem identificados líquidos ou
obstáculos, estes devem ser removidos sem demora;
 Os gestores e supervisores devem comunicar aos trabalhadores e
funcionários sobre a prevenção de escorregões e quedas durante o
trabalho;
 Fornecer EPP apropriado (ex. botas).
 Andaimes e escadas
o Devem ser inspeccionados por uma pessoa competente
antes de serem usados. Só podem ser usados em chão
nivelado e têm que estar em boas condições – sem danos
ou partes em falta – que possam afectar a segurança da
escada ou do andaime;
o Andaimes só podem ser montados por pessoas
competentes;
o Antes de usar uma escada ou andaime, os trabalhadores
nomeados devem estar familiarizados com os resultados
das avaliações de riscos;
 Valas e Escavações
o Devem estar protegidas contra a queda de trabalhadores. O
bloco deverá ser suficientemente sólido para prevenir
quedas para dentro da escavação. Valas não podem
exceder a largura de 300 m;
o Um dos lados da vala deverá ser inclinado para permitir a
saída de uma pessoa que tenha caído;
 Uso de dispositivos de prevenção de quedas incluem:
o Cintos de segurança (safety belt) e talabartes com tirante
limitador (lanyard), para prevenir acesso à área com perigo
de queda;
o Dispositivos de proteção contra queda, tais como arnês de
segurança (full body harnesses) usados em conjunto com

7753P01 COWI/FICHTNER 89
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talabartes de absorção de choque (shock absorbing


lanyards) presos a um ponto de ancoragem fixos ou linhas-
de-vida horizontais (life-lines);
 Instalação de barras guarda-costas, incluindo rodapés de
segurança na borda de qualquer área de perigo de queda;
 Materiais de construção devem estar protegidos contra quedas se
estiverem a ser usados em níveis elevados. As medidas
apropriadas dependem da altura do trabalho executado e incluem:
o O uso de redes de segurança, plataformas de segurança, ou
toldos, para reter ou desviar um objecto a cair;
o O uso de rodapés de segurança, telas, ou barras guarda-
costas nos andaimes, para prevenir a queda de objectos;
 A equipa de SSA deve apresentar aos trabalhadores, nas reuniões
de S&S, o risco de ser atingido por objectos;
 A projecção de partículas sólidas, e as suas consequências, podem
ser evitadas se apenas forem utilizadas ferramentas bem
conservadas e com todos os dispositivos de segurança no lugar;
 Ferramentas Eléctricas só devem ser utilizadas por trabalhadores
treinados e competentes;
 Sempre que houver um trabalho elevado, essa área deve ser
barricada e sinalização de segurança deve ser erguida indicando
como áreas de perigo;
 As áreas de uso compulsório de EPP devem ser demarcadas com
sinalização de segurança;
 Devem ser usadas ferramentas especiais, onde existirem
atmosferas potencialmente explosivas;
 Deve haver iluminação e ventilação;
 As paredes laterais das escavações devem estar protegidas de
forma a não desabarem. Isto pode ser assegurado com sistemas
de entivação, a ser implementado por uma empresa qualificada ou
por trabalhadores treinados e qualificados;
 A instalação correcta deve ser verificada antes dos trabalhadores
entrarem nas valas;
 Números de emergência e as MSDS devem estar disponíveis e
expostas à vista;
 Ferramentas eléctricas devem ser inspeccionadas regularmente
(por cabos desgastados ou expostos) de modo a garantir que estão
em condições seguras de uso;
 Todos os dispositivos eléctricos energizados devem ser marcados
com sinalização (sinais de aviso);
 Cabos e extensões devem ser protegidos de danos das áreas de
tráfego, revestindo-os ou suspendendo-os;

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PGAS

 Deve ser fixada a identificação de ‘perigo eléctrico’ nas salas de


controle com equipamento de alta voltagem ou em locais onde a
entrada é proibida ou controlada;
 Deve-se realizar a identificação detalhada e a indicação de toda a
fiação eléctrica enterrada, antes de começar qualquer trabalho de
escavação;
 Conscientização dos trabalhadores sobre os modos de transmissão
de HIV/SIDA e outras ITS, incluindo as consequências do
comportamento arriscado;
 Recrutamento de uma organização especializada para implementar
actividades que sensibilizem sobre o HIV/SIDA e outras ITS ao
nível da comunidade. Atenção especial deve ser dada às
profissionais do sexo, mulheres e moças em geral;
 Fornecimento gratuito de preservativos na área do projecto;
 Estimular os funcionários a fazer o teste de HIV (fora das
obrigações de trabalho);
 Encorajar os trabalhadores a submeterem-se ao tratamento das ITS
no estado incipiente da infecção/diagnóstico, para minimizar o risco
de infecção de HIV; e criar condições para este propósito. Tais
condições incluem a concessão de autorização/licença aos
trabalhadores para irem aos hospital e também criar mecanismos
internos para evitar que os funcionários hesitem em procurar ajuda
médica por falta de fundos;
 Encaminhar os funcionários às unidades de saúde para tratamento
inicial e monitoramento das infecções oportunistas, tais como
tosses, gripes e pneumonia;
 Sinalizar a área real do local de construção suficientemente à noite
por meio de iluminação apropriada;
 Assegurar que as áreas de trabalho são bem iluminadas, mas de
forma a não incomodar/cegar os condutores;
 Os trabalhadores devem estar conscientes do risco relacionado
com o gasoduto e treinados pelo Oficial de Saúde e Segurança;
 Durante a escavação da trincheira ao redor do gasoduto apenas os
trabalhadores necessários para esta actividade deverão estar no
local;
 Todos os trabalhos perto do gasoduto serão realizados em estreita
cooperação com o proprietário / operador do gasoduto;
 O proprietário / operador do gasoduto deve enviar engenheiros com
mapas mostrando a localização exata do gasoduto antes se
iniciarem as obras de remoção da conduta de água;
 Estes engenheiros devem estar presentes durante a remoção da
conduta de água e supervisionar as obras;
 As actividades de escavação devem ser realizadas durante o tempo
de carga baixa do gasoduto. Durante as actividades de escavação
deve-se cortar a circulação de gas no gasoduto.

7753P01 COWI/FICHTNER 91
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PGAS

6.4.12 Trafego

 As passadeiras devem ser demarcadas, de modo a evitar que se


ande e/ou trabalhe por baixo de cargas em movimento/cargas
suspensas.
 Implementar o Plano de Tráfego para o local;
 Assegurar que todos os motoristas visitantes sejam reportados à
administração da obra antes de entrarem no local de construção;
 Garantir a segregação de veículos e pedestres (fornecer uma
barreira física para efectuar essa segregação onde possível);
 Garantir a existência de passadeiras adequadas nas rotas dos
veículos;
 Instalação de lombas e sinais de aviso. Estes sinais devem ser
implementados com o objectivo de alertar sobre os possíveis riscos
de máquinas em movimento;
 Anunciar antecipadamente o início e duração das obras em jornais,
via rádio, através de panfletos e através de sinais a serem erguidos
ao longo da construção;
 Reduzir, sempre que possível, o tempo em que uma estrada tem de
ser fechada completamente;
 No caso das estradas de casos terem que ser fechadas
completamente, sinalizar claramente os desvios apropriados onde o
tráfego, incluindo pedestres, pode seguir;
 Permitir a passagem do tráfego perto do local de trbaalho, sempre
que possível e seguro;
 Definir limites de velocidade adequados nas áreas de construção
em curso, previamente acordados com o departamento local de
polícia de trânsito;
 Assegurar que as saídas e entrada para o local de construção dos
veículos são projectados de forma segura;
 Autorizar apenas os trabalhadores apenas em áreas de trabalho
confinado;
 Limitar a área de trabalho a uma distância tão curta quanto práctica;
 Adoptar os sinais e dispositivos de aviso para trabalhar em,
progresso;
 Assegurar que o posicionamento dos sinais é seguro, eficaz e bem
visível;
 Garantir que todos os equipamentos são visível para o tráfego, quer
através de iluminação adequada ou marcação;
 Um sinaleiro deve estar disponível para prestar a assistência
necessária aos motoristas e operadores;
 Verificar se os veículos exigem dispositivos de aviso sonoro por
exemplo, em reverter camiões, e piscando faróis em veículos para
aumentar a sua visibilidade;

7753P01 COWI/FICHTNER 92
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PGAS

 Implementar e demarcar áreas de acesso restrito por outros


trabalhadores e pelo público, por exemplo, pedestres.Restringir a
circulação de veículos particulares e de entrega a rotas definidas e
áreas, dando preferência para a circulação "one-way", se for o
caso;
 Manter regularmente os veículos e a utilização de peças aprovados
pelo fabricante para minimizar acidentes potencialmente graves
causadas por mau funcionamento do equipamento ou falha
prematura. Onde o projecto pode contribuir para um aumento
significativo do tráfego ao longo das estradas existentes, as
medidas recomendadas incluem:
o Colaboração com as comunidades locais e as autoridades
responsáveis para o melhoramento da sinalização,
visibilidade e a segurança das estradas em geral,
particularmente ao longo de trechos localizados perto de
escolas ou outros locais onde possam haver crianças e; a
colaboração com as comunidades na educação sobre
segurança de tráfego e de pedestres (ex. campanhas nas
escolas);
o Coordenar com a equipa de emergências para garantir que,
em caso de acidente, os primeiros socorros sejam sempre
feitos;
o Usar materiais produzidos localmente, sempre que possível,
para minimizar as distâncias de transporte. Localizar os
alojamentos e outras facilidades próximas ao local de
construção e providenciar um autocarro para transporte dos
trabalhadores, de modo a minimizar o tráfego externo;
o Empregar medidas de controle de segurança do tráfego,
incluindo sinalização (placas, bandeiras) para alertar de
condições perigosas;
o Áreas de acesso restrito ao público devem ser
implementadas e claramente demarcadas.
 Membros das autoridades ferroviárias devem estar presentes
durante as actividades de cruzamento;
 O cruzamento da ferrovia será realizado utilizando o método de
trincheira;
 A interrupção do tráfego ferroviário não irá ocorrer;
 A abertura da estrada existente será anunciada ao departamento
de trânsito da polícia local antes de início das actividades;
 O lado da estrada afectada deve ser fechada e feito um desvio de
rota, claramente sinalizado, para os carros e para pedestres;
 Os sinais devem ser posicionados de uma forma segura, eficaz e
visível;
 Os sinais devem ser vísivies também à noite, por meio de
iluminação adequada.

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PGAS

7. Plano de Monitoramento
A Avaliação de Impacto Ambiental e Social (Vol. 2) identificou os principais
impactos potenciais associados a cada actividade do projecto durante
todas as fases (concepção / pré-construção construção, operação /
manutenção desmantelamento). Os impactos de cada fase do projeto
foram divididos de acordo com sua natureza: biofísico, socioeconomico, de
saúde e ou segurança dos trabalhadores. Para todos os impactos,
diferentes medidas de gestão foram elaboradas, e encontram-se
resumidas no Capítulo 6 deste PGAS.

Conforme descrito no Capítulo 5, o empreiteiro de construção durante a


construção e o operador durante a operação serao responsáveis pelo
acompanhamento da execução das medidas de gestão. Durante a
construção isso será feito pelo Director de Campo Ambiental e de Saúde e
Director de Segurança, que são empregados pelo contratante de
construção e incorporados no seu Sistema de Gestão de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente. Suas actividades serão monitoradas e
supervisionadas pelo Supervisor de SSA de Engenheiria do Proprietário.

Além disso, é recomendado que seja realizado um controlo externo


anualmente.

A equipe de SSA será responsável pelo acompanhamento da execução


das medidas de gestão descritas no PGAS.

Actividades de controlo específicas são descritas na tabela a seguir, a


Tabela 7-1.

Tabela 7-1: Actividades de Monitorização

Frequênci
Aspecto Fase do Projecto Indicadores
a
Construção Erosão Semanal
Geologia e Solos
Encerramento Erosion Semanal
Emissão de
Construção Semanal
Poeiras
Qualidade do Ar
Emissão de
Encerramento Semanal
Poeiras
Turbidez da Agua
Construção Bi-semanal
Fluxo da Agua
Turbidez da Agua Bianual
Fluxo da Agua
Água Operação
Condiçao das
Mensal
Infraestruturas
Turbidez da Agua
Encerramento Bi-semanal
Fluxo da Agua

7753P01 COWI/FICHTNER 94
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Frequênci
Aspecto Fase do Projecto Indicadores
a
Nivel de Ruido
Construção Semanal
Nivel de Vibraçao
Nivel de Ruido Bianual
Ruido e Vibração Operação
Nivel de Vibraçao
Nivel de Ruido
Encerramento Semanal
Nivel de Vibraçao
Cobertura e Bianual
Construção diversidade
Vegetacional
Cobertura e Bianual
Flora Operação diversidade
Vegetacional
Cobertura e Bianual
Encerramento diversidade
Vegetacional
Diversidade Bianual
Construção
Especifica
Diversidade Bianual
Fauna Operação
Especifica
Diversidade Bianual
Encerramento
Especifica
Cumprimento
Construção Mensal
com o PGAS
Cumprimento
Resíduos Sólidos Operação Trimestral
com o PGAS
Cumprimento
Encerramento Mensal
com o PGAS
Cumprimento
com o Plano de
Construção Mensal
Saúde e
Segurança
Cumprimento
Saúde e
com o Plano de
Segurança Operação Trimestral
Saúde e
Ocupacional
Segurança
Cumprimento
com o Plano de
Encerramento Mensal
Saúde e
Segurança
Plano de Cumprimento
Construção Mensal
Reassentamento com o PR

De salientar que o PGAS é um documento dinâmico e susceptível a


mudanças com o tempo. Portanto, este PGAS deverá ser actualizado a
medida que o projecto vai sendo implementando e quando as medidas
tomadas se mostrarem desajustadas ou ultrapassadas para uma
determinada realidade.

7753P01 COWI/FICHTNER 95
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PGAS

Em caso de não cumprimento com o estipulado neste PGAS e no REIAS,


devem ser notificadas as autoridades relevantes, de modo a que estas
possam analisar a extensão do dano causado e atribuir a devida
penalização.

7753P01 COWI/FICHTNER 96
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PGAS

8. Penalizações
Em caso de incidente ambiental, o Empreiteiro ou Operador tem a
responsabilidade de corrigir o dano causado e de reabilitar a área
afectada. Além disto, o Empreiteiro ou Operador poderá ser penalizado
pelas autoridades relevantes e pelo FIPAG.

Em caso de não cumprimento com o estipulado neste PGAS e no REIAS,


devem ser notificadas as autoridades relevantes, de modo a que estas
possam analisar a extensão do dano causado e atribuir a devida
penalização.

O contrato entre o FIPAG e o Empreiteiro ou Operador deverá incluir as


penalizações a serem implementadas no caso de não cumprimento com o
estipulado neste PGAS e no REIAS.

7753P01 COWI/FICHTNER 97
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PGAS

9. Documentação
Este capítlo aborda alguns procedimentos relacionados às medidas de
gestão ambiental e social que serão seguidos durante a execução do
projecto (fases de pré-construção, construção e operação).

a) Declaração de Métodos de Construção

O empreiteiro deverá submeter, por escrito, as declarações do


Método antes do arranque do projecto. As componentes das
Declarações do Método devem ser submetidas no mínimo 10 dias
úteis antes do início do trabalho proposto para permitir que o ER
estude e aprove a Declaração do Método. Qualquer outro prazo de
entrega de Declaração do Método será decidido pelo ER.

O empreiteiro não deverá arrancar com as obras de nenhuma das


componentes do projecto ou começar qualquer actividade até que
tenha sido aprovada a Declaração do Método relevante, por escrito,
pelo ER.

As declarações do Método para cada uma das componentes do


projecto são classificadas como Componentes do Método Geral e
indicam o que deve ser feito para conferir com as especificações
ambientais relevantes e relatará claramente sobre:
o Nome da actividade;
o Localização da actividade;
o Localização do acampamento do empreiteiro;
o Materiais, equipamento e requisitos do pessoal;
o Transporte de materiais e/ou equipamento de, e para dentro
do local da obra que inclui ruas de acesso e de transporte;
o As provisões de armazenamento de materiais e/ou
equipamento;
o Procedimentos de Emergência;
o O procedimento proposto para a construção e
implementação das especificações ambientais relevantes; e
o Outra informação julgada necessária pelo ER.

As Declarações do Método aprovadas deverão estar prontamente


disponíveis no local e comunicadas para todo o pessoal relevante,
incluindo os trabalhadores.

A aprovação da Declaração do Método não absolverá ao


empreiteiro de qualquer obrigação e responsabilidade nos termos
estabelecidos pelo Contrato.

7753P01 COWI/FICHTNER 98
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PGAS

b) Registo de Incidentes

Deverá ser mantido um Registo de Incidentes que ocorram no local,


ex. derramamentos de produtos químicos, incêndios, acidentes com
os funcionários e veículos, etc. A seguinte informação deve ser
inscrita no Registo de Incidentes:

o Nome e contactos das pessoas envolvidas;


o Pessoa que regista o incidente;
o Data e hora do incidente;
o Natureza, extensão e causa do incidente;
o Equipamento envolvido;
o Nome e contactos de quaisquer pessoas que tenham sida
notificadas acerca do incidente;
o Acções tomadas visando a resolução do incidente e se este
foi tratado de forma adequada; e
o Medidas adicionais requeridas para evitar a repetição do
incidente.

c) Relatórios de Inspecção

Todas as inspecções devem ser registadas e arquivadas (em papel ou


electronicamente) para consulta futura e como fonte de dados para uso
em relatórios mensais.

Devem-se preparar fichas de inspecção, por descritor ambiental (por


exemplo, qualidade do ar, solo, etc), indicando o cumprimento ou não
com o estipulado neste PGAS.

Mensalmente deve ser compilado um relatório de inspecções, tendo


por base essas fichas de inspecção. Este relatório deve conter, no
mínimo, o seguinte:

o Periodo das inspecções;


o Locais inspeccionados;
o Indicadores analisados; e
o Fotografias das não conformidades identificadas;

d) Relatórios de Monitoramento

Para além das inspecções, deve também ser realizado o


monitoramento, de acordo com o Capítulo 7 acima.

7753P01 COWI/FICHTNER 99
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Mensalmente e Trimestralmente devem ser compilados relatórios de


monitoramento, os quais devem incluir, no mínimo, o seguinte:

o Descritor ambiental monitorado;


o Indicadores ambientais;
o Resumo dos resultados monitorados;
o Não conformidades identificadas no período;
o Acidentes e/ou incidentes identificados no período; e
o Medidas correctivas implementadas e sua eficácia.

e) Formação e Consciencialização Ambiental

O empreiteiro e os subempreiteiros deverão estar cientes dos


requisitos ambientais e constrangimentos nas actividades de
construção contidos na provisão do PGAS.

Uma sessão inicial de formação e consciencialização ambiental


deverá ter lugar antes do início de qualquer tipo de trabalho no local
das obras para cada uma das seis componentes do projecto e onde
for julgado necessário pelo Engenheiro Residente. Para tal, o
Empreiteiro preparará um programa de formação e
consciencialização para todo o pessoal envolvido, incluindo para o
pessoal do subempreiteiro para revisão e comentários pelo ER.

A formação deverá incidir, mas não ser restrita, ao seguinte:

o Consciencialização básica e entendimento das feições


ambientais chaves do local do trabalho e arredores;
o Entendimento da importância das razões de porquê o
ambiente deve ser protegido;
o Maneiras de minimizar os impactos ambientais negativos,
assim como exigências relevantes do PGAS;
o Prevenção e combate ao incêndio;
o Riscos locais de saúde pertinentes, incluindo prevenção de
doenças tais como malária e cólera;
o Consciencialização, prevenção e minimização de riscos
relacionados com a contracção e proliferação de HIV/SIDA
e outras doenças de transmissão sexual; e
o Riscos de minas anti-pessoais e outros explosivos e
medidas para minimizar tais riscos.

7753P01 COWI/FICHTNER 100


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10. Plano de Emergência


Uma emergência é uma situação imprevista quando durante uma operação
perde-se o controle, ou pode se perder o controlo, de uma situação que
pode resultar em riscos para a saúde humana, a propriedade, ou o
ambiente, quer dentro das instalações ou na comunidade local.
Emergências normalmente não incluem práticas seguras de trabalho para
casos frequentes ou eventos que são cobertos pela área da saúde e
segurança ocupacional.

Os principais riscos relacionados ao projecto podem ser identificados:

 Fase de Desenho/Pré-Construção
o Desenho de áreas de armazenamento de produtos
químicos, especialmente para instalações de cloro.

 Fase de Construção / Fase de Encerramento


o A aplicação adequada de medidas de saúde e segurança
durante a construção;
o Cruzamento de um gasoduto;
o Instalações de canteiros de obras ao longo das estradas
com a interferência com o tráfego diário;

 Fase de Operação
o Transporte e manuseamento de cloro para o local;
o Manipulação de produtos químicos nocivos como o cloro
para ser usado no local de tratamento de água;
o Corte de energia na estação de bombeamento;
o Corte de energia na estação de tratamento de água;
o Falha no processo de tratamento de água, resultando em
água imprópria para consumo.

Este projecto deverá incluir os seguintes elementos básicos:


 Funções e Responsabilidades, com relação à implementação do
plano de emergência;
 Organização de áreas de emergência (centros de controle, centros
médicos,etc)
 Sistemas de comunicação em caso de emergência;
 Procedimentos de resposta a emergências;
 Recursos de emergência;
 Treinamento e actualizações para emergências;
 Continuidade de Negócios e Contingência.

7753P01 COWI/FICHTNER 101


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Informações adicionais são fornecidas para os componentes-chave do


plano de emergência, como segue abaixo.

10.1 Funções e Responsabilidades

A concepção das instalações do Projeto seguirá a melhor tecnologia


disponível (BAT) na concepção das estações de bombeamento
necessárias e estação de tratamento de água. Para isso, o FIPAG
contratou um consultor de engenharia para elaborar o desenho da área de
armazenamento de cloro, de forma a que os riscos relacionados com o
manuseamento de cloro sejam minimizados. O FIPAG será responsável
pelo layout final das instalações do Projecto.

Durante a construção (e durante o encerramento) o FIPAG é responsável


pela implementação do Plano de Segurança e Saúde no local de
construção. Para tal, o FIPAG contratou um engenheiro residente, que
actua também como supervisor para a implementação das medidas de
saúde e segurança por parte do empreiteiro de construção (EC). O EC
deve desenvolver um plano de gestão de tráfego, conforme descrito no
estudo EIAS, usando as medidas de mitigação recomendadas. O EC,
juntamente com o FIPAG, também é responsável para tomar as medidas
necessárias antes do início das obras necessárias no cruzamento da
conduta de água com o gasoduto.

A AdeM, como parte do FIPAG, vai operar as instalações e,


conseqüentemente, será responsável pela implementação do Plano de
Saúde e Segurança durante a operação. A AdeM também é responsável
pela criação de um plano de emergência e preparação para o transporte
de cloro para o local e para o manuseamento de cloro no local. O mesmo
inclui situações de emergência provocadas por cortes de energia na
estação de bombeamento ou no local de tratamento de água e, em caso
de falhas no tratamento de água, resultando numa qualidade imprópria de
água potável.

10.2 Áreas de Emergência

Devido à natureza do projecto, as áreas possíveis de emergência são


muito diferentes, dependendo da natureza do risco identificados e dos
procedimentos de emergência que devem ser desenvolvidas (ver Capítulo
8.4).

No caso do cruzamento do gasoduto, a área mais ampla é a área de


passagem de emergência real, mas tem que ser ampliada para eventuais
situações de libertações de gás maiores até às áreas envolventes,
dependendo da quantidade de gás libertado e da situação de vento.

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Em caso de transporte de cloro, toda a rota de transporte pode ser


afectada, incluindo as áreas de uma possível dispersão de uma nuvem de
cloro, se o gás cloro for liberto. A dispersão do cloro depende,
naturalmente, da situação de vento no momento do acidente. Nos
procedimentos de emergência este facto tem que ser considerado. O vento
deve também ser considerado na ETA, durante o manuseamento do cloro.

No caso de falhas no fornecimento de água, a área de emergência


estende-se ao longo do corredor da conduta de água onde a água é
captada. Isto também pode compreender agregados ao longo da conduta e
em Maputo, dependendo do sistema de distribuição futura.

10.3 Sistemas de Comunicação

10.3.1 Comunicação e Notificação ao Trabalhador

Alarme, alarmes visuais, ou outras formas de comunicação devem ser


usadas para alertar os trabalhadores de forma confiável à uma
emergência. Medidas relacionadas incluem:
 Testar sistemas de alerta, pelo menos anualmente (alarmes de
incêndio mensal), e mais frequentemente se exigido pelos
regulamentos locais, equipamentos ou outras considerações;
 Instalação de um sistema de back-up para as comunicações no
local com recursos fora do local, tais como bombeiros, no caso de
os métodos normais de comunicação falhar após uma Notificação
Comunitária de emergência.

Se a comunidade local sentir-se em risco eminente de uma potencial


emergência decorrente na instalação, o operador deve implementar
medidas de comunicação para alertar a comunidade, tais como:
 Alarmes sonoros, como sinos e sirenes de incêndio;
 Distribuir listas telefonicas de emergencias;
 Altifalantes mntados em veiculos;
 Anunciar detalhes da natureza da emergência;
 Comunicar opções de proteção (evacuação, quarentena); e
 Fornecer aconselhamento sobre a seleção de uma opção de
proteção adequada.

10.3.2 Meios de Comunicação e Relações Públicas

Informações de emergência devem ser comunicados à imprensa por meio


de:

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 A formação, de um porta-voz / empresa local capaz de interagir


com as partes interessadas, ao falar para a mídia, governo e outras
agências;
 Comunicados de imprensa com informações precisas, o nível de
detalhe apropriado para a emergência, e para o qual a precisão
pode ser garantida.

10.4 Procedimentos de Emergência

Medidas de segurança durante a construção

O empreiteiro de construção é responsável por implementar a PGAS


incluindo o Plano de Gestão de Saúde e Segurança e instalar um Sistema
de Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, durante a fase de
construção inteira. O desenvolvimento dos procedimentos de resposta
específicos de emergência não é necessário.

Cruzamento com o gasoduto

Este estudo recomenda desligar o gasoduto durante as escavações e


instalação do troço da conduta de água que cruza com o gasoduto. Isto
pode ser feito durante o tempo de carga baixa, com por exemplo, durante a
noite. Ao fazer isso o risco de um acidente durante a escavação da
trincheira será quase zero. O EC deve desenvolver procedimentos de
emergência para as actividades ao redor do gasoduto.

Instalações de frentes de obras ao longo das estradas

Como sublinha este estudo, deve ser desenvolvido um Plano de Gestão de


Tráfego para obras ao longo e nas estradas perto do Centro de
Distribuição da Machava e estradas dentro da área de influência do
Projecto. Este Plano de Gestão de Tráfego deve conter (mas não se
limitar) as medidas de mitigação apresentadas neste estudo. O EC é
responsável pela implementação deste plano e o FIPAG irá supervisioná-lo
através de engenheiro residente.

Transporte e manuseamento de cloro para o local

Neste PGAS são identificadas medidas de gestão a implementar durante o


transporte de gás de cloro, as quais deverão ser utilizadas para a criação
de procedimentos de emergência. Estes procedimentos, a serem
desenvolvidas pela AdeM, incluem quem deve ser chamado e informado

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em caso de acidente e devem indicar a necessidade de evacuação de


pessoas que vivem ao longo da estrada utilizados para o transporte, no
caso do gás cloro ser liberto.

O manuseamento dos produtos químicos nocivos no local de tratamento


de água

O operador da AdeM deve desenvolver procedimentos de manuseamento


para os trabalhadores que lidam com o processo de cloração da ETA. Os
trabalhadores devem ser treinados especificamente no manuseamento de
cloro e devem ser sensibilizados sobre os seus riscos para a saúde.
Devem ser desenvolvidos pelo operador procedimentos de emergência
para potenciais acidentes com cloro em gás no local do tratamento. Estes
procedimentos devem considerar quem deve ser chamado e informado em
caso de acidente e devem indicar a necessidade de evacuação de
pessoas que vivem ao longo da estrada utilizados para o transporte, no
caso do gás cloro ser liberto.

Corte de energia da estação de bombeamento e da estação de tratamento


de água

A fim de evitar o corte na distribuição de água potável em caso de corte de


energia, devem ser instalados geradores a gasóleo, tanto na estação de
bombeamento e no tratamento de água. A AdeM devem desenvolver
procedimentos de emergência sobre como actuar em casos de cortes de
energia, especialmente se o gerador a diesel não funcionar correctamente.
Estes procedimentos devem incluir quem deve ser informado e que
medidas devem ser tomadas para manter o abastecimento da população
com água potável.

Falha no processo de tratamento de água, resultando em água não potável

A qualidade da água distribuída deve ser monitorada continuamente.


Devem ser desenvolvidos pelo operador procedimentos para o caso de
uma falha no processo de tratamento, resultando em má qualidade de
água. Os procedimentos devem incluir a descrição de um sistema de
informação que cubra todos os pontos de distribuição do sistema.

7753P01 COWI/FICHTNER 105


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10.5 Recursos de Emergência

10.5.1 Fundos Financeiros e de Emergência

Deve ser fornecido/criado um mecanismo para o financiamento de


atividades de emergência.

10.5.2 Serviços de Bombeiros

O construtor e o operador deverão considerar o nível de capacidade local


de combate a incêndios e se o equipamento está disponível para uso na
instalação em caso de uma emergência grave ou catástrofe natural. Se a
capacidade disponível sor considerada insuficiente, devem ser adquiridas
capacidades de combate a incêndios, que podem incluir bombas,
abastecimento de água, camiões e treinamento de pessoal.

10.5.3 Serviços Médicos

O construtor e o operador deverão fornecer meios de atendimento de


primeiros socorros para a instalação, bem como equipamento médico
adequado para o pessoal, o tipo de operação, bem como o grau de
tratamento susceptível de ser necessário antes do transporte para o
hospital.

10.5.4 Disponibilidade de Recursos

Medidas adequadas para gerir a disponibilidade de recursos no caso de


uma emergência incluem:
 Mantêr uma lista de equipamento externo, pessoal, instalações,
financiamento, conhecimento especializado e materiais que podem
ser necessários para responder a emergências. A lista deve incluir
pessoal com conhecimentos especializados para a limpeza dos
derrames, controle de enchentes, engenharia, tratamento de água,
ciência ambiental, etc, ou qualquer uma das funções necessárias
para responder adequadamente à emergência identificada;
 Fornecer o pessoal que pode facilmente chamar recursos,
conforme necessário;
 Acompanhar e gerenciar os custos associados com os recursos de
emergência;
 Considerando a quantidade, o tempo de resposta, capacidade,
limitações e custo destes recursos, para ambos os site-specific
emergências e comunidade ou emergências regionais;

7753P01 COWI/FICHTNER 106


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 Considerando que os recursos externos são incapazes de fornecer


capacidade suficiente durante uma emergência regional, pode ser
preciso ser preciso manter os recursos adicionais no local.

10.5.5 Ajuda Mutua

Acordos de assistência mútua diminuiem a confusão administrativa e


fornecem uma base clara para a resposta por provedores de ajuda mútua.

Sempre que necessário, acordos de assistência mútua devem ser


mantidos com outras organizações para permitir a partilha de pessoal e
equipamento especializado.

10.5.6 Lista de Contactos

O construtor e o operador deverão desenvolver uma lista de informações


com os contactos de todos os recursos internos e externos e do pessoal. A
lista deve incluir o nome, descrição, localização e detalhes de contacto
(telefone, e-mail) para cada um dos recursos, e deve ser actualizado
anualmente.

10.6 Treinamento e Actualizações

As instalações de emergência, os planos de preparação e resposta a


emergências requerem revisão, manutenção e actualização sobre
mudanças em equipamentos, pessoal e instalações. Programas de
treinamento e exercícios práticos para testar os sistemas para assegurar
um nível adequado de preparação para emergências. Os programas
devem:

 Identificar necessidades de formação com base nas funções e


responsabilidades, capacidades e necessidades do pessoal em
caso de emergência;
 Desenvolver um plano de treinamento para atender às
necessidades, especialmente para combate a incêndios, de
resposta a derrames e evacuação;
 Realizar treinamento anual, e de formação, talvez mais frequente
quando a resposta inclui equipamentos especializados,
procedimentos ou perigos, ou quando for obrigatório;
 Proporcionar exercícios de treinamento que permitam ao pessoal a
oportunidade de testar a preparação para emergências, incluindo:
o Exercícios teoricos com apenas alguns poucos funcionários,
onde as listas de contacto são testadas e as facilidades de
comunicação avaliadas;

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o exercícios de resposta, envolvendo tipicamente exercícios


que permitem testar o equipamento e logística;
o Comunicaçao ao pessoal após a conclusão de um exercício
de treinamento para avaliar o que funcionou bem e que
aspectos necessitam melhoria;
o Atualizar do plano, conforme necessário, após cada
exercício;
o Elementos do plano, sujeitos à mudança significativa (como
listas de contactos) deve ser substituído;
 Registar as actividades de formação e os resultados do
treinamento.

10.7 Continuidade de Negócios e Contingência

Medidas para lidar com a continuidade dos negócios e de contingência


incluem:

 Identificar fontes de substituição ou instalações para permitir a


continuidade do negócio depois de uma emergência. Por exemplo,
fontes alternativas de água, eletricidade e combustível são
comummente solicitadas;
 Utilizar sistemas de abastecimento duplicados como parte das
operações das instalações para aumentar a probabilidade de
continuidade de negócios;
 Manter cópias de segurança de informações críticas em um local
seguro para agilizar o retorno às operações normais após uma
emergência.

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11. Programa de Educação Ambiental


No seu próprio interesse, tanto o Empreiteiro como o Operador deverão
manter um grau de consciência ambiental elevado não só a nível dos
gestores séniores mas até ao nível dos trabalhadores simples, e
particularmente nos trabalhadores envolvidos na construção ou
manuseamento de substâncias perigosas, dado o potencial destas
actividades poderem gerar impactos ambientais negativos.

As actividades de treino ambiental deverão ser coordenadas pelo Gestor


Ambiental.

O propósito do programa de educação ambiental e o seguinte:

 Assegurar que todos os trabalhadores e gestores do projecto são


capazes de identificar potenciais problemas ambientais associados
com o seu trabalho e formas de os evitar ou minimizar;
 Criar um nível de consciência ambiental elevado entre os
trabalhadores do projecto;
 Criar condições para observância das políticas, legislação e
procedimentos ambientais;
 Assegurar que são evitados os potenciais impactos ambientais das
actividades relacionadas com projecto e que são implementadas
medidas de mitigação associadas; e
 Criar consciência dos papéis e responsabilidade na observância
das políticas e procedimentos ambientais, incluindo requisitos no
que respeita à preparação de emergência em resposta aos
requisitos.

Como forma de assegurar que todos os intervenientes no projecto se


encontram preparados para lidar com as components de ambiente, saúde
e segurança do projecto, deverá ser introduzido treino, saúde diária,
segurança e diálogo ambiental e resposta de emergência.

Específicamente, as seguintes acções estão planeadas:

 Todos os trabalhadores devem participar num programa de treino


introdutório antes do início das suas funções. O treino deverá incluir
questões ambientais, de saúde e segurança - Indução;
 Todos os trabalhadores deverão receber treino no que respeita a
riscos, precauções e procedimentos para armazenamento,
manuseio e uso seguro de todos os materiais perigosos relevantes
para cada tarefa e área de trabalho;
 O pessoal deverá ser treinado em questões de ambiente, saúde e
segurança, incluindo a prevenção de acidentes, a prática segura no

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o uso de químicos, e o controlo e manutenção adequada dos


equipamentos e instalações;
 O treino deverá incluir também a resposta de emergência, incluindo
a localização e uso adequado de equipamento de emergência, o
uso de equipamento de protecção pessoal, procedimentos para dar
o alarme e notificar equipes de resposta de emergência, e acções
de resposta apropriada para cada situação de emergência que
surgir; e
 Pelo menos uma vez por ano, deverão ser levados a cabo
exercícios de resposta para simular situações críticas, tais como
incêndios.

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12. Custo Total do Plano de Gestâo Ambiental e Social


Durante o curso da avaliação dos impactos do Projecto no ambiente bio-
físico, diversas medidas foram desenvolvidas para mitigar possíveis
impactos a um mínimo absoluto. A maioria destas medidas de gestão,
elaboradas para as fases de pre-construção, de construção e de
desmantelamento, requerem acções específicas e serão executadas de
uma forma rotineira pelos empreiteiros. Estas medidas são cobertas pelo
custo de construção e podem ser imlementadas pelo pessoal responsável
pela execução do Plano de Saúde e Segurança (PSS) no âmbito do
Sistema de Saúde Segurança e Gestão Ambiental do empreiteiro. Este
PSS deve tomar em conta as medidas estipuladas no PGAS.

Como recomendado no Relatório de Saúde e Segurança, o Empreiteiro


seleccionado deve estabelecer um Plano de Saúde e Segurança para o
periodo de construção e de implementação do Sistema de Saúde
Segurança e Gestão Ambiental, incluindo o recrutamento de um Oficial de
Campo Ambiental e de um Oficial de Saúde Ambiental responsáveis pela
implementação das medidas de gestão, incluindo este custo na sua
proposta financeira.

Durante as fases de operação e manutenção o Engenheiro Ambiental do


operador (FIPAG/AdeM) supervisará a implementação das medidas de
mitigação propostas e executará as necessárias acções de monitoria.

Apresentam-se a seguir, na Tabela 10-1, os custos adicionais para


implementação das medidas de gestão ambiental.

Tabela 10-1: Estimativa de custos para a implementação de medidas de gestão


ambiental

Actividade Custs (USD/ano)


Oficial Ambiental de Campo 25,000
Oficial de Saúde e Segurança 25,000
Supervisor de SSA 36,000
Monitoria do equipamento 65,000
Campanhas de sensibilização em
50,000
HIV/SIDA e DTS para a comunidade
Tratamento do solo no caso de
20,000
derrame de óleo/combustível
Desidratação e reutilização de lamas 400,000
Planos de Gestão:
 Residuos Solidos 75,000
 Gestao da gua integrada
 Trafego
Campanhas de sensibilização 20,000

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Actividade Custs (USD/ano)


Inspecções Ambientais externas 40,000
Auditorias ambientais externas 50,000
Total 756,000

De notar que alguns dos custos indicados na Tabela 10-1 apresentada


acima não ocorrerão todos os anos (p.e. monitoria do equipamento e
planos de gestão). Neste caso uma revisão ou reparação/manutenção sera
necessário uma vez por ano.

Os custos para a desidratação e reutilização dos lodos são incluídos nos


custos de construção e são cobertos pelo projecto de engenharia. Os
custos para o Oficial Ambiental de Campo e Oficial de Saúde e Segurança
têm que ser considerados pelo empreiteiro de construção. Os custos do
Supervisor de SSA devem ser cobertos pelo engenheiro da companhia.

Todos os custos relacionados com as medidas de mitigação/compensação


indicadas no Estudo Especializado Sócio-Económico encontram-se
relacionados a actividades de reassentamento e serão cobertos pelo
relatório específico de Plano de Acção Ambiental.

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13. Conclusões e Recomendações


O projecto de expansão do sistema de abastecimento de água à area do
Grande Maputo é ambientalmente viável e a implementação das medidas
de mitigação identificadas neste estudo irão minimizar as implicações
ambientais do projecto a um nível absolutamente mínimo.

Nenhum dos impactos no ambiente bio-físico, na socioeconomia ou


relacionados com aspectos de saúde e segurança terá uma significância
superior a moderada depois de implementadas as medidas de mitigação.
Aguns impactos com alta significância podem também ser mitigados a um
nível moderado, ou mesmo, baixo. A precondição disso é a implementação
e monitoramento da implementação de medidas de gestão conforme
estipulado no PGAS.

As medidas de gestão propostas estabelecidas nos relatórios ESIA/PGAS


reduzirão efectivamente o nível de significância dos impactos. Atenção
especial é dada às medidas de mitigação e compensação no que respeita
aos impactos do reassentamento na população. Específicamente, a
necessidade de reassentamento permanente deve ser cuidadosamente
monitirada durante a fase de construção. No sentido de tratar de todas as
questões de reassentamento realcionadas com o Projecto, foi elaborado
um relatório específico do Plano de Acção de Reassentamento.

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Anexos

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Anexo I: Requisitos principais para o local de


armazenamento de lamas após a directiva da UE
99/31

Localização

A localização de um local para deposição de lamas deverá obedecer a


requisitos relativos (nem todos são aplicáveis): (i) a distância de áreas
residenciais e recreativas, cursos, massas de água e outras zonas
agrícolas e urbanas; (ii) a existência de águas subterrâneas, águas
costeiras ou zonas de protecção da natureza, (iii) as condições geológicas
e hidrogeológicas da área, (iv) o risco de inundações, aluimentos,
deslizamentos de terra ou de avalanches; (v) a protecção do património
natural ou cultural na área.

O controle da água e gestão dos lixiviados

Devem ser tomadas medidas apropriadas (i) para controlar a água de


precipitações que entram no corpo do aterro, (ii) para evitar que a água de
superfície e / ou subterrâneas na lama armazenada, (iii) para recolher a
água e os lixiviados contaminados, se houver, e (iv) no tratamento
adequado.

Protecção do solo e da água

O local de armazenamento deve ser situado e concebido para evitar a


poluição do solo e águas subterrâneas ou de superfície. A recolha eficiente
de chorume tem de ser assegurada. A protecção do solo e das águas,
deve ser obtida através da combinação de uma barreira geológica e um
forro inferior. Se a lama forarmazenada durante um longo período, um
revestimento de topo tem que ser instalado.

Controle de gás

Medidas apropriadas devem ser tomadas a fim de controlar a acumulação


e dispersão dos gases. O gás, se houver, será recolhido e deve ser tratado
e utilizado. Se o gás recolhido não pode ser usado para produzir energia,
deve ser queimado.

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Perturbações e perigos

O local será equipado para que a poluição originada pela instalação não se
disperse na via pública ou nos terrenos adjacentes.

Estabilidade

A deposição de lodo no local de deposição de lamas deve ser realizada de


maneira a assegurar a estabilidade da massa de lama, nomeadamente em
matéria de prevenção de desabamentos.

Barreiras

A área de armazenamento deve ser protegida para evitar o livre acesso ao


local.

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