Você está na página 1de 38

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

DANIELA STEFFEN REINEHR

MENTE SÃ
CENTRO TERAPÊUTICO DE RELAXAMENTO

Dourados
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

DANIELA STEFFEN REINEHR

MENTE SÃ
CENTRO TERAPÊUTICO DE RELAXAMENTO

Monografia apresentada ao Curso de


Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário da Grande Dourados para
obtenção do título de arquiteto e urbanista.

Orientador(a): Prof. Ana Karina Andreo


Baronceli

Dourados
2020
2

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 03
1.1 Introdução 03
1.2 Problemática 03
1.3 Justificativa 05
1.4 Objetivos 05
1.4.1 Objetivos Gerais 06
1.4.2 Objetivos Específicos 06
1.5 Metodologia Adotada 06
1.5.1 Fundamentação Teórica e Conceitual 06
1.5.2 Etapa Propositiva 07

2. REFERENCIAL TEORICO: A TEMÁTICA E O TEMA ESCOLHIDO 07


2.1 Conceituação 07
2.2 Breve abordagem histórico-cultural 08
2.3 Abordagem fisico-tecnológica 11
2.3.1 Sustentabilidade 11
2.3.2 Iluminação natural 11
2.3.3 Paisagismo 12
2.3.4 Conforto acústico 12
2.3.5 Bloco de concreto 13
2.3.6 Estrutura metálica 13
2.4 Características e especificidades do tema 13
2.4.1 Indicativos do excesso de estresse 14
2.4.2 Normas técnicas nacionais e internacionais 15
2.5 Estudo de casos e/ou leituras de projetos e/ou análise de obras correlatas 15
2.5.1 Spa Naman 15
2.5.2 Kennzur Spa 16
2.5.3 Espaço de Yoga Premavati 17

3. REFERENCIAL PROJETUAL 17
3.1 Diagnóstico da área 17
3.1.1 Aspectos históricos e evolução urbana 17
3.1.2 Dados do terreno e do entorno 20
3.1.3 Legislação urbana, uso do solo e gabaritos 22
3.1.4 Características bioclimáticas 25
3.1.5 Infraestrutura urbana 27
3.1.6 Perfil social do público envolvido 28
3.2 Pesquisa de campo 29
3.1.2 Aspectos referenciais do objeto de estudo em relação à municipalidade e 29
região: análise da qualidade do lugar a partir da avaliação pós-ocupação (APO)

4. A PROPOSTA 32
4.1 Partido 32
4.2 Conceito 32
4.2 Projeto 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
3

1. Apresentação

1.1 Introdução

Acordar cedo, correr para o trabalho, almoçar às pressas, chegar em casa tarde,
jantar, assistir TV e dormir. A vida de milhares de indivíduos tem se limitado a isto, não
havendo momentos de lazer e de total tranquilidade. Com esta constante sensação de falta
de tempo, a tensão e o estresse tornam-se rotineiros, chegando a serem considerados
normais e sem necessidade de atenção.
Os momentos destinados a cuidar de si tanto emocionalmente quanto fisicamente
- acabam sendo deixados de lado. Uma solução para isto tem sido a criação de espaços de
relaxamento, que tem como objetivo principal restaurar o bem-estar e a saúde. Estes
ambientes ampliam o contato do usuário com a natureza e dispõem de diversas atividades,
que variam de exercícios físicos, como o pilates, até terapias milenares, como a
massoterapia e a acupuntura (GOÉS, 2017).
O intuito deste trabalho é desenvolver uma proposta de espaço totalmente
integrado com o paisagismo, que crie um microclima dentro da cidade de Dourados,
possibilitando aos seus usuários um local confortável de restauro das energias,
melhorando assim a saúde e qualidade de vida destas pessoas.

1.2 Problemática

A urbanização crescente das cidades é um fato recorrente. Estima-se que até 2030
dois terços da população mundial - 5 bilhões de pessoas aproximadamente - estará
vivendo dentro destes perímetros (UN, 2008). No Brasil o cenário não é diferente, uma
vez que a porção da população morando em áreas urbanas passou de 31,3% para 81,2%
entre os anos 1940 a 2000 (IBGE, 2001).
A vida urbana é atrativa por oferecer, dentre outras razões, melhores
oportunidades de emprego e educação. Contudo, viver neste tipo de ambiente possibilita
um contato maior com algumas adversidades, como violência, inundações, epidemias,
acidentes de trânsito poluição, barulhos altos e contínuos e o constante crescimento
4

populacional. Tais questões acabam por diminuir a qualidade de vida das pessoas,
resultando em uma drástica expansão no número de distúrbios psíquicos por todo o
mundo (HELLER, 2012).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), define-se qualidade de
vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e
sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações” (WHOQOL GROUP, 1994). Está diretamente associado com
diversos fatores pessoais, como o bem-estar físico, mental e espiritual, envolvendo
também os relacionamentos sociais, a saúde, educação e outras condições da vida. O IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano) é utilizado como parâmetro mundial de
comparação da qualidade de vida entre os países, pois analisa as condições de saúde,
educação e renda de cada local (SOUSA, 2019). No último ranking divulgado pela ONU
(2018), o Brasil ficou na posição 79 dos 189 analisados. Tal resultado demonstra que
ainda apresentamos muitas questões a serem analisadas e melhoradas, em todos os
aspectos abordados.
Como já mencionado, o ritmo acelerado das cidades desencadeia diversos
problemas na população e entre eles, sendo um dos mais comuns, está o estresse.
Considerado por muitos como o mal do século, é um fator que vem sendo tema de
inúmeras pesquisas científicas. Segundo Lipp e Tanganelli (2002), esta condição pode
apresentar fontes internas ou externas. As internas relacionam-se com a personalidade da
pessoa e com a forma no qual ela reage a estímulos e situações específicas. Já os externos
estão ligados aos problemas do dia-a-dia, como questões familiares, do trabalho,
violência, dificuldades financeiras, trânsito, entre outros.
O contato frequente com situações de nervosismo gera graves alterações físicas e
psicológicas ao indivíduo. Um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia e Controle do
Stress, o qual entrevistou mais de 2.000 brasileiros, demonstrou que as consequências
mais comuns nestes casos são: gastrite (32,64%), doenças respiratórias (20,45%),
ansiedade (55,60%), depressão (23,20%) e pânico (10,37%). Além disso, observa-se
também que as técnicas escolhidas por muitos entrevistados para se acalmarem não são
saudáveis, pois utilizam como escape comida, remédios, álcool, cigarro e outras drogas
(LIPP, 2014). Portanto, é nítida a necessidade de atividades no cotidiano ligadas à redução
dos níveis de estresse, afinal conviver com tais sensações negativas causam danos diretos
à vitalidade das pessoas.
5

1.3 Justificativa

A população das cidades precisa aprender a relaxar. Isto não é tarefa fácil, visto
que cuidados com a saúde mental ainda são vistos, muitas vezes, como luxo ou exagero.
Segundo Rissoni (2019) - psicóloga hospitalar e clínica – é comum que problemas físicos,
como dor, cansaço, insônia e taquicardia, apresentem causas unicamente psicológicas,
não sendo resolvidos apenas com a utilização de medicamentos. Além disso, outros
fatores também devem ser tratados com atenção, como alimentação, relaxamento,
exercícios físicos e estabilidade emocional (BENKE, 2008).
O homem é um ser receptivo que interage com o meio físico e social o qual está
inserido. Desta forma, é notável que a arquitetura apresenta um papel muito importante
no bem-estar cotidiano, pois cada ambiente emite estímulos que podem agradar ou não
seus usuários, trazendo conforto ou desconforto (BESTETTI, 2014). Com base nisto,
surge a Neuroarquitetura, que procura basicamente entender a ligação entre a projetação
de espaços e as respostas dadas pelo cérebro e o corpo durante esta interação. Observou-
se que salas amplas, com luz natural, móveis funcionais e tons neutros com alguns pontos
de cor melhoram a concentração das pessoas, sua interação, bem-estar e produtividade.
Por este motivo, muitas empresas vêm investindo nesta arquitetura de ambientes
humanizados (MARELLI, 2018).
O contato com a natureza é essencial para o ser humano. Não à toa, vemos todos
os anos pessoas se deslocando para ambientes naturais, como praias e montanhas, a fim
de “recarregarem as energias”. De acordo com Stouhi (2019), a biofilia procura conectar
pessoas com a natureza para melhorar suas qualidades de vida. Para isto, unem-se
características do mundo natural com os espaços edificados, utilizando elementos como
água, vegetação, luz natural, madeira, pedra, entre outros. Além disso, os projetos
biofílicos também apresentam formas orgânicas e uma relação entre luz e sombra.
É observado, portanto, que a arquitetura é capaz criar os refúgios urbanos
necessários para tirar os indivíduos de suas rotinas e leva-los a sentirem sensações
distantes do cotidiano, sem precisarem realizar uma viagem para isto.

1.4 Objetivos
6

Os objetivos deste trabalho dividem-se em geral e específicos, a saber:

1.4.1 Geral
Desenvolver um Centro Terapêutico de Relaxamento para a cidade de Dourados
com base em análises e pesquisas, utilizando o contato com a natureza e atividades de
descanso como ferramentas principais para reduzir os níveis de estresse e melhorar o bem-
estar da população.

1.4.2 Específicos
 Levantar dados referentes à saúde mental dos brasileiros, tendo como base
artigos, obras correlatas, revistas, livros, entrevistas, entre outros;
 Verificar os benefícios observados a partir da realização das atividades de
relaxamento propostas;
 Realizar levantamento topográfico e legislativo do terreno escolhido para
intervenção;
 Elaborar programa de necessidades, setorização e fluxograma;
 Desenvolver projeto arquitetônico;
 Definir o paisagismo de forma que o ambiente transmita as sensações desejadas
de paz e tranquilidade.

1.5 Metodologia

O trabalho é dividido em duas partes, sendo elas: fundamentação teórica e


conceitual; e etapa propositiva.

1.5.1 Fundamentação Teórica e Conceitual


As pesquisas para embasamento teórico foram realizadas por meio de
páginas de web sites, artigos científicos, livros e revistas. Utiliza-se como critério para a
escolha das referências páginas confiáveis e autores com altos graus de formação,
priorizando escritores renomados. Além disso, realizou-se A.P.O. para uma me-lhor
visualização das necessidades projetuais. As informações obtidas ajudaram no
7

desenvolvimento do trabalho de forma correta e concisa, contribuindo para um resultado


de qualidade.

1.5.2 Etapa Propositiva


O primeiro passo foi a escolha do terreno a se trabalhar. Como em qualquer
projeto, foi necessário atentar-se para a legislação vigente, a fim de evitar futuros
problemas de aprovação. A partir disto, levantou-se os dados gerais sobre a área, a
topografia e o entorno. Posteriormente, desenvolveu-se o programa de necessidades,
fluxograma, conceito e o partido.

2. Referencial Teórico: a Temática e o Tema Escolhido

2.1 Conceituação

A saúde da população vem sofrendo sérios danos devido ao contato com


problemas urbanos, tais como poluição do ar e dos recursos hídricos, ruídos em excesso,
entre outros (LONDE; MENDES, 2014). Um estudo realizado por Andrade et al. (2012)
demonstrou que a exposição à violência está diretamente associada a desordens mentais,
sendo que quanto mais grave for esta exposição, maiores tendem a ser os danos.
[...] o aumento populacional e a expansão das cidades, aliada à falta de políticas
públicas eficazes, capazes de ordenar este crescimento com a manutenção das
áreas verdes, tem provocado a redução da vegetação nas urbes, tornando as
cidades cada vez menos acolhedoras ambientalmente para a ocupação humana.
(LONDE; MENDES, 2014, p. 268).

Atividades de relaxamento podem ser uma ferramenta eficaz para a redução do


estresse cotidiano. Locais ligados a esta prática tem como objetivo auxiliar os indivíduos
na recuperação da paz interior e da saúde mental e corporal, utilizando-se de diversas
técnicas para isto. Variam de modernos SPA’s, até lugares isolados, como ilhas e
florestas, que chegam a dispor até mesmo de “roteiros zen”, específicos para estes fins.
Dentro dos centros urbanos, apresentam-se, em geral, como praças, parques e áreas de
contato com a natureza, que criam “barreiras verdes” entre o ambiente e a cidade e, desta
forma, propiciam uma atmosfera de tranquilidade (NETTO, 2018).
8

As chamadas “terapias alternativas” são definidas como técnicas de contribuição


para a saúde que atuam tanto na prevenção quanto no tratamento de enfermidades,
analisando o indivíduo como uma união de corpo, mente e espírito. Por este motivo
diferencia-se da medicina ocidental, o qual descreve o organismo como um conjunto de
órgãos e trata apenas o ponto específico que já está sendo afetado por uma doença (HILL,
2003). De acordo com um estudo produzido por Gauer et al. (1997), os principais motivos
que levam à procura deste tipo de tratamento são:
 Dificuldades interpessoais, como adversidades na família, no casamento ou no
trabalho;
 Problemas físicos, como dores musculares, obesidade e problemas digestivos;
 Consequências do estresse, como fobias, ansiedade, depressão, insegurança e
pânico.
As atividades propostas para o Centro Terapêutico de Relaxamento têm como
objetivo auxiliar nas questões citadas, tornando o cotidiano menos cansativo e maçante.
Entre as práticas que serão incorporadas no centro, podemos citar: yoga, meditação,
massoterapia, acupuntura, quiropraxia e pilates. Inclui também atendimento de
psicólogos, contando com terapias individuais e em grupo.

2.2 Breve abordagem histórico-cultural

O cenário caótico vivido atualmente nos centros urbanos brasileiros é


consequência de um crescimento acelerado e sem planejamentos. De acordo com Gobbi
(2020), esta expansão urbana teve início com o processo de industrialização, ocorrido no
país durante o século XX. A partir deste marco, houve um desencadeamento de migrações
do campo para a cidade, o chamado êxodo rural.
Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As
principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos
agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930,
começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo
rural. (GOBBI, 2020).

Segundo Francisco (2020), neste momento os municípios passaram a proporcionar novos


atrativos, como as ofertas de emprego, melhores condições de saúde e educação,
incentivando cada vez mais a adoção da vida urbana. No entanto, este movimento
migratório passou a ser tão intenso que começou a gerar problemas em diversas áreas. A
9

mão-de-obra no campo diminuiu drasticamente, reduzindo também a produção nacional


de alimentos e matéria-prima, resultando no aumento da inflação e no custo de vida. Em
contraposição, as cidades passam a ter crescimentos vertiginosos e desprogramados,
causando o surgimento de favelas e habitações irregulares. Além disso, esta grande
explosão populacional propiciou também o aumento do desemprego, do setor terciário e
da atuação informal, tornando as condições de trabalho e o bem-estar comum cada vez
mais precários.

Figura 01- Gráfico de Taxa de Urbanização Brasileira

TAXA DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRA (%)


100%
80%
60%
População Rural
40%
População Urbana
20%
0%
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

Fonte: IBGE, 2010.

O centro-oeste é uma das regiões que passaram por esta acelerada expansão. De
acordo com Vasconcelos (2006), os motivos que levaram a este efeito foram a fundação
de Brasília e, principalmente, os avanços do agronegócio. Neste território, o crescimento
urbano ocorreu de maneira dispersa e isto ocasionou problemas posteriores, como terras
ociosas e caras, elevado custo de infraestrutura e expulsão da população pobre para as
periferias, gerando segregação e, consequentemente, violência.
Os problemas urbanos passam a evoluir em conjunção com o crescimento
populacional. O custo de vida elevou-se, resultando em casas e apartamentos cada vez
mais apertados e desconfortáveis. Com o rápido aumento da procura por moradias, as
áreas verdes passam a ser substituídas por residências e prédios. Os automóveis, vistos
neste momento como principal solução para a mobilidade urbana, começam a se
popularizar, gerando a necessidade de novas ruas e avenidas. Como consequência, os
efeitos da poluição começam a se manifestar. (FAJERSZTAJN; VERAS; SALDIVA,
2016).
10

A poluição do ar tem efeitos agudos e crônicos reconhecidos. Além do


desconforto geral (ardor nos olhos, alergias etc.), a exposição de curto período
a altos níveis de poluentes atmosféricos aumenta a internação hospitalar por
doenças cardiovasculares e respiratórias. (FAJERSZTAJN; VERAS;
SALDIVA, 2016).
Por conta da substituição das massas vegetativas por edificações e estradas, surgem as
enchentes e as ilhas de calor - resultado da absorção da luz solar pelas edificações, do uso
intensivo de combustíveis fósseis e do impedimento da ventilação urbana causado pelos
prédios (FAJERSZTAJN; VERAS; SALDIVA, 2016).
A qualidade de vida da população passa a ser afetada e o estresse começa a ser
vivenciado com maior frequência e intensidade. Devido a todos esses fatores, a
necessidade de cuidados com a saúde mental e física é ampliada. Nos anos 1980, o Brasil
passa a vivenciar a utilização de técnicas de terapias alternativas, como yoga e meditação,
sendo que os primeiros a adotarem tais técnicas foram pessoas pertencentes ao
movimento hippie. (TAVARES, 2003). Percebendo a importância e eficácia destas
técnicas, o Ministério da Saúde desenvolveu um programa destinado à inserção de
algumas delas no Sistema Único de Saúde (SUS), como a fitoterapia, acupuntura e
homeopatia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Gradativamente o conforto psicológico vem sendo visto com maior seriedade,
fazendo com que surjam novos espaços ligados ao relaxamento, como clínicas, centros
de tratamento, parques, entre outros. Com base nisto, observa-se que a arquitetura pode
ser um veículo para minimizar o impacto do estilo de vida estressante que as cidades
apresentam, afinal os espaços de bem-estar podem trazer amplos benefícios mentais e
físicos à população.

Figura 02- Linha do Tempo Histórico-Cultural

Fonte: Elaborado pelo autor.


11

2.3 Abordagem físico-tecnológica

2.3.1 Sustentabilidade
A sustentabilidade é um tema de grande importância, tendo em vista a
intensificação dos impactos ambientais ao longo das últimas décadas. No ramo da
construção civil, pode ser definido como “a capacidade de produzir com menor impacto
ambiental, minimizando o consumo de materiais e gerando um menor montante de
resíduos e subprodutos para o meio ambiente.” (ALMEIDA, 2015). Podemos citar como
pontos necessários para uma edificação sustentável: dar importância ao entorno da obra
e as áreas verdes próximas, garantir eficiência energética e gestão consciente da água,
escolher materiais com menor impacto ambiental e controlar os resíduos gerados no
decorrer da construção (LIMA, 2019).

2.3.2 Iluminação natural


O homem possui ao seu lado uma fonte de energia térmica e luminosa gratuita,
sustentável e inesgotável: o sol. É contraditório pensar que nos tempos atuais grande parte
das edificações ainda necessite da utilização de lâmpadas elétricas durante o dia,
acabando por desperdiçar todo este rico potencial energético. O conceito de iluminação
natural é primordial para um bom desenvolvimento projetual e pode ser definido como:
[...] luz proveniente do sol que pode nos chegar diretamente pelos raios solares
ou indiretamente pelo céu, pelas nuvens, pela vegetação ou mesmo pelos
edifícios que nos rodeiam. É uma luz dita de espectro total e que apresenta a
melhor reprodução de cores dentre as fontes existentes. (SOUZA, 2018).

De acordo com Marelli (2018), a utilização deste recurso pode trazer inúmeros benefícios
tanto à edificação, quanto a seus usuários, sendo eles:
 Economia de energia elétrica;
 Conforto visual;
 Aumento da produtividade;
 Melhor funcionamento do organismo;
 Produção de vitamina D.

Conclui-se, portanto, que as vantagens provenientes da iluminação natural não devem ser
desperdiçadas. Para isto, deve-se analisar criteriosamente as melhores possibilidades de
implantação de cada ambiente, afim de se alcançar um bom conforto visual e térmico.
12

2.3.3 Paisagismo
O paisagismo é a arte de recriar as belezas oriundas da natureza, desenvolver belos
espaços e, por meio disto, melhorar a qualidade de vida das pessoas (BARBOSA, 2000,
p. 14). Diferente do que muitos acreditam, o paisagismo não se refere especificamente a
produção de jardins, mas sim de paisagens, podendo ser realizado sem a utilização de
plantas (TUPIASSU, 2008, p. 129).
Para Santos (2009),
O paisagismo contribui para o bem-estar físico e mental, caracterizado pela
harmonia de uma paisagem equilibrada, saudável e bela. O ambiente paisagista
cumpre o seu papel ecológico proporcionando ao indivíduo vários benefícios,
através da interação natureza e ser humano. (SANTOS, 2009, p.11).

Em vista disso, observa-se que a produção paisagística possui um papel fundamental na


vida das pessoas, sendo capaz de alterar a temperatura de um ambiente, seu conforto
visual e, até mesmo, as sensações transmitidas. Logo, é fundamental que seja
desenvolvido com base em um estudo das necessidades locais e dos resultados esperados.

2.3.4 Conforto acústico


O conceito de vida urbana está totalmente atrelado ao contato constante com a
poluição sonora. Este convívio prolongado pode trazer sérias consequências para a saúde
da população.
Quanto mais elevados os níveis de pressão sonora (NPS) e mais frequente a
exposição, maior o impacto negativo para o indivíduo, o que pode levar a
comprometimentos físicos, mentais e sociais. As perdas auditivas estão
relacionadas à exposição média por oito horas ou mais em níveis acima de 85
dB. Diversos outros problemas de saúde podem decorrer ou se agravar na
presença deste agente [...]. Outras manifestações no organismo como aumento
da frequência cardíaca e do ritmo respiratório, alterações da pressão arterial,
problemas intestinais, aumento da produção de hormônios tireoidianos, da
tensão corporal e do estresse têm sido relacionadas à exposição a NPS
elevados. (BITAR; CALAÇO SOBRINHO; SIMÕES-ZENARI, 2018, p. 316).

O conforto acústico tem como objetivo tornar os ambientes agradáveis do ponto


de vista sonoro. Para tanto, procura-se conter os sons locais em relação aos sons externos,
trabalhando para encobrir barulhos da rua ou sons criados dentro do próprio espaço.
Utilizam-se materiais com propriedades específicas, que conseguem refletir ou absorver
as ondas sonoras, fazendo com que os ruídos não passem para o outro lado. Portanto, para
alcançar o conforto acústico é essencial atentar-se à absorção e ao isolamento dos
materiais, a fim de evitar futuros ecos e barulhos desagradáveis (SOUZA, 2019).
13

2.3.5 Bloco de concreto


O bloco de concreto consiste em um sistema construtivo formado por tijolos ou
blocos feitos do material que leva seu nome. De acordo com Oliveira et al. (2016), pode
ser utilizado com função estrutural ou apenas como elemento de vedação. As vantagens
oferecidas pelo seu uso incluem:
 Maior agilidade na construção;
 Menor produção de resíduos na obra, pois os encanamentos e fiações ficam
embutidos nos vãos do bloco, não havendo a necessidade de posteriores quebras
da alvenaria;
 Menos desperdício de material;
 Necessita de um menor volume de argamassa, tanto para reboco quanto para
assentamento. (OLIVEIRA et al, 2016).

No entanto, este sistema construtivo necessita de um projeto elaborado a partir das


medidas dos blocos, pois não deve ser quebrado (como ocorre com a alvenaria
convencional), exigindo maior atenção do projetista e limitando algumas possibilidades.

2.3.6 Estrutura metálica


O aço é um material que vem ganhando cada vez mais espaço na construção civil
brasileira. Segundo o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA, 2020), as
principais vantagens da utilização de estruturas metálicas incluem:
 Maior liberdade projetual;
 Flexibilidade, possibilitando reformas e ampliações posteriores;
 Agilidade na execução;
 Obras limpas e organizadas;
 Precisão construtiva;
 Reciclabilidade, sendo 100% reaproveitável.
Pode ser utilizado em todas as escalas projetuais, desde pequenas residências a grandes
arranha-céus. Trata-se, portanto, de um material excelente e de fácil acesso em grande
parte do país.

2.4 Características/ Especificidades do tema


14

2.4.1 Indicativos do excesso de estresse


O estresse está presente na vida humana e isto é um fato incontestável, sendo
considerado “normal” pela maioria. No entanto, esta resposta do organismo a estímulos
apresenta diferentes tipos de manifestação, sendo eles:
 Agudo: considerado o mais comum, é revelado diante de notícias inesperadas,
problemas no trabalho ou no casamento, acidentes de trânsito, entre outros. Está
relacionada com episódios isolados, que não geram efeitos persistentes no
organismo;
 Agudo episódico: é observado com certa frequência no indivíduo, geralmente
manifestando-se em forma de pessimismo, preocupações excessivas ou constantes
crises nervosas. É prejudicial para a saúde pois a pessoa acolhe estas sensações
negativas como parte da sua vida, resultando em quadros de gastrite, úlceras, etc;
 Crônico: a angústia se torna persistente e contínua. Geralmente é causado por
experiências traumáticas na infância, que podem interferir na personalidade e na
forma de ver o mundo, gerando a sensação de estresse sem fim. Como no item
citado acima, a pessoa passa a acreditar que estas questões definem quem ela é,
podendo trazer graves consequências a longo prazo (PIMENTA, 2019).
Conforme os sentimentos negativos tornar-se mais frequentes, o corpo passa a dar
sinais de que isto não é bom. De acordo com Pimenta (2019), os sintomas mais comuns
do estresse excessivo incluem:
 Problemas de memória e concentração;
 Pensamentos acelerados e agitação;
 Náuseas e tonturas;
 Arritmia;
 Queda da imunidade;
 Cansaço excessivo;
 Perda da libido;
 Irritabilidade e mau humor;
 Dificuldade para relaxar ou dormir;
 Isolamento social;
 Infelicidade e choro constante.
15

A arquitetura tem o poder de transformar espaços e, consequentemente, faze-los


gerar novas sensações. As mudanças realizadas em um ambiente são refletidas nos seus
usuários, de forma positiva ou negativa. Portanto, é notória a responsabilidade do
arquiteto pois é ele quem irá determinar o impacto gerado nas pessoas a partir do seu
projeto.

2.4.2 Normas técnicas nacionais e internacionais


O projeto deve respeitar e tomar como base diversas normas, sendo elas:
 Norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre a prática de
acupuntura (Resoluções 156/06, 2605/06 e 2606/06);
 Instrução normativa da ANVISA sobre a utilização de saunas;
 Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS);
 Norma de desenho universal e acessibilidade (NBR 9050).
A prática de acupuntura demanda a utilização de agulhas e, por este motivo,
necessita de uma atenção maior. Segundo a ANVISA, este material é de uso único, não
sendo permitido em nenhum caso sua reutilização. O seu descarte deve ser realizado em
um coletor BD, específico para este tipo de material, que precisa ser selado e não pode
ser misturado com outros tipos de lixos.
O ambiente considerado acessível é aquele que “possa ser alcançado, acionado,
utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida”
(ABNT, 2004). Em vista disso, observa-se que as normas de desenho universal e
acessibilidade são essenciais para o desenvolvimento projetual, pois estabelecem
importantes parâmetros a serem seguidos para garantir que todos os usuários
desempenhem normalmente suas atividades cotidianas.

2.5 Estudos de casos e/ou Leituras de Projetos e/ou Analises de Obras Correlatas

2.5.1 Spa Naman


16

Figura 03 e 04- Fotos do Spa Naman

Fonte: “Spa Naman / MIA Design Studio”. ArchDaily. Acesso 04 abril 2020.
<https://www.archdaily.com.br/br/771240/spa-naman-mia-design-studio?ad_medium=gallery>
O Spa Naman foi projetado por Mia Design Studio, localiza-se em Da Nang,
Vietnã, e consiste em um oásis urbano de tranquilidade. Apresenta um total de 15 salas
de tratamento, além de sauna, academia e ambientes para yoga e meditação. Foi escolhido
como correlata devido à forma como integra o verde à edificação, ampliando a sensação
de calma desejada. A volumetria remete à ideia de uma caverna natural, tanto pelas
subtrações presentes na fachada, quanto pela forma como as plantas foram dispostas,
dando a impressão de um local tomado por vegetação.
A iluminação natural é abundante em todos os ambientes, resultado da utilização
de elementos vazados e do vidro. Além disso, o projeto também conta com uma eficiente
ventilação cruzada, que, em união com a água e o verde, proporcionam um excelente
conforto térmico.
A circulação foi pensada para não possuir barreiras e ocorrer de maneira fluida.
No entanto, não houveram as adequações necessárias para usuários P.C.D., afinal os
caminhos apresentam irregularidades e não dispõem de proteção contra possíveis quedas
na água. Além disso, a entrada não conta com rampas e o acesso ao pavimento superior é
realizado apenas por escadas, impossibilitando o uso para algumas pessoas.

2.5.2 Kennzur Spa


17

Figura 05 e 06- Fotos do Kennzur Spa

Fonte: “Kennzur Spa, Zize Zink Arquitetura”. ArchDaily. Acesso 20 de maio de 2020.
<https://www.archdaily.com.br/br/912861/kennzur-spa-zize-zink-arquitetura>

O Kennzur Spa foi projetado por Zize Zink Arquitetura e localiza-se em São
Paulo, Brasil. Implantado em uma das mais movimentadas avenidas da cidade, o espaço
foi pensado para atuar como um refúgio da agitada vida urbana, permitindo aos seus
usuários momentos de calma e relaxamento em um local de fácil acesso. Foi escolhido
como correlata devido à forma como integra os quatro elementos naturais: água (presente
nas banheiras de hidromassagem), fogo (utilizado nas lareiras implantadas nas áreas
sociais), terra (posicionada nos revestimentos em pedra) e ar (observado no balançar dos
tecidos das cabanas).
O Spa apresenta o uso de vidro em abundância, garantindo iluminação natural
indireta em todos os ambientes. Além disso, a transparência permite também uma
visualização ampla dos jardins projetados com o tema tropical. Esta integração do interno
com o paisagismo externo amplia a sensação de abrigo em meio à natureza e, desta forma,
transmite ainda mais tranquilidade.
A edificação apresenta banheiros adaptados a usuários P.C.D. e dispõe de
caminhos seguros e nivelados para circulação. Não possui elevadores, o que impossibilita
o acesso destas pessoas ao primeiro pavimento. No entanto, há pelo menos uma sala de
cada tipo no térreo, permitindo a realização de todos os procedimentos.

2.5.3 Espaço de Yoga Premavati


18

Figura 07- Foto do Espaço de Yoga Premavati

Fonte: “Espaço de Yoga Premavati / Aguirre Arquitetura”. ArchDaily. Acesso 30 de maio de 2020.
<https://www.archdaily.com.br/br/888520/espaco-de-yoga-premavati-aguirre-
arquitetura?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user>

O Espaço de Yoga Premavati foi projetado por Aguirre Arquitetura e está


localizado em Uberlândia, Brasil. Foi pensado para garantir o máximo de eficiência
energética, térmica e acústica, além de ter um viés sustentável e baixos custos de
execução. Foi escolhido como correlata devido à leveza transmitida na volumetria e à
forma como integra todos os ambientes internos com os externos.
Os fechamentos são feitos quase que exclusivamente em vidro, permitindo uma
total visualização dos espaços. Foi desenvolvido em estrutura metálica, o que possibilitou
uma ampliação dos vãos. Os pilares e a cobertura foram pensados estrategicamente para
serem esbeltos, ampliando a horizontalidade da edificação e a sensação de equilíbrio e
leveza. Apresenta acessibilidade, dispondo de banheiros adaptados, largos e nivelados
corredores.

3. Referencial Projetual

3.1 Diagnóstico da área

3.1.1 Aspectos históricos e evolução urbana


No final do século XIX, o cenário político brasileiro passou a incentivar
programas de povoamento de regiões pouco habitadas, fazendo isso por meio da
19

distribuição de terras gratuitas. A partir disso, uma nova configuração territorial passou
a ser estabelecida para o centro-oeste, visando a criação de colônias agrícolas e o
crescimento populacional por meio das migrações (SANTANA JUNIOR, 2019).
De acordo com Gressler (1988), a cidade de Dourados foi inicialmente habitada
por povos indígenas, destacando-se as etnias Terena, Guarani e Kaiowa. Com o decorrer
do processo de colonização, uma reserva de terras precisou ser estipulada para abrigar
estes povos, sendo inserida ao norte do município e mantendo-se até os dias de hoje. A
partir de 1870, a Guerra do Paraguai é encerrada e a região passa então a receber um
número significativamente maior de pessoas. Em 1884, surge o povoado de São João
Batista de Dourados, localizado próximo ao Rio Dourados, o qual foi responsável pela
origem do nome do município. Estes novos habitantes tiveram como principais atividades
econômicas a extração da erva mate nativa e a pecuária extensiva.
No ano de 1914, é desenvolvida uma Lei que transforma Dourados em um distrito
de Ponta Porã. Somente em 20 de dezembro de 1935, a partir do decreto nº 30, é elevado
a município, sendo então desmembrado de Ponta Porã. A área de Dourados em 1940 era
de 19.688 km² e englobava o território das atuais cidades de Itaporã, Caarapó, Naviraí,
Glória de Dourados, Fátima do Sul, Jateí, Ivinhema, Deodápolis, Angélica e Douradina
(GRESSLER, 1988).
De acordo com Gressler (1988), em 13 de setembro de 1943, o presidente Getúlio
Vargas cria o Território Federal de Ponta Porã, englobando as cidades de Dourados,
Miranda, Porto Murtinho, Maracaju, Nioaque, Bela Vista, Bonito e Ponta Porã. Devido à
grande produtividade agrícola apresentada, o território é responsável por atrair para a
região muitos migrantes e imigrantes, resultando em melhorias e desenvolvimento para
estes municípios. No entanto, esta união é encerrada três anos depois. Em 11 de outubro
de 1977, o Estado de Mato Grosso é dividido e Dourados passa então a fazer parte do
Estado de Mato Grosso do Sul.
Dourados passou por uma grande expansão ao longo dos anos e atualmente
apresenta a segunda maior população do Estado, ficando atrás apenas da capital Campo
Grande. É considerada uma cidade polo devido à força dos setores hospitalares,
educacionais e agroindustriais, atendendo não apenas a demanda local, mas também a de
outros municípios próximos. A economia da cidade é bastante movimentada e, para
intensificar ainda mais este fluxo, todos os anos são realizados grandes eventos, como a
Expoagro e a Japão Fest por exemplo. Trata-se, portanto, de uma cidade em constante
expansão considerada bastante atrativa devido às inúmeras oportunidades ofertadas.
20

Figura 08- Linha do Tempo da Evolução Urbana

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.1.2 Dados do terreno e do entorno


O terreno escolhido para desenvolvimento da proposta apresenta uma área de
3.400m² e está localizado no município de Dourados, no bairro Vila Progresso, entre as
ruas Monte Alegre e Joaquim Alves Taveira. Dispõe de acessos por ambas as ruas, o que
amplia as possibilidades projetuais. A declividade é bastante suave pois apresenta apenas
uma curva de nível, tendo queda em direção à rua Monte Alegre.

Figura 09- Especificações do Terreno

Fonte: Elaborado pelo autor.


21

O espaço fica próximo à Escola Imaculada Conceição e ao Hospital Santa Rita,


sendo estes dois importantes pontos de referência para a cidade. Além disso, encontra-se
perto de diversas praças, clínicas e centros estéticos.

Figura 10- Pontos de Referência e de Interesse Semelhante

Fonte: Elaborado pelo autor.

A área está cercada por muros e possui uma edificação em desuso, que teria de ser
demolida. Além disso, algumas árvores são observadas no terreno, sendo que uma delas
– uma mangueira adulta – será integrada à proposta do Centro, permanecendo preservada.
Figura 11- Foto Aérea do Terreno

Fonte: Google Maps. Acesso 18 de junho de 2020.


22

Figura 12- Foto da Frente Sul do Terreno (Rua Monte Alegre)

Fonte: Google Maps. Acesso 18 de junho de 2020.

Figura 13- Foto da Frente Norte do Terreno (Rua Joaquim Alves Taveira)

Fonte: Google Maps. Acesso 18 de junho de 2020.

3.1.3 Legislação urbana, uso do solo e gabaritos


O terreno escolhido para desenvolvimento da proposta encontra-se na Área
Residencial II (AR II). De acordo com o artigo 46 da Lei Complementar n° 205 (LUOS,
2018) nesta zona é permitido o uso
Não-habitacional de baixo e médio impacto, nas vias coletoras e estruturais,
sendo possível, o uso não-habitacional de baixo impacto nas vias locais com
dimensão de caixa de 20m (vinte metros) e pista de rolamento de 8 metros.
(LUOS, 2018).

Possui dois acessos, sendo pela rua Monte Alegre (via estrutural) e rua Joaquim
Alves Taveira (via coletora), como podemos observar na figura 14.
23

Figura 14- Mapa de Rede Viária e Zoneamento

Fonte: Elaborado pelo autor.

Os parâmetros urbanísticos definidos pela LUOS (2018) relativos a coeficiente de


aproveitamento, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade, rebaixo de guias, medidas
para passeio público e densidade demográfica podem ser observados na figura 15.

Figura 15- Tabela de Parâmetros Urbanísticos

Fonte: LUOS

Os recuos obrigatórios a serem respeitados no desenvolvimento do projeto são


descritos na figura 16.
24

Figura 16- Tabela de Afastamentos

Fonte: LUOS.

Em relação à construção sob a divisa do terreno, constata-se que:


Em todas as áreas urbanas a Altura Máxima da edificação na Divisa (AD)
poderá ser de até 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros), podendo ocupar
100% da extensão dos limites laterais e fundos, sem aplicação de outorga
onerosa. (LUOS, 2018).

A proposta do Centro Terapêutico de Relaxamento terá o objetivo de trabalhar


como um refúgio natural em meio à cidade. Por este motivo, ao escolher a localização,
foram priorizadas áreas com grande adensamento. Na figura 17 podemos observar os
cheios e vazios urbanos próximos ao local.

Figura 17- Mapa Cheios e Vazios

Fonte: Elaborado pelo autor.


25

3.1.4 Características bioclimáticas


O clima predominante em Dourados é o tropical semiúmido, caracterizado por
apresentar verões quentes com muita chuva e invernos pouco frios e secos. De acordo
com o site de pesquisas americano Wheather Spark (2016), o município dispõe de 6 a 8
meses de calor anualmente, com temperaturas máximas, em média, acima dos 30 °C. Já
a estação fria permanece apenas de 2 a 3 meses anualmente, tendo uma média de
temperaturas máximas abaixo dos 26 °C.

Figura 18- Gráfico de Temperaturas Máximas e Mínimas Médias de Dourados

Fonte: Wheather Spark. Acesso 18 de junho de 2020. <


https://pt.weatherspark.com/y/29524/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Dourados-Brasil-
durante-o-
ano#:~:text=Chove%20ao%20longo%20do%20ano,total%20m%C3%A9dia%20de%2038%20
mil%C3%ADmetros.>

A cidade apresenta chuvas durante o ano todo. O período mais chuvoso, com
acumulação total média de 154 milímetros, fica nos 31 dias ao redor de 6 de dezembro.
Já o período de maior seca, com acumulação total média de 38 milímetros, ocorre por
volta de 28 de julho (WEATHER SPARK, 2016).
26

Figura 19- Gráfico de Chuva Mensal Média

Fonte: Wheather Spark. Acesso 18 de junho de 2020.


<https://pt.weatherspark.com/y/29524/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Dourados-Brasil-
durante-o-
ano#:~:text=Chove%20ao%20longo%20do%20ano,total%20m%C3%A9dia%20de%2038%20
mil%C3%ADmetros.>

De acordo com Wheather Spark (2016), os ventos predominantes da cidade


variam de acordo com o período do ano, sendo em maior parte vindos da região norte e
leste. A posição do sol também sofre variações anuais, apresentando distinções durante o
inverno, equinócio e verão, como podemos observar na figura 20.

Figura 20- Características Bioclimáticas do Terreno

Fonte: Elaborado pelo autor.


27

3.1.5 Infraestrutura urbana


O terreno localiza-se em uma área com abundante arborização, tanto nas calçadas
quanto nas praças próximas. Por este motivo, trata-se de uma região bastante sombreada
e com a temperatura mais agradável se comparada a outros locais da cidade.

Figura 21- Áreas Verdes

Fonte: Elaborado pelo autor.

Nas proximidades, encontram-se escolas, instituições de ensino superior e


hospitais, tratando-se, portanto, de uma área com excelente infraestrutura. Além disso,
dispõe também de pontos de ônibus e de importantes ruas e avenidas nas imediações,
como é o caso da Rua Monte Alegre, Rua Ponta Porã e Avenida Presidente Vargas.

Figura 22- Infraestrutura Urbana

Fonte: Elaborado pelo autor.


28

A rede de água tratada abastece o terreno escolhido, no entanto, ele não conta com
rede de esgoto, necessitando de fossa e sumidouro. Apresenta acesso à rede elétrica e
dispõe de iluminação pública. As vias no entorno são asfaltadas e possui coleta de lixo
diariamente, ocorrendo no período noturno.

Figura 23- Infraestrutura

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.1.6 Perfil social do público envolvido


O Bairro Vila Progresso, no qual o terreno está inserido, é bastante valorizado e
conhecido na cidade de Dourados. Como já foi citado, é cruzado por importantes eixos
de circulação urbanos, como a Rua Monte Alegre, Rua Ponta Porã e Avenida Presidente
Vargas. A Escola Imaculada Conceição recebe um grande fluxo de pessoas diariamente,
devido às aulas e à pista de caminhada que circunda o local. Estas questões garantem uma
boa visibilidade aos comércios implantados nas proximidades e elevam a especulação
imobiliária.
29

Figura 24- Delimitações Bairro Vila Progresso

Fonte: Google Maps. Acesso 20 de junho de 2020.

Trata-se de uma área com elevado valor de moradia. Apresenta uma boa
infraestrutura, contando com escolas e hospitais, possui uma grande facilidade de acesso
devido às importantes vias próximas e, além disso, dispõe de uma visibilidade ideal para
os comércios. O perfil social do bairro varia de classe média a alta, podendo ser observado
a partir do padrão construtivo das edificações. Em geral, tratam-se de residências térreas
e sobrados, com o emprego de acabamentos de alta qualidade. Portanto, conclui-se que a
região dispõe de boa qualidade de vida aos seus moradores, mas apresenta altos custos.

3.2 Pesquisa de Campo

3.2.1 Aspectos referenciais do objeto de estudo em relação à municipalidade e região:


análise da qualidade do lugar a partir da avaliação pós-ocupação (APO)
Em decorrência da pandemia mundial do novo corona vírus, a avaliação pós
ocupação (APO) não pode ser realizada. Ao invés disso, foi aplicado um questionário
online para coletar dados do público, afim de identificar suas necessidades, opiniões e
expectativas em relação à temática abordada. A seguir são apresentados os resultados.
30

Figura 25- Questionário Online

VOCÊ MORA EM DOURADOS?

Não 16

Sim 56

0 10 20 30 40 50 60

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.

Figura 26- Questionário Online

QUAL SUA IDADE?


60

50 48
40

30

20

10 7 6 7
4
0
Entre 16 a 20 Entre 21 a 25 Entre 26 a 30 Entre 31 a 39 Acima de 40 anos
anos anos anos anos

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.

Figura 27 e 28 - Questionário Online

VOCÊ CONSIDERA VOCÊ OU ALGUÉM


SUA ROTINA PRÓXIMO A VOCÊ JÁ
SOFRERAM ALGUM
ESTRESSANTE?
TIPO DE DISTÚRBIO
LIGADO AO ESTRESSE?
Não 4
Não 1
Sim 68 Sim 71

0 20 40 60 80 0 20 40 60 80

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.


31

Figura 29 e 30 - Questionário Online

VOCÊ CONSIDERA COSTUMA DEDICAR


IMPORTANTE ALGUM TEMPO DA SUA
ATIVIDADES LIGADAS AO SEMANA PARA
DESCANSO MENTAL E ATIVIDADES DE LAZER
FÍSICO? E DESCANSO?

Não 0 Não 28
Sim 72 Sim 44
0 20 40 60 80 0 20 40 60

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.

Figura 31 - Questionário Online

CASO A RESPOSTA TENHA SIDO NÃO, POR


QUAL MOTIVO?

Outros 1
Não tenho interesse por este tipo de
atividade 1
Não encontrei algo interessante e acessível
30
à minha rotina
0 5 10 15 20 25 30 35

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.

Figura 32 e 33 - Questionário Online

VOCÊ CONSIDERA QUE NA SUA OPINIÃO, VOCÊ


DOURADOS CARECE DE FREQUENTARIA UM
LUGARES DESTINADOS CENTRO TERAPÊUTICO
AO RELAXAMENTO? DE RELAXAMENTO?

Não 5 Não 10
Sim 67 Sim 62
0 20 40 60 80 0 20 40 60 80

Fonte: Elaborado pelo autor por meio do Google Forms.


32

Baseando-se nos dados obtidos, nota-se que a população é bastante afetada com
questões ligadas ao estresse e que a cidade de Dourados carece de locais destinados a este
tipo de tratamento. Portanto, é possível observar que a proposta de um Centro Terapêutico
de Relaxamento apresenta grande viabilidade sendo inserida no contexto urbano do
município.

4. A Proposta

4.1 Partido

A proposta foi trabalhada de maneira horizontal, sendo distribuída em um único


pavimento. Foi dividida em 5 blocos e apresenta área total de 944,46 m². Foi projetado
para não possuir grandes desníveis ou escadas a fim de ampliar o contato com o
paisagismo e para facilitar o transitar dos usuários, gerando o mínimo de esforço possível.
Apresenta largos corredores de passagem e banheiros adaptados distribuídos ao longo da
edificação, garantindo a acessibilidade.
O projeto apresenta uso misto de materiais a fim de trazer para a obra vantagens
e possibilidades diferentes do convencional. O corpo da edificação, sendo paredes, pilares
e vigas, será produzido com o bloco de concreto. Definiu-se esta opção devido à agilidade
e organização oferecida à obra, além da durabilidade e grande oferta no mercado local.
Já as marquises e coberturas serão de estrutura metálica, material muito versátil, maleável,
leve e resistente. Desta forma, pode-se criar grandes vãos na edificação, sem a
necessidade de pilares e vigas aparentes, tornando o conjunto mais limpa e sem grandes
bloqueios visuais.

4.2 Conceito

O projeto utilizou como base o conceito da Biofilia, uma tendência que vem
ganhando força nos últimos anos e que propõe a conexão das pessoas com a natureza para
melhorar suas qualidades de vida. Para isto, unem-se características do mundo natural
33

com os espaços edificados, utilizando elementos como água, vegetação, madeira, pedra,
entre outros. Para garantir a integração das áreas internas com as externas, foram
propostas grandes aberturas nos ambientes, permitindo a entrada de iluminação natural e
ventilação cruzada, ampliando a eficiência energética, conforto térmico e visual da obra.
Diversos jardins de inverno foram implantados estrategicamente, ampliando o contato
com as vegetações, mas sem deixar de lado a privacidade.

4.3 Projeto

Em anexo.

5. Considerações Finais

A vida no meio urbano vem se intensificando ao longo dos anos, fazendo com que
muitas cidades tenham crescimentos exponenciais. No entanto, a falta de planejamento
unida ao aumento populacional acelerado acaba resultando em problemas sociais, como
o desemprego, segregação e violência. Com base nisso, nota-se que ao morar no meio
urbano, os cidadãos têm um contato maior com situações inesperadas, como um acidente
de carro ou um assalto por exemplo. Este contato frequente com situações adversas acaba
gerando na população quadros de ansiedade, insegurança e estresse. Nas situações mais
graves, podem surgir casos de síndrome do pânico, depressão e até mesmo suicídios.
Diante do estudo e análises apresentados, conclui-se que o estresse é um fator
presente na vida de todos os indivíduos, podendo trazer sérias consequências à saúde
física e psicológica. No entanto, tais problemas podem ser evitados por meio de práticas
e momentos destinados ao relaxamento. Para isto, é necessário que as pessoas
desconstruam preconceitos ligados aos cuidados com a mente, deixando de considerá-los
fúteis ou desnecessários, e procurem destinar um tempo à preservação de si mesmas.
A proposta do Centro Terapêutico de Relaxamento surge para melhorar o bem-
estar coletivo, trabalhando como um ambiente de refúgio contra o caos urbano. O
objetivo deste espaço é garantir que seus usuários ampliem seus momentos de lazer e de
descanso e, como consequência, melhorem suas qualidades de vida.
34

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Marcelo de. Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Seses, 2015. 140 p.

BARBOSA, A. C. da S. Paisagismo, jardinagem & plantas ornamentais. São Paulo:


Iglu, 2000. 232 p.

BENKE, Mara Regina Pagnus-sat. ESTRESSE X QUALIDADE DEVIDA NAS


ORGANIZAÇÕES: um estudo teórico. 2008. 14 f. Monografia (Pós-graduação) - Curso
de Recursos Humanos, Universidade de Rio Verde, Rio Verde, 2008. Disponível em:
http://www.diferencialmg.com.br/site/images/artigos/Estresse%20e%20sade%20do%20
trabalhdor.pdf. Acesso em: 08 abr. 2020.

BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Ambiência: espaço físico e comportamento. : espaço


físico e comportamento. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [s.l.], v. 17, n.
3, p. 601-610, set. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v17n3/1809-
9823-rbgg-17-03-00601.pdf Acesso em: 07 abr. 2020.

BITAR, Mariangela Lopes; CALAÇO SOBRINHO, Luiz Ferreira; SIMÕES-ZENARI,


Marcia. Ações para a melhoria do conforto acústico em instituições de educação
infantil. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 23, n. 1, p. 315-324, jan. 2018. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n1/1413-8123-csc-23-01-0315.pdf. Acesso em: 07
jun. 2020.

CBCA - CENTRO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO EM AÇO. CONSTRUÇÃO EM


AÇO: vantagens. Vantagens. 2020. Disponível em: https://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/construcao-em-aco-vantagens.php. Acesso em: 07 jun. 2020.

FAJERSZTAJN, Laís; VERAS, Mariana; SALDIVA, Paulo Hilário Nascimento. Como


as cidades podem favorecer ou dificultar a promoção da saúde de seus
moradores? Estudos Avançados, [s.l.], v. 30, n. 86, p. 7-27, abr. 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000100007.
Acesso em: 02 jun. 2020.

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Efeitos do êxodo rural. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/efeitos-exodo-rural.htm. Acesso em: 20
maio 2020.

GOBBI, Leonardo Delfim. Urbanização brasileira. Disponível em:


http://educacao.globo.com/geografia/assunto/urbanizacao/urbanizacao-brasileira.html.
Acesso em: 15 maio 2020.

GOÉS, Ana Luísa Rodrigues de. Anteprojeto de um centro de terapias alternativas:


uma proposta projetual baseada nos princípios da arquitetura holística. 2017. 109 f. TCC
35

(Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, Natal, 2017.

GRESSLER, Lori Alice; SWENSSON, Lauro Joppert. Aspectos históricos do


povoamento e da colonização do Estado de Mato Grosso do Sul: destaque especial ao
município de Dourados. Estado: Gressler, 1988.

HELLER, Lydia. A relação entre doenças mentais e a vida nas cidades. 2012.
Disponível em: https://jornalggn.com.br/politicassociais/a-relacao-entre-doencas-
mentais-e-a-vida-nas-cidades/. Acesso em: 26 mar. 2020.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Departamento de População e Indicadores


Sociais. Tendências demográficas: uma análise dos resultados da sinopse preliminar
do censo demográfico 2000. Rio de Janeiro: IBGE; 2001.

LIMA, Tomás. 10 Construções Sustentáveis que você precisa conhecer. 2019.


Disponível em: https://www.sienge.com.br/blog/10-construcoes-sustentaveis/. Acesso
em: 07 jun. 2020.

LIPP, Marilda Novaes. PESQUISA: stress brasil. 2014. Instituto de Psicologia e Controle
do Stress, Campinas, 2014. Disponível em: http://www.estresse.com.br/pesquisa/stress-
brasil/. Acesso em: 07 abr. 2020.

LIPP, Marilda E. Novaes; ANGANELLI, M. Sacramento. Stress e Qualidade de Vida


em Magistrados da Justiça do Trabalho: Diferenças entre Homens e Mulheres.
Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 3, n. 15, p.537-548, 05 jul. 2002.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n3/a08v15n3.pdf. Acesso em: 31 mar.
2020.

MARELLI. 6 MOTIVOS PARA INVESTIR NA ILUMINAÇÃO NATURAL NA


ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO. 2018. Disponível em:
https://blog.marelli.com.br/pt/iluminacao-natural-
arquitetura/#:~:text=A%20ilumina%C3%A7%C3%A3o%20natural%20tamb%C3%A9
m%20traz,para%20a%20sustentabilidade%20do%20planeta. Acesso em: 06 jun. 2020.

MARELLI. NEUROARQUITETURA: como os ambientes impactam no cérebro?.


COMO OS AMBIENTES IMPACTAM NO CÉREBRO?. 2018. Disponível em:
https://blog.ma-
relli.com.br/pt/neuroarquitetura-como-os-ambientes-impactam-no-cerebro/. Acesso em:
08 abr. 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS -
36

PNPIC-SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de


Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

OLIVEIRA, Douglas José Tenório Martins de et al. USO DE BLOCOS DE CONCRETO


NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Cadernos de Graduação, Maceió, v. 03, n. 02, p. 103-118,
abr. 2016.

ONU. Human Development Indices and Indicators: New York: Communications


Development Incorporated, 2018. Disponível em:
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/idh/relatorios-de-
desenvolvimento-humano/relatorio-do-desenvolvimento-humano-2018.html. Acesso
em: 30 mar. 2020.

OPAS - Organização Pan-americana da Saúde (org.). Folha informativa: depressão.


Brasília: Setor de Embaixadas Norte, 2018. Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folh
a-informativa-depressao&Itemid=1095. Acesso em: 24 maio 2020.

Pan American Health Organization. The Burden of Mental Disorders in the Region of
the Americas, 2018. Washington, D.C.: PAHO; 2018. RISSONI, Barbara B.S. A relação
entre saúde mental e saúde física. 2019. Disponível em: https://www.leforte.com.br/a-
relacao-entre-saude-mental-e-saude-fisica/. Acesso em: 13 abr. 2020.

PIMENTA, Tatiana. Estresse: saiba como ele afeta sua saúde física e emocional. 2019.
Disponível em: https://www.vittude.com/blog/estresse-saiba-como-ele-afeta-sua-saude/.
Acesso em: 24 maio 2020.

SANTANA JUNIOR, Jaime Ribeiro de. FORMAÇÃO TERRITORIAL DA REGIÃO


DA GRANDE DOURADOS: colonização e dinâmica produtiva. Geografia, Londrina,
v. 0, n. 0, p. 89-107, jun. 2019.

SOUSA, Rafaela. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano; Brasil Escola. 2019.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/idh-indice-desenvolvimento-
humano.htm. Acesso em: 26 mar. 2020.

SOUZA, Eduardo. O que levar em conta para melhorar o conforto acústico? 2019.
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/923739/o-que-levar-em-conta-para-
melhorar-o-conforto-acustico. Acesso em: 07 jun. 2020.

SOUZA, Roberta Vieira Gonçalves de. Luz natural no projeto arquitetônico: uma
fonte sustentável para a iluminação. 2018. Lume Arquitetura. Disponível em:
http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed31/ed_31_Iluminacao_Natural.pdf. Acesso
em: 06 jun. 2020.
37

STOUHI, Dima. Os benefícios da biofilia para a arquitetura e os espaços interiores.


2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/927908/os-beneficios-da-
biofilia-para-a-arquitetura-e-os-espacos-interiores. Acesso em: 08 abr. 2020.

TheWHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality of


life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W editors. Quality of
life assessment: international perspectives. Heidelberg: Springer Verlag; p. 41-60, 1994.

TUPIASSÚ, A. Da planta ao jardim: um guia fundamental para jardineiros


amadores e profissionais. São Paulo: Nobel, 2008. 156 p.
SANTOS, Ronaldo dos. A IMPORTÂNCIA DO PAISAGISMO QUANTO A
PROMOÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA. 2009. 13 f. TCC (Graduação) - Curso de
Biologia, Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel, 2009. Disponível em:
https://www.fag.edu.br/upload/graduacao/tcc/522a518a0a3fd.pdf. Acesso em: 07 jun.
2020.

United Nations Department of Economic Social Affairs/Population Division. World


Urbanization Prospects: The 2007 revision. New York: UN; 2008.

VASCONCELOS, Lia. Urbanização: metrópoles em movimento. Desafios do


Desenvolvimento, Brasília, v. 3, n. 22, p. 01-01, 05 maio 2006. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?optioncom_content&view=article&id=994.
Acesso em: 02 jun. 2020.

WEATHER SPARK (Minneapolis). Condições meteorológicas médias de Dourados.


2016. Disponível em: https://pt.weatherspark.com/y/29524/Clima-
caracter%C3%ADstico-em-Dourados-Brasil-durante-o-
ano#:~:text=Chove%20ao%20longo%20do%20ano,total%20m%C3%A9dia%20de%20
38%20mil%C3%ADmetros.. Acesso em: 18 jun. 2020.

Você também pode gostar