Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Londrina
2018
Universidade Estadual de Londrina
Centro de Tecnologia e Urbanismo
Departamento de Engenharia Elétrica
Londrina
2018
Ficha Catalográfica
Comissão Examinadora
Primeiramente eu gostaria de agradecer a minha mãe, Léia, e meu pai, Ivan. Vocês dois
sempre fizeram muito mais do que puderam para me ajudar passar por todos os problemas
enfrentados durante este período. Peço desculpas a vocês por ter estado ausente em muitos
momentos e agradeço muito por todo o amor e paciência dedicada à minha vida. Espero
que neste momento eu possa trazer um momento de orgulho à vocês.
Aos meus dois irmãos Henrique e Claudio. Vocês foram, são e serão parte muito
importante da minha vida. Em praticamente todos os importantes momentos da minha
vida eu tive vocês dois ao meu lado, e espero que por muitos anos assim se siga.
Aos meu amigos do Clube do Bolinha, o que com certeza também já uma família.
Todas as festividades com vocês ficam ainda melhores. Todas as dificuldades, com vocês
tornam-se mais simples. Obrigado.
A todos os irmãos que encontrei dentro do curso, em especial ao Walker Negrão, Pedro
Mantovani e ao Rodolfo Cibotto. Quantas foram as aventuras, as batalhas, os choros e as
alegrias que vivemos juntos. Vocês com certeza são pessoas que marcaram a minha vida,
e espero que não nos afastemos muito com o fim desta jornada.
Aos meus grandes amigos Marcelo Haddad, Ruan Martins, Giuliano Motter e Matias
Furlaneto. Nós fizemos parte do Indie Hour! Eu acredito muito no poder da música, e com
certeza juntos nós podemos transmitir muitas alegrias para as pessoas que nós assistiam.
Obrigado por sempre apoiarem minhas ideias e pela infinita paciência durante os ensaios
em que as coisas não saíram da melhor forma possível.
Agradeço a minha amiga Carolina. Grande parte de tudo o que vivi durante a uni-
versidade foi ao seu lado, com o seu auxilio e suporte. Te agradeço por toda paciência e
por todo carinho dedicado a mim durante esses anos. Com certeza eles foram essenciais.
Agradeço a toda banca avaliadora - professores Aziz e Granziera - pelos direcionamen-
tos durante a construção deste trabalho. Agradeço também aos técnicos de laboratório
Luís e Luís Matias por todo o empenho e prontidão sempre que foram requisitados.
Agradeço também, com muito carinho, meu orientador e professor Ernesto. Você
com certeza nos ensinou muito mais do que engenharia. Você nos ensinou a ser pessoas
melhores. Muito obrigado por toda a atenção dedicada, em especial a mim, durante esta
fase da nossa vida. Tenho certeza que se mais professores fossem como você a Universidade
seria um lugar muito melhor.
E por fim, agradeço a instituição a qual talvez eu mais tempo tenha dedicado durante
minha vida universitária, a bateria Demônios da Lagoa. As minhas amigas Bethânia,
Jéssica, Heloisa, Adriane e aos meus irmãos Giovani, Guilherme dentre tantos outros.
Vocês todos tornaram os dias mais felizes e tenho certeza que nosso trabalho tem ajudado
muitos universitários a passar por está fase da vida de uma maneira mais leve. Obrigado
por sempre me apoiarem e por me deixarem fazer parte das suas vidas.
Tomy Moreira dos Santos. Protótipo de um Sistema de Telemetria Veicular de
Baixo Custo voltado para Esportes à Motor. 2018. 89 p. Trabalho de Conclusão
de Curso em Engenharia Elétrica - Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Resumo
O trabalho aqui apresentado busca desenvolver um protótipo de sistema de telemetria
de baixo custo que atenda de maneira satisfatória os requisitos de categorias de esportes
à motor de nível amador. Foram desenvolvidos módulos de temperatura e aceleração
com o objetivo de simular uma instalação em diferentes partes de um veículo. O sistema
implementa uma rede CAN entre os módulos e uma central de processamento microcon-
trolada. O sistema também conta com software supervisório responsável pela recepção
dos dados e exibição de maneira gráfica ao usuário. O sistema obtido ao final do trabalho
apresentou um comportamento dentro dos padrões de desempenho esperado. O software
supervisório foi adaptado de um trabalho anterior e, devido a este fato, não apresentou o
melhor desempenho possível.
Abstract
The study presented here aims to develop a prototype of a low cost telemetry system
that meets the requirements of the categories. Temperature and acceleration modules
have been developed to simulate an actual application in the vehicle. The system imple-
ments a CAN network between the modules and a microcontroller processing center. The
system also has supervisory software responsible for receiving the data and displaying it
graphically to the user. The system obtained at the end showed satisfactory performance.
Supervisory software was adapted from an earlier study and, because of this, did not
perform as well as possible.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.2 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.3 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.4 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1 Esportes à motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1.1 Sensoriamento nos esportes à motor . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2 Telemetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.1 Telemetria nos Esportes à motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.3 Sistemas Supervisórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4 Eletrônica Automotiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.1 Rede CAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.4.1.1 Barramento CAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.1.2 Protocolo CAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.1.3 Controladores CAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.5 Sistemas Embarcados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.5.1 Plataforma Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.6 Prototipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.6.1 Placas de Circuito Impresso - PCI . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.7 Considerações Finais do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.1 Proposta para um Protótipo de Sistema de Telemetria . . . . 41
3.2 Arquitetura de Funcionamento do Sistema . . . . . . . . . . . . 43
3.3 Arquitetura do Hardware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3.1 Módulo CAN - Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3.2 Módulo CAN - Acelerômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.3.3 Módulo Central de Processamento e Transmissão e Módulo
de Recepção e Integração com Sistema Supervisório . . . . . . 47
3.4 Arquitetura do Firmware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.4.1 Desenvolvimento do firmware de testes para o Módulo de
Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.4.2 Desenvolvimnto do firmware de testes para o Módulo Ace-
lerômetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3.4.3 Processamento e Transmissão de Dados pelo Módulo Central 54
3.4.4 Recepção dos Dados e Integração com Sistema Supervisório . 54
3.5 Sistema Supervisório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.6 Considerações Finais do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.1 Módulo CAN - Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.2 Módulo CAN - Acelerômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.3 Módulos de Transmissão e Recepção . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.4 Sistema Supervisório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.5 Custo de Confecção do Protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.6 Considerações Finais do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.1 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
1 Introdução
1.1 Motivação
Com o custo de sensores e sistemas transmissores de dados tornando-se acessíveis
à aplicações com menores investimento, a utilização de sistemas de telemetria tem se
tornado cada dia mais presente. Em esportes à motor a utilização desta tecnologia já
é, a muito tempo, uma realidade em categorias de alta performace. Já nas categorias
inferiores, cujo objetivo principal é o hobby e não a competição, estes sistemas ainda são
pouco utilizados. Um dos motivos da baixa aderência está ligado ao fato de que sistemas
dessa natureza normalmente são projetados para a obtenção de uma série de parâmetros
com elevada precisão. Isto acaba por tornar o custo benefício da utilização de um sistema
de telemetria em categorias de menor investimento um pouco alto para os competidores.
2 Fundamentação Teórica
2.2 Telemetria
Como citado previamente no capítulo introdutório deste trabalho, a Telemetria ocupa
um papel de grande importância na atual prática da engenharia moderna. Grande parte
dos equipamentos projetados nos dias atuais apresentam a necessidade, ou deseja-se, de
uma operação de maneira remota. (POLESE, 2017)
Um sistema de telemetria é formado, em linhas gerais, por:
• Hardware embarcado local: este sistema é responsável pela obtenção dos dados no
local em que objetiva a obtenção dos parâmetros de um dados sistema. Toda a parte
de sensores e processamento de dados é implementada neste hardware. Um aspecto
importante deste tipo de hardware está ligado a robustez de sua construção. Em
grande parte das situações em que se utiliza um sistema de telemetria, os dispositi-
vos envolvidos sofrem um desgaste considerável com ações temporais, tornando-se
necessário uma construção mecânica capaz de manter a integridade destes circuitos
e prolongar o seu funcionamento.
• Sistema de transmissão de dados: este sistema é responsável pelo envio dos dados
obtidos no local onde o hardware foi instalado para o usuário que irá realizar o
monitoramento. Devido ao fato de que sistemas de telemetria são utilizados em
situações onde a distância envolvida é relativamente grande, a forma de transmis-
são de dados mais popular para este tipo de sistema é a transmissão GSM (Global
System for Mobile Communications). Atualmente, outras tecnologias estão sendo
implementadas nos sistemas de telemetria, como por exemplo a comunicação LoRa.
Existem também sistemas de telemetria implementados de maneira cabeada, como
2.2. Telemetria 25
• Software para supervisão: este sistema é responsável pela interação entre o usuário
que irá realizar o monitoramento e o sistema monitorado em si.
• Caso dois dispositivos da rede iniciem uma transmissão ao mesmo tempo existirá
uma colisão das informações;
• Caso exista uma colisão das informações a rede tem capacidade para elencar uma
prioridade entre as mensagens, retransmitindo a mensagem de menor prioridade em
um próximo intervalo de tempo disponível.
28 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
A rede CAN pode ser compreendida dividindo-se-a em duas camadas: a camada física,
podendo também ser denominada de barramento CAN, e a camada de dados, podendo
também ser denominada de protocolo CAN.
Uma terceira característica bastante específica do barramento CAN, sendo esta a que
o mais destaca em quesitos de robustez física do barramento, é o nível de sinal elétrico em
2.4. Eletrônica Automotiva 29
Para a adaptação de sinais de nível de tensão comuns para os níveis de sinais CAN
faz-se uso de um dispositivo denominado transceptor CAN - CAN transceiver. Este dis-
positivo tem a função de receber o sinal de uma linha comum, com níveis lógicos alto e
baixo, e "traduzi-lo"para o nível lógico de funcionamento da rede CAN. Os grandes fabri-
cantes de componentes eletrônicos disponibilizam varias versões desse dispositivo, como
por exemplo o apresentado na Figura 2.3, do fabricante Texas Instruments. Outra vanta-
30 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
O protocolo CAN, camada de dados da rede CAN, apresenta quatro tipos de formatos
para o envio de uma determinada informação: o formato de dados (data frame), o for-
mato remoto (remote frame), o formato de erro (error frame) e o formato de sobrecarga
(overload frame). A seguir segue-se a descrição de cada um destes formatos.(Microchop,
2012)
transmissão é tratada em nível físico e não no nível de dados, como nos diversos
outros tipos de rede.
Com a utilização do formato padrão são possíveis 2048 mensagens únicas, pois
o barramento CAN não permite a utilização de um mesmo valor no campo da
arbitrariedade para diferentes mensagens. Já com o modo estendido é possível um
valor superior a 536 milhões de mensagens únicas.
• Error Frame: Existem dois possíveis tipos de erro para este formato, sendo eles o
formato de erro ativo e o formato de erro passivo. A diferença entre eles esta na
geração e na detecção do erro por parte de outros dispositivos no barramento. A
Figura 2.6 ilustra a construção deste formato.
Como já citado anteriormente, a rede CAN tem sua popularidade atribuida, também,
a sua capacidade de deteção e solução de erros. Na camada de dados um desses métodos
está relacionado aos problemas gerados pela sincronização da transmissão. Como pode-se
notar até este momento, o barramento CAN não apresenta uma linha de sinal dedicada
a sincronização do envio das mensagens, forçando-se assim que todos os dispositivos da
rede apresentem uma mesma configuração de clock. Porém isto não é suficiente para uma
comunicação precisa, visto que mesmo operando em mesma frequência, garantir que todos
os dispositivos de uma rede CAN operem em fase seria uma atividade bastante complexa.
Para isso o protocolo CAN utiliza-se de um método de sincronização denominado bit
stuffing, ilustrado na Figura 2.8.(Microchop, 2012)
O bit stuffing trata-se de um artifício para se forçar uma borda em uma dada trans-
missão, com o objetivo de que os dispositivos possam sincronizar-se a partir desta. No
protocolo CAN a cada 5 bits de mesmo valor transmitido o sexto é, obrigatoriamente, de
valor oposto. Isso força o sistema a identificar uma borda a cada 5 bits transmitidos de
mesmo valor, fato este que, caso não ocoresse, poderia causar uma dessincronização entre
os dispositivos do barramento visto a ausência de um sinal de clock. Este bit não tem valor
lógico para o sistema e é descartado no momento do processamento dos dados.(Microchop,
2012)
2.4. Eletrônica Automotiva 33
Figura 2.8 – Processo de bit stuffing realizado pela rede CAN para reforçar a sincronização
dos dispositivos.
• Tensão de operação de 5 V.
• 32 KB de memória Flash
• 2 KB de memória SRAM
• 1 KB de memória EEPROM
Para a programação desta e das demais placas do projeto Arduino, que neste ponto
já pode também ser chamada de empresa, existe um ambiente de desenvolvimento (IDE)
desenvolvido especificamente para esta função. A linguagem utilizada para a programação
é especifica para a plataforma, porém é bastante semelhante as linguagens C e C++. A
Figura 2.11 exibe a janela da IDE Arduino com a estrutura básica para a programação
das placas.
De maneira geral duas estruturas podem ser vistas na Figura 2, sendo elas a função
setup, responsável pelas configurações gerais da placa que será utilizada, e a função loop,
onde será inserido efetivamente o código executado durante o tempo de funcionamento
da placa.
Atualmente existem várias versões das placas Arduino, algumas delas apresentam mi-
croprocessadores com maior capacidade de processamento, maior número de portas de
2.5. Sistemas Embarcados 37
2.6 Prototipagem
A prototipagem é um conceito bastante antigo que vem evoluindo desde os primórdios
de sua utilização. Na atualidade existem ferramentas extremamente complexas destinadas
a esta atividade, capazes muitas vezes de simular o comportamento de uma determinada
estrutura ou, no campo da engenharia elétrica, um determinado circuito.
Em linhas gerais, o objetivo da prototipagem é a prova de um conceito que envolva
uma estrutura complexa através de uma estrutura mais simples.
No ramo de atividades da engenharia a utilização da prototipagem é algo de vital
importância no desenvolvimento de um projeto. Protótipos que aproximem-se de proje-
tos reais são capazes de trazer boas previsões do funcionamento deste em sua aplicação
final. Essas previsões poupam tempo para a resolução de possíveis problemas e recursos
financeiros, para o caso de grandes produções.(PALHAIS, 2015)
que possa vir a realizar uma prova de conceito sobre a natureza deste tipo de projeto é a
melhor forma de iniciar um possível desenvolvimento de produto nesta área.
41
3 Desenvolvimento
Este capítulo apresenta todas as etapas de desenvolvimento do trabalho. Estão descritos
os procedimentos utilizados para o desenvolvimento do esquema de funcionamento do
sistema de forma geral, os testes dos dispositivos utilizados, a confecção dos elementos
formadores do sistema e a codificação do firmware de cada um desses.
temperatura final obtido através deste segundo método é a média das temperaturas
que o sensor infravermelho detecta dentro do seu campo de visada.
• Dois módulos HC-12: Este módulo é responsável pela transmissão e recepção dos
dados enviados através do sistema instalado no local de analise para o sistema super-
visório. Fabricado pela empresa Elecrow opera com um espectro de frequências entre
3.2. Arquitetura de Funcionamento do Sistema 43
433 MHz à 473 MHz, disponibilizados em mais de 100 canais de comunicação. Este
módulo utiliza-se de um microcontrolador STM8S, da empresa ST Eletronics, para
o gerenciamento de suas funções. A configuração do mesmo é feita via comandos
ASCII - popularmente conhecidos como comandos AT - enviados por comunicação
UART, assim como os dados a serem transmitidos. Ele pode ser configurado para
operar como receptor ou transmissor, adotando em ambas os modos de operação
a característica de broadcast 1 . Sistemas de transmissão do tipo broadcast necessi-
tam de um tratamento em firmware para a segurança dos dados, caso assim seja
necessário.
Uma das formas de simplificação do uso desses sensores que o mercado vem desenvol-
vendo é a fabricação de shields. Um shields de um determinado sensor trata-se de uma
pequena placa de circuito impresso que implementa todo o hardware necessário para o
funcionamento de um determinado sensor. O uso de shields é uma prática que acelera a
prototipagem de projetos diminuindo o tempo desta etapa e facilitando o experimento de
diferentes sensores em um projeto.
A utilização de todos os sensores acima citados foi feita através de shields e os mesmos
serão com mais detalhes apresentados nas próximas seções.
Fonte: O autor.
alimentação para o valor adequado de operação. Os regulador utilizado para esta função
é o LM7805 com encapsulamento TO-220, da empresa Texas Instruments.
Fonte: O autor.
Para a construção dos módulos de temperatura foi utilizado o mesmo shield mostrado
na Figura 3.4 - localizado na região inferior esquerda da imagem, que implementa o
hardware necessário apara a utilização do sensor MLX90614, como citado na seção 3.1.
A Figura 3.5 exibe o dispositivo em mais detalhes.
Como já citado na seção 3.1, este sensor possui a capacidade de obter dados de tempe-
ratura ambiente e de uma determinada região, de acordo com as ondas de infravermelho
que estiverem eu seu campo de visada. Porém, dado o objetivo do projeto, montou-se dois
módulos de temperatura, um deles dedicado a realizar medidas de uma região específica
e o outro dedicado a realizar medidas de temperatura ambiente. Ambos os módulos pos-
suem um microcontrolador ATmega328P, o mesmo que compõem as placas Arduino Uno.
Desta forma pode-se utilizar o mesmo ambiente de desenvolvimento das placas Arduino,
46 Capítulo 3. Desenvolvimento
Fonte: O autor.
Na Figura 3.6 nota-se a adição de mais um regulador de tensão. Este se faz necessário
devido a tensão de operação dos sensores, sendo esta de 3.3V. O regulador utilizado para
esta função foi o LM78L33, da empresa ST Eletronics.
Fonte: O autor.
Figura 3.8 – Shield do acelerômetro MPU-6050.
Fonte: O autor.
na Figura 3.11.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Em um primeiro momento, com o objetivo de realizar uma leitura dos valores do sensor
de maneira simples, implementou-se o fluxograma apresentado na Figura 3.14.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
54 Capítulo 3. Desenvolvimento
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Para o sistema aqui proposto realizou-se apenas algumas adaptações, visto que o
sistema supervisório original desenvolvido no trabalho citado é compatível com algumas
das necessidades do projeto de telemetria aqui proposto.
56 Capítulo 3. Desenvolvimento
Fonte: O autor.
Figura 3.22 – Fluxograma de funcionamento do módulo de recepção e integração com
sistema supervisório.
Fonte: O autor.
4 Resultados
Fonte: O autor.
A realização dos testes, feitos com as placas Arduino, em um primeiro momento tive-
ram como objetivo a confirmação da leitura dos dados através do protocolo I2C. A Figura
4.3 exibe os dados provenientes do sensor para uma medida de temperatura ambiente.
Os valores hexadecimais 0x01 e 0x04 são utilizado única e exclusivamente para a
denotação do inicio e do final da mensagem, não fazendo parte efetivamente dos dados.
Nota-se que esses são valores puros, ainda não tendo significado claro aparente. Através
da folha de dados do sensor, sabe-se que o mesmo apresenta uma precisão de 0,02 K,
sendo necessário o calculo apresentado na equação 4.1 para obter-se um valor em graus
Celcius.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
que o valor apresentado no momento da medida era de 25,8◦ C, sendo este valor condi-
zente com a temperatura medida no local durante os testes. Desta forma confirmou-se
que o algoritmo para leitura do sensor funciona. A realização para medidas de tempera-
tura de um objeto seguem os mesmos padrões de leitura, não sendo necessária realizar o
procedimento de testes novamente.
4.2. Módulo CAN - Acelerômetro 61
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Para o calculo dos valores úteis deste módulo, utiliza-se do calculo apresentado na
equação 4.2.
REG16bits · 2 · g
M edida(m/s2 ) = (4.2)
32767
Aplicando-a aos valores obtidos na Figura 4.6, obtem-se valores próximos a 9,8 m/s2 ,
confirmando-se assim a funcionalidade do algoritmo de medida. Nota-se que o 2 g na
Equação 4.2 foi inserido devido a configuração do módulo. Caso a sensibilidade do mesmo
seja alterada, este valor também será. Outra notação é a da medida para valores negativos:
caso os valores provenientes do sensor sejam maiores do que 32767, a equação para obter-se
os valores úteis do sensor modifica-se para a equação 4.3.
(REG16bits − 32767) · 2 · g
M edida(m/s2 ) = − (4.3)
32767
Para solucionar a qual equação utilizar para o calculo, em firmware, basta utilizar do
recurso if, utilizando a Equação 4.2 caso o valor lido seja menor ou igual a 32767, e a
Equação 4.3 caso o valor seja maior.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
As Figuras 4.9 e 4.10 exibem uma visualização tridimensional das placas, em ambiente
de desenvolvimento.
Os testes realizados com estes módulos envolveram o funcionamento do sistema de
maneira completa, sendo o funcionamento obtido apresentado na seção 4.4.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
esses não necessários para a aplicação posposta por este trabalho e, desta forma, retirados
do pacote.
A segunda alteração foi relacionada aos tipos de dados exibidos e a forma de exibição
destes. O sistema original já contava com o tratamento de uma cadeia de dados de
temperatura, sendo esta etapa apenas replicada para mais um cadeia de dados. Já os
dados de aceleração, também tratados de certa forma no sistema original, tiveram sua
forma de exibição alterada, utilizando-se, como para o caso das temperaturas, gráficos em
linha.
A Figura 4.11 exibe a aba do sistema supervisório dedicada a realizações de medidas
de aceleração. Nesta pode-se observar um comportamento de repentina mudança nas
leituras do sensor. Este comportamento pode traduzir-se em meios automotivos com uma
4.5. Custo de Confecção do Protótipo 65
utilização brusca do sistemas de freio, ou uma saída de curva com o acelerador muito
pressionado - a diferença de uma situação e outra dependeria da orientação do sensor em
relação ao veículo.
Fonte: O autor.
Figura 4.12 – Dados de telemetria visto no sistema supervisório para temperatura ambi-
ente.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
5 Discussões e Conclusões
por se tornar lentos - fato este comprovado neste trabalho. O sistema supervisório, ape-
sar de se mostrado eficaz, apresentou um comportamento ligeiramente lento ao esperado.
Este problema seria solucionado caso o sistema supervisório utilizado fosse dedicado a
realidade do projeto.
Referências
NUNES, T. F. Telemetria de um Veículo Baja SAE através de Rede CAN. Natal, RN,
Brasil: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016. 25
1 2 3 4
CN1 D1 U1 LM7805 5V
1 3
2 IN OUT
1 GND
1N4007
10uF/25V
BR902V R1
10uF/25V
A C1 C2 A
2
470R - 1/4W
GND
LD1
GND WP7113ID 3.3V
IC1
1 3
VCC SCL SCL
2 4
GND SDA SDA
GND MLX90614-MOD
5V U2 LM7833 3.3V
3 1
IN OUT
GND
dulo de Temperatura
GND
10uF/25V
10uF/25V
C3 C4
2
B B
5V
U3
GND 7
VCC
20 23
AVCC PC0 (ADC0/PCINT8)
21 24
AREF PC1 (ADC1/PCINT9)
25
PC2 (ADC2/PCINT10)
26
PC3 (ADC3/PCINT11)
5V 27
PC4 (ADC4/SDA/PCINT12) SDA
28
PC5 (ADC5/SCL/PCINT13) SCL
1 5V
R2 PC6 (RESET/PCINT14) RESET
IC2
10K - 1/4W
VCC SI SI
2
PD0 (RXD/PCINT16) GND SO SO
1 3 3
PD1 (TXD/PCINT17) INT CS CS
2 4 4
RESET PD2 (INT0/PCINT18) SCK SCK
S1 5
C PD3 (PCINT19/OC2B/INT1) C
6 MCP2515 - MOD
PD4 (PCINT20/XCK/T0)
GND 11 GND
PD5 (PCINT21/OC0B/T1)
12
PD6 (PCINT22/OC0A/AIN0)
13
PD7 (PCINT23/AIN1)
14
PB0 (PCINT0/CLKO/ICP1)
15
PB1 (PCINT1/OC1A)
C5 16
PB2 (PCINT2/SS/OC1B) CS
17
XTAL1 PB3 (PCINT3/OC2A/MOSI) SI
18
22pF/50V PB4 (PCINT4/MISO) SO
8 19
GND PB5 (SCK/PCINT5) SCK
1
9
X1 PB6 (PCINT6/XTAL1/TOSC1) XTAL1
22 10
16MHz GND PB7 (PCINT7/XTAL2/TOSC2) XTAL2
2
C6 ATmega328P-AU
XTAL2
GND
22pF/50V Title
D D
GND
Size Number Revision
A4
Date: 04/12/2018 Sheet of
File: C:\Users\..\main.SchDoc Drawn By:
1 2 3 4
75
1 2 3 4
CN1 D1 U1 LM7805 5V
1 3
2 IN OUT
1 GND
1N4007
10uF/25V
BR902V R1
10uF/25V
A C1 C2 A
2
470R - 1/4W
GND
LD1
GND WP7113ID 3.3V
IC1
1 3
VCC SCL SCL
2 4
GND SDA SDA
7 ADO XDA
5
GND 8 INT XCL
6
5V U2 LM7833 3.3V MPU-6050
3 1
IN OUT
GND
GND
10uF/25V
10uF/25V
C3 C4
2
B B
5V
U3
GND 7
VCC
20 23
AVCC PC0 (ADC0/PCINT8)
21 24
AREF PC1 (ADC1/PCINT9)
25
PC2 (ADC2/PCINT10)
26
PC3 (ADC3/PCINT11)
5V 27
PC4 (ADC4/SDA/PCINT12) SDA
28
PC5 (ADC5/SCL/PCINT13) SCL
1 5V
R2 PC6 (RESET/PCINT14) RESET
IC2
10K - 1/4W
VCC SI SI
Acelerômetro
2
PD0 (RXD/PCINT16) GND SO SO
1 3 3
PD1 (TXD/PCINT17) INT CS CS
2 4 4
RESET PD2 (INT0/PCINT18) SCK SCK
S1 5
C PD3 (PCINT19/OC2B/INT1) C
6 MCP2515 - MOD
PD4 (PCINT20/XCK/T0)
GND 11 GND
PD5 (PCINT21/OC0B/T1)
12
PD6 (PCINT22/OC0A/AIN0)
13
PD7 (PCINT23/AIN1)
14
PB0 (PCINT0/CLKO/ICP1)
15
PB1 (PCINT1/OC1A)
C5 16
PB2 (PCINT2/SS/OC1B) CS
17
XTAL1 PB3 (PCINT3/OC2A/MOSI) SI
18
22pF/50V PB4 (PCINT4/MISO) SO
8 19
GND PB5 (SCK/PCINT5) SCK
1
9
X1 PB6 (PCINT6/XTAL1/TOSC1) XTAL1
22 10
16MHz GND PB7 (PCINT7/XTAL2/TOSC2) XTAL2
2
C6 ATmega328P-AU
XTAL2
GND
22pF/50V Title
D D
GND
Size Number Revision
A4
Date: 04/12/2018 Sheet of
File: C:\Users\..\main.SchDoc Drawn By:
1 2 3 4
77
1 2 3 4
CN1 D1 U1 LM7805 5V
1 3
2 IN OUT
1 GND
1N4007
10uF/25V
BR902V R1
10uF/25V
A C1 C2 A
2
470R - 1/4W
GND
LD1
GND WP7113ID 5V
IC1
1 3 5V CN2
VCC RX RX
2 4
GND TX TX 1
5
SET 2
GND
3
HC-12-MOD
BMO-03-1-E
GND
GND
Módulo Transmissor
B B
5V
U2
7
VCC
20 23
AVCC PC0 (ADC0/PCINT8)
21 24
AREF PC1 (ADC1/PCINT9)
25
PC2 (ADC2/PCINT10)
26
PC3 (ADC3/PCINT11)
5V 27
PC4 (ADC4/SDA/PCINT12)
28
PC5 (ADC5/SCL/PCINT13)
1 5V
R2 PC6 (RESET/PCINT14) RESET
IC2
10K - 1/4W
VCC SI SI
2
PD0 (RXD/PCINT16) GND SO SO
1 3 3
PD1 (TXD/PCINT17) INT CS CS
2 4 4
RESET PD2 (INT0/PCINT18) SCK SCK
S1 5
C PD3 (PCINT19/OC2B/INT1) C
6 MCP2515 - MOD
PD4 (PCINT20/XCK/T0)
GND 11 GND
PD5 (PCINT21/OC0B/T1)
12
PD6 (PCINT22/OC0A/AIN0)
13
PD7 (PCINT23/AIN1)
14
PB0 (PCINT0/CLKO/ICP1) RX
15
PB1 (PCINT1/OC1A) TX
C3 16
PB2 (PCINT2/SS/OC1B) CS
17
XTAL1 PB3 (PCINT3/OC2A/MOSI) SI
18
22pF/50V PB4 (PCINT4/MISO) SO
8 19
GND PB5 (SCK/PCINT5) SCK
1
9
X1 PB6 (PCINT6/XTAL1/TOSC1) XTAL1
22 10
16MHz GND PB7 (PCINT7/XTAL2/TOSC2) XTAL2
2
C4 ATmega328P-AU
XTAL2
GND
22pF/50V Title
D D
GND
Size Number Revision
A4
Date: 04/12/2018 Sheet of
File: C:\Users\..\main.SchDoc Drawn By:
1 2 3 4
79
1 2 3 4
CN1 D1 U1 LM7805 5V
1 3
2 IN OUT
1 GND
1N4007
10uF/25V
BR902V R1
10uF/25V
A C1 C2 A
2
470R - 1/4W 5V
IC1
GND 1 3 5V CN2
VCC RX RX
2 4
GND TX TX 1
5
LD1
SET 2
WP7113ID 3
GND HC-12-MOD
BMO-03-1-E
GND
GND
GND
5V
U2
7
VCC
20 23
B AVCC PC0 (ADC0/PCINT8) B
21 24
AREF PC1 (ADC1/PCINT9)
25
PC2 (ADC2/PCINT10)
5V 26
PC3 (ADC3/PCINT11)
27
PC4 (ADC4/SDA/PCINT12)
28
R2 PC5 (ADC5/SCL/PCINT13)
Módulo Receptor
1
PC6 (RESET/PCINT14) RESET
10K - 1/4W
1 3 2
PD0 (RXD/PCINT16)
2 4 3 5V
RESET PD1 (TXD/PCINT17)
S1 4 IC2
PD2 (INT0/PCINT18)
5
PD3 (PCINT19/OC2B/INT1) VCC TX TX_USB
GND 6
PD4 (PCINT20/XCK/T0) GND RX RX_USB
11
PD5 (PCINT21/OC0B/T1) CTS DTR
12
PD6 (PCINT22/OC0A/AIN0)
13 USB/UART - MOD
PD7 (PCINT23/AIN1)
GND
14
C PB0 (PCINT0/CLKO/ICP1) C
15
PB1 (PCINT1/OC1A)
16
PB2 (PCINT2/SS/OC1B) TX_USB
17
PB3 (PCINT3/OC2A/MOSI) RX_USB
18
PB4 (PCINT4/MISO) TX
8 19
GND PB5 (SCK/PCINT5) RX
9
PB6 (PCINT6/XTAL1/TOSC1) XTAL1
22 10
GND PB7 (PCINT7/XTAL2/TOSC2) XTAL2
C3 ATmega328P-AU
XTAL1
GND
22pF/50V
1
X1
16MHz
2
C4
XTAL2
22pF/50V Title
D D
GND
Size Number Revision
A4
Date: 04/12/2018 Sheet of
File: C:\Users\..\main.SchDoc Drawn By:
1 2 3 4
81
ATmega328/P
DATASHEET COMPLETE
Introduction
® ®
The Atmel picoPower ATmega328/P is a low-power CMOS 8-bit
microcontroller based on the AVR® enhanced RISC architecture. By
executing powerful instructions in a single clock cycle, the ATmega328/P
achieves throughputs close to 1MIPS per MHz. This empowers system
designer to optimize the device for power consumption versus processing
speed.
Feature
High Performance, Low Power Atmel®AVR® 8-Bit Microcontroller Family
• Advanced RISC Architecture
– 131 Powerful Instructions
– Most Single Clock Cycle Execution
– 32 x 8 General Purpose Working Registers
– Fully Static Operation
– Up to 20 MIPS Throughput at 20MHz
– On-chip 2-cycle Multiplier
• High Endurance Non-volatile Memory Segments
– 32KBytes of In-System Self-Programmable Flash program
Memory
– 1KBytes EEPROM
– 2KBytes Internal SRAM
– Write/Erase Cycles: 10,000 Flash/100,000 EEPROM
– Data Retention: 20 years at 85°C/100 years at 25°C(1)
– Optional Boot Code Section with Independent Lock Bits
• In-System Programming by On-chip Boot Program
• True Read-While-Write Operation
– Programming Lock for Software Security
• Atmel® QTouch® Library Support
– Capacitive Touch Buttons, Sliders and Wheels
– QTouch and QMatrix® Acquisition
– Up to 64 sense channels
Atmel-42735B-ATmega328/P_Datasheet_Complete-11/2016
83
7 Applications Information
7.1 Pin Out and Signal Description
MPU- MPU-
Pin Number Pin Name Pin Description
6000 6050
1 Y Y CLKIN Optional external reference clock input. Connect to GND if unused.
6 Y Y AUX_DA I2C master serial data, for connecting to external sensors
7 Y Y AUX_CL I2C Master serial clock, for connecting to external sensors
8 Y /CS SPI chip select (0=SPI mode)
8 Y VLOGIC Digital I/O supply voltage
9 Y AD0 / SDO I2C Slave Address LSB (AD0); SPI serial data output (SDO)
9 Y AD0 I2C Slave Address LSB (AD0)
10 Y Y REGOUT Regulator filter capacitor connection
11 Y Y FSYNC Frame synchronization digital input. Connect to GND if unused.
12 Y Y INT Interrupt digital output (totem pole or open-drain)
13 Y Y VDD Power supply voltage and Digital I/O supply voltage
18 Y Y GND Power supply ground
19, 21 Y Y RESV Reserved. Do not connect.
20 Y Y CPOUT Charge pump capacitor connection
22 Y Y RESV Reserved. Do not connect.
23 Y SCL / SCLK I2C serial clock (SCL); SPI serial clock (SCLK)
23 Y SCL I2C serial clock (SCL)
24 Y SDA / SDI I2C serial data (SDA); SPI serial data input (SDI)
24 Y SDA I2C serial data (SDA)
2, 3, 4, 5, 14,
Y Y NC Not internally connected. May be used for PCB trace routing.
15, 16, 17
CPOUT
CPOUT
RESV
RESV
RESV
RESV
RESV
RESV
SDA
SCL
24 23 22 21 20 19 24 23 22 21 20 19 +Z
NC 5 14 NC NC 5 14 NC
+X +X
AUX_DA 6 13 VDD AUX_DA 6 13 VDD
7 8 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12
AUX_CL
/CS
AD0/SDO
REGOUT
FSYNC
INT
AUX_CL
VLOGIC
AD0
REGOUT
FSYNC
INT
21 of 52
85
Product Application
Wireless sensor
Community building security
Robot wireless control
Industrial remote control and telemetering
Automatic data acquisition
Container information management
POS system
Wireless acquisition of gas meter data
Vehicle keyless entry system
PC wireless networking
……
Document: 2012/10
87
MCP2515
Stand-Alone CAN Controller with SPI Interface
Features Description
• Implements CAN V2.0B at 1 Mb/s: Microchip Technology’s MCP2515 is a stand-alone
Controller Area Network (CAN) controller that imple-
- 0 to 8-byte length in the data field
ments the CAN specification, Version 2.0B. It is capable
- Standard and extended data and remote of transmitting and receiving both standard and
frames extended data and remote frames. The MCP2515 has
• Receive Buffers, Masks and Filters: two acceptance masks and six acceptance filters that
- Two receive buffers with prioritized message are used to filter out unwanted messages, thereby
storage reducing the host MCU’s overhead. The MCP2515
- Six 29-bit filters interfaces with microcontrollers (MCUs) via an industry
- Two 29-bit masks standard Serial Peripheral Interface (SPI).
• Data Byte Filtering on the First Two Data Bytes Package Types
(applies to standard data frames) 18-Lead PDIP/SOIC
• Three Transmit Buffers with Prioritization and
Abort Features TXCAN 1 18 VDD
• High-Speed SPI Interface (10 MHz): RXCAN 2 17 RESET
- SPI modes 0,0 and 1,1 CLKOUT/SOF 3 16 CS
• One-Shot mode Ensures Message Transmission TX0RTS 4 MCP2515 15 SO
is Attempted Only One Time TX1RTS 5 14 SI
• Clock Out Pin with Programmable Prescaler: TX2RTS 6 13 SCK
- Can be used as a clock source for other OSC2 7 12 INT
device(s) OSC1 8 11 RX0BF
• Start-of-Frame (SOF) Signal is Available for VSS 9 10 RX1BF
Monitoring the SOF Signal:
- Can be used for time slot-based protocols 20-Lead TSSOP
and/or bus diagnostics to detect early bus TXCAN 1 20 VDD
degradation RXCAN 2 19 RESET
CLKOUT/SOF 3 18 CS
• Interrupt Output Pin with Selectable Enables
MCP2515
TX0RTS 4 17 SO
• Buffer Full Output Pins Configurable as: TX1RTS 5 16 SI
- Interrupt output for each receive buffer NC 6 15 NC
TX2RTS 7 14 SCK
- General purpose output 8 13
OSC2 INT
• Request-to-Send (RTS) Input Pins Individually OSC1 9 12 RX0BF
Configurable as: VSS 10 11 RX1BF
- Control pins to request transmission for each
RXCAN
20-Lead QFN*
RESET
TXCAN
transmit buffer
VDD
CS
MLX90614 family
Single and Dual Zone
Infra Red Thermometer in TO-39
Ordering Information
Part No. Temperature Package - Option Code Standard Packing
Code Code -X X X part form
MLX90614 E (-40°C...85°C) SF (TO-39) (1) (2) (3) -000 -TU
K (-40°C…125°C)
(1) Supply Voltage/ Accuracy (2) Number of thermopiles: (3) Package options:
A - 5V A – single zone A – Standard package
B - 3V B – dual zone B – Reserved
C - Reserved C – gradient compensated* C – 35° FOV
D - 3V medical accuracy D/E – Reserved
F – 10° FOV
G – Reserved
H – 12° FOV (refractive lens)
I – 5° FOV
Example:
MLX90614ESF-BAA-000-TU * : See page 2