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ROTEIRO.

NA MINHA ÉPOCA...

ATO 1.

Em um dia comum no asilo, o José estava vendo TV, a Lurdes estava se admirando no espelho,
o Valdir estava jogando baralho com a Ritinha e Geraldo estava conversando com uma das
cuidadoras, até que entra pela porta um homem alto, magro e serio, todos chegam perto do
homem menos Geraldo e o rapaz faz um aviso.

- Boa tarde a todos, vim informá-los que o Senhor Roberto o homem que morava aqui com
vocês está muito doente e ele veio aqui para se despedir e...

- O Roberto é um frouxo, ele pega uma gripezinha e para ele parece q o mundo vai acabar. –
diz Lurdes interrompendo o homem.

- Sim! O homem é um completo inútil, não sabe fazer nada e ainda vem falar que tá doente,
se tivesse sido um militar forte como eu ele nunca ficaria doente, mas quis ser ator ridículo, a
melhor coisa q ele fez foi sair daqui. – reclama José

- Não vejo nenhum problema em ele ter sido um ator afinal era o sonho dele, ele apenas o
seguiu. – disse Ritinha já irritada com José.

- Deixem o rapaz terminar de falar – diz Valdir ainda calmo.

- *COF COF* Obrigado! Continuando o que eu estava dizendo e ele veio avisar que um de
vocês irá receber a riqueza, as propriedades e entre outras coisas que estão no testamento do
Senhor Roberto.

Quando o homem termina de falar todos ficam em espanto, Geraldo que nem estava
prestando muita atenção, porém quando ele ouviu as palavras “vocês” e “riqueza” na mesma
frase desmaiou, as enfermeiras foram correndo para ajudar o pobre homem. Enquanto isso
Roberto entrou na sala, parecia muito cansado e estava usando a bengala de sempre.

- Olá meus caros amigos! Estava sentindo falta de vocês. – diz Roberto feliz ao está vendo
seus amigos antigos.

- Oi meu querido amigo Roberto, estava morrendo de saudades! – disse Lurdes em tom
forçado.

- Meu ator de Hollywood, que falta você estava fazendo aqui! – disse José fingindo bem que
gostava de Roberto.

Geraldo acorda do desmaio e diz.

- Para quem disse que ser ator é ridículo, você tá atuando muito bem né José? – diz Geraldo
para José com um tom sarcástico.
Depois de todos falarem com o Roberto, eles vão para a sala de repouso descansar um pouco
e conversarem.

ATO 2.

Enquanto estavam descansando, Ritinha começa a rir do nada e todos começam a se olhar
confusos com a situação, até que Valdir pergunta.

- Está rindo por quê? – perguntando de forma curiosa.

- Estava lembrando de como eu era jovem e livre, e lembrei de um história engraçada que
aconteceu comigo, querem ouvir ? – pergunta Ritinha.

- Claro! – diz Valdir animado, mas ainda calmo.

- Quando eu estava por volta dos meus 12 anos eu simplesmente peguei a chave do carro da
minha mãe e comecei a dirigir sem parar, até que eu bati em uma árvore gigante com milhares
de anos que toda vez que algum turista ia até a minha cidade tiravam várias fotos naquela
árvore, a minha batida foi tão forte na árvore que ela quebrou e caiu. – Ritinha falando rindo.

- Meu Deus! – disse uma das enfermeiras.

- É verdade, eu estava lá no dia que isso aconteceu! – Falou Geraldo claramente mentindo.

- Aham sei. – disse outra enfermeira, debochando.

Depois de um longo descanso, voltaram para discutir sobre quem estava no testamento do Seu
Roberto.

- É claro que eu que estou no testamento, quem não me ama? – disse Lurdes convencida.

- Sou eu, fui eu que sempre apoiei ele no teatro e em tudo! – disse José mais convencido
ainda.

- Sou eu! Estive com ele em todos os momentos de sua vida e vocês? Estavam julgando ele em
tudo. – disse Geraldo afrontando os outros.

- Eu vou ir ler isso sim. – disse Valdir um pouco irritado, mas já acostumado com as briguinhas
deles.

- Deixem o Roberto falar, ai saberemos quem está no testamento! – disse Ritinha calma, mas
ao mesmo tempo irritada.

- Tá né, mas então Roberto quem é a pessoa que está no testamento? – disse Lurdes curiosa e
nervosa.

Roberto fez uma pausa dramática, respirou fundo e falou.

- Não sei. – disse Roberto triste e um pouco confuso.

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