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Engenharia Civil
MONTES CLAROS – MG
AGOSTO/2020
1 INTRODUÇÃO
A nova norma, sob o título geral “Alvenaria estrutural”, traz consigo diversas
mudanças em comparação à sua versão antiga, a NBR 15961, tanto em sua estrutura de
apresentação quanto em seu conteúdo técnico, apresentando conceitos não previstos
antes. Uma dessas mudanças é a inclusão de duas novas partes:
Uma das principais mudanças presentes dentro da NBR 16868 foi a inclusão da
alvenaria estrutural com tijolos cerâmicos, que passam a ser considerados, sendo
destacados no item 6.1.1:
- A especificação dos blocos de concreto deve ser feita de acordo com a ABNT
NBR 6136.
- A especificação dos blocos e tijolos cerâmicos deve ser feita de acordo com a
ABNT NBR 15270-1.
“A resistência característica à compressão simples da alvenaria fk deve ser determinada com base no ensaio
de paredes(ABNT 8949) ou ser estimada como 70% da resistência caraterística de compressão simples de
prisma fpk ou 85% da de pequena parede Fppk. As resistências características de paredes ou prismas devem
ser determinadas de acordo com as especificações da ABNT NBR 15961-2.”
diversos refinamentos no cálculo, viabilizando assim paredes mais altas e com apoios
laterais. As casas térreas agora podem chegar a uma esbeltez de até 30 não armadas e com
bloco de 9 cm, desde que seja utilizado um γm maior que 3 e que os blocos utilizados
sejam de boa qualidade e com resistência dentro dos padrões estabelecidos dentro da
norma.
Em paredes e pilares armados, o limite de esbeltez poderá ser considerado até 30
desde que sejam armados com armadura mínima de 12.2. Volta ainda a ser possível a
execução de pilares com armaduras comprimidas e pilares com alvenaria estrutural
armados.
Dentro dessa lógica,o item 11.2 Dimensionamento da alvenaria à compressão
simples passa a considerar os cálculos de resistência de cálculo em paredes e pilares não
armados, para paredes e pilares armados, com índice de esbeltez menor ou igual a
30 e paredes armadas, com índice de esbeltez maior que 30.
São incluídos anexos preenchendo lacunas no projeto de alvenaria estrutural
quanto a detalhes para evitar colapso progressivo; dimensionamento de painéis como
paredes de shopping, galpões, depósitos e outros; inclusão da alvenaria estrutural
participante do contraventamento como preenchimento de pórticos de concreto ou aço ou
outro material.
a) para casos em que não haja travamento lateral transversal à parede – Conforme a
norma antiga
b) para casos em que haja travamento lateral transversal à parede – inserido na nova
norma, indicando ainda que as paredes de travamento devem ter comprimento
mínimo (calculado descontando a espessura da parede sendo travada) igual a 1/5
da altura da parede sendo travada e no mínimo a mesma espessura desta. Além
disso, as paredes de travamento devem ter travamentos que restrinjam os
deslocamentos horizontais das suas extremidades superior e inferior.
O item 9.6 Interação entre elementos de alvenaria altera o parágrafo referente
às aberturas, passando a considerar: A abertura cuja maior dimensão seja menor ou igual
a 61 cm e menor que 1/4 do menor valor entre a altura e o comprimento da parede na qual
se insere pode ser desconsiderada para efeito de interação, desde que as extremidades da
abertura estejam afastadas pelo menos 60 cm de cada extremidade da parede. Quando
houver mais de uma abertura na mesma parede, essa consideração só é permitida quando
o trecho de parede entre duas aberturas for superior a 60 cm. A norma anterior
considerava como desconsideradas aberturas cuja maior direção fosse menor que 1/6 do
menor valor entre a altura e o cumprimento da parede na qual se insere.
O item 9.6.2 - Interação para ações horizontais insere o item 9.6.2.2 Interação
pelas aberturas onde as interações pelas aberturas em paredes podem ser consideradas.
As dimensões das aberturas devem ser descontadas da área da parede no
dimensionamento. Na associação de painéis de contraventamento, é obrigatória a
verificação dos esforços internos ou das tensões resultantes nos elementos de ligação,
como os trechos sob e sobre as aberturas.
restrição, implicando apenas que qualquer corte em paredes deve ser previsto no projeto
estrutural. Qualquer trecho cortado deve ser descontado da seção da parede no projeto.
Dentro do Item 11: adiciona 11.1.3 Alvenaria protendida: Especificações para alvenaria
protendida encontram-se no Anexo B.
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Quanto aos aços e armaduras, é requerido que esses sejam depositados segregados
de acordo tipo e classe especificado no projeto de forma não ocorrer a troca involuntária
e dispõem que o mesmo tratamento observado por barras livres deve ser mantido para as
que já serão recebidas cortadas e dobradas, o que pode impactar na área de
armazenamento destes materiais dentro do canteiro de obras, sendo necessária uma área
maior.
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REFERÊNCIAS
O que muda com a nova norma de Alvenaria Estrutural: NBR 16868?. Disponível em:
https://www.paulinhodasestruturas.com/2020/09/12/o-que-muda-com-a-nova-norma-de-alvenaria-
estrutural-nbr-16868/ Acesso 05 de Outubro de 2020.