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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE

Curso de Engenharia de Materiais


Corrosão

Proteção Catódica do Ferro

Engenharia de Materiais, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Av. Universitária 1105,


88806-000, Criciúma, SC

Resumo

Neste relatório, o objetivo será a análise experimental de uma reação de


proteção catódica em um prego metálico adicionando um metal de sacrifício, onde
será analisado os aspectos visuais decorrentes dos fenômenos de oxidação e
redução de materiais metálicos, também será analisado um prego metálico sem o
uso de uma proteção catódica, apenas submerso em uma solução líquida de água
salobra (água desmineralizada + cloreto de sódio). Ao final do experimento será
observado as diferenças entre os pregos, e explicar os seus resultados finais
referentes ao meio que foram submetidos em cada solução de ensaio.

Palavras Chave: Oxidação, metal, processo corrosivo.

Introdução

O processo corrosivo de uma estrutura metálica enterrada ou submersa se


caracteriza sempre pelo aparecimento de áreas anódicas e catódicas na superfície
do material metálico, com a consequente ocorrência de um fluxo de corrente elétrica
no sentido convencional, das áreas anódicas para as áreas catódicas através do
eletrólito, sendo o retorno dessa corrente elétrica realizado por intermédio do
contato metálico entre essas regiões. A ocorrência dessas áreas de potenciais
diferentes ao longo de uma tubulação de aço ou de uma chapa metálica imersa em
um eletrólito, como o solo ou a água, tem sua explicação nas variações de
composição química do metal, na presença de inclusões não metálicas, nas tensões
internas diferentes causadas pelos processos de conformação e soldagem do
material metálico etc. (GENTIL, Vicente).
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Corrosão

Pela natureza eletroquímica da corrosão, verifica-se que há um fluxo de corrente


através do eletrólito e do metal, de tal maneira que os cátions formados pela
oxidação que ocorre no ânodo fluem para a solução, ao mesmo tempo em que os
elétrons se dirigem do ânodo para o cátodo, seguindo o circuito metálico, conforme
o fluxograma 1. Circuito de corrosão. (GENTIL, Vicente).

Fluxograma 1. Circuito metálico.


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Materiais e Métodos

Utilizou-se para este procedimento dois béqueres para colocar as mesmas


soluções de cloreto de sódio + água destilada, onde, no primeiro béquer com
volume utilizado de 100ml foi adicionado 96,5g de água destilada + 3,5g de cloreto
de sódio conforme figura 1 e já no segundo com volume utilizado de 50ml foi
colocado 48,25g de água destilada + 1,75g de cloreto de sódio conforme figura 2.
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Realizou-se a diluição do cloreto de sódio na água destilada em cada béquer e,


para o béquer menor com 50ml da solução utilizada foi adicionado um prego de
metal apenas lixado conforme figura 3 e deixado reagir com a solução.

Para o segundo béquer, de 100ml de volume utilizado, foi adicionado o prego


metálico + metal de proteção, que neste estudo, foi uma lâmina de alumínio
conforme figura 4.
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Para a preparação dos pregos metálicos e metal de sacrifício (alumínio),


utilizou-se lixa 80 e para as pesagens foi utilizado uma balança de laboratório com
precisão de duas casas após a vírgula.

Foram utilizadas também as garras de um multímetro ligadas em um único fio


para fazer a ponte para transferência de elétrons e também acomodar as amostras
dentro do béquer maior conforme mostrado na figura 5.
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Resultados e Discussões

Como o ensaio foi realizado no Laboratório do Iparque, o acompanhamento


visual foi realizado após sete dias, porém já no primeiro dia foi possível visualizar a
reação de oxidação do prego em meio salobro sem a proteção catódica com apenas
30 minutos de imersão como mostra na figura 6 e na solução com o prego metálico
e metal de sacrifício (alumínio), ainda não houve alguma reação.

Após 1 hora e 20 minutos, percebemos que houve mais um avanço de


oxidação na ponta do prego novamente, com uma maior oxidação conforme
mostrado na figura 7.
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Após sete dias as amostras foram analisadas novamente e identificou-se que a


proteção catódica com uso de alumínio protegeu o prego da corrosão. Conforme as
figuras 8,9 e 10:
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O prego funcionou como cátodo na reação e não teve nenhuma corrosão, e o


alumínio funcionou como ânodo, oxidando-se e formando o resíduo esbranquiçado
ao redor da placa sendo Al(OH)2, protegendo o prego metálico da corrosão.
Para a segunda amostra, onde foi colocado apenas o prego metálico em solução de
NaCl sem proteção de outro metal, o mesmo sofreu oxidação como mostra na
figura 11:
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Conclusão

Conclui-se que o alumínio apresentou ser um ótimo metal de sacrifício para a


proteção do prego metálico em solução de NaCl. O alumínio se comportou como
ânodo da reação neste ensaio feito em laboratório e assim garantiu a total proteção
do prego durante os sete dias de imersão em meio líquido na solução do NaCl e
isso também indica que o alumínio pode ser utilizado em águas salgadas para
proteção em navios e outras embarcações, por exemplo para a proteção catódica
dos cascos.
Para a segunda amostra onde foi colocado o prego sem nenhuma proteção em
solução de NaCl, o mesmo teve uma grande corrosão onde foi possível observar a
coloração laranja na solução após os sete dias e a deposição do ferro no fundo do
béquer.
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Referências Bibliográficas

Gentil, Vicente. Corrosão. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo GEN,
2022.
GEMELLI, Enori. Corrosão de materiais metálicos e sua caracterização. Rio de
Janeiro: LTC, 2001.

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